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DIREITO de
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pologia
geral visando as questões relativas
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à identidade médico-legal e à
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identidade judiciária.
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Antropologia Forense
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legal da ciência antropológica, com o
legal da ciência antropológica, com o
objetivo de ajudar à identificação de
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determinação da causa
de morte.
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Antropologia:
Antropologia: estudo do
estudo do
homem em seu meio natural,
homem em seu meio natural,
cultural e físico.
cultural e físico.
Forense:
Forense: estudo de uma ciência
estudo de uma ciência
aplicada a justiça.
aplicada a justiça.
 É a área científica que estuda os restos mortais. Resulta da aplicação de
conhecimentos de Antropologia às questões de direito no que diz
respeito à identificação de restos cadavéricos (necroidentificação).
 Através dos ossos, podemos obter dados sobre o sexo, idade, estatura
do falecido e pormenores da vida que a pessoa teve (hábitos
alimentares, algumas doenças, lesões, etc.)
 É a aplicação prática de conhecimentos científicos básicos como a
anatomia, fisiologia, bioquímica, patologia, tanatologia e
criminalística, etc., no estudo analítico do corpo humano
completo ou despojos, visando a identificação antropológica, a
identidade civil, data e causa provável da morte.
ANTROPOLOGIA FORENSE
 A pesquisa antropológica nos permite reconhecer, ou seja, conhecer de
novo, afirmar, admitir como certo a identidade antropológica (pela
antropometria); e a identidade civil em razão de informações peculiares
e imutáveis que caracterizam cada indivíduo (arcada dentária,
papiloscopia, DNA, íris).
 Análise antropológica de cadáver ou restos.
ANTROPOLOGIA FORENSE
IDENTIDADE:
 Conjunto de propriedades, particulares
(sinais, marcas) e caracteres que
individualizam uma pessoa ou coisa,
distinguindo-a das demais;
 É a qualidade de ser a mesma coisa e não
diversa;
 Conjunto de caracteres próprios e
exclusivos das pessoas, dos animais, das
coisas e dos objetos.
OBJETIVA  Permite afirmar tecnicamente que aquela
pessoa é ela mesma
SUBJETIVA  Consciência do “eu”, ou seja, consciência
da sua própria identidade.
 Ligada à personalidade
IDENTIDADE:
 Conjunto de técnicas,métodos e sistemas
usados para determinar a identidade de
alguém;
 Junção de diligências cuja finalidade é
levantar uma identidade, de pessoa, coisa ou
animal.
 Método:Técnico, Objetivo e Científico M-L.
 Identidade:
 É a qualidade ou atributo
 Identificação:
 É a sua determinação
IDENTIFICAÇÃO:
 Método: Subjetivo e Pessoal (depende de
domínio dos órgão dos sentido)
 Comparativo (1º. Registro x 2º. Registro 
Elementos devem ser exclusivos)
RECONHECIMENTO:
 Relações sociais: clubes recreativos
 Exigências:
 Civis: vida privada (viagens)
 Administrativas: conselhos de classe; setor
público
 Comerciais: concessão de crédito
 Penais:identificação criminal
Importância da Identificação
História da Identificação
 Caldeus e Babilônicos - Código de Hamurabi
 Amputação de órgãos de criminosos: nariz,orelha, dedos
 Vazamento de olhos
 França Pré-Revolução:
 Ferrar ladrões e vagabundos
 Atualidade:
 Métodos Antropológicos e Antropométricos
 Técnica da Hemogenética Forense
 Unicidade (Individualidade) – Elementos específicos
 Imutabilidade – Não se alteram no vivo. Ex. Digitais
 Perenidade – Não destroem c/ tempo e morte. Ex. Ossos
 Praticabilidade - Simples na obtenção e no registro
 Classificabilidade - Arquivamento e busca dos registros
Fundamentos biológicos/técnicos de um
bom método de identificação
Quanto ao Material de Estudo:
 Vivos: desaparecidos, doentes
mentais, recusa de identidade.
 Mortos: desastres de massa,
mutilados, restos cadavéricos.
 Esqueletos: decomposição
em fase de esqueletização; em
esqueletos e em ossos
isolados.
IDENTIFICAÇÃO
Quanto à Responsabilidade Pericial:
 MÉDICO-LEGAL:
conhecimentos médicos e afins
 Física
 Funcional
 psíquica
 POLICIAL ou JUDICIAL:
antropometria e dactiloscopia
IDENTIFICAÇÃO
JUDICIÁRIA
Identificação Policial ou Judiciária
 Independe de conhecimentos médicos
 Fundamenta-se em dados antropométricos e
antropológicos para a identidade civil e caracterização de
criminosos
 Realizado por peritos em identificação
 PROCESSOS ANTIGOS:
 Ferrete  Punir e identificar
 Mutilação (amputação / castração)
 ASSINALAMENTO SUCINTO:
 Anotação em documentos da estatura, raça, compleição física,
idade, cor dos olhos e dos cabelos e outras alterações.
 Importante na procura de desaparecidos
 FOTOGRAFIA SIMPLES:
 Utilizada nas cédulas de identificação
 Inconvenientes: dificuldade de classificação, alterações dos
traços fisionômicos com o tempo e problemas dos sósias.
 RETRATO FALADO:
 Pormenores relatados por testemunhas  Formar fisionomia
 Pormenores: cromatínicos, morfológicos e complementares
 Não inserido como meio de prova
 Feito por meios artístico1, do ident-kit2 photo-kit3 e programas
de computador4.
SISTEMA ANTROPOMÉTRICO DE BERTILLON
 Alphonso Bertillon (Paris)
 Primeiro método científico de identificação
 Baseado em:
 Dados antropométricos (11)
 Assinalamento descritivo:caracteres morfológicos e complementares
 Sinais individuais:
 SISTEMA GEOMÉTRICO DE MATHEIOS
 Baseado em medidas de regiões fixas da face
 Confronto entre as fotografias prévia e posterior ampliadas.
 Inconveniência na classificação
Sistemas de Identificação
 SISTEMA CRANIOGRÁFICO DEANFOSSO
 Baseado nos perfis cranianos e medidas dos ângulos dos
dedos indicador e médio da mão D.
 Em desuso: grande margem de erro
 SISTEMA OTOMÉTRICO DE FRIGÉRIO
 Baseia-se na imutabilidade e pluralidade das formas dos
pavilhões auriculares
 Uso do otômetro, para medir a orelha.
 SISTEMA DERMOGRÁFICO DE BENTHAM
 Identificar as pessoas ao nascer com marcas de tatuagem.
 Método não usado
Sistemas de Identificação
 SISTEMA OFTOMÉTRICO DE CAPDEVILLE
- Cor e medida dos olhos: curvatura das córneas, da
distância interpupilar, interorbital máxima, anotações de
particularidades.
 SISTEMA OFTALMOSCÓPICO DE LEVINSOHN
- Fotografia do fundo de olho e variabilidades do n. óptico.
Sistemas de Identificação
 SISTEMA DACTILOSCÓPICO DE JUAN
VUCETICH:
 Lançado em 1891 e oficializado no Brasil em 1903.
 Impressões dos desenho das cristas papilares das
extremidades digitais.
 Desenho digital x Impressão digital
 Aparecem no 6º mês de vida intra-uterina.
 Não desaparecem logo após a morte (putrefação)
 Método de Identificação civil e criminal
Sistemas de Identificação
 SISTEMA DACTILOSCÓPICO DEVUCETICH –
Características (para identificação civil):
 Exclusividade – só a pessoa tem aquelas impressões digitais
 Imutabilidade – não se modificam ao longo da vida
 Classificabilidade – possibilidade de serem classificadas
 Praticidade – custo operacional baixo
 Variabilidade – varia de pessoa para pessoa
 Nota: não apresenta a perenidade
 Perenidade – Não destroem c/ tempo e morte.
Sistemas de Identificação
SISTEMA DACTILOSCÓPICO DE VUCETICH
- Sist. Nuclear  Entre as linhas basilares e marginal
- Sist. Marginal Acima do núcleo
- Sist. Basilar  Abaixo do núcleo
- Delta
SISTEMA DACTILOSCÓPICO DE VUCETICH
- Sist. Nuclear  Entre as linhas basilares e marginal
- Sist. Marginal Acima do núcleo
- Sist. Basilar  Abaixo do núcleo
- Delta
- Verticilo  dois deltas (E
e D) e um núcleo central.
- Nome do verticilo:
- Se polegar =V
- Outro dedo = 4
SISTEMA DACTILOSCÓPICO DE VUCETICH
TIPOS FUNDAMENTAIS:
- Presilha Externa:
- Um delta à E e de um
núcleo em sentido
contrário.
- Nomeclatura:
- Se polegar = E
- Outro dedo = 3
SISTEMA DACTILOSCÓPICO DE VUCETICH
TIPOS FUNDAMENTAIS:
- Presilha Interna  um
delta à D e de um núcleo à E.
- Nomeclatura:
- Se Polegar = letra I
- Outro dedo = 2
SISTEMA DACTILOSCÓPICO DE VUCETICH
TIPOS FUNDAMENTAIS:
- Arco  ausência de deltas
e apenas os sistemas de
linhas basilares e
marginais. Não tem núcleo.
- Nomeclatura:
- Polegar = A
- Se outro dedo = 1
SISTEMA DACTILOSCÓPICO DE VUCETICH
TIPOS FUNDAMENTAIS:
REPRESENTAÇÃO SIMBÓLICA
V.E.I.A = 4.3.2.1.
SISTEMA DACTILOSCÓPICO DE VUCETICH
IDENTIFICAÇÃO
MÉDICO LEGAL
Identificação Médico Legal
 A identificação de um indivíduo é feita sempre por
legistas;
 Pode ser feita quanto a:
 Raça;
 Sexo;
 Idade;
 Estatura;
 Sinais individuais;
 Má formações;
 Sinais profissionais;
 Tatuagem e cicatrizes;
 Boca, cavidade oral e dentes;
 Radiografias;
 Entre outros.
RAÇA
 Não existe raça superior ou raça inferior.
 Ottolenghi classifica em cinco:
Caucásico: pele branca ou
trigueira, íris azuis ou
castanhas,ortognata,cabelos
louros ou castanhos.
Mongólico: pele amarela,
cabelos lisos, fronte larga e
baixa, espaço interorbital
largo,mento saliente.
Negroide: pele negra.
Cabelos crespos, narinas
espessas e afastadas,
nariz pequeno, largo e
achatado.
RAÇA
Indiano: alto, cabelos
pretos e lisos, nariz
saliente, estreito e longo,
zigomas largos e
salientes.
Australoide: alto, nariz
curto e largo,
prognatismo.
FORMA DO CRÂNIO:
 Quando vistos de cima para baixo, são classificados em
formas longas (dolicocrânios),formas curtas (braquicrânios) e
formas médias (mesocrânios).
 Quando vistos de diante para trás, em crânios altos e
estreitos (esternocrânios), em baixos e largos (tapinocrânios)
e nos de forma intermediária (metriocrânios).
 E, por fim, quando vistos lateralmente, em crânios altos
(hipsicrânios), nos baixos (platicrânios) e nos intermediários
(mediocrânios).
RAÇA
FORMA DO CRÂNIO:
 Quando vistos de cima para baixo, são classificados em
formas longas (dolicocrânios),formas curtas (braquicrânios) e
formas médias (mesocrânios).
 Quando vistos de diante para trás, em crânios altos e
estreitos (esternocrânios), em baixos e largos (tapinocrânios)
e nos de forma intermediária (metriocrânios).
 E, por fim, quando vistos lateralmente, em crânios altos
(hipsicrânios), nos baixos (platicrânios) e nos intermediários
(mediocrânios).
RAÇA
RAÇA
ÍNDICE CEFÁLICO HORIZONTAL
RAÇA
 Índice tibiofemoral: Comprimento da tíbia x 100 /
comprimento do fêmur.
 Índice radioumeral: Comprimento do radio x 100 /
comprimento do úmero.
 Esses índices são utilizados também para saber se ambos os
ossos pertencem ou não ao mesmo esqueleto.
Índice Negros Brancos
Tibiofemural >83 <83
Radioumeral >80 <75
ÂNGULOS FACIAIS
Determinam prognatismo.
 Jacquart: o ângulo da linha que passa pelo ponto mais saliente da fronte
e pela linha nasal anterior e da linha que vai da espinha nasal anterior
ao meio da linha medioauricular;
 Curvier: linha que passa pela parte mais saliente da fronte até o ângulo
dentário superior e outra linha que vai do ângulo dentário superior até
o conduto auditivo externo,;
 Cloquet: linha que vai da parte mais saliente da fronte até o ponto
alveolar e outra linha que vai do ponto alveolar até o conduto auditivo
externo
RAÇA
CÚSPIDE DO PRIMEIRO MOLAR INFERIOR
 Predominância da forma mamelonada na raça branca (A), da
forma estrelada na raça negra (B) e da forma intermediária na
raça amarela (C).
RAÇA
 Pesquisa da presença de próstata ou útero, que
demoram a desaparecer pois são muito resistentes;
 Técnicas mais sofisticadas para sexo dúbio.
 Sexo cromossomial: XY Masculino; XX Feminino;
 Sexo gonadal: testículos X ovários;
 Sexo cromatínico: com a aplicação, nas células
humanas, de corante que se adere ao corpúsculo de
Barr. Se corar → sexo feminino.
 Sexo da genitália interna: Masculino → Ductos de
Wolff; Feminino → Ductos de Muller.
 Sexo da genitália externa: Pênis e escroto X vulva,
vagina e mamas.
 Sexo jurídico: é o sexo constante nos documentos do
indivíduo.
SEXO
 Cadáver mutilado ou em fase de putrefação avançada
→ abre a cavidade abdominal para procurar útero e
ovários ou próstata.
 Sexo pericial: por meio de toda uma avaliação dá-se
um laudo sopesando todos os aspectos.
 No esqueleto, a separação sexual faz-se pela
discriminação dos ossos, principalmente os do crânio,
da mandíbula, do tórax e da pelve.
 Em geral o esqueleto masculino é maior, com
extremidades articulares maiores e mais resistente.
SEXO
SEXO
SEXO
SEXO
SEXO
 Galvão (1994) usou um craniômetro para medir as
distâncias do meato acústico interno a pontos
craniométricos:
Quando se obtém um somatório
inferior a 1.000 mm, há “uma tendência
estatisticamente significativa para se
afirmar que o crânio estudado pertence
a um indivíduo do sexo feminino”.
SEXO
 Distância entre os forames infraorbitários: em média, têm-se
encontrado 57,79 mm para a mulher e 61,28 mm para o homem.
 Índice de Baldoin: larg. máx. do côndilo occipital X 100 /
comprimento máx. do côndilo. No homem < 50 e na mulher > 55.
Entre 50-55 é duvidoso.
 O tórax do homem assemelha-
se a um cone invertido e a
cintura escapular > pélvica;
 Na mulher o tórax é mais
ovoide e a cintura pélvica >
escapular.
SEXO
PELVE: melhor para diferenciação sexual.
 No homem → consistência óssea mais forte, com rugas
de inserção mais pronunciadas e as dimensões verticais
predominam sobre as horizontais;
 Na mulher → diâmetro transversal supera a altura da
bacia. O ângulo sacrovertebral é mais fechado e saliente
para diante que no homem.
SEXO
SEXO
SEXO
• Aparência: Não tem precisão.
• Pele: A importância desse elemento na determinação da
idade é pequena e reside na formação das rugas, com
início por volta dos 30 anos;
IDADE
• Pelos: No sexo feminino, os pelos pubianos apontam-se
dos 12 aos 13 anos. Os pelos axilares, por seu turno, 2
anos depois dos pubianos. No sexo masculino, dos 13
aos 15 anos;
• Globo ocular: O elemento mais significativo no estudo
externo do globo ocular, referente à idade, é o arco senil,
que se caracteriza por uma faixa periférica e branco-
acinzentada da córnea;
IDADE
 Dentes: Cronologia de erupção e crescimento do dente
desde a vida intrauterina até cerca dos 25 anos, com
uma possibilidade de aproximação muito maior do que
pela cronologia da erupção.
 Radiografia dos ossos: Ossificação e a soldadura das
epífises a diáfises.
 Suturas do crânio: as suturas do crânio vão se
ossificando e desaparecendo na idade adulta; redução
do tamanho das maxilas e mandíbula na idade senil.
 A idade pode também ser avaliada, determinando-se o
ângulo mandibular. Em graus, a média é a seguinte:
150° no feto, 135° no recém-nascido; 130° de 0 a 10
anos; 125° de 10 a 20 anos; 123° de 20 a 30 anos; 125°
de 30 a 50 anos; 130° acima dos 70 anos.
IDADE
0-10 months old for girls or 0-14
months old for boys: carpal bones
and radius epiphysis (A);
- 10-24 months old for girls and
14-36 months old for boys:
number of visible epiphysis on the
hand’s long bones (B);
- 2-13 y.o.for girls and 3-14 y.o.
for boys: phalangeal epiphysis size
(C);
- Late puberty and post-puberty:
epiphyseal fusion degree (D).
IDADE
IDENTIFICAÇÃO PELOS DENTES
 A identificação pela arcada dentária é algo
relevante, principalmente em se tratando de
carbonizados ou esqueletizados. Para tanto, é
preciso dispor de uma ficha dentária anterior
fornecida pelo dentista da vítima.
 Sistema Odontológico de Amoedo, que tem como
estratégia o levantamento completo do arco
dentário e os assinalamentos de cada peça
dentária, formando um conjunto individualizador.
 Características relevantes de identificação quando
faltam requisitos de maior valia:
MAL FORMAÇÕES
Fenda labial
MAL FORMAÇÕES
Polidactilia
Sindactilia
Mamas supranumerárias
SINAIS PROFISSIONAIS
 Estigmas deixados pela constância de um tipo de trabalho:
 Calosidade dos sapateiros e alfaiates;
 Alterações das unhas dos fotógrafos e tipógrafos;
 Calo dos lábios dos sopradores de vidro e trompetistas.
TATUAGEM
 Tão importante é o seu valor médico-legal que
Lacassagne chamou-as de “cicatrizes que falam”.
 Feitas através de perfurações com agulhas, escarificação
ou incisão para infiltrar, na derme, substâncias corantes e
deixar gravado um desenho desejado.
Importância quando se refere a origem
da pessoa;
 Quando a identifica como de um
grupo (gangues);
 Podem ser únicas.
CICATRIZES
 Características valiosas. Interessa não só para
identificação, mas também no que se refere a fatos
ocorridos anteriormente.
 Forma
 Região
 Dimensão
 Colorido
 Resistência
 Mobilidade
 Tipos de cicatrizes
 Traumáticas
o Agentes mecânicos
o Queimaduras
o Ação de cáusticos
 Patológica
o Vacinas
o Varíola
o Catapora
 Cirúrgica
CICATRIZES
PALATOSCOPIA
 Também chamada de rugoscopia palatina, é o processo
pelo qual pode-se obter a identificação humana
inspecionando-se as pregas palatinas transversas da
abóbada da boca.
QUEILOSCOPIA
 Utiliza os sulcos da estrutura anatômica dos lábios
 ImpressõesVisíveis
o Lábios pintados com pintura comum ou batom
 Impressões latente
o Lábios cobertos apenas por saliva
 Pouco usada para identificação humana. Mais usada para
confrontar com impressões deixadas em objetos: Copos, taças,
vasos, pontas de cigarro...
 Pode-se usar para colher material para exame de DNA
IDENTIFICAÇÃO PELO PAVILHÃO
AURICULAR
 Apresenta características individuais que persistem pela
vida inteira. Na ausência de outros elementos mais
significativos, pode ser valioso na identificação humana.
 Elementos mais importantes
o Contorno posterior e superior
o Forma da concha
o Separação em relação ao plano
lateral da cabeça
o Dimensões
o Deformações
o Alterações
IDENTIFICAÇÃO POR RADIOGRAFIAS
IDENTIFICAÇÃO POR RADIOGRAFIAS

 Comparação de radiografias antigas com obtidas do
Comparação de radiografias antigas com obtidas do
indivíduo questionado
indivíduo questionado

 Mais frequentes
Mais frequentes
o
o Crânio
Crânio
o
o Ossos longos
Ossos longos
o
o Dentes
Dentes

 O tempo decorridos entre uma e outra tem pouca
O tempo decorridos entre uma e outra tem pouca
importância
importância

 Usado quando não se conta com opções mais confiáveis
Usado quando não se conta com opções mais confiáveis
CADASTRO DE REGISTRO DE
CADASTRO DE REGISTRO DE
ARTROPLASTIAS
ARTROPLASTIAS

 Substituição de uma articulação seriamente lesada por
Substituição de uma articulação seriamente lesada por
um espaçador articulado;
um espaçador articulado;

 Um re
Um registr
gistro obrigató
o obrigatório da pr
rio da prática de artr
ática de artroplasti
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a teria
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grande importância.
grande importância.

 Nome do paciente
Nome do paciente

 Número de série
Número de série

 Características dos materiais
Características dos materiais

 Logo do fabricante
Logo do fabricante

 Portador único
Portador único
HEMOGENÉTICA
HEMOGENÉTICA
FORENSE
FORENSE
HEMOGENÉTICA FORENSE
 Avanço do genoma humano;
 Identificação civil e criminal.
Investigação do vínculo
genético de paternidade
Análise de vestígios humanos
pode trazer grande contribuição
ao interesse pericial
Importância Criminalística
Uso dos marcadores
genéticos e da aplicação do
polimorfismo do DNA
Indicações:
 Investigação de parentesco;
 Criminalística biológica;
 Identificação individual.
Genética Forense é a área do conhecimento que trata
da utilização dos conhecimentos e das técnicas de
genética e de biologia molecular no auxílio à justiça.
São colhidas amostras biológicas e/ou
é recebido material biológico de
natureza diversa, sendo efetuada a
interpretação e valorização estatística
dos resultados, após o percurso
laboratorial apropriado para cada
caso.
As conclusões da perícia constam no relatório pericial, enviado à
entidade requisitante, que irá constituir prova em tribunal.
HEMOGENÉTICA FORENSE
 Técnicas tradicionais podem ser precárias, inconclusivas;
 No Brasil usa-se menos, por motivos financeiros;
 Dificuldade operacional: falta de padronização e eventual encontro
de dados que venha a facilitar uma imediata confrontação;
 As minúsculas amostras, as amostras degradadas e do tempo de que
se necessita para a obtenção dos resultados já não são consideradas
dificuldades.
Manchas de sangue, de sêmen, pelos,
saliva e partes cadavéricas podem ser
objetos de identificação de indivíduos.
HEMOGENÉTICA FORENSE
Criminalística:
 Vestígios biológicos, em geral, colhidos no local do crime, corpo
ou vestes da vítima ou do suspeito;
 DNA nuclear dos cromossomos autossômicos é único para cada
indivíduo e idêntico em todas as células;
 Em laboratório faz-se o perfil genético;
 Comparo a amostra problema com a amostra de referência;
 Faz-se valorização dos resultados pela determinação do
Likelihood Ratio.
HEMOGENÉTICA FORENSE
Identificação individual:
 Indivíduos vivos indocumentados, cadáveres frescos mutilados,
cadáveres em diferentes estados de decomposição (maioria
esqueletizados) ou remanescentes cadavéricos.Destacam-se as
vítimas de acidentes rodoviários, naufrágios, incêndios, explosões,
etc.
 Em desastres naturais, o número de vítimas para identificação
genética é elevado;
 Sg ou partes de tecido remanescentes de interrupções de
gravidez, remanescentes fetais,fetos, recém-nascidos e amostras
dúbias para identificar de quem é.
HEMOGENÉTICA FORENSE
Material genético:
 Degrada-se mais rapidamente em tecidos moles que em osso;
 Menos degradado nas porções mais densas → osso esponjoso
tem mais DNA, porém a coleta é feita em osso compacto de
MMII;
 No dente, o esmalte protege a polpa dentária, conservando as
células que lá estão;
 Se ainda tiver tecido mole, é dos órgãos (bexiga, aorta) ou m.
esquelético que se faz a extração do DNA;
HEMOGENÉTICA FORENSE
HEMOGENÉTICA FORENSE
 Unhas, se ainda presentes, são retiradas intactas e são ótimas
para extração de DNA → exumações (unhas do pé protegidas
pelo calçado);
 Em queimados pode-se usar qualquer elemento já descrito, desde
que intacto. Em geral retira-se de zonas profundas da área
melhor conservada (m. cardíaco, sangue sólido de interior de
cavidades cardíacas, fígado, bexiga);
 Em remanescentes cadavéricos submersos há uma degradação
mais intensa, logo, a chance de bons resultados é remota.
Num cadáver não decomposto, o sangue é
o tipo de amostra colhida.
HEMOGENÉTICA FORENSE
Amostras de referência:
 Sem elas não há como fazer a identificação pelo DNA;
 Objetos pessoais (escova dentária, lâminas de barbear) → Devem ser
evitados.
 Material biológico colhido ante mortem (tecidos de biópsias, banco de
esperma, manchas de sangue em cartões) do próprio indivíduo;
 Base de dados civil ou criminal no país;
 Análise de autossomas em familiares diretos:Progenitores, filhos
biológicos e irmãos de mesmo pai e mesma mãe.
 Monoparentais: Se do sexo masculino → cromossomoY só herdado
do pai (amostras podem vir de familiares homens da linhagem
paterna); DNA mitocondrial permite comparação com familiares
maternos.
 Provas obtidas de forma ilícita (privacidade constitucional);
 Credibilidade do laboratório;
 Conservação da amostra;
 Criação de banco de dados com pessoas indiciadas;
“A prova em DNA não está ainda
cientificamente consolidada e reconhecida como
de inquestionável valor probatório.”
HEMOGENÉTICA FORENSE
Se não houver uma destruição das amostras do
banco de dados, em algum tempo se teria um banco
de dados de toda a população e isso levaria à invasão
de privacidade.
HEMOGENÉTICA FORENSE
 As conclusões podem ser confundidas quando da valorização dos
resultados;
 Nunca deve se iniciar a identificação por métodos mais
sofisticados, dado a carência dos setores especializados;
 Deve ser utilizada em última instância;
 Espetaculares resultados com a ajuda das técnicas tradicionais.
Banco de dados de DNA
Identificação de criminosos pelo DNA:
 Os EUA armazenam + de 9 milhões de perfis genéticos e o Reino Unido,
+ de 6 milhões;
 BR: Já existem projetos de lei que propõem armazenamento de DNA de
suspeitos, indiciados ou autores de crimes hediondos e violentos em
banco de dados a fim de disponibilizá-lo às autoridades que conduzem o
Inquérito Policial;
 Inconstitucional: Ninguém pode ser obrigado a produzir provas contra
si mesmo;
 Cada país tem seus critérios de inclusão/exclusão do ´banco.
“Se conseguirem estender a coleta de perfil genético a
toda população, todos os cidadãos brasileiros, desde
seu nascimento, serão tratados como criminosos em
potencial.” (Genival Veloso de França, 2015)

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  • 1.   Bruno Apolinário de Bruno Apolinário de Carvalho; Carvalho;   Natália Natália Gomes Gomes Andrade; Andrade;   Nathá Nathália lia Lígia LígiaAmori Amorim Macêdo; m Macêdo;   WilkaValente. WilkaValente. Universidade Federal da Paraíba Universidade Federal da Paraíba Centro de Ciências Médicas Centro de Ciências Médicas Departamento de Medicina Interna Departamento de Medicina Interna MIV38 MIV38 – – Elementos em Medicina Legal Elementos em Medicina Legal Professor Álvaro Ferreira Lima Professor Álvaro Ferreira Lima
  • 2.
  • 4. ANTROPOLOGIA FORENSE ANTROPOLOGIA FORENSE Aplicação ao Aplicação ao DIREIT DIREITO de O de conhecimentos de conhecimentos de antro antropologia pologia geral visando as questões relativas geral visando as questões relativas à identidade médico-legal e à à identidade médico-legal e à identidade judiciária. identidade judiciária. Antropologia Forense Antropologia Forense:: aplicaçã aplicação o legal da ciência antropológica, com o legal da ciência antropológica, com o objetivo de ajudar à identificação de objetivo de ajudar à identificação de cadáver cadáveres e à es e à determinação da causa determinação da causa de morte. de morte. Antropologia: Antropologia: estudo do estudo do homem em seu meio natural, homem em seu meio natural, cultural e físico. cultural e físico. Forense: Forense: estudo de uma ciência estudo de uma ciência aplicada a justiça. aplicada a justiça.
  • 5.  É a área científica que estuda os restos mortais. Resulta da aplicação de conhecimentos de Antropologia às questões de direito no que diz respeito à identificação de restos cadavéricos (necroidentificação).  Através dos ossos, podemos obter dados sobre o sexo, idade, estatura do falecido e pormenores da vida que a pessoa teve (hábitos alimentares, algumas doenças, lesões, etc.)  É a aplicação prática de conhecimentos científicos básicos como a anatomia, fisiologia, bioquímica, patologia, tanatologia e criminalística, etc., no estudo analítico do corpo humano completo ou despojos, visando a identificação antropológica, a identidade civil, data e causa provável da morte. ANTROPOLOGIA FORENSE
  • 6.  A pesquisa antropológica nos permite reconhecer, ou seja, conhecer de novo, afirmar, admitir como certo a identidade antropológica (pela antropometria); e a identidade civil em razão de informações peculiares e imutáveis que caracterizam cada indivíduo (arcada dentária, papiloscopia, DNA, íris).  Análise antropológica de cadáver ou restos. ANTROPOLOGIA FORENSE
  • 7.
  • 8. IDENTIDADE:  Conjunto de propriedades, particulares (sinais, marcas) e caracteres que individualizam uma pessoa ou coisa, distinguindo-a das demais;  É a qualidade de ser a mesma coisa e não diversa;  Conjunto de caracteres próprios e exclusivos das pessoas, dos animais, das coisas e dos objetos.
  • 9. OBJETIVA  Permite afirmar tecnicamente que aquela pessoa é ela mesma SUBJETIVA  Consciência do “eu”, ou seja, consciência da sua própria identidade.  Ligada à personalidade IDENTIDADE:
  • 10.  Conjunto de técnicas,métodos e sistemas usados para determinar a identidade de alguém;  Junção de diligências cuja finalidade é levantar uma identidade, de pessoa, coisa ou animal.  Método:Técnico, Objetivo e Científico M-L.  Identidade:  É a qualidade ou atributo  Identificação:  É a sua determinação IDENTIFICAÇÃO:
  • 11.  Método: Subjetivo e Pessoal (depende de domínio dos órgão dos sentido)  Comparativo (1º. Registro x 2º. Registro  Elementos devem ser exclusivos) RECONHECIMENTO:
  • 12.  Relações sociais: clubes recreativos  Exigências:  Civis: vida privada (viagens)  Administrativas: conselhos de classe; setor público  Comerciais: concessão de crédito  Penais:identificação criminal Importância da Identificação História da Identificação  Caldeus e Babilônicos - Código de Hamurabi  Amputação de órgãos de criminosos: nariz,orelha, dedos  Vazamento de olhos  França Pré-Revolução:  Ferrar ladrões e vagabundos  Atualidade:  Métodos Antropológicos e Antropométricos  Técnica da Hemogenética Forense
  • 13.  Unicidade (Individualidade) – Elementos específicos  Imutabilidade – Não se alteram no vivo. Ex. Digitais  Perenidade – Não destroem c/ tempo e morte. Ex. Ossos  Praticabilidade - Simples na obtenção e no registro  Classificabilidade - Arquivamento e busca dos registros Fundamentos biológicos/técnicos de um bom método de identificação
  • 14. Quanto ao Material de Estudo:  Vivos: desaparecidos, doentes mentais, recusa de identidade.  Mortos: desastres de massa, mutilados, restos cadavéricos.  Esqueletos: decomposição em fase de esqueletização; em esqueletos e em ossos isolados. IDENTIFICAÇÃO Quanto à Responsabilidade Pericial:  MÉDICO-LEGAL: conhecimentos médicos e afins  Física  Funcional  psíquica  POLICIAL ou JUDICIAL: antropometria e dactiloscopia
  • 16. Identificação Policial ou Judiciária  Independe de conhecimentos médicos  Fundamenta-se em dados antropométricos e antropológicos para a identidade civil e caracterização de criminosos  Realizado por peritos em identificação  PROCESSOS ANTIGOS:  Ferrete  Punir e identificar  Mutilação (amputação / castração)
  • 17.  ASSINALAMENTO SUCINTO:  Anotação em documentos da estatura, raça, compleição física, idade, cor dos olhos e dos cabelos e outras alterações.  Importante na procura de desaparecidos  FOTOGRAFIA SIMPLES:  Utilizada nas cédulas de identificação  Inconvenientes: dificuldade de classificação, alterações dos traços fisionômicos com o tempo e problemas dos sósias.  RETRATO FALADO:  Pormenores relatados por testemunhas  Formar fisionomia  Pormenores: cromatínicos, morfológicos e complementares  Não inserido como meio de prova  Feito por meios artístico1, do ident-kit2 photo-kit3 e programas de computador4.
  • 18. SISTEMA ANTROPOMÉTRICO DE BERTILLON  Alphonso Bertillon (Paris)  Primeiro método científico de identificação  Baseado em:  Dados antropométricos (11)  Assinalamento descritivo:caracteres morfológicos e complementares  Sinais individuais:  SISTEMA GEOMÉTRICO DE MATHEIOS  Baseado em medidas de regiões fixas da face  Confronto entre as fotografias prévia e posterior ampliadas.  Inconveniência na classificação Sistemas de Identificação
  • 19.  SISTEMA CRANIOGRÁFICO DEANFOSSO  Baseado nos perfis cranianos e medidas dos ângulos dos dedos indicador e médio da mão D.  Em desuso: grande margem de erro  SISTEMA OTOMÉTRICO DE FRIGÉRIO  Baseia-se na imutabilidade e pluralidade das formas dos pavilhões auriculares  Uso do otômetro, para medir a orelha.  SISTEMA DERMOGRÁFICO DE BENTHAM  Identificar as pessoas ao nascer com marcas de tatuagem.  Método não usado Sistemas de Identificação
  • 20.  SISTEMA OFTOMÉTRICO DE CAPDEVILLE - Cor e medida dos olhos: curvatura das córneas, da distância interpupilar, interorbital máxima, anotações de particularidades.  SISTEMA OFTALMOSCÓPICO DE LEVINSOHN - Fotografia do fundo de olho e variabilidades do n. óptico. Sistemas de Identificação
  • 21.  SISTEMA DACTILOSCÓPICO DE JUAN VUCETICH:  Lançado em 1891 e oficializado no Brasil em 1903.  Impressões dos desenho das cristas papilares das extremidades digitais.  Desenho digital x Impressão digital  Aparecem no 6º mês de vida intra-uterina.  Não desaparecem logo após a morte (putrefação)  Método de Identificação civil e criminal Sistemas de Identificação
  • 22.  SISTEMA DACTILOSCÓPICO DEVUCETICH – Características (para identificação civil):  Exclusividade – só a pessoa tem aquelas impressões digitais  Imutabilidade – não se modificam ao longo da vida  Classificabilidade – possibilidade de serem classificadas  Praticidade – custo operacional baixo  Variabilidade – varia de pessoa para pessoa  Nota: não apresenta a perenidade  Perenidade – Não destroem c/ tempo e morte. Sistemas de Identificação
  • 23. SISTEMA DACTILOSCÓPICO DE VUCETICH - Sist. Nuclear  Entre as linhas basilares e marginal - Sist. Marginal Acima do núcleo - Sist. Basilar  Abaixo do núcleo - Delta
  • 24. SISTEMA DACTILOSCÓPICO DE VUCETICH - Sist. Nuclear  Entre as linhas basilares e marginal - Sist. Marginal Acima do núcleo - Sist. Basilar  Abaixo do núcleo - Delta
  • 25. - Verticilo  dois deltas (E e D) e um núcleo central. - Nome do verticilo: - Se polegar =V - Outro dedo = 4 SISTEMA DACTILOSCÓPICO DE VUCETICH TIPOS FUNDAMENTAIS:
  • 26. - Presilha Externa: - Um delta à E e de um núcleo em sentido contrário. - Nomeclatura: - Se polegar = E - Outro dedo = 3 SISTEMA DACTILOSCÓPICO DE VUCETICH TIPOS FUNDAMENTAIS:
  • 27. - Presilha Interna  um delta à D e de um núcleo à E. - Nomeclatura: - Se Polegar = letra I - Outro dedo = 2 SISTEMA DACTILOSCÓPICO DE VUCETICH TIPOS FUNDAMENTAIS:
  • 28. - Arco  ausência de deltas e apenas os sistemas de linhas basilares e marginais. Não tem núcleo. - Nomeclatura: - Polegar = A - Se outro dedo = 1 SISTEMA DACTILOSCÓPICO DE VUCETICH TIPOS FUNDAMENTAIS:
  • 29. REPRESENTAÇÃO SIMBÓLICA V.E.I.A = 4.3.2.1. SISTEMA DACTILOSCÓPICO DE VUCETICH
  • 31. Identificação Médico Legal  A identificação de um indivíduo é feita sempre por legistas;  Pode ser feita quanto a:  Raça;  Sexo;  Idade;  Estatura;  Sinais individuais;  Má formações;  Sinais profissionais;  Tatuagem e cicatrizes;  Boca, cavidade oral e dentes;  Radiografias;  Entre outros.
  • 32. RAÇA  Não existe raça superior ou raça inferior.  Ottolenghi classifica em cinco: Caucásico: pele branca ou trigueira, íris azuis ou castanhas,ortognata,cabelos louros ou castanhos. Mongólico: pele amarela, cabelos lisos, fronte larga e baixa, espaço interorbital largo,mento saliente.
  • 33. Negroide: pele negra. Cabelos crespos, narinas espessas e afastadas, nariz pequeno, largo e achatado. RAÇA Indiano: alto, cabelos pretos e lisos, nariz saliente, estreito e longo, zigomas largos e salientes. Australoide: alto, nariz curto e largo, prognatismo.
  • 34. FORMA DO CRÂNIO:  Quando vistos de cima para baixo, são classificados em formas longas (dolicocrânios),formas curtas (braquicrânios) e formas médias (mesocrânios).  Quando vistos de diante para trás, em crânios altos e estreitos (esternocrânios), em baixos e largos (tapinocrânios) e nos de forma intermediária (metriocrânios).  E, por fim, quando vistos lateralmente, em crânios altos (hipsicrânios), nos baixos (platicrânios) e nos intermediários (mediocrânios). RAÇA
  • 35. FORMA DO CRÂNIO:  Quando vistos de cima para baixo, são classificados em formas longas (dolicocrânios),formas curtas (braquicrânios) e formas médias (mesocrânios).  Quando vistos de diante para trás, em crânios altos e estreitos (esternocrânios), em baixos e largos (tapinocrânios) e nos de forma intermediária (metriocrânios).  E, por fim, quando vistos lateralmente, em crânios altos (hipsicrânios), nos baixos (platicrânios) e nos intermediários (mediocrânios). RAÇA
  • 37. RAÇA  Índice tibiofemoral: Comprimento da tíbia x 100 / comprimento do fêmur.  Índice radioumeral: Comprimento do radio x 100 / comprimento do úmero.  Esses índices são utilizados também para saber se ambos os ossos pertencem ou não ao mesmo esqueleto. Índice Negros Brancos Tibiofemural >83 <83 Radioumeral >80 <75
  • 38. ÂNGULOS FACIAIS Determinam prognatismo.  Jacquart: o ângulo da linha que passa pelo ponto mais saliente da fronte e pela linha nasal anterior e da linha que vai da espinha nasal anterior ao meio da linha medioauricular;  Curvier: linha que passa pela parte mais saliente da fronte até o ângulo dentário superior e outra linha que vai do ângulo dentário superior até o conduto auditivo externo,;  Cloquet: linha que vai da parte mais saliente da fronte até o ponto alveolar e outra linha que vai do ponto alveolar até o conduto auditivo externo RAÇA
  • 39.
  • 40. CÚSPIDE DO PRIMEIRO MOLAR INFERIOR  Predominância da forma mamelonada na raça branca (A), da forma estrelada na raça negra (B) e da forma intermediária na raça amarela (C). RAÇA
  • 41.  Pesquisa da presença de próstata ou útero, que demoram a desaparecer pois são muito resistentes;  Técnicas mais sofisticadas para sexo dúbio.  Sexo cromossomial: XY Masculino; XX Feminino;  Sexo gonadal: testículos X ovários;  Sexo cromatínico: com a aplicação, nas células humanas, de corante que se adere ao corpúsculo de Barr. Se corar → sexo feminino.  Sexo da genitália interna: Masculino → Ductos de Wolff; Feminino → Ductos de Muller.  Sexo da genitália externa: Pênis e escroto X vulva, vagina e mamas.  Sexo jurídico: é o sexo constante nos documentos do indivíduo. SEXO
  • 42.  Cadáver mutilado ou em fase de putrefação avançada → abre a cavidade abdominal para procurar útero e ovários ou próstata.  Sexo pericial: por meio de toda uma avaliação dá-se um laudo sopesando todos os aspectos.  No esqueleto, a separação sexual faz-se pela discriminação dos ossos, principalmente os do crânio, da mandíbula, do tórax e da pelve.  Em geral o esqueleto masculino é maior, com extremidades articulares maiores e mais resistente. SEXO
  • 43. SEXO
  • 44. SEXO
  • 45. SEXO
  • 46. SEXO  Galvão (1994) usou um craniômetro para medir as distâncias do meato acústico interno a pontos craniométricos: Quando se obtém um somatório inferior a 1.000 mm, há “uma tendência estatisticamente significativa para se afirmar que o crânio estudado pertence a um indivíduo do sexo feminino”.
  • 47. SEXO  Distância entre os forames infraorbitários: em média, têm-se encontrado 57,79 mm para a mulher e 61,28 mm para o homem.  Índice de Baldoin: larg. máx. do côndilo occipital X 100 / comprimento máx. do côndilo. No homem < 50 e na mulher > 55. Entre 50-55 é duvidoso.
  • 48.  O tórax do homem assemelha- se a um cone invertido e a cintura escapular > pélvica;  Na mulher o tórax é mais ovoide e a cintura pélvica > escapular. SEXO
  • 49. PELVE: melhor para diferenciação sexual.  No homem → consistência óssea mais forte, com rugas de inserção mais pronunciadas e as dimensões verticais predominam sobre as horizontais;  Na mulher → diâmetro transversal supera a altura da bacia. O ângulo sacrovertebral é mais fechado e saliente para diante que no homem. SEXO
  • 50. SEXO
  • 51. SEXO
  • 52. • Aparência: Não tem precisão. • Pele: A importância desse elemento na determinação da idade é pequena e reside na formação das rugas, com início por volta dos 30 anos; IDADE
  • 53. • Pelos: No sexo feminino, os pelos pubianos apontam-se dos 12 aos 13 anos. Os pelos axilares, por seu turno, 2 anos depois dos pubianos. No sexo masculino, dos 13 aos 15 anos; • Globo ocular: O elemento mais significativo no estudo externo do globo ocular, referente à idade, é o arco senil, que se caracteriza por uma faixa periférica e branco- acinzentada da córnea; IDADE
  • 54.  Dentes: Cronologia de erupção e crescimento do dente desde a vida intrauterina até cerca dos 25 anos, com uma possibilidade de aproximação muito maior do que pela cronologia da erupção.  Radiografia dos ossos: Ossificação e a soldadura das epífises a diáfises.  Suturas do crânio: as suturas do crânio vão se ossificando e desaparecendo na idade adulta; redução do tamanho das maxilas e mandíbula na idade senil.  A idade pode também ser avaliada, determinando-se o ângulo mandibular. Em graus, a média é a seguinte: 150° no feto, 135° no recém-nascido; 130° de 0 a 10 anos; 125° de 10 a 20 anos; 123° de 20 a 30 anos; 125° de 30 a 50 anos; 130° acima dos 70 anos. IDADE
  • 55. 0-10 months old for girls or 0-14 months old for boys: carpal bones and radius epiphysis (A); - 10-24 months old for girls and 14-36 months old for boys: number of visible epiphysis on the hand’s long bones (B); - 2-13 y.o.for girls and 3-14 y.o. for boys: phalangeal epiphysis size (C); - Late puberty and post-puberty: epiphyseal fusion degree (D). IDADE
  • 56. IDENTIFICAÇÃO PELOS DENTES  A identificação pela arcada dentária é algo relevante, principalmente em se tratando de carbonizados ou esqueletizados. Para tanto, é preciso dispor de uma ficha dentária anterior fornecida pelo dentista da vítima.  Sistema Odontológico de Amoedo, que tem como estratégia o levantamento completo do arco dentário e os assinalamentos de cada peça dentária, formando um conjunto individualizador.
  • 57.  Características relevantes de identificação quando faltam requisitos de maior valia: MAL FORMAÇÕES Fenda labial
  • 59. SINAIS PROFISSIONAIS  Estigmas deixados pela constância de um tipo de trabalho:  Calosidade dos sapateiros e alfaiates;  Alterações das unhas dos fotógrafos e tipógrafos;  Calo dos lábios dos sopradores de vidro e trompetistas.
  • 60. TATUAGEM  Tão importante é o seu valor médico-legal que Lacassagne chamou-as de “cicatrizes que falam”.  Feitas através de perfurações com agulhas, escarificação ou incisão para infiltrar, na derme, substâncias corantes e deixar gravado um desenho desejado. Importância quando se refere a origem da pessoa;  Quando a identifica como de um grupo (gangues);  Podem ser únicas.
  • 61. CICATRIZES  Características valiosas. Interessa não só para identificação, mas também no que se refere a fatos ocorridos anteriormente.  Forma  Região  Dimensão  Colorido  Resistência  Mobilidade
  • 62.  Tipos de cicatrizes  Traumáticas o Agentes mecânicos o Queimaduras o Ação de cáusticos  Patológica o Vacinas o Varíola o Catapora  Cirúrgica CICATRIZES
  • 63. PALATOSCOPIA  Também chamada de rugoscopia palatina, é o processo pelo qual pode-se obter a identificação humana inspecionando-se as pregas palatinas transversas da abóbada da boca.
  • 64. QUEILOSCOPIA  Utiliza os sulcos da estrutura anatômica dos lábios  ImpressõesVisíveis o Lábios pintados com pintura comum ou batom  Impressões latente o Lábios cobertos apenas por saliva  Pouco usada para identificação humana. Mais usada para confrontar com impressões deixadas em objetos: Copos, taças, vasos, pontas de cigarro...  Pode-se usar para colher material para exame de DNA
  • 65. IDENTIFICAÇÃO PELO PAVILHÃO AURICULAR  Apresenta características individuais que persistem pela vida inteira. Na ausência de outros elementos mais significativos, pode ser valioso na identificação humana.  Elementos mais importantes o Contorno posterior e superior o Forma da concha o Separação em relação ao plano lateral da cabeça o Dimensões o Deformações o Alterações
  • 66. IDENTIFICAÇÃO POR RADIOGRAFIAS IDENTIFICAÇÃO POR RADIOGRAFIAS   Comparação de radiografias antigas com obtidas do Comparação de radiografias antigas com obtidas do indivíduo questionado indivíduo questionado   Mais frequentes Mais frequentes o o Crânio Crânio o o Ossos longos Ossos longos o o Dentes Dentes   O tempo decorridos entre uma e outra tem pouca O tempo decorridos entre uma e outra tem pouca importância importância   Usado quando não se conta com opções mais confiáveis Usado quando não se conta com opções mais confiáveis
  • 67. CADASTRO DE REGISTRO DE CADASTRO DE REGISTRO DE ARTROPLASTIAS ARTROPLASTIAS   Substituição de uma articulação seriamente lesada por Substituição de uma articulação seriamente lesada por um espaçador articulado; um espaçador articulado;   Um re Um registr gistro obrigató o obrigatório da pr rio da prática de artr ática de artroplasti oplastia a teria teria grande importância. grande importância.   Nome do paciente Nome do paciente   Número de série Número de série   Características dos materiais Características dos materiais   Logo do fabricante Logo do fabricante   Portador único Portador único
  • 69. HEMOGENÉTICA FORENSE  Avanço do genoma humano;  Identificação civil e criminal. Investigação do vínculo genético de paternidade Análise de vestígios humanos pode trazer grande contribuição ao interesse pericial Importância Criminalística Uso dos marcadores genéticos e da aplicação do polimorfismo do DNA
  • 70. Indicações:  Investigação de parentesco;  Criminalística biológica;  Identificação individual. Genética Forense é a área do conhecimento que trata da utilização dos conhecimentos e das técnicas de genética e de biologia molecular no auxílio à justiça. São colhidas amostras biológicas e/ou é recebido material biológico de natureza diversa, sendo efetuada a interpretação e valorização estatística dos resultados, após o percurso laboratorial apropriado para cada caso. As conclusões da perícia constam no relatório pericial, enviado à entidade requisitante, que irá constituir prova em tribunal. HEMOGENÉTICA FORENSE
  • 71.  Técnicas tradicionais podem ser precárias, inconclusivas;  No Brasil usa-se menos, por motivos financeiros;  Dificuldade operacional: falta de padronização e eventual encontro de dados que venha a facilitar uma imediata confrontação;  As minúsculas amostras, as amostras degradadas e do tempo de que se necessita para a obtenção dos resultados já não são consideradas dificuldades. Manchas de sangue, de sêmen, pelos, saliva e partes cadavéricas podem ser objetos de identificação de indivíduos. HEMOGENÉTICA FORENSE
  • 72. Criminalística:  Vestígios biológicos, em geral, colhidos no local do crime, corpo ou vestes da vítima ou do suspeito;  DNA nuclear dos cromossomos autossômicos é único para cada indivíduo e idêntico em todas as células;  Em laboratório faz-se o perfil genético;  Comparo a amostra problema com a amostra de referência;  Faz-se valorização dos resultados pela determinação do Likelihood Ratio. HEMOGENÉTICA FORENSE
  • 73. Identificação individual:  Indivíduos vivos indocumentados, cadáveres frescos mutilados, cadáveres em diferentes estados de decomposição (maioria esqueletizados) ou remanescentes cadavéricos.Destacam-se as vítimas de acidentes rodoviários, naufrágios, incêndios, explosões, etc.  Em desastres naturais, o número de vítimas para identificação genética é elevado;  Sg ou partes de tecido remanescentes de interrupções de gravidez, remanescentes fetais,fetos, recém-nascidos e amostras dúbias para identificar de quem é. HEMOGENÉTICA FORENSE
  • 74. Material genético:  Degrada-se mais rapidamente em tecidos moles que em osso;  Menos degradado nas porções mais densas → osso esponjoso tem mais DNA, porém a coleta é feita em osso compacto de MMII;  No dente, o esmalte protege a polpa dentária, conservando as células que lá estão;  Se ainda tiver tecido mole, é dos órgãos (bexiga, aorta) ou m. esquelético que se faz a extração do DNA; HEMOGENÉTICA FORENSE
  • 75. HEMOGENÉTICA FORENSE  Unhas, se ainda presentes, são retiradas intactas e são ótimas para extração de DNA → exumações (unhas do pé protegidas pelo calçado);  Em queimados pode-se usar qualquer elemento já descrito, desde que intacto. Em geral retira-se de zonas profundas da área melhor conservada (m. cardíaco, sangue sólido de interior de cavidades cardíacas, fígado, bexiga);  Em remanescentes cadavéricos submersos há uma degradação mais intensa, logo, a chance de bons resultados é remota. Num cadáver não decomposto, o sangue é o tipo de amostra colhida.
  • 76. HEMOGENÉTICA FORENSE Amostras de referência:  Sem elas não há como fazer a identificação pelo DNA;  Objetos pessoais (escova dentária, lâminas de barbear) → Devem ser evitados.  Material biológico colhido ante mortem (tecidos de biópsias, banco de esperma, manchas de sangue em cartões) do próprio indivíduo;  Base de dados civil ou criminal no país;  Análise de autossomas em familiares diretos:Progenitores, filhos biológicos e irmãos de mesmo pai e mesma mãe.  Monoparentais: Se do sexo masculino → cromossomoY só herdado do pai (amostras podem vir de familiares homens da linhagem paterna); DNA mitocondrial permite comparação com familiares maternos.
  • 77.  Provas obtidas de forma ilícita (privacidade constitucional);  Credibilidade do laboratório;  Conservação da amostra;  Criação de banco de dados com pessoas indiciadas; “A prova em DNA não está ainda cientificamente consolidada e reconhecida como de inquestionável valor probatório.” HEMOGENÉTICA FORENSE Se não houver uma destruição das amostras do banco de dados, em algum tempo se teria um banco de dados de toda a população e isso levaria à invasão de privacidade.
  • 78. HEMOGENÉTICA FORENSE  As conclusões podem ser confundidas quando da valorização dos resultados;  Nunca deve se iniciar a identificação por métodos mais sofisticados, dado a carência dos setores especializados;  Deve ser utilizada em última instância;  Espetaculares resultados com a ajuda das técnicas tradicionais.
  • 79. Banco de dados de DNA Identificação de criminosos pelo DNA:  Os EUA armazenam + de 9 milhões de perfis genéticos e o Reino Unido, + de 6 milhões;  BR: Já existem projetos de lei que propõem armazenamento de DNA de suspeitos, indiciados ou autores de crimes hediondos e violentos em banco de dados a fim de disponibilizá-lo às autoridades que conduzem o Inquérito Policial;  Inconstitucional: Ninguém pode ser obrigado a produzir provas contra si mesmo;  Cada país tem seus critérios de inclusão/exclusão do ´banco. “Se conseguirem estender a coleta de perfil genético a toda população, todos os cidadãos brasileiros, desde seu nascimento, serão tratados como criminosos em potencial.” (Genival Veloso de França, 2015)