A descoberta da radioatividade ocorreu no século 19 quando Becquerel, ao deixar amostras de urânio expostas ao sol, notou que elas impressionavam filmes fotográficos mesmo na ausência de luz. Posteriormente, Pierre e Marie Curie isolaram novos elementos radioativos, o rádio e o polônio. Em 1903, os três dividiriam o Prêmio Nobel da Física por seus trabalhos pioneiros com a radioatividade.
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Descoberta da radioatividade
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DESCOBERTA DA RADIOATIVIDADE
Selo impresso na Suécia por volta de 1963 mostra prêmio Nobel que
Antoine Henri Becquerel, Pierre e Marie Curie dividiram em 1903.
A radioatividade é definida como a
capacidade que alguns elementos fisicamente
instáveis possuem de emitir energia sob
forma de partículas ou radiação
eletromagnética.
A radioatividade foi descoberta no século
XIX. Até esse momento predominava a ideia
de que os átomos eram as menores partículas
da matéria. Com a descoberta da radiação, os
cientistas constataram a existência de
partículas ainda menores que o átomo, tais
como: prótons, nêutrons, elétrons. Vamos
rever um pouco dessa história?
No início do ano de 1896, Becquerel deixou
ao sol amostras de um minério de urânio, na
tentativa de aprofundar os estudos sobre
raios X. Em seguida, ele colocou essas
amostras em contato com um filme
fotográfico envolvido por um invólucro preto
para ver se a amostra impressionava o filme e,
assim, emitam raio X.
No entanto, começou um tempo de chuva
em Paris e Becquerel teve que guardar suas
amostras em uma gaveta escura com alguns
filmes virgens protegidos com um papel
preto. Novamente, um fato acidental aliado à
perspicácia resultou em uma descoberta
excepcional. Veja um trecho do relatório que
Becquerel fez á Academia de Ciências da
França.
“Como o sol não voltou a aparecer durante vários dias,
revelei as chapas fotográficas a 1º de março, na
expectativa de encontra imagens muito deficientes.
Ocorreu o posto: as silhuetas apareceram com grande
nitidez. Pensei imediatamente que a ação poderia ter
ocorrido no escuro”.
Becquerel também descobriu que essa
radiação que o urânio emitia também ionizava
gases, transformando-os em condutores.
Entrou então em cena o casal Pierre Curie
(1859-1906) e Marie Curie (1867-1934).
Juntamente a eles, Becquerel descobriu que a
propriedade que ele viu era pertencente ao
urânio, pois todos os minérios de urânio
emitiam os raios que impressionavam o filme.
Marie Curie batizou essa propriedade do
urânio emitir raios de radioatividade.
Os trabalhos do casal Curie tiveram crucial
importância na mudança de rumo que
tomaria a radioatividade. Em abril de 1898,
Marie Curie constatou que havia algum
componente mais ativo que o uranio em seus
2. Descoberta da Radioatividade Página 2
minerais naturais. Esse casal trabalhou
durante três anos exaustivamente, usaram
1400 litros de um minério de urânio chamado
pechblenda ou uranita (UO2) e, em 1902,
isolaram átomos de dois elementos químicos
radioativos que não eram conhecidos na
época. O primeiro, eles chamaram de rádio,
pois ele era 2 milhões de vezes mais
radioativo que o urânio; o segundo, eles
chamaram de polônio, em homenagem à
Polônia, terra natal de Madame Curie.
Em 1903, Marie Curie, Pierre Curie e
Antoine-Henri Becquerel dividiram o Prêmio
Nobel da Física pelos seus trabalhos com
radioatividade.
Anos mais tarde, o físico neozelandês
Ernest Rutherford (1871-1937) realizou um
experimento da figura abaixo, que identificou
a natureza da radioatividade, mostrando que
ela se originava do núcleo.
Anos se passaram e a ciência foi evoluindo
até ser possível produzir a radioatividade em
laboratório. Veja a diferença entre radiação
natural e artificial:
Radioatividade natural ou
espontânea: é a que se manifesta nos
elementos radioativos e nos isótopos que se
encontram na natureza.
Radioatividade artificial ou induzida: é
aquela produzida por transformações
nucleares artificiais.
A radioatividade geralmente provém de
isótopos como urânio-235, césio-137, cobalto-
60, tório-232, que são fisicamente instáveis e
radioativos, possuindo uma constante e lenta
desintegração. Tais isótopos liberam energia
através de ondas eletromagnéticas (raio
gama) ou partículas subatômicas em alta
velocidade: é o que chamamos de radiação. O
contato da radiação com seres vivos não é o
que podemos chamar de uma boa relação.
Os efeitos da radiação podem ser em
longo prazo, curto prazo ou apresentar
problemas aos descendentes de pessoas
contaminadas (filhos, netos). O indivíduo que
recebe a radiação sofre alteração genética,
que pode ser transmitida na gestação. Os
raios afetam os átomos que estão presentes
nas células provocando alterações em sua
estrutura. O resultado? Graves problemas de
saúde como a perda das propriedades
características dos músculos e da capacidade
de efetuar as sínteses necessárias à
sobrevivência.
No entanto, a radioatividade também
pode apresentar benefícios ao homem e por
isso é utilizada em diferentes áreas. Na
medicina, ela é empregada no tratamento de
tumores cancerígenos; na indústria é utilizada
para obter energia nuclear; e na ciência tem a
finalidade de promover o estudo da
organização atômica e molecular de outros
elementos.
Fonte: MundoEducação
BrasilEscola
http://www.mast.br/multimidia_instrumentos/cin
tilometro_03.html.
http://www.if.ufrgs.br/tex/fis142/fismod/mod06/
m_s02.html.