1. O documento discute a santificação no Antigo e Novo Testamento, explicando que significa separação e pureza.
2. É descrito como antes da Reforma havia confusão entre justificação e santificação, enquanto após a Reforma os dois conceitos foram distinguidos.
3. A santificação é definida como uma obra sobrenatural de Deus que afeta a totalidade do homem e na qual os crentes cooperam.
2. 1. No AT
Qadash (Qadosh). Significado original incerto. Alguns
advogam que significa “brilhar”, dando a ideia de pureza.
Outros, por sua vez, defendem que significa “cortar”.
Qualquer que seja o sentido original, na verdade os dois
termos não se contradizem, antes, se completam.
2. No NT
Hagios. Expressa primeiramente a ideia de separação.
(Mt 6.9; Lc 11.2)
Hieros. É a palavra menos utilizada. (1 Co 9.13; 2 Tm
3.15)
Hosios. Descreve uma pessoa ou coisa como livre da
profanação ou da iniquidade. (At 2.27; 1 Tm 2.8; Tt 1.8)
Hagnos. Traz a ideia da liberdade da impureza e da
corrupção num sentido ético. (2 Co 7.11; 11.2; Fp 4.8; 1 Tm
5.22...)
3. Antes da Reforma.
Havia uma total confusão entre a “justificação” e a
“santificação”. Por isso, um certo ar de moralismo era
ensinado enfatizando que o homem deveria depender
da fé e das boas obras para ser salvo. Ele deveria
manter uma vida virtuosa e ser aprovado pelo Senhor.
Devido a doutrinas desse calibre, uma multidão cada
vez maior afluía para os desertos e mosteiros em busca
da santidade perfeita, e para alcançá-la, eram feitas
coisas no mínimo inusitadas.
Para a Igreja Romana, os meios de se santificar
estavam ligados a ela, principalmente através dos
sacramentos.
4. Depois da Reforma.
Os reformadores trataram de resolver a questão entre
“justificação” e “santificação”. Mostrando que a
primeira era realizada pela fé somente e tratava-se da
mudança de posição realizada no homem, por Cristo.
A santificação, por sua vez, era iniciada no exato
momento da justificação, quando o Espírito Santo
passa a habitar no ser humano e inicia a obra da
santificação, primeiramente através da palavra de Deus
(Jo 17.17) e secundariamente através dos sacramentos
através dos quais Ele nos livra mais do poder do pecado
e nos capacita a praticarmos boas obras.
5. 1. É uma obra sobrenatural de Deus.
Consiste em uma operação divina na alma pela qual a
santa disposição nascida na regeneração é fortalecida
e os seus santos exercícios são aumentados. (1Ts 5.23)
2. Consiste de duas partes.
a. A mortificação do velho homem. (Rm 6.6)
b. A vivificação do novo homem. (Rm 6.4,5; Cl 2.12)
3. Afeta a totalidade do homem. (I Ts 5.23; 2Co 5.17)
4. É uma obra de Deus na qual os crentes cooperam.
Deus efetua a obra da santificação em parte pela
instrumentalidade do homem como ser
racional, requerendo dele devota e inteligente
cooperação com o Espírito Santo.
6. 1. A Santificação dá-se, em parte, na vida
subconsciente, e, como tal, é uma operação imediata
do Espírito Santo; mas também, em parte, dá-se na
vida consciente, e, neste caso, depende do uso de
certos meios.
2. A Santificação é um processo longo, e jamais
alcançará a perfeição nesta vida.
3. A Santificação do crente deve completar-se no exato
momento da morte, ou imediatamente após a
morte, no que se refere à alma, e na
ressurreição, quanto ao corpo. (I Jo 1.8)
7. 1. A Palavra de Deus.
Em oposição à Igreja de Roma, deve-se afirmar que o
principal meio usado pelo Espírito Santo é a Palavra
de Deus. (Jo 17.17)
2. Os Sacramentos.
Esses, segundo a Igreja Romana, são os principais meios
de santificação. Os protestantes os consideram
importantes, porém secundários, subordinados à
Palavra de Deus.
3. Direção providencial.
As providências de Deus, quer favoráveis quer
adversas, muitas vezes são poderosos meios de
Santificação. (Sl 119.71)
8. A Natureza da Santificação.
1. A santificação é o invariável resultado da união com
Cristo.
“A fé que não envolve uma influência santificadora sobre
o caráter da pessoa não é melhor que a fé dos
demônios”
2. A santificação é a consequência e o resultado
inevitável da regeneração.
“Onde não há santificação também não há
regeneração, e onde não há vida santa, também não há
novo nascimento”
9. 3. A santificação é a única evidência indiscutível da
presença habitadora do Espírito Santo.
4. A santificação é o único sinal seguro da eleição divina.
“Onde não há pelo menos alguma aparência de
Santificação, podemos ter boa margem de certeza de
que também não há eleição.”
5. A santificação é algo que sempre será visto.
“Um santo em que coisa alguma pode ser vista, senão
mundanismo ou pecado, é uma espécie de mostro que
a bíblia não aprova.
10. 6. A santificação é algo pelo qual todo crente é
responsável.
7. A santificação e algo que admite crescimento e graus
de intensidade.
8. A santificação é algo que depende do uso diligente da
Bíblia.
9. A santificação não impede que um cristão
experimente conflitos e crises espirituais.
10. A santificação é algo que será absolutamente
necessário como testemunha de nosso caráter no
grande dia do juízo.
11. A santificação é absolutamente necessária para nos
treinar e nos preparar para o céu.
11. OS SINAIS VISÍVEIS DA SNTIFICAÇÃO
1. A verdadeira santificação não consiste em conversar
sobre assuntos religiosos.
2. A verdadeira santificação não consiste em
sentimentos religiosos passageiros.
3. A verdadeira santificação não consiste em
formalismo externos ou devoção exterior.
4. A verdadeira santificação não consiste em nos
retirarmos de nossas ocupações comuns da
vida, renunciando aos nossos deveres sociais.
5. A verdadeira santificação não consiste na casual
realização de ações corretas.
12. EM QUÊ, POIS, CONSISTE A VERDADEIRA
SANTIFICAÇÃO?
1. A santificação genuína manifesta-se no respeito habitual
à lei de Deus
2. A santificação genuína manifesta-se no esforço habitual
de fazer a vontade de Cristo.
3. A santificação genuína manifesta-se no desejo habitual
de viver segundo os padrões para as igrejas, estabelecidos
pelo Apóstolo Paulo em seus escritos.
4. A santificação genuína manifesta-se através da atenção
habitual às graças divinas ativas e passivas do
Cristianismo. (Ex. Graça ativa: o amor. Graça passiva:
submissão à vontade e Deus.
13. A natureza da verdadeira santidade prática.
1. Um homem santo se esforçará por evitar todo
pecado conhecido.
2. Um homem santo se esforçará para ser semelhante
ao Senhor Jesus.
3. Um homem santo se esforçará para seguir a
mansidão, a paciência, a gentileza e o domínio
próprio.
4. Um homem santo se esforçará para manter o auto
controle e a abnegação.
5. Um homem santo se esforçará para seguir um
espírito de misericórdia para com o próximo.
14. 6. Um homem santo se esforçará para seguir a pureza de
coração.
7. Um homem santo se esforçará para ser caracterizado
pelo seu temor a Deus.
8. Um homem santo se esforçará por ter uma
mentalidade espiritual.
15. A IMPORTÂNCIA DA SANTIDADE
1. Devemos ser santos porque a voz de Deus assim nos
ordena.
2. Devemos ser santos porque essa é a grandiosa finalidade e
propósito daquilo que Cristo veio fazer no mundo.
3. Devemos ser santos porque essa é a única evidência
segura de que possuímos a verdadeira fé salvadora em
Jesus Cristo.
4. Devemos ser santos porque essa é a única prova de que
amamos ao Senhor Jesus.
5. Devemos ser santos porque essa é a única evidência de
que somos filhos de Deus
6. Devemos ser santos porque sem a santidade na terra
nunca estaremos preparados para desfrutar do céu.