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República de Angola
Ministério do Ensino Superior
Instituto Superior Politécnico Maravilha – Benguela
A QUALIDADE DA VOZ DO PROFESSOR NO PROCESSO
DE ENSINO-APRENDIZAGEM PARA OS ALUNOS DO II.º
CICLO.
Benguela, Outubro de 2014.
Por: SANTO, Isaac Simão
NOTA INTRODUTÓRIA
 O processo de ensino-aprendizagem atingirá sempre a
excelência se, a par da capacidade e interesse pela
transmissão e troca de conhecimentos/experiências da
parte do professor; da capacidade e do interesse em
aprender do estudante e dos meios colocados à disposição
de ambos (pela escola, estado ou sociedade), aliar-se a voz.
 Sendo um veículo que muitas das vezes independe da
vontade do seu usuário-mor dentro da sala de aula (o
professor), a voz é que permite que o docente manifeste o
que “sabe” e emita os seus argumentos.
Estamos, assim, diante de um privilégio: o de falar
(Prieto, 2014).
NOTA INTRODUTÓRIA
 Entendendo-se o 2.º Ciclo como a fase em que estão
estudantes cujas idades variam, na generalidade dos 15-24
(em média), deve encarar-se a qualidade da voz do professor
como elemento propiciador de um ambiente de compreensão
e aprendizagem para os estudantes deste nível.
 Ao analisar-se a sua influência para aqueles, deve entender
que, mais importante que transmitir, É SABER transmitir
descrevendo, narrando, expondo ou argumentando pela voz.
 NADA MELHOR DO QUE A VOZ DO PROFESSOR para
manifestar-se empatia, sensibilidade, sinceridade e
entusiasmo (Prieto, 2014).
NOTA INTRODUTÓRIA
 Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), “todo e
qualquer som que ultrapasse os 55 decibéis já pode ser
considerado nocivo para a saúde” (Planeta Sustentável, 2015).
 Para o caso de um professor, que se dedica ao ensino diário e
dentro de um ambiente “supostamente” controlado (que é ou
devia ser a sala de aula), o problema deve ser analisado desde
a perspectiva médica como social. A primeira diz respeito aos
reflexos à órgãos vitais como o coração, cérebro e os
pulmões ou ainda músculos e até mesmo órgãos genitais. Na
segunda, deve ser preocupação das Direcções de Escola
analisar até que ponto a falta de condições nestas provoca o
insucesso escolar aliada a um problema mais grave, a perda da
voz por parte do professor devido a factores a serem
descritos como exemplos.
OBJECTIVOS
 Reconhecer a voz como um dos elementos de persuasão
e base de argumentação dentro de uma sala de aula no
2.º Ciclo;
 Classificar a voz como um pilar na construção da
excelência no processo de ensino-aprendizagem para os
estudantes do 2.º Ciclo;
 Estimar a qualidade da voz do professor como factor de
motivação para a aprendizagem dentro de uma sala de
aula em escolas do 2.º Ciclo;
 Avaliar os principais factores de risco para a manutenção
da qualidade da voz e sua influência no processo de
ensino-aprendizagem no 2.º Ciclo.
METODOLOGIA
 Método indutivo - da análise de casos particulares, pela
observação assistemática de docentes do 2.º Ciclo, procura-se
generalizar as conclusões (factores de risco na qualidade da voz);
 Método hipotético-dedutivo - analisar alguns factores e
interpretação sobre as vantagens da sua eliminação para a
manutenção/melhoria da qualidade da voz do professor;
 Método comparativo - qualidade da voz de um docente
mais expostos e menos expostos a factores de risco;
 Método estatístico - para manipulação estatística dos
factores analisados.
RESULTADOS
 Existem seis principais factores de risco interferentes na
qualidade da voz do professor num intervalo de 0-10 pontos
para cada, designadamente o álcool, tabaco, problemas
orgânicos, poluição sonora, variação diária da temperatura e
poluição atmosférica;
 Maior parte dos professores observados (assistematicamente)
– elas – acusa perca da voz pelo uso excessivo, álcool e
tabaco/eles – por álcool, tabaco e poluição sonora;
 A falta de qualidade da voz promove o ruído dentro da sala
de aula; promove o absentismo e compromete o desempenho
de ambos entes do processo (de ensino-aprendizagem).
CONCLUSÕES
 Os factores apontados têm a seguinte graduação (0-10).
10 10
9
8
7
Álcool Tabaco Prob.
Orgânico
Pol. Sonora Pol.
Atmosférica
Gráf. 01-voz e factores de risco
CONCLUSÕES
 A voz é o mais rápido e económico meio para apresentação
de argumentação e motivação de estudantes do 2.º ciclo;
 Os estudantes, em especial os do 2.º Ciclo, tendem a ver o
ensino entediante quando, para além de não entenderem o
que se ensina, não entendem o que diz que tem a missão de
os ensinar;
 Factores de risco como o álcool, tabaco e uso excessivo da
voz contribuem grandemente para a perca da qualidade da
voz e influem negativamente no processo de ensino-
aprendizagem.
CONCLUSÕES(cont.)
 Gritar pode ser uma solução imediata para resolver
determinado problema dentro ou fora da sala de aula, mas
transforma-se-á a curto, médio ou longo prazo num
problema de saúde de difícil resolução.
 Para o caso das escolas, estarem equipas com janelas vidradas,
localizadas em zonas de trânsito controlado e um apelo ao
relaxamento podem favorecer o processo de ensino-
aprendizagem e dar quer aos professores como aos estudantes
mais ânimo para os compromissos que ambos assumiram.
RECOMENDAÇÕES
O presente estudo (preliminar) recomenda:
 O melhor cuidado para com a voz por parte dos
professores, conhecidos os principais factores de risco;
 Consultas médicas regulares para manutenção e promoção de
uma melhor qualidade de vida (consumo de água);
 Estudos científicos mais profundos com alvo docentes do
ensino primário (idade, o número de alunos e de aulas
semanais por docente);
 Melhor acompanhamento das direcções de escola em casos
previamente identificados.
BIBLIOGRAFIA
 ALVES, Maria da Piedade – Metodologia Científica. Lisboa:
Escolar Editora. ISBN 978-972-592-354-2
 PRIETO, Guillermo Ballenato – Falar em público.Arte eTécnica
da oratória. Lisboa: Escolar Editora. ISBN 978-972-592-0
 GRILLO, Maria Helena Martelletii e PENTEADO, Regina
Zanella – Impacto da voz na qualidade de vida de professore(a)s do
ensino fundamental. (2005), p. 321-330 [Consult. 12 de Set. de
2014]. Disponível na internet:
http://www.scielo.br/pdf/pfono/v17n3/v17n3a05
 Planeta sustentável - Barulho de mais,saúde de menos -
http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/saude/conte
udo_270282.shtml
OBRIGADO

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A qualidade da_voz_do_professor_no_proce

  • 1. República de Angola Ministério do Ensino Superior Instituto Superior Politécnico Maravilha – Benguela A QUALIDADE DA VOZ DO PROFESSOR NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM PARA OS ALUNOS DO II.º CICLO. Benguela, Outubro de 2014. Por: SANTO, Isaac Simão
  • 2. NOTA INTRODUTÓRIA  O processo de ensino-aprendizagem atingirá sempre a excelência se, a par da capacidade e interesse pela transmissão e troca de conhecimentos/experiências da parte do professor; da capacidade e do interesse em aprender do estudante e dos meios colocados à disposição de ambos (pela escola, estado ou sociedade), aliar-se a voz.  Sendo um veículo que muitas das vezes independe da vontade do seu usuário-mor dentro da sala de aula (o professor), a voz é que permite que o docente manifeste o que “sabe” e emita os seus argumentos. Estamos, assim, diante de um privilégio: o de falar (Prieto, 2014).
  • 3. NOTA INTRODUTÓRIA  Entendendo-se o 2.º Ciclo como a fase em que estão estudantes cujas idades variam, na generalidade dos 15-24 (em média), deve encarar-se a qualidade da voz do professor como elemento propiciador de um ambiente de compreensão e aprendizagem para os estudantes deste nível.  Ao analisar-se a sua influência para aqueles, deve entender que, mais importante que transmitir, É SABER transmitir descrevendo, narrando, expondo ou argumentando pela voz.  NADA MELHOR DO QUE A VOZ DO PROFESSOR para manifestar-se empatia, sensibilidade, sinceridade e entusiasmo (Prieto, 2014).
  • 4. NOTA INTRODUTÓRIA  Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), “todo e qualquer som que ultrapasse os 55 decibéis já pode ser considerado nocivo para a saúde” (Planeta Sustentável, 2015).  Para o caso de um professor, que se dedica ao ensino diário e dentro de um ambiente “supostamente” controlado (que é ou devia ser a sala de aula), o problema deve ser analisado desde a perspectiva médica como social. A primeira diz respeito aos reflexos à órgãos vitais como o coração, cérebro e os pulmões ou ainda músculos e até mesmo órgãos genitais. Na segunda, deve ser preocupação das Direcções de Escola analisar até que ponto a falta de condições nestas provoca o insucesso escolar aliada a um problema mais grave, a perda da voz por parte do professor devido a factores a serem descritos como exemplos.
  • 5. OBJECTIVOS  Reconhecer a voz como um dos elementos de persuasão e base de argumentação dentro de uma sala de aula no 2.º Ciclo;  Classificar a voz como um pilar na construção da excelência no processo de ensino-aprendizagem para os estudantes do 2.º Ciclo;  Estimar a qualidade da voz do professor como factor de motivação para a aprendizagem dentro de uma sala de aula em escolas do 2.º Ciclo;  Avaliar os principais factores de risco para a manutenção da qualidade da voz e sua influência no processo de ensino-aprendizagem no 2.º Ciclo.
  • 6. METODOLOGIA  Método indutivo - da análise de casos particulares, pela observação assistemática de docentes do 2.º Ciclo, procura-se generalizar as conclusões (factores de risco na qualidade da voz);  Método hipotético-dedutivo - analisar alguns factores e interpretação sobre as vantagens da sua eliminação para a manutenção/melhoria da qualidade da voz do professor;  Método comparativo - qualidade da voz de um docente mais expostos e menos expostos a factores de risco;  Método estatístico - para manipulação estatística dos factores analisados.
  • 7. RESULTADOS  Existem seis principais factores de risco interferentes na qualidade da voz do professor num intervalo de 0-10 pontos para cada, designadamente o álcool, tabaco, problemas orgânicos, poluição sonora, variação diária da temperatura e poluição atmosférica;  Maior parte dos professores observados (assistematicamente) – elas – acusa perca da voz pelo uso excessivo, álcool e tabaco/eles – por álcool, tabaco e poluição sonora;  A falta de qualidade da voz promove o ruído dentro da sala de aula; promove o absentismo e compromete o desempenho de ambos entes do processo (de ensino-aprendizagem).
  • 8. CONCLUSÕES  Os factores apontados têm a seguinte graduação (0-10). 10 10 9 8 7 Álcool Tabaco Prob. Orgânico Pol. Sonora Pol. Atmosférica Gráf. 01-voz e factores de risco
  • 9. CONCLUSÕES  A voz é o mais rápido e económico meio para apresentação de argumentação e motivação de estudantes do 2.º ciclo;  Os estudantes, em especial os do 2.º Ciclo, tendem a ver o ensino entediante quando, para além de não entenderem o que se ensina, não entendem o que diz que tem a missão de os ensinar;  Factores de risco como o álcool, tabaco e uso excessivo da voz contribuem grandemente para a perca da qualidade da voz e influem negativamente no processo de ensino- aprendizagem.
  • 10. CONCLUSÕES(cont.)  Gritar pode ser uma solução imediata para resolver determinado problema dentro ou fora da sala de aula, mas transforma-se-á a curto, médio ou longo prazo num problema de saúde de difícil resolução.  Para o caso das escolas, estarem equipas com janelas vidradas, localizadas em zonas de trânsito controlado e um apelo ao relaxamento podem favorecer o processo de ensino- aprendizagem e dar quer aos professores como aos estudantes mais ânimo para os compromissos que ambos assumiram.
  • 11. RECOMENDAÇÕES O presente estudo (preliminar) recomenda:  O melhor cuidado para com a voz por parte dos professores, conhecidos os principais factores de risco;  Consultas médicas regulares para manutenção e promoção de uma melhor qualidade de vida (consumo de água);  Estudos científicos mais profundos com alvo docentes do ensino primário (idade, o número de alunos e de aulas semanais por docente);  Melhor acompanhamento das direcções de escola em casos previamente identificados.
  • 12. BIBLIOGRAFIA  ALVES, Maria da Piedade – Metodologia Científica. Lisboa: Escolar Editora. ISBN 978-972-592-354-2  PRIETO, Guillermo Ballenato – Falar em público.Arte eTécnica da oratória. Lisboa: Escolar Editora. ISBN 978-972-592-0  GRILLO, Maria Helena Martelletii e PENTEADO, Regina Zanella – Impacto da voz na qualidade de vida de professore(a)s do ensino fundamental. (2005), p. 321-330 [Consult. 12 de Set. de 2014]. Disponível na internet: http://www.scielo.br/pdf/pfono/v17n3/v17n3a05  Planeta sustentável - Barulho de mais,saúde de menos - http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/saude/conte udo_270282.shtml