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COLETÂNEA DE MENSAGENS
E PALESTRAS
DE EDINALDO NOGUEIRA
1ª PARTE
Edinaldo Nogueira
E-mail: nogueira.edinaldo@gmail.com
(caso queira fazer alguma refutação por escrito pode enviar para e-mail)
Dedicatória
Dedico este livro a Deus e Pai de nosso
Senhor Jesus Cristo que me concedeu graça. A Ele
seja a glória para todo sempre em Cristo Jesus no
poder do Espírito Santo!
À minha digníssima e amada esposa, Claudete
Nogueira, por sua compreensão e amor e aos nossos
filhos Letícia e Renan e a sua esposa Aline.
Aos meus pais, Paulo e Marleide e meus
queridos irmãos e irmãs: Edileuza, Fátima, Ednardo,
Edvaldo, Eduardo e Paula.
À todos os amados irmãos em Cristo que
amam as Doutrinas Cristãs.
A todos os leitores dedico este livro.
PREFÁCIO
Esse livro é o primeiro de uma série de livros que trazem minhas
mensagens e palestras desde 2009 em diante. Todas estão gravadas em
áudio, e agora pretendo compilá-las. Quero deixar um legado para meus
descendentes: filhos(as), netos(as) e bisnetos(as).
Edinaldo Nogueira
ÍNDICES DAS MENSAGENS E PALESTRAS
Sobre o Partidarismo na Igreja .................................................... 006
Sobre Demandas Judiciais Entre os Irmãos ................................. 015
Sobre a Perseverança do Crente e os Perigos
do Esfriamento Espiritual ............................................................. 023
Sobre a Importância da Santa Ceia do Senhor ............................. 032
Sobre Enfrente a Tragédia Sem Perder a Doçura ......................... 040
Sobre a Ressurreição de Cristo ...................................................... 046
Sobre Os Instrumentos Divinos de Provação ................................. 056
Sobre a Introdução a Primeira Epístola de João ........................... 061
Sobre Jesus a Luz do Crente ........................................................... 065
Sobre Jesus, Perdoador e Redentor ................................................ 073
Sobre a Chegada do Anticristo (I).................................................... 089
Sobre o Preço do Resgate dos Pecadores ........................................ 095
Sobre a Chegada do Anticristo (II).................................................... 100
Sobre a Nossa Eterna Salvação ........................................................ 108
Sobre o Batismo nas Águas (I) .......................................................... 117
Sobre a Depressão ............................................................................ 122
Sobre o Testemunho Interior do Cristão ........................................... 132
Sobre o Batismo nas Águas (II) ......................................................... 140
Sobre o Conhecimento de Deus ......................................................... 148
Sobre a Preparação e Qualificação dos Obreiros do Senhor ............ 156
Sobre a Vontade Soberana e a Vontade Secundária .......................... 163
Palestra Ministrada na Congregação da Assembleia de Deus-Codó em
19 de Abril de 2009
Sobre o Partidarismo na Igreja
1ª Coríntios 1.10-13; 3.1-6
Os partidários são frutos nocivos plantados dentro da igreja por
certos obreiros. Muito embora, Paulo Apolo e Cefas, que é Pedro, sendo
obreiros, não foram eles que fomentaram essa divisão na igreja de Corinto.
Eles não tinham nada a ver com essa divisão partidária. Mais foram alguns
sujeitos que começaram a tomar partido dentro da igreja.
De modo que tem certa divisão na igreja que os pastores não têm
culpa, que os pastores não estão fomentando nem os obreiros, mas as
pessoas estão apenas usando os nomes deles. Porém, existem outros grupos
dentro da igreja que são fomentados pelos líderes, que são obreiros
plantadores da semente da contenda. Eles não estão interessados em semear
a semente da Palavra de Deus, mas em semear essa semente perniciosa,
nociva, que tem como „fruto‟, se é que pode usar esse termo, o joio.
Há vários tipos de obreiros. Primeiro, o obreiro plantador da
semente. Qual é a função do obreiro plantador da semente? É lidar com a
semente da Palavra de Deus. Ele tem a consciência de que ele não está
semeando as suas próprias palavras, mas a palavra de Deus. E por causa
disso, ele deve ter alguns cuidados. Porque ele sabe que ao semear a palavra
de Deus irá prestar contas por aquilo que ele diz.
Leiamos Tiago 3.1: „Meus irmãos, não sejais muitos de vós mestres,
sabendo que receberemos um juízo mais severo‟.
O obreiro que lida com a palavra de Deus, ele sabe que vai prestar
conta por aquilo que ele prega, ensina e fala. Por isso que a Palavra é uma
espada de dois gumes, ela corta dos dois lados. E primeiramente, ela corta o
pregador. Antes de ela tornar amarga no povo, torna-se primeiro amarga
naquele que a ministra.
Tem muita gente correndo apressadamente para ser pregador, para
ser ensinador da palavra de Deus, mas ele não sabe que sobre ele pesa o
juízo de Deus; pesa a prestação de contas de Deus. Jesus Cristo disse „a
medida que vocês usarem para medir, por essa mesma medida vocês serão
medidos‟. Por isso, irmãos, temos que ter muito cuidado quando fomos
chamados para pregar e ensinar a palavra de Deus.
O obreiro que lida com a palavra de Deus deve ser fiel a mensagem
que recebeu de Deus para entregar, porque não é dele, é de Deus. Então ele
tem que entregar a mensagem do modo como recebeu de Deus. Sem
adulterar a mensagem. Sem falsificar e nem modificar, ele tem que entregar
a mensagem da palavra de Deus.
Leiamos 2ª Coríntios 1.18: „Antes, como Deus é fiel, a nossa palavra
a vós não é sim e não‟.
Não pode existir em nossa mensagem essa questão de sim e não. O
obreiro diz uma coisa agora e mais tarde, ele está desfazendo aquilo que ele
disse. Ele diz uma coisa, e quando vem a pressão, ele se esquiva: „Não! Eu
não falei isso. Foi um mal entendido‟. Ele entra em contradição.
O obreiro fiel à palavra é aquele que sustenta a palavra ainda que o
mundo todo arrebente na cabeça dele, conforme diz o salmista no Salmo 15
„aquele que sustenta a palavra ainda que com prejuízo próprio‟. Por quê?
Porque a mensagem não é dele, a mensagem é de Deus.
Leiamos 2ª Coríntios 4.2: „...pelo contrário, rejeitamos as coisas
ocultas, que são vergonhosas, não andando com astúcia, nem adulterando a
palavra de Deus; mas, pela manifestação da verdade, nós nos
recomendamos à consciência de todos os homens diante de Deus‟.
Leiamos também 1ª Tessalonicenses 2.13: „Por isso nós também,
sem cessar, damos graças a Deus, porquanto vós, havendo recebido a
palavra de Deus que de nós ouvistes, a recebestes, não como palavra de
homens, mas (segundo ela é na verdade) como palavra de Deus, a qual
também opera em vós que credes‟.
Temos que tomar essa consciência sobre nós de que a palavra que
nós falamos não é a nossa palavra, mas a palavra de Deus, como Paulo
disse: „... vocês receberam como palavra de Deus, que de fato é...‟. E essa
palavra vai operar!
O obreiro que lida com a palavra de Deus tem que conscientizar-se
que ele tem que ser fiel a palavra de Deus e que vai prestar constas pela
palavra que falou.
O obreiro que lida com a palavra de Deus deve enquadrar o seu
pensamento segundo os oráculos de Deus.
Leiamos 1ª Pedro 4.11: „Se alguém fala, fale segundo os oráculos de
Deus...‟.
„Oráculos‟ nesse texto não é apenas a palavra escrita, mas a
revelação que você recebe daquilo que está escrito. Muito embora, as
Escrituras estejam recheadas de temas e assuntos, o cristão não fala apenas
baseados nesses diversos assuntos, mas fala segundo aquilo que o Espírito
vai sacar, revelar e guia-lo. É por isso que antes de falar aos homens, o
obreiro tem que falar com Deus para poder receber de Deus a mensagem
revelada.
E 2ª Pedro 1.16: „Porque não seguimos fábulas engenhosas quando
vos fizemos conhecer o poder e a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, pois
nós fôramos testemunhas oculares da sua majestade‟.
Devemos enquadrar as nossas palavras, as nossas ideias segundo a
palavra de Deus e não seguir as fábulas, as lendas e os mitos. Diz Pedro
„não seguimos fábulas‟, isto é, invenções, não é coisa da nossa mente. Nós
não aprendemos isso das filosofias, mas nós mesmos experimentamos na
palavra de Deus.
Nós não baseamos a nossa mensagem e nossa pregação em mitos e
estorinhas. É por isso que o obreiro tem que ter muito cuidado com aquilo
que ele vai transmitir. Ele precisa sabe qual é a fonte.
O obreiro que planta a palavra de Deus sabe que vai lidar com
diferentes tipos de pessoas. Ele tem que ter consciência disso, para que não
se iluda e não fique decepcionado, frustrado e desista da missão.
Em Mateus 13.18-23, Jesus, aquele que é o pregador dos pregadores,
tinha essa consciência e transmitiu essa consciência para seus apóstolos e
discípulos, de que há vários tipos de pessoas que vão corresponder a
mensagem que nós pregamos. São quatro tipos, e destes apenas um,
realmente, vai ter resultado. Três não produziram bons resultados, isso
significa que a nossa mensagem pregada não terá um resultado de cem por
cento, e que muitas vezes, nós corremos o risco de não temos bons
resultados.
Veremos esses quatro tipos de pessoas, segundo a palavra de Deus:
Primeiro, aqueles que ouvem a palavra, mas não entendem. Porque
estão procurando entender através do seu raciocínio humano. Isso vai gerar
crentes „intelectuais‟ e „filósofos‟. Quer dizer, se a palavra que você está
pregando é por revelação do Espírito, conforme diz Paulo „nós não falamos
segundo a sabedoria dos homens, mas segundo as palavras que o Espírito
nos ensina‟; então, se a palavra que você está falando é revelada pelo
Espírito e ensinada pelo Espírito, então a pessoa que está ouvindo, só vai
entender se ela também receber a revelação do Espírito. Se ela procurar
entender a palavra apenas pelo seu raciocínio humana não irá compreender.
Segundo, aqueles que são estáveis na palavra. Eles procuram seguir
a palavra segundo as suas emoções humanas, então, ele se torna uma pessoa
estável. Jesus disse que esse tipo de gente recebe a palavra com muita
alegria, mas logo se esquece da palavra. Há esse tipo de pessoas, que ouve e
vai corresponder segundo as suas emoções. Se ele está num culto
pentecostal, ele recebe a palavra, sente aquele ardor no coração, fica
arrepiado e corre para aceitar Jesus, isso em um domingo a noite. Mas, na
segunda-feira ele não sabe nem o que foi que fez, ele não sabe se realmente
é crente. Ele começa titubear, fica indeciso, porque ele baseou a sua decisão
apenas em suas emoções humanas.
Tiago 4.8 fala sobre esse tipo de sujeito e o chama de „duplo ânimo‟,
que no grego é, „dupla alma‟; aquele que tem duas almas. Em um dia ele
está alegre porque recebeu alguma palavra de refrigério, mas no outro dia
fica triste, querendo desistir, porque não recebeu nenhuma palavra de Deus.
Leiamos Tiago 4.8: „Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a vós.
Alimpai as mãos, pecadores; e, vós de duplo ânimo, purificai os corações‟.
Então aí é de dupla alma, aquele que tem dois tipos de ânimo.
Aquele que uma vez está com ardor para seguir a Cristo, mas em outra vez,
está totalmente frio e indiferente a mensagem de Cristo.
Então esse tipo de correspondência à palavra irá gerar crentes
exclusivistas, místicos e insubordinados.
Terceiro, aqueles que são infrutífero na palavra. Porque eles baseiam
a palavra segundo os seus desejos humanos. Isso gera crentes liberais ou
legalistas. Eles estão na igreja, mas se tornam crentes infrutíferos, pois
baseiam a sua fé e sua esperança apenas em seus desejos humanos, em sua
vontade humana; naquilo que ele acha que tem que ser, que ele quer que
seja e que deve ser.
Vocês que são obreiros deve ter essa consciência: há tipos diferentes
de pessoas. Há aqueles que vão lhe elogiar, mas tem também aqueles que
vão lhe detestar; aqueles que irão receber a sua palavra com muita alegria,
mas tem aqueles que vão se incomodar com a sua palavra.
Mas graças Deus que o Senhor falou do quarto tipo de pessoas, que
são aqueles que entendem a palavra e que produz frutos. Muito embora essa
produção de frutos não seja cem por cento em todas as pessoas, mas têm
resultados. Alguns 30%, outros 60% e ainda outros cem por cento.
Baseado nisso, Jesus Cristo disse o seguinte em Lucas 8.18: „Vede,
pois, como ouvis; porque a qualquer que tiver lhe será dado, e a qualquer
que não tiver até o que parece ter lhe será tirado‟.
„Como ouvis...‟. A palavra tem que ser entendida pelo sentido que
ela traz. Muito embora, a gente use recursos humanos para falar das coisas
celestiais, as coisas que estão além de nossos raciocínios, mas temos que
falar dessas coisas usando recursos humanos, que é o português com todas
as suas figuras de linguagens riquíssimas, mas que em relação a palavra de
Deus são pobres. Usando esses recursos, a pessoa que ouve tem que
compreender o sentido real por traz desses recursos.
É por isso que Jesus Cristo disse „tenham cuidado como vocês estão
ouvindo a palavra de Deus‟; que sentido vocês estão recebendo dela.
Porque a transformação espiritual vem pelo sentido que você entende a
palavra. Ela não vem simplesmente pelo fato da pessoa falar, pregar, mas
pelo sentido que você está dando aquilo que está ouvindo.
Paulo fala da transformação pelo sentido. Nós somos transformados,
amadurecidos, crescemos na fé, caminhamos para frente conforme o sentido
que damos a palavra de Deus.
O pregador pode está falando de um assunto totalmente diferente, e
você com a sua lente de místico entender de modo místico. O pregador pode
fala uma coisa, e você com o seu sentido liberal entender nesse sentido.
O que Jesus Cristo quer dizer? Que tipo de lente nós estamos usando
quando lermos ou ouvirmos a palavra de Deus. Por diz „tenham cuidado
como vocês estão ouvindo!‟. É por isso que às vezes, ele pergunta aos
fariseus e saduceus: „como é que vocês entendem determinados textos?‟;
„como é que vocês leem?‟.
Porque a minha leitura é diferente da sua leitura. Você lê um texto e
entende em um sentido, eu leio e entendo por outro sentido. É esse sentido
que vai modificar as minhas atitudes e ações. Por isso temos que ter muito
cuidado com nossos sentidos.
Aquele que planta a semente da Palavra de Deus deve ter cuidado
com as falsas sementes, que são as falsas doutrinas.
O obreiro de Deus tem que trazer em sua bolsa semente
selecionadas, sadias e verdadeiras. E, para que ele alcance isso, tem que ser
um obreiro que goste de pesquisar, estudar a fundo, conhecer a origem,
compreender a doutrina, compreender a palavra para que ele não cometa o
erro de semear uma semente falsa. O objetivo da semente é produzir. Ela vai
produzir o seu resultado, seja péssimo ou bom.
Segundo, o obreiro regador da semente. Logo após o obreiro que
planta, vem aquele que rega as plantinhas. Quem são as plantinhas? São os
novos convertidos, as crianças, adolescentes, pessoas inexperientes. Muito
embora, ele tenha também a responsabilidade de cuidar das plantas já
grandes, porque elas não podem morrer, precisam continuar vigorosas, mas
tem que voltar a sua atenção para essas plantinhas.
Ele tem que fazer isso com desvelo. Desvelo fala da dedicação, do
zelo, do cuidado e do amor. Iremos ler alguns textos bíblicos que falam
sobre essa atitude.
O obreiro que ensina com desvelo, ensina com dedicação. Romanos
12.7: „‟Aquele que ensina, haja dedicação ao ensino‟.
O obreiro deve ensinar com cuidado. 1ª Timóteo 4.16: „Tem cuidado
de ti mesmo e da doutrina‟.
O obreiro deve ensinar com amor. Efésios 4.14,15: „‟Falando a
verdade em amor...‟.
O obreiro deve ensinar com zelo. Jesus Cristo disse que o zelo da tua
casa me consome.
Nós temos que saber que aquele que rega a palavra de Deus, rega as
plantas com zelo, ele vai sofrer, terá que colher alguns resultados amargos.
Corre o risco de ser chamado de radical, santarrão, sabichão e muitas outras
palavras pejorativas. Mas, ele tem que está consciente disso. Jesus Cristo
disse: „o zelo da tua casa me consome‟ (Jo 2.17). Ele sabe que esse zelo o
levará até a cruz.
Quando Jesus nos chama para segui-lo, ele nos chama sem nenhuma
ilusão nem engano. „Aquele que quer vir após mim, tome a sua cruz‟. A
pessoa que toma a cruz, sabe que está tomando-a para ser crucificado nela,
para sofrer a pior morte que alguém poderia sofrer no século primeiro.
O que ele está dizendo? Aquele que me segue, tenha em mente que
as últimas consequências pode acontecer com ele. Ele pode ser crucificado,
pode ser esquartejado, degolado como foi Paulo, crucificado de cabeça para
baixo como foi Pedro, pode ser flechado como foi Tiago. E, assim está
sujeito a muitas coisas. Por que? Por causa do zelo!
Muitas plantas não viga nem cresce porque não houve regador. Há
uma carência muito grande desse discipulador. Há muitos pregadores, mas
há poucos discipuladores. Há poucas pessoas que estejam interessadas em
ensinar. Porque muito embora a pregação seja árdua, mas o ensino é mais
árduo ainda.
O pregador vem e joga a semente, ele não está nem aí com as ideias
das pessoas, mas o discipulador é aquele que vai lidar com as ideias. O
pregador joga a batata quente, o discipulador tem que abanar a batata, lidar
com ela. Então é mais complicado.
E por causa de falta de regador, é que muitas plantas não crescem,
não se desenvolve e nem produz frutos. Porque muito embora nós temos
muitos obreiros, muito deles estão interessados apenas na perola, naquilo
que ele vai ter vantagem. Está pensando na sua promoção, na sua projeção,
na sua posição, no seu retorno, no recurso financeiro.
Quando esse tipo de obreiro é chamado para dirigir uma determinada
congregação, ele pensa logo: „Quantos pessoas têm lá?‟ „Qual é a renda do
dízimo?‟. Quando ele transmite a palavra, no final ele lança o seu interesse
financeiro, o seu envelope. Ele associa a oração ao dinheiro, a bênção ao
dinheiro. Então, esse sujeito não está interessado nas plantinhas, mas nas
perolas, e as perolas muito embora sejam preciosas, não tem vida, elas são
inanimadas, as plantas são mais preciosas porque elas têm vida.
Então tenhamos cuidado com isso! É o que Paulo dizia aos seus
obreiros: „cuidado com a avareza‟. Não se deixe levar por esse espírito de
ganância. Achando que com a piedade vai haver lucro, mas o único lucro
que tem a piedade é você se contentar com a vida que você tem.
Terceiro, o obreiro cooperador ou atrapalhador. Tem muito obreiro
invejoso que não quer o progresso do seu irmão, do seu companheiro de
ministério, ele quer é o fracasso. Não está interessando em ajudar seu
companheiro subir nos tamboris, nos degraus, ele está interessado é puxar o
tapete. Porque ele vê aquele irmão como uma ameaçada, ele vê aquele
obreiro como um farol muito forte que está apagando a sua „luizinha‟.
Era o que estava acontecendo com os irmãos em Corinto, alguns se
achavam melhor do que o outro. Havia ali uma verdadeira rivalidade de
obreiros. Cada um querendo mostrar serviço encima do outro. Cada um
querendo subir nas costas do outro.
Temos que ter cuidado com isso! Paulo deu uma receita para a igreja
de Corinto, que deve servir de receita para todos nós.
Está em 1ª Coríntios 3.21-23: „Ninguém deve se orgulhar daquilo
que as pessoas podem fazer. Pois tudo é de vocês, isto é, Paulo, Apolo,
Pedro, este mundo, a vida e a morte, o presente e o futuro. Tudo isso
pertence a vocês, e vocês pertencem a Cristo, e Cristo pertence a Deus‟.
Irmãos, esse princípio é um princípio riquíssimo que temos que
aplicar em nossas vidas. O pregador que prega de uma maneira excelente,
que nos deixa de boca aberta, mas isso não deve causar em nós inveja. Isso
deve causar em nós um sentimento de que aquele pregador pertence ao povo
de Deus, de que ele está do nosso lado.
É como um pai que tem em sua família filhos médicos, engenheiros,
doutores, professores. Ele se orgulha de sua família! Ele não vai pensar: „o
meu filho é um doutor, e eu sou um zé ninguém‟, pelo contrário, ele irá se
orgulha em ter um filho doutor. Assim também deve ser conosco. Devemos
ter o prazer de ter em nossa igreja pessoas que pregam excelentemente bem,
pessoas que desempenham a sua função de uma maneira excelente. Temos
que ter prazer nisso, porque os bons não estão apenas no mundo, os bons, no
sentido de boas qualidades, estão na igreja, e estão do nosso lado, joga em
nosso time.
Quantos jogadores não tem prazer de jogar com Ronaldo Gaúcho,
Ronaldinho, com essas estrelas do futebol, de tê-los jogado do seu lado.
Assim estão somos nós, devemos ter o orgulho de ter ao nosso lado pessoas
excelentes. Não temos que puxar o tapete, prejudicar o irmão, porque se a
gente expulsa-lo da igreja estaremos perdendo uma joia preciosa. Vamos
nos armar com esse pensamento: ele joga do nosso lado, ele é do nosso
time.
Quarto, o obreiro edificador. Obreiro edificador é aquele que edifica.
Edificar é mais do que construir. Quando um obreiro é designado a dirigir
uma igreja, ele chega a igreja está praticamente construída, a secretaria está
funcionado, há conversões, há batismos, há superintendentes da Escola, há
professores. Então, o que ele precisa fazer? Fazer mais nada!? Não! Ele
trabalha com a edificação. Ele deve ter perícia, especialização, precisão.
Aquele que edifica faz a obra com perícia, de um modo especial, ele observa
os mínimos detalhes. Ele está interessado no estado de cada membro, o
estado da igreja.
Não é o obreiro que baseia a sua visão no todo em um domingo a
noite. No domingo a noite está tudo mundo presente, tem festa, está tudo
bem. Ele não se baseia nisso. Ele procura examinar os fatos, se realmente as
pessoas estão bem. Porque tem muita gente cantando, mas está com a alma
estraçalhada, abatida. Tem muita gente pregando, mas está com a sua alma
amargurada. Tem muita gente participando dos conjuntos, mas estão
totalmente fora, está só o corpo. O obreiro tem que prezar pela busca da
excelência e perfeição.
Quinto, o obreiro destruidor. O obreiro destruidor é uma peste! Uma
desgraça! É o elemento mais perverso que se possa ter no corpo de Cristo.
Ele está na igreja para atrapalhar, prejudicar. Para desestruturar a família de
Deus, para profanar o santuário do Senhor.
Agora, iremos ver que há também vários tipos de crentes.
Há crentes paulistas. São crentes liberais na doutrina e nos costumes
cristãs. Esse tipo de crentes havia em Corinto. Eles diziam: „tudo eu posso
fazer‟, „tudo me é lícito‟. Por que esses irmãos tinham essa mentalidade?
Porque eles baseavam seus pensamentos em Paulo, mas de modo errado.
Eles compreendiam a doutrina de Paulo de modo errado. Eles davam uma
reinterpretação as interpretações de Paulo. Eles não compreendiam a
doutrina da graça que Paulo ensinava.
Paulo foi incompreendido não apenas pelos judeus, mas também por
muitos irmãos da igreja. Eles diziam: „Olha, Paulo nos ensina que não
precisamos guardar a lei‟, „que não existe nenhuma regra que precisamos
praticar para sermos salvos‟, „que a salvação depende unicamente e
exclusivamente de Deus, e que eu não preciso fazer nada pra me salvar‟.
Então isso criava o que se chama de „antinomianismo‟, algo
contrário a lei de Deus. Isso levava a libertinagem. Qual é a mentalidade da
libertinagem? É que você deveria vencer a carne pelo excesso. Você deveria
vencer as suas paixões pelo excesso. Você é um crente que tem problema
com a sexualidade. Como você deveria vencer a sexualidade? Segundo os
crentes liberais era praticando sexo até não aguentar mais. Então você
matou a carne, pois não tem mais força para praticar. Como você consegue
vencer a bebida? Beber até não aguentar mais, até a sua boca encher de
formiga. Desse modo, você não tem mais condições de beber, pois o que
entra, sai. Então você venceu o vício da bebida. Era desse jeito que eles
ensinavam.
Como vencer a glutonaria? Comer até se esborratar, aí você venceu a
glutonaria, pois você não tem mais vontade de comer. Se alguém dissesse:
„Toma irmão um pedacinho de bolo‟. Ele respondia: „Não, irmão!‟. Pronto
vencia a carne, mas depois de uma ou duas horas a luta começava de novo.
Há, também, crentes apolistas. São aqueles que baseiam a palavra de
Deus na intelectualidade, na filosofia, que rejeitam as manifestações de
Deus. O nosso século é o século da intelectualidade em que ramificações de
teólogos chamados teólogos liberais estão atacando a palavra de Deus. Eles
dizem que a palavra de Deus está recheada de mitos e de estorinhas faz de
conta. Esses não são ateus, nem agnósticos e nem materialistas, são teólogos
crentes. Como Rudolf Bultmann (1884-1976), Karl Barth (1886-1968) e
seus discípulos que estão espalhados nos seminários.
Eles ensinam que o cristão verdadeiro é aquele que desmitificam a
palavra de Deus. É aquele que lê a Bíblia, mas remove os mitos. Jesus
Cristo andou por cima das águas? É mito. O mar vermelho de abriu? É mito.
O que aconteceu lá? Aconteceu outra coisa. As muralhas de Jericó caíram?
É mito.
Então eles precisam fazer essa raspagem na palavra, por isso dizem:
„desmitificar‟, „tirar o mito‟, „desfazer o mito da palavra‟, „filtrar a
palavra‟. Jesus Cristo ressuscitou? Não ressuscitou! E o que foi aquilo? Foi
apenas a ideia para alterar o comportamento dos crentes. Jesus Cristo vai
voltar? Não! Era apenas o pensamento dos apóstolos para incentivar os
cristãos a retidão. Na verdade, eles raspam tudo. Esse tipo de teologia está
bobando nos seminários.
Então temos que estudar a palavra de Deus? Evidentemente que sim.
Temos que usar o intelecto? Claro que sim. Mas não podemos ir como diz
Paulo: „além do que está escrito‟ (1ª Co 4.6). A nossa mente tem que ter o
limite da palavra de Deus. Tem que está baseada na palavra de Deus. E
aquilo que a razão não entende, recebemos pela fé.
E, ainda, há crentes cefalistas. São os crentes legalistas. Pedro era
um judeu e dedicou o seu ministério para pregar aos judeus. Ele tinha uma
compreensão muito perfeito da graça, assim como tinha Paulo. Mas tinha
que atuar dentro da economia que ele recebeu de Deus. Então, o apóstolo
Pedro ficava pressionado muitas vezes pelos judeus.
Em uma certa ocasião quando se viu livre dos judeus, quando visitou
a congregação gentílica em Antioquia, tentou viver a liberdade cristã.
Começou a comer carne de „porco‟, se associar com os gentios. Mas quando
os judeus chegaram, então, Pedro começou a se esquivar dos gentios.
Todavia, Pedro tinha uma compreensão perfeita da graça, porém, alguns de
seus discípulos, os judeus judaizantes, que são os crentes legalistas,
começaram a colocar a lei encima da graça.
Eles raciocinavam: „Somos salvos pela graça de Deus, mas
primeiramente temos que praticar a lei. Porque se nós não praticarmos a
lei, não seremos considerados dignos da graça de Deus‟. Muito embora,
irmãos, hoje nós não ensinamos que a lei salva, mas em nossas igrejas há
muitas cargas de legalismo.
O legalismo contribuiu para o surgimento dos monges na igreja. Eles
pensavam: „Temos que nos santificar, temos que nos separar do mundo.
Mas como iremos fazer isso? Pois para onde nos voltarmos, tem mundo.
Vamos criar um local reservado só para nós‟. Então, surgiram os mosteiros.
Havia alguns monges que eram tão radicais, que a si mesmo se
castraram para não sentirem desejos sexuais. Orígenes (185-254 A.D) foi
um deles, considerado como um dos grandes teólogos do século II. Ele
literalmente se castrou. Outros viviam em pantanal. Outros erigiam
pequenas torres, e viviam sobre elas o resto da vida. Os mosquitos viam
picar, eles deixavam. Porque eles tinham que experimentar o sofrimento.
Tinham que mortificar a carne, crucifica-la, subjuga-la. Tinham que
eliminar todos os desejos e todos os sentidos.
Então eram barbaridades que se praticavam em nome da santidade.
E, por último, há crentes exclusivistas. São aqueles que diziam: „Eu
não sou de Paulo; eu não sou de Apolo; eu não sou de Pedro! Eu sou de
Jesus‟. O meu pastor é Jesus. Eu não tenho ninguém sobre mim, eu sigo
Jesus. Esses tipos de crentes davam ênfase demasiada aos dons do Espírito,
pois tinham que ser guiados pelo Espírito.
No século III surgiu um sujeito chamado Montano, de onde os
tradicionais dizem que vieram os pentecostais. Esse Montano começou a
rejeitar os bispos da igreja, as doutrinas dos apóstolos e as Escrituras, e
afirmavam que tinham que ser guiados pelo Espírito através dos dons
espirituais. E nessa época a igreja estava perdendo os dons, então, Montano
começou a enfatizar os dons, dizendo: „Os dons de profecias, os dons de
revelações, os dons de línguas. São essas coisas que devem nos guiar‟.
Por causa disso a igreja tomou uma atitude radical, que foi errada,
disse que os dons cessaram. „Não há mais dons, cessou‟. Infelizmente
tomaram esse rumo em virtude desse radicalismo de Montano.
Há esse perigo de ficarmos fascinados pelos dons, hipnotizados
pelos dons como estava acontecendo na igreja de Corinto. A igreja de
Corinto estava fascinada, hipnotizada pelos dons. Nós temos que ter cuidado
com isso.
Palestra Ministrada na Congregação da Assembleia de Deus-Codó em
10 de Maio de 2009
Sobre Demandas Judiciais Entre os Irmãos
1ª Coríntios 6.1-8
O que é demandas judiciais? É mover uma ação judicial contra
alguém. É levar ao tribunal uma questão litigiosa para ser resolvida segundo
as leis humanas. É abrir um processo judicial contra alguém. É reivindicar
seus direitos diante de um juiz.
Essa é a definição de demanda judicial, também usado como termo
litígio, discussão, contenda.
Nós sabemos, lendo a epístola de 1ª Coríntios, que aquela igreja
vivia numa verdadeira confusão, divisão. E um dos motivos pelo qual Paulo
escreveu essa carta foi para resolver essas questões; foi para ensinar aos
irmãos como eles deveriam resolver essas questões, como eles deveriam
proceder.
Nós vimos que a igreja de Corinto era dividida entre partidos e
grupos. Então as questões estavam se tornando tão fortes entre eles que
estavam sendo levadas aos tribunais de justiça.
Nós vimos que toda aquela região era governada pelo império
romano, falado disso em nossa primeira palestra, e vimos também que o
império romano estabelecia em cada região uma cidade onde funcionava um
tribunal romano. E, Corinto, a gente lendo Atos 18, vamos ver que ali
funcionava um tribunal.
Então, os irmãos se aproveitavam, e recorriam a esse tribunal. Nós
veremos quais as causas que davam origem a essas discussões, demandas,
divisões entre os irmãos que foram chamados para uma fraterna comunhão;
que foram chamados para viverem em harmonia, de modo pacífico, para
serem luz para o mundo e sal para terra no que diz respeito a unidade e uma
vida exemplar.
Quais eram as causas das demandas judiciais na igreja de Corinto?
Existem três razões ou causas que davam origem essas demandas: a
primeira...
Primeira, era o que diz respeito os temperamentos, a personalidade, a
formação e a mentalidade.
Os irmãos não estavam sabendo como conviver com pessoas que
tinham temperamentos diferentes. Vocês sabem que cada um de nós tem
um tipo de temperamento. Então, nós corremos o risco de ter entre nós
incompatibilidade de temperamentos. Nós temos personalidade diferente:
uns são mais irritados, outros são mais introvertidos. Enquanto a gente não
aprender a viver e a suportar os nossos diferentes temperamentos e
personalidades não iremos nos encaixar.
Conforme escreveu o Dr. Antonio Gilberto: „É verdade que aqui na
terra não se acha pessoas, nem igrejas perfeitas até a volta de Cristo.
Quando Paulo fala a respeito de suportar uns aos outros em amor em
Efésios 4.2, é exatamente por causa disso‟ (6ª lição, do 2° Trim/2009).
Então, por causa dessa falta de discernimento de que as pessoas
têm personalidades diferentes e temperamentos diferentes, os irmãos de
Corinto estavam cometendo injustiças contra seus irmãos.
Talvez alguém pergunte: „O que levou os coríntios a essa situação?
Era por causa dos líderes que não ensinavam? Ou por causa da rebeldia
do povo? Ou não tinha pastor ou alguém que lhes ensinassem?
Nós sabemos que a igreja de Corinto era uma igreja nova, tinha
pouco tempo que foi estabelecida. E, Paulo teve que sair imediatamente
com a sua equipe, e praticamente a igreja ficou nas mãos de novos
convertidos. Mas, a igreja também sofria muita influência da própria
cidade de Corinto. Então, esses irmãos, por falta de experiência e de
maturidade cristã, começaram a viver mais conforme a vida mundana de
Corinto do que os princípios cristãos.
O que levou eles terem tantas questões entre eles? A falta de
maturidade cristã. Então, aqueles irmãos estavam prejudicando uns aos
outros. O que constituía essa injustiça?
 Fazer algum negócio com seu irmão e não cumprir o contrato;
 Comprar algo de seu irmão e não pagar;
 Roubar algo de seu irmão;
 Levantar uma acusação falsa contra o seu irmão.
Então, essas eram algumas das injustiças praticadas entre os
irmãos. Por outro lado, os crentes ofendidos e prejudicados recorriam aos
tribunais humanos a fim de se vingar de seu irmão. Revidavam! E, assim
as questões em vez de serem resolvidas, viravam uma bola de neve.
Conforme disse Antonio Gilberto: „Alguns crentes de Corinto, por
motivos pessoais, egoístas e banais costumavam levar os outros aos
tribunais acionando juízes pagãos como era costume da época‟ (6ª lição,
do 2° Trim/2009).
Leiamos 1ª Coríntios 6.1,6: „Quando algum de vocês tem uma
queixa contra um irmão na fé, como se atreve a pedir justiça a juízes
pagãos.... um irmão em Cristo leva ao tribunal a sua queixa contra outro
irmão e deixa que juízes pagãos julguem o caso‟.
Então, veja que a situação estava tão séria que estava se arrastando
para os tribunais humanos. A segunda razão que originava essas
demandas...
Segunda causa, era porque os coríntios estavam sendo enganados,
quer dizer, sofrendo má influência.
Eles estavam se deixando levar por más influências. Porque tem
sempre, irmãos, uma pessoa para fomentar a intriga; para, como se diz o
ditado, „jogar lenha na fogueira‟. Os problemas da igreja transvazava pro
mundo, então a pessoa mundana aconselhava os irmãos a levar esses
atritos aos tribunais, dizendo: „condena esse irmão!‟ „rapaz a justiça
resolve isso aí‟.
Leiamos 1ª Coríntios 15.33: „Não vos enganeis. As más
conversações corrompem os bons costumes‟.
Então, o mundo estava influenciando negativamente os crentes, de
modo que a igreja estava sendo exposta. E, a terceira causa de demandas
judiciais na igreja de Corinto...
Terceira causa, era porque algumas pessoas em Corinto não eram
convertidas.
Leiamos 1ª Coríntios 15.34: „Como justos recuperem o bom senso
e parem de pecar. Pois alguns há que não tem conhecimento. Digo isso
para vergonha de vocês‟.
Havia muita gente na igreja de Corinto, mas muitas dessas pessoas
não tinham experimentado o verdadeiro nascimento em Cristo. Não eram
convertidos de fato e de verdade. Essas pessoas não acreditavam na
providência de Deus, não tinham o amor de Deus dentro de si, viviam
segundo o seu padrão de vida mundano, segundo a sua mentalidade,
segundo aquilo que achava que era certo. Não buscavam estabelecer a vida
nos princípios cristãos. Não tinham conhecimento, nem queriam ter dos
ensinamentos apostólicos. Então, não eram pessoas crentes, mas estavam
dentro da igreja.
O que é também um dos nossos problemas. Há nas igrejas muitas
pessoas que entraram, mas não se converteram; se batizaram nas águas,
mas não foram de fato sepultadas; tem o seu nome inscritos no rol da
membresia da igreja, mas não tem o seu nome inscritos no livro da vida;
participam dos departamentos, mas não participam do corpo de Cristo.
Então, essas pessoas, como diz a palavra de Deus se tornam espinhos no
corpo da igreja de Cristo; se tornam como escorpiões entre nós que nos
atrapalham ao crescimento. É o joio que está sufocando o trigo.
Paulo reprovou totalmente essa atitude de levar os irmãos aos
tribunais...
Por que Paulo reprovou a atitude dos coríntios? Por cinco motivos.
Primeiro, porque só o fato de existir questões entre os crentes já
mostrava que os coríntios estavam falhando completamente como cristãos.
Leiamos 1ª Coríntios 6.7: „... só o fato de existirem questões entre
vocês já mostra que vocês estão falhando completamente‟.
Então não era para existir problemas deste tipo no meio da igreja.
A atitude de levar o irmão aos tribunais era apenas efeito de uma causa
pior. Que eram as discussões. Não só os efeitos devem tratados, mas
também a raiz do problema deveria ser eliminada. Então, essa foi uma das
razões porque Paulo reprovou a atitude de procurar o julgamento humano:
por causa de contenda, divisão, dissensão que não era para haver na igreja.
A igreja era para viver unida.
O segundo motivo pelo qual Paulo reprovada os coríntios era a
atitude dos coríntios expunha a igreja diante de homens mundanos.
Leiamos 1 Co 1.6: „Mas o que a acontece é que o irmão em Cristo
leva ao tribunal a sua queixa contra outro irmão e deixa que juízes pagãos
julguem o caso‟.
Então, os juízes começam a ter uma má visão da igreja: „Vichi!
Esse povo vive em confusão‟. Essa era uma das preocupações de Paulo.
„Vocês estão expondo a igreja!‟ „Vocês estão fazendo com que as pessoas
critiquem a igreja‟. „ Vocês estão escandalizando o povo de Deus‟.
Terceiro, a atitudes dos coríntios revelavam que entre eles não
havia pessoas capacitadas para resolver os problemas entre os irmãos.
Leiamos 1 Co 1.5: „Que vergonha! Será que entre vocês não existe
alguém com bastante sabedoria para resolver as questões entre irmãos‟
„Apesar daqueles crentes serem tão imponentes e envaidecidos em
sua ciência, em sua sabedoria, em seus dons, em sua capacidade superior,
não havia entre eles ninguém sábio, competente, justo e imparcial para
solucionar suas desavenças‟ (Antonio Gilberto).
Vocês sabem que a igreja de Corinto foi uma igreja beneficiada
com muitos dons. Era considerada como a igreja pentecostal do Novo
Testamento. Você lendo a carta aos Coríntios é mesmo que você está o
relatório de igrejas pentecostais; de uma igreja como Assembleia de Deus,
cheia de dons espirituais. E um dos dons, que Deus concede a igreja, é o
dom do conhecimento.
Havia na igreja de Corinto alguns grupos que falei na minha
palestra anterior. O grupo que seguia Apolo era considerado como o grupo
de intelectuais. Então esses irmãos viviam inchados porque eles se
achavam mais inteligentes do que os outros irmãos.
Porém, irmãos, há uma diferença entre conhecimento e sabedoria.
O que é conhecimento? É você conhecer determinadas coisas; é ter a
inteligência de discernir determinados assuntos; é compreender e saber
dominar determinados assuntos.
Mas, o que é a sabedoria? É aplicar esses conhecimentos na sua
vida cotidiana. Porque o importante não é apenas conhecer, mas saber
aplicar a palavra de Deus na sua vida.
Então esses irmãos, ou alguns deles, tinham conhecimento, mas
não tinham a sabedoria de Deus de aplicar esse conhecimento em sua vida
cristã. Eles não tinham a sabedoria de poder resolver esses problemas que
surgiam entre eles.
Irmãos! A quarta razão pela qual Paulo reprovava aqueles crentes
era porque a atitude dos coríntios, lhes colocavam debaixo de juízes que
arbitravam (julgavam) as demandas segundo as ideias e costumes do
paganismo reinante entre os gregos e romanos.
Você sabe que o mundo daquela época era governado por filosofias
gregas, por leis romanas, por influência do paganismo, por estilo de vida
inspirado pelos ensinamentos dos deuses pagãos da Grécia, por mitologia
grega. Essas pessoas procuravam seguir o ensinamento desses deuses.
Então, o modo como eles julgavam chegavam até a praticar tipos
de aberrações; infligia determinados castigos sobre o infrator. Como por
exemplo, o católico que comete um erro contra a igreja, a igreja manda o
sujeito rezar no sei quantos pais-nossos; a rezar no sei quantas ave-marias;
a fazer uma penitência pagã.
Algumas das leis da filosofia, digamos assim, aplicadas pelos
juízes pagãos eram desse tipo. „Meu filho, você tem que ir ao templo para
fazer oferenda para que possa pagar esse erro que você cometeu‟. Ou
então, era aplicado sobre o infrator uma lei severa e sub-humana. Porque
ele não só ofendeu o seu vizinho, mas também o deus pagão. Então, ele
tinha que fazer alguma coisa para aplacar a ira daquele deus, senão esse
deus pagão vinha e castigava a cidade toda.
Por exemplo, quando alguém morria, o juiz determinava que a
viúva também deveria morrer para acompanhar seu marido na vida pós-
tumulo. Havia muitas leis berrantes que o juiz aplicava nas pessoas.
O quinto motivo que Paulo reprovada a atitude dos coríntios era
porque a atitude dos coríntios demonstravam que a igreja de Corinto
praticava uma espiritualidade falsa.
Sobre isso o Dr. Antonio Gilberto diz o seguinte: „Em Corinto havia
bastante movimentos, demonstrações carismáticas, declarações em línguas,
cânticos, profecias, exposição doutrinária, mas também muitas meninices,
superficialidade e emocionalismo que não devemos confundir com as reais
manifestações do Espírito Santo‟ (6ª lição, do 2° Trim/2009).
Irmãos, esses movimentos não vão provar que a igreja é espiritual. A
manifestação dos dons não prova que a igreja é madura. Na igreja de
Corinto havia muito desse tipo de movimentos, mas a espiritualidade, que é
a aplicação do fruto do Espírito, que é a prática das virtudes cristãs, que é a
gente saber conviver uns com outros, que é a gente praticar o amor, não
havia na igreja de Corinto.
Então, se a igreja tem muitos movimentos espirituais: os irmãos
dançam no Espírito; caem no poder; voam na asa do Espírito; batem palmas,
sapateiam, estremecem. Essas coisas não irão provar que a igreja é
espiritual. A não ser que entre aqueles irmãos pentecostais exista o amor, a
bondade, a fidelidade e o domínio próprio. Se houver isso, aquela igreja é
espiritual e aquelas manifestações são verdadeiras e genuínas.
Iremos agora ver o nosso quarto tópico, que nos leva a seguinte
questão: Um crente deve mover uma ação judicial contra
alguém?
No capítulo 6 de Coríntios, Paulo não trata de ocorrências de
problemas litigiosos entre um crente e um descrente, mas entre os santos.
Porém, o que é que um crente deve fazer quando for lesado por um
descrente? Paulo não trata desse assunto aqui nesse capítulo, todavia, iremos
examinar outros textos bíblicos que nos orienta como um cristão deve agir
diante de uma demanda com alguém que não é crente. Um crente que tem
uma questão contra um descrente, Paulo não trata desse assunto, mas como
nós estamos abordando a questão toda, iremos que ver qual é a atitude que
um crente deve ter quando ele é lesado por um descrente.
Nesse caso o crente deve seguir os conselhos das Escrituras.
Vejamos:
Vença o mal com o bem. Leiamos Romanos 12.17-21: „A ninguém
torneis mal por mal; procurai as coisas honestas, perante todos os homens.
Se for possível, quanto estiver em vós, tende paz com todos os homens. Não
vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira, porque está
escrito: Minha é a vingança; eu recompensarei, diz o Senhor. Portanto, se o
teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber;
porque, fazendo isto, amontoarás brasas de fogo sobre a sua cabeça. Não te
deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem‟.
E também Mateus 5.38-40,44: „Ouvistes que foi dito: Olho por olho,
e dente por dente. Eu, porém, vos digo que não resistais ao mal; mas, se
qualquer te bater na face direita, oferece-lhe também a outra; E, ao que
quiser pleitear contigo, e tirar-te a túnica, larga-lhe também a capa; Eu,
porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem,
fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos
perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus‟.
Essa é a primeira atitude que um cristão deve ter: vencer o mal com
o bem.
Segunda atitude: Preferir uma conciliação do que levar o caso
perante um juiz. Leiamos Mateus 5.25,26: „Concilia-te depressa com o teu
adversário, enquanto estás no caminho com ele, para que não aconteça que
o adversário te entregue ao juiz, e o juiz te entregue ao oficial, e te
encerrem na prisão. Em verdade te digo que de maneira nenhuma sairás
dali enquanto não pagares o último ceitil‟.
A princípio o cristão deve evitar se envolver em uma questão que
não vai dá em nada, apenas degastes emocionais e espirituais. Agora se o
acaso for muito grave, como envolvendo pedofilia, invasão de propriedades,
violência contra crianças e adolescentes, abuso contra a mulher. O crente
pode recorrer aos tribunais de justiça. Por exemplo, se um crente tem uma
filha, e alguém abusa sexualmente dela, ele pode recorrer ao tribunal de
justiça. E, se for um crente que fizer isso em lugar de um descrente? Talvez
alguém replique: „Então, ele não é crente, pois um crente não abusa
sexualmente de ninguém!‟.
Se ele for batizado nas águas, ele é considerado um crente. Se ele é
membro da igreja ele é um crente. Não importa se ele não se converteu, se
ele não seja um crente verdadeiro, mas para a igreja ele é um membro, ele é
um crente. Então, a igreja tem que tomar uma atitude em relação a essa
pessoa. Por incrédulo, ele é um crente, pra gente ele é um crente. Agora, se
ele não é crente pra Deus, só quem sabe é Deus.
Vejamos quatro razões porque um crente deve processar um
indivíduo que invade a sua casa, que agride a sua filha, sua esposa, que lhe
agride.
Primeira razão: O crente deve cooperar com as autoridades
constituídas por Deus.
Deus estabeleceu as autoridades para refrear os casos de violência e
maldade no mundo. Está em Romanos 13.1-5. No texto que nós lemos em
Romanos 12, Paulo disse: „Não vos vingueis... mas dai lugar a vingança de
Deus‟. Em Romanos 13, diz que uma das vinganças de Deus é realizada por
meio das autoridades. As autoridades foram constituídas por Deus para
vingar o infrator. Então, quando Paulo diz: „Não vingueis‟, ele está dizendo:
„Não tome em seu próprio pulso a prática da lei, mas dai lugar a vingança
de Deus‟. E, dá lugar a vingança de Deus também é permitir que as
autoridades julguem o caso.
Segunda razão: O crente não deve pecar por omissão. Está em Tiago
4.17: „Aquele que sabe que deve fazer o bem, e não faz, comete pecado‟.
Se você sabe que o seu vizinho mantém a sua família em cárcere
privado, que ele agride a esposa e filhos, você pode de uma maneira
anônima denunciar esse sujeito para policia. Pois se ele não o fizer, está
sendo omisso, está pecando.
Terceira razão: Os apóstolos recorreram às autoridades quando
necessário (At 25.11,12).
O próprio Paulo, que era um cidadão romano, que lhe dava direito a
recorrer aos tribunais romanos, em algumas vezes, se valeu desse direito que
ele tinha. Quando ele estava sendo julgado em Cesaréia, lá na Palestina, ele
sabia que iria ser condenado, ele se valeu do direito que gozava de poder
apelar para o tribunal superior, que era César. Então ele disse: „Eu apelo
para César‟; „Eu quero que o meu caso seja julgado perante César‟.
Então, as autoridades disseram: „Se você apelou para César, para
César irás‟.
Algumas vezes ele perguntava: „É correto castigar um cidadão
romano sem antes ser ouvido pela lei?‟. Paulo muitas vezes se valia desses
direitos e privilégios que tinha como um cidadão romano. Então, o cristão
deve também se valer de alguns direitos que ele tem amparado pela lei.
E, quarta e última razão: O crente não deve ter medo de defender os
direitos dos desfavorecidos.
Esse texto nós iremos ler: Provérbios 31.8,9: „Abre a tua boca a
favor do mudo, pela causa de todos que são designados à destruição. Abre
a tua boca; julga retamente; e faze justiça aos pobres e aos necessitados‟.
Portanto, um cristão deve mover uma ação judicial contra alguém?
Se o problema não for muito grave, ele deve procurar conciliação, não
revidar, evitar as ameaças, como por exemplo: „Cuidado! Que eu tenho um
bichão por mim!‟. Mas, se o caso for grave, ele deve se valer de seus
direitos que goza diante da lei.
Vejamos novamente aqui...
Um crente deve reivindicar seus direitos diante de um tribunal
humano? Sim! Pois segundo o que estamos estudando Paulo não quer dizer
que o cristão não deva recorrer à autoridade civil quando necessário. De
modo que quando necessário devemos recorrer à autoridade civil. Vamos
ver alguns exemplos de casos em que o cristão pode reivindicar seus direitos
junto a Defensoria Pública ou outros órgãos de defensa às vítimas.
Se um crente comprar um objeto, e aquele objeto se desmantelar
antes de vencer a garantia, ele pode procurar a autorizada ou a loja, caso a
loja não cumpra sua parte no contrato, o crente pode recorrer ao DECOM...
(Infelizmente aqui o tempo de gravação expirou, irei, porém deixar
registrado o manuscrito usado nessa palestra. O restante da mensagem que
se segue, é o esboço utilizado pelo irmão Edinaldo durante essa palestra)
 Se o crente contratar um serviço de uma empresa, e essa empresa
não cumprir com suas responsabilidades, o crente pode procurar
seus direitos;
 Se um crente trabalha em uma firma e é posto pra fora injustamente
sem receber as suas contas honestamente, ele pode recorrer aos
sindicatos dos trabalhadores;
 Se um crente sofrer prejuízos, como por exemplo, alguém acidentar
seu carro, ou ele sofrer um atropelamento ou acidentes de trabalho,
etc., pode reivindicar perante as autoridades a justa indenização.
 Por outro lado, se um crente cometer um crime, como por exemplo,
assassinato, assalto, pedofilia, ele deve se entregar as autoridades e
confessar seu crime.
 Se o crente não pode ir aos tribunais de justiça para resolver suas
demandas dentro da lei, ele também não pode ser um policial, um
advogado, um juiz, um político, um desembargador, pois tais
autoridades são responsáveis em cumprir e fazer cumprir as leis.
Um crente deve processar seu irmão por causa de questões judiciais?
Segundo o apóstolo Paulo não! Por seguintes razões:
 Isso supõe diante do mundo que o ambiente da igreja é hostil (1 Co
3.7a); Isso traz prejuízo a igreja impedindo o avança do evangelho
perante as autoridades (1 Co 6.6); O crente deve preferir sofrer a
injustiça e o prejuízo do que escandalizar a palavra de Deus (1 Co
3.7b). O crente deve confiar na justa retribuição de Deus (1 Co 6.9;
1 Ts 4.6).
Que atitudes a Igreja deve tomar em relação a demandas judiciais? A
Igreja deve fazer vista grossa? Colocar um pano quente na situação? Tirar o
corpo de banda? A igreja deve ser complacente e transigente com o erro?
Assim como no antigo Israel, a Igreja deve estabelecer uma
comissão de homens experientes para resolver as demandas judiciais entre
os seus membros (1 Co 6.5).
Dr. Antonio Gilberto afirmou: “Já aqui na terra a Igreja tem seus
pastores, dirigentes e mestres, que capacitados por Deus e preparados em
si mesmos, devem cuidar, no âmbito interno, dos problemas dos irmãos que
surgem na vida cristã e na vida em geral” (6ª lição, do 2° Trim/2009).
Esses homens devem conhecer os ditames da palavra de Deus, as leis
e o código civil; ter uma vida irrepreensível, não ser avarentos e ter um
pulso forte para não aceitar suborno ou propina.
Será que a Igreja está qualificada para esse tipo de função? Será que
é da alçada da igreja tais atribuições? Paulo afirma que sim, e baseia a sua
tese na doutrina bíblica (1 Co 6.2,3). A Igreja deve aplicar a justa pena
(penitência) ao infrator: Quando o infrator se arrepende e faz as devidas
restituições deve passar por um período de disciplina
(Gl 6.1; Hb 12.11). O termo grego para „corrigir‟ é „catartizo‟ e significa
„consertar‟, „fazer reparos‟, „remendar‟ reajustar‟, „estabelecer‟.
Quando a pessoa comete um pecado grave e impenitente como
estrupo, assassinato, pedofilia e assalto, devem ser excluídos da igreja
(1ª Co 5.13; Mt 18.17,18; Jo 20.23).
Mensagem Ministrada na 2ª Semana Escatológica
na Assembleia de Deus-Codó em 27 de Maio de 2009
Sobre a Perseverança do Crente e os Perigos do Esfriamento Espiritual
Nessa noite, eu gostaria de parabenizar o Pb. Mário Eugênio pela
iniciativa de usar os vasos de casa nesse ano na 2ª Semana Escatológica para
ministrar. E começou pelos mais simples que são os auxiliares. Um certo
presbítero do nosso campo disse que auxiliar não é para pregar, nem
ministrar estudo e nem ser convidado pra lugar nenhum para pregar. Ele foi
chamado exclusivamente para ficar na congregação. Mas, graças a Deus que
o Pb. Mário Eugênio não tem essa visão mesquinha.
Gostaria, também, de elogiar a igreja que tem estado nessa semana
participando e nos apoiando como também os demais auxiliares e diáconos
da casa do Senhor.
Abra a sua Bíblia em Apocalipse capítulo um e mantenha a sua
Bíblia aberta nesse livro.
Segundo as Escrituras „aquilo que os olhos não viram e que ouvido
não ouviu e que não subiu aos corações dos homens foi o que Deus
preparou aqueles que ele ama‟. E, diz a palavra de Deus que „a nossa leve e
momentânea tribulação produz para nós um eterno peso de glória muito
excelente‟. Disse Paulo: „Tenho por certo que as aflições do tempo presente
não dão para se comparar com a glória que em nós há de manifestar-se‟.
Segundo o apóstolo Pedro „Deus nos regenerou para uma viva
esperança, para uma herança incorruptível, incontaminada, que não pode
murchar aguardada para nós nos céus‟.
Ninguém pode roubar, ninguém pode tocar, ninguém pode tomar!
Essa herança é chamada de coroa da vida, coroa da glória, coroa de justiça e
coroa incorruptível representando o reino imortal, o reino eterno, o reino
majestoso, o reino justo e o reino santo. E, para isso Cristo voltará para nos
arrebatar, nos ressuscitar, nos transformar a fim de que sejamos
participantes desse reino eterno.
Nós veremos Cristo face a face e seremos envolvidos pela glória de
Deus de maneira tão plena que as nossas imperfeições serão absolvidas pela
perfeição divina. E, essa perfeição de Deus irá atingir todo o globo terrestre.
Tudo em nossa volta irá ser atingida pela perfeição de Deus, desde o planeta
Terra até ao Universo.
E, Deus, por intermédio de Jesus Cristo, há de eliminar todo mal que
contamina a terra e o universo. Ele vai eliminar Satanás; Ele vai eliminar os
demônios; Ele vai eliminar os ímpios e Ele vai eliminar o pecado. Ele
também vai eliminar as consequências do pecado que é a velhice, o
sofrimento, a morte. Ele vai eliminar os efeitos do pecado: a maldade, a
crueldade, a perversidade e as iniquidades. Louvado seja o nome do Senhor!
Nós aguardamos todas essas bênçãos! Agora a pergunta que gostaria
de fazer essa noite é: Quem participará dessas bênçãos gloriosas e futuras
que nos aguardam?
Apocalipse capítulo 21.7 diz „quem vencer herdará todas as coisas;
e eu lhe serei o seu Deus, e ele será o meu filho‟. Mas para vencermos,
irmãos, temos que perseverar como está dito em 2ª Timóteo 2.12: „aquele
que perseverar, também com ele reinará‟.
E, eu gostaria nessa noite de falar sobre esse assunto: a perseverança
do crente e os perigos do esfriamento espiritual e, quero basear e
desenvolver esse assunto em cinco perguntas: O que é a perseverança?
Como a perseverança é produzida em nós? Por que temos que perseverar?
Quais são os motivos que nos incentiva a perseverança? Quais são as
bênçãos da perseverança?
O que é perseverança? Vamos ler o texto em Apocalipse 1.9: „Eu,
sou João, irmão de vocês; e, unido com Jesus, tomo parte com vocês no
Reino e também em aguentar o sofrimento com paciência. Eu estava na ilha
de Patmos, para onde havia sido levado por ter anunciado a mensagem de
Deus e a verdade que Jesus revelou‟.
Perseverança é aguentar. Termos como persistência, constância,
pertinácia, resistência são sinônimos de perseverança.
Aguentar o peso, suportar grande pressão, manter-se de pé diante das
dificuldades, vencer os obstáculos. Tais expressões mostram o verdadeiro
sentido da perseverança.
A palavra grega para perseverança tem o significado de aquele que
fica em pé com o rosto voltando contra o vento. É comparado a um homem
que está caminhando em um deserto contra o evento e a poeira, no sol
quente, com falta de água, e comida, mas ele não desiste de caminhar. É
como alguém que está remando contra a maré, ele não está disposto parar,
porque ele sabe que se parar poderá ser levado pela maré abismo abaixo.
Irmãos, a perseverança é uma peça fundamental na vida do cristão, é
essencial, é algo que não pode faltar em nossa vida. Temos que perseverar
na doutrina, temos que perseverar na oração, temos que perseverar na
comunhão, temos que perseverar no partir do pão, temos que perseverar na
fé, no amor, na esperança e na bondade.
A perseverança tem que atingir todos os setores da nossa vida:
É um pai de família que precisa de perseverança para sustentar o seu
lar, para proteger a sua família e para mante-se fiel a sua esposa;
É uma mãe que precisa de perseverança para educar o seu filho na
palavra de Deus, para guarda-los da influência perversa e maligna deste
mundo e para cuidar de seus afazeres domésticos.
É um jovem que precisa de perseverança para concluir os seus
estudos, para cursar a faculdade, para se formar, para arrumar um emprego,
para se casar e construir um lar.
É um idoso que precisa de perseverança para vencer os traços da sua
velhice, para vencer o preconceito desse mundo e para mante-se lúcido.
É um enfermo que precisa de perseverança para suportar a dor, para
conviver com suas deficiências e para nutrir o seu coração com boas
perspectivas de vida.
É um crente que precisa de perseverança para aguardar com
paciência a vinda de Jesus Cristo, enquanto ele se debate com as intempéries
desta vida.
Precisamos de perseverança! Certa vez Jeremias disse ao Senhor:
„Senhor, eu não suporto mais! O meu ministério profético é muito pesado;
eu vou desistir, eu vou para por aqui mesmo‟. O Senhor disse a Jeremias:
„Se tú não aguentas correr com aqueles que vão a pé, o que será de ti se
correres contra aqueles que vão a cavalo‟.
Mas irmãos como a perseverança é produzida em nós?
Como a perseverança é produzida em nós? Em Romanos 15.5, a
Bíblia diz que Deus nos dá perseverança. Mas o modo como Deus nos dá
perseverança é de um modo especial? Você não encontra perseverança no
fruto do Espírito. Você não encontra perseverança nos dons espirituais.
Deus não chama um anjo: „Grabriel! Vai e derrama perseverança sobre
aquele meu filho‟. Eu nunca vi um profeta profetizar dizendo: „Minha serva
e meu servo receba perseverança!‟.
Então, como Deus nos dá perseverança? Quantos gostariam de
receber perseverança? Então, diga: „Senhor! Me dá perseverança!‟. É aqui
que está o problema? Porque só há um meio de nos dá perseverança, está em
Romanos 5.3: „... a tribulação produz perseverança‟. Tiago 1.4,5: „a
provação da vossa fé produz perseverança‟. Não existe outro caminho,
outro meio, de Deus nos dá perseverança, a não ser através da tribulação, da
perseguição, da provação.
Quando o crente está ajoelhado aos pés de Deus pedindo
perseverança, Jesus Cristo olha para seu Pai e diz: „Meu Pai, ele está
pedindo perseverança‟. O Pai diz: „Meu Filho, então aperta o parafuso‟. E,
Jesus Cristo é muito obediente ao seu Pai. De modo que Ele vai e aperta o
parafuso. Mas não se preocupe que ele não vai arrochar tanto a ponta de
estuprar. Ele vai até a medida certa. Em outra figura de linguagem, é a
prensa que o Senhor usa para extrair de nós a perseverança.
Mas, por que temos que perseverar?...
Por que temos que perseverar? Entre muitas razões, irei citar quatro:
Por causa da oposição de Satanás; por causa das pressões do mundo; por
causa da nossa natureza pecaminosa e por causa das pessoas pessimistas e
sem fé...
Por causa da oposição de Satanás. Irmãos, precisamos perseverar em
nossa vida cristã, em nossa caminhada cristã, porque nós temos um
adversário que nos faz oposição a fim de fazer-nos desistir de nosso
objetivo, nossa meta. Ele tem como objetivo nos desestimular, desmotivar,
atrapalhar, para que a gente desista da nossa caminhada.
Satanás lançará mão da cilada mais sutil para fazer o cristão desistir
da sua fé. O diabo e seus demônios não tem nenhum outro objetivo a não ser
esse: „nós vamos fazer tudo para que ele desista!‟.
A gente não tem que recuar, ficar amedrontado. Pedro e Tiago
disseram: „resisti o diabo na fé‟.
Outro motivo de perseverança é por causa da pressão deste mundo
que procura minar nossas forças espirituais...
Por causa da pressão do mundo. Este mundo engloba os desejos
materiais, o fascínio pelo poder, pela fama e pela riqueza, um estilo de vida
pecaminosa e a corrupção na política, na igreja e no comércio. Este mundo
envolve o espírito anticristão que procura negar a realidade do Reino de
Deus; a influência demoníaca que inspira as ações macabras e bestiais dos
homens.
Mas, por outro lado também, este mundo envolve a perseguição
contra o cristão; o anelo de fazer com que o cristão desista da sua
caminhada.
Este mundo ridiculariza as coisas santas, zomba e escarnece
daqueles que procuram viver segundo o padrão divino. Mas João disse:
„essa é a vitória que vence o mundo a nossa fé‟.
Outro motivo porque temos que ter perseverança é porque temos que
lutar contra a nossa natureza caída e depravada.
Por causa da nossa natureza pecaminosa. Nossos primeiros pais não
foram perseverantes para permanecer na justiça de Deus, de modo que
herdamos uma natureza contrária às coisas de Deus. Assim, temos que lutar,
se esforçar para que em nossos corações sentirmos o desejo para as coisas
celestiais. Então, isso é uma batalha!
As Escrituras comparam a vida cristã como alguém que está lutando,
em uma arena, contra animais ferozes. E, é isso que a nossa natureza
representa: um animal descontrolado, um búfalo desembestado, um bicho
indomável e um porco faminto. Temos que ter muita força de vontade,
muita força de Deus, muita força do Espírito Santo para colocar um cabresto
nessa carne e coloca-la debaixo de nossos pés.
Por causa das pessoas pessimistas e sem fé. As pessoas pessimistas e
sem fé querem nos fazer desistir. Elas nos dizem: „Isso não vale a pena‟;
„isso não vai dá em nada‟; „desista disso!‟; „Isso não é para você‟; „você
não tem capacidade‟; „você não tem chamada‟.
Temos que tomar a posição de Neemias. Quando a cambada de
Tobias e Sambalate chegaram para Neemias e lhe disseram: „Essa muralha
que você está levantando não vai dá em nada, qualquer raposinha que
passar irá derruba-la. Desce desse muro!‟. Neemias lhes respondeu: „Eu
não posso descer, porque estou ocupado na obra de Deus‟.
Nós não podemos parar, irmãos! Não podemos desistir! Não pare no
caminho! Temos que prosseguir, temos que perseverar.
Mas o que nos incentiva a perseverar?...
De que a gente pode encher o coração para perseverar? Existem
muitas coisas, mas eu quero apenas citar algumas. Quais são os motivos de
perseverança? O Deus que prometeu é fiel e não falha; o exemplo máximo e
perseverante de Cristo; o testemunho de perseverança dos mártires; a
garantia do cumprimento certo das promessas de Deus; o encorajamento
das Escrituras proféticas e a vindicação divina em favor dos santos.
Temos esses seis motivos para perseverarmos.
Primeiramente porque Deus é fiel, e Ele não falha. Se tivéssemos
apenas esse motivo já seria suficiente pra gente ir com esse Deus até o final.
Debaixo de paulada, de canivete, de pedrada, a gente pode ir até o final
porque a corda dele não quebra.
As Escrituras comparam a Deus como uma rocha, um baluarte, uma
cidade fortificada, uma torre. Essas coisas descrevem a natureza de Deus
como uma natureza inabalável, inquebrantável, firme. Deus não recua, não
volta atrás; Deus não se dobra e nem se curva.
Aquilo que ele falou, ele sustenta; aquilo que ele diz, ele não
contradiz. Ele disse para o profeta Jeremias: „eu velo sobre a minha palavra
para cumprir‟; ele disse para o profeta Isaías; „a minha palavra não volta
atrás e nem vazia‟; ele disse para o profeta Ezequiel: „aquilo que falei, eu
cumprirei‟.
Que motivo tremendo, irmãos! Para a gente perseverar. Porque as
promessas de Deus sobre nós são fiéis, são irrevogáveis.
Outro grande motivo que nos incentiva a perseverar é o exemplo de
Jesus Cristo.
Segundo, o exemplo máximo e perseverante de Cristo. Estou pra ver
um homem que perseverou mais do que Jesus Cristo! Na carta aos Hebreus
12, o autor exorta os cristãos a correr com perseverança a corrida que nos
está proposta. Ele cita como exemplo, Jesus Cristo. Que suportou a cruz,
que suportou as oposições dos pecadores, suportou as injúrias, as calúnias, o
falso testemunho, mas não desistiu da cruz.
Se Jesus Cristo tivesse sido açoitado pelos judeus teria recebido
apenas 40 chicotadas, mas como ele foi açoitado pelos romanos, e os
romanos açoitavam sem pena e sem misericórdia, eles açoitavam a pessoa
até ficar flagelada. Jesus Cristo ficou flagelado diante daqueles romanos,
daqueles soldados perversos, mas ele não desistiu de carregar a cruz.
A cruz pesada, não era a cruz dele, tombou e caiu muitas vezes, mas
se levantou e prosseguiu na sua missão. Se você não ver exemplo de
perseverança nos membros da sua igreja, olhe pra Jesus Cristo. Se você não
encontra perseverança no pastor da sua igreja, olhe para Jesus Cristo. Crente
nenhum tem motivos e razões para desistir. Pois Jesus Cristo terminou com
os pés juntos, e pregados em cravos, mas não desistiu.
Talvez você diga: „mas Jesus Cristo era Deus!‟; „Jesus Cristo
contava com a plenitude do Espírito Santo, que lhe dava capacidade de
resistir tudo‟. Não levando em consideração a sua tese, vamos citar o outro
motivo de perseverança: o testemunho dos mártires.
Terceiro, o testemunho de perseverança dos mártires. A nossa
história eclesiástica está marcada e manchada de sangue de homens e
mulheres que perseveraram até o fim. A lista de Hebreus capítulo 11 é uma
lista suficiente, mas está incompleta. Os patriarcas, os juízes, os reis
piedosos de Israel, os profetas tiveram que perseverar para manter-se fiéis a
Deus.
Mas não foi só eles. Os apóstolos, os primitivos cristãos, os pais da
igreja, os reformadores, os valdences, os anabatistas, os morávios, os
menonitas, os metodistas, os puritanos e os pentecostais tiveram também
que demonstrar uma grande perseverança para manter a tocha do evangelho
acessa.
E, se hoje essa chama arde em nossos corações, foi porque esses
homens deram sangue e suor.
Depois têm crentes que considera o evangelho como coisa banal,
despreza as coisas de Deus, mas ele não sabe que está pisado em sangue de
mártires. Ele não sabe que essa Bíblia bonitinha que ele lê todos dias, está
manchada com o sangue das testemunhas fiéis de Jesus.
Poderíamos contar tantas histórias de mártires que suportaram as
piores coisas que um ser humano possa sofrer. Mas deixe-me citar apenas
um exemplo de Richard Wurmbrand, um pastor da Romênia. Quando a
igreja da Romênia estava sendo perseguida pelos comunistas, em sua
autobiografia, ele escreve que cristãos sofreram horrores debaixo do
domínio dos comunistas.
E, uma das torturas que os comunistas infligiam nos cristãos, era que
eles cavavam um buraco, depois colocava o cristão dentro desse buraco,
deixando apenas a cabeça do lá de fora. Isso em pleno sol quente. Aqueles
pobres cristãos ficavam ali dois ou três dias. Seus lábios começava ressecar.
E aqueles comunistas do diabo perguntavam: „você está com sede?‟. O
irmão sem forças para falar, apenas balançava a cabeça. „Tragam uma
colher de sal‟, e empurrava garganta abaixo. „você ainda está com sede,
cristão!‟.... „xiiiiiiiiiii‟, urinava na cabeça do cristão.
Aqueles irmãos morriam aquele estado deplorável, mas não negavam
a sua fé em Jesus Cristo. Eles não negavam porque estavam contemplando o
reino celestial e a vida eterna.
O encorajamento das Escrituras proféticas é um motivo extremo e
poderoso para gente manter a nossa perseverança até o final.
Quarto, O encorajamento das Escrituras proféticas. Deus escreveu as
Escrituras exatamente para desenvolver em nós a perseverança isso está em
Romanos 15.4. Mas não precisamos citar muitos livros, olhe apenas para o
livro do Apocalipse. Ele foi escrito para incentivar a perseverança. Não foi
escrito apenas para se conhecer as coisas futuras, as despertar naqueles
cristãos a perseverança.
Isso começa no capítulo 1 de Apocalipse, quando você se depara
com um velhinho de quase cem anos de idade, foi exiliado na ilha de
Patmos para serviços forçados. Mas você não o ver reclamando,
murmurando da vida. Ele disse com muito orgulho: „Eu estou aqui por
causa da palavra de Deus e do testemunho de Jesus‟.
Jesus Cristo aparece a João na ilha de Patmos e lhe diz: „João, não
temas! Eu sou o primeiro e o último. Eu estive vivo, mas morri, mas eis aqui
estou vivo para todo sempre. E, tenho autoridade sobre a morte e a
sepultura‟.
Nos capítulos 2 e 3 de Apocalipse, a mensagem para as igrejas é para
perseverar. Éfeso – Não abandone o seu primeiro amor!; Esmirna – Seja fiel
até a morte!; Pérgamo – Não renuncie a sua fé! Tiatira – Faça a minha
vontade até o fim!; Sardes – Não contamine a sua veste!; Filadelfia –
Guarda o que você tem!; Laodicéia – Seja um crente quente!.
Nos capítulos 4 e 5 a glória de Deus se abre diante de nós. Aquilo
que antes estava encoberto, agora se abre diante de nós. João entra no Santo
dos santos; e o que ele contempla?: Querubins que não cessam de adorar
diante do trono de Deus, noite e dia, dizendo: „Santo, santo, santo, é o
Senhor Deus todo-poderoso, aquele que é, que era e que da vir‟. Não
apenas os querubins, mas também os 24 anciãos diziam: „Eis o Cordeiro de
Deus, o Leão da Tribo vitorioso‟. E o cântico diz: „Eis o Cordeiro de Deus
que vive, porque morreu, mas venceu‟.
No capítulo 6, contemplamos a gloriosa visão dos mártires debaixo
do altar que preferiram morrer do que negar a sua fé. Eu fico indignado, eu
fico pé da vida, quando homens renomados, teólogos bem conceituados,
dizem: „Esses mártires aqui é desviados‟. É sempre assim, irmãos. Quando
você padece, sofre, está debaixo de dificuldades, é porque a pessoa não tem
fé, está em pecado... é sempre assim.
E, a igreja moderna em seus berços esplendidos chama os mártires
de desviados, mas eles não são desviados, não! Eles são servos e nossos
irmãos.
No capítulo 7, nós vermos a entrada triunfal da igreja no tabernáculo
eterno. Enfrentou as piores perseguições, mas não deixou as suas vestes
ficarem manchadas.
Nos capítulos 8 e 9, as pragas de Deus caiem sobre o mundo ímpio
por causa da igreja, pois isso foi decorrente das orações perseverantes do
crente.
No capítulo 10, Deus estrala o seu dedo e diz: „Não haverá mais
demora!‟. Ei crente, acorda! Não haverá mais demora! Aguenta mais um
pouquinho porque o que há de vir, virá e não tardará.
No capítulo 11, nos é contada uma história numa visão profética, em
linguagem simbólica, de duas testemunhas que estão marcadas e destinadas
ao massacre, mas elas não desistem. Sabe por que? Porque elas creem
naquele que ressuscita os mortos.
No capítulo 12, é retirada a mascara de Satanás, ele se revela como
um grande e terrível dragão, raivento, sanguinolento, promotor de mortes,
mas o povo de Deus é representado como uma simples mulher com seu
filho, que enfrenta o dragão; que enfrenta a serpente; que enfrenta o diabo,
mas permanece fiel ao testemunho de Jesus.
No capítulo 13, é de arrepiar, duas bestas animalescas que explora,
que impõe, que subjuga, que persegue, mas os cristãos continuam
perseverando.
No capítulo 14, vermos os judeus salvos. Quando falamos em
judeus, nos lembramos logo do holocausto nazista, mas nós não vermos os
nazistas ali, nem Hitler e nem a sua cambada, nós vermos os judeus
glorificados. Eles se tornaram as primícias isso significa que a colheita
restante está garantida. E, se nós fazemos parte dessa colheita restante, a
nossa salvação está garantida. Porque a Escritura diz que se a primícias é
santa, todo o resto da colheita também é santa.
No capítulos 15 e 16, em meio as derramadas das pragas, Jesus
Cristo abre o parênteses para dizer para a sua Igreja:„Eis que venho como
ladrão. Bem-aventura aquele que guarda as suas vestes, para que não ande
nu‟.
O quinto motivo para o cristão perseverar até o fim é por causa da
vindicação divina em favor dos santos. Irmãos, aquilo que o crente sofre, o
santo sofre, não ficará impune. Deus não deixará passar batido, não deixará
passar em branco, mas aquilo que nós sofremos, Deus vai restituir na cabeça
do ímpio, do perverso, do perseguidor, aquilo que ele faz ao crente.
Diz Paulo, „é justo da parte de Deus atribuir tribulação aquele que
vos causa tribulação‟. Então, Deus vai vingar aqueles que nos persegue.
Isso é motivo de grande perseverança. Não precisa a gente tomar a justiça
no pulso, porque Deus é vingador de todas as coisas.
Apocalipse 13.10; 14.12 diz: „Aqui está a perseverança e a
fidelidade dos santos...‟ aqui a onde? No fato de Deus ferir aqueles que nos
fere; de Deus esbofetear aqueles que estão nos esbofeteando.
Mas será que os crentes hoje sofrem perseguição ou está do mundo
em sombra e água fresca?
Alguns dizem que a perseguição era para os apóstolos, „eu, eu não,
estou debaixo da graça, e não debaixo da lei‟. Um certo crente me disse:
„Se eu for ser perseguido, então eu vou me desviar, eu vou beber cachaça,
eu vou fumar, eu vou pras festas, porque esse negócio não é pra mim‟. Esse
irmão enfrentou uma situação tão grande que só Jesus pra segurar ele. Será
que os crentes hoje são perseguidos?
Jornal Mensageiro da Paz, jornal oficial das Assembleias de Deus,
fundado em 1950 pelo missionário Gunnar Vingren, pioneiro da Assembleia
de Deus. O que esse jornal, deste ano (2009), diz nas páginas 14 e 15:
„Perseguição aos cristãos é maior hoje do que no tempo da igreja
primitiva... dados mostram que cristãos são mais perseguidos. 65 por cento
dos seus mártires são do século 20 e 150 mil cristãos morrem por sua fé
todo ano‟.
Essa Terra está bebendo todo ano o sangue de 150 mil crentes! Deus
não suporta mais! Não existe uma coisa que causa mais fúria em Deus do
que o justo sendo torturado nas mãos dos homens ímpios e perversos.
Diz o jornal „70 milhões de cristãos foram assassinados por causa
da sua fé até o ano 2000‟. Desde que a igreja primitiva foi fundada até o ano
2 mil „70 milhões de cristãos‟ foram mortos por causa da sua fé. Destes „31
milhões morreram pelas mãos dos ateístas, 9 milhões morreram pelas mãos
dos mulçumanos, 5 milhões morreram pelas mãos dos católicos, 1 milhão e
600 mil morreram pelas mãos dos budistas... 4 milhões e 700 mil morreram
pelas mãos de adeptos de diversas religiões‟.
Então, irmãos, a perseguição contra os cristãos continua em pleno
século 20, o século da democracia, o século da descoberta da informática,
das grandes tecnologias, das grandes descobertas científicas e
arqueológicas; do século do iluminismo, do brilhantismo, do fascinante, das
viagens extra-terrestre, planetária. Em pleno século 21, os cristãos estão
sofrendo as piores torturas que se possa imaginar.
Temos que perseverar! Mas, quais são as bênçãos da perseverança?
Eu quero citar apenas uma bênção dentre tantas! A perseverança nos protege
do esfriamento espiritual. „Por se multiplicar as iniquidades, o amor de
muitos esfriará. Mas aquele que perseverar até o fim será salvo‟. Até o fim
da tua tribulação, até o fim da tua angústia, até o fim deste mundo, até o fim
da sua vida. Não é até o começo, não é até o meio, mas é até o fim.
Qual é o perigo do esfriamento? É você ficar pra trás. Não devemos
fazer como a mulher de Ló: olhar para trás. É a gente bater na porta e dizer:
„Senhor, abre-nos a porta!‟. E ouvir aquela palavra: „Eu não vos conheço!
Apartai-vos de mim‟. Esse é o grande perigo do esfriamento espiritual.
Vale a pena perseverar até o final. Não se deixar ser congelado com
o esfriamento espiritual. Transpire se necessário for, mas não desista. Como
Jó, que transpirou, que ofegou, que rolou na cinza, que se coçou com telha,
mas disse: „Bendito seja o nome do Senhor!‟.
Palestra Ministrada na Congregação da Assembleia de Deus-Codó
em 31 de Maio de 2009
Sobre A Importância da Santa Ceia do Senhor
Todo estudo para ser bem eficiente precisa da parte prática, a
aplicação. Porque o ensino bíblico, doutrinário e teológico só terá algum
valor para nós, se aplicarmos em nossa vida.
Iremos dividir a nossa palestra em três tópicos: primeiro tópico, o
que é a santa ceia, o segundo, os elementos da santa ceia e o terceiro,
lições doutrinárias da santa ceia.
O Que é a Santa Ceia? Santa ceia não é apenas um ato que a igreja
celebra, mas é uma doutrina bíblica. No decorrer da história da igreja, a
doutrina da santa ceia tem sido uma das doutrinas mais polêmicas, e mais
causadora de discórdias entre as diversas denominações cristãs.
Não só as polêmicas causadas pela Igreja Católica... pelo qual foi um
dos motivos que levou o rompimento. A interpretação que a Igreja Católica
dava a doutrina da ceia, que eles chamam de eucaristia, foi uma das que
levaram ao rompimento. Mas não só entre cristãos católicos e cristãos
protestantes houve essas questões polêmicas, mas também, entre os próprios
protestantes. Os próprios reformadores tiveram questões que os levaram a se
dividirem.
Inclusive logo no inicio da Reforma os protestantes quiseram se unir.
O protestantismo estava dividido em várias bandeiras. Havia os luteranos,
os calvinistas, os anabatistas, os menonitas e outros ramos. Então os irmãos
sentiram a necessidade de reunir o protestantismo. E, assim em uma
conferência conseguiram reunir Martinho Lutero e outro reformador
chamado Ulrico Zuínglio para que eles pudessem entrar em acordo sobre as
doutrinas principais para que o protestantismo pudesse segui uma linha só.
Diz a história que eles dois concordaram em todas as doutrinas, mas se
dividiram em uma só. E, qual foi? A definição que eles tinham da santa ceia.
Então, a interpretação que os irmãos davam a doutrina da santa ceia
foi o motivo que levou a permanecer esses rachas no protestantismo.
Por isso que nós a consideramos como uma doutrina de sumo
importância para a igreja; porque é a doutrina que vem sendo polemizada ao
longo dos séculos.
A igreja tem duas ordenanças: o batismo e a santa ceia. O batismo é
um ato cerimonial que faz com o cristão entre em aliança com Deus. E, a
participação na ceia é a renovação da aliança; uma confirmação da aliança.
O batismo é um só. O cristão tem que ser batizado apenas uma única vez. A
não ser que ele receba uma forma de batismo que seja contrário a forma
verdadeira do batismo.
Por exemplo, os batistas começaram a rebatizar os irmãos, porque
eles entendiam que a forma como os irmãos foram batizados estava errado.
A Igreja Católica começou a batizar as pessoas por aspersão, apenas
molhando a cabeça da pessoa. E, quando Martinho Lutero e Calvino
romperam com a Igreja Católica, eles realizaram muitas mudanças, mas
algumas práticas deixaram intactas. E uma delas foi a forma do batismo por
aspersão, que tantos luteranos como presbiterianos praticam até hoje.
A Assembleia de Deus que herdou a herança dos batistas, pois foi
fundada pelos batistas, desde o principio vem adotando a forma de batismo
por imersão, que é mergulhar o corpo todo na água.
Os irmãos unitaristas também rebatizam. Porque já que os cristãos
são batizados na fórmula trinitarista „em nome do Pai, do Filho e do
Espírito Santo‟, e os unitaristas consideram a doutrina da Trindade uma
doutrina satânica. Por isso ensinam que o batismo tem que se apenas „em
nome de Jesus‟. Então quem adere ao unitarismo são rebatizados.
Porém, deixando de lado essas exceções, afirmamos que o batismo é
apenas um e nós o efetuamos uma única vez. Contudo, a ceia é repetitiva.
Toda semana a igreja primitiva celebrava a ceia. Nós uma vez por mês.
Algumas igrejas, uma vez por ano.
Mas é exatamente na ceia que nós renovamos o nosso batismo. É na
ceia que nós confirmamos o que aconteceu conosco no batismo. No batismo
nós fomos mortos, sepultados e ressuscitados com Jesus. É exatamente na
ceia que nós, não só celebramos a morte de Cristo, mas também celebramos
a nossa morte em Cristo.
Será que por causa disso existe algo de especial na água do batismo?
Não há na água do batismo nenhuma virtude que possa conferir algum
beneficio espiritual ao candidato ao batismo. Muito embora, algumas igrejas
conferem às águas batismais o poder de lavar o pecado.
Como por exemplo, as igrejas que defendem que o batismo tem que
ser em águas correntes. Porque são as águas que levam o pecado. Parece-me
que a Igreja Deus é Amor defende esse ponto de vista, pois ela é contra o
batismo em tanque. Por isso que eles rebatizam pessoas que são batizadas
em tanque. Até um tempo desse, eles rebatizavam, não sei agora.
Contudo, a água não tem nenhum poder para nos libertar de qualquer
tipo de pecado. Dizem que a Igreja Universal batiza a pessoa até a pessoa se
libertar.
O batismo é um ato simbólico. Há um simbolismo muito importante,
que nós temos considerar, e não podemos ignorar, tanto no batismo como na
ceia. Por causa da nossa falta de discernimento em relação a essas
ordenanças, isso pode nos levar à condenação. Temos que entender o
significado das ordenanças.
Tem pessoa que diz: „tanto faz como tanto vez se eu for batizado,
pois o batismo é dos homens‟. Não podemos ter essa mentalidade. Só será
salvo quem for batizado? Não! Alguém diz logo: „Olha, o ladrão da cruz!‟.
Mas se a pessoa não se batizar nas águas por causa desses conceitos que
afirmam que o batismo não tem valor nenhum. Essa pessoa está se privando
da salvação.
Porque muito embora o batismo não salve, a pessoa tem que se
submeter ao batismo como um símbolo da sua salvação em Cristo. Na igreja
primitiva pairava a seguinte mentalidade: a partir do batismo a pessoa
iniciava seu compromisso com Cristo. Então, quando Paulo exortava os
irmãos, não dizia: „vocês tem que deixar o pecado para serem batizados‟.
Ele ensinava assim: „vocês tem que deixar o pecado porque vocês se
batizaram‟. Primeiramente, o cristão tem que entrar em compromisso com
Cristo no batismo para a partir daí ele ter uma renovação.
Mas por causa disso muitas deficiências começaram a surgir, e
muitas pessoas foram batizadas sem terem compromisso real com Deus. Por
exemplo, Filipe batizou o mágico Simão, mas nele não se efetuou uma
verdadeira conversão, que mais tarde causou muitos problemas na igreja.
Para corrigir essas deficiências, a igreja começou a praticar o que se chama
de catecismo, que é o discipulado.
Mas qual é a definição da ceia? A santa ceia é uma ordenança da
igreja, instituída por Jesus na noite em que ele foi traído.
„A ceia do Senhor é conhecida pelos evangélicos como uma
ordenança por constituísse uma ordem dada por Jesus Cristo aos santos
apóstolos. Os católicos romanos e certas alas do protestantismo costumam
denomina-la de sacramento‟.
O que é um sacramento? Segundo a Igreja Católica são símbolos
sagrados que confere benefícios espirituais às pessoas que se submete a eles.
A Igreja Católica estabeleceu sete sacramentos. As pessoas só se salvarão se
passarem por esses sete sacramentos.
Martinho Lutero veio e derrubou cinco e estabeleceu dois
sacramentos. Ele considera o batismo nas águas e a santa ceia como dois
sacramentos. Em alguns livros teológicos da Assembleia de Deus também
encontramos esse termo chamando a ceia e o batismo de sacramentos. Eu
também já ouvi alguns pastores se referido a essas duas ordenanças como
sacramentos.
Então, como coisas sagradas, pois o termo „sacramento‟ significa
literalmente isso „coisas sagradas‟, partindo dessa interpretação literal do
termo o batismo e a ceia são sacramentos. Mas partindo da posição da Igreja
Católica que defende que sacramento é o meio que transmite graça espiritual
ao crente, a Igreja Assembleia de Deus e os evangélicos não concordam
com esse ponto doutrinário de que o batismo e a ceia confira ao crente
algum meio de salvação. Não existe nada na ceia que o crente ao participar
receba algum meio da sua salvação.
A Igreja Cristã não é uma religião ritual. Ela não pratica em sua
liturgia o ritualismo. Mas a Igreja Católica com sua crença nos sacramentos
se torna uma religião ritual, igual o Judaísmo.
O que é uma religião ritual? É uma religião que ensina que não
importa o estado do coração, mas em praticar os atos ritualísticos. O comer
do pão da ceia não se refere ao comer do pão ou da carne de Jesus que dá
vida eterna em João 6. Por que? Desse modo seria fácil, pois todas as
pessoas que comerem o pão e beberem o vinho iriam exigir de Jesus a
salvação. Aí não importa se a pessoa tem compromisso com Deus, se é
renascido, santificado, regenerado, o que importa é comer do pão e beber do
vinho e está garantindo a salvação dele.
Então, a Igreja Católica não quer saber se o católico se droga, se
prostituí, ela quer saber se ele está ali para participar da hóstia, e assim
estará recebendo um meio para se salvar. Não importa se o católico passe
três dias de carnaval liberando geral, contanto, que na quarta-feira ele recebe
a cinza.
É essa a definição que a Igreja Católica dá a Eucaristia, quando o
sacerdote está celebrando a eucaristia está realizando um sacrifício, o
mesmo sacrifício que o sacerdote judaico celebrava. O sacerdote judaico
literalmente sacrificava uma ovelha. Todo aquele ritual era carnal e humano.
No Catolicismo literalmente comer da hóstia é comer da carne e beber do
sangue de Jesus, pois, se a hóstia se transforma na carne de Jesus, ela já
contém o sangue, por isso que não há necessidade do católico participar do
vinho.
Essas práticas católicas dava repugnância aos reformadores. Os
padres apresentava a hóstia se transformava em Jesus, e quando rasgava a
hóstia estava sacrificando Jesus. Eles estavam realizando um sacrifício, e
não era simbólica, era literal mesmo. Jesus Cristo estava sendo literalmente
sacrificado pelo sacerdote católico. Essa é chamada de doutrina da
transubstanciação. A substância do pão e do vinho sendo transformado na
substância do corpo e do sangue de Jesus Cristo.
Diz que o padre Cícero fez um milagre quando uma mulher foi
mastigar a hóstia saiu sangue, porém, aquela mulher sofria de tuberculose.
O padre Cícero sabia, mas ele usava aquela beata como meio para propagar
o milagre.
O protestantismo começou a combater essa doutrina católica, que até
hoje ela a mantém e não abre mão. Contudo, os reformadores não se
diferenciaram muito. Essa foi a razão por Zuínglio não apertou a mão de
Lutero. Porque Lutero muito embora não acreditasse que o pão e o vinho se
transformasse literalmente no corpo e no sangue de Jesus Cristo, mas
defendia que Cristo passava a habitar espiritualmente no pão e no vinho. O
pão permanecia pão, mas agora com um novo ingrediente Cristo. A partir da
consagração do sacerdote não era mais o simples pão, mas também não era
totalmente o corpo, agora era o pão e o corpo em uma só substância.
Doutrina chamada de consubstanciação.
Enquanto a Igreja Católica defende a transubs-tanciação, os
luteranos defendem a consubstanciação. Diz que quando Lutero estava
celebrando a ceia, um pouco do vinho caiu no chão, ele se prostrou e disse:
„o sangue de Jesus‟ e lambeou o vinho que estava no chão.
Lutero tinha essa visão, mas os batistas e menonitas rejeitavam
totalmente isso, eles ensinavam: „o pão é o pão, o vinho é o vinho, depois da
oração, o pão continua sendo pão e o vinho continua sendo vinho. É apenas
um símbolo‟.
Vamos agora ver os elementos da santa ceia...
Quais são os elementos da santa ceia? O pão e o vinho.
„Quando o pão é partido na celebração da ceia vem-nos a memória
o sacrifício vicário de Cristo através do qual ele entregou a sua vida em
resgate da humanidade caída e escravizada pelo diabo‟.
Na verdade Cristo não está sendo sacrificado nem partido, mas o ato
está simbolizando um acontecimento que ocorreu na história que Cristo foi
de fato partido na cruz. Esse partido é o seu sofrimento, é a sua carne sendo
dilacerada, chicoteada, esbofeteada e transpassada. Isso é simbolizado no
partir do pão.
Muito embora o cristão não tenha como literal e nem que naquele
momento ali esteja acontecendo uma repetição do sacrifício de Jesus, mas
ele tem que ter a consciência de que aquele ato está simbolizando um
acontecimento de suma importância para a Igreja, que é o sacrifício do Filho
de Deus.
Concordo com um escritor que disse em nosso quinto livro „Liturgia
e Ética Pastoral‟ estudado em janeiro de 2009 em nosso Seminário, na pág.
68: „o pão deve ser sem levedura‟, quer dizer, sem fermento.
Era muito bom que em nossas igrejas celebrasse a ceia com pão sem
fermento. Porque o fermento simboliza o pecado. Assim como o fermento
altera a substância da massa, o pecado altera nosso comportamento. Por
causa dessa associação, Deus considerou o fermento como símbolo de tudo
o que é ruim, tanto de pecado como de doutrina falsa.
O pão sem fermento fortalece a simbologia, não é usado como ritual.
Cristo é simbolizado pelo pão sem fermento. Contudo, não iremos dizer que
o pão com fermento esteja quebrando o simbolismo, pois, não está dito nas
Escrituras que o pão da ceia deve ser sem fermento. Porém, iria fortalecer o
simbolismo. Pão sem fermento representando o corpo de Cristo puro e sem
a mancha do pecado.
Assim como o vinho da ceia é sem fermentação, pois bebemos
apenas o suco da uva, que é a primeira extração, considerado o liquido puro
da uva, não passou pelo processo de fermentação, assim também o pão não
deveria passar por esse processo de fermentação.
Outra coisa que Paulo defende e que talvez para nós fosse
inadequado, está em 1ª Coríntios 10.16,17: „Porventura o cálice de benção
que abençoamos não é comunhão do sangue de Cristo? O pão que partimos
não é, porventura, a comunhão do corpo de Cristo? Porque nós sendo
muitos somos um só pão e um só corpo. Porque todos participamos do
mesmo pão‟.
Então o pão nesse texto representa o corpo de Cristo, e o corpo de
Cristo é a Igreja. De modo que a ceia ensina a unidade dos membros da
igreja. Ao participar todos do mesmo pão significa que todos nós somos um
só. E para fortalecer esse simbolismo, a igreja primitiva utilizava-se de um
só pão na ceia. Naquela época eles celebravam a ceia em casas pequenas,
não tinha essas grandes reuniões que a gente tem, de modo que se tornava
fácil. Hoje é difícil! Tantas catedrais das Assembleias de Deus, veja aqui o
nosso templo. É difícil fazer um só pão. Já imaginou que tamanho seria esse
pão.
A nossa ceia foge um pouco do simbolismo porque não podemos
simbolizar o corpo sem pecado pois está ali um pão com fermento, não
podemos simbolizar a unidade do corpo de Cristo porque está ali dois, três
pães para ser partidos. Mas, em espírito e baseado na palavra de Deus é esse
o sentido que temos de ter no coração: a pureza, pois todos quantos
participam tem que estarem purificados.
Porque não adianta também, irmãos, a gente ter pão sem levedura, se
o fermento está em nós, o desmantelo, o erro e o pecado está em nós. É
muito melhor a gente fraquejar no símbolo do que fraquejar na realidade. Se
o fermento realmente não está em nós e participamos da ceia com pão com
fermento, isso não vai levar a Deus a desconsiderar o ato. Porque senão ele
iria considerar a religião cristã como a religião ritual. Porém, ele não
ritualiza porque essas coisas tem valor. No Cristianismo cai por terra todo
tipo e modo de ritual.
De modo que quando Deus vai nos julgar na ceia, ele não vai olhar
se o nosso pão está com fermento ou sem fermento, mas se nós estamos com
fermento ou sem fermento.
De modo semelhante também, não adianta temos um só pão, que vai
do púlpito até a porta, para simbolizar a unidade se estamos divididos, em
contendas, em desunião. Não terá valor nenhum. É muito melhor nossos
pães estarem todos partidos e nós unidos.
Então a pureza e a unidade não podem faltar na ceia do Senhor.
Na igreja de Corinto, os irmãos estavam banalizando a ceia do
Senhor. Eles não estavam tendo o discernimento em relação aquele ato
cristão. A igreja primitiva adotou um costume de antes de iniciar celebração
do pão e do vinho, fazia uma festa, chamada de ágape, a festa do amor.
Enquanto, os irmãos vinham chegando havia aquela confraternização, os
irmãos conversando, um banquete, comiam pão, bebiam vinho. E, depois é
que eles celebravam a ceia. Separavam o pão e o vinho e celebravam a ceia.
Mas isso estava causando um problema na igreja de Corinto. Porque
era uma igreja pobre, mas também havia pessoas ricas. Os pobres não
tinham condições de trazer pão e vinho para a festa, só quem trazia era os
irmãos ricos. E, aqueles irmãos ricos não davam para os pobres. Somente
eles comiam e bebiam. Por isso Paulo disse: „enquanto uns passam fome,
outros se embriagam‟. Estava havendo impureza em Corinto que era
embriaguez e glutonaria e havendo desunião.
As verdadeiras virtudes para se agregarem na ceia não estava
havendo, que era a pureza e a harmonia. Paulo sentiu a necessidade de trazer
esse conhecimento aos irmãos de que a ceia é um ato em que tem que haver
intenções puras e unidade entre os membros, que são membros do corpo de
Cristo.
É correto consagrar o pão e o vinho na ceia? Depende dessa palavra
„consagração‟. Se usarmos o termo „consagração‟ como algo que vai
transformar o pão em algo especial que transmite algum meio de graça para
nós, o termo está sendo usado de modo errado. Mas se for apenas no sentido
de que o pão está sendo separado para simbolizar o corpo de Cristo, então a
palavra está sendo usada adequadamente. As nossas igrejas defende a
consagração do pão, mas o Pb. Mário, muito embora ele não ensine isso na
igreja para não contradizer o costume dos irmãos, mas ele diz que é errado
esse tipo de oração que consagra o pão. Que na verdade deve abençoar o
pão, como Paulo diz „o pão que nós abençoamos‟. Ele defende isso que o
pão deve ser abençoado, dar graças pelo pão.
Irmãos, a crença de participar de refeições no templo era costume de
muitas religiões, e também do judaísmo, de comer coisas santas. Tinha
determinadas partes dos sacríficos que apenas os sacerdotes podiam comer.
Ninguém mais podia comer, se alguém que não fosse sacerdote comesse era
eliminado do povo de Israel. Muitas religiões orientais em volta de Israel
acreditavam que se alguém comesse as refeições consagradas a um deus era
como estivesse absolvendo as virtudes daquele deus.
Crenças semelhantes dos antropófagos que comiam corpos humanos
acreditando que a virtude que havia naquela pessoa era transmitida para
eles. E, a parte que eles mais comiam era o cérebro. Porque a inteligência
que aquela pessoa possuía iria ser transferida para ele.
É daí que vêm também essas questões e essas crenças de que comer
algo que represente o seu deus é como se você estivesse recebendo as
virtudes daquele deus. Então, é nisso que as igrejas evangélicas não
acreditam! Como se o crente estivesse literalmente comendo a carne e o
sangue de Cristo e recebendo as virtudes dele. Isso não acontece no ato da
ceia.
Por isso que para os crentes as carnes sacrificadas aos ídolos não
representa nada. No mercado eles compram do que está posto, sem
perguntar se aquelas carnes foram consagradas aos deuses. Pois pela oração
e pela palavra os alimentos são santificados. Há muitas superstições acerca
da ceia do Senhor e, também, acerca do batismo nas águas.
Por exemplo, o Pb. Luciano conta uma história que após seu batismo
um certo irmão, que foi batizado junto com ele, estava triste num canto,
então o Pb. Luciano perguntou o que estava acontecendo. Aquele irmão
disse que tinha contraído o pecado pra dentro de si novamente, pois no ato
do batismo engoliu um pouco de água do tanque batismal. Pois dentro da
água foram sepultados os pecados dos outros, mas que agora ele tinha mais
pecados do que os outros que foram batizados.
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Coletânea de mensagens e palestras 1ª parte

  • 2. COLETÂNEA DE MENSAGENS E PALESTRAS DE EDINALDO NOGUEIRA 1ª PARTE Edinaldo Nogueira E-mail: nogueira.edinaldo@gmail.com (caso queira fazer alguma refutação por escrito pode enviar para e-mail)
  • 3. Dedicatória Dedico este livro a Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo que me concedeu graça. A Ele seja a glória para todo sempre em Cristo Jesus no poder do Espírito Santo! À minha digníssima e amada esposa, Claudete Nogueira, por sua compreensão e amor e aos nossos filhos Letícia e Renan e a sua esposa Aline. Aos meus pais, Paulo e Marleide e meus queridos irmãos e irmãs: Edileuza, Fátima, Ednardo, Edvaldo, Eduardo e Paula. À todos os amados irmãos em Cristo que amam as Doutrinas Cristãs. A todos os leitores dedico este livro.
  • 4. PREFÁCIO Esse livro é o primeiro de uma série de livros que trazem minhas mensagens e palestras desde 2009 em diante. Todas estão gravadas em áudio, e agora pretendo compilá-las. Quero deixar um legado para meus descendentes: filhos(as), netos(as) e bisnetos(as). Edinaldo Nogueira
  • 5. ÍNDICES DAS MENSAGENS E PALESTRAS Sobre o Partidarismo na Igreja .................................................... 006 Sobre Demandas Judiciais Entre os Irmãos ................................. 015 Sobre a Perseverança do Crente e os Perigos do Esfriamento Espiritual ............................................................. 023 Sobre a Importância da Santa Ceia do Senhor ............................. 032 Sobre Enfrente a Tragédia Sem Perder a Doçura ......................... 040 Sobre a Ressurreição de Cristo ...................................................... 046 Sobre Os Instrumentos Divinos de Provação ................................. 056 Sobre a Introdução a Primeira Epístola de João ........................... 061 Sobre Jesus a Luz do Crente ........................................................... 065 Sobre Jesus, Perdoador e Redentor ................................................ 073 Sobre a Chegada do Anticristo (I).................................................... 089 Sobre o Preço do Resgate dos Pecadores ........................................ 095 Sobre a Chegada do Anticristo (II).................................................... 100 Sobre a Nossa Eterna Salvação ........................................................ 108 Sobre o Batismo nas Águas (I) .......................................................... 117 Sobre a Depressão ............................................................................ 122 Sobre o Testemunho Interior do Cristão ........................................... 132 Sobre o Batismo nas Águas (II) ......................................................... 140 Sobre o Conhecimento de Deus ......................................................... 148 Sobre a Preparação e Qualificação dos Obreiros do Senhor ............ 156 Sobre a Vontade Soberana e a Vontade Secundária .......................... 163
  • 6. Palestra Ministrada na Congregação da Assembleia de Deus-Codó em 19 de Abril de 2009 Sobre o Partidarismo na Igreja 1ª Coríntios 1.10-13; 3.1-6 Os partidários são frutos nocivos plantados dentro da igreja por certos obreiros. Muito embora, Paulo Apolo e Cefas, que é Pedro, sendo obreiros, não foram eles que fomentaram essa divisão na igreja de Corinto. Eles não tinham nada a ver com essa divisão partidária. Mais foram alguns sujeitos que começaram a tomar partido dentro da igreja. De modo que tem certa divisão na igreja que os pastores não têm culpa, que os pastores não estão fomentando nem os obreiros, mas as pessoas estão apenas usando os nomes deles. Porém, existem outros grupos dentro da igreja que são fomentados pelos líderes, que são obreiros plantadores da semente da contenda. Eles não estão interessados em semear a semente da Palavra de Deus, mas em semear essa semente perniciosa, nociva, que tem como „fruto‟, se é que pode usar esse termo, o joio. Há vários tipos de obreiros. Primeiro, o obreiro plantador da semente. Qual é a função do obreiro plantador da semente? É lidar com a semente da Palavra de Deus. Ele tem a consciência de que ele não está semeando as suas próprias palavras, mas a palavra de Deus. E por causa disso, ele deve ter alguns cuidados. Porque ele sabe que ao semear a palavra de Deus irá prestar contas por aquilo que ele diz. Leiamos Tiago 3.1: „Meus irmãos, não sejais muitos de vós mestres, sabendo que receberemos um juízo mais severo‟. O obreiro que lida com a palavra de Deus, ele sabe que vai prestar conta por aquilo que ele prega, ensina e fala. Por isso que a Palavra é uma espada de dois gumes, ela corta dos dois lados. E primeiramente, ela corta o pregador. Antes de ela tornar amarga no povo, torna-se primeiro amarga naquele que a ministra. Tem muita gente correndo apressadamente para ser pregador, para ser ensinador da palavra de Deus, mas ele não sabe que sobre ele pesa o juízo de Deus; pesa a prestação de contas de Deus. Jesus Cristo disse „a medida que vocês usarem para medir, por essa mesma medida vocês serão medidos‟. Por isso, irmãos, temos que ter muito cuidado quando fomos chamados para pregar e ensinar a palavra de Deus. O obreiro que lida com a palavra de Deus deve ser fiel a mensagem que recebeu de Deus para entregar, porque não é dele, é de Deus. Então ele tem que entregar a mensagem do modo como recebeu de Deus. Sem adulterar a mensagem. Sem falsificar e nem modificar, ele tem que entregar a mensagem da palavra de Deus. Leiamos 2ª Coríntios 1.18: „Antes, como Deus é fiel, a nossa palavra a vós não é sim e não‟.
  • 7. Não pode existir em nossa mensagem essa questão de sim e não. O obreiro diz uma coisa agora e mais tarde, ele está desfazendo aquilo que ele disse. Ele diz uma coisa, e quando vem a pressão, ele se esquiva: „Não! Eu não falei isso. Foi um mal entendido‟. Ele entra em contradição. O obreiro fiel à palavra é aquele que sustenta a palavra ainda que o mundo todo arrebente na cabeça dele, conforme diz o salmista no Salmo 15 „aquele que sustenta a palavra ainda que com prejuízo próprio‟. Por quê? Porque a mensagem não é dele, a mensagem é de Deus. Leiamos 2ª Coríntios 4.2: „...pelo contrário, rejeitamos as coisas ocultas, que são vergonhosas, não andando com astúcia, nem adulterando a palavra de Deus; mas, pela manifestação da verdade, nós nos recomendamos à consciência de todos os homens diante de Deus‟. Leiamos também 1ª Tessalonicenses 2.13: „Por isso nós também, sem cessar, damos graças a Deus, porquanto vós, havendo recebido a palavra de Deus que de nós ouvistes, a recebestes, não como palavra de homens, mas (segundo ela é na verdade) como palavra de Deus, a qual também opera em vós que credes‟. Temos que tomar essa consciência sobre nós de que a palavra que nós falamos não é a nossa palavra, mas a palavra de Deus, como Paulo disse: „... vocês receberam como palavra de Deus, que de fato é...‟. E essa palavra vai operar! O obreiro que lida com a palavra de Deus tem que conscientizar-se que ele tem que ser fiel a palavra de Deus e que vai prestar constas pela palavra que falou. O obreiro que lida com a palavra de Deus deve enquadrar o seu pensamento segundo os oráculos de Deus. Leiamos 1ª Pedro 4.11: „Se alguém fala, fale segundo os oráculos de Deus...‟. „Oráculos‟ nesse texto não é apenas a palavra escrita, mas a revelação que você recebe daquilo que está escrito. Muito embora, as Escrituras estejam recheadas de temas e assuntos, o cristão não fala apenas baseados nesses diversos assuntos, mas fala segundo aquilo que o Espírito vai sacar, revelar e guia-lo. É por isso que antes de falar aos homens, o obreiro tem que falar com Deus para poder receber de Deus a mensagem revelada. E 2ª Pedro 1.16: „Porque não seguimos fábulas engenhosas quando vos fizemos conhecer o poder e a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, pois nós fôramos testemunhas oculares da sua majestade‟. Devemos enquadrar as nossas palavras, as nossas ideias segundo a palavra de Deus e não seguir as fábulas, as lendas e os mitos. Diz Pedro „não seguimos fábulas‟, isto é, invenções, não é coisa da nossa mente. Nós não aprendemos isso das filosofias, mas nós mesmos experimentamos na palavra de Deus.
  • 8. Nós não baseamos a nossa mensagem e nossa pregação em mitos e estorinhas. É por isso que o obreiro tem que ter muito cuidado com aquilo que ele vai transmitir. Ele precisa sabe qual é a fonte. O obreiro que planta a palavra de Deus sabe que vai lidar com diferentes tipos de pessoas. Ele tem que ter consciência disso, para que não se iluda e não fique decepcionado, frustrado e desista da missão. Em Mateus 13.18-23, Jesus, aquele que é o pregador dos pregadores, tinha essa consciência e transmitiu essa consciência para seus apóstolos e discípulos, de que há vários tipos de pessoas que vão corresponder a mensagem que nós pregamos. São quatro tipos, e destes apenas um, realmente, vai ter resultado. Três não produziram bons resultados, isso significa que a nossa mensagem pregada não terá um resultado de cem por cento, e que muitas vezes, nós corremos o risco de não temos bons resultados. Veremos esses quatro tipos de pessoas, segundo a palavra de Deus: Primeiro, aqueles que ouvem a palavra, mas não entendem. Porque estão procurando entender através do seu raciocínio humano. Isso vai gerar crentes „intelectuais‟ e „filósofos‟. Quer dizer, se a palavra que você está pregando é por revelação do Espírito, conforme diz Paulo „nós não falamos segundo a sabedoria dos homens, mas segundo as palavras que o Espírito nos ensina‟; então, se a palavra que você está falando é revelada pelo Espírito e ensinada pelo Espírito, então a pessoa que está ouvindo, só vai entender se ela também receber a revelação do Espírito. Se ela procurar entender a palavra apenas pelo seu raciocínio humana não irá compreender. Segundo, aqueles que são estáveis na palavra. Eles procuram seguir a palavra segundo as suas emoções humanas, então, ele se torna uma pessoa estável. Jesus disse que esse tipo de gente recebe a palavra com muita alegria, mas logo se esquece da palavra. Há esse tipo de pessoas, que ouve e vai corresponder segundo as suas emoções. Se ele está num culto pentecostal, ele recebe a palavra, sente aquele ardor no coração, fica arrepiado e corre para aceitar Jesus, isso em um domingo a noite. Mas, na segunda-feira ele não sabe nem o que foi que fez, ele não sabe se realmente é crente. Ele começa titubear, fica indeciso, porque ele baseou a sua decisão apenas em suas emoções humanas. Tiago 4.8 fala sobre esse tipo de sujeito e o chama de „duplo ânimo‟, que no grego é, „dupla alma‟; aquele que tem duas almas. Em um dia ele está alegre porque recebeu alguma palavra de refrigério, mas no outro dia fica triste, querendo desistir, porque não recebeu nenhuma palavra de Deus. Leiamos Tiago 4.8: „Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a vós. Alimpai as mãos, pecadores; e, vós de duplo ânimo, purificai os corações‟. Então aí é de dupla alma, aquele que tem dois tipos de ânimo. Aquele que uma vez está com ardor para seguir a Cristo, mas em outra vez, está totalmente frio e indiferente a mensagem de Cristo. Então esse tipo de correspondência à palavra irá gerar crentes exclusivistas, místicos e insubordinados.
  • 9. Terceiro, aqueles que são infrutífero na palavra. Porque eles baseiam a palavra segundo os seus desejos humanos. Isso gera crentes liberais ou legalistas. Eles estão na igreja, mas se tornam crentes infrutíferos, pois baseiam a sua fé e sua esperança apenas em seus desejos humanos, em sua vontade humana; naquilo que ele acha que tem que ser, que ele quer que seja e que deve ser. Vocês que são obreiros deve ter essa consciência: há tipos diferentes de pessoas. Há aqueles que vão lhe elogiar, mas tem também aqueles que vão lhe detestar; aqueles que irão receber a sua palavra com muita alegria, mas tem aqueles que vão se incomodar com a sua palavra. Mas graças Deus que o Senhor falou do quarto tipo de pessoas, que são aqueles que entendem a palavra e que produz frutos. Muito embora essa produção de frutos não seja cem por cento em todas as pessoas, mas têm resultados. Alguns 30%, outros 60% e ainda outros cem por cento. Baseado nisso, Jesus Cristo disse o seguinte em Lucas 8.18: „Vede, pois, como ouvis; porque a qualquer que tiver lhe será dado, e a qualquer que não tiver até o que parece ter lhe será tirado‟. „Como ouvis...‟. A palavra tem que ser entendida pelo sentido que ela traz. Muito embora, a gente use recursos humanos para falar das coisas celestiais, as coisas que estão além de nossos raciocínios, mas temos que falar dessas coisas usando recursos humanos, que é o português com todas as suas figuras de linguagens riquíssimas, mas que em relação a palavra de Deus são pobres. Usando esses recursos, a pessoa que ouve tem que compreender o sentido real por traz desses recursos. É por isso que Jesus Cristo disse „tenham cuidado como vocês estão ouvindo a palavra de Deus‟; que sentido vocês estão recebendo dela. Porque a transformação espiritual vem pelo sentido que você entende a palavra. Ela não vem simplesmente pelo fato da pessoa falar, pregar, mas pelo sentido que você está dando aquilo que está ouvindo. Paulo fala da transformação pelo sentido. Nós somos transformados, amadurecidos, crescemos na fé, caminhamos para frente conforme o sentido que damos a palavra de Deus. O pregador pode está falando de um assunto totalmente diferente, e você com a sua lente de místico entender de modo místico. O pregador pode fala uma coisa, e você com o seu sentido liberal entender nesse sentido. O que Jesus Cristo quer dizer? Que tipo de lente nós estamos usando quando lermos ou ouvirmos a palavra de Deus. Por diz „tenham cuidado como vocês estão ouvindo!‟. É por isso que às vezes, ele pergunta aos fariseus e saduceus: „como é que vocês entendem determinados textos?‟; „como é que vocês leem?‟. Porque a minha leitura é diferente da sua leitura. Você lê um texto e entende em um sentido, eu leio e entendo por outro sentido. É esse sentido que vai modificar as minhas atitudes e ações. Por isso temos que ter muito cuidado com nossos sentidos.
  • 10. Aquele que planta a semente da Palavra de Deus deve ter cuidado com as falsas sementes, que são as falsas doutrinas. O obreiro de Deus tem que trazer em sua bolsa semente selecionadas, sadias e verdadeiras. E, para que ele alcance isso, tem que ser um obreiro que goste de pesquisar, estudar a fundo, conhecer a origem, compreender a doutrina, compreender a palavra para que ele não cometa o erro de semear uma semente falsa. O objetivo da semente é produzir. Ela vai produzir o seu resultado, seja péssimo ou bom. Segundo, o obreiro regador da semente. Logo após o obreiro que planta, vem aquele que rega as plantinhas. Quem são as plantinhas? São os novos convertidos, as crianças, adolescentes, pessoas inexperientes. Muito embora, ele tenha também a responsabilidade de cuidar das plantas já grandes, porque elas não podem morrer, precisam continuar vigorosas, mas tem que voltar a sua atenção para essas plantinhas. Ele tem que fazer isso com desvelo. Desvelo fala da dedicação, do zelo, do cuidado e do amor. Iremos ler alguns textos bíblicos que falam sobre essa atitude. O obreiro que ensina com desvelo, ensina com dedicação. Romanos 12.7: „‟Aquele que ensina, haja dedicação ao ensino‟. O obreiro deve ensinar com cuidado. 1ª Timóteo 4.16: „Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina‟. O obreiro deve ensinar com amor. Efésios 4.14,15: „‟Falando a verdade em amor...‟. O obreiro deve ensinar com zelo. Jesus Cristo disse que o zelo da tua casa me consome. Nós temos que saber que aquele que rega a palavra de Deus, rega as plantas com zelo, ele vai sofrer, terá que colher alguns resultados amargos. Corre o risco de ser chamado de radical, santarrão, sabichão e muitas outras palavras pejorativas. Mas, ele tem que está consciente disso. Jesus Cristo disse: „o zelo da tua casa me consome‟ (Jo 2.17). Ele sabe que esse zelo o levará até a cruz. Quando Jesus nos chama para segui-lo, ele nos chama sem nenhuma ilusão nem engano. „Aquele que quer vir após mim, tome a sua cruz‟. A pessoa que toma a cruz, sabe que está tomando-a para ser crucificado nela, para sofrer a pior morte que alguém poderia sofrer no século primeiro. O que ele está dizendo? Aquele que me segue, tenha em mente que as últimas consequências pode acontecer com ele. Ele pode ser crucificado, pode ser esquartejado, degolado como foi Paulo, crucificado de cabeça para baixo como foi Pedro, pode ser flechado como foi Tiago. E, assim está sujeito a muitas coisas. Por que? Por causa do zelo! Muitas plantas não viga nem cresce porque não houve regador. Há uma carência muito grande desse discipulador. Há muitos pregadores, mas há poucos discipuladores. Há poucas pessoas que estejam interessadas em ensinar. Porque muito embora a pregação seja árdua, mas o ensino é mais árduo ainda.
  • 11. O pregador vem e joga a semente, ele não está nem aí com as ideias das pessoas, mas o discipulador é aquele que vai lidar com as ideias. O pregador joga a batata quente, o discipulador tem que abanar a batata, lidar com ela. Então é mais complicado. E por causa de falta de regador, é que muitas plantas não crescem, não se desenvolve e nem produz frutos. Porque muito embora nós temos muitos obreiros, muito deles estão interessados apenas na perola, naquilo que ele vai ter vantagem. Está pensando na sua promoção, na sua projeção, na sua posição, no seu retorno, no recurso financeiro. Quando esse tipo de obreiro é chamado para dirigir uma determinada congregação, ele pensa logo: „Quantos pessoas têm lá?‟ „Qual é a renda do dízimo?‟. Quando ele transmite a palavra, no final ele lança o seu interesse financeiro, o seu envelope. Ele associa a oração ao dinheiro, a bênção ao dinheiro. Então, esse sujeito não está interessado nas plantinhas, mas nas perolas, e as perolas muito embora sejam preciosas, não tem vida, elas são inanimadas, as plantas são mais preciosas porque elas têm vida. Então tenhamos cuidado com isso! É o que Paulo dizia aos seus obreiros: „cuidado com a avareza‟. Não se deixe levar por esse espírito de ganância. Achando que com a piedade vai haver lucro, mas o único lucro que tem a piedade é você se contentar com a vida que você tem. Terceiro, o obreiro cooperador ou atrapalhador. Tem muito obreiro invejoso que não quer o progresso do seu irmão, do seu companheiro de ministério, ele quer é o fracasso. Não está interessando em ajudar seu companheiro subir nos tamboris, nos degraus, ele está interessado é puxar o tapete. Porque ele vê aquele irmão como uma ameaçada, ele vê aquele obreiro como um farol muito forte que está apagando a sua „luizinha‟. Era o que estava acontecendo com os irmãos em Corinto, alguns se achavam melhor do que o outro. Havia ali uma verdadeira rivalidade de obreiros. Cada um querendo mostrar serviço encima do outro. Cada um querendo subir nas costas do outro. Temos que ter cuidado com isso! Paulo deu uma receita para a igreja de Corinto, que deve servir de receita para todos nós. Está em 1ª Coríntios 3.21-23: „Ninguém deve se orgulhar daquilo que as pessoas podem fazer. Pois tudo é de vocês, isto é, Paulo, Apolo, Pedro, este mundo, a vida e a morte, o presente e o futuro. Tudo isso pertence a vocês, e vocês pertencem a Cristo, e Cristo pertence a Deus‟. Irmãos, esse princípio é um princípio riquíssimo que temos que aplicar em nossas vidas. O pregador que prega de uma maneira excelente, que nos deixa de boca aberta, mas isso não deve causar em nós inveja. Isso deve causar em nós um sentimento de que aquele pregador pertence ao povo de Deus, de que ele está do nosso lado. É como um pai que tem em sua família filhos médicos, engenheiros, doutores, professores. Ele se orgulha de sua família! Ele não vai pensar: „o meu filho é um doutor, e eu sou um zé ninguém‟, pelo contrário, ele irá se orgulha em ter um filho doutor. Assim também deve ser conosco. Devemos
  • 12. ter o prazer de ter em nossa igreja pessoas que pregam excelentemente bem, pessoas que desempenham a sua função de uma maneira excelente. Temos que ter prazer nisso, porque os bons não estão apenas no mundo, os bons, no sentido de boas qualidades, estão na igreja, e estão do nosso lado, joga em nosso time. Quantos jogadores não tem prazer de jogar com Ronaldo Gaúcho, Ronaldinho, com essas estrelas do futebol, de tê-los jogado do seu lado. Assim estão somos nós, devemos ter o orgulho de ter ao nosso lado pessoas excelentes. Não temos que puxar o tapete, prejudicar o irmão, porque se a gente expulsa-lo da igreja estaremos perdendo uma joia preciosa. Vamos nos armar com esse pensamento: ele joga do nosso lado, ele é do nosso time. Quarto, o obreiro edificador. Obreiro edificador é aquele que edifica. Edificar é mais do que construir. Quando um obreiro é designado a dirigir uma igreja, ele chega a igreja está praticamente construída, a secretaria está funcionado, há conversões, há batismos, há superintendentes da Escola, há professores. Então, o que ele precisa fazer? Fazer mais nada!? Não! Ele trabalha com a edificação. Ele deve ter perícia, especialização, precisão. Aquele que edifica faz a obra com perícia, de um modo especial, ele observa os mínimos detalhes. Ele está interessado no estado de cada membro, o estado da igreja. Não é o obreiro que baseia a sua visão no todo em um domingo a noite. No domingo a noite está tudo mundo presente, tem festa, está tudo bem. Ele não se baseia nisso. Ele procura examinar os fatos, se realmente as pessoas estão bem. Porque tem muita gente cantando, mas está com a alma estraçalhada, abatida. Tem muita gente pregando, mas está com a sua alma amargurada. Tem muita gente participando dos conjuntos, mas estão totalmente fora, está só o corpo. O obreiro tem que prezar pela busca da excelência e perfeição. Quinto, o obreiro destruidor. O obreiro destruidor é uma peste! Uma desgraça! É o elemento mais perverso que se possa ter no corpo de Cristo. Ele está na igreja para atrapalhar, prejudicar. Para desestruturar a família de Deus, para profanar o santuário do Senhor. Agora, iremos ver que há também vários tipos de crentes. Há crentes paulistas. São crentes liberais na doutrina e nos costumes cristãs. Esse tipo de crentes havia em Corinto. Eles diziam: „tudo eu posso fazer‟, „tudo me é lícito‟. Por que esses irmãos tinham essa mentalidade? Porque eles baseavam seus pensamentos em Paulo, mas de modo errado. Eles compreendiam a doutrina de Paulo de modo errado. Eles davam uma reinterpretação as interpretações de Paulo. Eles não compreendiam a doutrina da graça que Paulo ensinava. Paulo foi incompreendido não apenas pelos judeus, mas também por muitos irmãos da igreja. Eles diziam: „Olha, Paulo nos ensina que não precisamos guardar a lei‟, „que não existe nenhuma regra que precisamos
  • 13. praticar para sermos salvos‟, „que a salvação depende unicamente e exclusivamente de Deus, e que eu não preciso fazer nada pra me salvar‟. Então isso criava o que se chama de „antinomianismo‟, algo contrário a lei de Deus. Isso levava a libertinagem. Qual é a mentalidade da libertinagem? É que você deveria vencer a carne pelo excesso. Você deveria vencer as suas paixões pelo excesso. Você é um crente que tem problema com a sexualidade. Como você deveria vencer a sexualidade? Segundo os crentes liberais era praticando sexo até não aguentar mais. Então você matou a carne, pois não tem mais força para praticar. Como você consegue vencer a bebida? Beber até não aguentar mais, até a sua boca encher de formiga. Desse modo, você não tem mais condições de beber, pois o que entra, sai. Então você venceu o vício da bebida. Era desse jeito que eles ensinavam. Como vencer a glutonaria? Comer até se esborratar, aí você venceu a glutonaria, pois você não tem mais vontade de comer. Se alguém dissesse: „Toma irmão um pedacinho de bolo‟. Ele respondia: „Não, irmão!‟. Pronto vencia a carne, mas depois de uma ou duas horas a luta começava de novo. Há, também, crentes apolistas. São aqueles que baseiam a palavra de Deus na intelectualidade, na filosofia, que rejeitam as manifestações de Deus. O nosso século é o século da intelectualidade em que ramificações de teólogos chamados teólogos liberais estão atacando a palavra de Deus. Eles dizem que a palavra de Deus está recheada de mitos e de estorinhas faz de conta. Esses não são ateus, nem agnósticos e nem materialistas, são teólogos crentes. Como Rudolf Bultmann (1884-1976), Karl Barth (1886-1968) e seus discípulos que estão espalhados nos seminários. Eles ensinam que o cristão verdadeiro é aquele que desmitificam a palavra de Deus. É aquele que lê a Bíblia, mas remove os mitos. Jesus Cristo andou por cima das águas? É mito. O mar vermelho de abriu? É mito. O que aconteceu lá? Aconteceu outra coisa. As muralhas de Jericó caíram? É mito. Então eles precisam fazer essa raspagem na palavra, por isso dizem: „desmitificar‟, „tirar o mito‟, „desfazer o mito da palavra‟, „filtrar a palavra‟. Jesus Cristo ressuscitou? Não ressuscitou! E o que foi aquilo? Foi apenas a ideia para alterar o comportamento dos crentes. Jesus Cristo vai voltar? Não! Era apenas o pensamento dos apóstolos para incentivar os cristãos a retidão. Na verdade, eles raspam tudo. Esse tipo de teologia está bobando nos seminários. Então temos que estudar a palavra de Deus? Evidentemente que sim. Temos que usar o intelecto? Claro que sim. Mas não podemos ir como diz Paulo: „além do que está escrito‟ (1ª Co 4.6). A nossa mente tem que ter o limite da palavra de Deus. Tem que está baseada na palavra de Deus. E aquilo que a razão não entende, recebemos pela fé. E, ainda, há crentes cefalistas. São os crentes legalistas. Pedro era um judeu e dedicou o seu ministério para pregar aos judeus. Ele tinha uma compreensão muito perfeito da graça, assim como tinha Paulo. Mas tinha
  • 14. que atuar dentro da economia que ele recebeu de Deus. Então, o apóstolo Pedro ficava pressionado muitas vezes pelos judeus. Em uma certa ocasião quando se viu livre dos judeus, quando visitou a congregação gentílica em Antioquia, tentou viver a liberdade cristã. Começou a comer carne de „porco‟, se associar com os gentios. Mas quando os judeus chegaram, então, Pedro começou a se esquivar dos gentios. Todavia, Pedro tinha uma compreensão perfeita da graça, porém, alguns de seus discípulos, os judeus judaizantes, que são os crentes legalistas, começaram a colocar a lei encima da graça. Eles raciocinavam: „Somos salvos pela graça de Deus, mas primeiramente temos que praticar a lei. Porque se nós não praticarmos a lei, não seremos considerados dignos da graça de Deus‟. Muito embora, irmãos, hoje nós não ensinamos que a lei salva, mas em nossas igrejas há muitas cargas de legalismo. O legalismo contribuiu para o surgimento dos monges na igreja. Eles pensavam: „Temos que nos santificar, temos que nos separar do mundo. Mas como iremos fazer isso? Pois para onde nos voltarmos, tem mundo. Vamos criar um local reservado só para nós‟. Então, surgiram os mosteiros. Havia alguns monges que eram tão radicais, que a si mesmo se castraram para não sentirem desejos sexuais. Orígenes (185-254 A.D) foi um deles, considerado como um dos grandes teólogos do século II. Ele literalmente se castrou. Outros viviam em pantanal. Outros erigiam pequenas torres, e viviam sobre elas o resto da vida. Os mosquitos viam picar, eles deixavam. Porque eles tinham que experimentar o sofrimento. Tinham que mortificar a carne, crucifica-la, subjuga-la. Tinham que eliminar todos os desejos e todos os sentidos. Então eram barbaridades que se praticavam em nome da santidade. E, por último, há crentes exclusivistas. São aqueles que diziam: „Eu não sou de Paulo; eu não sou de Apolo; eu não sou de Pedro! Eu sou de Jesus‟. O meu pastor é Jesus. Eu não tenho ninguém sobre mim, eu sigo Jesus. Esses tipos de crentes davam ênfase demasiada aos dons do Espírito, pois tinham que ser guiados pelo Espírito. No século III surgiu um sujeito chamado Montano, de onde os tradicionais dizem que vieram os pentecostais. Esse Montano começou a rejeitar os bispos da igreja, as doutrinas dos apóstolos e as Escrituras, e afirmavam que tinham que ser guiados pelo Espírito através dos dons espirituais. E nessa época a igreja estava perdendo os dons, então, Montano começou a enfatizar os dons, dizendo: „Os dons de profecias, os dons de revelações, os dons de línguas. São essas coisas que devem nos guiar‟. Por causa disso a igreja tomou uma atitude radical, que foi errada, disse que os dons cessaram. „Não há mais dons, cessou‟. Infelizmente tomaram esse rumo em virtude desse radicalismo de Montano. Há esse perigo de ficarmos fascinados pelos dons, hipnotizados pelos dons como estava acontecendo na igreja de Corinto. A igreja de
  • 15. Corinto estava fascinada, hipnotizada pelos dons. Nós temos que ter cuidado com isso. Palestra Ministrada na Congregação da Assembleia de Deus-Codó em 10 de Maio de 2009 Sobre Demandas Judiciais Entre os Irmãos 1ª Coríntios 6.1-8 O que é demandas judiciais? É mover uma ação judicial contra alguém. É levar ao tribunal uma questão litigiosa para ser resolvida segundo as leis humanas. É abrir um processo judicial contra alguém. É reivindicar seus direitos diante de um juiz. Essa é a definição de demanda judicial, também usado como termo litígio, discussão, contenda. Nós sabemos, lendo a epístola de 1ª Coríntios, que aquela igreja vivia numa verdadeira confusão, divisão. E um dos motivos pelo qual Paulo escreveu essa carta foi para resolver essas questões; foi para ensinar aos irmãos como eles deveriam resolver essas questões, como eles deveriam proceder. Nós vimos que a igreja de Corinto era dividida entre partidos e grupos. Então as questões estavam se tornando tão fortes entre eles que estavam sendo levadas aos tribunais de justiça. Nós vimos que toda aquela região era governada pelo império romano, falado disso em nossa primeira palestra, e vimos também que o império romano estabelecia em cada região uma cidade onde funcionava um tribunal romano. E, Corinto, a gente lendo Atos 18, vamos ver que ali funcionava um tribunal. Então, os irmãos se aproveitavam, e recorriam a esse tribunal. Nós veremos quais as causas que davam origem a essas discussões, demandas, divisões entre os irmãos que foram chamados para uma fraterna comunhão; que foram chamados para viverem em harmonia, de modo pacífico, para serem luz para o mundo e sal para terra no que diz respeito a unidade e uma vida exemplar. Quais eram as causas das demandas judiciais na igreja de Corinto? Existem três razões ou causas que davam origem essas demandas: a primeira... Primeira, era o que diz respeito os temperamentos, a personalidade, a formação e a mentalidade. Os irmãos não estavam sabendo como conviver com pessoas que tinham temperamentos diferentes. Vocês sabem que cada um de nós tem um tipo de temperamento. Então, nós corremos o risco de ter entre nós incompatibilidade de temperamentos. Nós temos personalidade diferente: uns são mais irritados, outros são mais introvertidos. Enquanto a gente não
  • 16. aprender a viver e a suportar os nossos diferentes temperamentos e personalidades não iremos nos encaixar. Conforme escreveu o Dr. Antonio Gilberto: „É verdade que aqui na terra não se acha pessoas, nem igrejas perfeitas até a volta de Cristo. Quando Paulo fala a respeito de suportar uns aos outros em amor em Efésios 4.2, é exatamente por causa disso‟ (6ª lição, do 2° Trim/2009). Então, por causa dessa falta de discernimento de que as pessoas têm personalidades diferentes e temperamentos diferentes, os irmãos de Corinto estavam cometendo injustiças contra seus irmãos. Talvez alguém pergunte: „O que levou os coríntios a essa situação? Era por causa dos líderes que não ensinavam? Ou por causa da rebeldia do povo? Ou não tinha pastor ou alguém que lhes ensinassem? Nós sabemos que a igreja de Corinto era uma igreja nova, tinha pouco tempo que foi estabelecida. E, Paulo teve que sair imediatamente com a sua equipe, e praticamente a igreja ficou nas mãos de novos convertidos. Mas, a igreja também sofria muita influência da própria cidade de Corinto. Então, esses irmãos, por falta de experiência e de maturidade cristã, começaram a viver mais conforme a vida mundana de Corinto do que os princípios cristãos. O que levou eles terem tantas questões entre eles? A falta de maturidade cristã. Então, aqueles irmãos estavam prejudicando uns aos outros. O que constituía essa injustiça?  Fazer algum negócio com seu irmão e não cumprir o contrato;  Comprar algo de seu irmão e não pagar;  Roubar algo de seu irmão;  Levantar uma acusação falsa contra o seu irmão. Então, essas eram algumas das injustiças praticadas entre os irmãos. Por outro lado, os crentes ofendidos e prejudicados recorriam aos tribunais humanos a fim de se vingar de seu irmão. Revidavam! E, assim as questões em vez de serem resolvidas, viravam uma bola de neve. Conforme disse Antonio Gilberto: „Alguns crentes de Corinto, por motivos pessoais, egoístas e banais costumavam levar os outros aos tribunais acionando juízes pagãos como era costume da época‟ (6ª lição, do 2° Trim/2009). Leiamos 1ª Coríntios 6.1,6: „Quando algum de vocês tem uma queixa contra um irmão na fé, como se atreve a pedir justiça a juízes pagãos.... um irmão em Cristo leva ao tribunal a sua queixa contra outro irmão e deixa que juízes pagãos julguem o caso‟. Então, veja que a situação estava tão séria que estava se arrastando para os tribunais humanos. A segunda razão que originava essas demandas... Segunda causa, era porque os coríntios estavam sendo enganados, quer dizer, sofrendo má influência.
  • 17. Eles estavam se deixando levar por más influências. Porque tem sempre, irmãos, uma pessoa para fomentar a intriga; para, como se diz o ditado, „jogar lenha na fogueira‟. Os problemas da igreja transvazava pro mundo, então a pessoa mundana aconselhava os irmãos a levar esses atritos aos tribunais, dizendo: „condena esse irmão!‟ „rapaz a justiça resolve isso aí‟. Leiamos 1ª Coríntios 15.33: „Não vos enganeis. As más conversações corrompem os bons costumes‟. Então, o mundo estava influenciando negativamente os crentes, de modo que a igreja estava sendo exposta. E, a terceira causa de demandas judiciais na igreja de Corinto... Terceira causa, era porque algumas pessoas em Corinto não eram convertidas. Leiamos 1ª Coríntios 15.34: „Como justos recuperem o bom senso e parem de pecar. Pois alguns há que não tem conhecimento. Digo isso para vergonha de vocês‟. Havia muita gente na igreja de Corinto, mas muitas dessas pessoas não tinham experimentado o verdadeiro nascimento em Cristo. Não eram convertidos de fato e de verdade. Essas pessoas não acreditavam na providência de Deus, não tinham o amor de Deus dentro de si, viviam segundo o seu padrão de vida mundano, segundo a sua mentalidade, segundo aquilo que achava que era certo. Não buscavam estabelecer a vida nos princípios cristãos. Não tinham conhecimento, nem queriam ter dos ensinamentos apostólicos. Então, não eram pessoas crentes, mas estavam dentro da igreja. O que é também um dos nossos problemas. Há nas igrejas muitas pessoas que entraram, mas não se converteram; se batizaram nas águas, mas não foram de fato sepultadas; tem o seu nome inscritos no rol da membresia da igreja, mas não tem o seu nome inscritos no livro da vida; participam dos departamentos, mas não participam do corpo de Cristo. Então, essas pessoas, como diz a palavra de Deus se tornam espinhos no corpo da igreja de Cristo; se tornam como escorpiões entre nós que nos atrapalham ao crescimento. É o joio que está sufocando o trigo. Paulo reprovou totalmente essa atitude de levar os irmãos aos tribunais... Por que Paulo reprovou a atitude dos coríntios? Por cinco motivos. Primeiro, porque só o fato de existir questões entre os crentes já mostrava que os coríntios estavam falhando completamente como cristãos. Leiamos 1ª Coríntios 6.7: „... só o fato de existirem questões entre vocês já mostra que vocês estão falhando completamente‟. Então não era para existir problemas deste tipo no meio da igreja. A atitude de levar o irmão aos tribunais era apenas efeito de uma causa pior. Que eram as discussões. Não só os efeitos devem tratados, mas também a raiz do problema deveria ser eliminada. Então, essa foi uma das razões porque Paulo reprovou a atitude de procurar o julgamento humano:
  • 18. por causa de contenda, divisão, dissensão que não era para haver na igreja. A igreja era para viver unida. O segundo motivo pelo qual Paulo reprovada os coríntios era a atitude dos coríntios expunha a igreja diante de homens mundanos. Leiamos 1 Co 1.6: „Mas o que a acontece é que o irmão em Cristo leva ao tribunal a sua queixa contra outro irmão e deixa que juízes pagãos julguem o caso‟. Então, os juízes começam a ter uma má visão da igreja: „Vichi! Esse povo vive em confusão‟. Essa era uma das preocupações de Paulo. „Vocês estão expondo a igreja!‟ „Vocês estão fazendo com que as pessoas critiquem a igreja‟. „ Vocês estão escandalizando o povo de Deus‟. Terceiro, a atitudes dos coríntios revelavam que entre eles não havia pessoas capacitadas para resolver os problemas entre os irmãos. Leiamos 1 Co 1.5: „Que vergonha! Será que entre vocês não existe alguém com bastante sabedoria para resolver as questões entre irmãos‟ „Apesar daqueles crentes serem tão imponentes e envaidecidos em sua ciência, em sua sabedoria, em seus dons, em sua capacidade superior, não havia entre eles ninguém sábio, competente, justo e imparcial para solucionar suas desavenças‟ (Antonio Gilberto). Vocês sabem que a igreja de Corinto foi uma igreja beneficiada com muitos dons. Era considerada como a igreja pentecostal do Novo Testamento. Você lendo a carta aos Coríntios é mesmo que você está o relatório de igrejas pentecostais; de uma igreja como Assembleia de Deus, cheia de dons espirituais. E um dos dons, que Deus concede a igreja, é o dom do conhecimento. Havia na igreja de Corinto alguns grupos que falei na minha palestra anterior. O grupo que seguia Apolo era considerado como o grupo de intelectuais. Então esses irmãos viviam inchados porque eles se achavam mais inteligentes do que os outros irmãos. Porém, irmãos, há uma diferença entre conhecimento e sabedoria. O que é conhecimento? É você conhecer determinadas coisas; é ter a inteligência de discernir determinados assuntos; é compreender e saber dominar determinados assuntos. Mas, o que é a sabedoria? É aplicar esses conhecimentos na sua vida cotidiana. Porque o importante não é apenas conhecer, mas saber aplicar a palavra de Deus na sua vida. Então esses irmãos, ou alguns deles, tinham conhecimento, mas não tinham a sabedoria de Deus de aplicar esse conhecimento em sua vida cristã. Eles não tinham a sabedoria de poder resolver esses problemas que surgiam entre eles. Irmãos! A quarta razão pela qual Paulo reprovava aqueles crentes era porque a atitude dos coríntios, lhes colocavam debaixo de juízes que arbitravam (julgavam) as demandas segundo as ideias e costumes do paganismo reinante entre os gregos e romanos.
  • 19. Você sabe que o mundo daquela época era governado por filosofias gregas, por leis romanas, por influência do paganismo, por estilo de vida inspirado pelos ensinamentos dos deuses pagãos da Grécia, por mitologia grega. Essas pessoas procuravam seguir o ensinamento desses deuses. Então, o modo como eles julgavam chegavam até a praticar tipos de aberrações; infligia determinados castigos sobre o infrator. Como por exemplo, o católico que comete um erro contra a igreja, a igreja manda o sujeito rezar no sei quantos pais-nossos; a rezar no sei quantas ave-marias; a fazer uma penitência pagã. Algumas das leis da filosofia, digamos assim, aplicadas pelos juízes pagãos eram desse tipo. „Meu filho, você tem que ir ao templo para fazer oferenda para que possa pagar esse erro que você cometeu‟. Ou então, era aplicado sobre o infrator uma lei severa e sub-humana. Porque ele não só ofendeu o seu vizinho, mas também o deus pagão. Então, ele tinha que fazer alguma coisa para aplacar a ira daquele deus, senão esse deus pagão vinha e castigava a cidade toda. Por exemplo, quando alguém morria, o juiz determinava que a viúva também deveria morrer para acompanhar seu marido na vida pós- tumulo. Havia muitas leis berrantes que o juiz aplicava nas pessoas. O quinto motivo que Paulo reprovada a atitude dos coríntios era porque a atitude dos coríntios demonstravam que a igreja de Corinto praticava uma espiritualidade falsa. Sobre isso o Dr. Antonio Gilberto diz o seguinte: „Em Corinto havia bastante movimentos, demonstrações carismáticas, declarações em línguas, cânticos, profecias, exposição doutrinária, mas também muitas meninices, superficialidade e emocionalismo que não devemos confundir com as reais manifestações do Espírito Santo‟ (6ª lição, do 2° Trim/2009). Irmãos, esses movimentos não vão provar que a igreja é espiritual. A manifestação dos dons não prova que a igreja é madura. Na igreja de Corinto havia muito desse tipo de movimentos, mas a espiritualidade, que é a aplicação do fruto do Espírito, que é a prática das virtudes cristãs, que é a gente saber conviver uns com outros, que é a gente praticar o amor, não havia na igreja de Corinto. Então, se a igreja tem muitos movimentos espirituais: os irmãos dançam no Espírito; caem no poder; voam na asa do Espírito; batem palmas, sapateiam, estremecem. Essas coisas não irão provar que a igreja é espiritual. A não ser que entre aqueles irmãos pentecostais exista o amor, a bondade, a fidelidade e o domínio próprio. Se houver isso, aquela igreja é espiritual e aquelas manifestações são verdadeiras e genuínas. Iremos agora ver o nosso quarto tópico, que nos leva a seguinte questão: Um crente deve mover uma ação judicial contra alguém? No capítulo 6 de Coríntios, Paulo não trata de ocorrências de problemas litigiosos entre um crente e um descrente, mas entre os santos.
  • 20. Porém, o que é que um crente deve fazer quando for lesado por um descrente? Paulo não trata desse assunto aqui nesse capítulo, todavia, iremos examinar outros textos bíblicos que nos orienta como um cristão deve agir diante de uma demanda com alguém que não é crente. Um crente que tem uma questão contra um descrente, Paulo não trata desse assunto, mas como nós estamos abordando a questão toda, iremos que ver qual é a atitude que um crente deve ter quando ele é lesado por um descrente. Nesse caso o crente deve seguir os conselhos das Escrituras. Vejamos: Vença o mal com o bem. Leiamos Romanos 12.17-21: „A ninguém torneis mal por mal; procurai as coisas honestas, perante todos os homens. Se for possível, quanto estiver em vós, tende paz com todos os homens. Não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira, porque está escrito: Minha é a vingança; eu recompensarei, diz o Senhor. Portanto, se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber; porque, fazendo isto, amontoarás brasas de fogo sobre a sua cabeça. Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem‟. E também Mateus 5.38-40,44: „Ouvistes que foi dito: Olho por olho, e dente por dente. Eu, porém, vos digo que não resistais ao mal; mas, se qualquer te bater na face direita, oferece-lhe também a outra; E, ao que quiser pleitear contigo, e tirar-te a túnica, larga-lhe também a capa; Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus‟. Essa é a primeira atitude que um cristão deve ter: vencer o mal com o bem. Segunda atitude: Preferir uma conciliação do que levar o caso perante um juiz. Leiamos Mateus 5.25,26: „Concilia-te depressa com o teu adversário, enquanto estás no caminho com ele, para que não aconteça que o adversário te entregue ao juiz, e o juiz te entregue ao oficial, e te encerrem na prisão. Em verdade te digo que de maneira nenhuma sairás dali enquanto não pagares o último ceitil‟. A princípio o cristão deve evitar se envolver em uma questão que não vai dá em nada, apenas degastes emocionais e espirituais. Agora se o acaso for muito grave, como envolvendo pedofilia, invasão de propriedades, violência contra crianças e adolescentes, abuso contra a mulher. O crente pode recorrer aos tribunais de justiça. Por exemplo, se um crente tem uma filha, e alguém abusa sexualmente dela, ele pode recorrer ao tribunal de justiça. E, se for um crente que fizer isso em lugar de um descrente? Talvez alguém replique: „Então, ele não é crente, pois um crente não abusa sexualmente de ninguém!‟. Se ele for batizado nas águas, ele é considerado um crente. Se ele é membro da igreja ele é um crente. Não importa se ele não se converteu, se ele não seja um crente verdadeiro, mas para a igreja ele é um membro, ele é um crente. Então, a igreja tem que tomar uma atitude em relação a essa
  • 21. pessoa. Por incrédulo, ele é um crente, pra gente ele é um crente. Agora, se ele não é crente pra Deus, só quem sabe é Deus. Vejamos quatro razões porque um crente deve processar um indivíduo que invade a sua casa, que agride a sua filha, sua esposa, que lhe agride. Primeira razão: O crente deve cooperar com as autoridades constituídas por Deus. Deus estabeleceu as autoridades para refrear os casos de violência e maldade no mundo. Está em Romanos 13.1-5. No texto que nós lemos em Romanos 12, Paulo disse: „Não vos vingueis... mas dai lugar a vingança de Deus‟. Em Romanos 13, diz que uma das vinganças de Deus é realizada por meio das autoridades. As autoridades foram constituídas por Deus para vingar o infrator. Então, quando Paulo diz: „Não vingueis‟, ele está dizendo: „Não tome em seu próprio pulso a prática da lei, mas dai lugar a vingança de Deus‟. E, dá lugar a vingança de Deus também é permitir que as autoridades julguem o caso. Segunda razão: O crente não deve pecar por omissão. Está em Tiago 4.17: „Aquele que sabe que deve fazer o bem, e não faz, comete pecado‟. Se você sabe que o seu vizinho mantém a sua família em cárcere privado, que ele agride a esposa e filhos, você pode de uma maneira anônima denunciar esse sujeito para policia. Pois se ele não o fizer, está sendo omisso, está pecando. Terceira razão: Os apóstolos recorreram às autoridades quando necessário (At 25.11,12). O próprio Paulo, que era um cidadão romano, que lhe dava direito a recorrer aos tribunais romanos, em algumas vezes, se valeu desse direito que ele tinha. Quando ele estava sendo julgado em Cesaréia, lá na Palestina, ele sabia que iria ser condenado, ele se valeu do direito que gozava de poder apelar para o tribunal superior, que era César. Então ele disse: „Eu apelo para César‟; „Eu quero que o meu caso seja julgado perante César‟. Então, as autoridades disseram: „Se você apelou para César, para César irás‟. Algumas vezes ele perguntava: „É correto castigar um cidadão romano sem antes ser ouvido pela lei?‟. Paulo muitas vezes se valia desses direitos e privilégios que tinha como um cidadão romano. Então, o cristão deve também se valer de alguns direitos que ele tem amparado pela lei. E, quarta e última razão: O crente não deve ter medo de defender os direitos dos desfavorecidos. Esse texto nós iremos ler: Provérbios 31.8,9: „Abre a tua boca a favor do mudo, pela causa de todos que são designados à destruição. Abre a tua boca; julga retamente; e faze justiça aos pobres e aos necessitados‟. Portanto, um cristão deve mover uma ação judicial contra alguém? Se o problema não for muito grave, ele deve procurar conciliação, não revidar, evitar as ameaças, como por exemplo: „Cuidado! Que eu tenho um
  • 22. bichão por mim!‟. Mas, se o caso for grave, ele deve se valer de seus direitos que goza diante da lei. Vejamos novamente aqui... Um crente deve reivindicar seus direitos diante de um tribunal humano? Sim! Pois segundo o que estamos estudando Paulo não quer dizer que o cristão não deva recorrer à autoridade civil quando necessário. De modo que quando necessário devemos recorrer à autoridade civil. Vamos ver alguns exemplos de casos em que o cristão pode reivindicar seus direitos junto a Defensoria Pública ou outros órgãos de defensa às vítimas. Se um crente comprar um objeto, e aquele objeto se desmantelar antes de vencer a garantia, ele pode procurar a autorizada ou a loja, caso a loja não cumpra sua parte no contrato, o crente pode recorrer ao DECOM... (Infelizmente aqui o tempo de gravação expirou, irei, porém deixar registrado o manuscrito usado nessa palestra. O restante da mensagem que se segue, é o esboço utilizado pelo irmão Edinaldo durante essa palestra)  Se o crente contratar um serviço de uma empresa, e essa empresa não cumprir com suas responsabilidades, o crente pode procurar seus direitos;  Se um crente trabalha em uma firma e é posto pra fora injustamente sem receber as suas contas honestamente, ele pode recorrer aos sindicatos dos trabalhadores;  Se um crente sofrer prejuízos, como por exemplo, alguém acidentar seu carro, ou ele sofrer um atropelamento ou acidentes de trabalho, etc., pode reivindicar perante as autoridades a justa indenização.  Por outro lado, se um crente cometer um crime, como por exemplo, assassinato, assalto, pedofilia, ele deve se entregar as autoridades e confessar seu crime.  Se o crente não pode ir aos tribunais de justiça para resolver suas demandas dentro da lei, ele também não pode ser um policial, um advogado, um juiz, um político, um desembargador, pois tais autoridades são responsáveis em cumprir e fazer cumprir as leis. Um crente deve processar seu irmão por causa de questões judiciais? Segundo o apóstolo Paulo não! Por seguintes razões:  Isso supõe diante do mundo que o ambiente da igreja é hostil (1 Co 3.7a); Isso traz prejuízo a igreja impedindo o avança do evangelho perante as autoridades (1 Co 6.6); O crente deve preferir sofrer a injustiça e o prejuízo do que escandalizar a palavra de Deus (1 Co 3.7b). O crente deve confiar na justa retribuição de Deus (1 Co 6.9; 1 Ts 4.6). Que atitudes a Igreja deve tomar em relação a demandas judiciais? A Igreja deve fazer vista grossa? Colocar um pano quente na situação? Tirar o corpo de banda? A igreja deve ser complacente e transigente com o erro?
  • 23. Assim como no antigo Israel, a Igreja deve estabelecer uma comissão de homens experientes para resolver as demandas judiciais entre os seus membros (1 Co 6.5). Dr. Antonio Gilberto afirmou: “Já aqui na terra a Igreja tem seus pastores, dirigentes e mestres, que capacitados por Deus e preparados em si mesmos, devem cuidar, no âmbito interno, dos problemas dos irmãos que surgem na vida cristã e na vida em geral” (6ª lição, do 2° Trim/2009). Esses homens devem conhecer os ditames da palavra de Deus, as leis e o código civil; ter uma vida irrepreensível, não ser avarentos e ter um pulso forte para não aceitar suborno ou propina. Será que a Igreja está qualificada para esse tipo de função? Será que é da alçada da igreja tais atribuições? Paulo afirma que sim, e baseia a sua tese na doutrina bíblica (1 Co 6.2,3). A Igreja deve aplicar a justa pena (penitência) ao infrator: Quando o infrator se arrepende e faz as devidas restituições deve passar por um período de disciplina (Gl 6.1; Hb 12.11). O termo grego para „corrigir‟ é „catartizo‟ e significa „consertar‟, „fazer reparos‟, „remendar‟ reajustar‟, „estabelecer‟. Quando a pessoa comete um pecado grave e impenitente como estrupo, assassinato, pedofilia e assalto, devem ser excluídos da igreja (1ª Co 5.13; Mt 18.17,18; Jo 20.23). Mensagem Ministrada na 2ª Semana Escatológica na Assembleia de Deus-Codó em 27 de Maio de 2009 Sobre a Perseverança do Crente e os Perigos do Esfriamento Espiritual Nessa noite, eu gostaria de parabenizar o Pb. Mário Eugênio pela iniciativa de usar os vasos de casa nesse ano na 2ª Semana Escatológica para ministrar. E começou pelos mais simples que são os auxiliares. Um certo presbítero do nosso campo disse que auxiliar não é para pregar, nem ministrar estudo e nem ser convidado pra lugar nenhum para pregar. Ele foi chamado exclusivamente para ficar na congregação. Mas, graças a Deus que o Pb. Mário Eugênio não tem essa visão mesquinha. Gostaria, também, de elogiar a igreja que tem estado nessa semana participando e nos apoiando como também os demais auxiliares e diáconos da casa do Senhor. Abra a sua Bíblia em Apocalipse capítulo um e mantenha a sua Bíblia aberta nesse livro. Segundo as Escrituras „aquilo que os olhos não viram e que ouvido não ouviu e que não subiu aos corações dos homens foi o que Deus preparou aqueles que ele ama‟. E, diz a palavra de Deus que „a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um eterno peso de glória muito excelente‟. Disse Paulo: „Tenho por certo que as aflições do tempo presente não dão para se comparar com a glória que em nós há de manifestar-se‟.
  • 24. Segundo o apóstolo Pedro „Deus nos regenerou para uma viva esperança, para uma herança incorruptível, incontaminada, que não pode murchar aguardada para nós nos céus‟. Ninguém pode roubar, ninguém pode tocar, ninguém pode tomar! Essa herança é chamada de coroa da vida, coroa da glória, coroa de justiça e coroa incorruptível representando o reino imortal, o reino eterno, o reino majestoso, o reino justo e o reino santo. E, para isso Cristo voltará para nos arrebatar, nos ressuscitar, nos transformar a fim de que sejamos participantes desse reino eterno. Nós veremos Cristo face a face e seremos envolvidos pela glória de Deus de maneira tão plena que as nossas imperfeições serão absolvidas pela perfeição divina. E, essa perfeição de Deus irá atingir todo o globo terrestre. Tudo em nossa volta irá ser atingida pela perfeição de Deus, desde o planeta Terra até ao Universo. E, Deus, por intermédio de Jesus Cristo, há de eliminar todo mal que contamina a terra e o universo. Ele vai eliminar Satanás; Ele vai eliminar os demônios; Ele vai eliminar os ímpios e Ele vai eliminar o pecado. Ele também vai eliminar as consequências do pecado que é a velhice, o sofrimento, a morte. Ele vai eliminar os efeitos do pecado: a maldade, a crueldade, a perversidade e as iniquidades. Louvado seja o nome do Senhor! Nós aguardamos todas essas bênçãos! Agora a pergunta que gostaria de fazer essa noite é: Quem participará dessas bênçãos gloriosas e futuras que nos aguardam? Apocalipse capítulo 21.7 diz „quem vencer herdará todas as coisas; e eu lhe serei o seu Deus, e ele será o meu filho‟. Mas para vencermos, irmãos, temos que perseverar como está dito em 2ª Timóteo 2.12: „aquele que perseverar, também com ele reinará‟. E, eu gostaria nessa noite de falar sobre esse assunto: a perseverança do crente e os perigos do esfriamento espiritual e, quero basear e desenvolver esse assunto em cinco perguntas: O que é a perseverança? Como a perseverança é produzida em nós? Por que temos que perseverar? Quais são os motivos que nos incentiva a perseverança? Quais são as bênçãos da perseverança? O que é perseverança? Vamos ler o texto em Apocalipse 1.9: „Eu, sou João, irmão de vocês; e, unido com Jesus, tomo parte com vocês no Reino e também em aguentar o sofrimento com paciência. Eu estava na ilha de Patmos, para onde havia sido levado por ter anunciado a mensagem de Deus e a verdade que Jesus revelou‟. Perseverança é aguentar. Termos como persistência, constância, pertinácia, resistência são sinônimos de perseverança. Aguentar o peso, suportar grande pressão, manter-se de pé diante das dificuldades, vencer os obstáculos. Tais expressões mostram o verdadeiro sentido da perseverança. A palavra grega para perseverança tem o significado de aquele que fica em pé com o rosto voltando contra o vento. É comparado a um homem
  • 25. que está caminhando em um deserto contra o evento e a poeira, no sol quente, com falta de água, e comida, mas ele não desiste de caminhar. É como alguém que está remando contra a maré, ele não está disposto parar, porque ele sabe que se parar poderá ser levado pela maré abismo abaixo. Irmãos, a perseverança é uma peça fundamental na vida do cristão, é essencial, é algo que não pode faltar em nossa vida. Temos que perseverar na doutrina, temos que perseverar na oração, temos que perseverar na comunhão, temos que perseverar no partir do pão, temos que perseverar na fé, no amor, na esperança e na bondade. A perseverança tem que atingir todos os setores da nossa vida: É um pai de família que precisa de perseverança para sustentar o seu lar, para proteger a sua família e para mante-se fiel a sua esposa; É uma mãe que precisa de perseverança para educar o seu filho na palavra de Deus, para guarda-los da influência perversa e maligna deste mundo e para cuidar de seus afazeres domésticos. É um jovem que precisa de perseverança para concluir os seus estudos, para cursar a faculdade, para se formar, para arrumar um emprego, para se casar e construir um lar. É um idoso que precisa de perseverança para vencer os traços da sua velhice, para vencer o preconceito desse mundo e para mante-se lúcido. É um enfermo que precisa de perseverança para suportar a dor, para conviver com suas deficiências e para nutrir o seu coração com boas perspectivas de vida. É um crente que precisa de perseverança para aguardar com paciência a vinda de Jesus Cristo, enquanto ele se debate com as intempéries desta vida. Precisamos de perseverança! Certa vez Jeremias disse ao Senhor: „Senhor, eu não suporto mais! O meu ministério profético é muito pesado; eu vou desistir, eu vou para por aqui mesmo‟. O Senhor disse a Jeremias: „Se tú não aguentas correr com aqueles que vão a pé, o que será de ti se correres contra aqueles que vão a cavalo‟. Mas irmãos como a perseverança é produzida em nós? Como a perseverança é produzida em nós? Em Romanos 15.5, a Bíblia diz que Deus nos dá perseverança. Mas o modo como Deus nos dá perseverança é de um modo especial? Você não encontra perseverança no fruto do Espírito. Você não encontra perseverança nos dons espirituais. Deus não chama um anjo: „Grabriel! Vai e derrama perseverança sobre aquele meu filho‟. Eu nunca vi um profeta profetizar dizendo: „Minha serva e meu servo receba perseverança!‟. Então, como Deus nos dá perseverança? Quantos gostariam de receber perseverança? Então, diga: „Senhor! Me dá perseverança!‟. É aqui que está o problema? Porque só há um meio de nos dá perseverança, está em Romanos 5.3: „... a tribulação produz perseverança‟. Tiago 1.4,5: „a provação da vossa fé produz perseverança‟. Não existe outro caminho,
  • 26. outro meio, de Deus nos dá perseverança, a não ser através da tribulação, da perseguição, da provação. Quando o crente está ajoelhado aos pés de Deus pedindo perseverança, Jesus Cristo olha para seu Pai e diz: „Meu Pai, ele está pedindo perseverança‟. O Pai diz: „Meu Filho, então aperta o parafuso‟. E, Jesus Cristo é muito obediente ao seu Pai. De modo que Ele vai e aperta o parafuso. Mas não se preocupe que ele não vai arrochar tanto a ponta de estuprar. Ele vai até a medida certa. Em outra figura de linguagem, é a prensa que o Senhor usa para extrair de nós a perseverança. Mas, por que temos que perseverar?... Por que temos que perseverar? Entre muitas razões, irei citar quatro: Por causa da oposição de Satanás; por causa das pressões do mundo; por causa da nossa natureza pecaminosa e por causa das pessoas pessimistas e sem fé... Por causa da oposição de Satanás. Irmãos, precisamos perseverar em nossa vida cristã, em nossa caminhada cristã, porque nós temos um adversário que nos faz oposição a fim de fazer-nos desistir de nosso objetivo, nossa meta. Ele tem como objetivo nos desestimular, desmotivar, atrapalhar, para que a gente desista da nossa caminhada. Satanás lançará mão da cilada mais sutil para fazer o cristão desistir da sua fé. O diabo e seus demônios não tem nenhum outro objetivo a não ser esse: „nós vamos fazer tudo para que ele desista!‟. A gente não tem que recuar, ficar amedrontado. Pedro e Tiago disseram: „resisti o diabo na fé‟. Outro motivo de perseverança é por causa da pressão deste mundo que procura minar nossas forças espirituais... Por causa da pressão do mundo. Este mundo engloba os desejos materiais, o fascínio pelo poder, pela fama e pela riqueza, um estilo de vida pecaminosa e a corrupção na política, na igreja e no comércio. Este mundo envolve o espírito anticristão que procura negar a realidade do Reino de Deus; a influência demoníaca que inspira as ações macabras e bestiais dos homens. Mas, por outro lado também, este mundo envolve a perseguição contra o cristão; o anelo de fazer com que o cristão desista da sua caminhada. Este mundo ridiculariza as coisas santas, zomba e escarnece daqueles que procuram viver segundo o padrão divino. Mas João disse: „essa é a vitória que vence o mundo a nossa fé‟. Outro motivo porque temos que ter perseverança é porque temos que lutar contra a nossa natureza caída e depravada. Por causa da nossa natureza pecaminosa. Nossos primeiros pais não foram perseverantes para permanecer na justiça de Deus, de modo que herdamos uma natureza contrária às coisas de Deus. Assim, temos que lutar, se esforçar para que em nossos corações sentirmos o desejo para as coisas celestiais. Então, isso é uma batalha!
  • 27. As Escrituras comparam a vida cristã como alguém que está lutando, em uma arena, contra animais ferozes. E, é isso que a nossa natureza representa: um animal descontrolado, um búfalo desembestado, um bicho indomável e um porco faminto. Temos que ter muita força de vontade, muita força de Deus, muita força do Espírito Santo para colocar um cabresto nessa carne e coloca-la debaixo de nossos pés. Por causa das pessoas pessimistas e sem fé. As pessoas pessimistas e sem fé querem nos fazer desistir. Elas nos dizem: „Isso não vale a pena‟; „isso não vai dá em nada‟; „desista disso!‟; „Isso não é para você‟; „você não tem capacidade‟; „você não tem chamada‟. Temos que tomar a posição de Neemias. Quando a cambada de Tobias e Sambalate chegaram para Neemias e lhe disseram: „Essa muralha que você está levantando não vai dá em nada, qualquer raposinha que passar irá derruba-la. Desce desse muro!‟. Neemias lhes respondeu: „Eu não posso descer, porque estou ocupado na obra de Deus‟. Nós não podemos parar, irmãos! Não podemos desistir! Não pare no caminho! Temos que prosseguir, temos que perseverar. Mas o que nos incentiva a perseverar?... De que a gente pode encher o coração para perseverar? Existem muitas coisas, mas eu quero apenas citar algumas. Quais são os motivos de perseverança? O Deus que prometeu é fiel e não falha; o exemplo máximo e perseverante de Cristo; o testemunho de perseverança dos mártires; a garantia do cumprimento certo das promessas de Deus; o encorajamento das Escrituras proféticas e a vindicação divina em favor dos santos. Temos esses seis motivos para perseverarmos. Primeiramente porque Deus é fiel, e Ele não falha. Se tivéssemos apenas esse motivo já seria suficiente pra gente ir com esse Deus até o final. Debaixo de paulada, de canivete, de pedrada, a gente pode ir até o final porque a corda dele não quebra. As Escrituras comparam a Deus como uma rocha, um baluarte, uma cidade fortificada, uma torre. Essas coisas descrevem a natureza de Deus como uma natureza inabalável, inquebrantável, firme. Deus não recua, não volta atrás; Deus não se dobra e nem se curva. Aquilo que ele falou, ele sustenta; aquilo que ele diz, ele não contradiz. Ele disse para o profeta Jeremias: „eu velo sobre a minha palavra para cumprir‟; ele disse para o profeta Isaías; „a minha palavra não volta atrás e nem vazia‟; ele disse para o profeta Ezequiel: „aquilo que falei, eu cumprirei‟. Que motivo tremendo, irmãos! Para a gente perseverar. Porque as promessas de Deus sobre nós são fiéis, são irrevogáveis. Outro grande motivo que nos incentiva a perseverar é o exemplo de Jesus Cristo. Segundo, o exemplo máximo e perseverante de Cristo. Estou pra ver um homem que perseverou mais do que Jesus Cristo! Na carta aos Hebreus 12, o autor exorta os cristãos a correr com perseverança a corrida que nos
  • 28. está proposta. Ele cita como exemplo, Jesus Cristo. Que suportou a cruz, que suportou as oposições dos pecadores, suportou as injúrias, as calúnias, o falso testemunho, mas não desistiu da cruz. Se Jesus Cristo tivesse sido açoitado pelos judeus teria recebido apenas 40 chicotadas, mas como ele foi açoitado pelos romanos, e os romanos açoitavam sem pena e sem misericórdia, eles açoitavam a pessoa até ficar flagelada. Jesus Cristo ficou flagelado diante daqueles romanos, daqueles soldados perversos, mas ele não desistiu de carregar a cruz. A cruz pesada, não era a cruz dele, tombou e caiu muitas vezes, mas se levantou e prosseguiu na sua missão. Se você não ver exemplo de perseverança nos membros da sua igreja, olhe pra Jesus Cristo. Se você não encontra perseverança no pastor da sua igreja, olhe para Jesus Cristo. Crente nenhum tem motivos e razões para desistir. Pois Jesus Cristo terminou com os pés juntos, e pregados em cravos, mas não desistiu. Talvez você diga: „mas Jesus Cristo era Deus!‟; „Jesus Cristo contava com a plenitude do Espírito Santo, que lhe dava capacidade de resistir tudo‟. Não levando em consideração a sua tese, vamos citar o outro motivo de perseverança: o testemunho dos mártires. Terceiro, o testemunho de perseverança dos mártires. A nossa história eclesiástica está marcada e manchada de sangue de homens e mulheres que perseveraram até o fim. A lista de Hebreus capítulo 11 é uma lista suficiente, mas está incompleta. Os patriarcas, os juízes, os reis piedosos de Israel, os profetas tiveram que perseverar para manter-se fiéis a Deus. Mas não foi só eles. Os apóstolos, os primitivos cristãos, os pais da igreja, os reformadores, os valdences, os anabatistas, os morávios, os menonitas, os metodistas, os puritanos e os pentecostais tiveram também que demonstrar uma grande perseverança para manter a tocha do evangelho acessa. E, se hoje essa chama arde em nossos corações, foi porque esses homens deram sangue e suor. Depois têm crentes que considera o evangelho como coisa banal, despreza as coisas de Deus, mas ele não sabe que está pisado em sangue de mártires. Ele não sabe que essa Bíblia bonitinha que ele lê todos dias, está manchada com o sangue das testemunhas fiéis de Jesus. Poderíamos contar tantas histórias de mártires que suportaram as piores coisas que um ser humano possa sofrer. Mas deixe-me citar apenas um exemplo de Richard Wurmbrand, um pastor da Romênia. Quando a igreja da Romênia estava sendo perseguida pelos comunistas, em sua autobiografia, ele escreve que cristãos sofreram horrores debaixo do domínio dos comunistas. E, uma das torturas que os comunistas infligiam nos cristãos, era que eles cavavam um buraco, depois colocava o cristão dentro desse buraco, deixando apenas a cabeça do lá de fora. Isso em pleno sol quente. Aqueles pobres cristãos ficavam ali dois ou três dias. Seus lábios começava ressecar.
  • 29. E aqueles comunistas do diabo perguntavam: „você está com sede?‟. O irmão sem forças para falar, apenas balançava a cabeça. „Tragam uma colher de sal‟, e empurrava garganta abaixo. „você ainda está com sede, cristão!‟.... „xiiiiiiiiiii‟, urinava na cabeça do cristão. Aqueles irmãos morriam aquele estado deplorável, mas não negavam a sua fé em Jesus Cristo. Eles não negavam porque estavam contemplando o reino celestial e a vida eterna. O encorajamento das Escrituras proféticas é um motivo extremo e poderoso para gente manter a nossa perseverança até o final. Quarto, O encorajamento das Escrituras proféticas. Deus escreveu as Escrituras exatamente para desenvolver em nós a perseverança isso está em Romanos 15.4. Mas não precisamos citar muitos livros, olhe apenas para o livro do Apocalipse. Ele foi escrito para incentivar a perseverança. Não foi escrito apenas para se conhecer as coisas futuras, as despertar naqueles cristãos a perseverança. Isso começa no capítulo 1 de Apocalipse, quando você se depara com um velhinho de quase cem anos de idade, foi exiliado na ilha de Patmos para serviços forçados. Mas você não o ver reclamando, murmurando da vida. Ele disse com muito orgulho: „Eu estou aqui por causa da palavra de Deus e do testemunho de Jesus‟. Jesus Cristo aparece a João na ilha de Patmos e lhe diz: „João, não temas! Eu sou o primeiro e o último. Eu estive vivo, mas morri, mas eis aqui estou vivo para todo sempre. E, tenho autoridade sobre a morte e a sepultura‟. Nos capítulos 2 e 3 de Apocalipse, a mensagem para as igrejas é para perseverar. Éfeso – Não abandone o seu primeiro amor!; Esmirna – Seja fiel até a morte!; Pérgamo – Não renuncie a sua fé! Tiatira – Faça a minha vontade até o fim!; Sardes – Não contamine a sua veste!; Filadelfia – Guarda o que você tem!; Laodicéia – Seja um crente quente!. Nos capítulos 4 e 5 a glória de Deus se abre diante de nós. Aquilo que antes estava encoberto, agora se abre diante de nós. João entra no Santo dos santos; e o que ele contempla?: Querubins que não cessam de adorar diante do trono de Deus, noite e dia, dizendo: „Santo, santo, santo, é o Senhor Deus todo-poderoso, aquele que é, que era e que da vir‟. Não apenas os querubins, mas também os 24 anciãos diziam: „Eis o Cordeiro de Deus, o Leão da Tribo vitorioso‟. E o cântico diz: „Eis o Cordeiro de Deus que vive, porque morreu, mas venceu‟. No capítulo 6, contemplamos a gloriosa visão dos mártires debaixo do altar que preferiram morrer do que negar a sua fé. Eu fico indignado, eu fico pé da vida, quando homens renomados, teólogos bem conceituados, dizem: „Esses mártires aqui é desviados‟. É sempre assim, irmãos. Quando você padece, sofre, está debaixo de dificuldades, é porque a pessoa não tem fé, está em pecado... é sempre assim.
  • 30. E, a igreja moderna em seus berços esplendidos chama os mártires de desviados, mas eles não são desviados, não! Eles são servos e nossos irmãos. No capítulo 7, nós vermos a entrada triunfal da igreja no tabernáculo eterno. Enfrentou as piores perseguições, mas não deixou as suas vestes ficarem manchadas. Nos capítulos 8 e 9, as pragas de Deus caiem sobre o mundo ímpio por causa da igreja, pois isso foi decorrente das orações perseverantes do crente. No capítulo 10, Deus estrala o seu dedo e diz: „Não haverá mais demora!‟. Ei crente, acorda! Não haverá mais demora! Aguenta mais um pouquinho porque o que há de vir, virá e não tardará. No capítulo 11, nos é contada uma história numa visão profética, em linguagem simbólica, de duas testemunhas que estão marcadas e destinadas ao massacre, mas elas não desistem. Sabe por que? Porque elas creem naquele que ressuscita os mortos. No capítulo 12, é retirada a mascara de Satanás, ele se revela como um grande e terrível dragão, raivento, sanguinolento, promotor de mortes, mas o povo de Deus é representado como uma simples mulher com seu filho, que enfrenta o dragão; que enfrenta a serpente; que enfrenta o diabo, mas permanece fiel ao testemunho de Jesus. No capítulo 13, é de arrepiar, duas bestas animalescas que explora, que impõe, que subjuga, que persegue, mas os cristãos continuam perseverando. No capítulo 14, vermos os judeus salvos. Quando falamos em judeus, nos lembramos logo do holocausto nazista, mas nós não vermos os nazistas ali, nem Hitler e nem a sua cambada, nós vermos os judeus glorificados. Eles se tornaram as primícias isso significa que a colheita restante está garantida. E, se nós fazemos parte dessa colheita restante, a nossa salvação está garantida. Porque a Escritura diz que se a primícias é santa, todo o resto da colheita também é santa. No capítulos 15 e 16, em meio as derramadas das pragas, Jesus Cristo abre o parênteses para dizer para a sua Igreja:„Eis que venho como ladrão. Bem-aventura aquele que guarda as suas vestes, para que não ande nu‟. O quinto motivo para o cristão perseverar até o fim é por causa da vindicação divina em favor dos santos. Irmãos, aquilo que o crente sofre, o santo sofre, não ficará impune. Deus não deixará passar batido, não deixará passar em branco, mas aquilo que nós sofremos, Deus vai restituir na cabeça do ímpio, do perverso, do perseguidor, aquilo que ele faz ao crente. Diz Paulo, „é justo da parte de Deus atribuir tribulação aquele que vos causa tribulação‟. Então, Deus vai vingar aqueles que nos persegue. Isso é motivo de grande perseverança. Não precisa a gente tomar a justiça no pulso, porque Deus é vingador de todas as coisas.
  • 31. Apocalipse 13.10; 14.12 diz: „Aqui está a perseverança e a fidelidade dos santos...‟ aqui a onde? No fato de Deus ferir aqueles que nos fere; de Deus esbofetear aqueles que estão nos esbofeteando. Mas será que os crentes hoje sofrem perseguição ou está do mundo em sombra e água fresca? Alguns dizem que a perseguição era para os apóstolos, „eu, eu não, estou debaixo da graça, e não debaixo da lei‟. Um certo crente me disse: „Se eu for ser perseguido, então eu vou me desviar, eu vou beber cachaça, eu vou fumar, eu vou pras festas, porque esse negócio não é pra mim‟. Esse irmão enfrentou uma situação tão grande que só Jesus pra segurar ele. Será que os crentes hoje são perseguidos? Jornal Mensageiro da Paz, jornal oficial das Assembleias de Deus, fundado em 1950 pelo missionário Gunnar Vingren, pioneiro da Assembleia de Deus. O que esse jornal, deste ano (2009), diz nas páginas 14 e 15: „Perseguição aos cristãos é maior hoje do que no tempo da igreja primitiva... dados mostram que cristãos são mais perseguidos. 65 por cento dos seus mártires são do século 20 e 150 mil cristãos morrem por sua fé todo ano‟. Essa Terra está bebendo todo ano o sangue de 150 mil crentes! Deus não suporta mais! Não existe uma coisa que causa mais fúria em Deus do que o justo sendo torturado nas mãos dos homens ímpios e perversos. Diz o jornal „70 milhões de cristãos foram assassinados por causa da sua fé até o ano 2000‟. Desde que a igreja primitiva foi fundada até o ano 2 mil „70 milhões de cristãos‟ foram mortos por causa da sua fé. Destes „31 milhões morreram pelas mãos dos ateístas, 9 milhões morreram pelas mãos dos mulçumanos, 5 milhões morreram pelas mãos dos católicos, 1 milhão e 600 mil morreram pelas mãos dos budistas... 4 milhões e 700 mil morreram pelas mãos de adeptos de diversas religiões‟. Então, irmãos, a perseguição contra os cristãos continua em pleno século 20, o século da democracia, o século da descoberta da informática, das grandes tecnologias, das grandes descobertas científicas e arqueológicas; do século do iluminismo, do brilhantismo, do fascinante, das viagens extra-terrestre, planetária. Em pleno século 21, os cristãos estão sofrendo as piores torturas que se possa imaginar. Temos que perseverar! Mas, quais são as bênçãos da perseverança? Eu quero citar apenas uma bênção dentre tantas! A perseverança nos protege do esfriamento espiritual. „Por se multiplicar as iniquidades, o amor de muitos esfriará. Mas aquele que perseverar até o fim será salvo‟. Até o fim da tua tribulação, até o fim da tua angústia, até o fim deste mundo, até o fim da sua vida. Não é até o começo, não é até o meio, mas é até o fim. Qual é o perigo do esfriamento? É você ficar pra trás. Não devemos fazer como a mulher de Ló: olhar para trás. É a gente bater na porta e dizer: „Senhor, abre-nos a porta!‟. E ouvir aquela palavra: „Eu não vos conheço! Apartai-vos de mim‟. Esse é o grande perigo do esfriamento espiritual.
  • 32. Vale a pena perseverar até o final. Não se deixar ser congelado com o esfriamento espiritual. Transpire se necessário for, mas não desista. Como Jó, que transpirou, que ofegou, que rolou na cinza, que se coçou com telha, mas disse: „Bendito seja o nome do Senhor!‟. Palestra Ministrada na Congregação da Assembleia de Deus-Codó em 31 de Maio de 2009 Sobre A Importância da Santa Ceia do Senhor Todo estudo para ser bem eficiente precisa da parte prática, a aplicação. Porque o ensino bíblico, doutrinário e teológico só terá algum valor para nós, se aplicarmos em nossa vida. Iremos dividir a nossa palestra em três tópicos: primeiro tópico, o que é a santa ceia, o segundo, os elementos da santa ceia e o terceiro, lições doutrinárias da santa ceia. O Que é a Santa Ceia? Santa ceia não é apenas um ato que a igreja celebra, mas é uma doutrina bíblica. No decorrer da história da igreja, a doutrina da santa ceia tem sido uma das doutrinas mais polêmicas, e mais causadora de discórdias entre as diversas denominações cristãs. Não só as polêmicas causadas pela Igreja Católica... pelo qual foi um dos motivos que levou o rompimento. A interpretação que a Igreja Católica dava a doutrina da ceia, que eles chamam de eucaristia, foi uma das que levaram ao rompimento. Mas não só entre cristãos católicos e cristãos protestantes houve essas questões polêmicas, mas também, entre os próprios protestantes. Os próprios reformadores tiveram questões que os levaram a se dividirem. Inclusive logo no inicio da Reforma os protestantes quiseram se unir. O protestantismo estava dividido em várias bandeiras. Havia os luteranos, os calvinistas, os anabatistas, os menonitas e outros ramos. Então os irmãos sentiram a necessidade de reunir o protestantismo. E, assim em uma conferência conseguiram reunir Martinho Lutero e outro reformador chamado Ulrico Zuínglio para que eles pudessem entrar em acordo sobre as doutrinas principais para que o protestantismo pudesse segui uma linha só. Diz a história que eles dois concordaram em todas as doutrinas, mas se dividiram em uma só. E, qual foi? A definição que eles tinham da santa ceia. Então, a interpretação que os irmãos davam a doutrina da santa ceia foi o motivo que levou a permanecer esses rachas no protestantismo. Por isso que nós a consideramos como uma doutrina de sumo importância para a igreja; porque é a doutrina que vem sendo polemizada ao longo dos séculos. A igreja tem duas ordenanças: o batismo e a santa ceia. O batismo é um ato cerimonial que faz com o cristão entre em aliança com Deus. E, a participação na ceia é a renovação da aliança; uma confirmação da aliança. O batismo é um só. O cristão tem que ser batizado apenas uma única vez. A
  • 33. não ser que ele receba uma forma de batismo que seja contrário a forma verdadeira do batismo. Por exemplo, os batistas começaram a rebatizar os irmãos, porque eles entendiam que a forma como os irmãos foram batizados estava errado. A Igreja Católica começou a batizar as pessoas por aspersão, apenas molhando a cabeça da pessoa. E, quando Martinho Lutero e Calvino romperam com a Igreja Católica, eles realizaram muitas mudanças, mas algumas práticas deixaram intactas. E uma delas foi a forma do batismo por aspersão, que tantos luteranos como presbiterianos praticam até hoje. A Assembleia de Deus que herdou a herança dos batistas, pois foi fundada pelos batistas, desde o principio vem adotando a forma de batismo por imersão, que é mergulhar o corpo todo na água. Os irmãos unitaristas também rebatizam. Porque já que os cristãos são batizados na fórmula trinitarista „em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo‟, e os unitaristas consideram a doutrina da Trindade uma doutrina satânica. Por isso ensinam que o batismo tem que se apenas „em nome de Jesus‟. Então quem adere ao unitarismo são rebatizados. Porém, deixando de lado essas exceções, afirmamos que o batismo é apenas um e nós o efetuamos uma única vez. Contudo, a ceia é repetitiva. Toda semana a igreja primitiva celebrava a ceia. Nós uma vez por mês. Algumas igrejas, uma vez por ano. Mas é exatamente na ceia que nós renovamos o nosso batismo. É na ceia que nós confirmamos o que aconteceu conosco no batismo. No batismo nós fomos mortos, sepultados e ressuscitados com Jesus. É exatamente na ceia que nós, não só celebramos a morte de Cristo, mas também celebramos a nossa morte em Cristo. Será que por causa disso existe algo de especial na água do batismo? Não há na água do batismo nenhuma virtude que possa conferir algum beneficio espiritual ao candidato ao batismo. Muito embora, algumas igrejas conferem às águas batismais o poder de lavar o pecado. Como por exemplo, as igrejas que defendem que o batismo tem que ser em águas correntes. Porque são as águas que levam o pecado. Parece-me que a Igreja Deus é Amor defende esse ponto de vista, pois ela é contra o batismo em tanque. Por isso que eles rebatizam pessoas que são batizadas em tanque. Até um tempo desse, eles rebatizavam, não sei agora. Contudo, a água não tem nenhum poder para nos libertar de qualquer tipo de pecado. Dizem que a Igreja Universal batiza a pessoa até a pessoa se libertar. O batismo é um ato simbólico. Há um simbolismo muito importante, que nós temos considerar, e não podemos ignorar, tanto no batismo como na ceia. Por causa da nossa falta de discernimento em relação a essas ordenanças, isso pode nos levar à condenação. Temos que entender o significado das ordenanças. Tem pessoa que diz: „tanto faz como tanto vez se eu for batizado, pois o batismo é dos homens‟. Não podemos ter essa mentalidade. Só será
  • 34. salvo quem for batizado? Não! Alguém diz logo: „Olha, o ladrão da cruz!‟. Mas se a pessoa não se batizar nas águas por causa desses conceitos que afirmam que o batismo não tem valor nenhum. Essa pessoa está se privando da salvação. Porque muito embora o batismo não salve, a pessoa tem que se submeter ao batismo como um símbolo da sua salvação em Cristo. Na igreja primitiva pairava a seguinte mentalidade: a partir do batismo a pessoa iniciava seu compromisso com Cristo. Então, quando Paulo exortava os irmãos, não dizia: „vocês tem que deixar o pecado para serem batizados‟. Ele ensinava assim: „vocês tem que deixar o pecado porque vocês se batizaram‟. Primeiramente, o cristão tem que entrar em compromisso com Cristo no batismo para a partir daí ele ter uma renovação. Mas por causa disso muitas deficiências começaram a surgir, e muitas pessoas foram batizadas sem terem compromisso real com Deus. Por exemplo, Filipe batizou o mágico Simão, mas nele não se efetuou uma verdadeira conversão, que mais tarde causou muitos problemas na igreja. Para corrigir essas deficiências, a igreja começou a praticar o que se chama de catecismo, que é o discipulado. Mas qual é a definição da ceia? A santa ceia é uma ordenança da igreja, instituída por Jesus na noite em que ele foi traído. „A ceia do Senhor é conhecida pelos evangélicos como uma ordenança por constituísse uma ordem dada por Jesus Cristo aos santos apóstolos. Os católicos romanos e certas alas do protestantismo costumam denomina-la de sacramento‟. O que é um sacramento? Segundo a Igreja Católica são símbolos sagrados que confere benefícios espirituais às pessoas que se submete a eles. A Igreja Católica estabeleceu sete sacramentos. As pessoas só se salvarão se passarem por esses sete sacramentos. Martinho Lutero veio e derrubou cinco e estabeleceu dois sacramentos. Ele considera o batismo nas águas e a santa ceia como dois sacramentos. Em alguns livros teológicos da Assembleia de Deus também encontramos esse termo chamando a ceia e o batismo de sacramentos. Eu também já ouvi alguns pastores se referido a essas duas ordenanças como sacramentos. Então, como coisas sagradas, pois o termo „sacramento‟ significa literalmente isso „coisas sagradas‟, partindo dessa interpretação literal do termo o batismo e a ceia são sacramentos. Mas partindo da posição da Igreja Católica que defende que sacramento é o meio que transmite graça espiritual ao crente, a Igreja Assembleia de Deus e os evangélicos não concordam com esse ponto doutrinário de que o batismo e a ceia confira ao crente algum meio de salvação. Não existe nada na ceia que o crente ao participar receba algum meio da sua salvação. A Igreja Cristã não é uma religião ritual. Ela não pratica em sua liturgia o ritualismo. Mas a Igreja Católica com sua crença nos sacramentos se torna uma religião ritual, igual o Judaísmo.
  • 35. O que é uma religião ritual? É uma religião que ensina que não importa o estado do coração, mas em praticar os atos ritualísticos. O comer do pão da ceia não se refere ao comer do pão ou da carne de Jesus que dá vida eterna em João 6. Por que? Desse modo seria fácil, pois todas as pessoas que comerem o pão e beberem o vinho iriam exigir de Jesus a salvação. Aí não importa se a pessoa tem compromisso com Deus, se é renascido, santificado, regenerado, o que importa é comer do pão e beber do vinho e está garantindo a salvação dele. Então, a Igreja Católica não quer saber se o católico se droga, se prostituí, ela quer saber se ele está ali para participar da hóstia, e assim estará recebendo um meio para se salvar. Não importa se o católico passe três dias de carnaval liberando geral, contanto, que na quarta-feira ele recebe a cinza. É essa a definição que a Igreja Católica dá a Eucaristia, quando o sacerdote está celebrando a eucaristia está realizando um sacrifício, o mesmo sacrifício que o sacerdote judaico celebrava. O sacerdote judaico literalmente sacrificava uma ovelha. Todo aquele ritual era carnal e humano. No Catolicismo literalmente comer da hóstia é comer da carne e beber do sangue de Jesus, pois, se a hóstia se transforma na carne de Jesus, ela já contém o sangue, por isso que não há necessidade do católico participar do vinho. Essas práticas católicas dava repugnância aos reformadores. Os padres apresentava a hóstia se transformava em Jesus, e quando rasgava a hóstia estava sacrificando Jesus. Eles estavam realizando um sacrifício, e não era simbólica, era literal mesmo. Jesus Cristo estava sendo literalmente sacrificado pelo sacerdote católico. Essa é chamada de doutrina da transubstanciação. A substância do pão e do vinho sendo transformado na substância do corpo e do sangue de Jesus Cristo. Diz que o padre Cícero fez um milagre quando uma mulher foi mastigar a hóstia saiu sangue, porém, aquela mulher sofria de tuberculose. O padre Cícero sabia, mas ele usava aquela beata como meio para propagar o milagre. O protestantismo começou a combater essa doutrina católica, que até hoje ela a mantém e não abre mão. Contudo, os reformadores não se diferenciaram muito. Essa foi a razão por Zuínglio não apertou a mão de Lutero. Porque Lutero muito embora não acreditasse que o pão e o vinho se transformasse literalmente no corpo e no sangue de Jesus Cristo, mas defendia que Cristo passava a habitar espiritualmente no pão e no vinho. O pão permanecia pão, mas agora com um novo ingrediente Cristo. A partir da consagração do sacerdote não era mais o simples pão, mas também não era totalmente o corpo, agora era o pão e o corpo em uma só substância. Doutrina chamada de consubstanciação. Enquanto a Igreja Católica defende a transubs-tanciação, os luteranos defendem a consubstanciação. Diz que quando Lutero estava
  • 36. celebrando a ceia, um pouco do vinho caiu no chão, ele se prostrou e disse: „o sangue de Jesus‟ e lambeou o vinho que estava no chão. Lutero tinha essa visão, mas os batistas e menonitas rejeitavam totalmente isso, eles ensinavam: „o pão é o pão, o vinho é o vinho, depois da oração, o pão continua sendo pão e o vinho continua sendo vinho. É apenas um símbolo‟. Vamos agora ver os elementos da santa ceia... Quais são os elementos da santa ceia? O pão e o vinho. „Quando o pão é partido na celebração da ceia vem-nos a memória o sacrifício vicário de Cristo através do qual ele entregou a sua vida em resgate da humanidade caída e escravizada pelo diabo‟. Na verdade Cristo não está sendo sacrificado nem partido, mas o ato está simbolizando um acontecimento que ocorreu na história que Cristo foi de fato partido na cruz. Esse partido é o seu sofrimento, é a sua carne sendo dilacerada, chicoteada, esbofeteada e transpassada. Isso é simbolizado no partir do pão. Muito embora o cristão não tenha como literal e nem que naquele momento ali esteja acontecendo uma repetição do sacrifício de Jesus, mas ele tem que ter a consciência de que aquele ato está simbolizando um acontecimento de suma importância para a Igreja, que é o sacrifício do Filho de Deus. Concordo com um escritor que disse em nosso quinto livro „Liturgia e Ética Pastoral‟ estudado em janeiro de 2009 em nosso Seminário, na pág. 68: „o pão deve ser sem levedura‟, quer dizer, sem fermento. Era muito bom que em nossas igrejas celebrasse a ceia com pão sem fermento. Porque o fermento simboliza o pecado. Assim como o fermento altera a substância da massa, o pecado altera nosso comportamento. Por causa dessa associação, Deus considerou o fermento como símbolo de tudo o que é ruim, tanto de pecado como de doutrina falsa. O pão sem fermento fortalece a simbologia, não é usado como ritual. Cristo é simbolizado pelo pão sem fermento. Contudo, não iremos dizer que o pão com fermento esteja quebrando o simbolismo, pois, não está dito nas Escrituras que o pão da ceia deve ser sem fermento. Porém, iria fortalecer o simbolismo. Pão sem fermento representando o corpo de Cristo puro e sem a mancha do pecado. Assim como o vinho da ceia é sem fermentação, pois bebemos apenas o suco da uva, que é a primeira extração, considerado o liquido puro da uva, não passou pelo processo de fermentação, assim também o pão não deveria passar por esse processo de fermentação. Outra coisa que Paulo defende e que talvez para nós fosse inadequado, está em 1ª Coríntios 10.16,17: „Porventura o cálice de benção que abençoamos não é comunhão do sangue de Cristo? O pão que partimos não é, porventura, a comunhão do corpo de Cristo? Porque nós sendo muitos somos um só pão e um só corpo. Porque todos participamos do mesmo pão‟.
  • 37. Então o pão nesse texto representa o corpo de Cristo, e o corpo de Cristo é a Igreja. De modo que a ceia ensina a unidade dos membros da igreja. Ao participar todos do mesmo pão significa que todos nós somos um só. E para fortalecer esse simbolismo, a igreja primitiva utilizava-se de um só pão na ceia. Naquela época eles celebravam a ceia em casas pequenas, não tinha essas grandes reuniões que a gente tem, de modo que se tornava fácil. Hoje é difícil! Tantas catedrais das Assembleias de Deus, veja aqui o nosso templo. É difícil fazer um só pão. Já imaginou que tamanho seria esse pão. A nossa ceia foge um pouco do simbolismo porque não podemos simbolizar o corpo sem pecado pois está ali um pão com fermento, não podemos simbolizar a unidade do corpo de Cristo porque está ali dois, três pães para ser partidos. Mas, em espírito e baseado na palavra de Deus é esse o sentido que temos de ter no coração: a pureza, pois todos quantos participam tem que estarem purificados. Porque não adianta também, irmãos, a gente ter pão sem levedura, se o fermento está em nós, o desmantelo, o erro e o pecado está em nós. É muito melhor a gente fraquejar no símbolo do que fraquejar na realidade. Se o fermento realmente não está em nós e participamos da ceia com pão com fermento, isso não vai levar a Deus a desconsiderar o ato. Porque senão ele iria considerar a religião cristã como a religião ritual. Porém, ele não ritualiza porque essas coisas tem valor. No Cristianismo cai por terra todo tipo e modo de ritual. De modo que quando Deus vai nos julgar na ceia, ele não vai olhar se o nosso pão está com fermento ou sem fermento, mas se nós estamos com fermento ou sem fermento. De modo semelhante também, não adianta temos um só pão, que vai do púlpito até a porta, para simbolizar a unidade se estamos divididos, em contendas, em desunião. Não terá valor nenhum. É muito melhor nossos pães estarem todos partidos e nós unidos. Então a pureza e a unidade não podem faltar na ceia do Senhor. Na igreja de Corinto, os irmãos estavam banalizando a ceia do Senhor. Eles não estavam tendo o discernimento em relação aquele ato cristão. A igreja primitiva adotou um costume de antes de iniciar celebração do pão e do vinho, fazia uma festa, chamada de ágape, a festa do amor. Enquanto, os irmãos vinham chegando havia aquela confraternização, os irmãos conversando, um banquete, comiam pão, bebiam vinho. E, depois é que eles celebravam a ceia. Separavam o pão e o vinho e celebravam a ceia. Mas isso estava causando um problema na igreja de Corinto. Porque era uma igreja pobre, mas também havia pessoas ricas. Os pobres não tinham condições de trazer pão e vinho para a festa, só quem trazia era os irmãos ricos. E, aqueles irmãos ricos não davam para os pobres. Somente eles comiam e bebiam. Por isso Paulo disse: „enquanto uns passam fome, outros se embriagam‟. Estava havendo impureza em Corinto que era embriaguez e glutonaria e havendo desunião.
  • 38. As verdadeiras virtudes para se agregarem na ceia não estava havendo, que era a pureza e a harmonia. Paulo sentiu a necessidade de trazer esse conhecimento aos irmãos de que a ceia é um ato em que tem que haver intenções puras e unidade entre os membros, que são membros do corpo de Cristo. É correto consagrar o pão e o vinho na ceia? Depende dessa palavra „consagração‟. Se usarmos o termo „consagração‟ como algo que vai transformar o pão em algo especial que transmite algum meio de graça para nós, o termo está sendo usado de modo errado. Mas se for apenas no sentido de que o pão está sendo separado para simbolizar o corpo de Cristo, então a palavra está sendo usada adequadamente. As nossas igrejas defende a consagração do pão, mas o Pb. Mário, muito embora ele não ensine isso na igreja para não contradizer o costume dos irmãos, mas ele diz que é errado esse tipo de oração que consagra o pão. Que na verdade deve abençoar o pão, como Paulo diz „o pão que nós abençoamos‟. Ele defende isso que o pão deve ser abençoado, dar graças pelo pão. Irmãos, a crença de participar de refeições no templo era costume de muitas religiões, e também do judaísmo, de comer coisas santas. Tinha determinadas partes dos sacríficos que apenas os sacerdotes podiam comer. Ninguém mais podia comer, se alguém que não fosse sacerdote comesse era eliminado do povo de Israel. Muitas religiões orientais em volta de Israel acreditavam que se alguém comesse as refeições consagradas a um deus era como estivesse absolvendo as virtudes daquele deus. Crenças semelhantes dos antropófagos que comiam corpos humanos acreditando que a virtude que havia naquela pessoa era transmitida para eles. E, a parte que eles mais comiam era o cérebro. Porque a inteligência que aquela pessoa possuía iria ser transferida para ele. É daí que vêm também essas questões e essas crenças de que comer algo que represente o seu deus é como se você estivesse recebendo as virtudes daquele deus. Então, é nisso que as igrejas evangélicas não acreditam! Como se o crente estivesse literalmente comendo a carne e o sangue de Cristo e recebendo as virtudes dele. Isso não acontece no ato da ceia. Por isso que para os crentes as carnes sacrificadas aos ídolos não representa nada. No mercado eles compram do que está posto, sem perguntar se aquelas carnes foram consagradas aos deuses. Pois pela oração e pela palavra os alimentos são santificados. Há muitas superstições acerca da ceia do Senhor e, também, acerca do batismo nas águas. Por exemplo, o Pb. Luciano conta uma história que após seu batismo um certo irmão, que foi batizado junto com ele, estava triste num canto, então o Pb. Luciano perguntou o que estava acontecendo. Aquele irmão disse que tinha contraído o pecado pra dentro de si novamente, pois no ato do batismo engoliu um pouco de água do tanque batismal. Pois dentro da água foram sepultados os pecados dos outros, mas que agora ele tinha mais pecados do que os outros que foram batizados.