1. O documento discute a divisão do trabalho entre antropologia e sociologia no estudo das relações raciais no Brasil, com antropologia focando na cultura negra e sociologia nas desigualdades raciais.
2. Uma nova geração de pesquisadores está promovendo uma reconciliação entre esses campos, estudando como cultura e desigualdade social se relacionam.
3. Novos estudos estão explorando identidades negras de forma interseccional e em relação a classe, gênero, sexualidade e outros fatores.
Este documento resume um livro de Virgínia Leone Bicudo sobre atitudes raciais de pretos e mulatos em São Paulo. O livro analisa depoimentos de negros e mulatos das classes populares e médias, mostrando que ascensão social não elimina marcas raciais. Mulatos das classes mais altas buscam "branqueamento" para aceitação social. O documento discute como os estudos pioneiros de Bicudo e Oracy Nogueira anteciparam as críticas à ideia de "democracia racial" no Brasil.
O texto resume um estudo de Lilia K. M. Schwarcz sobre a questão racial e etnicidade no Brasil nos últimos 20 anos do século XX. O estudo analisa como os debates sobre raça evoluíram desde a independência do Brasil, passando pela ideia da democracia racial até os estudos que mostraram desigualdades raciais. O texto também discute como a identidade racial é construída socialmente e não é fixa.
O documento discute a relação entre racismo e aprendizagem escolar no Brasil. Aponta que o racismo afeta negativamente o desempenho escolar de estudantes negros e propõe ações anti-racistas por parte de professores e escolas, como a implementação da Lei 10.639/03 que torna obrigatório o ensino sobre a história e cultura afro-brasileira. Também defende a articulação com o movimento negro para ajudar a combater o racismo no ambiente escolar.
O documento apresenta uma entrevista com o antropólogo Kabengele Munanga sobre racismo, diáspora africana e presença negra no Brasil. Munanga define racismo como um sistema de dominação sustentado por discursos pseudocientíficos. Ele descreve três fases da diáspora africana: a saída voluntária da África no passado distante, o tráfico transatlântico de escravos e a imigração recente devido a condições precárias na África pós-colonial. Munanga
O documento apresenta uma introdução sobre o livro "Identidades Brasileiras: Composições e Recomposições" e discute a questão da identidade nacional no Brasil de forma ampla e multitemática, abordando questões raciais, do corpo, da língua, da religião e da cultura ao longo da história do país.
As desigualdades educacionais e a população negraRoberto Costa
1) O documento discute as desigualdades educacionais enfrentadas pela população negra no Brasil, com foco na Educação de Jovens e Adultos.
2) Historicamente, escravos e indígenas foram excluídos do acesso à educação formal durante o período imperial brasileiro. Embora proibidos, alguns negros conseguiram frequentar escolas públicas, que ofereciam piores condições.
3) No século XIX, pais negros reivindicaram a abertura de uma escola que aceitasse seus
Este documento apresenta uma dissertação de mestrado sobre a imprensa negra brasileira do século XIX. A dissertação reconhece a existência de jornais negros no Brasil do século XIX e sistematiza oito títulos publicados entre 1833 e 1899 nos estados do Rio de Janeiro, Pernambuco, São Paulo e Rio Grande do Sul. Esses jornais são analisados como espaços de construção de identidade para pessoas negras livres e de debate sobre racismo e democracia no Brasil oitocentista.
Mulheres brasileiras em portugal e imaginários sociaisCassia Barbosa
1) O documento apresenta um resumo de pesquisas sobre imigração brasileira em Portugal, com foco especial nas mulheres brasileiras.
2) As pesquisas apontam para uma especificidade dos brasileiros em Portugal, relacionada a imaginários derivados de fatores como língua e história.
3) Muitos estudos destacam uma especificidade maior das mulheres brasileiras, que carregariam estereótipos de alegria tropical e erotismo/prostituição.
Este documento resume um livro de Virgínia Leone Bicudo sobre atitudes raciais de pretos e mulatos em São Paulo. O livro analisa depoimentos de negros e mulatos das classes populares e médias, mostrando que ascensão social não elimina marcas raciais. Mulatos das classes mais altas buscam "branqueamento" para aceitação social. O documento discute como os estudos pioneiros de Bicudo e Oracy Nogueira anteciparam as críticas à ideia de "democracia racial" no Brasil.
O texto resume um estudo de Lilia K. M. Schwarcz sobre a questão racial e etnicidade no Brasil nos últimos 20 anos do século XX. O estudo analisa como os debates sobre raça evoluíram desde a independência do Brasil, passando pela ideia da democracia racial até os estudos que mostraram desigualdades raciais. O texto também discute como a identidade racial é construída socialmente e não é fixa.
O documento discute a relação entre racismo e aprendizagem escolar no Brasil. Aponta que o racismo afeta negativamente o desempenho escolar de estudantes negros e propõe ações anti-racistas por parte de professores e escolas, como a implementação da Lei 10.639/03 que torna obrigatório o ensino sobre a história e cultura afro-brasileira. Também defende a articulação com o movimento negro para ajudar a combater o racismo no ambiente escolar.
O documento apresenta uma entrevista com o antropólogo Kabengele Munanga sobre racismo, diáspora africana e presença negra no Brasil. Munanga define racismo como um sistema de dominação sustentado por discursos pseudocientíficos. Ele descreve três fases da diáspora africana: a saída voluntária da África no passado distante, o tráfico transatlântico de escravos e a imigração recente devido a condições precárias na África pós-colonial. Munanga
O documento apresenta uma introdução sobre o livro "Identidades Brasileiras: Composições e Recomposições" e discute a questão da identidade nacional no Brasil de forma ampla e multitemática, abordando questões raciais, do corpo, da língua, da religião e da cultura ao longo da história do país.
As desigualdades educacionais e a população negraRoberto Costa
1) O documento discute as desigualdades educacionais enfrentadas pela população negra no Brasil, com foco na Educação de Jovens e Adultos.
2) Historicamente, escravos e indígenas foram excluídos do acesso à educação formal durante o período imperial brasileiro. Embora proibidos, alguns negros conseguiram frequentar escolas públicas, que ofereciam piores condições.
3) No século XIX, pais negros reivindicaram a abertura de uma escola que aceitasse seus
Este documento apresenta uma dissertação de mestrado sobre a imprensa negra brasileira do século XIX. A dissertação reconhece a existência de jornais negros no Brasil do século XIX e sistematiza oito títulos publicados entre 1833 e 1899 nos estados do Rio de Janeiro, Pernambuco, São Paulo e Rio Grande do Sul. Esses jornais são analisados como espaços de construção de identidade para pessoas negras livres e de debate sobre racismo e democracia no Brasil oitocentista.
Mulheres brasileiras em portugal e imaginários sociaisCassia Barbosa
1) O documento apresenta um resumo de pesquisas sobre imigração brasileira em Portugal, com foco especial nas mulheres brasileiras.
2) As pesquisas apontam para uma especificidade dos brasileiros em Portugal, relacionada a imaginários derivados de fatores como língua e história.
3) Muitos estudos destacam uma especificidade maior das mulheres brasileiras, que carregariam estereótipos de alegria tropical e erotismo/prostituição.
Este artigo discute formas de articular a educação em direitos humanos no Brasil com políticas de promoção da igualdade racial. Analisa pontos do Programa Nacional de Educação em Direitos Humanos e como ele pode ser articulado com outras normas e programas relacionados a direitos humanos e igualdade racial. Defende a implementação de uma educação aberta ao diálogo sobre diferenças e em contato permanente com movimentos sociais.
RELAÇÕES RACIAIS NA ESCOLA: REFLEXÕES A PARTIR DA IMPLEMENTAÇÃO DO ARTIGO 26A...Débora Oyayomi Araujo
Este documento discute as relações raciais no contexto escolar brasileiro e a implementação do artigo 26A da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Apresenta conceitos sobre raça e branquidade para analisar as desigualdades raciais, criticando a visão de que apenas a classe social explica tais desigualdades. Defende que o efetivo cumprimento da lei deve considerar o histórico de lutas dos movimentos negros e uma compreensão mais ampla das relações raciais.
Este documento apresenta resumos de trabalhos acadêmicos que serão apresentados em um colóquio sobre movimentos sociais e intelectuais. Os resumos discutem tópicos como jornalismo e abolição no Brasil do século XIX, a ópera nacional no Rio de Janeiro oitocentista e o papel de intelectuais na construção da identidade nacional brasileira.
A sessão coordenada 1 aborda ditaduras, memórias e exílios na América Latina no século XX, com apresentações sobre as esquerdas latino-americanas e o direito de asilo, a comunidade de exilados brasileiros em Londres na década de 1970 e a memória do exílio brasileiro na Argélia entre 1964 e 1979.
Relações Étnico Raciais Patos de Minas 2003-2008Lara Luisa
O documento analisa as práticas racistas que ainda ocorrem nas escolas de Patos de Minas apesar das leis federais 10.639/03 e 11.465/08 que objetivam incluir o ensino da história e cultura africana e indígena nos currículos escolares. A pesquisa envolveu análise de livros didáticos, projetos pedagógicos, infraestrutura e entrevistas com alunos e professores que revelaram a persistência de práticas racistas no cotidiano escolar. O documento defende que a educação
Gt 1 henrique cunha jr. bairros negrosLucas Mateus
O documento discute como o pensamento urbanístico brasileiro ignora sistematicamente a existência de populações negras e bairros de maioria negra. Isso deixa de lado a diversidade negra brasileira no planejamento urbano. O autor argumenta que a ausência de pesquisa acadêmica sobre essas populações impede o reconhecimento de suas necessidades e problemas nas políticas públicas, contribuindo para as desigualdades raciais.
Este documento discute o racismo e anti-racismo no Brasil. O autor argumenta que os brasileiros imaginam viver em uma sociedade livre de discriminação racial, porém esta visão está ligada a uma perspectiva social europeia e norte-americana já ultrapassada. Ele busca demonstrar que a linguagem de classe e cor no Brasil sempre foi usada de forma racializada, "naturalizando" desigualdades que poderiam comprometer a imagem do país como uma democracia racial.
Este documento discute dois tópicos relacionados ao analfabetismo no Brasil: 1) Uma sucessão de conceitos preconceituosos que estigmatizaram os analfabetos ao longo do tempo; 2) Políticas no passado que excluíram os analfabetos do direito ao voto, mostrando que esses conceitos serviram para legitimar essa exclusão por mais de um século.
Afrobrasileiros e a construção da democracia na década de 1920Carlos Sant'Anna
Este documento discute a participação de afro-brasileiros na construção da ideia de democracia racial nos anos 1920. A peça teatral "Tudo Preto" promovia a visão do Brasil como uma terra de mestiçagem e harmonia racial, destacando a importância da cultura afro-brasileira na identidade nacional. A peça sugeria que afro-brasileiros viam a ideia de democracia racial como uma política para combater a discriminação racial de forma pacífica.
Gilberto de Mello Freyre foi um intelectual brasileiro que revolucionou o pensamento sobre a formação da sociedade brasileira ao considerar a miscigenação entre índios, africanos e portugueses. Florestan Fernandes foi um sociólogo marxista que criticou a ideia de democracia racial defendida por Freyre, apontando a desigualdade racial e o racismo na sociedade brasileira. Sérgio Buarque de Holanda analisou a "cordialidade" como um traço do caráter nacional brasile
Este documento é uma tese de doutorado apresentada à Universidade de São Paulo que analisa como as religiões afro-brasileiras têm sido ensinadas nas escolas brasileiras após a promulgação da Lei 10.639/2003, que tornou obrigatório o ensino da História da África e Cultura Afro-Brasileira. A tese estuda como essas religiões aparecem nos materiais didáticos, cursos de formação de professores e nas salas de aula, identificando tensões quando saem dos terreiros e
Este documento discute as representações indígenas nos livros didáticos brasileiros. Argumenta que esses livros geralmente retratam os indígenas de forma estereotipada e preconceituosa, omitindo suas culturas e perspectivas. Também critica o papel da escola em disseminar tais visões deturpadas ao invés de educar sobre a diversidade cultural do Brasil.
1) O texto discute a representação das histórias e culturas africanas e afro-brasileiras nos materiais didáticos de história à luz da Lei 10.639/2003 e das Diretrizes Nacionais para as Relações Étnico-Raciais.
2) A revisão historiográfica iniciada nos anos 1970 é fundamental para corrigir equívocos e simplificações sobre essas temáticas nos materiais didáticos.
3) Os desafios incluem reconhecer problemas racistas, transcender a mestiçagem para valorizar a
O ensino de História da África e dos Africanos no Brasil Historia_da_Africa
Este documento discute o ensino da História da África e dos africanos no Brasil. Primeiro, destaca a importância de incluir este conteúdo na educação básica apesar das dificuldades históricas. Segundo, analisa os motivos para a longa ausência destes assuntos nos currículos escolares, incluindo o racismo e a busca por uma identidade branca. Terceiro, ressalta a diversidade da África e dos africanos no Brasil, e como unificar demais pode apagar diferenças.
A Mulher na Teledramaturgia Mexicana: Representações no Visível e InvisívelPhillipe Xavier
Este documento discute as representações das mulheres na teledramaturgia mexicana. Apresenta uma revisão dos estudos feministas sobre representações culturais, mostrando como as mulheres foram retratadas de forma estereotipada e subordinada aos homens. Também analisa como as telenovelas mexicanas perpetuam estes estereótipos através das personagens femininas.
Críticas ao pensamento das senzalas e casa grandeRossita Figueira
1) O artigo critica a visão de que o livro "Casa Grande e Senzala" trouxe uma abordagem inovadora sobre as relações raciais no Brasil, apontando que havia pensadores negros anteriores, como Juliano Moreira e Manoel Querino, que já traziam visões revolucionárias sobre a população negra.
2) Argumenta-se que o livro não representa de forma sistemática a realidade da produção escravista no Brasil e que a ideia da casa grande e da senzala não serve para pensar a imensa diversidade
Este artigo discute como a diferenciação racial contribui para a desigualdade social no Brasil. As autoras argumentam que o critério racial opera como fator de diferenciação, gerando desigualdades, mesmo entre camadas populares da mesma classe social, devido à discriminação. Elas propõem o conceito de "habitus racista" para explicar como certos traços fenotípicos negros são associados a um menor capital simbólico e social, estruturando o destino social dos indivíduos negros e dificultando sua ascensão. Final
O documento descreve o programa do III Colóquio Nacional Marxismo, Teoria Crítica e Filosofia da Educação sobre o tema "Educação e Crítica à Pós-Modernidade", que ocorrerá entre os dias 20 e 22 de novembro de 2013. O colóquio será dividido em dez grupos de trabalho que debaterão questões relacionadas ao marxismo, teoria crítica, filosofia da educação e crítica à pós-modernidade. Cada grupo terá entre 6 e 8 apresentações sobre os respectivos temas.
O documento discute a evolução da sociologia brasileira desde as primeiras reflexões sobre a sociedade brasileira nas décadas de 1930 até a consolidação da sociologia como ciência a partir da década de 1940. Destaca autores fundamentais como Euclides da Cunha, Gilberto Freyre, Caio Prado Junior e Florestan Fernandes e como eles analisaram temas como raça, estrutura social e classe no Brasil.
Coleção Historia - Estudos Africanos - Multiplas AbordagensHistoria_da_Africa
O artigo discute os debates em torno das políticas ambientais na África Oriental Alemã durante o governo de Albrecht von Rechenberg (1906-1912), que defendia uma visão mais exploratória da colônia em detrimento da preservação da vida selvagem, gerando críticas de naturalistas e caçadores esportivos que defendiam um "protecionismo ambiental" na África colonial.
1) O documento discute o ensino da História e Cultura Africana e Afro-brasileira no Brasil e a importância do uso de imagens em sala de aula.
2) Ele aborda conceitos como discriminação, preconceito e racismo no contexto brasileiro e como esses conceitos foram historicamente construídos.
3) O autor defende que o uso adequado de imagens como filmes, fotos e pinturas pode ajudar os alunos a compreenderem melhor a história e cultura afro-brasileira.
A partir de meados do século XX, a Antropologia concentrou seu interesse nas populações marginalizadas das sociedades nacionais. No Brasil não foi diferente: a Antropologia construiu um acervo de conhecimento sobre populações indígenas, negras, camponesas, entre outras.
Ao contrário das antropologias norte-americana, inglesa e francesa, a antropologia brasileira preocupou-se basicamente em estudar o próprio país. Apenas muito recentemente os antropólogos brasileiros começaram a estudar a diferença em contextos fora do Brasil. Durante praticamente todo o século XX, o principal interesse foi explicar o Brasil, observando as populações marginalizadas do país e também as populações urbanas de classe média e as elites. Este capítulo começa com um breve histórico da Antropologia no Brasil para depois destacar os principais focos e temas da produção antropológica nacional.
Este artigo discute formas de articular a educação em direitos humanos no Brasil com políticas de promoção da igualdade racial. Analisa pontos do Programa Nacional de Educação em Direitos Humanos e como ele pode ser articulado com outras normas e programas relacionados a direitos humanos e igualdade racial. Defende a implementação de uma educação aberta ao diálogo sobre diferenças e em contato permanente com movimentos sociais.
RELAÇÕES RACIAIS NA ESCOLA: REFLEXÕES A PARTIR DA IMPLEMENTAÇÃO DO ARTIGO 26A...Débora Oyayomi Araujo
Este documento discute as relações raciais no contexto escolar brasileiro e a implementação do artigo 26A da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Apresenta conceitos sobre raça e branquidade para analisar as desigualdades raciais, criticando a visão de que apenas a classe social explica tais desigualdades. Defende que o efetivo cumprimento da lei deve considerar o histórico de lutas dos movimentos negros e uma compreensão mais ampla das relações raciais.
Este documento apresenta resumos de trabalhos acadêmicos que serão apresentados em um colóquio sobre movimentos sociais e intelectuais. Os resumos discutem tópicos como jornalismo e abolição no Brasil do século XIX, a ópera nacional no Rio de Janeiro oitocentista e o papel de intelectuais na construção da identidade nacional brasileira.
A sessão coordenada 1 aborda ditaduras, memórias e exílios na América Latina no século XX, com apresentações sobre as esquerdas latino-americanas e o direito de asilo, a comunidade de exilados brasileiros em Londres na década de 1970 e a memória do exílio brasileiro na Argélia entre 1964 e 1979.
Relações Étnico Raciais Patos de Minas 2003-2008Lara Luisa
O documento analisa as práticas racistas que ainda ocorrem nas escolas de Patos de Minas apesar das leis federais 10.639/03 e 11.465/08 que objetivam incluir o ensino da história e cultura africana e indígena nos currículos escolares. A pesquisa envolveu análise de livros didáticos, projetos pedagógicos, infraestrutura e entrevistas com alunos e professores que revelaram a persistência de práticas racistas no cotidiano escolar. O documento defende que a educação
Gt 1 henrique cunha jr. bairros negrosLucas Mateus
O documento discute como o pensamento urbanístico brasileiro ignora sistematicamente a existência de populações negras e bairros de maioria negra. Isso deixa de lado a diversidade negra brasileira no planejamento urbano. O autor argumenta que a ausência de pesquisa acadêmica sobre essas populações impede o reconhecimento de suas necessidades e problemas nas políticas públicas, contribuindo para as desigualdades raciais.
Este documento discute o racismo e anti-racismo no Brasil. O autor argumenta que os brasileiros imaginam viver em uma sociedade livre de discriminação racial, porém esta visão está ligada a uma perspectiva social europeia e norte-americana já ultrapassada. Ele busca demonstrar que a linguagem de classe e cor no Brasil sempre foi usada de forma racializada, "naturalizando" desigualdades que poderiam comprometer a imagem do país como uma democracia racial.
Este documento discute dois tópicos relacionados ao analfabetismo no Brasil: 1) Uma sucessão de conceitos preconceituosos que estigmatizaram os analfabetos ao longo do tempo; 2) Políticas no passado que excluíram os analfabetos do direito ao voto, mostrando que esses conceitos serviram para legitimar essa exclusão por mais de um século.
Afrobrasileiros e a construção da democracia na década de 1920Carlos Sant'Anna
Este documento discute a participação de afro-brasileiros na construção da ideia de democracia racial nos anos 1920. A peça teatral "Tudo Preto" promovia a visão do Brasil como uma terra de mestiçagem e harmonia racial, destacando a importância da cultura afro-brasileira na identidade nacional. A peça sugeria que afro-brasileiros viam a ideia de democracia racial como uma política para combater a discriminação racial de forma pacífica.
Gilberto de Mello Freyre foi um intelectual brasileiro que revolucionou o pensamento sobre a formação da sociedade brasileira ao considerar a miscigenação entre índios, africanos e portugueses. Florestan Fernandes foi um sociólogo marxista que criticou a ideia de democracia racial defendida por Freyre, apontando a desigualdade racial e o racismo na sociedade brasileira. Sérgio Buarque de Holanda analisou a "cordialidade" como um traço do caráter nacional brasile
Este documento é uma tese de doutorado apresentada à Universidade de São Paulo que analisa como as religiões afro-brasileiras têm sido ensinadas nas escolas brasileiras após a promulgação da Lei 10.639/2003, que tornou obrigatório o ensino da História da África e Cultura Afro-Brasileira. A tese estuda como essas religiões aparecem nos materiais didáticos, cursos de formação de professores e nas salas de aula, identificando tensões quando saem dos terreiros e
Este documento discute as representações indígenas nos livros didáticos brasileiros. Argumenta que esses livros geralmente retratam os indígenas de forma estereotipada e preconceituosa, omitindo suas culturas e perspectivas. Também critica o papel da escola em disseminar tais visões deturpadas ao invés de educar sobre a diversidade cultural do Brasil.
1) O texto discute a representação das histórias e culturas africanas e afro-brasileiras nos materiais didáticos de história à luz da Lei 10.639/2003 e das Diretrizes Nacionais para as Relações Étnico-Raciais.
2) A revisão historiográfica iniciada nos anos 1970 é fundamental para corrigir equívocos e simplificações sobre essas temáticas nos materiais didáticos.
3) Os desafios incluem reconhecer problemas racistas, transcender a mestiçagem para valorizar a
O ensino de História da África e dos Africanos no Brasil Historia_da_Africa
Este documento discute o ensino da História da África e dos africanos no Brasil. Primeiro, destaca a importância de incluir este conteúdo na educação básica apesar das dificuldades históricas. Segundo, analisa os motivos para a longa ausência destes assuntos nos currículos escolares, incluindo o racismo e a busca por uma identidade branca. Terceiro, ressalta a diversidade da África e dos africanos no Brasil, e como unificar demais pode apagar diferenças.
A Mulher na Teledramaturgia Mexicana: Representações no Visível e InvisívelPhillipe Xavier
Este documento discute as representações das mulheres na teledramaturgia mexicana. Apresenta uma revisão dos estudos feministas sobre representações culturais, mostrando como as mulheres foram retratadas de forma estereotipada e subordinada aos homens. Também analisa como as telenovelas mexicanas perpetuam estes estereótipos através das personagens femininas.
Críticas ao pensamento das senzalas e casa grandeRossita Figueira
1) O artigo critica a visão de que o livro "Casa Grande e Senzala" trouxe uma abordagem inovadora sobre as relações raciais no Brasil, apontando que havia pensadores negros anteriores, como Juliano Moreira e Manoel Querino, que já traziam visões revolucionárias sobre a população negra.
2) Argumenta-se que o livro não representa de forma sistemática a realidade da produção escravista no Brasil e que a ideia da casa grande e da senzala não serve para pensar a imensa diversidade
Este artigo discute como a diferenciação racial contribui para a desigualdade social no Brasil. As autoras argumentam que o critério racial opera como fator de diferenciação, gerando desigualdades, mesmo entre camadas populares da mesma classe social, devido à discriminação. Elas propõem o conceito de "habitus racista" para explicar como certos traços fenotípicos negros são associados a um menor capital simbólico e social, estruturando o destino social dos indivíduos negros e dificultando sua ascensão. Final
O documento descreve o programa do III Colóquio Nacional Marxismo, Teoria Crítica e Filosofia da Educação sobre o tema "Educação e Crítica à Pós-Modernidade", que ocorrerá entre os dias 20 e 22 de novembro de 2013. O colóquio será dividido em dez grupos de trabalho que debaterão questões relacionadas ao marxismo, teoria crítica, filosofia da educação e crítica à pós-modernidade. Cada grupo terá entre 6 e 8 apresentações sobre os respectivos temas.
O documento discute a evolução da sociologia brasileira desde as primeiras reflexões sobre a sociedade brasileira nas décadas de 1930 até a consolidação da sociologia como ciência a partir da década de 1940. Destaca autores fundamentais como Euclides da Cunha, Gilberto Freyre, Caio Prado Junior e Florestan Fernandes e como eles analisaram temas como raça, estrutura social e classe no Brasil.
Coleção Historia - Estudos Africanos - Multiplas AbordagensHistoria_da_Africa
O artigo discute os debates em torno das políticas ambientais na África Oriental Alemã durante o governo de Albrecht von Rechenberg (1906-1912), que defendia uma visão mais exploratória da colônia em detrimento da preservação da vida selvagem, gerando críticas de naturalistas e caçadores esportivos que defendiam um "protecionismo ambiental" na África colonial.
1) O documento discute o ensino da História e Cultura Africana e Afro-brasileira no Brasil e a importância do uso de imagens em sala de aula.
2) Ele aborda conceitos como discriminação, preconceito e racismo no contexto brasileiro e como esses conceitos foram historicamente construídos.
3) O autor defende que o uso adequado de imagens como filmes, fotos e pinturas pode ajudar os alunos a compreenderem melhor a história e cultura afro-brasileira.
A partir de meados do século XX, a Antropologia concentrou seu interesse nas populações marginalizadas das sociedades nacionais. No Brasil não foi diferente: a Antropologia construiu um acervo de conhecimento sobre populações indígenas, negras, camponesas, entre outras.
Ao contrário das antropologias norte-americana, inglesa e francesa, a antropologia brasileira preocupou-se basicamente em estudar o próprio país. Apenas muito recentemente os antropólogos brasileiros começaram a estudar a diferença em contextos fora do Brasil. Durante praticamente todo o século XX, o principal interesse foi explicar o Brasil, observando as populações marginalizadas do país e também as populações urbanas de classe média e as elites. Este capítulo começa com um breve histórico da Antropologia no Brasil para depois destacar os principais focos e temas da produção antropológica nacional.
O documento discute as desigualdades raciais no Brasil e as políticas de ações afirmativas nas universidades. Primeiro, revisita o debate sobre as relações raciais brasileiras e a existência do racismo no país. Segundo, analisa como a ideia de raça foi construída no Brasil com base em teorias raciais do século XIX que defendiam a superioridade branca. Terceiro, mostra como essas ideias levaram à imagem do "Brasil sem problemas raciais" mas estudos revelaram profundas desigualdades entre brancos e
Remanescentes Culturais Africanos no BrasilTathy Pereira
O documento descreve a evolução dos estudos sobre a cultura africana no Brasil ao longo dos séculos XIX e XX, destacando os pioneiros na área como Nina Rodrigues e Manuel Querino, assim como os centros de estudos que foram formados nas universidades brasileiras a partir da segunda metade do século XX.
1) O documento descreve a história da Sociologia no Brasil, dividindo-a em diferentes etapas desde os pensadores sociais iniciais até o período atual.
2) As principais etapas incluem o período dos pensadores sociais, a Sociologia de Cátedra, a Sociologia Científica, um período de crise e diversificação, e o atual período de busca de uma nova identidade.
3) Temas e influências teóricas importantes ao longo da história incluem a questão racial, a modernização,
Florestan fernandes a integração do negro na sociedade de classesJorge Miklos
Este documento resume:
1) A vida e obra do sociólogo Florestan Fernandes, focado no estudo da integração do negro na sociedade brasileira.
2) Seu livro "A integração do negro na sociedade de classes" analisa os desafios enfrentados pelos negros após a abolição da escravidão em adaptar-se às novas relações sociais e de trabalho.
3) Florestan argumenta que os negros enfrentaram grande marginalização e exclusão social devido à falta de preparo para a liberdade e concorr
Preconceito Racial_ Modos, Temas e Tempos - Antonio Sérgio A. Guimarães.pdfVIEIRA RESENDE
Este capítulo discute como as classificações de cor se desenvolveram e se transformaram em categorias de raça a partir do século XIX. A palavra "negro" originalmente se referia à cor de pele escura, mas passou a ser associada a significados negativos na cultura ocidental. Diferentes povos tinham simbolismos diversos para as cores. Estudos científicos sobre cor e classificação racial no Brasil também são abordados.
O documento discute a história dos conceitos de preconceito de cor e racismo no Brasil desde o século XIX. Analisa como o racismo surgiu como doutrina científica na década de 1870 e evoluiu para teorias de embranquecimento. Também descreve como Gilberto Freyre promoveu uma revolução ideológica ao encontrar na cultura nordestina a alma nacional brasileira, substituindo noções biológicas de raça por noções culturais.
O documento discute a contribuição dos povos africanos para o conhecimento científico e tecnológico. Apresenta como o eurocentrismo distorceu a história, negando o legado dos povos africanos. Destaca importantes conquistas científicas e tecnológicas desses povos, como os avanços na medicina feitos pelos egípcios antigos.
Separação geográfica de grupos em razão da sua raça, etnia, religião ou qualquer outra categoria que arbitrariamente é utilizada como motivo de discriminação espacial dos seus membros. A segregação pressupõe um desequilíbrio de forças entre o grupo segregado e os autores da segregação.
Ações afirmativas e o debate sobre o racismo no brasilGeraa Ufms
1) O documento discute as ações afirmativas e o debate sobre racismo no Brasil.
2) Há divergências entre aqueles que veem as ações afirmativas como forma de superar a discriminação racial historicamente e aqueles que temem que possam instigar conflitos raciais.
3) Duas tradições teóricas divergem no debate: a sociológica, focada em desigualdades raciais, e a antropológica, preocupada com identidades e diferenças humanas.
As 3 frases:
Este documento discute o desenvolvimento da antropologia no Brasil, desde seus primórdios com pesquisadores como Curt Nimuendajú até os anos 1960. Aborda como a antropologia surgiu para entender a diversidade cultural brasileira e construiu a identidade nacional. Explica as principais figuras e correntes que contribuíram para o estudo das culturas indígenas e da sociedade brasileira.
1) Os povos indígenas do Nordeste brasileiro receberam pouca atenção de etnólogos e antropólogos, com poucos estudos especializados sobre eles.
2) Esses povos eram vistos como altamente aculturados e sem muita distintividade cultural, tornando-os pouco atraentes para estudos etnológicos.
3) Recentemente, demandas políticas sobre terra e assistência levaram ao surgimento de estudos sobre esses povos, construindo-os como um objeto de pesquisa.
Ensino de história e diversidade cultural ricardo oriáEduardo Dantas
O documento discute a importância de se ensinar a história e a diversidade cultural brasileira de forma mais inclusiva, reconhecendo as contribuições indígenas e africanas. A lei 10.639/2003 tornou obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileira, mas é necessário fazer mais para superar o eurocentrismo e valorizar todas as etnias que formaram a cultura brasileira.
1) O documento discute a importância de referenciais étnicos positivos nas escolas para a formação da identidade cultural de estudantes de diferentes etnias.
2) Historicamente, a população negra foi reduzida à raça inferior durante a colonização para justificar a exploração e escravidão. Isso causou danos à identidade cultural dos africanos e seus descendentes.
3) O texto argumenta que a literatura infantil pode ajudar a fornecer referenciais positivos sobre a história e cultura negra, contribuindo para a formação da
1) O documento discute caminhos para uma educação antirracista, enfatizando a importância de práticas que valorizem a cultura e identidade negras.
2) Ele aborda conceitos como racismo, preconceito e discriminação, explicando suas diferenças, e defende a descolonização do currículo escolar para dar visibilidade a culturas perseguidas.
3) Também apresenta a Lei 10.639 que torna obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileira e indígena nas escolas.
1. O documento discute o uso das expressões "literatura negra" e "literatura afro-brasileira" para se referir à produção literária de autores negros e afrodescendentes no Brasil.
2. Há divergências entre teóricos sobre qual termo é mais adequado, com alguns defendendo o uso de "literatura negra" para enfatizar questões de identidade e exclusão, e outros preferindo "literatura afro-brasileira" para evitar rotular a produção desses autores.
3. Fatores como a escolha de quais autores
1. O documento discute o uso das expressões "literatura negra" e "literatura afro-brasileira" para se referir à produção literária de autores negros e afrodescendentes no Brasil.
2. Há divergências entre teóricos sobre qual termo é mais adequado, com alguns defendendo o uso de "literatura negra" para enfatizar questões de identidade e exclusão, e outros preferindo "literatura afro-brasileira" para evitar rotular a produção desses autores.
3. Fatores como a escolha de quais autores
1. O documento discute o uso das expressões "literatura negra" e "literatura afro-brasileira" para se referir à produção literária de autores negros e afrodescendentes no Brasil.
2. Há divergências entre teóricos sobre qual termo é mais adequado, com alguns defendendo o uso de "literatura negra" para enfatizar questões de identidade e exclusão, e outros preferindo "literatura afro-brasileira" para evitar rotular a produção desses autores.
3. Fatores como a escolha de quais autores
1. O documento apresenta a contribuição de intelectuais e artistas negros para a cultura brasileira, destacando suas realizações nas áreas da música, intelectualidade e artes.
2. Dois compositores negros importantes para a música brasileira são apresentados: José Maurício Nunes Garcia e Pixinguinha.
3. Vários intelectuais negros brasileiros e suas contribuições são descritos, incluindo Manuel Querino, Luiz Gama, Juliano Moreira, André Rebouças e Theodoro Sampaio.
Semelhante a A antropologia no espelho da raça (20)
1. O documento apresenta os cadernos de apoio à aprendizagem de sociologia para a 3a série do ensino médio da Bahia.
2. É coordenado pela Secretaria de Educação da Bahia e elaborado por uma equipe de professores para auxiliar no trabalho pedagógico durante a pandemia.
3. Os cadernos abordam temas como o capitalismo, a relação entre países centrais e periféricos, o capital corporativo e a globalização, com atividades para os alunos.
1. O documento apresenta os cadernos de apoio à aprendizagem de história para a 3a série do ensino médio na Bahia.
2. Foi elaborado por dezenas de professores da rede estadual durante a suspensão das aulas presenciais devido à pandemia.
3. O material é parte da estratégia de retomada das atividades letivas e visa apoiar docentes e estudantes nesse processo.
Este documento apresenta os Cadernos de Apoio à Aprendizagem em Sociologia produzidos pela Secretaria de Educação da Bahia para apoiar estudantes e professores durante a pandemia. O material foi elaborado por uma equipe de educadores e contém objetos de conhecimento, competências, temas e atividades para cada unidade.
Este documento fornece orientações para o planejamento escolar de 2014 da rede pública estadual de São Paulo. Ele apresenta a Coordenadoria de Gestão da Educação Básica e seus departamentos e centros de atividade, e fornece diretrizes e sugestões para o planejamento de diversas áreas do currículo escolar como línguas, matemática, ciências, entre outras. O objetivo é auxiliar as escolas na elaboração de seus planos de ação para o ano letivo de 2014.
The document contains the official answer keys for multiple choice questions from an objective exam for a public competition held by the Brazilian National Social Security Institute (INSS). It lists the correct answers for 150 questions across 4 test booklets (cadernos A, B, C, D). An "X" indicates questions that were later annulled or canceled.
O documento fornece instruções sobre a realização de uma prova objetiva para analista previdenciário, detalhando os procedimentos que devem ser seguidos pelos candidatos, como a conferência dos dados no cartão-resposta, o preenchimento das respostas e a assinatura do cartão após a finalização da prova.
O documento apresenta instruções para a realização de uma prova com 150 itens, indicando que os candidatos devem marcar C para itens corretos e E para errados. Também fornece algumas considerações sobre os itens de Informática e sobre a língua portuguesa.
The document contains the official answer keys for multiple choice questions from an objective exam for a public competition held by the Brazilian National Social Security Institute (INSS). It lists the correct answers for 150 questions across 4 test booklets (cadernos A, B, C, D). An "X" indicates any annulled or ignored questions.
Este hino descreve São Francisco do Conde como uma jóia preciosa no Recôncavo Baiano que brilha com a luz do luar. Celebra a independência e bravura de seus filhos, tanto em batalhas quanto nas letras, e como a cidade foi ensinada fé, amor e heroísmo por monges e pioneiros valentes. Termina saudando a cidade como um torrão acolhedor dado por Deus.
Este documento fornece um resumo de um teste de avaliação diagnóstica em história aplicado a um aluno do 9o ano. O teste contém 10 questões sobre temas históricos como a Inconfidência Mineira, o Período Regencial, a Abolição da Escravatura e a Revolução Industrial.
Slides Lição 11, Central Gospel, Os Mortos Em CRISTO, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
Slideshare Lição 11, Central Gospel, Os Mortos Em Cristo, 1Tr24, Pr Henrique, EBD NA TV, Revista ano 11, nº 1, Revista Estudo Bíblico Jovens E Adultos, Central Gospel, 2º Trimestre de 2024, Professor, Tema, Os Grandes Temas Do Fim, Comentarista, Pr. Joá Caitano, estudantes, professores, Ervália, MG, Imperatriz, MA, Cajamar, SP, estudos bíblicos, gospel, DEUS, ESPÍRITO SANTO, JESUS CRISTO, Com. Extra Pr. Luiz Henrique, 99-99152-0454, Canal YouTube, Henriquelhas, @PrHenrique
Slides Lição 11, CPAD, A Realidade Bíblica do Inferno, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
Slideshare Lição 11, CPAD, A Realidade Bíblica do Inferno, 2Tr24, Pr Henrique, EBD NA TV, Lições Bíblicas, 2º Trimestre de 2024, adultos, Tema, A CARREIRA QUE NOS ESTÁ PROPOSTA, O CAMINHO DA SALVAÇÃO, SANTIDADE E PERSEVERANÇA PARA CHEGAR AO CÉU, Coment Osiel Gomes, estudantes, professores, Ervália, MG, Imperatriz, MA, Cajamar, SP, estudos bíblicos, gospel, DEUS, ESPÍRITO SANTO, JESUS CRISTO, Com. Extra Pr. Luiz Henrique, de Almeida Silva, tel-What, 99-99152-0454, Canal YouTube, Henriquelhas, @PrHenrique, https://ebdnatv.blogspot.com/
Slides Lição 11, CPAD, A Realidade Bíblica do Inferno, 2Tr24.pptx
A antropologia no espelho da raça
1. 1
A Antropologia no Espelho da Raça
Osmundo Pinho1
Considerando-se tão somente o enorme peso demográfico daqueles que se qualificam perante
os órgãos oficiais de pesquisa no Brasil como “pretos” e “pardos”, quer os consideremos
negros ou não-brancos, vis-à-vis aqueles outros que se classificam como brancos2
, é forçoso
reconhecer que identidades raciais compõem a pauta inequívoca da auto-compreensão
popular e erudita que temos sobre o Brasil. Tendo-se em mente, ademais a relativa densidade
do interesse acadêmico internacional, que tem feito do Brasil palco para inquéritos
acadêmicos e pesquisas etnográficas sobre o tema, em conjunção fundamental com a própria
tradição “nacional” de Estudos sobre o Negro3
, veremos que a problemática das relações
raciais não representa um capítulo residual, ou um adorno inconstante no campo acadêmico
das ciências sociais no Brasil, e notadamente da Antropologia Social. Inversamente, é um
aspecto crucial, tanto do ponto de vista do interesse público - e penso aqui nos termos do que
Antonio Arantes tem difundido como uma antropologia pública – quanto do ponto de vista dos
desenvolvimentos internos da antropologia, no rumo de seu progresso teórico e do admirável
esforço empírico que já tem cumprido, graças, dentre outros fatores à profissionalização das
ciências sociais. Arriscaria, assim, dizer que a antropologia brasileira em particular, e as
ciências sociais, de um modo em geral, teriam, digamos, a faca e o queijo na mão, para tornar-
se líder mundial nesse campo de investigações. Entretanto, determinadas contradições
internas deveriam ser examinadas, no sentido de interrogarmos se isso seria desejável e, em
que medida possível, diante das atuais condições.
Pluralizando a Antropologia da Raça
Consideremos inicialmente certa divisão acadêmica do trabalho que se consolidou nesse
campo. Se, notadamente com o Ciclo da UNESCO e o convênio Columbia/Estado da Bahia, nos
anos 50, a sociologia dedicou-se a flagrar com recursos metodológicos específicos, como o uso
1
Bolsista de Pós-Doutorado (FAPESP) no Departamento de Antropologia da UNICAMP. osmundopinho@uol.com.br.
2
Seriam, segundo o censo de 2000 do IBGE, 6,2 % de pretos; 38,4 % de pardos e 55,4% de auto-declarados brancos (Paixão, 2003).
3
Por exemplo, Herskovits, 1943; Landes, 1967; Pierson, (1942)1971; Bastide, 1971a e mais recentemente Twine, 1998.
2. 2
de estatísticas e dados agregados, padrões impessoais de desigualdade, que se descreveriam
como de base racial, a antropologia, caudatária da tradição dos estudos afro-brasileiros,
dedicou-se, nos anos heróicos de formação da disciplina, e a até bem pouco tempo atrás, a
documentação de aspectos culturais – ou seja, estruturas simbólicas performadas –
justamente daquilo que se instituiu canonicamente como Cultura Negra nos anos 30(Maio,
1999; Pinho, 2007a).
Os trabalhos de Edson Carneiro e Arthur Ramos, assim como a “Escola
Pernambucana”, auspiciada por Gilberto Freyre delinearam com clareza o corpus temático que
marcou a esfera ampliada de interesses sobre o “negro” e que, na verdade o constitui como
um problema antropológico. Tal dualidade tem, entretanto, raízes mais profundas. De um
lado, os estudos médicos-criminalísticos de inspiração racialista lombrosiana, epitomizados por
Raimundo Nina Rodrigues, e que incorporaram o negro como o “Problema Negro”, foram o
lastro sobre o qual Freyre e Ramos reagiram, para sustentar o negro como um problema
antropológico. Em Freyre, com maior brilho, o problema negro, como problema nacional,
tornou-se a feliz solução final do mestiço. Em Ramos, a constrangedora noção de raça
transmutou-se na versão assimilacionista de cultura (Freyre, 1995{1933}; Ramos, 1935; 1988).
Por outro lado, os estudos de Pierson nos anos 30 na Bahia, trouxeram a perspectiva
sociológica, que se desenhava na Escola de Chicago, como as preocupações sobre a integração
de “diferentes” na vida urbana e a utilização de dados agregados. As inúmeras tabelas que
Pierson apresenta, sobre as diferenças na ocupação entre negros e brancos na Bahia, não
foram capazes, entretanto, de convencê-lo da prevalência estrutural de desigualdades erigidas
em bases raciais4
. Seria preciso esperar que Florestan Fernandes, e outros pesquisadores,
muitos dos quais estrangeiros, engajados no Projeto UNESCO, fizessem uso de dados
agregados para denunciar, 60 anos após a abolição da escravatura, a persistência da
desigualdade racial no Brasil. A vereda aberta por esses estudos quantitativos consolidou-se
posteriormente, e de modo crítico, na obra de Carlos Hasenbalg e Nelson do Valle e Silva
(Hasenbalg, 1979; Hasenbalg e Silva, 1999).
4
Com relação a estrutura ocupacional vale a pena lembrar algumas das observações de Pierson. No quadro “Distribuição Racial nos
empregos em que pareciam predominar os pretos, Salvador, 1936” vemos que os pretos e mulatos formam a totalidade entre os
carregadores, 97% e 3 % respectivamente; entre as lavadeiras haviam 89,5 % de pretas e 9,5 % de mulatas; entre pedreiros 82,4%
de pretos e 16,8 % de mulatos; entre os estivadores 1,6% de brancos, 81,6 % de pretos e 15,2% de mulatos e assim por diante.
Sabemos que estas são profissões negras ou “trabalho de preto” até hoje em Salvador, assim como são ocupações que vieram do
século XIX com essa mesma associação. No quadro “Distribuição Racial nos empregos em que pareciam predominar os brancos,
Salvador, 1936” vemos que entre os bancários 84,0 % eram brancos, 2,4% mulatos e nenhum preto; entre os negociantes 75,%
eram brancos e 7,5% mulatos, além, de 17,5% “branqueados” e nenhum preto; entre as dançarinas de cabaré dentre as quais
haviam muitas estrangeiras - temos 67,31 % de brancas, 11,5% de mulatas e nenhuma preta; entre os advogados 67,1 % de
brancos, 9,7 % de mulatos e 1,7 % de pretos; entre os médicos 63,0% de brancos, 20,0 % de mulatos e 1,0 % de pretos. (Pierson,
1971 {1939}: 226).
3. 3
De modo muito esquemático poderíamos dizer, assim, que tudo se passa como se os
antropólogos pela lente da observação participante, só enxergassem aquilo que acabou
definindo a “diferença” dos negros, a Cultura Negra. E os sociólogos, pela janela das tabelas
estatísticas, privilegiassem a conexão entre a auto-definição racial e o lugar (desigual) na
estrutura social.
Esse seria, digamos assim, o quadro formador da divisão do trabalho nesse campo, que
acabou produzindo certa esquizofrenia, a meu ver, sintomática da “contaminação” inevitável
da agenda acadêmica pela sensibilidade social, e vice-versa. Como tem sido salientado, a
reflexividade é parte integrante dos processos de constituição social dos discursos e das
práticas, de pesquisadores e nativos (Giddens, Beck e Lash, 1997; Giddens, 2002; Silva, 2000).
Uns produzem leituras sobre os Outros, os Outros lêem a si mesmos e a seus intérpretes no
espelho multi-refratado da raça. Tudo se passa, entretanto, como se a constituição da
“diferença” negra, como diferença cultural, não estivesse implicada na localização dos sujeitos
sociais negros concretos num espaço de lutas e de desigualdade. Como se a cultura fosse essa
entidade etérea, “like the air we breath” (Foucault, citado em Dreyfus and Rabinow, 1982: 49),
coleção arbitrária de itens, arrolados pelos que se arrogam especialistas culturais (e nesse caso
poderíamos incluir não só antropólogos, mas artistas, jornalistas e intelectuais num sentido
amplo).
Ora, diante desse quadro, temos visto mudanças recentes. Chama a atenção, por
exemplo, a multiplicidade de interesses temáticos manifestados por toda uma nova geração
de pesquisadores e estudantes de pós-graduação, muitos dos quais são egressos ou
ativamente envolvidos com o ativismo anti-racista e com as diversas manifestações de
movimento negro. Basta observarmos as listas de comunicações apresentadas em reuniões
acadêmicas, tão diversas como os Encontros da ANPOCS e as reuniões da ABA, os Congressos
Nacionais de Pesquisadores Negros (esse ano na sua quinta edição), encontros universitários
multidisciplinares como ENUDS e as reuniões da ANPED5
, para constatarmos uma verdadeira
explosão caleidoscópica de propostas temáticas, investigações de caráter etnográfico,
reflexões teóricas e estudos que combinam abordagens diversas a explícitas tomadas de
posição política.
No que se refere à dualidade apontada acima, entre a sociologia da desigualdade racial
e a etnografia da cultura negra, poderíamos mesmo dizer que é fora da antropologia que se
5
Conferir na internet os sites dessas diversas entidades: http://www.anped.org.br/inicio.htm;
http://www.anpocs.org.br/portal/; http://www.5enuds.kit.net/; http://www.abant.org.br/;
http://www.museu.ufg.br/vcopene/page.php.
4. 4
ensaia com maior vigor reconciliação. Estudos diversos no campo da educação têm procurado
conciliar uma metodologia de inspiração antropológica, a abordagem etnográfica, implicada na
observação participante e na reconstituição textual das teias de significado socialmente
operantes, com uma preocupação candente com a reprodução de desigualdades e
estereótipos no ambiente escolar, ou em esferas sociais a ele associadas6
. Tal reconciliação
favorece uma visão da cultura, em grande parte influenciada pelos Estudos Culturais (Clarke e
Hall, 1975), que não a vê como o destino inexorável dos sujeitos, mas como o território de
convergências e lutas, pondo em relevo seus aspectos históricos e políticos, em oposição a
uma visão, digamos, mítica da cultura, que a concebe como um conjunto de elementos a-
históricos, ordenados segundo princípios estruturais abstratos. Ora, como diria Paul Gilroy:
“the terrain of meaning and action is also a field of historical development trough struggle”
(Gilroy, 1987: 17). Tal visão mítica certamente favorece que releguemos ao negro o papel de
mero portador da cultura e não de um ser histórico, presente nas lutas sociais (e culturais),
inclusive naquelas que conformam o mesmo campo acadêmico que o elegeu como objeto.
Assim, tal disposição, ainda que eventualmente eivada de imprecisão e voluntarismo, aponta
um caminho para contestação da referida dualidade.
De outro lado, a miríade de novos estudos afrodescendentes, disseminada pela
combativa e diversificada nova onda de pesquisadores, e de alguns outros, nem tão jovens
assim, poderia ser distribuída aqui, de modo descompromissado e ligeiro em determinados
campos de investigação que, creio, revelam novos interesses e novos rumos, que se orgulham
de pertencer à tradição da antropologia brasileira, mas que buscam oxigênio e que fazem
compromissos com as transformações mais amplas na vida social brasileira.
Assim, por exemplo, vemos que os estudos sobre religiosidade afro-brasileira mantêm
o privilégio que conquistaram desde a fase inaugural com Nina Rodrigues, com, é óbvio,
importantes distinções. Se naquele momento estava em jogo a patologização do negro, como
de outros setores sociais subalternizados, pela lógica naturalizante dos doutores da época,
atualmente investiga-se e revela-se a lógica sociológica da organização social do culto afro-
brasileiro; aspectos ligados a performance de manifestação das divindades e seu simbolismo
complexo e; por fim, de modo muito significativo, os embates políticos ligados a
confrontação/concorrência no campo religioso(p. ex. Birman, 1995; Braga, 1995; Santos, 1995;
Silva, 2000).
6
P. ex. Rezende, 2007.
5. 5
Estudos mais recentes sobre trabalho e racismo, classes médias negras, mulheres
negras, juventude e homossexuais afrodescendentes, tem explorado distintos modos de
articulação entre identidade e condições de vida. Ressaltando de modo determinado aspectos
interseccionais da formação dessas identidades, que se realizam em ambientes marcados por
desigualdades de classe e estigmas distintos (Figueiredo, 1999; Lima, 1998; Sansone, 1993;
Dias Fo. 1993; Machado, 1996; Lima e Cerqueira, 2000; Bairros, 1988; Silva, 1997; Pinho,
2007b). De tal forma que as identidades negras, e o processo de sua formação aparecem
matizados em meio a outros condicionantes, dentre os quais o acesso, ou não-acesso, ao
mundo das mercadorias surge como determinante. O estudo de Ângela Figueiredo (2002), por
exemplo, mostra que a ascensão social, a formação universitária e o consumo conspícuo de
bens, não imunizam sujeitos identificados como negros do racismo. O que de certo modo
explica porque esses negros de classe média, apesar de distantes do ativismo, sejam capazes
de mobilizar uma linguagem identitária.
Estudos sobre juventude negra popular e sobre música negra na periferia salientam, já
há algum tempo, a importância da conexão global que fazem os jovens da periferia com
relação a correntes discursivas transnacionais, que formam o espaço assimétrico de
conversação que poderíamos chamar de Diáspora (Gilroy, 1997; Cunha, 1993; Godi, 2001;
Silva, 1984; 1995; Rosa, 2006). O acesso a esses fluxos é usualmente mediado pela relação com
bens simbólicos, negociados em mercados relativamente abertos. Por outro lado, o consumo
de informação midiatizada da cultura negra global opera em contextos locais como um
dispositivo de identificação dos jovens pobres e como uma máquina de des-interpretação do
Brasil. Enquanto que, ironicamente, as elites intelectuais clamam pela autenticidade da cultura
popular, os jovens pobres e “de cor” das periferias transnacionalizam-se alegremente
funkificando a cultura popular Brasil (Yúdice, 1997). De tal forma que, hoje em dia, enquanto
as massas populares do Nordeste (e de todos os “nordestes” presentes nas periferias
brasileiras) preferem o forró eletrônico da Banda Calypso, jovens universitários das elites do
Sudeste só admitem ouvir forró “Pé de Serra”. Assim, e talvez isso seja o mais importante, a
cultura negra agora não é mais vista apenas como a cultura negra tradicional, aquela
constelação canônica de samba, macumba e capoeira, mas incorpora formas mutantes e de
inspiração transnacional, ancoradas nos usos “selvagens” da tecnologia, aliás, cada vez mais
intensivamente manipulada.
O corpo, e suas manipulações, interdições e performances compõem um outro eixo,
que conecta os estudos sobre juventude e cultura negra juvenil globalizada aos estudos sobre
a mulher negra, suas formas de organização e de reinvenção estética de si(Figueiredo, 1994;
6. 6
Oliveira, 2001). Porque o negro, e mais notadamente a negra, foi confinado ao seu corpo,
como uma espécie de condenação atávica herdada da discursividade raciológica do século XIX,
o corpo é o lugar de uma reinvenção de si do negro (Pinho, 2006). O que tem sido flagrado e
discutido num sem número de trabalhos7
. Assim também, alguns estudos recentes
demonstram a prevalência das marcas da diferença no corpo como reprodutoras de
desigualdades em esferas alternativas de vida social, como no trabalhou ou na conjugalidade
(Moreira e Sobrinho, 1994; Agier e Guimarães, 1995; Silva, 1997).
Salientaria, num esboço de síntese, alguns eixos principais que nos ajudariam a
agrupar as diferentes perspectivas apenas sugeridas acima. Em primeiro lugar, um novo
interesse pela desigualdade, tal como é percebida e culturalmente elaboradas pelos agentes
num ambiente de modernização, o que implica levar em consideração as condições materiais
de existência, as trajetórias de vida, de ascensão ou declínio socioeconômico, em comparação
aos pais, por exemplo, e as estratégias nas quais a identificação racial parece oferecer um
anteparo ou abrigo ao sentimento de exclusão e injustiça experimentado pelos atores
(Sansone, 1993; Bacelar, 2001). Na chave da desigualdade etnograficamente considerada,
poderíamos divisar, como vimos, estudos sobre classes médias, mulheres em contextos
populares, e desigualdades no campo da sexualidade e das práticas de gênero. Como uma
outra face desse eixo apontaríamos a importância do corpo, em sua conexão com as formas de
identificação, entendidas, como predominantemente processuais e abertas. Desse ponto de
vista, é sobre o corpo, e no corpo socialmente significado, que se sustentam identidades e
performances sociais/corporais, num ambiente conflitivo e marcado por uma “luta de
identificações e guerra de posições” (Hall, 2002) no horizonte de uma disputa hegemônica mais
ampla pelo controle da significação sobre os corpos. Esta abordagem permite conectar os
estudos de relações raciais aos estudos de gênero e sexualidade, marcadamente aqueles de
influência pós-estrutural e pós-colonial, que vêem no corpo o campo de batalha histórico pela
regulação das subjetividades e das populações subalternas ou desviantes (Figari, 2007).
Por fim, a abordagem interseccional ganha fôlego, porque permite considerar os fatos
e processos estudados de modo mais complexo e circunstanciado, abrindo o campo de
possibilidades interpretativas para as conexões concretas que ocorrem definindo o lugar dos
sujeitos. E desse ponto de vista, a “determinação em última instância” pelas condições
materiais de existência, ou o lugar das lutas de classe, não é desprezível. Notadamente porque
a desigualdade e a subalternidade estão na ordem do dia, e o racismo, ou processos de
7
P. ex.: Lucinda, 2004.
7. 7
racialização, tem sido apontado como engrenagem fundamental na reprodução das
desigualdades, não de um modo mecânico ou não-mediado, mas inversamente em modos
combinados e articulados (Creenshaw, 2002). De tal forma que a experiência da discriminação
varia de acordo ao lugar de classe atravessando deferentes posições sociais. A empregada
doméstica negra e a jornalista negra confundida com uma empregada doméstica8
.
Não podemos esquecer que via de regra as formações sociais parecem, para efeitos da
compreensão antropológica, todos estruturados em torno de processos simbólicos abstratos,
materializados, tornados concretos, objetivos e carregados de interesse pela ação humana,
mediada justamente pelas práticas sociais. A idéia de estrutura e de formações sociais
estruturadas é assim muito importante e deveria nos permitir descrever como a sociedade - e
suas hegemonias - é produzida, feita a partir de suas bases, de sua manufatura miúda, nos
contextos empíricos de interação. Nesse caso, a idéia de uma ordem estruturada como
hierarquias de instâncias de determinação, pode ser invocada para explicar o alinhamento
diferencial das estruturas sociais e sua determinação em última instância pelo econômico e
pelas lutas em torno da reprodução social, feitas a partir de sua base (infra) estrutural. As lutas
de classe em suas manifestações podem ser assim interpretadas como instrumentos
conceituais importantes para a compreensão da modernidade, principalmente nas variadas
formas em que estas categorias e outras se compõem para descrever um todo estruturado
como uma sociedade. Um todo que está “estruturado com dominante”, como coloca
Althusser9
.
Como já indicado, os eixos acima referidos giram em torno de determinada ausência
ou falta, um incômodo espaço vazio deixado em aberto, e em contestação, pela falência,
primeiro do racialismo científico da República Velha, com seus Doutores e Bacharéis, que
demolido pelos fatos da ciência e pelas ondas da história, resiste ainda, apenas como um
fundo psicológico atávico para racismos populares e estereótipos carcomidos. Mas caduca
também, a passos largos, a alternativa assimilacionista e culturalista, que se interessava
sobremaneira por aquilo que já foi qualificado como o “Negro-Espetáculo”, definido em
termos culturais como um ser ambiguamente exótico e familiar, diferente do “nós” displicente
que surge quando se fala da sociedade nacional. Nem o racialismo, obviamente, nem o
culturalismo parecem dar conta das oportunidades que se abrem no momento.
8
Sobre a consideração do drama social do ato discriminatório Cf. p. ex. Fry, 1995; Hanchard, 1996.
9
“Que uma contradição domine as outras. Supõe que a complexidade que ela figura seja uma unidade estruturada, e que
essa estrutura implique uma relação de dominação e subordinação assinalada nas outras contradições”.
“A unidade a que se refere o marxismo é a unidade da própria complexidade, que o modo de organização e de articulação
da complexidade constitui precisamente em sua unidade. É afirmar que o todo complexo possui a unidade de uma
estrutura articulada com dominante” (Althusser, 1979:178).
8. 8
Assim, viveríamos uma dupla orfandade, do racialismo e do culturalismo, obrigando a
antropologia das relações raciais a tomar de empréstimo a outras disciplinas paradigmas de
ocasião. Então, flertarmos com os Estudos Culturais porque estes nos oferecem uma noção de
cultura que é viva, dinâmica e combativa, embebida na história e amplificada pela
retroatividade reflexiva. E flertamos com a sociologia e com a educação, ao que parece melhor
preparadas para lidar com as desigualdades e sua reprodução ao longo do tempo.
A insistente obsessão da antropologia brasileira em discutir o caráter nacional faz dela,
por outro lado, presa fácil de determinadas idealizações, assombradas desde seu interior pelo
fantasma amortalhado de Gilberto Freyre, que vaticina, espectral, pela boca de pitonisas
variadas, a “verdade” da nação e dos nacionais. A adesão intransigente ao que se conhece
como o mito da democracia racial chega ao paroxismo, tipicamente antropológico, de exigir-se
que em nome do mito renunciemos a transformar a realidade. Como se o Brasil do século XX
tivesse sido o mesmo do século de XIX, e como se o Brasil do século XXI não pudesse ser outra
coisa se não uma versão melhorada do Brasil do século XX. Como se estivéssemos, por fim,
condenados pela cultura a sermos ad infinitum o Brasil Pandeiro, Mulato e Inzoneiro.
O “Eu” dividido e a Antropologia Crítica10
Ofereço agora, a título de ilustração, relato de minha própria experiência de pesquisa, porque
talvez uma das novidades da nova onda de estudos afrodescendentes, seja justamente a
consideração crítica da autoria etnográfica.
Para minha dissertação de mestrado (Pinho, 1996), fiz trabalho de campo no
Pelourinho, em Salvador, minha cidade natal. O tema da pesquisa era, de modo amplo,
territorialidades e relações raciais. Em determinada altura do período de campo, num
momento de folga, saí para conversar e beber com um amigo baiano em um dos nossos bares
preferidos. Já havíamos passado por dois outros lugares, mas inaugurávamos a madrugada, já
um tanto embriagados, onde nos sentíamos mais a vontade. Discutíamos tortuosamente,
naquele momento (1995), sobre meus interesses intelectuais, que ele não compartilhava, e
sobre minha vida, dividida contra ela mesma, entre a universidade e a “vivência”. Ele me dizia:
“a ‘vivência’ é muito importante para você; e você sempre volta para ela como uma forma de
encontrar a energia e a inspiração que necessita para voltar e trabalhar como pesquisador”.
Meu amigo julgava a si próprio como representando para mim essa “vivência”.
Naquela época já éramos amigos há dez anos (e o somos ainda, felizmente) e ele foi a primeira
10
Versão anterior, e algo modificada, dessa seção apareceu em Pinho, 1999.
9. 9
pessoa a se referir a mim como um “negro”. Quando isso ocorreu, por volta do verão de 1986,
nem eu mesmo pensava nesses termos. Ocorre que ao longo destes dez anos fui,
progressivamente, compreendendo a natureza da situação e descobrindo qual era, como se
diz, o meu lugar. Como Raimundo, o mulato do romance de Aluísio Azevedo (Azevedo, 1998),
descobri, mais ou menos de repente e mais ou menos dramaticamente, (não tão
dramaticamente como no romance, felizmente) que o peso de um passado projetava sua
gravidade sobre o meu presente, e que a trajetória de minha vida correspondia a expectativas
definidas historicamente, antes mesmo que eu houvesse nascido. Caso fosse preto ou muito
escuro, ou não viesse de uma família intensamente “miscigenada”, talvez tivesse, desde a
infância, compreendido melhor o significado das relações entre as raças em Salvador. Sendo,
entretanto, considerado mulato me encontrei na ambígua posição de transitar e na verdade
realizar a passagem entre dois mundos.
Apresento aqui, parte dessa minha experiência biográfica, nesse desajeitado strip-
tease, apenas na medida em que acredito que ela possa ser considerada como instrumento e
não como objeto de reflexão sobre o discurso da antropologia e sobre o lugar a partir de onde
se realiza a inscrição etnográfica. Espero, dessa forma, que este procedimento não seja
interpretado como “confessionalismo”. Na verdade, gostaria de aproveitar para sugerir a
possibilidade de uma antropologia crítica, como um discurso “localizado”, na expressão de
Renato Rosaldo, e como uma antropologia tensionada pela condição de subalternidade social
de seu autor (Rosaldo, 1989).
O projeto de uma antropologia crítica que extraia da experiência etnográfica
elementos para contestação de iniqüidades é antigo, como demonstram Marcus e Fischer
(1986). A contestação anti-racista, particularmente, tem sido uma luta histórica para muitos
antropólogos, desde, pelo menos, Franz Boas, que morreu, literalmente, pregando contra o
racismo. Mais recente, porém, é fato que com as transformações pós-coloniais, antropólogos
“nativos” e/ou subalternos, têm se colocado em cena como novos sujeitos de discurso,
criticando a antropologia e a dominação branca e ocidental (Marcus e Fischer, 1986; Fischer,
1985). O trabalho de Renato Rosaldo, nesse sentido, é exemplar. Ele, que define a si próprio
como um antropólogo “chicano” 11
, constrói a argumentação de seu “Cultura y Verdad” a
partir de seu ponto de vista localizado e de sua experiência pessoal com os processos que
procurava compreender (Rosaldo, 1989)
11
De origem mexicana.
10. 10
Para M. Fischer, a antropologia crítica deve ser: 1. Dinâmica, quer dizer, interessada
em mudanças culturais; 2. Democrática, no sentido de que pretenda interessar mais do que
apenas à comunidade de especialistas e, principalmente, que possa despertar interesse nos
sujeitos nela retratados; 3. Objetiva, no sentido de conseguir “captar as formas públicas de
discurso que não sejam impressões idiossincráticas” (Fischer, 1985: 65). Como coloca Rosana
Guber, para outro contexto, além disso: “la memoria histórica de la nacionalidad - mi objeto -
era parte de mi processo de conocimiento” (Guber, 1996: 62). Para esta autora, a
complexidade de certa situação que viveu no campo só pôde ser entendida a partir de uma
reflexão sobre sua própria situação de pesquisadora nativa, participante do mesmo universo
que procurava analisar. Ser argentina foi, exagerando um pouco, um instrumento heurístico
neste caso. No meu caso, o que significaria identificar-me como negro? Quem, desse ponto
de vista, falaria, quando digo, no texto etnográfico, “eu”? O sentido da anedota banal que
inicia esta seção é justamente procurar dar uma forma a esta interrogação. Como o “eu” da
“vivência”, ela mesma implicada na tessitura das relações raciais que pretendo interpretar,
interpela o “eu” sujeito quase onisciente do texto etnográfico? Em que medida a necessidade
de objetividade implica, assim, numa alienação das condições mesmas que permitem que o
texto se inscreva?
O autor daquela dissertação (Pinho, 1996) parecia dividido contra si mesmo. Sua
“vivência”, forma de ser adequada ao campo no qual ele estruturou sua percepção como
socialmente subalterno, e o lugar auto-reflexivo do pesquisador, de onde ele faz estas
perguntas, interpelam-se mutuamente. É possível, diria, que a reflexão antropológica amplie
seu discurso a ponto de que o subalterno possa “falar”, não extrinsecamente representado
como o “ponto de vista nativo”, mas como o autor? E o que isso significaria em termos de
capacidade crítica, e o que nisso estaria implicado com a noção de “verdade” em tantas
interpretações antropológicas, que, reflexivamente, circulam nos próprios contextos que
deveriam ser interpretados?
Para autores subalternos ou “nativos”, como o que escreveu aquela dissertação, a
vocação humanista das ciências sociais só pode manifestar-se como crítica social e como
insubordinação política, porque para os subalternizados reconhecer a legitimidade de
princípios universalistas significa desafiá-los a se realizarem para todos. E mais, essa realização
é a própria condição que legitima seu lugar (subalterno ou nativo) como sujeito independente
de discurso (Marcus & Fischer, 1986; Marcus, 1985; JanMohamed & Lloyd, 1990). Como
coloca Ruben Oliven, a antropologia das sociedades urbano-complexas, realizada pelos seus
próprios nativos, deve ser radical e nesse sentido crítica, sob pena de fazer nada mais que
11. 11
apenas reproduzir o senso comum e a ideologia (Oliven, 1980). Insistir na desconstrução e na
desnaturalização de relações sociais é como sempre e mais uma vez, o procedimento por
excelência.
Na verdade, a compreensão de que o conhecimento, no campo das ciências sociais, é
referido a posições sociais, consideradas como se entrelaçando para produzir campos de
discurso e legitimidade, não é nada nova. Weber, como sabemos, coloca claramente: “Todo
conhecimento da realidade cultural é sempre um conhecimento subordinado a pontos de vista
especificamente particulares” (Weber, 1986: 97).
Percebendo nossa relação com mundo como sendo sempre mediada por estruturas de
significação e, por conseguinte, sistemas de valores, Weber é apontado como referência para
o interpretativismo de Clifford Geertz (Geertz; 1978; Fischer, 1985). Para este, como é bem
conhecido, etnografias são sempre interpretações de interpretações de interpretações. A
leitura é sempre circunscrita a contextos significativos, e a cultura é, segunda a famosa
formulação, uma “teia” de significados (Geertz, 1978). Ora, qual seria o contexto significativo
para um autor, subalterno como “Eu”? Negro, em uma sociedade de exclusão racial. Nativo da
cidade de Salvador, “nascido e criado”, como se diz na Bahia, naquela cidade que comunica,
ela mesma como representação, todo o tempo uma mensagem incessante sobre sua própria
realidade cultural. Uma mensagem praticamente irresistível de adesão e celebração da
“sensual e miscigenada cultura baiana”?
O que tem se chamado de Antropologia pós-moderna (Caldeira, 1988; Trajano Fº,
1988) talvez tenha provocado primordialmente esse efeito de deslocamento e estranheza em
relação ao lugar de onde se produz o conhecimento. E de tal forma que não há mais um lugar
estável e transparente para o “eu”, ponto de articulação das discursividades. Como, de outra
forma, coloca Homi Bhabha para a teoria pós-moderna como um todo:
“It is one of the salutary features of postmodern theory to suggest that it is the
disjunctive, fragmented displaced agency of those who have suffered the sentence of
history - subjugation, domination, Diaspora, displacement - that forces one to think
outside the certainty of the sententious” (Bhabha, 1992: 56).
Tentando pensar fora de certezas, busquei interpelar o lugar a partir de onde construí minha
leitura sobre a realidade que procurava conhecer naquele momento, realidade que foi ao
mesmo tempo berço de minha experiência pessoal com a felicidade, a angústia e o próprio
entendimento.
12. 12
Hierarquia e Cosmopolitismo
O modo hierárquico como os nativos são incorporados no texto etnográfico permite que o
controle sobre a representação da alteridade e da mudança sociocultural permaneça enredado
por determinados compromissos político-discursivos. A hierarquia, que é a base sociológica
fundamental para a relação sujeito-objeto, deve ser assim reposta nas práticas internas da
disciplina, ao mesmo tem em que se ausenta dos modelos, que, assim, não refletem sobre o
fato prosaico de que uma muralha sociológico-epistemológica separa os antropólogos de “seus
nativos”.
Como Mariza Peirano salienta, por muito tempo a antropologia foi definida em termos
do exotismo de seus objetos de estudo. Atualmente tal concepção tem se transformado,
provavelmente a revelia dos etnógrafos, e o ideal de um encontro com uma alteridade radical
tem cedido lugar a idéia de que antropologia não é “sobre um objeto”, mas “sobre diferença”.
No Brasil, prossegue a autora, o exotismo jamais foi uma questão em si própria, mas a
alteridade continua sendo um traço fundamental. Minha questão seria em que medida essa
alteridade implica em uma hierarquia (discursiva e sociológica)?
A diferença (cultural) que é vivida praticamente como uma hierarquia (racial) não pode
se contestada, notadamente porque soam tímidos os esforços para que a antropologia das
relações raciais pense criticamente sobre si mesma, nos próprios termos em que pensa as
relações raciais “lá fora” na sociedade envolvente. A alternativa para o assalto dos nativos, tão
temido e criticado, poderia ser um cosmopolitismo?
“Denying that only natives can have a proper understanding of their own society, and
equally that natives are the best judges (even censors) of ethnography, this sensible
viewpoint (desenvolvido por Adam Kuper, 1994) is followed by a proposal for a
“cosmopolitan anthropology” which would exclude not only curious foreigners, armchair
voyeurs, but also the native community of specialists”(Peirano, 2005:67).
Um cosmopolitismo então, bem entendido, que exclua os nativos. Não apenas que se lhes
negue a prerrogativa do entendimento adequado dos fatos culturais nos quais estão
envolvidos, e dos quais muitas vezes depende sua vida, mas principalmente que mantenha
fronteiras claras e os exclua da comunidade antropológica. Porque os antropólogos também
parecem ter medo do contágio que faz da impureza, perigo.
Acredito que é chegada a hora da insubordinação e da criatividade, porque graças às
gerações passadas já podemos desfrutar de uma sólida estrutura acadêmica, e de
13. 13
consolidados parâmetros científicos, agora é o momento da inovação e da contestação e tal
não pode ser feito sem que incorporemos novos sujeitos, com diferentes perfis sociais e
agendas, nativos ou não, o que na minha moderada opinião contribuiria decisivamente para o
progresso teórico da disciplina, e para um reposicionamento da antropologia nacional no
cenário global, assim como para a democratização da carreira antropológica no Brasil, metas
ambiciosas, porém necessárias e possíveis, se quisermos de fato inaugurar um novo
cosmopolitismo.
14. 14
Referências Bibliográficas
AGIER, Michel & GUIMARÃES, Antonio Sérgio Alfredo. Técnicos e Peões: A Identidade
Ambígua . In . ___ . GUIMARÃES, Antonio Sérgio Alfredo, AGIER, Michel & CASTRO,
Nadya Araujo. (orgs.) Imagens e Identidades do Trabalho. São Paulo.
HUCITEC/ORSTOM. 1995. Pp. 39-74.
ALTHUSSER. Louis. A Favor de Marx. Rio de Janeiro, Zahar Editores, 1979.
AZEVEDO, Aluísio. O Mulato. Ática. 1998.
BACELAR, Jeferson. A Hierarquia das Raças. Negros e Brancos em Salvador. Rio de Janeiro.
Pallas. 2001.
BHABHA, Homi K. Postcolonial Authority and Postmodern Guilty. In ___ . GROSSBERG,
Lawrence et all. (org.) Cultural Studies. Nova York: Routledge: 1992b.
BAIRROS, Luiza. Pecados no “Paraíso Racial”: O negro na força de trabalho da Bahia, 1950-
1980. In ___ . REIS, J. J. (Org.) Escravidão e Invenção da Liberdade.
Estudos sobre o negro no Brasil. São Paulo, Brasiliense: 1988. pp.
289-323.
BASTIDE, Roger. As Religiões Africanas no Brasil. contribuição a uma sociologia das
interpenetrações das civilizações. 2 volumes. Biblioteca Pioneira de Ciências Sociais.
São Paulo. 1971a.
BIRMAN, Patrícia. Fazer Estilo Criando Gêneros. Possessão e Diferenças de Gênero em
Terreiros de Umbanda e Candomblé no Rio de Janeiro. EdUerj/Relume Dumará. 1995.
BRAGA, Julio. Na Gamela do Feitiço. Repressão e Resistência nos Candomblés da Bahia.
Salvador. CEAO/EDUFBa. 1995.
CALDEIRA, Teresa Pires do Rio. A Presença do Autor e a Pós- Modernidade em Antropologia.
Novos Estudos. São Paulo. CEBRAP. n° 21: 1988.
CLARKE, John; HALL, Stuart et all. Subcultures, Cultures and Class. In ___ . Resistence
Through Rituals. Youth Subcultures in Post-War Britain. HALL, Stuart & JEFFERSON,
Tony. (eds.) London. Hutchinson in London / CCCS-University of Birminghan. 1975. Pp.
9-74.
CRENSHAW, Kimberlé. Documento para o Encontro de Especialistas em Aspectos da
Discriminacão Racial Relativos ao Gênero. Estudos Feministas. Vol. 10, No. 1/2002. Pp.
171-188.
CUNHA, Olivia M. Gomes da . Fazendo a “Coisa Certa”: rastas, reggae e Pentecostais
em Salvador. Revista Brasileira de Ciências Sociais. São Paulo, n. 23, out. 1993. pp. 120-
137.
DIAS Fo. Antonio Jonas. As Mulatas que não estão no Mapa. Cadernos Pagu (6-7).
1996. Pp. 51-66.
DREYFUS, Hubert & RABINOW, Paul. Towards a Theory of Discursive Pratice. In
___ . Michel Focault: Beyond Structuralists and Hermeneutics.
Chicago, The University of Chicago Press. 1982. Pp. 44-78.
FIGARI, Carlos. @s Outr@s Cariocas. Interpelações, Experiências e Identidades Homoeróticas
no Rio de Janeiro Séculos XVII ao XX. Belo Horizonte/Rio de Janeiro. Editora
UFMG/IUPERJ. 2007
FIGUEIREDO, Angela. Beleza Pura: Símbolos e Economia ao Redor do Cabelo Negro.
Monografia de Graduação em Ciências Sociais. UFBa. Salvador. 1994.
FIGUEIREDO, Angela .Velhas e Novas “Elites Negras”. In . __ . MAIO, M. C. & BÔAS,
G. V. (Org.)Ideais de Modernidade e Sociologia no Brasil. Ensaios sobre Luiz
Aguiar Costa Pinto. Porto Alegre. Editora da Universidade Federal do Rio Grande do
Sul. 1999. pp. 109-124.
FIGUEIREDO, Angela. Novas Elites de Cor. Estudos sobre os Profissionais Liberais de Salvador.
15. 15
São Paulo. Annablume. 2002
FISCHER, Marcus . J. Da Antropologia Interpretativa à Antropologia Crítica. Rio de
Janeiro/Fortaleza. Anuário Antropológico/83, Tempo Brasileiro, Edições
Universidade Federal do Ceará: 1985.
FREYRE, Gilberto. Casa Grande & Senzala. Introdução à História da Sociedade Patriarcal no
Brasil. 30ª
edição. Editora Record. 1995(1933).
FRY, Peter. O que a Cinderela Negra tem a dizer sobre a “Política Racial” no Brasil.
Revista USP. No. 28. Dez. 1995. Pp. 122-135.
GEERTZ, Clifford. A Interpretação das Culturas. Rio de Janeiro: Zahar Editores: 1978.
GIDDENS, A., BECK, U., LASH, S. Modernização Reflexiva. Política, tradição e estética
na ordem social moderna. São Paulo. Editora UNESP. Pp. 73-134. 1997.
GIDDENS, Anthony. Modernidade e Identidade. Rio de Janeiro. Jorge Zahar Editor.
2002.
GILROY, Paul. Diaspora, Utopia and The Critique of Capitalism. In ___ . There Ain’t No
Black in The Union Jack. London: 1987.
GODI, Antonio J. V. Dos Santos. Reggae e Samba-Reggae in Bahia: A Case of Long-Distance
Belonging . In . ___ . PERRONE, C. & DUNN, C. Brazilian Popular Music and
Globalization. Gainesville. University Press of Florida. 2001. pp.207-219.
GUBER, Rosana. Antropólogos Nativos em la Argentina. Análisis Reflexivo de un
Incidente de Campo. Revista de Antropologia, São Paulo, USP, v. 39, n° 1:
1996.
GUIMARÃES, Antônio Sérgio Alfredo. Cor, Classe e Status nos Estudos de Pierson, Azevedo e
Harris na Bahia: 1940-1960. IN . ___ Raça, Ciência e Sociedade. MAIO. Marcos
Chor & SANTOS, Ricardo V. Rio de Janeiro. Editora Fiocruz / Centro
Cultural Banco do Brasil. 1996. pp. 143-158.
HALL, Stuart. Race , Articulation and Societies Structured in Dominance. In. ESSED,
Philomena & GOLDBERG, David Theo. Race Critical Theories. Malden. Blackwell
Publishers Ltd. 2002. Pp. 38-68.
HANCHARD, Michael. Cinderela Negra?: Raça e Esfera Pública no Brasil. Estudos
Afro-Asiáticos. No. 30. Dez. 1996. Pp. 41-60.
HASENBALG. Carlos. Discriminações e Desigualdades Raciais no Brasil. Rio de Janeiro. Edições
Graal. 1979.
HASENBALG , Carlos & SILVA, Nelson do Valle. Notes on Racial and Political Inequality in Brazil.
In . ___ . HANCHARD, Michael. Racial Politics in Contemporary Brazil. Durham and
London. Duke University Press. 1999. Pp. 154-178.
HERSKOVITS, Melville. The negro in Bahia, Brazil: a problem in method. American
Sociological Review 8, VII: 394-404, 1943
JANMOHAMED, Abdul R. & LLOYD, David. Introduction: Toward a Theory of
Minority Discourse: What Is To Be Done?. In ___ . JANMOHAMED, Abdul R. &
LLOYD, David (org.) The Nature and Context of Minority Discourse. Oxford: Oxford
University Press, 1990.
KUPER, Adam. 1994 - Culture, identity and the project of a cosmopolitan anthropology. Man
(NS) 29: 537-54.
LANDES, Ruth. A Cidade das Mulheres. Civilização Brasileira. Rio de Janeiro. 1967.
LIMA, Ari. O Fenômeno Timbalada: Cultura Musical Afro-Pop e Juventude Baiana Negro-
Mestiça. In . ___ . SANSONE, L. e SANTOS, J. T. dos. Ritmos em Trânsito. Sócio-
Antropologia da Música Baiana. Salvador. Dynamis Editorial/ Programa a Cor da
Bahia/Projeto Samba. 1998. pp. 161-180.
LIMA, Ari & CERQUEIRA, Felipe de Almeida. A Identidade Homossexual e Negra
em Alagoinhas. Bagoas. V.1, N. 1, jul/dez 2007. pp. 269-286.
16. 16
LUCINDA, Maria da Consolação. Subjetividades e Fronteiras: Uma Antropologia da
Manipulação da Aparência. Dissertação de Mestrado (Antropologia) Museu Nacional.
Rio de Janeiro. 2004.
MACHADO, Elielma Ayres. Ritmo da Cor. Raça e Gênero no Bloco Agbara Dudu. Papéis
Avulso, no. 49. 1996.
MAIO, Marcos Chor. O Projeto UNESCO e a Agenda das Ciências Sociais no Brasil dos Anos
40 e 50. Revista Brasileira de Ciências Sociais, vol. 14, no. 41, outubro de 1999. Pp.
141-158.
MARCUS, George E. & FISCHER, Michael M. J. Anthropology as Cultural Critique. An
Experimental Moment in the Human Sciences. Chicago and London. University of
Chicago Press. 1986.
MOREIRA, Diva & BATISTA SOBRINHO, Adalberto. Casamentos Inter-Raciais: O Homem Negro e
a Rejeição da Mulher Negra. In . ___ . COSTA, Albertina de Oliveira & AMADO, TINA.
(Orgs. ) Alternativas Escassas. Saúde, Sexualidade e Reprodução na América Latina. São
Paulo. Fundação Carlos Chagas/Editora 34. 1994. Pp. 81-108.
OLIVEIRA, Sirleide Aparecida de. O Pagode em Salvador. Produção e Consumo nos anos 90.
Dissertação de Mestrado em Sociologia. Programa de Pós-Graduação em Ciências
Sociais. Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas. Universidade Federal da Bahia.
2001.
OLIVEN, Ruben George. Por uma Antropologia em Cidades Brasileiras. In ___ . VELHO,
Gilberto (org.). O Desafio da Cidade. Novas Perspectivas da Antropologia
Brasileira. Rio de Janeiro, Editora Campus, 1980.
PAIXÃO, Marcelo (2003a). Desenvolvimento humano e relações raciais. Rio de Janeiro: DP&A.
PEIRANO, Mariza. A Guide to Anthropology in Brazil. Vibrant. Virtual Brazilian Anthropology
Vol. 2, 2005. Pp. 54-87.
PINHO, Osmundo de A. Descentrando O Pelô: Narrativas, Territórios e Desigualdades Raciais
no Centro Histórico de Salvador. Dissertação da Mestrado. Departamento de
Antropologia da Universidade Estadual de Campinas : 1996 .
PINHO, Osmundo . Só Se Vê na Bahia: A Imagem Típica e a Imagem Crítica do Pelourinho Afro-
Baiano In: Brasil: Um País de Negros? ed.Rio de Janeiro : Pallas, 1999, p. 87-112.
PINHO, Osmundo. Lutas Culturais: Relações Raciais, Antropologia e Política no Brasil.
Sociedade e Cultura. , v.10, p.81 - 94, 2007a.
PINHO, Osmundo. A "Fiel" a "Amante" e o "Jovem Macho Sedutor":Sujeitos de Gênero na
Periferia Racializada. Saúde e Sociedade. , v.16, p.133 - 145, 2007b.
PINHO, Osmundo. Etnografias do Brau: corpo, masculinidade e raça na reafricanização em
Salvador In: Olhares Feministas. 1a. Ed.Brasília: SECAD/UNESCO, 2006, v.1, p. 345-372.
PIERSON, Donald. Brancos e Prêtos na Bahia. 2ª edição. São Paulo: Companhia Editora
Nacional, (1942)1971.
RAMOS, Arthur. Prefácio. In . __ . RODRIGUES, Nina. O Animismo Fetichista dos Negros
Baianos. Prefácio e Notas de Artur Ramos. Civilização Brasileira. Rio de Janeiro. 1935.
Pp. 7-21.
RAMOS, Arthur. Prefácio. In . ___ . Estudos Afro-Brasileiros. Trabalhos apresentados no
1o
Congresso Afro-Brasileiro realizado em Recife, em 1934. Vol. II. Fundação Joaquim
Nabuco. Recife 1988(1935).
RAMOS, Guerreiro Alberto. Introdução Crítica à Sociologia Brasileira. Editora UFRJ. Rio de
Janeiro. 1995.
REZENDE, Maria Alice.(org.) Coletânea SempreNegro: Educação, cultura e literatura afro-
brasileira : contribuições para a discussão da questão racial na escola. Vol. 1 e Vol.
2. Rio de Janeiro: Quartet Editora, 2007.
ROSA, Waldemir. Homem Preto do Gueto. Dissertação de Mestrado (Antropologia). UnB.
Brasília. 2006
ROSALDO, Renato. Las Cambiantes Narrativas Chicanas. In. Cultura y Verdad. Nueva
17. 17
Propuesta de Análisis Social. México, D.F. Grijalbo. 1989. Pp. 139-155.
SANTOS, Jocélio Teles dos. O Dono da Terra. O Caboclo nos Candomblés da Bahia. Sarah
Letras/Programa a Cor da Bahia. Salvador. 1995.
SANSONE, Livio. Cor, Classe e Modernidade em Duas Áreas da Bahia. Algumas
Primeiras Impressões. Série Toques. Salvador: UFBA/CRH:. 1992.
SANSONE, Livio. Pai Preto, Filho Negro, Cor e Diferenças de Geração. Rio de Janeiro,
Estudos Afro-Asiáticos, nº 25: 1993. pp. 73-98.
SILVA, Carlos Benedito Rodrigues. Black Soul: Aglutinação Espontânea e Identidade
Étnica. In ___ . Ciências Sociais. ANPOCS, v.2: 1984
SILVA, Carlos Benedito Rodrigues. Da Terra das Primaveras à Ilha do Amor. reggae,
lazer e identidade cultural. São Luís. EDUFMA: 1995.
SILVA, Paula Cristina. Negros à Luz dos Fornos: Representações do Trabalho e da Cor entre
Metalúrgicos Baianos. São Paulo. Dynamis Editorial. 1997
SILVA, Vagner Gonçalves. O Antropólogo e sua Magia. Trabalho de Campo e Texto
Etnográfico nas Pesquisas Antropológicas sobre Religiões Afro-Brasileiras. EDUSP. São
Paulo. 2000.
TRAJANO Fº, Wilson. Que Barulho é Esse, o dos Pós-Modernos?. Brasília, Anuário
Antropológico, Editora Universidade de Brasília/Tempo Brasileiro: 1988.
TWINE, France Winddance. Racism in Racial Democracy The Maintenance of White
Supremacy in Brazil. New Brunswick, New Jersey and London. Rutgers University Press.
1998.
WEBER, Max. A “Objetividade do Conhecimento nas Ciências Sociais”. In ___ . COHN,
Gabriel (org.) WEBER. Coleção Grandes Cientistas Sociais. São Paulo,
Ática: 1986.
YÚDICE, George. A Funkificação do Rio de Janeiro. In . ___ . Abalando os
Anos 90. Funk e Hip-hop. Globalização, Violência e Estilo
Cultural. HERSCHMANN, M (org.) Rio de Janeiro. Rocco. 1997.