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Carlos Alberto dos Santos
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Marcos no Desenvolvimento da Física
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Henri Poincaré
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POINCARÉ, H. Les rayons cathodiques et les rayons Roentgen. Revue Générale des
Sciences, 7, 52-59 (1896).
É, portanto, o vidro que emite os raios Roentgen, e ele os
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Henry
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Com o sulfato duplo de urânio e
potássio, de que possuo alguns
cristais sob a forma de uma crosta
transparente, fina, realizei a
seguinte experiência:
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BECQUEREL, H. Sur les radiations émises par phosphorescence. Comptes Rendus, 122,
420-421 (1896)
Envolve-se uma chapa fotográfica de Lumiére em duas folhas
de papel negro muito espesso, de tal forma que a chapa não
se escureça mesmo exposta ao Sol durante um dia. Coloca-se
uma placa da substância fosforescente sobre o papel, do lado
de fora, e o conjunto é exposto ao Sol durante várias horas.
Quando se revela a chapa fotográfica, surge a silhueta da
substância fosforescente, que aparece negra no negativo. Se
for colocada uma moeda ou uma chapa metálica perfurada,
entre a substância fosforescente e o papel, a imagem desses
objetos poderá ser vista no negativo.
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Note-se que Becquerel conhece os trabalhos anteriores de
Henry e Niewenglowski e que reproduz, sem grande
alteração, o experimento do segundo. Apenas testou uma
nova substância - o sulfato duplo de uranila e potássio -
confirmando, também nesse caso, a hipótese de Poincaré.
Ciência Normal
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BECQUEREL, H. Sur les radiations invisibles émises par les corps phosphorescents.
Comptes Rendus, 122, 501-503 (1896)
Insistirei particularmente sobre o seguinte fato, que me parece muito
importante e alheio ao domínio dos fenômenos que se poderia
esperar observar. As mesmas lamelas cristalinas, colocadas junto a
chapas fotográficas, nas mesmas condições, isoladas pelos mesmos
anteparos, mas sem receber excitação por incidência de radiação e
mantidas na obscuridade, ainda produzem as mesmas impressões
fotográficas. Eis de que maneira fui levado a fazer essa observação:
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dentre as experiências precedentes, algumas foram preparadas na
quarta-feira, 26, e na quinta-feira, 27 de fevereiro; e como, nesses dias,
o Sol apareceu apenas de modo intermitente, conservei as
experiências que havia preparado e coloquei as placas com seus
envoltórios na obscuridade de uma gaveta de um móvel, deixando as
lâminas do sal de urânio em seu lugar. Como o Sol não apareceu de
novo nos dias seguintes, revelei as placas fotográficas a 1o de março,
esperando encontrar imagens muito fracas.
BECQUEREL, H. Sur les radiations invisibles émises par les corps phosphorescents.
Comptes Rendus, 122, 501-503 (1896)
MNPEF – UFERSA, 2016.2
Ao contrário, as silhuetas apareceram com grande intensidade.
Pensei logo que a ação devia ter continuado na obscuridade e preparei
a experiência seguinte:
BECQUEREL, H. Sur les radiations invisibles émises par les corps phosphorescents.
Comptes Rendus, 122, 501-503 (1896)
Primeira anomalia
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No fundo de uma caixa de cartão opaco coloquei uma placa
fotográfica; depois, sobre o lado sensível, coloquei uma lamela de sal
de urânio, lamela convexa e que tocava a gelatina apenas em poucos
pontos; então, ao lado, na mesma placa, coloquei outra lâmina do
mesmo sal, separada da gelatina por uma fina lâmina de vidro. Após
realizar essa operação, na sala escura, a caixa foi fechada, então
colocada dentro de outra caixa de papelão e por fim dentro de uma
gaveta. (…) Após cinco horas, revelei as placas e as silhuetas das
lâminas cristalinas apareceram em negro, como nas experiências
precedentes, como se tivessem se tornado fosforescentes pela
luz.
BECQUEREL, H. Sur les radiations invisibles émises par les corps phosphorescents.
Comptes Rendus, 122, 501-503 (1896)
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É importante notar que este fenômeno não parece dever ser atribuído
a radiações luminosas emitidas por fosforescência, já que após
1/100 de segundo estas radiações [fosforescência usual] se
tornam tão fracas que são quase imperceptíveis.
Uma hipótese que surge muito naturalmente ao espírito seria a
suposição de que essas radiações, cujos efeitos possuem uma forte
analogia com os efeitos produzidos pelas radiações estudadas por
Lenard e Roentgen, poderiam ser radiações invisíveis emitidas
por fosforescência, cuja duração de persistência fosse
infinitamente maior do que a das radiações luminosas emitidas
por essas substâncias.
BECQUEREL, H. Sur les radiations invisibles émises par les corps phosphorescents.
Comptes Rendus, 122, 501-503 (1896)
MNPEF – UFERSA, 2016.2
No entanto, as experiências presentes, sem serem contrárias a essa
hipótese, não permitem formulá-la. As experiências que estou
desenvolvendo agora poderão, espero, contribuir com algum
esclarecimento sobre esse novo tipo de fenômeno.
BECQUEREL, H. Sur les radiations invisibles émises par les corps phosphorescents.
Comptes Rendus, 122, 501-503 (1896)
"novo tipo de fenômeno”? A única
novidade é que a fosforescência
invisível parecia durar muito mais
do que a fosforescência visível (o
que não era, de modo algum,
contrário ao que se conhecia
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Até aqui, tudo normal,
dentro do paradigma
existente.
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Mas, às custas de
enganos
experimentais de
Becquerel.
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Em suma, a partir de seus resultados experimentais Becquerel chegou
às seguintes conclusões sobre os raios do urânio:
 Descarregam um eletroscópio.
 Se refletem na superfície de um metal.
 Se refratam ao atravessar o vidro.
 Detectou esses raios em amostras de sulfeto de cálcio.
 A intensidade da radiação emitida por sais de urânio aumentava
quando estimulado pela luz.
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Portanto, até o início de
maio de 1896 Becquerel
achava que a radiação
penetrante vinha de um
processo de
fosforescência de longa
persistência
Mas, o pior
ainda estava
por vir
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BECQUEREL, H. Émission de radiations nouvelles par l’uranium métallique. Comptes
Rendus, 122, 1086-1088 (1896).
Depois de ter observado que todos os compostos de urânio
(luminescentes ou não) emitiam essas mesmas radiações invisíveis,
Becquerel resolve testar o urânio metálico e verifica que ele também
emite a radiação.
Ora, isso poderia ter mostrado que
não se tratava de um fenômeno de
fosforescência e sim algo de outra
natureza. Mas, Becquerel . . .
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BECQUEREL, H. Émission de radiations nouvelles par l’uranium métallique. Comptes
Rendus, 122, 1086-1088 (1896).
Continuando o estudo desses novos fenômenos, pensei que
não era desprovido de interesse apontar a emissão
produzida pelo urânio que, creio, é o primeiro exemplo de
um metal que apresenta um fenômeno da classe de uma
fosforescência invisível.
Anomalia, crise,
conflito com o
paradigma da
fosforescência
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Seria natural, a partir daí, pesquisar a existência
de outros elementos que emitissem radiações
semelhantes, mas Becquerel não o faz. Após esse
trabalho, de 18 de maio, ele parece se
desinteressar e abandona esse estudo.
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Anomalias observadas e ignoradas por
Becquerel:
 Intensidade da radiação
aumentou sem interação com a
luz. Contrário ao fenômeno da
fluorescência.
 Urânio metálico também emite a
radiação. Mas, nenhum metal
puro pode ser fosforescente.
Ficou
preso ao
paradigma
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Poderiam os erros de Becquerel ter
sido evitados?
 Com uma melhor metodologia
experimental?
 Com uma análise crítica a
respeito de suas pré-concepções?
 Ele poderia ter feito o que fez
Marie Curie?
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A descoberta da radioatividade na perspectiva da teoria de Kuhn Parte 1: Poincaré e Becquerel

  • 1. MNPEF – UFERSA, 2016.2 Carlos Alberto dos Santos Professor Visitante Departamento de Ciências Exatas e Naturais Univ. Federal Rural do Semi-Árido Mestrado Nacional Profissional de Ensino de Física Marcos no Desenvolvimento da Física cas.ufrgs@gmail.com
  • 2. MNPEF – UFERSA, 2016.2cas.ufrgs@gmail.com
  • 3. MNPEF – UFERSA, 2016.2cas.ufrgs@gmail.com
  • 4. MNPEF – UFERSA, 2016.2Cad. Cat. Ens. Fís., Florianópolis, 7 (Número Especial): 27-45 , jun. 1990.
  • 5. MNPEF – UFERSA, 2016.2https://www.if.ufrgs.br/tex/fis142/fismod/mod06/m_s02.html A Descoberta da Radioatividade Baseado no artigo de R.A. MARTINS Como Becquerel não descobriu a radioatividade Caderno Catarinense de Ensino de Física 7 (1990) 27-45
  • 6. MNPEF – UFERSA, 2016.2 Henri Poincaré 1854-1912
  • 8. MNPEF – UFERSA, 2016.2 POINCARÉ, H. Les rayons cathodiques et les rayons Roentgen. Revue Générale des Sciences, 7, 52-59 (1896). É, portanto, o vidro que emite os raios Roentgen, e ele os emite tornando-se fluorescente. Podemos nos perguntar se todos os corpos cuja fluorescência seja suficientemente intensa não emitiriam, além de raios luminosos, os raios X de Roentgen, qualquer que seja a causa de sua fluorescência.
  • 9. MNPEF – UFERSA, 2016.2https://www.if.ufrgs.br/tex/fis142/fismod/mod06/m_s02.html NodonCharles Henry Benoist Hurmuzescu Piltchikof Niewenglowskid’Arsonval
  • 10. MNPEF – UFERSA, 2016.2 Com o sulfato duplo de urânio e potássio, de que possuo alguns cristais sob a forma de uma crosta transparente, fina, realizei a seguinte experiência:
  • 11. MNPEF – UFERSA, 2016.2 BECQUEREL, H. Sur les radiations émises par phosphorescence. Comptes Rendus, 122, 420-421 (1896) Envolve-se uma chapa fotográfica de Lumiére em duas folhas de papel negro muito espesso, de tal forma que a chapa não se escureça mesmo exposta ao Sol durante um dia. Coloca-se uma placa da substância fosforescente sobre o papel, do lado de fora, e o conjunto é exposto ao Sol durante várias horas. Quando se revela a chapa fotográfica, surge a silhueta da substância fosforescente, que aparece negra no negativo. Se for colocada uma moeda ou uma chapa metálica perfurada, entre a substância fosforescente e o papel, a imagem desses objetos poderá ser vista no negativo.
  • 12. MNPEF – UFERSA, 2016.2https://www.if.ufrgs.br/tex/fis142/fismod/mod06/m_s02.html
  • 13. MNPEF – UFERSA, 2016.2https://www.if.ufrgs.br/tex/fis142/fismod/mod06/m_s02.html Note-se que Becquerel conhece os trabalhos anteriores de Henry e Niewenglowski e que reproduz, sem grande alteração, o experimento do segundo. Apenas testou uma nova substância - o sulfato duplo de uranila e potássio - confirmando, também nesse caso, a hipótese de Poincaré. Ciência Normal
  • 14. MNPEF – UFERSA, 2016.2cas.ufrgs@gmail.com
  • 15. MNPEF – UFERSA, 2016.2 BECQUEREL, H. Sur les radiations invisibles émises par les corps phosphorescents. Comptes Rendus, 122, 501-503 (1896) Insistirei particularmente sobre o seguinte fato, que me parece muito importante e alheio ao domínio dos fenômenos que se poderia esperar observar. As mesmas lamelas cristalinas, colocadas junto a chapas fotográficas, nas mesmas condições, isoladas pelos mesmos anteparos, mas sem receber excitação por incidência de radiação e mantidas na obscuridade, ainda produzem as mesmas impressões fotográficas. Eis de que maneira fui levado a fazer essa observação:
  • 16. MNPEF – UFERSA, 2016.2 dentre as experiências precedentes, algumas foram preparadas na quarta-feira, 26, e na quinta-feira, 27 de fevereiro; e como, nesses dias, o Sol apareceu apenas de modo intermitente, conservei as experiências que havia preparado e coloquei as placas com seus envoltórios na obscuridade de uma gaveta de um móvel, deixando as lâminas do sal de urânio em seu lugar. Como o Sol não apareceu de novo nos dias seguintes, revelei as placas fotográficas a 1o de março, esperando encontrar imagens muito fracas. BECQUEREL, H. Sur les radiations invisibles émises par les corps phosphorescents. Comptes Rendus, 122, 501-503 (1896)
  • 17. MNPEF – UFERSA, 2016.2 Ao contrário, as silhuetas apareceram com grande intensidade. Pensei logo que a ação devia ter continuado na obscuridade e preparei a experiência seguinte: BECQUEREL, H. Sur les radiations invisibles émises par les corps phosphorescents. Comptes Rendus, 122, 501-503 (1896) Primeira anomalia
  • 18. MNPEF – UFERSA, 2016.2 No fundo de uma caixa de cartão opaco coloquei uma placa fotográfica; depois, sobre o lado sensível, coloquei uma lamela de sal de urânio, lamela convexa e que tocava a gelatina apenas em poucos pontos; então, ao lado, na mesma placa, coloquei outra lâmina do mesmo sal, separada da gelatina por uma fina lâmina de vidro. Após realizar essa operação, na sala escura, a caixa foi fechada, então colocada dentro de outra caixa de papelão e por fim dentro de uma gaveta. (…) Após cinco horas, revelei as placas e as silhuetas das lâminas cristalinas apareceram em negro, como nas experiências precedentes, como se tivessem se tornado fosforescentes pela luz. BECQUEREL, H. Sur les radiations invisibles émises par les corps phosphorescents. Comptes Rendus, 122, 501-503 (1896)
  • 19. MNPEF – UFERSA, 2016.2 É importante notar que este fenômeno não parece dever ser atribuído a radiações luminosas emitidas por fosforescência, já que após 1/100 de segundo estas radiações [fosforescência usual] se tornam tão fracas que são quase imperceptíveis. Uma hipótese que surge muito naturalmente ao espírito seria a suposição de que essas radiações, cujos efeitos possuem uma forte analogia com os efeitos produzidos pelas radiações estudadas por Lenard e Roentgen, poderiam ser radiações invisíveis emitidas por fosforescência, cuja duração de persistência fosse infinitamente maior do que a das radiações luminosas emitidas por essas substâncias. BECQUEREL, H. Sur les radiations invisibles émises par les corps phosphorescents. Comptes Rendus, 122, 501-503 (1896)
  • 20. MNPEF – UFERSA, 2016.2 No entanto, as experiências presentes, sem serem contrárias a essa hipótese, não permitem formulá-la. As experiências que estou desenvolvendo agora poderão, espero, contribuir com algum esclarecimento sobre esse novo tipo de fenômeno. BECQUEREL, H. Sur les radiations invisibles émises par les corps phosphorescents. Comptes Rendus, 122, 501-503 (1896) "novo tipo de fenômeno”? A única novidade é que a fosforescência invisível parecia durar muito mais do que a fosforescência visível (o que não era, de modo algum, contrário ao que se conhecia
  • 21. MNPEF – UFERSA, 2016.2 Até aqui, tudo normal, dentro do paradigma existente. cas.ufrgs@gmail.com Mas, às custas de enganos experimentais de Becquerel.
  • 22. MNPEF – UFERSA, 2016.2https://www.if.ufrgs.br/tex/fis142/fismod/mod06/m_s02.html Em suma, a partir de seus resultados experimentais Becquerel chegou às seguintes conclusões sobre os raios do urânio:  Descarregam um eletroscópio.  Se refletem na superfície de um metal.  Se refratam ao atravessar o vidro.  Detectou esses raios em amostras de sulfeto de cálcio.  A intensidade da radiação emitida por sais de urânio aumentava quando estimulado pela luz.  A radiação pode ser polarizada.
  • 23. MNPEF – UFERSA, 2016.2https://www.if.ufrgs.br/tex/fis142/fismod/mod06/m_s02.html Portanto, até o início de maio de 1896 Becquerel achava que a radiação penetrante vinha de um processo de fosforescência de longa persistência Mas, o pior ainda estava por vir
  • 24. MNPEF – UFERSA, 2016.2 BECQUEREL, H. Émission de radiations nouvelles par l’uranium métallique. Comptes Rendus, 122, 1086-1088 (1896). Depois de ter observado que todos os compostos de urânio (luminescentes ou não) emitiam essas mesmas radiações invisíveis, Becquerel resolve testar o urânio metálico e verifica que ele também emite a radiação. Ora, isso poderia ter mostrado que não se tratava de um fenômeno de fosforescência e sim algo de outra natureza. Mas, Becquerel . . .
  • 25. MNPEF – UFERSA, 2016.2 BECQUEREL, H. Émission de radiations nouvelles par l’uranium métallique. Comptes Rendus, 122, 1086-1088 (1896). Continuando o estudo desses novos fenômenos, pensei que não era desprovido de interesse apontar a emissão produzida pelo urânio que, creio, é o primeiro exemplo de um metal que apresenta um fenômeno da classe de uma fosforescência invisível. Anomalia, crise, conflito com o paradigma da fosforescência
  • 26. MNPEF – UFERSA, 2016.2 Seria natural, a partir daí, pesquisar a existência de outros elementos que emitissem radiações semelhantes, mas Becquerel não o faz. Após esse trabalho, de 18 de maio, ele parece se desinteressar e abandona esse estudo. https://www.if.ufrgs.br/tex/fis142/fismod/mod06/m_s02.html
  • 27. MNPEF – UFERSA, 2016.2cas.ufrgs@gmail.com Anomalias observadas e ignoradas por Becquerel:  Intensidade da radiação aumentou sem interação com a luz. Contrário ao fenômeno da fluorescência.  Urânio metálico também emite a radiação. Mas, nenhum metal puro pode ser fosforescente. Ficou preso ao paradigma
  • 28. MNPEF – UFERSA, 2016.2cas.ufrgs@gmail.com Poderiam os erros de Becquerel ter sido evitados?  Com uma melhor metodologia experimental?  Com uma análise crítica a respeito de suas pré-concepções?  Ele poderia ter feito o que fez Marie Curie?
  • 29. MNPEF – UFERSA, 2016.2cas.ufrgs@gmail.com