2. No Antigo Testamento
a. Nacham, que serve para expressar um profundo
sentimento, ou de tristeza ou de alívio.
b. Shubh, que é a palavra mais comum para
conversão, significa volver, voltar-se, virar e retornar.
Essa palavra mostra claramente que aquilo que o Antigo
Testamento denomina conversão é uma volta para
Deus, de quem o pecado separou o homem.
3. No Novo Testamento
a. Metanoia.
É a palavra mais comum para conversão no Novo
Testamento.
Significa uma mudança de entendimento, passando
a ter uma visão mais sábia do passado, incluindo
o pesar pelo mal praticado e levando a uma
mudança da vida para melhor.
4. A mudança indicada pela palavra metanoia tem a ver:
1. Com a vida intelectual, para um melhor
conhecimento de Deus e da Sua verdade. (2 Tm
2.25)
2. Com a vida volitiva consciente para um voltar-se
para Deus. (At 8.22)
3. Para a vida emocional, na mesma medida em que
esta mudança é acompanhada por uma tristeza
segundo Deus. (2 Co 7.10)
5. b. Epistrophe. É usada constantemente no
sentido de retornar ou voltar.
É o ato final da conversão no qual a vida é levada a
mover-se noutra direção. (At 3.19)
c. Metameleia. Significa literalmente vir a afligir-
se depois.
Nele o elemento negativo, retrospectivo e
emocional está acima de tudo mais. (Mt 27.3; 2
Co 7.10)
6. 1. Deus é o autor da conversão. Este é o ensino
claro da Escritura. (Jr 31.18; At 11.18)
2. O homem coopera na conversão.
Apesar do fato de que Deus é o único Autor da conversão, é
de grande importância salientar, contrariamente a uma falsa
passividade, que há também uma certa cooperação do
homem na conversão. Todavia, devemos ter em mente que
esta atividade do homem é sempre resultante de uma
prévia obra de Deus realizada nele. (Lm 5.21; Fp 2.13)
7. 1. Arrependimento. Distinguimos três elementos no
arrependimento:
a. Um elemento intelectual. Há uma mudança de
conceito, um reconhecimento de que o pecado
envolve culpa pessoal, contaminação e
desamparo. (Rm 3.9-18) Se este não foi
acompanhado pelos elementos
subsequentes, poderá manifestar-se como temor
do castigo, sem ódio ao pecado.
8. Elementos do arrependimento:
b. Um elemento emocional.
Há uma mudança de sentimento que se manifesta em
tristeza pelo pecado contra um Deus santo e justo
(2Co 7.10).
c. Um elemento volitivo.
Consiste numa mudança de propósito, num abandono
interior do pecado e numa disposição para a busca do
perdão e da purificação (Sl 51.5,7,10).
9. 2. A Fé.
Fé e arrependimento são dois aspectos inseparáveis
na conversão. São dois lados da mesma moeda.
Fé sem arrependimento é crendice, ao passo que
arrependimento sem fé, gera remorso e
desespero.
10. Conversões nacionais.
Em regra, eram muito superficiais. Apareciam sob a
liderança de governantes piedosos, e quando eram
substituídos por homens ímpios, o povo logo voltava
aos seus velhos hábitos (Ex 20.18-21; Jn 3.10; 2Cr 34).
Conversões temporárias.
Não alcança o coração do indivíduo, pois não tem raiz
em si mesmo. (1Jo 2.9; Mt 13.20-21; 1Tm 1.19-20).
11. Conversão verdadeira.
A conversão genuína nasce da tristeza segundo Deus, e
redunda numa vida de devoção a Deus, 2Co 7.10. É
uma mudança quem tem suas raízes na obra da
regeneração, e que é efetuada na vida consciente do
pecador pelo Espírito de Deus.
Conversão repetida.
A bíblia também fala de uma conversão repetida, na
qual a pessoa convertida, depois de uma queda nos
caminhos do pecado, retorna a Deus (Ap 2.5)
12. A conversão é uma parte do processo salvífico que está
ligada de modo íntimo com cada uma das outras
partes.
1. Na conversão, o homem toma consciência do fato de
que ele merece a condenação e, por isso, é levado ao
arrependimento.
2. A conversão tem lugar, não na vida subconsciente do
pecador, mas em sua vida consciente.
13. 3. A conversão assinala o início, não só do
despojamento do velho homem, da fuga do
pecado, mas também do revestimento do novo
homem, da luta pela santidade no viver.
4. Tomando a palavra “conversão” em seu sentido mais
específico, ela indica uma mudança instantânea, e não
um processo como o da santificação.
5. A conversão é uma obra sobrenatural de Deus.
14. Morte na infância.
Adultos cujo caráter cristão foi impresso desde
cedo.
Adultos com vida desregrada.
15. BERKHOF, Louis. Teologia Sistemática. 3ª Edição
Revisada _ São Paulo: Cultura Cristã, 2009.