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A PURA PREGAÇÃO DA
PALAVRA DE DEUS
JOÃO CALVINO
Traduzido do Inglês
Pure Preaching of the Word
By John Calvin
Via: ReformedSermonArchives.com
Tradução e Capa por William Teixeira
Revisão por Camila Almeida
1ª Edição: Março de 2015
Salvo indicação em contrário, as citações bíblicas usadas nesta tradução são da versão Almeida
Corrigida Fiel | ACF • Copyright © 1994, 1995, 2007, 2011 Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil.
Traduzido e publicado em Português pelo website oEstandarteDeCristo.com, sob a licença Creative
Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International Public License.
Você está autorizado e incentivado a reproduzir e/ou distribuir este material em qualquer formato,
desde que informe o autor, as fontes originais e o tradutor, e que também não altere o seu conteúdo
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A Pura Pregação Da Palavra De Deus
Por João Calvino
“Mas evita os falatórios profanos, porque produzirão maior impiedade.
E a palavra desses roerá como gangrena; entre os quais são Himeneu e Fileto;
os quais se desviaram da verdade, dizendo que a ressurreição era já feita,
e perverteram a fé de alguns.” (2 Timóteo 2:16-18)
Já mostramos que São Paulo, não sem motivo, tem exortado de forma diligente a Timóteo
a seguir a pura simplicidade da Palavra de Deus, sem dissimulá-la. A doutrina que é apre-
sentada a nós em nome de Deus, para ser o alimento de nossas almas, será corrompida
pelo Diabo, se ele puder; mas, quando ele não pode destruí-la, ele mistura algo com ela, a
fim de levá-la a ser desprezada, e destruir o nosso conhecimento da vontade de Deus. Há
muitos neste dia que se apresentam para ensinar; e qual é a causa disso? Ambição os mo-
ve; eles torcem a Palavra de Deus, e, portanto, Satanás vai a ponto de nos privar-nos da
vida espiritual.
Mas isso ele não é capaz de fazer, a não ser que por alguns meios a doutrina de Deus seja
corrompida. São Paulo renova a exortação: a de que devemos evitar todo falatório vão, e
que permaneçamos no claro ensino, o qual é efetivo. Ele não apenas condena os erros, su-
perstição e mentiras manifestos, mas ele condena as distorções da Palavra de Deus: como
quando os homens inventam sutilezas, para os ouvidos dos homens extravagantes. Não
trazendo nenhum verdadeiro alimento para a alma, nem edificação na fé e no temor de
Deus, aos que a ouvem.
Quando São Paulo fala de falatórios vãos, ele se refere aos que satisfazem homens curio-
sos; como vemos muitos que têm um grande prazer em questões vãs, com as quais eles
parecem ser arrebatados. Eles não falam abertamente contra a verdade, mas eles a des-
prezam como uma coisa muito comum e sem valor; como uma coisa para crianças e tolos;
quanto a eles, querem conhecer algo mais elevado e mais profundo assunto. Assim, eles
estão em desacordo com o que seria proveitoso para eles. Portanto, pensemos bem nas
palavras de São Paulo: falatórios vãos; é como se ele dissesse: se não há nada, senão a
retórica refinada e palavras requintadaspara ganhar seu crédito quando falada, e para mos-
trar que ele é erudito, nada disso deve ser recebido na igreja; tudo deve ser banido.
Porque Deus quer que Seu povo seja edificado; e Ele tem determinado a Sua Palavra para
essa finalidade. Portanto, se nós não falamos acerca da salvação das pessoas, para que
possam receber nutrição pela doutrina que lhes for ensinada, isto é sacrilégio; pois perver-
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tem o puro uso da Palavra de Deus. Estas palavras profanas são contra o que é santo e
dedicado a Deus. Tudo o que pertença à magnificência de Deus, e aumenta o nosso conhe-
cimento da Sua majestade, pelo qual podemos adorá-lO; qualquer coisa que nos atraia
para o reino dos céus, ou tire nossas afeições do mundo e nos conduza a Jesus Cristo, pa-
ra que possamos ser enxertados em Seu corpo, é chamado de santo.
Por outro lado, quando não sentimos a glória de Deus; quando nos sentimos insubmissos
a Ele; quando não conhecemos as riquezas do reino dos céus; quando não somos atraídos
para o Seu serviço, a viver empureza de consciência; quando não conhecemos o que signi-
fica a salvação que foi comprada por nosso Senhor Jesus Cristo, nós pertencemos ao mun-
do, e somos profanos. A doutrina que serve para nos enganar nessas coisas, é também
chamada de profana. Assim, vemos que o significado do que São Paulo quis nos dizer é o
seguinte: quando nos reunimos em nome de Deus, não é para ouvir músicas alegres, e ali-
mentar-nos com vento, ou seja, com uma curiosidade vã e inútil, mas para recebermos ali-
mento espiritual. Porque Deus não deseja que nada seja pregado em Seu nome, senão o
que beneficiará e edificará os ouvintes, nada, a não ser aquilo que contenha bons assuntos.
Mas é verdade, a nossa natureza é tal, que têm um grande prazer em novidade, e em espe-
culações que parecem ser sutis. Portanto, vamos tomar cuidado e pensar como convém,
para que não profanemos a santa Palavra de Deus. Busquemos o que edifica, e não abu-
semos de nós mesmos, recebendo aquilo que não tem substância. É difícil retirar os ho-
mens de tal vaidade, porque eles estão inclinados a participar delas. Mas São Paulo de-
monstra que não há nada mais triste do que tal vã curiosidade: “Porque produzirão maior
impiedade”. Como se ele tivesse dito, meus amigos, vocês não sabem à primeira vista, que
prejuízo advém desses enganadores; que quase ganham crédito e estima entre vocês, e
com brinquedos agradáveis esforçam-se para agradá-los, mas acreditem em mim, eles são
instrumentos de Satanás e, de modo algum servem a Deus, mas produzem maior impie-
dade, isto é, se forem deixados sozinhos estragarão a religião Cristã, não vão deixar nem
um jota são e salvo, portanto, cuidempara que vocês fujamdestas pragas, embora à primei-
ra vista, o veneno que eles trazem não ser percebido.
Cada um de nós deve suspeitar de si mesmo, quando temos que julgar essa doutrina. E
por que isso? Porque (como eu disse antes), todos nós somos fracos; nossas mentes estão
alterando e mudando e, além disso, nós temos um desejo tolo de buscarmos coisas que
são vãs. E, portanto, vamos tomar cuidado para que não satisfaçamos os nossos próprios
desejos. Embora esta doutrina não possa parecer ruim para nós num primeiro momento,
todavia, se não tem uma tendência a levar-nos a Deus e fortalecer-nos em Seu serviço, a
nos confirmar na fé e esperança que nos é dada de vida eterna, ela nos enganará por fim;
e revelar-se-á como nada, senão uma mistura que não serve a nenhum propósito, a não
ser para tirar o bem que nós tínhamos recebido antes.
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Para ser breve, aqueles que não têm isto em vista: atrair o mundo a Deus, e edificar o reino
de nosso Senhor Jesus Cristo, para que Ele possa governar sobre todos, arruína tudo. Todo
o trabalho e as dores deles somente produzem impiedade; e se for suportado que eles con-
tinuem desta forma, um portão é aberto para Satanás, pelo qual ele pode reduzir a nada
tudo o que é de Deus. Embora isso não seja feito no primeiro golpe, finalmente nós veremos
tal acontecer. Para expressar isto melhor, São Paulo acrescenta: “E a palavra desses roerá
como gangrena”.
A palavra “roer”, aqui mencionada, não é comumente entendida, é o que os cirurgiões cha-
mam, uma ferida roedora, e o que também é chamado, fogo de santo António: isto é, quan-
do há uma tal inflamação em qualquer parte do corpo, que a ferida não come só a carne e
tendões, mas também os ossos. Em suma, é um fogo que consome tudo: a mão fará com
que o braço seja perdido, e pé fará com que a perna se perca, assim a menos que a parte
que começou a ser afetada seja cortada, o homem está emperigo de perder seus membros,
a menos que haja remédios adequados ministrados para isto, neste caso nós não devemos
poupar esforços, mas cortar a parte afetada, para que o resto não seja totalmente destruído.
Assim, vemos aqui espiritualmente, porque São Paulo nos mostra que embora possamos
ter sido bem instruídos na sã doutrina, tudo será prejudicado, se dermos lugar para essas
perguntas inúteis, e apenas nos esforçarmos para agradar os ouvintes, e alimentar os seus
desejos. Se procurarmos entender o que São Paulo quis dizer, nos esforcemos para colocar
essa exortação em prática. Quando vemos os homens ao nosso redor tentando nos desviar
da verdadeira doutrina, vamos evitá-los, e fechemos a porta contra eles. A menos que te-
nhamos isto à mão ao princípio, e inteiramente o cortemos, ele pode ser tão difícil de con-
trolar como a doença da qual temos falado.
Portanto, não durmamos; pois esta é uma questão importante; isto provará ser uma doença
mortal, a menos que seja visto a tempo. Se esta exortação houvesse sido observada, as
coisas estariam em uma condição melhor no dia de hoje na Cristandade. Pois esta estu-
pidez de papismo consiste apenas em falatórios vãos aos quais Paulo se refere. Mesmo
aqueles que são contados como os maiores doutores entre eles, os quais têm permanecido
por muitos anos, sim, e passaramtoda a sua vida nele, nada pensamsobre a tola tagarelice;
que não serve para nenhum outro propósito senão o de levar os homens ao erro, posto que
ninguém conhece o que eles dizem. Eu vejo que o demônio lhes forjou essa linguagem por
uma sutileza miraculosa, a fim de que ele pudesse trazer toda a doutrina à confusão.
É claramente visto que eles conspiraram para contrariar o que São Paulo tem, em nome de
Deus, proibido. Porque os que assim transformam a Palavra de Deus em uma linguagem
profana de palavras bárbaras e desconhecidas devem ser muito menos capazes de descul-
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parem-se. Existem muitos que ficariam felizes em ter coisas agradáveis ensinadas; eles
fariam da Palavra de Deus um passatempo, e recrear-se-iam assim; desta forma, eles bus-
cam o ensino vão e inútil. Eles trariam erro, discórdia e debate para dentro da igreja, e se
esforçariam para trazer a religião que temos à dúvida, e obscureceriam a Palavra de Deus.
Portanto, devemos estar muito mais sinceramente servindo a Deus e permanecendo cons-
tantemente na pureza do Evangelho. Se temos um desejo de obedecer nosso Deus como
convém, devemos praticar o que nos é ordenado, e rogar-Lhe para limpar a igreja destas
pragas, pois são instrumentos do Diabo. Isso pode ser aplicado a todas as corrupções e
tropeços inventados pelo Diabo; porém se fala aqui sobre a doutrina pela qual somos vivi-
ficados, que é o verdadeiro alimento da alma.
Vamos chegar a essa parte do assunto, em que São Paulo nos informa quem são os deste
número. Ele diz: “Entre os quais são Himeneu e Fileto; os quais se desviaram da verdade,
dizendo que a ressurreição era já feita, e perverteram a fé de alguns”. Quando ele profere
Himeneu e Fileto, mostra que não devemos poupá-los, que, como ovelhas sarnentas, po-
dem infectar o rebanho, mas devemos sim dizer a cada um, os que são deste tipo de ho-
mens, para que possam tomar cuidado com eles. Nós não somos como vis traidores de
nossos próximos quando os vemos em perigo de serem desviados de Deus, e não lhes
informamos sobre isso? Um homem mau que anda procurando estabelecer a doutrina
perversa, e causar ofensas na igreja, o que ele é, senão um impostor? Se eu dissimulo
quando o vejo, não é como se eu estivesse vendo o meu próximo em perigo, e não o
alertasse?
Se a vida do corpo é tão preciosa para nós de modo que faríamos tudo que estivesse ao
nosso alcance para preservá-la, de quanto maior importância é a vida da alma! Os que se
esforçampara colocar todas as coisas de cabeça para baixo, irão semear sua doutrina falsa
entre o povo, a fim de atraí-los para um desprezo de Deus. Estes cães latindo, estes bodes
vis, esses lobos vorazes, são os que se extraviaram, e se esforçam para destruir a fé da
Igreja, e nós ainda os suportamos. Os homens costumam dizer, que devemos resistir a e-
les? Devemos lançá-los fora para que possam cair no desespero? Isto é dito por aqueles
que pensam que devemos usar de gentileza; mas que misericórdia é poupar um homem, e
nesse meio tempo perder milhares de almas, ao invés de preservá-las? Não devemos su-
portar que ervas daninhas cresçam entre nós, para que não se fortaleçam, e sufoquem
qualquer boa semente, ou totalmente a destrua.
Satanás vem com o seu veneno e pragas que podem destruir tudo. Nós vemos o rebanho
de Deus perturbado e atormentado com lobos vorazes, que devoram e destroem tudo o
que podem. Devemos estar comovidos de misericórdia para com um lobo, e nesse meio
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tempo deixar as pobres ovelhas e cordeiros de nosso Senhor, com as quais Ele tem tão
especial cuidado, a perecer? Quando vemos um homem perverso perturbando a igreja?
Devemos impedir ofensasou falsa doutrina tanto quanto estiver ao nosso alcance; é preciso
alertar o simples, para que não se deixe enganar e enredar. Isto, eu digo, é o nosso dever.
O Senhor deseja que o ímpio seja conhecido, para que o mundo possa discerni-los, para
que sua impiedade seja manifesta a todos. São Paulo fala de alguns que são curiosos, ócio-
sos e etc. Estes devem ser apontados também, para que possam ser evitados, isto deve
ser feito por aqueles que têm a espada na mão. Quanto aos que tornaram-se verdadeiros
demônios, quem pode de algum modo viver em paz e concórdia, senão empurrar eles mes-
mos à frente, para reduzi-los a nada? Quando os vemos assim, devemos manter a nossa
paz? Vamos aprender a reconhecê-los como o problema da igreja de Deus, e mantê-los
fora, e nos esforçarmos para impedi-los de fazer dano. Nisto vemos quão poucos há quem
tenham um zelo pela igreja de Deus.
Falamos não só de inimigos declarados (pois nós confessamos que temos nos referido aos
papistas, pois nós não estamos envolvidos com seu erro e superstição), mas vemos outros
que procuram nos afastar da simplicidade do Evangelho: eles se esforçam para levar todas
as coisas à desordem; semeiam joio, para que possam levar esta doutrina ao ódio, e fazer
com que os homens se entristeçam com ela; outros desejam uma liberdade licenciosa para
fazer a maldade que escolherem, e assim se libertar do jugo de nosso Senhor Jesus Cristo.
Vemos outros, que nada buscam, senão encher o mundo com maldade, blasfêmiase vileza,
e, portanto, esforçam-se para pisotear a reverência de Deus. Nós, igualmente, vemos bêba-
dos e bebedores de bebida forte, que se esforçam para levar os homens à confusão.
E, no entanto, quem há entre nós que se oponha contra essas coisas? Quem é que diz: va-
mos tomar cuidado e estejamos atentos? Pelo contrário, aqueles que deveriam reprovar tal
maldade severamente não só a dissimulam, e a deixam passar, mas a defendem e dão-lhe
o seu apoio. Vemos a maldade que se expande sobre a terra; vemos aqueles que se esfor-
çam para perverter e reduzir a nada a nossa salvação, e conduzir a igreja de Deus à dúvida;
e devemos dissimular, e fazer como se nós não estivéssemos vendo nenhuma dessas coi-
sas? Podemos nos gabar de sermos Cristãos tanto quanto quisermos, mas há mais demo-
nios entre nós do que Cristãos, se nós toleramos tais coisas.
Portanto, atentemos bem para a doutrina que aqui nos é dada; e se vemos pessoas más
tentando infectar a igreja de Deus, para distorcer a boa doutrina, ou destruí-la, vamos nos
esforçar para trazer suas obras à luz, para que cada um as contemple e, assim, possam
evitá-las. Se não atendermos a essas coisas, somos traidores de Deus, e não temos zelo
por Sua honra, nem pela salvação da Igreja. Devemos ser inimigos declarados da impieda-
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de, se quisermos servir a Deus. Não é o suficiente para nóssimplesmente nosabstenhamos
de cometer o pecado, mas devemos condená-lo, tanto quanto possível, para que ele não
possa ter qualquer influência, ou obter vantagem sobre nós.
Depois de São Paulo se referido a estes dois indivíduos, ele nos informa que eles se afasta-
ram da fé, de modo que eles disseram que a ressurreição era já feita. Assim, vemos que
sua queda foi horrível. Himeneu e Fileto não eram homens ignorantes; pois São Paulo faz
menção deles, apesar de seremde longe, Timóteo esta neste momento emÉfeso. Portanto,
é evidente que eles eram homens afamados. Eles tinham estado por algum tempo em gran-
de reputação, entre osprincipais pilares na igreja. Mas nós vemos o quão longe eles caíram;
até mesmo a ponto de renunciar à salvação eterna que foi comprada por nosso Senhor
Jesus Cristo. Se nós não buscarmos a ressurreição, de que serve para nos ensinar que há
um Redentor que nos salvou da escravidão da morte? Que proveito tem a morte e a paixão
de nosso Senhor Jesus Cristo para nós, a menos que esperemos pelo resultado que nos
foi prometido, no último dia, na Sua vinda?
Não obstante estes homens tinham estado por um tempo entre os fiéis, mas eles caíram,
por assim dizer, no abismo sem fundo do inferno. Assim, Deus declarou Sua vingança para
com os que abusam de Seu Evangelho. Ele viu que esses homens estavam embriagados
com ambição tola, eles não procuravam outra coisa, senão renome; eles distorceram a sim-
plicidade da Palavra de Deus, e se esforçaram para se mostrarem maiores do que os ou-
tros. Mas Deus estima a Sua Palavra muito mais do que Ele estima o homem; pois se ho-
mens a desprezam e a ridicularizam, Ele não vai deixá-los sem culpa. Assim, vemos que
aqueles que eram como anjos tornaram-se verdadeiros demônios: eles estavam cegos, e
ainda assim eles se tornariam grandes mestres.
A capacidade dessas pessoas, de quem fala São Paulo, não eram do tipo comum; eles não
eram ignorantes, mas de alta posição em todas as igrejas, e ainda eles tenham caído em
tal cegueira, a ponto de negar a ressurreição dos mortos, ou seja, eles engaram o artigo
principal de nossa religião e privaram a si mesmos de toda a esperança de salvação. Como
isso é possível! Isto parece estranho, que tais homens foram capazes de ensinar a outros
para levá-los a tal ignorância grosseira e bestial. Assim, vemos como Deus vinga os escar-
necedores e zombadores que abusam de Sua Palavra, pois isto não pode acontecer. Ele
os deixará em um estado de reprovação; do qual nunca possam ser capazes de discernir
novamente, e tornem-se totalmente destituídos de toda razão.
Portanto, se no dia de hoje, vemos homens tornaremirracionais, depois de teremconhecido
a verdade de Deus, e se tornarem destituídos de razão, devemos saber que Deus estará,
assim, magnificando a Sua Palavra, e nos levando a sentirmos a majestade da mesma. E
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por que isso? Porque Ele puniu o desprezo deles, entregando tais pessoas ao Diabo, e
dando-lhe liberdade total sobre eles. Portanto, não devemos nos ofender quando vemos
aqueles que provaram o Evangelho, se rebelaram contra a obediência de Deus; mas antes,
que isto seja uma confirmação de nossa fé, pois Deus nos mostra claramente que a Sua
Palavra é de tal importância que Ele não pode, de forma alguma, suportar que os homens
abusem dela, nem a tomem em vão, nem a distorçam ou a profanem.
Temos que aprender a tomar cuidado, e andar em temor e cuidado. Vejamos estas coisas
como um espelho colocado diante de nossos olhos, para que possamos ver quem parecia
estar se passando por bons Cristãos, e caíram; tendo em si nada mais do que maldade,
usando discursos detestáveis, não tendo nada, senão imundícia em todas as suas vidas.
Vendo que Deus colocou essas coisas diante de nós, vamos tomar aviso, e sobriamente
andar na simplicidade do Evangelho, para que nós não nos tornemos uma presa para
Satanás.
É verdade, que esses homens criaram uma ressurreição fantástica como alguns fazem nos
dias de hoje; e eles desejam fazer-nos acreditar que tornarem-se Cristãos foi ressuscitar
novamente; mas a Bíblia nos alerta para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, para que
estejamos sempre prontos e preparados, para quando Ele aparecer; e até esse momento
a nossa vida está escondida, e nós estamos, por assim dizer, à sombra da morte. Quando
a Escritura nos chama ao nosso Senhor Jesus, esses fanáticos dizem, que não temos que
olhar para nenhuma outra ressurreição, exceto a que acontece quando somos iluminados
pelo Evangelho.
Observemos aqui que o nosso velho homem deve ser crucificado, se quisermos participar
da glória do nosso Senhor Jesus Cristo, e com Ele ressuscitar. São Paulo nos mostra que,
se quisermos participar do reino de nosso Senhor Jesus Cristo, devemos ser participantes
da Sua cruz; devemos caminhar em morte antes de podermos chegar à vida. Quanto tempo
esta morte durará? Enquanto estivermos neste mundo. Portanto São Pedro diz: o batismo
é, por assim dizer, uma figura da arca de Noé (1 Pedro 3:20-21). Pois nós devemos ser
enclausurados, por assim dizer, em uma cova; mortos para o mundo, se nós quisermos ser
vivificados por [...] nosso Senhor Jesus Cristo.
Eles queriam ter uma ressurreição no meio do caminho, eles não pervertem a natureza do
batismo, e, consequentemente, toda a ordem que Deus estabeleceu em nosso meio? Va-
mos aprender que até que Deus nos tire deste mundo, devemos ser como peregrinos em
um país estranho, e que a nossa salvação não nos será revelada até a vinda de nosso Se-
nhor Jesus Cristo, pois Ele tornou-se as primícias dos que dormem (1 Coríntios 15). E da
mesma forma: “E ele é a cabeça do corpo, da igreja; é o princípio e o primogênito dentre
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os mortos, para que em tudo tenha a preeminência” (Colossenses 1:18). É verdade que
Jesus Cristo ressuscitou; mas Ele julgou necessário aparecer para nós, e Sua vida e glória
deve ser revelada em nós antes que possamos ir para Ele.
São João diz que temos a certeza de que somos filhos de Deus, que O veremos como Ele
é, quando nós seremos feitos semelhantes a Ele. É verdade que Deus se revela a nós
quando Ele nos transforma à Sua imagem; mas o que nós concebemos pela fé, ainda não
é visto, nós devemos esperar por isto na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo. Não obstante
o grande absurdo deste erro, São Paulo nos informa que os dois indivíduos aqui mencio-
nados, têm pervertido a fé de alguns. Isso é uma coisa que deve fazer-nos tremer; pensar
que uma doutrina que deveria ter sido rejeitada à primeira vista, perverta a fé de alguns.
Vemos como os filhos de Deus são afligidos neste mundo; sim, muitas vezes é lamentável
ver a sua situação; enquanto osincrédulos quedesprezama Deus, estão à vontade, e vivem
em prazeres. Eles têm seu triunfo, ao passo que os santos são como a escória do mundo
(1 Coríntios 4:13). Como é possível para homens conceber esta heresia, isto é, dizer que a
ressurreição já é feita? E, no entanto, vemos que esta doutrina era bem vista por alguns;
sim, na igreja primitiva, no tempo dos apóstolos. Quando aqueles a quem Jesus Cristo tinha
escolhido para pregar Sua verdade em todo o mundo ainda viviam, alguns caíram da fé.
Quando vemos tal exemplo, não demos ocasião para sermos surpreendidos, e andemos
em temor! Não que devemos duvidar que Deus nos ajudará e nos guiará, mas nos convém
armar-nos com a oração, e confiar nas promessas de nosso Deus. Bem, podemos ser sur-
preendidos, quando pensamos sobre a atrocidade desse erro; pelo qual Deus permitiu que
alguns se desviassemda fé. Se os apóstolos, que exerceramtodo o poder que lhes foi dado
do alto para manter a verdade de Deus, não puderam impedir que os homens fossem indu-
zidos ao erro, o que devemos esperar dos dias atuais! Sejamos diligentes na oração, e fuja-
mos para Deus, pois Ele pode preservar-nos através do Seu Espírito Santo. Que possamos
nos esvaziar da presunção e nos considerarmos como nada, pois poderíamos ser rapida-
mente abatidos, se não formos confirmados pelo Ser Supremo.
Estas lições não nos foram dadas sem propósito. Apesar de Himeneu e Fileto não estarem
vivos neste dia, ainda assim em suas pessoas o Espírito Santo ilustra a degradação os ím-
pios, que buscam perverter nossa fé; que nós não sejamos afligidos com tudo o que acon-
tece; que não nos afastemos do bom caminho, mas que sejamos protegidos contra todas
as ofensas. Não estejamos tão inchados de orgulho, a ponto de nos desviarmos seguindo
as nossas próprias imaginações tolas; mas devemos tomar cuidado e nos mantermos em
obediência à Palavra de Deus. Então seremos cada dia mais e mais confirmados, até que
o nosso bom Deus nos leve para Seu descanso eterno, para a qual somos chamados.
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10 Sermões — R. M. M’Cheyne
Adoração — A. W. Pink
Agonia de Cristo — J. Edwards
Batismo, O — John Gill
Batismo de Crentes por Imersão, Um Distintivo
Neotestamentário e Batista — William R. Downing
Bênçãos do Pacto — C. H. Spurgeon
Biografia de A. W. Pink, Uma — Erroll Hulse
Carta de George Whitefield a John Wesley Sobre a
Doutrina da Eleição
Cessacionismo, Provando que os Dons Carismáticos
Cessaram — Peter Masters
Como Saber se Sou um Eleito? ou A Percepção da
Eleição — A. W. Pink
Como Ser uma Mulher de Deus? — Paul Washer
Como Toda a Doutrina da Predestinação é corrompida
pelos Arminianos — J. Owen
Confissão de Fé Batista de 1689
Conversão — John Gill
Cristo É Tudo Em Todos — Jeremiah Burroughs
Cristo, Totalmente Desejável — John Flavel
Defesa do Calvinismo, Uma — C. H. Spurgeon
Deus Salva Quem Ele Quer! — J. Edwards
Discipulado no T empo dos Puritanos, O — W. Bevins
Doutrina da Eleição, A — A. W. Pink
Eleição & Vocação — R. M. M’Cheyne
Eleição Particular — C. H. Spurgeon
Especial Origem da Instituição da Igreja Evangélica, A —
J. Owen
Evangelismo Moderno — A. W. Pink
Excelência de Cristo, A — J. Edwards
Gloriosa Predestinação, A — C. H. Spurgeon
Guia Para a Oração Fervorosa, Um — A. W. Pink
Igrejas do Novo Testamento — A. W. Pink
In Memoriam, a Canção dos Suspiros — Susannah
Spurgeon
Incomparável Excelência e Santidade de Deus, A —
Jeremiah Burroughs
Infinita Sabedoria de Deus Demonstrada na Salvação
dos Pecadores, A — A. W. Pink
Jesus! – C. H. Spurgeon
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 Tratado Sobre o Amor de Deus, Um — Bernardo de
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2 Coríntios 4
1
2
Por isso, tendo este ministério, segundo a misericórdia que nos foi feita, não desfalecemos;
Antes, rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, não andando com astúcia nem
falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos à consciência de todo o homem,
3
4
entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória
5
Jesus, o Senhor; e nós mesmos somos vossos servos por amor de Jesus.
6
Porque Deus,
que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações,
7
este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós.
8
Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados.
9
Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos;
10
Trazendo sempre
por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus
se manifeste também nos nossos corpos;
11
E assim nós, que vivemos, estamos sempre
entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também na
nossa carne mortal.
12
De maneira que em nós opera a morte, mas em vós a vida.
13
E temos
portanto o mesmo espírito de fé, como está escrito: Cri, por isso falei; nós cremos também,
por isso também falamos.
14
Sabendo que o que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitará
também por Jesus, e nos apresentará convosco.
15
Porque tudo isto é por amor de vós, para
que a graça, multiplicada por meio de muitos, faça abundar a ação de graças para glória de
Deus.
16
Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o
interior, contudo, se renova de dia em dia.
17
Porque a nossa leve e momentânea tribulação
produz para nós um peso eterno de glória mui excelente;
18
Não atentando nós nas coisas
que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se
não veem são eternas.

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  • 1.
  • 2. A PURA PREGAÇÃO DA PALAVRA DE DEUS JOÃO CALVINO
  • 3. Traduzido do Inglês Pure Preaching of the Word By John Calvin Via: ReformedSermonArchives.com Tradução e Capa por William Teixeira Revisão por Camila Almeida 1ª Edição: Março de 2015 Salvo indicação em contrário, as citações bíblicas usadas nesta tradução são da versão Almeida Corrigida Fiel | ACF • Copyright © 1994, 1995, 2007, 2011 Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil. Traduzido e publicado em Português pelo website oEstandarteDeCristo.com, sob a licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International Public License. Você está autorizado e incentivado a reproduzir e/ou distribuir este material em qualquer formato, desde que informe o autor, as fontes originais e o tradutor, e que também não altere o seu conteúdo nem o utilize para quaisquer fins comerciais. Issuu.com/oEstandarteDeCristo
  • 4. Issuu.com/oEstandarteDeCristo A Pura Pregação Da Palavra De Deus Por João Calvino “Mas evita os falatórios profanos, porque produzirão maior impiedade. E a palavra desses roerá como gangrena; entre os quais são Himeneu e Fileto; os quais se desviaram da verdade, dizendo que a ressurreição era já feita, e perverteram a fé de alguns.” (2 Timóteo 2:16-18) Já mostramos que São Paulo, não sem motivo, tem exortado de forma diligente a Timóteo a seguir a pura simplicidade da Palavra de Deus, sem dissimulá-la. A doutrina que é apre- sentada a nós em nome de Deus, para ser o alimento de nossas almas, será corrompida pelo Diabo, se ele puder; mas, quando ele não pode destruí-la, ele mistura algo com ela, a fim de levá-la a ser desprezada, e destruir o nosso conhecimento da vontade de Deus. Há muitos neste dia que se apresentam para ensinar; e qual é a causa disso? Ambição os mo- ve; eles torcem a Palavra de Deus, e, portanto, Satanás vai a ponto de nos privar-nos da vida espiritual. Mas isso ele não é capaz de fazer, a não ser que por alguns meios a doutrina de Deus seja corrompida. São Paulo renova a exortação: a de que devemos evitar todo falatório vão, e que permaneçamos no claro ensino, o qual é efetivo. Ele não apenas condena os erros, su- perstição e mentiras manifestos, mas ele condena as distorções da Palavra de Deus: como quando os homens inventam sutilezas, para os ouvidos dos homens extravagantes. Não trazendo nenhum verdadeiro alimento para a alma, nem edificação na fé e no temor de Deus, aos que a ouvem. Quando São Paulo fala de falatórios vãos, ele se refere aos que satisfazem homens curio- sos; como vemos muitos que têm um grande prazer em questões vãs, com as quais eles parecem ser arrebatados. Eles não falam abertamente contra a verdade, mas eles a des- prezam como uma coisa muito comum e sem valor; como uma coisa para crianças e tolos; quanto a eles, querem conhecer algo mais elevado e mais profundo assunto. Assim, eles estão em desacordo com o que seria proveitoso para eles. Portanto, pensemos bem nas palavras de São Paulo: falatórios vãos; é como se ele dissesse: se não há nada, senão a retórica refinada e palavras requintadaspara ganhar seu crédito quando falada, e para mos- trar que ele é erudito, nada disso deve ser recebido na igreja; tudo deve ser banido. Porque Deus quer que Seu povo seja edificado; e Ele tem determinado a Sua Palavra para essa finalidade. Portanto, se nós não falamos acerca da salvação das pessoas, para que possam receber nutrição pela doutrina que lhes for ensinada, isto é sacrilégio; pois perver-
  • 5. Issuu.com/oEstandarteDeCristo tem o puro uso da Palavra de Deus. Estas palavras profanas são contra o que é santo e dedicado a Deus. Tudo o que pertença à magnificência de Deus, e aumenta o nosso conhe- cimento da Sua majestade, pelo qual podemos adorá-lO; qualquer coisa que nos atraia para o reino dos céus, ou tire nossas afeições do mundo e nos conduza a Jesus Cristo, pa- ra que possamos ser enxertados em Seu corpo, é chamado de santo. Por outro lado, quando não sentimos a glória de Deus; quando nos sentimos insubmissos a Ele; quando não conhecemos as riquezas do reino dos céus; quando não somos atraídos para o Seu serviço, a viver empureza de consciência; quando não conhecemos o que signi- fica a salvação que foi comprada por nosso Senhor Jesus Cristo, nós pertencemos ao mun- do, e somos profanos. A doutrina que serve para nos enganar nessas coisas, é também chamada de profana. Assim, vemos que o significado do que São Paulo quis nos dizer é o seguinte: quando nos reunimos em nome de Deus, não é para ouvir músicas alegres, e ali- mentar-nos com vento, ou seja, com uma curiosidade vã e inútil, mas para recebermos ali- mento espiritual. Porque Deus não deseja que nada seja pregado em Seu nome, senão o que beneficiará e edificará os ouvintes, nada, a não ser aquilo que contenha bons assuntos. Mas é verdade, a nossa natureza é tal, que têm um grande prazer em novidade, e em espe- culações que parecem ser sutis. Portanto, vamos tomar cuidado e pensar como convém, para que não profanemos a santa Palavra de Deus. Busquemos o que edifica, e não abu- semos de nós mesmos, recebendo aquilo que não tem substância. É difícil retirar os ho- mens de tal vaidade, porque eles estão inclinados a participar delas. Mas São Paulo de- monstra que não há nada mais triste do que tal vã curiosidade: “Porque produzirão maior impiedade”. Como se ele tivesse dito, meus amigos, vocês não sabem à primeira vista, que prejuízo advém desses enganadores; que quase ganham crédito e estima entre vocês, e com brinquedos agradáveis esforçam-se para agradá-los, mas acreditem em mim, eles são instrumentos de Satanás e, de modo algum servem a Deus, mas produzem maior impie- dade, isto é, se forem deixados sozinhos estragarão a religião Cristã, não vão deixar nem um jota são e salvo, portanto, cuidempara que vocês fujamdestas pragas, embora à primei- ra vista, o veneno que eles trazem não ser percebido. Cada um de nós deve suspeitar de si mesmo, quando temos que julgar essa doutrina. E por que isso? Porque (como eu disse antes), todos nós somos fracos; nossas mentes estão alterando e mudando e, além disso, nós temos um desejo tolo de buscarmos coisas que são vãs. E, portanto, vamos tomar cuidado para que não satisfaçamos os nossos próprios desejos. Embora esta doutrina não possa parecer ruim para nós num primeiro momento, todavia, se não tem uma tendência a levar-nos a Deus e fortalecer-nos em Seu serviço, a nos confirmar na fé e esperança que nos é dada de vida eterna, ela nos enganará por fim; e revelar-se-á como nada, senão uma mistura que não serve a nenhum propósito, a não ser para tirar o bem que nós tínhamos recebido antes.
  • 6. Issuu.com/oEstandarteDeCristo Para ser breve, aqueles que não têm isto em vista: atrair o mundo a Deus, e edificar o reino de nosso Senhor Jesus Cristo, para que Ele possa governar sobre todos, arruína tudo. Todo o trabalho e as dores deles somente produzem impiedade; e se for suportado que eles con- tinuem desta forma, um portão é aberto para Satanás, pelo qual ele pode reduzir a nada tudo o que é de Deus. Embora isso não seja feito no primeiro golpe, finalmente nós veremos tal acontecer. Para expressar isto melhor, São Paulo acrescenta: “E a palavra desses roerá como gangrena”. A palavra “roer”, aqui mencionada, não é comumente entendida, é o que os cirurgiões cha- mam, uma ferida roedora, e o que também é chamado, fogo de santo António: isto é, quan- do há uma tal inflamação em qualquer parte do corpo, que a ferida não come só a carne e tendões, mas também os ossos. Em suma, é um fogo que consome tudo: a mão fará com que o braço seja perdido, e pé fará com que a perna se perca, assim a menos que a parte que começou a ser afetada seja cortada, o homem está emperigo de perder seus membros, a menos que haja remédios adequados ministrados para isto, neste caso nós não devemos poupar esforços, mas cortar a parte afetada, para que o resto não seja totalmente destruído. Assim, vemos aqui espiritualmente, porque São Paulo nos mostra que embora possamos ter sido bem instruídos na sã doutrina, tudo será prejudicado, se dermos lugar para essas perguntas inúteis, e apenas nos esforçarmos para agradar os ouvintes, e alimentar os seus desejos. Se procurarmos entender o que São Paulo quis dizer, nos esforcemos para colocar essa exortação em prática. Quando vemos os homens ao nosso redor tentando nos desviar da verdadeira doutrina, vamos evitá-los, e fechemos a porta contra eles. A menos que te- nhamos isto à mão ao princípio, e inteiramente o cortemos, ele pode ser tão difícil de con- trolar como a doença da qual temos falado. Portanto, não durmamos; pois esta é uma questão importante; isto provará ser uma doença mortal, a menos que seja visto a tempo. Se esta exortação houvesse sido observada, as coisas estariam em uma condição melhor no dia de hoje na Cristandade. Pois esta estu- pidez de papismo consiste apenas em falatórios vãos aos quais Paulo se refere. Mesmo aqueles que são contados como os maiores doutores entre eles, os quais têm permanecido por muitos anos, sim, e passaramtoda a sua vida nele, nada pensamsobre a tola tagarelice; que não serve para nenhum outro propósito senão o de levar os homens ao erro, posto que ninguém conhece o que eles dizem. Eu vejo que o demônio lhes forjou essa linguagem por uma sutileza miraculosa, a fim de que ele pudesse trazer toda a doutrina à confusão. É claramente visto que eles conspiraram para contrariar o que São Paulo tem, em nome de Deus, proibido. Porque os que assim transformam a Palavra de Deus em uma linguagem profana de palavras bárbaras e desconhecidas devem ser muito menos capazes de descul-
  • 7. Issuu.com/oEstandarteDeCristo parem-se. Existem muitos que ficariam felizes em ter coisas agradáveis ensinadas; eles fariam da Palavra de Deus um passatempo, e recrear-se-iam assim; desta forma, eles bus- cam o ensino vão e inútil. Eles trariam erro, discórdia e debate para dentro da igreja, e se esforçariam para trazer a religião que temos à dúvida, e obscureceriam a Palavra de Deus. Portanto, devemos estar muito mais sinceramente servindo a Deus e permanecendo cons- tantemente na pureza do Evangelho. Se temos um desejo de obedecer nosso Deus como convém, devemos praticar o que nos é ordenado, e rogar-Lhe para limpar a igreja destas pragas, pois são instrumentos do Diabo. Isso pode ser aplicado a todas as corrupções e tropeços inventados pelo Diabo; porém se fala aqui sobre a doutrina pela qual somos vivi- ficados, que é o verdadeiro alimento da alma. Vamos chegar a essa parte do assunto, em que São Paulo nos informa quem são os deste número. Ele diz: “Entre os quais são Himeneu e Fileto; os quais se desviaram da verdade, dizendo que a ressurreição era já feita, e perverteram a fé de alguns”. Quando ele profere Himeneu e Fileto, mostra que não devemos poupá-los, que, como ovelhas sarnentas, po- dem infectar o rebanho, mas devemos sim dizer a cada um, os que são deste tipo de ho- mens, para que possam tomar cuidado com eles. Nós não somos como vis traidores de nossos próximos quando os vemos em perigo de serem desviados de Deus, e não lhes informamos sobre isso? Um homem mau que anda procurando estabelecer a doutrina perversa, e causar ofensas na igreja, o que ele é, senão um impostor? Se eu dissimulo quando o vejo, não é como se eu estivesse vendo o meu próximo em perigo, e não o alertasse? Se a vida do corpo é tão preciosa para nós de modo que faríamos tudo que estivesse ao nosso alcance para preservá-la, de quanto maior importância é a vida da alma! Os que se esforçampara colocar todas as coisas de cabeça para baixo, irão semear sua doutrina falsa entre o povo, a fim de atraí-los para um desprezo de Deus. Estes cães latindo, estes bodes vis, esses lobos vorazes, são os que se extraviaram, e se esforçam para destruir a fé da Igreja, e nós ainda os suportamos. Os homens costumam dizer, que devemos resistir a e- les? Devemos lançá-los fora para que possam cair no desespero? Isto é dito por aqueles que pensam que devemos usar de gentileza; mas que misericórdia é poupar um homem, e nesse meio tempo perder milhares de almas, ao invés de preservá-las? Não devemos su- portar que ervas daninhas cresçam entre nós, para que não se fortaleçam, e sufoquem qualquer boa semente, ou totalmente a destrua. Satanás vem com o seu veneno e pragas que podem destruir tudo. Nós vemos o rebanho de Deus perturbado e atormentado com lobos vorazes, que devoram e destroem tudo o que podem. Devemos estar comovidos de misericórdia para com um lobo, e nesse meio
  • 8. Issuu.com/oEstandarteDeCristo tempo deixar as pobres ovelhas e cordeiros de nosso Senhor, com as quais Ele tem tão especial cuidado, a perecer? Quando vemos um homem perverso perturbando a igreja? Devemos impedir ofensasou falsa doutrina tanto quanto estiver ao nosso alcance; é preciso alertar o simples, para que não se deixe enganar e enredar. Isto, eu digo, é o nosso dever. O Senhor deseja que o ímpio seja conhecido, para que o mundo possa discerni-los, para que sua impiedade seja manifesta a todos. São Paulo fala de alguns que são curiosos, ócio- sos e etc. Estes devem ser apontados também, para que possam ser evitados, isto deve ser feito por aqueles que têm a espada na mão. Quanto aos que tornaram-se verdadeiros demônios, quem pode de algum modo viver em paz e concórdia, senão empurrar eles mes- mos à frente, para reduzi-los a nada? Quando os vemos assim, devemos manter a nossa paz? Vamos aprender a reconhecê-los como o problema da igreja de Deus, e mantê-los fora, e nos esforçarmos para impedi-los de fazer dano. Nisto vemos quão poucos há quem tenham um zelo pela igreja de Deus. Falamos não só de inimigos declarados (pois nós confessamos que temos nos referido aos papistas, pois nós não estamos envolvidos com seu erro e superstição), mas vemos outros que procuram nos afastar da simplicidade do Evangelho: eles se esforçam para levar todas as coisas à desordem; semeiam joio, para que possam levar esta doutrina ao ódio, e fazer com que os homens se entristeçam com ela; outros desejam uma liberdade licenciosa para fazer a maldade que escolherem, e assim se libertar do jugo de nosso Senhor Jesus Cristo. Vemos outros, que nada buscam, senão encher o mundo com maldade, blasfêmiase vileza, e, portanto, esforçam-se para pisotear a reverência de Deus. Nós, igualmente, vemos bêba- dos e bebedores de bebida forte, que se esforçam para levar os homens à confusão. E, no entanto, quem há entre nós que se oponha contra essas coisas? Quem é que diz: va- mos tomar cuidado e estejamos atentos? Pelo contrário, aqueles que deveriam reprovar tal maldade severamente não só a dissimulam, e a deixam passar, mas a defendem e dão-lhe o seu apoio. Vemos a maldade que se expande sobre a terra; vemos aqueles que se esfor- çam para perverter e reduzir a nada a nossa salvação, e conduzir a igreja de Deus à dúvida; e devemos dissimular, e fazer como se nós não estivéssemos vendo nenhuma dessas coi- sas? Podemos nos gabar de sermos Cristãos tanto quanto quisermos, mas há mais demo- nios entre nós do que Cristãos, se nós toleramos tais coisas. Portanto, atentemos bem para a doutrina que aqui nos é dada; e se vemos pessoas más tentando infectar a igreja de Deus, para distorcer a boa doutrina, ou destruí-la, vamos nos esforçar para trazer suas obras à luz, para que cada um as contemple e, assim, possam evitá-las. Se não atendermos a essas coisas, somos traidores de Deus, e não temos zelo por Sua honra, nem pela salvação da Igreja. Devemos ser inimigos declarados da impieda-
  • 9. Issuu.com/oEstandarteDeCristo de, se quisermos servir a Deus. Não é o suficiente para nóssimplesmente nosabstenhamos de cometer o pecado, mas devemos condená-lo, tanto quanto possível, para que ele não possa ter qualquer influência, ou obter vantagem sobre nós. Depois de São Paulo se referido a estes dois indivíduos, ele nos informa que eles se afasta- ram da fé, de modo que eles disseram que a ressurreição era já feita. Assim, vemos que sua queda foi horrível. Himeneu e Fileto não eram homens ignorantes; pois São Paulo faz menção deles, apesar de seremde longe, Timóteo esta neste momento emÉfeso. Portanto, é evidente que eles eram homens afamados. Eles tinham estado por algum tempo em gran- de reputação, entre osprincipais pilares na igreja. Mas nós vemos o quão longe eles caíram; até mesmo a ponto de renunciar à salvação eterna que foi comprada por nosso Senhor Jesus Cristo. Se nós não buscarmos a ressurreição, de que serve para nos ensinar que há um Redentor que nos salvou da escravidão da morte? Que proveito tem a morte e a paixão de nosso Senhor Jesus Cristo para nós, a menos que esperemos pelo resultado que nos foi prometido, no último dia, na Sua vinda? Não obstante estes homens tinham estado por um tempo entre os fiéis, mas eles caíram, por assim dizer, no abismo sem fundo do inferno. Assim, Deus declarou Sua vingança para com os que abusam de Seu Evangelho. Ele viu que esses homens estavam embriagados com ambição tola, eles não procuravam outra coisa, senão renome; eles distorceram a sim- plicidade da Palavra de Deus, e se esforçaram para se mostrarem maiores do que os ou- tros. Mas Deus estima a Sua Palavra muito mais do que Ele estima o homem; pois se ho- mens a desprezam e a ridicularizam, Ele não vai deixá-los sem culpa. Assim, vemos que aqueles que eram como anjos tornaram-se verdadeiros demônios: eles estavam cegos, e ainda assim eles se tornariam grandes mestres. A capacidade dessas pessoas, de quem fala São Paulo, não eram do tipo comum; eles não eram ignorantes, mas de alta posição em todas as igrejas, e ainda eles tenham caído em tal cegueira, a ponto de negar a ressurreição dos mortos, ou seja, eles engaram o artigo principal de nossa religião e privaram a si mesmos de toda a esperança de salvação. Como isso é possível! Isto parece estranho, que tais homens foram capazes de ensinar a outros para levá-los a tal ignorância grosseira e bestial. Assim, vemos como Deus vinga os escar- necedores e zombadores que abusam de Sua Palavra, pois isto não pode acontecer. Ele os deixará em um estado de reprovação; do qual nunca possam ser capazes de discernir novamente, e tornem-se totalmente destituídos de toda razão. Portanto, se no dia de hoje, vemos homens tornaremirracionais, depois de teremconhecido a verdade de Deus, e se tornarem destituídos de razão, devemos saber que Deus estará, assim, magnificando a Sua Palavra, e nos levando a sentirmos a majestade da mesma. E
  • 10. Issuu.com/oEstandarteDeCristo por que isso? Porque Ele puniu o desprezo deles, entregando tais pessoas ao Diabo, e dando-lhe liberdade total sobre eles. Portanto, não devemos nos ofender quando vemos aqueles que provaram o Evangelho, se rebelaram contra a obediência de Deus; mas antes, que isto seja uma confirmação de nossa fé, pois Deus nos mostra claramente que a Sua Palavra é de tal importância que Ele não pode, de forma alguma, suportar que os homens abusem dela, nem a tomem em vão, nem a distorçam ou a profanem. Temos que aprender a tomar cuidado, e andar em temor e cuidado. Vejamos estas coisas como um espelho colocado diante de nossos olhos, para que possamos ver quem parecia estar se passando por bons Cristãos, e caíram; tendo em si nada mais do que maldade, usando discursos detestáveis, não tendo nada, senão imundícia em todas as suas vidas. Vendo que Deus colocou essas coisas diante de nós, vamos tomar aviso, e sobriamente andar na simplicidade do Evangelho, para que nós não nos tornemos uma presa para Satanás. É verdade, que esses homens criaram uma ressurreição fantástica como alguns fazem nos dias de hoje; e eles desejam fazer-nos acreditar que tornarem-se Cristãos foi ressuscitar novamente; mas a Bíblia nos alerta para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, para que estejamos sempre prontos e preparados, para quando Ele aparecer; e até esse momento a nossa vida está escondida, e nós estamos, por assim dizer, à sombra da morte. Quando a Escritura nos chama ao nosso Senhor Jesus, esses fanáticos dizem, que não temos que olhar para nenhuma outra ressurreição, exceto a que acontece quando somos iluminados pelo Evangelho. Observemos aqui que o nosso velho homem deve ser crucificado, se quisermos participar da glória do nosso Senhor Jesus Cristo, e com Ele ressuscitar. São Paulo nos mostra que, se quisermos participar do reino de nosso Senhor Jesus Cristo, devemos ser participantes da Sua cruz; devemos caminhar em morte antes de podermos chegar à vida. Quanto tempo esta morte durará? Enquanto estivermos neste mundo. Portanto São Pedro diz: o batismo é, por assim dizer, uma figura da arca de Noé (1 Pedro 3:20-21). Pois nós devemos ser enclausurados, por assim dizer, em uma cova; mortos para o mundo, se nós quisermos ser vivificados por [...] nosso Senhor Jesus Cristo. Eles queriam ter uma ressurreição no meio do caminho, eles não pervertem a natureza do batismo, e, consequentemente, toda a ordem que Deus estabeleceu em nosso meio? Va- mos aprender que até que Deus nos tire deste mundo, devemos ser como peregrinos em um país estranho, e que a nossa salvação não nos será revelada até a vinda de nosso Se- nhor Jesus Cristo, pois Ele tornou-se as primícias dos que dormem (1 Coríntios 15). E da mesma forma: “E ele é a cabeça do corpo, da igreja; é o princípio e o primogênito dentre
  • 11. Issuu.com/oEstandarteDeCristo os mortos, para que em tudo tenha a preeminência” (Colossenses 1:18). É verdade que Jesus Cristo ressuscitou; mas Ele julgou necessário aparecer para nós, e Sua vida e glória deve ser revelada em nós antes que possamos ir para Ele. São João diz que temos a certeza de que somos filhos de Deus, que O veremos como Ele é, quando nós seremos feitos semelhantes a Ele. É verdade que Deus se revela a nós quando Ele nos transforma à Sua imagem; mas o que nós concebemos pela fé, ainda não é visto, nós devemos esperar por isto na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo. Não obstante o grande absurdo deste erro, São Paulo nos informa que os dois indivíduos aqui mencio- nados, têm pervertido a fé de alguns. Isso é uma coisa que deve fazer-nos tremer; pensar que uma doutrina que deveria ter sido rejeitada à primeira vista, perverta a fé de alguns. Vemos como os filhos de Deus são afligidos neste mundo; sim, muitas vezes é lamentável ver a sua situação; enquanto osincrédulos quedesprezama Deus, estão à vontade, e vivem em prazeres. Eles têm seu triunfo, ao passo que os santos são como a escória do mundo (1 Coríntios 4:13). Como é possível para homens conceber esta heresia, isto é, dizer que a ressurreição já é feita? E, no entanto, vemos que esta doutrina era bem vista por alguns; sim, na igreja primitiva, no tempo dos apóstolos. Quando aqueles a quem Jesus Cristo tinha escolhido para pregar Sua verdade em todo o mundo ainda viviam, alguns caíram da fé. Quando vemos tal exemplo, não demos ocasião para sermos surpreendidos, e andemos em temor! Não que devemos duvidar que Deus nos ajudará e nos guiará, mas nos convém armar-nos com a oração, e confiar nas promessas de nosso Deus. Bem, podemos ser sur- preendidos, quando pensamos sobre a atrocidade desse erro; pelo qual Deus permitiu que alguns se desviassemda fé. Se os apóstolos, que exerceramtodo o poder que lhes foi dado do alto para manter a verdade de Deus, não puderam impedir que os homens fossem indu- zidos ao erro, o que devemos esperar dos dias atuais! Sejamos diligentes na oração, e fuja- mos para Deus, pois Ele pode preservar-nos através do Seu Espírito Santo. Que possamos nos esvaziar da presunção e nos considerarmos como nada, pois poderíamos ser rapida- mente abatidos, se não formos confirmados pelo Ser Supremo. Estas lições não nos foram dadas sem propósito. Apesar de Himeneu e Fileto não estarem vivos neste dia, ainda assim em suas pessoas o Espírito Santo ilustra a degradação os ím- pios, que buscam perverter nossa fé; que nós não sejamos afligidos com tudo o que acon- tece; que não nos afastemos do bom caminho, mas que sejamos protegidos contra todas as ofensas. Não estejamos tão inchados de orgulho, a ponto de nos desviarmos seguindo as nossas próprias imaginações tolas; mas devemos tomar cuidado e nos mantermos em obediência à Palavra de Deus. Então seremos cada dia mais e mais confirmados, até que o nosso bom Deus nos leve para Seu descanso eterno, para a qual somos chamados.
  • 12.                                      10 Sermões — R. M. M’Cheyne Adoração — A. W. Pink Agonia de Cristo — J. Edwards Batismo, O — John Gill Batismo de Crentes por Imersão, Um Distintivo Neotestamentário e Batista — William R. Downing Bênçãos do Pacto — C. H. Spurgeon Biografia de A. W. Pink, Uma — Erroll Hulse Carta de George Whitefield a John Wesley Sobre a Doutrina da Eleição Cessacionismo, Provando que os Dons Carismáticos Cessaram — Peter Masters Como Saber se Sou um Eleito? ou A Percepção da Eleição — A. W. Pink Como Ser uma Mulher de Deus? — Paul Washer Como Toda a Doutrina da Predestinação é corrompida pelos Arminianos — J. Owen Confissão de Fé Batista de 1689 Conversão — John Gill Cristo É Tudo Em Todos — Jeremiah Burroughs Cristo, Totalmente Desejável — John Flavel Defesa do Calvinismo, Uma — C. H. Spurgeon Deus Salva Quem Ele Quer! — J. Edwards Discipulado no T empo dos Puritanos, O — W. Bevins Doutrina da Eleição, A — A. W. Pink Eleição & Vocação — R. M. M’Cheyne Eleição Particular — C. H. Spurgeon Especial Origem da Instituição da Igreja Evangélica, A — J. Owen Evangelismo Moderno — A. W. Pink Excelência de Cristo, A — J. Edwards Gloriosa Predestinação, A — C. H. Spurgeon Guia Para a Oração Fervorosa, Um — A. W. Pink Igrejas do Novo Testamento — A. W. Pink In Memoriam, a Canção dos Suspiros — Susannah Spurgeon Incomparável Excelência e Santidade de Deus, A — Jeremiah Burroughs Infinita Sabedoria de Deus Demonstrada na Salvação dos Pecadores, A — A. W. Pink Jesus! – C. H. Spurgeon Justificação,PropiciaçãoeDeclaração —C.H.Spurgeon Livre Graça, A — C. H. Spurgeon Marcas de Uma Verdadeira Conversão — G. Whitefield Mito do Livre-Arbítrio, O — Walter J. Chantry Natureza da Igreja Evangélica, A — John Gill OUTRAS LEITURAS QUE RECOMENDAMOS Baixe estes e outros e-books gratuitamente no site oEstandarteDeCristo.com. — Issuu.com/oEstandarteDeCristo Sola Scriptura • Sola Fide • Sola Gratia • Solus Christus • Soli Deo Gloria —  Natureza e a Necessidade da Nova Criatura, Sobre a — John Flavel  Necessário Vos é Nascer de Novo — Thomas Boston  Necessidade de Decidir-se Pela Verdade, A — C. H. Spurgeon  Objeções à Soberania de Deus Respondidas — A. W. Pink  Oração — Thomas Watson  Pacto da Graça, O — Mike Renihan  Paixão de Cristo, A — Thomas Adams  Pecadores nas Mãos de Um Deus Irado — J. Edwards  Pecaminosidade do Homem em Seu Estado Natural — Thomas Boston  Plenitude do Mediador, A — John Gill  Porção do Ímpios, A — J. Edwards  Pregação Chocante — Paul Washer  Prerrogativa Real, A — C. H. Spurgeon  Queda, a Depravação Total do Homem em seu Estado Natural..., A, Edição Comemorativa de Nº 200  Quem Deve Ser Batizado? — C. H. Spurgeon  Quem São Os Eleitos? — C. H. Spurgeon  Reformação Pessoal & na Oração Secreta — R. M. M'Cheyne  Regeneração ou Decisionismo? — Paul Washer  Salvação Pertence Ao Senhor, A — C. H. Spurgeon  Sangue, O — C. H. Spurgeon  Semper Idem — Thomas Adams  Sermões de Páscoa — Adams, Pink, Spurgeon, Gill, Owen e Charnock  Sermões Graciosos (15 Sermões sobre a Graça de Deus) — C. H. Spurgeon  Soberania da Deus na Salvação dos Homens, A — J. Edwards  Sobre aNossa Conversão a Deuse Como Essa Doutrina é Totalmente Corrompida Pelos Arminianos — J. Owen  Somente as Igrejas Congregacionais se Adequam aos Propósitos de Cristo na Instituição de Sua Igreja — J. Owen  Supremacia e o Poder de Deus, A — A. W. Pink  Teologia Pactual e Dispensacionalismo — William R. Downing  Tratado Sobre a Oração, Um — John Bunyan  Tratado Sobre o Amor de Deus, Um — Bernardo de Claraval  Um Cordão de Pérolas Soltas, Uma Jornada Teológica no Batismo de Crentes — Fred Malone
  • 13. Issuu.com/oEstandarteDeCristo 2 Coríntios 4 1 2 Por isso, tendo este ministério, segundo a misericórdia que nos foi feita, não desfalecemos; Antes, rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, não andando com astúcia nem falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos à consciência de todo o homem, 3 4 entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória 5 Jesus, o Senhor; e nós mesmos somos vossos servos por amor de Jesus. 6 Porque Deus, que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações, 7 este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós. 8 Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados. 9 Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos; 10 Trazendo sempre por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus se manifeste também nos nossos corpos; 11 E assim nós, que vivemos, estamos sempre entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também na nossa carne mortal. 12 De maneira que em nós opera a morte, mas em vós a vida. 13 E temos portanto o mesmo espírito de fé, como está escrito: Cri, por isso falei; nós cremos também, por isso também falamos. 14 Sabendo que o que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitará também por Jesus, e nos apresentará convosco. 15 Porque tudo isto é por amor de vós, para que a graça, multiplicada por meio de muitos, faça abundar a ação de graças para glória de Deus. 16 Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o interior, contudo, se renova de dia em dia. 17 Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente; 18 Não atentando nós nas coisas que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se não veem são eternas.