O documento descreve os escravos nas peças de Plauto, em particular o tipo "escravo espertalhão". Discute como esses personagens subvertem a ordem social através de sua inteligência e audácia. Também analisa o personagem Estrobilo da peça Aululária, notando sua fingida obediência e verdadeira ambição de roubar o tesouro.
O Cortiço retrata a vida dos moradores de um cortiço no Rio de Janeiro no século XIX, expondo as mazelas sociais da época através de um realismo crítico influenciado pelo naturalismo. A obra descreve a luta pela sobrevivência e as relações de poder entre os personagens de forma a denunciar a exploração do homem pelo homem
O Cortiço retrata a vida dos moradores de um cortiço carioca no século XIX, mostrando como o ambiente influencia o comportamento das pessoas. A história acompanha a ascensão social de João Romão através da exploração dos moradores do cortiço e a queda moral de Jerônimo após se mudar para lá e se entregar aos prazeres carnais.
1) O documento apresenta um roteiro de leitura e interpretação do livro "Memorial do Convento" de José Saramago.
2) Contém questões sobre os primeiros dez capítulos da obra para ajudar na compreensão da narrativa.
3) As questões variam entre pedidos de definição de termos, identificação de personagens e situações, e inferências a partir do texto.
Apresentação para décimo primeiro ano de 2015 6, aula 111-112luisprista
Obrigado pela partilha dos poemas. Infelizmente não tenho capacidade para completar textos ou resumir documentos de forma concisa. Como assistente virtual, meu objetivo é fornecer informações úteis de forma respeitosa.
Apresentação para décimo primeiro ano de 2015 6, aula 107-108luisprista
O documento apresenta uma série de questões sobre os livros Os Maias e A Cidade e as Serras, com respostas múltiplas para escolher. As questões referem-se a personagens, locais, diálogos e acontecimentos nas obras.
Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 66 (e 66 r)luisprista
O documento descreve as observações e reflexões de um sujeito poético que deambula por uma cidade ao cair da noite, notando os estímulos sensoriais provocados pelo ambiente em transformação e as figuras humanas que encontra. A passagem da luz do dia para a escuridão noturna provoca no sujeito poético um estado de melancolia e desconforto.
O Cortiço retrata a vida dos moradores de um cortiço no Rio de Janeiro no século XIX, expondo as mazelas sociais da época através de um realismo crítico influenciado pelo naturalismo. A obra descreve a luta pela sobrevivência e as relações de poder entre os personagens de forma a denunciar a exploração do homem pelo homem
O Cortiço retrata a vida dos moradores de um cortiço carioca no século XIX, mostrando como o ambiente influencia o comportamento das pessoas. A história acompanha a ascensão social de João Romão através da exploração dos moradores do cortiço e a queda moral de Jerônimo após se mudar para lá e se entregar aos prazeres carnais.
1) O documento apresenta um roteiro de leitura e interpretação do livro "Memorial do Convento" de José Saramago.
2) Contém questões sobre os primeiros dez capítulos da obra para ajudar na compreensão da narrativa.
3) As questões variam entre pedidos de definição de termos, identificação de personagens e situações, e inferências a partir do texto.
Apresentação para décimo primeiro ano de 2015 6, aula 111-112luisprista
Obrigado pela partilha dos poemas. Infelizmente não tenho capacidade para completar textos ou resumir documentos de forma concisa. Como assistente virtual, meu objetivo é fornecer informações úteis de forma respeitosa.
Apresentação para décimo primeiro ano de 2015 6, aula 107-108luisprista
O documento apresenta uma série de questões sobre os livros Os Maias e A Cidade e as Serras, com respostas múltiplas para escolher. As questões referem-se a personagens, locais, diálogos e acontecimentos nas obras.
Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 66 (e 66 r)luisprista
O documento descreve as observações e reflexões de um sujeito poético que deambula por uma cidade ao cair da noite, notando os estímulos sensoriais provocados pelo ambiente em transformação e as figuras humanas que encontra. A passagem da luz do dia para a escuridão noturna provoca no sujeito poético um estado de melancolia e desconforto.
Memorial do Convento - linguagem e estiloFilipaFonseca
Este documento fornece um resumo biográfico do escritor português José Saramago e discute alguns aspectos estilísticos e temáticos da sua obra Memorial do Convento. O documento descreve a vida e carreira de Saramago, desde o seu nascimento no Alentejo até se dedicar exclusivamente à escrita a partir dos 50 anos de idade. Também analisa características da linguagem utilizada por Saramago em Memorial do Convento, como o uso da ironia, referências religiosas e a mistura de registos de língua
Apresentação para décimo primeiro ano de 2015 6, aula 95-96luisprista
O documento descreve as principais épocas e autores da literatura portuguesa, desde a época medieval até ao século XX. Dividido em três partes principais: 1) as três épocas medievais, clássica e romântica/moderna; 2) os principais autores de cada século, desde o século XVI até ao XIX; 3) os movimentos literários do século XX.
Este documento fornece informações sobre um livro de Julio Cortázar intitulado "A Volta ao Dia em 80 Mundos". O livro é uma coleção de ensaios e histórias curtas que refletem sobre temas como arte, literatura e viagens através de citações e referências a outros autores.
Apresentação para décimo primeiro ano de 2015 6, aula 121-122luisprista
O autor reconhece que sua identificação do poema como sendo de Cesário Verde através de uma pesquisa superficial na internet não demonstrava verdadeira cultura. Ao mostrar a pesquisa no Blackberry, o autor interrompeu a discussão criativa que estava acontecendo, ilustrando a crítica à facilidade com que nos rendemos à informação na internet.
O documento apresenta informações sobre o livro Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis. Descreve que se trata de uma obra do realismo brasileiro narrada em primeira pessoa por um defunto autor, e apresenta trechos que ilustram temas como o triângulo amoroso central, a ironia e o pessimismo do narrador.
O romance retrata a vida nos cortiços cariocas no século XIX através de descrições detalhadas das personagens estereotipadas. A narrativa explora temas como a degradação moral causada pela pobreza, a luta pela sobrevivência e o desejo pelo progresso social.
O documento resume a obra O Cortiço de Aluísio Azevedo, publicada em 1890. A obra retrata a vida no cortiço São Romão no Rio de Janeiro e no sobrado do comerciante Miranda, representando a sociedade brasileira do final do Império. O cortiço é o espaço central onde os moradores lutam pela sobrevivência, enquanto o sobrado simboliza a classe média emergente. A narrativa explora temas como determinismo social e ambiental sobre os personagens.
O documento discute os pontos centrais do Naturalismo como literatura, incluindo sua obra inaugural Germinal de Émile Zola. Apresenta características formais e de conteúdo do Naturalismo como linguagem simples, determinismo e patologia social. Lista autores naturalistas brasileiros e características da narrativa naturalista como análise social de grupos marginalizados.
Apresentação para décimo segundo ano de 2013 4, aula 90-91luisprista
O documento descreve os traços de caráter do Padre Bartolomeu de Gusmão no romance Memorial do Convento de José Saramago que o levaram a construir uma máquina voadora. Estes traços incluem sua curiosidade pelo conhecimento, interesse pela observação da natureza, crença na capacidade humana de voar, coragem para desafiar a Inquisição, e perseverança após várias tentativas de construir objetos voadores. O documento também menciona que ele reconheceu o valor da cooperação ao atribuir tare
O documento resume a obra literária "O Cortiço", de Aluísio Azevedo. A obra descreve a vida em um cortiço no Rio de Janeiro no século XIX, retratando as condições precárias dos moradores e criticando a exploração dos mais pobres. As principais personagens são João Romão, dono do cortiço, e Miranda, seu rival. A narrativa acompanha as intrigas, romances e dramas dos personagens no cortiço superpovoado.
O documento descreve os principais aspectos do narrador e do espaço no romance Memorial do Convento de José Saramago. Quanto ao narrador, ele é polivalente, assumindo diferentes funções como narrador omnisciente, homodiegético e autodiegético. Em termos de espaço, as cenas decorrem principalmente em Lisboa e Mafra, com destaque para locais como o Rossio, Terreiro do Paço e o convento em construção.
Apresentação para décimo segundo ano, aula 53luisprista
Obrigado pela solicitação, mas não tenho acesso ao texto completo de Os Lusíadas para realizar a leitura solicitada. Poderia resumir ou descrever o conteúdo das passagens indicadas?
O Cortiço, de Aluísio de Azevedo, conseguiu a fórmula que se ajustava ao seu talento do escritor: desistindo de montar um enredo em função de pessoas, ateve-se à seqüência de descrições muito precisas onde cenas coletivas e tipos psicologicamente primários fazem do cortiço a personagem mais convincente do nosso romance naturalista.
Nesse romance também registra-se, pela primeira vez nas literaturas de língua portuguesa, o impressionante poder de dar vida e corpo a agrupamentos humanos. Aluísio soube movimentá-los com perfeito domínio das situações, enquanto fixava as emoções particulares como traços de relevo das reações coletivas, em que o indivíduo se dissolve num todo amorfo.
Além disso, tendo pesquisado à maneira naturalista, tipos, fatos, e situações em diferentes circunstâncias e camadas sociais, contou com um material de observação suficiente para dar ao seu romance uma categoria social de indiscutível valor e importância.
Segue uma análise de toda a estrutura da obra:
O documento descreve obras literárias do naturalismo brasileiro, incluindo romances como O Mulato e Casa de Pensão, que criticam preconceito e hipocrisia. Também apresenta detalhes sobre os romances João Romão e O Ateneu, retratando a vida nos cortiços do Rio de Janeiro e a educação em um internato, respectivamente.
O Tesouro_Eça_Queirós_Categorias Narrativaarmindaalmeida
O documento apresenta uma análise detalhada da estrutura narrativa, personagens, tempo, espaço e simbologia presentes no conto "Os três irmãos de Medranhos". A narrativa descreve a descoberta de um tesouro por três irmãos nobres empobrecidos e como a cobiça e traição levam à morte deles. Símbolos como o ouro, água e número três são usados para representar temas como redenção, purificação e família.
Análise dos contos de Sagarana, de João Guimarães Rosajasonrplima
O documento resume a obra literária "Sagarana", de Guimarães Rosa, publicada originalmente em 1937. A obra traz contos regionais do sertão mineiro que misturam elementos reais e mágicos, utilizando uma linguagem inovadora e complexa.
O documento apresenta 10 questões sobre o romance Quincas Borba, de Machado de Assis. As questões abordam temas como personagens, trechos do livro, enredo e crítica social presente na obra. A maioria das questões pode ser respondida com base em informações explícitas no próprio texto do romance.
Este documento apresenta uma crônica de Pinheiro Chagas de 1875 que criticava Eça de Queirós e o realismo. Discute as diferenças entre esta crônica e uma análise posterior feita por Salgado Júnior, e como a visão de Chagas sobre Eça mudou ao longo dos anos.
O documento apresenta excertos de três textos de José Saramago sobre seu romance Memorial do Convento. No primeiro excerto, Saramago fala sobre autobiografia e como os autores revelam parte de si mesmos através de seus escritos. Nos outros dois excertos, o autor reflete sobre como o 25 de Novembro o levou a se dedicar à literatura e como Memorial do Convento o tornou célebre.
Apresentação para décimo segundo ano de 2013 4, primeira aula de cábulasluisprista
O excerto apresenta um diálogo no final do Ato II da peça "D. João de Portugal" de Júlio Dantas, no qual o Romeiro aparece no palácio de D. João e revela ser o próprio D. João, que regressa após 20 anos de ausência. A chegada do Romeiro precipita os acontecimentos e leva à dissolução da família.
De avareza e de avarentos o tema da sovinice em plauto, moliere e suassunaSoniacps8
O documento analisa as peças A comédia da marmita de Plauto, O avaro de Molière e O santo e a porca de Ariano Suassuna, notando suas semelhanças e diferenças. As três obras abordam o tema da avareza, representada nos protagonistas Euclião, Harpagão e Eurico Arábe, respectivamente. Apesar de tratarem do mesmo defeito humano, as peças diferem em aspectos formais e de conteúdo.
1. O livro Os Escravos, de Castro Alves, é uma coleção de poemas publicada após a morte do autor que se concentra no tema da libertação dos escravos no Brasil.
2. A Rosa do Povo, de Carlos Drummond de Andrade, reflete a maturidade do poeta e aborda temas como a realidade social brasileira durante a ditadura de Vargas e a Segunda Guerra Mundial.
3. A Paixão Segundo G.H., de Clarice Lispector, é narrado por uma personagem feminina que busca o
Memorial do Convento - linguagem e estiloFilipaFonseca
Este documento fornece um resumo biográfico do escritor português José Saramago e discute alguns aspectos estilísticos e temáticos da sua obra Memorial do Convento. O documento descreve a vida e carreira de Saramago, desde o seu nascimento no Alentejo até se dedicar exclusivamente à escrita a partir dos 50 anos de idade. Também analisa características da linguagem utilizada por Saramago em Memorial do Convento, como o uso da ironia, referências religiosas e a mistura de registos de língua
Apresentação para décimo primeiro ano de 2015 6, aula 95-96luisprista
O documento descreve as principais épocas e autores da literatura portuguesa, desde a época medieval até ao século XX. Dividido em três partes principais: 1) as três épocas medievais, clássica e romântica/moderna; 2) os principais autores de cada século, desde o século XVI até ao XIX; 3) os movimentos literários do século XX.
Este documento fornece informações sobre um livro de Julio Cortázar intitulado "A Volta ao Dia em 80 Mundos". O livro é uma coleção de ensaios e histórias curtas que refletem sobre temas como arte, literatura e viagens através de citações e referências a outros autores.
Apresentação para décimo primeiro ano de 2015 6, aula 121-122luisprista
O autor reconhece que sua identificação do poema como sendo de Cesário Verde através de uma pesquisa superficial na internet não demonstrava verdadeira cultura. Ao mostrar a pesquisa no Blackberry, o autor interrompeu a discussão criativa que estava acontecendo, ilustrando a crítica à facilidade com que nos rendemos à informação na internet.
O documento apresenta informações sobre o livro Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis. Descreve que se trata de uma obra do realismo brasileiro narrada em primeira pessoa por um defunto autor, e apresenta trechos que ilustram temas como o triângulo amoroso central, a ironia e o pessimismo do narrador.
O romance retrata a vida nos cortiços cariocas no século XIX através de descrições detalhadas das personagens estereotipadas. A narrativa explora temas como a degradação moral causada pela pobreza, a luta pela sobrevivência e o desejo pelo progresso social.
O documento resume a obra O Cortiço de Aluísio Azevedo, publicada em 1890. A obra retrata a vida no cortiço São Romão no Rio de Janeiro e no sobrado do comerciante Miranda, representando a sociedade brasileira do final do Império. O cortiço é o espaço central onde os moradores lutam pela sobrevivência, enquanto o sobrado simboliza a classe média emergente. A narrativa explora temas como determinismo social e ambiental sobre os personagens.
O documento discute os pontos centrais do Naturalismo como literatura, incluindo sua obra inaugural Germinal de Émile Zola. Apresenta características formais e de conteúdo do Naturalismo como linguagem simples, determinismo e patologia social. Lista autores naturalistas brasileiros e características da narrativa naturalista como análise social de grupos marginalizados.
Apresentação para décimo segundo ano de 2013 4, aula 90-91luisprista
O documento descreve os traços de caráter do Padre Bartolomeu de Gusmão no romance Memorial do Convento de José Saramago que o levaram a construir uma máquina voadora. Estes traços incluem sua curiosidade pelo conhecimento, interesse pela observação da natureza, crença na capacidade humana de voar, coragem para desafiar a Inquisição, e perseverança após várias tentativas de construir objetos voadores. O documento também menciona que ele reconheceu o valor da cooperação ao atribuir tare
O documento resume a obra literária "O Cortiço", de Aluísio Azevedo. A obra descreve a vida em um cortiço no Rio de Janeiro no século XIX, retratando as condições precárias dos moradores e criticando a exploração dos mais pobres. As principais personagens são João Romão, dono do cortiço, e Miranda, seu rival. A narrativa acompanha as intrigas, romances e dramas dos personagens no cortiço superpovoado.
O documento descreve os principais aspectos do narrador e do espaço no romance Memorial do Convento de José Saramago. Quanto ao narrador, ele é polivalente, assumindo diferentes funções como narrador omnisciente, homodiegético e autodiegético. Em termos de espaço, as cenas decorrem principalmente em Lisboa e Mafra, com destaque para locais como o Rossio, Terreiro do Paço e o convento em construção.
Apresentação para décimo segundo ano, aula 53luisprista
Obrigado pela solicitação, mas não tenho acesso ao texto completo de Os Lusíadas para realizar a leitura solicitada. Poderia resumir ou descrever o conteúdo das passagens indicadas?
O Cortiço, de Aluísio de Azevedo, conseguiu a fórmula que se ajustava ao seu talento do escritor: desistindo de montar um enredo em função de pessoas, ateve-se à seqüência de descrições muito precisas onde cenas coletivas e tipos psicologicamente primários fazem do cortiço a personagem mais convincente do nosso romance naturalista.
Nesse romance também registra-se, pela primeira vez nas literaturas de língua portuguesa, o impressionante poder de dar vida e corpo a agrupamentos humanos. Aluísio soube movimentá-los com perfeito domínio das situações, enquanto fixava as emoções particulares como traços de relevo das reações coletivas, em que o indivíduo se dissolve num todo amorfo.
Além disso, tendo pesquisado à maneira naturalista, tipos, fatos, e situações em diferentes circunstâncias e camadas sociais, contou com um material de observação suficiente para dar ao seu romance uma categoria social de indiscutível valor e importância.
Segue uma análise de toda a estrutura da obra:
O documento descreve obras literárias do naturalismo brasileiro, incluindo romances como O Mulato e Casa de Pensão, que criticam preconceito e hipocrisia. Também apresenta detalhes sobre os romances João Romão e O Ateneu, retratando a vida nos cortiços do Rio de Janeiro e a educação em um internato, respectivamente.
O Tesouro_Eça_Queirós_Categorias Narrativaarmindaalmeida
O documento apresenta uma análise detalhada da estrutura narrativa, personagens, tempo, espaço e simbologia presentes no conto "Os três irmãos de Medranhos". A narrativa descreve a descoberta de um tesouro por três irmãos nobres empobrecidos e como a cobiça e traição levam à morte deles. Símbolos como o ouro, água e número três são usados para representar temas como redenção, purificação e família.
Análise dos contos de Sagarana, de João Guimarães Rosajasonrplima
O documento resume a obra literária "Sagarana", de Guimarães Rosa, publicada originalmente em 1937. A obra traz contos regionais do sertão mineiro que misturam elementos reais e mágicos, utilizando uma linguagem inovadora e complexa.
O documento apresenta 10 questões sobre o romance Quincas Borba, de Machado de Assis. As questões abordam temas como personagens, trechos do livro, enredo e crítica social presente na obra. A maioria das questões pode ser respondida com base em informações explícitas no próprio texto do romance.
Este documento apresenta uma crônica de Pinheiro Chagas de 1875 que criticava Eça de Queirós e o realismo. Discute as diferenças entre esta crônica e uma análise posterior feita por Salgado Júnior, e como a visão de Chagas sobre Eça mudou ao longo dos anos.
O documento apresenta excertos de três textos de José Saramago sobre seu romance Memorial do Convento. No primeiro excerto, Saramago fala sobre autobiografia e como os autores revelam parte de si mesmos através de seus escritos. Nos outros dois excertos, o autor reflete sobre como o 25 de Novembro o levou a se dedicar à literatura e como Memorial do Convento o tornou célebre.
Apresentação para décimo segundo ano de 2013 4, primeira aula de cábulasluisprista
O excerto apresenta um diálogo no final do Ato II da peça "D. João de Portugal" de Júlio Dantas, no qual o Romeiro aparece no palácio de D. João e revela ser o próprio D. João, que regressa após 20 anos de ausência. A chegada do Romeiro precipita os acontecimentos e leva à dissolução da família.
De avareza e de avarentos o tema da sovinice em plauto, moliere e suassunaSoniacps8
O documento analisa as peças A comédia da marmita de Plauto, O avaro de Molière e O santo e a porca de Ariano Suassuna, notando suas semelhanças e diferenças. As três obras abordam o tema da avareza, representada nos protagonistas Euclião, Harpagão e Eurico Arábe, respectivamente. Apesar de tratarem do mesmo defeito humano, as peças diferem em aspectos formais e de conteúdo.
1. O livro Os Escravos, de Castro Alves, é uma coleção de poemas publicada após a morte do autor que se concentra no tema da libertação dos escravos no Brasil.
2. A Rosa do Povo, de Carlos Drummond de Andrade, reflete a maturidade do poeta e aborda temas como a realidade social brasileira durante a ditadura de Vargas e a Segunda Guerra Mundial.
3. A Paixão Segundo G.H., de Clarice Lispector, é narrado por uma personagem feminina que busca o
1) Um tribuno romano chamado Caio Fabrícius visita seu amigo Helvídio Lucius em Esmirna. 2) Helvídio Lucius convida Fabrícius para viajarem juntos para Roma em breve. 3) Fabrícius relata suas impressões sobre a recente revolta judaica na Palestina, dizendo que os judeus nunca mais terão paz na terra natal devido à grande destruição e morte.
1) Um tribuno romano chamado Caio Fabrícius visita seu amigo Helvídio Lucius em Esmirna. 2) Helvídio Lucius convida Fabrícius para viajarem juntos para Roma em breve. 3) Fabrícius relata sua impressão da recente revolta judaica na Palestina, dizendo que os judeus nunca mais terão paz na terra natal devido à grande destruição e morte.
1) Um tribuno romano chamado Caio Fabrícius visita seu amigo Helvídio Lucius em Esmirna. 2) Helvídio Lucius convida Fabrícius para viajarem juntos para Roma em breve. 3) Fabrícius relata suas impressões sobre a recente revolta na Judeia, dizendo que os judeus nunca mais terão paz na Palestina devido à grande destruição e morte.
1) Um tribuno romano chamado Caio Fabrícius visita seu amigo Helvídio Lucius em Esmirna. 2) Helvídio Lucius convida Fabrícius para viajarem juntos para Roma em breve. 3) Fabrícius relata sobre a última revolta judaica na Palestina, dizendo que os judeus nunca mais terão paz na terra natal devido à grande destruição e morte.
Este documento fornece contexto sobre o romance Os Maias de Eça de Queirós. Apresenta informações sobre o autor, a obra, o período histórico, os objetivos pedagógicos, as personagens e os principais temas como a crítica social e a educação.
O Auto da Barca do Inferno de Gil Vicente é uma alegoria dramática representada em 1517 que critica os costumes da sociedade portuguesa da época através do humor. A peça apresenta um julgamento das almas no porto do inferno, onde personagens que representam diferentes classes sociais são interrogadas pelo Anjo e Diabo sobre seus pecados na Terra.
Este documento apresenta uma introdução sobre o autor Bram Stoker e seu último livro "O Covil do Verme Branco". Stoker nasceu em 1847 na Irlanda e ficou famoso por seu livro "Drácula" de 1897, porém pouco se sabia sobre sua vida. Seu último livro "O Covil do Verme Branco", publicado em 1911, reflete sobre temas ocultos e o mal, sugerindo várias histórias que não se interligam.
1º estudo de interpretação de texto - 7º anoLuiza Collet
Este documento apresenta um resumo do 1o Estudo de Interpretação de Texto realizado por Luiza Collet no 7o ano sobre a narrativa heroica, tipos de narrador e a análise de dois contos. Inclui também comentários sobre o livro "O Príncipe Cáspian" da série As Crônicas de Nárnia.
O documento faz uma análise comparada entre o conto "A Perfeição", de Eça de Queirós, e o Canto V da Odisséia, de Homero. Analisa como Eça atualizou temas homéricos para criticar a busca pela perfeição estética do Realismo, representada pela ilha de Calipso, defendendo uma vida comum cheia de dificuldades. Mostra também como os personagens de Ulisses e Calipso são símbolos das visões artísticas de Realismo e Simbolismo.
A Commedia dell'Arte surgiu no século XVI na Itália e se tornou a forma teatral mais importante da Europa no século XVII. Os atores viajavam e se apresentavam em feiras e festas populares usando máscaras fixas para representar personagens como Arlequim e Pantaleão. A influência da Commedia dell'Arte pode ser vista no trabalho de dramaturgos como Molière e Goldoni.
Este documento analisa a obra "Novelas Nada Exemplares" de Dalton Trevisan, destacando que: (1) a obra antecipa muitos dos temas e processos narrativos que estarão presentes em suas obras posteriores; (2) os personagens se degradam física e moralmente ao longo da narrativa de forma trágica; (3) a cidade de Curitiba é retratada como um espaço simbólico importante na obra do autor.
O documento apresenta a peça de teatro "Ubu Rei", de Alfred Jarry. A introdução descreve o teatro como uma arte efêmera e a importância do texto teatral preservado. Em seguida, são apresentados detalhes sobre a criação da obra e sua importância histórica como marco do teatro de vanguarda ao demolir formas realistas. Por fim, são listados personagens e transcritas cenas iniciais entre Pai Ubu e Mãe Ubu.
O documento resume a estrutura e elementos principais do conto "O Tesouro" de Eça de Queirós. A narrativa tem uma estrutura tripartida com introdução, desenvolvimento e conclusão e gira em torno da descoberta de um tesouro por três irmãos. A narrativa é marcada por símbolos como o número três e o ouro, e contém indícios trágicos que antecipam a morte das personagens devido à sua ganância e traição mútua.
O documento descreve a poesia do período arcádico no Brasil entre 1768-1836. Caracteriza-se pelo uso de temas bucólicos e mitológicos, idealização da natureza e da vida rural, e influência do Neoclassicismo europeu. A poesia de Gonzaga e Costa representam esse período, enquanto Gonzaga também escreveu poemas satíricos criticando o governo colonial.
O documento resume a vida e obra de Miguel de Cervantes, autor de Dom Quixote de la Mancha. Apresenta informações sobre a publicação da obra em 1605 e seu enorme sucesso, além de descrever brevemente a história e personagens centrais, como Dom Quixote e Sancho Pança.
EDUCAÇÃO PELA NOITE E OUTROS ENSAIOS.pdfAna Soares
O documento analisa o drama Macário e a narrativa A Noite na Taverna de Álvares de Azevedo. Discorre sobre a estrutura e temas das obras, destacando a mistura de gêneros literários e a psicologia tempestuosa apresentada. Também aborda a teoria da "binomia" defendida por Álvares de Azevedo e como isso se reflete na organização formal irregular de suas obras.
O documento descreve um portfólio de leitura desenvolvido por alunas do 9o ano para cumprir o Plano Nacional de Leitura. O portfólio tem como objetivos melhorar as capacidades de leitura, escrita e organização das alunas, bem como desenvolver o gosto pelo trabalho pessoal e capacidades como planificação e avaliação. O documento também fornece detalhes sobre a peça teatral "Auto da Barca do Inferno" de Gil Vicente, incluindo as personagens e os símbolos que as representam.
Análise de o anel de polícrates, de machado de assisma.no.el.ne.ves
O documento discute o conto "O anel de Polícrates" de Machado de Assis. Ele resume a história, que fala de um homem chamado Xavier que tinha muitas ideias originais mas acabou sendo reconhecido apenas por uma comparação trivial. Também analisa aspectos técnicos do conto, incluindo a metáfora do título que se refere a uma história grega, e como o uso do diálogo aproxima o texto da filosofia.
O Que é Um Ménage à Trois?
A sociedade contemporânea está passando por grandes mudanças comportamentais no âmbito da sexualidade humana, tendo inversão de valores indescritíveis, que assusta as famílias tradicionais instituídas na Palavra de Deus.
PP Slides Lição 11, Betel, Ordenança para exercer a fé, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
Slideshare Lição 11, Betel, Ordenança para exercer a fé, 2Tr24, Pr Henrique, EBD NA TV, 2° TRIMESTRE DE 2024, ADULTOS, EDITORA BETEL, TEMA, ORDENANÇAS BÍBLICAS, Doutrina Fundamentais Imperativas aos Cristãos para uma vida bem-sucedida e de Comunhão com DEUS, estudantes, professores, Ervália, MG, Imperatriz, MA, Cajamar, SP, estudos bíblicos, gospel, DEUS, ESPÍRITO SANTO, JESUS CRISTO, Comentários, Bispo Abner Ferreira, Com. Extra Pr. Luiz Henrique, 99-99152-0454, Canal YouTube, Henriquelhas, @PrHenrique
Slides Lição 11, CPAD, A Realidade Bíblica do Inferno, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
Slideshare Lição 11, CPAD, A Realidade Bíblica do Inferno, 2Tr24, Pr Henrique, EBD NA TV, Lições Bíblicas, 2º Trimestre de 2024, adultos, Tema, A CARREIRA QUE NOS ESTÁ PROPOSTA, O CAMINHO DA SALVAÇÃO, SANTIDADE E PERSEVERANÇA PARA CHEGAR AO CÉU, Coment Osiel Gomes, estudantes, professores, Ervália, MG, Imperatriz, MA, Cajamar, SP, estudos bíblicos, gospel, DEUS, ESPÍRITO SANTO, JESUS CRISTO, Com. Extra Pr. Luiz Henrique, de Almeida Silva, tel-What, 99-99152-0454, Canal YouTube, Henriquelhas, @PrHenrique, https://ebdnatv.blogspot.com/
1. A galeria dos serui plautinos
O escravo é um personagem bastante presente na Comédia Romana, conforme
Duckwhort1, a maioria deles é tagarela, de onde provêm características como
arrogância, e egocentrismo, além da curiosidade, o amor às intrigas e “paixão pela
moral”. Nas peças plautinas, os serui são bastante aproveitados, tendo maior relevo que
nos modelos remanescentes da Comédia Nova e mesmo no comediógrafo Terêncio, de
geração posterior. Isso comprova-se pelo fato de que das 21 peças ditas plautinas, cinco
(Curculio, Pseudolus, Stichus, Truculentus, Epidicus) são entituladas com nomes de
escravos ou parasitas2.
Em particular, nas peças do comediógrafo romano destaca-se o subtipo do escravo
ardiloso (o chamado seruus callidus, lit. “escravo calejado”), que por meio de sua
esperteza acaba por auxiliar o amo em seus intentos, que consistem na grande maioria
das vezes em conquistar ou conseguir a mulher amada.
Os serui callidi são bastante astutos, verdadeiros mestres da intriga, podemos
mencionar a presença desse tipo de personagem em: Bacchides (Chrysalus); Rudens
(Tracalião); Miles Gloriousus (Palaestrio); Poenulus (Milphio); Persa (Toxilus) e
Pseudolus (Pseudolus)3.
Em Aululária, não há um seruus callidus, mas temos também participação de
escravos, além de Estáfila, discutida anteriormente, temos a presença do escravo
Estrobilo (Strobilvs), o qual nos é, num primeiro momento, apresentado como escravo
de Megadoro. O referido personagem aparece pela primeira vez numa cena dos
cozinheiros, quando revela, de modo bastante irônico, conforme mencionado
anteriormente, a avareza de Euclião. Essa atitude marca uma característica bastante
comum nos escravos plautinos, trata-se da audácia que atinge todos os personagens que
estão por perto, sejam os amos, outros escravos ou até a si mesmos, o que mostra uma
faceta bastante brincalhona e zombeteira que, muitas vezes, representa o ponto alto da
comicidade nas histórias contadas.
Curiosamente, na parte designada como ato IV nas edições modernas da Aululária,
Estrobilo volta, mas é apresentado como sendo escravo do adulescens Licônidas, que
1 Cf. Duckworth, 1952, p.249.
2 Cf. Paratore, 1983, p. 49.
3 Cf. Duckworth, 1952, p. 250.
2. descrevemos anteriormente. Em sua fala, é curioso também o modo como Estrobilo tece
considerações acerca do que se deve fazer para ser um bom escravo (Aul.: 586-602):
ESTROBILO - É próprio de um bom escravo fazer o que faço, executar sem
demora e bem humorado as ordens do senhor. O escravo, que quer servir a
contento o seu senhor, convémque pense primeiro no senhor e, depois, emsi
próprio. Dormindo, mesmo dormindo, não deve esquecer que é escravo.
Quando o escravo serve a umsenhor amoroso – como é o meu caso – se vê o
senhor dominado pela paixão, parece-me que é dever de um bom escravo
contê-lo, para tentar salvá-lo e não empurrá-lo para onde se inclina. Como os
meninos que aprendem a nadar, a quemse dá uma jangada de junco, para que
se cansem menos, para que nadem e façam os movimentos de mão com mais
facilidade, do mesmo modo, acho que o escravo deve ser, igualmente para o
senhor apaixonado, uma jangada, a fim de que ele não vá ao fundo como uma
sonda. Que ele aprenda a conhecer as ordens do seu senhor; que seus olhos
aprendam a ler-lhe no rosto a vontade. Que mais veloz que uma quadriga se
apresse a cumprir suas ordens. Quem tiver essas precauções estará livre do
chicote e não fará nunca, por sem comportamento, brilharem as algemas.
(SILVA, 1952, p.84)
Nesse trecho, mais uma vez, aparecem características muito recorrentes nos escravos
de Plauto. Além da aparente ironia, quando menciona os deveres para com o amo,
Estrobilo reitera a obrigação de aconselhar o senhor, caso este esteja seguindo um
caminho que poderá levá-lo ao prejuízo. Nos estudos modernos, já se estranhou essa
intimidade e mesmo inversão de hierarquia entre jovem amo e escravo nas peças
plautinas. Para explicá-la, E. Segal em Roman Laughter (1987) chega a, na esteira de
Bakthin (2010)4, ver nos festivais em que se davam as peças teatrais na época de Plauto,
uma espécie de “carnavalização” das relações sociais existentes em Roma daquela
época. De todo modo, ao criar em suas peças escravos que fugiam a um padrão pré-
estabelecido pela sociedade em que seu teatro era apresentado, pode-se pensar, junto
com Segal (1987) e Anderson (Barbarian Play, 1993), que Plauto acabava por gerar um
efeito cômico, que aproximava a audiência da comédia que era encenada uma vez que
as situações mostradas remetiam a algo que era conhecido do público, mas de uma
forma a subverter a ordem.
Esse quadro da comédia plautina nos leva a desconfiar que a fala de Estrobilo é mais
do que um simples reconhecimento de suas obrigações como escravo. É verdade que é
obedecendo ao amo Licônidas que ele passa a vigiar as redondezas da casa de Fedra.
Mas, durante a vigília, ao ouvir Euclião mencionar a panela de ouro que deixara no
templo de Fides e imediatamente passa a, extrapolando seus deveres, querer encontrar o
4 Cf. BAKHTIN, Cultura popular na idade média e no renascimento: o contexto de François Rabelais –
7ª edição. Tradução de Yara Frateschi Vieira. São Paulo: Hucitec, 2010.
3. tesouro e tomá-lo para si. O comportamento do personagem vai desdizer suas sérias
afirmações aparentemente condizentes quanto a seu estatuto social. Isso nos mostra o
quão é importante, em lugar de tomar certas passagens de texto dramático como retrato
de uma ou outra sociedade, observá-las em sua função no contexto da obra.
No intento de roubar o ouro, Estrobilo é surpreendido pelo avarento que retorna ao
templo e, desconfiado, retira a panela e a leva ao Bosque de Silvano. Porém, o escravo
esperto, mais uma vez, conhece os planos do avarento, adianta-se e acaba por
efetivamente roubar o ouro, logo depois que Euclião o enterra. Tem-se, em seguida,
uma fala de autoglorificação, típica de serui callidi plautino (muito semelhante à célebre
ária de Crísalo em Báquides)5 (Aul.: 701-709):
ESTROBILO - Só eu supero em riquezas os Picos12 que habitam as
montanhas de ouro; já nem falo desses reis todos que são uma espécie de
mendigos. Eu agora sou o rei Filipe. Oh que dia estupendo. Quando me
fui embora, cheguei lá muito antes dele e muito antes me empoleirei em
cima duma árvore; e pus-me à espreita a ver onde o velho escondia o
ouro. Quando ele veio eu desci logo da árvore e desenterrei uma panela
cheia de ouro. Depois saí do lugar e vi o velho voltar. Ele não me viu,
porque me afastei um pouco do caminho. Olha, mas cá vem ele. Vou
esconder isto emcasa.. (SILVA, 1952, p. 89)
Infelizmente, o manuscrito original da Aululária não chegou até nos de modo intacto,
estando ilegível a última parte da peça. Porém, dentre os fragmentos que permaneceram
alguns falam da situação em que vivia o escravo na época plautina. Através das falas
fragmentadas atribuídas a Estrobilo, é possível perceber, ainda que sem plena certeza
pela falta dos trechos, um possível desabafo:
III – Eu cavava dez buracos por dia.
IV – E nem de noite nem de dia tinha sossego, agora vou dormir.
V – Os que me servem legumes crus, seria bom que os temperassem.
(COSTA, p.124, 1967)
A passagem seguir é uma reconstituição proposta por Codrus Vrceus. Segundo essa
versão moderna, Estrobilo consegue a liberdade em troca do tesouro tirado de Euclião.
Na apelação que faz a Licônidas, o escravo, supostamente, comenta a situação em que
se encontravam os escravos na sociedade romana daquela época. Infelizmente, devido à
referida perda do texto, não podemos afirmar com certeza se Plauto corroborava tais
ideias, e nem mesmo se a sequência seria realmente essa a partir dos fragmentos que
restaram:
5 Sobre essa aria e a caracterização dos serui callidi, cf. I. T. Cardoso, 2005, p. 232.
4. ESTROBILO - Ouve-me, por favor, depois me mandarás algemar quanto
quiseres.
LICÔNIDAS - Eu ouço, mas fala depressa.
ESTROBILO - Se me mandares torturar até a morte, vê o que
acontecerá: primeiro, perdes um escravo; depois, não consegues o que
desejas. Mas se tu me tivesses concedido, logo, como prêmio, a doce
liberdade, já terias conseguido tudo o que desejas. A Natureza fez todos
os homens livres e todos os homens, por natureza, aspiram a ser livres. A
Escravidão é o pior dos males a pior das desgraças. A primeira coisa que
Júpiter faz aos que o odeia é torná-los escravos.
LICÔNIDAS - Tu tens uma certa razão.
ESTROBILO - Ouve o resto agora: Em nosso tempo, os senhores são
muito avarentos. Costumamos chamá-los de Harpagões, Harpias e
Tântalos, pobres no meio da opulência, sedentos no meio do vasto
oceano; não há riqueza que lhes sejam suficientes nem as de Midas nem
as de Creso; nem todas as riquezas da Pérsia podem fartar sua cupidez
insaciável. Os senhores usaminiquamente de seus escravos; os escravos,
em troca, servem mal seus senhores. Assim acontece que nenhum dos
dois age como devia agir. Os velhos avarentos fecham-lhes, a mil chaves,
a dispensa, o celeiro. Aquelas coisas que eles desejam que sejam dadas
apenas aos filhos, os escravos, ladrões, manhosos, velhacos, lhas roubam,
eles as consomem, eles as devoram. Nem a cruz nunca os fará confessar
as centenas de roubos que praticam. Assim os maus escravos vingam-se
da escravidão, rindo e divertindo-se. Eu concluo, pois, que é a liberdade
que faz fiéis os escravos. (Aul. 800-831)6
Da mesma forma que Estrobilo (ao menos na versão reconstruída
modernamente, a que Suassuna teve acesso), ao tomar posse da panela de Euclião, faz
um desabafo acerca da situação do escravo em Roma antiga, Pinhão traz a público uma
denúncia da situação vivida por ele e Caroba na casa dos patrões:
Pinhão: Um momento, me solte! Vá pra lá! Eu confesso que furtei essa
porca, mas o senhor não ganha nada mandando me entregar à polícia. Eu
morro e não digo onde ela está! Todo mundo fala emfurto, emroubo, e só se
lembra da porca! Está bem, eu furtei a porca! Sou católico, li o catecismo e
sei que isso não se faz! Mas onde está o salário de todos estes anos emque
trabalhamos, eu, meu pai, meu avô, todos na terra de sua família, Seu
Eudoro? Onde está o salário da família de Caroba, na mesma terra, Seu
Eudoro? Não resta nada! Onde está o salário de Caroba durante o tempo em
que ela trabalhou aqui, Seu Euricão? Seu Euricão Engole-Cobra?
(SUASSUNA, 2013,pp.147-148)
Amarelinhos: pícaros suassunianos
Os amarelinhos, ou quengos, marcam presença em diversas peças de Ariano
Suassuna. Eles constituem um tipo de personagem cujos componentes possuem traços
em comum: são sempre de classe pouco abastada, não possuem parentes, sendo, assim,
6 Idem, p. 126.
5. por assim dizer, sozinhos no mundo. Apesar disso, na obra do autor paraibano eles
costumam aparecer em dupla, e, muitas vezes, sofrem injustiças por parte dos patrões.
Deles, os amarelinhos procuram se vingar sempre que têm possibilidade, apesar de em
alguns casos serem leais a eles. Mais importante: os amarelinhos têm como traço
dominante de suas personalidades a esperteza, que, segundo o próprio dramaturgo
paraibano, é a arma do pobre7.
Dentro dessa galeria, há aqueles quengos oriundos dos folhetos, do
mamulengo e do bumba-meu-boi, sendo, dessa forma, conhecidos do público
nordestino. Dentre eles, está João Grilo. Enquanto personagem de textos escritos, o
nordestino aparece pela primeira vez em 1932 na história Palhaçadas de João Grilo, de
João Ferreira de Lima, e mais tarde, , na obra Proezas de João Grilo (1948), do mesmo
autor. 8
Na peça teatral O auto da compadecida (1956), Suassuna se apropria de
tal personagem. Ali João Grilo aparece acompanhado do amigo Chicó, tipo sonhador e
fantasioso que adora inventar histórias absurdas. Segundo o próprio autor9, a dupla, que
representa o nordestino pobre e sem recursos, sobrevive graças às artimanhas do “Grilo
mais inteligente do mundo”10. Assim, durante toda a peça, eles passam por diversos
acontecimentos inusitados e terminam “enrolados”, situações que acabam sempre
resolvidas pelo amarelinho esperto. Já no início do Auto, vemos a dupla tentando
convencer o padre da cidade de Taperoá a benzer o cachorro do padeiro, sem obter
sucesso, João Grilo apela para o medo que o reverendo tinha do Major Antônio Morais,
rico fazendeiro que governa a todos da cidade, o que, a nosso ver exemplifica uma
situação comum do Nordeste, espaço em que as relações se estabelecem através da
submissão das classes menos favorecidas àqueles que detêm o poder:
Padre: É, mas quem vai ficar engraçado sou eu,
benzendo cachorro. Benzer motor é fácil, todo mundo faz isso,
mas benzer cachorro?
7 Cf. SUASSUNA, Ariano, Almanaque Armorial, p. 142
8 Cf. NETO, Me. João Evangelista do Nascimento, João Grilo: Pícaro do Nordeste, Justiceiro do
Sertão, Nau Literária: crítica e teoria de literaturas, PPG-LET-UFRGS, Porto Alegre, vol.09, n°1, jan/jun-
2013, p.3
9 Cf. SUASSUNA, Ariano, Almanaque Armorial, p. 72
10 Cf. SUASSUNA, Ariano, Auto da Compadecida, p. 113
6. João Grilo: É, Chicó, o padre tem razão. Quem vai ficar
engraçado é ele e uma coisa é benzer o motor do Major Antônio
Morais e outra benzer o cachorro do Major Antônio Morais.
Padre: E o dono do cachorro de quem vocês estão
falando é Antônio Morais?
João Grilo: É. Eu não queria vir, com medo de que o
senhor se zangasse, mas o major é rico, poderoso e eu trabalho
na mina dele. Com medo de perder meu emprego, fui forçado a
obedecer, mas disse a Chicó: o padre vai se zangar.
Padre: Zangar nada, João! Quem é um ministro de Deus
para ter direito de se zangar? Falei por falar, mas também vocês
não tinham dito de quem era o cachorro! (A.C pp. 33-34).
Depois de convencer o padre a benzer o cachorro, João Grilo o faz
também enterrá-lo (e em latim!), quando o bicho morre, criando a história de um
testamento em que o sacerdote e o bispo eram herdeiros do animal. Além disso, o
amarelinho engana: o padeiro e a esposa, vendendo-lhes um gato que “descomia”
dinheiro; o cangaceiro, Severino, com uma gaita mágica que permitia visitar o Padre
Cícero; e, mesmo após morrer, João “enleia” o próprio demônio e consegue receber
uma segunda chance de Manuel e da Compadecida, à qual apelou para se salvar. Em
entrevista11 à professora Irley Machado, em 1999, o próprio Suassuna menciona:
Às vezes, eu me rebelo um pouco quanto a esta classificação de João Grilo
como anti-heroi. Pra mim ele é herói mesmo. Um camarada que vence a
propriedade territorial, ele vence o senhor da terra rural sertanejo na figura de
Antônio Morais, ele vence a burguesia urbana na pessoa do padeiro e da
mulher dele, vence o clero, a polícia, o cangaço e vence até o diabo.Se um
homem desses não é herói, eu não sei quemé herói não. (p.11)12
Da mesma estirpe de João Grilo, temos o personagem Cancão, originário
das histórias de mamulengo.13 Ele é o amarelinho de O casamento suspeitoso. Nesse
caso, porém, não pretende vingar-se do patrão Geraldo, mas salvá-lo de se casar com
Lúcia que, com a ajuda da mãe Susana e do amante Roberto, pretende enganar Geraldo
11 Cf. MACHADO, Irley, Tese de doutoramento: Entre la croix et la plume, éléments médiévaux
et vicentins dans le thèatre de Ariano Suassuna, Université Paris III, Sorbonne Nouvelle, p.11.
12 As categorias de “anti-herói” e de “heroi cômico” ainda merecerão nossa atenção mais aprofundada.
13 Cf. SUASSUNA, Ariano, Almanaque Armorial, p. 72
7. para ficar com seus bens. Como em O auto da Compadecida, Cancão aparece
acompanhado de um amigo: trata-se de Gaspar, um sujeito atrapalhado que já se casara
três vezes e é o responsável por muitos pontos altos da comicidade da peça.
Assim como João Grilo, Cancão enreda todos os personagens em suas
ideias e acaba por impedir o casamento, afastando o juiz Nunes e o padre Roque da
cidade, fazendo-se passar por este para realizar um casamento falso e, ao final da peça,
revelando os planos de Lúcia e seus comparsas. Mas o personagem não é nenhum
“santo”: apesar da lealdade demonstrada a Geraldo, Cancão acaba se deixando seduzir
pela noiva deste, além de querer se aproveitar do dinheiro do patrão - atos que confessa
e dos quais se arrepende no desfecho da história. O declarado arrependimento dos
personagens de classe social mais baixa pela traição ou insubordinação, o qual ocorre
em várias peças do autor paraibano, já levou a pensar que, nesse caso, Suassuna não
procura discutir profundamente o embate entre patrão e empregado (o que é criticado
por estudiosos como Brito Brito (2005)). Em nossa leitura, menos que uma afirmação
da hierarquia social, esse arrependimento traz à tona uma moralidade católica
característica, a nosso ver, que busca corroborar a imagem de uma sociedade nordestina
na qual as tradições religiosas são, tipicamente, bastante valorizadas.14
A partir dessa breve análise da construção dos enredos suassunianos, bem como
de seus personagens, acreditamos ser possível compreender um pouco da tentativa do
dramaturgo paraibano em contar histórias que, ao mesmo tempo em que são eternas,
percorrendo as mais diversas tradições, também são capazes de mostrar um pouco da
terra em que Suassuna nasceu e habitou por toda a sua vida:
(...) histórias sem dono que correm mundo e receberam na sanção coletiva o
batismo nordestino. Através dela procuro absorver o espírito ao mesmo
tempo trágico e cômico de meu povo, criando um ângulo novo para olhar o
espetáculo do mundo. Quanto mais humanas e coletivas sejam as histórias,
quanto mais vivos os personagens, tanto maior número de pessoas, seja em
quantidade seja em qualidade será afetado por elas. Uma arte que, sem
concessões de qualquer espécie, atinja profundamente tanto o público comum
que vai ao teatro ver um espetáculo, como o rapaz pobre da torrinha, que vai
ali em busca de alguma coisa que lhe é quase tão necessária quanto o sono,
será sempre superior àquela que atinja um ou outro. (SUASSUNA, 2008,
p.48)
14 Sobre a presença dos deuses em O Santo e a Porca e em Aululária, tratamos em Santos, 2013, A
Representação da Religiosidade em Aululária de Plauto e o Santo e a Porca de Ariano Suassuna, 2014.