Karl Marx nasceu na Alemanha no século XIX e desenvolveu uma teoria científica do socialismo baseada nas relações de produção e luta de classes. Ele acreditava que a história é determinada pelas forças produtivas e relações sociais de cada época e que o capitalismo levaria ao socialismo.
I) Para Marx, a consciência é sempre consciência de classe e é fragmentada, pois depende das condições históricas e da posição de classe do indivíduo. II) A mais-valia é o valor produzido pelo trabalhador além do necessário para a reprodução da sua força de trabalho, que é apropriado pelo capitalista. III) Para Marx, a existência determina a consciência, não o contrário.
O documento é uma aula de sociologia sobre vários temas, incluindo cidadão livre, estratificação social, desigualdade social e socialismo. Contém charges e perguntas para treinar os alunos para uma prova. As charges ilustram esses conceitos sociológicos de acordo com pensadores como Marx, Weber e Durkheim.
O documento descreve a evolução histórica dos conceitos e práticas administrativas ao longo dos séculos, desde civilizações antigas como a Babilônia e a Grécia Antiga até a Revolução Industrial e a era moderna. Aborda temas como os diferentes modos de produção ao longo da história, a influência de filósofos, da Igreja e da organização militar nos primórdios da administração, e a transformação das organizações empresariais com a Revolução Industrial.
O documento é uma aula de sociologia sobre trabalho e movimentos sociais. Aborda conceitos como alienação, cidadão livre e modelos de produção como taylorismo, fordismo e toyotismo. Inclui charges e imagens para exemplificar os temas e questões para avaliar o conhecimento dos alunos.
I. O documento tem como objetivo explicitar o conceito de alienação do trabalho desenvolvido por Karl Marx.
II. Marx analisa como no capitalismo o trabalhador é alienado de seu produto e de si mesmo, uma vez que vende sua força de trabalho e passa a ter seu ritmo e produto controlados externamente.
III. A alienação do trabalhador é um tema central na crítica de Marx à economia política burguesa.
[1] O documento descreve as ideias e influências do filósofo Karl Marx, fundador do socialismo científico e do materialismo histórico. [2] Marx desenvolveu suas teorias após observar o crescimento do capitalismo e da desigualdade social no século XIX. [3] Suas ideias combinaram conceitos de Hegel, Feuerbach, economistas clássicos e socialistas utópicos franceses.
O documento resume os principais conceitos do filósofo Karl Marx sobre dialética, materialismo histórico e crítica ao capitalismo, incluindo a alienação do trabalhador, a luta de classes e a mercadoria como autoridade na sociedade capitalista.
Este texto discute a obra de um importante filósofo alemão do século XIX. Ele defendia que o capitalismo era responsável pelos problemas sociais da época e que a classe trabalhadora deveria se unir para derrubá-lo. Seu livro mais famoso analisou como o excedente do trabalho é apropriado pelos capitalistas, empobrecendo os trabalhadores. Suas ideias influenciaram muitos pensadores posteriores e a sociologia.
I) Para Marx, a consciência é sempre consciência de classe e é fragmentada, pois depende das condições históricas e da posição de classe do indivíduo. II) A mais-valia é o valor produzido pelo trabalhador além do necessário para a reprodução da sua força de trabalho, que é apropriado pelo capitalista. III) Para Marx, a existência determina a consciência, não o contrário.
O documento é uma aula de sociologia sobre vários temas, incluindo cidadão livre, estratificação social, desigualdade social e socialismo. Contém charges e perguntas para treinar os alunos para uma prova. As charges ilustram esses conceitos sociológicos de acordo com pensadores como Marx, Weber e Durkheim.
O documento descreve a evolução histórica dos conceitos e práticas administrativas ao longo dos séculos, desde civilizações antigas como a Babilônia e a Grécia Antiga até a Revolução Industrial e a era moderna. Aborda temas como os diferentes modos de produção ao longo da história, a influência de filósofos, da Igreja e da organização militar nos primórdios da administração, e a transformação das organizações empresariais com a Revolução Industrial.
O documento é uma aula de sociologia sobre trabalho e movimentos sociais. Aborda conceitos como alienação, cidadão livre e modelos de produção como taylorismo, fordismo e toyotismo. Inclui charges e imagens para exemplificar os temas e questões para avaliar o conhecimento dos alunos.
I. O documento tem como objetivo explicitar o conceito de alienação do trabalho desenvolvido por Karl Marx.
II. Marx analisa como no capitalismo o trabalhador é alienado de seu produto e de si mesmo, uma vez que vende sua força de trabalho e passa a ter seu ritmo e produto controlados externamente.
III. A alienação do trabalhador é um tema central na crítica de Marx à economia política burguesa.
[1] O documento descreve as ideias e influências do filósofo Karl Marx, fundador do socialismo científico e do materialismo histórico. [2] Marx desenvolveu suas teorias após observar o crescimento do capitalismo e da desigualdade social no século XIX. [3] Suas ideias combinaram conceitos de Hegel, Feuerbach, economistas clássicos e socialistas utópicos franceses.
O documento resume os principais conceitos do filósofo Karl Marx sobre dialética, materialismo histórico e crítica ao capitalismo, incluindo a alienação do trabalhador, a luta de classes e a mercadoria como autoridade na sociedade capitalista.
Este texto discute a obra de um importante filósofo alemão do século XIX. Ele defendia que o capitalismo era responsável pelos problemas sociais da época e que a classe trabalhadora deveria se unir para derrubá-lo. Seu livro mais famoso analisou como o excedente do trabalho é apropriado pelos capitalistas, empobrecendo os trabalhadores. Suas ideias influenciaram muitos pensadores posteriores e a sociologia.
Aula sobre materialismo historico com base na Ideologia Alema de Karl MarxCarlo Romani
Aula sobre as categorias de analise fundamentais de Karl Marx em A Ideologia Alema. Trata do surgimento do materialismo historico como nova forma de pensamento cientifica, por excelencia.
Karl Marx e Antonio Gramsci tiveram influências significativas no pensamento cultural e político. O documento descreve a vida e obra de Marx, incluindo seus conceitos fundamentais como luta de classes e mais-valia. Também apresenta a trajetória de Gramsci e como ele aplicou o materialismo histórico de Marx para entender a hegemonia cultural e a importância das ideias.
Karl Marx viu o direito como uma ferramenta da classe dominante para manter o status quo e explorar a classe trabalhadora. Ele acreditava que o estado servia os interesses da classe dominante e que uma revolução era necessária para superar as contradições do capitalismo. Marx defendia que a justiça é o que satisfaz as necessidades econômicas humanas e o direito de cada um à propriedade do fruto de seu próprio trabalho.
Marx karl.-contribuição-à-crítica-da-economia-políticaMayara Dos Santos
Este documento é a segunda edição da tradução para o português da obra "Contribuição à Crítica da Economia Política", de Karl Marx, feita por Florestan Fernandes. Apresenta o prefácio e o capítulo 1, que discute o conceito de mercadoria, além de anexos com textos introdutórios sobre a obra de Marx.
Karl Marx nasceu em 1818 na Alemanha e foi um filósofo e revolucionário comunista. Sua principal ideia é que as condições sociais determinam a consciência humana, não o contrário. Marx estudou Direito e Filosofia e se envolveu com grupos socialistas. Ele desenvolveu a teoria do materialismo histórico e do socialismo científico.
LÖWY, Michael. Por um marxismo crítico. Lutas Sociais, São Paulo, n. 3, 1997,...André Santos Luigi
1) O texto discute a necessidade de se resgatar o marxismo como conhecimento crítico e projeto emancipatório, incorporando as conquistas dos marxismos do século XX.
2) A filosofia da práxis de Marx é apresentada como uma nova visão de mundo que permanece atual, ao mesmo tempo em que reconhece limitações no pensamento de Marx, especialmente no que diz respeito às relações entre produção, vida social e meio ambiente.
3) Defende-se um marxismo crítico que questione aspectos da obra de Marx
1) O documento apresenta uma síntese sobre a vida e obra de Karl Marx, fundador do socialismo científico e do materialismo histórico.
2) Aborda a biografia de Marx, desde seu nascimento na Alemanha até seu exílio em Londres, onde desenvolveu suas principais ideias.
3) Discorre sobre a filosofia e método dialético de Marx, diferente do idealismo hegeliano, baseado no materialismo histórico e na luta de classes.
O documento discute a ideologia e a ciência. A primeira parte resume os principais pontos de A Ideologia Alemã de Marx e Engels, incluindo suas críticas aos jovens hegelianos e a introdução do materialismo histórico. A segunda parte aborda a metodologia científica em ciências sociais, discutindo neutralidade científica, juízo de valor e a relação entre teoria e prática.
Karl Marx foi um filósofo alemão que desenvolveu a teoria do materialismo histórico e da luta de classes. Ele acreditava que as sociedades progridem através do conflito entre a burguesia, que controla os meios de produção, e o proletariado. Marx previu que as tensões internas do capitalismo levariam à sua auto-destruição e substituição pelo socialismo.
- O documento discute as visões filosóficas de Ludwig Feuerbach e Karl Marx. Feuerbach criticou o idealismo de Hegel e defendeu o materialismo, enquanto Marx desenvolveu o materialismo histórico e a crítica da alienação no capitalismo.
Prefacio da Contribuicao a Critica da Economia Politica de Karl MarxAlexandre Protásio
Os trechos descrevem os conceitos marxistas de base material da sociedade, superestrutura e luta de classes. Marx argumenta que as relações sociais e formas do Estado são determinadas pelas condições materiais de existência e não pelo espírito humano. A estrutura econômica da sociedade constitui a base sobre a qual se eleva a superestrutura jurídica e política.
1) O documento resume os principais conceitos de Karl Marx sobre sociologia, incluindo sua vida, obras, teoria da infraestrutura e superestrutura, classes sociais, luta de classes, modo de produção, relações de produção, capital, mais-valia, alienação e ideologia.
2) Marx acreditava que as condições materiais de produção determinam a estrutura social e as ideologias. Ele analisou a sociedade capitalista, definindo as classes dos capitalistas e proletariado e como a mais-valia é extraída dos trabalhadores at
O documento discute os principais conceitos da sociologia marxista, incluindo: 1) Como Marx influenciou as ciências sociais e o mundo social apesar de não ter se dedicado explicitamente à sociologia; 2) A influência da dialética de Hegel no pensamento de Marx e o desenvolvimento do materialismo histórico dialético; 3) A distinção entre infraestrutura e superestrutura na análise social de acordo com Marx.
Karl Marx acreditava que a consciência de um indivíduo é determinada por seu ser social, não o contrário. Ele idealizou o comunismo e acreditava que o capitalismo era responsável pela desorientação humana, defendendo derrubar os capitalistas. Seu Manifesto Comunista, escrito com Engels, descreveu os principais ideais do comunismo.
O documento discute os principais conceitos da teoria de Karl Marx sobre o capitalismo e socialismo, incluindo: 1) o materialismo histórico que vê as relações econômicas como determinantes da estrutura social; 2) a luta de classes entre burguesia e proletariado; 3) a alienação do trabalhador sob o capitalismo.
Karl Marx (1818-1883) desenvolveu o materialismo histórico e dialético, segundo o qual os fatos econômicos constituem a base sobre a qual se apoiam outros aspectos da sociedade. Sua análise mostra como o capitalismo gera antagonismos de classe, com a burguesia explorando o proletariado por meio da mais-valia - a diferença entre o valor produzido pelo trabalho e o salário recebido. Sua teoria teve grande influência em revoluções como a Russa e a Chinesa.
Karl Marx nasceu na Alemanha e estudou filosofia, desenvolvendo seu pensamento materialista histórico. Ele acreditava que as forças econômicas determinam a estrutura social e política, e que o capitalismo levaria à alienação dos trabalhadores e, eventualmente, à sua própria destruição através de contradições internas, dando lugar ao comunismo. Marx se tornou um líder do movimento socialista e escreveu obras fundamentais como O Manifesto Comunista e O Capital.
Marx via o capitalismo como um sistema contraditório destinado à autodestruição, devido à luta de classes entre capitalistas e proletariado e às contradições entre as forças produtivas e as relações de produção. Sua teoria defendia que a história é movida pela luta de classes e que as ideologias e instituições são determinadas pela estrutura econômica da sociedade.
1) O documento discute a ideologia alemã e a filosofia alemã. 2) Marx e Engels criticam os jovens hegelianos por apenas substituírem uma fraseologia por outra ao invés de lidarem com a realidade material. 3) Eles argumentam que as condições materiais e a produção determinam a estrutura social e as ideias das pessoas.
Aula sobre materialismo historico com base na Ideologia Alema de Karl MarxCarlo Romani
Aula sobre as categorias de analise fundamentais de Karl Marx em A Ideologia Alema. Trata do surgimento do materialismo historico como nova forma de pensamento cientifica, por excelencia.
Karl Marx e Antonio Gramsci tiveram influências significativas no pensamento cultural e político. O documento descreve a vida e obra de Marx, incluindo seus conceitos fundamentais como luta de classes e mais-valia. Também apresenta a trajetória de Gramsci e como ele aplicou o materialismo histórico de Marx para entender a hegemonia cultural e a importância das ideias.
Karl Marx viu o direito como uma ferramenta da classe dominante para manter o status quo e explorar a classe trabalhadora. Ele acreditava que o estado servia os interesses da classe dominante e que uma revolução era necessária para superar as contradições do capitalismo. Marx defendia que a justiça é o que satisfaz as necessidades econômicas humanas e o direito de cada um à propriedade do fruto de seu próprio trabalho.
Marx karl.-contribuição-à-crítica-da-economia-políticaMayara Dos Santos
Este documento é a segunda edição da tradução para o português da obra "Contribuição à Crítica da Economia Política", de Karl Marx, feita por Florestan Fernandes. Apresenta o prefácio e o capítulo 1, que discute o conceito de mercadoria, além de anexos com textos introdutórios sobre a obra de Marx.
Karl Marx nasceu em 1818 na Alemanha e foi um filósofo e revolucionário comunista. Sua principal ideia é que as condições sociais determinam a consciência humana, não o contrário. Marx estudou Direito e Filosofia e se envolveu com grupos socialistas. Ele desenvolveu a teoria do materialismo histórico e do socialismo científico.
LÖWY, Michael. Por um marxismo crítico. Lutas Sociais, São Paulo, n. 3, 1997,...André Santos Luigi
1) O texto discute a necessidade de se resgatar o marxismo como conhecimento crítico e projeto emancipatório, incorporando as conquistas dos marxismos do século XX.
2) A filosofia da práxis de Marx é apresentada como uma nova visão de mundo que permanece atual, ao mesmo tempo em que reconhece limitações no pensamento de Marx, especialmente no que diz respeito às relações entre produção, vida social e meio ambiente.
3) Defende-se um marxismo crítico que questione aspectos da obra de Marx
1) O documento apresenta uma síntese sobre a vida e obra de Karl Marx, fundador do socialismo científico e do materialismo histórico.
2) Aborda a biografia de Marx, desde seu nascimento na Alemanha até seu exílio em Londres, onde desenvolveu suas principais ideias.
3) Discorre sobre a filosofia e método dialético de Marx, diferente do idealismo hegeliano, baseado no materialismo histórico e na luta de classes.
O documento discute a ideologia e a ciência. A primeira parte resume os principais pontos de A Ideologia Alemã de Marx e Engels, incluindo suas críticas aos jovens hegelianos e a introdução do materialismo histórico. A segunda parte aborda a metodologia científica em ciências sociais, discutindo neutralidade científica, juízo de valor e a relação entre teoria e prática.
Karl Marx foi um filósofo alemão que desenvolveu a teoria do materialismo histórico e da luta de classes. Ele acreditava que as sociedades progridem através do conflito entre a burguesia, que controla os meios de produção, e o proletariado. Marx previu que as tensões internas do capitalismo levariam à sua auto-destruição e substituição pelo socialismo.
- O documento discute as visões filosóficas de Ludwig Feuerbach e Karl Marx. Feuerbach criticou o idealismo de Hegel e defendeu o materialismo, enquanto Marx desenvolveu o materialismo histórico e a crítica da alienação no capitalismo.
Prefacio da Contribuicao a Critica da Economia Politica de Karl MarxAlexandre Protásio
Os trechos descrevem os conceitos marxistas de base material da sociedade, superestrutura e luta de classes. Marx argumenta que as relações sociais e formas do Estado são determinadas pelas condições materiais de existência e não pelo espírito humano. A estrutura econômica da sociedade constitui a base sobre a qual se eleva a superestrutura jurídica e política.
1) O documento resume os principais conceitos de Karl Marx sobre sociologia, incluindo sua vida, obras, teoria da infraestrutura e superestrutura, classes sociais, luta de classes, modo de produção, relações de produção, capital, mais-valia, alienação e ideologia.
2) Marx acreditava que as condições materiais de produção determinam a estrutura social e as ideologias. Ele analisou a sociedade capitalista, definindo as classes dos capitalistas e proletariado e como a mais-valia é extraída dos trabalhadores at
O documento discute os principais conceitos da sociologia marxista, incluindo: 1) Como Marx influenciou as ciências sociais e o mundo social apesar de não ter se dedicado explicitamente à sociologia; 2) A influência da dialética de Hegel no pensamento de Marx e o desenvolvimento do materialismo histórico dialético; 3) A distinção entre infraestrutura e superestrutura na análise social de acordo com Marx.
Karl Marx acreditava que a consciência de um indivíduo é determinada por seu ser social, não o contrário. Ele idealizou o comunismo e acreditava que o capitalismo era responsável pela desorientação humana, defendendo derrubar os capitalistas. Seu Manifesto Comunista, escrito com Engels, descreveu os principais ideais do comunismo.
O documento discute os principais conceitos da teoria de Karl Marx sobre o capitalismo e socialismo, incluindo: 1) o materialismo histórico que vê as relações econômicas como determinantes da estrutura social; 2) a luta de classes entre burguesia e proletariado; 3) a alienação do trabalhador sob o capitalismo.
Karl Marx (1818-1883) desenvolveu o materialismo histórico e dialético, segundo o qual os fatos econômicos constituem a base sobre a qual se apoiam outros aspectos da sociedade. Sua análise mostra como o capitalismo gera antagonismos de classe, com a burguesia explorando o proletariado por meio da mais-valia - a diferença entre o valor produzido pelo trabalho e o salário recebido. Sua teoria teve grande influência em revoluções como a Russa e a Chinesa.
Karl Marx nasceu na Alemanha e estudou filosofia, desenvolvendo seu pensamento materialista histórico. Ele acreditava que as forças econômicas determinam a estrutura social e política, e que o capitalismo levaria à alienação dos trabalhadores e, eventualmente, à sua própria destruição através de contradições internas, dando lugar ao comunismo. Marx se tornou um líder do movimento socialista e escreveu obras fundamentais como O Manifesto Comunista e O Capital.
Marx via o capitalismo como um sistema contraditório destinado à autodestruição, devido à luta de classes entre capitalistas e proletariado e às contradições entre as forças produtivas e as relações de produção. Sua teoria defendia que a história é movida pela luta de classes e que as ideologias e instituições são determinadas pela estrutura econômica da sociedade.
1) O documento discute a ideologia alemã e a filosofia alemã. 2) Marx e Engels criticam os jovens hegelianos por apenas substituírem uma fraseologia por outra ao invés de lidarem com a realidade material. 3) Eles argumentam que as condições materiais e a produção determinam a estrutura social e as ideias das pessoas.
O documento descreve a evolução da industrialização no Brasil desde o início do século XIX até os dias atuais, dividida em quatro fases principais. Detalha os principais centros industriais brasileiros, com foco em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, e discute as indústrias tradicionais e dinâmicas, com ênfase na siderurgia.
O documento resume o golpe militar de 1964 no Brasil que derrubou o presidente João Goulart e os governos subsequentes de Castello Branco, Costa e Silva e Médici. A instabilidade política e a crise econômica levaram os militares a tomar o poder sob a justificativa de combater o "perigo comunista". Os governos militares implementaram uma ditadura de segurança nacional centralizando o poder e suspendendo direitos civis.
O documento resume o golpe militar de 1964 no Brasil que derrubou o presidente João Goulart e os governos subsequentes de Castello Branco, Costa e Silva e Médici. O golpe ocorreu devido à instabilidade política e econômica no país e foi justificado pela doutrina de segurança nacional dos militares. Os governos militares implementaram um estado autoritário por meio de atos institucionais e uma nova constituição em 1967.
1) O documento discute conceitos fundamentais de química como matéria, elementos, moléculas, substâncias puras e misturas.
2) Apresenta os conceitos de estado da matéria, pressão, volume e temperatura em relação aos gases perfeitos.
3) Explica definições básicas de química orgânica como a estrutura do carbono e classes de hidrocarbonetos.
No final do século XIX e início do século XX, a Europa dominava o mundo politicamente, economicamente e culturalmente através de seu vasto império colonial. As potências europeias competiam ferozmente por novas terras e recursos na África e em outros continentes, levando à partilha e colonização quase total do continente africano na Conferência de Berlim de 1884-1885. Exploradores como Livingstone e Stanley desempenharam um papel importante mapeando o interior do continente africano e despertando o apetite colonial europeu por suas
O documento resume as principais ideias de Karl Marx sobre materialismo histórico, estrutura e superestrutura, classes sociais, mais-valia, alienação, fetichismo da mercadoria e comunismo.
Este documento discute as visões de Marx e Gramsci sobre cultura e sociedade. Apresenta brevemente a vida e obra de Marx, destacando seus conceitos fundamentais como materialismo histórico e dialético. Também resume a influência de Marx no estudo da cultura pelas ciências sociais e sua visão sobre arte e sociedade. Em seguida, aborda a vida e obra de Gramsci, focando em seus conceitos de hegemonia e subalternidade e o lugar dos intelectuais na sociedade.
O documento resume as principais ideias do filósofo Karl Marx. Em três frases:
1) Marx acreditava que a história é determinada pelas condições materiais e pela luta de classes entre proletariado e burguesia.
2) Ele explicou como o capitalismo explora o trabalho do proletariado através da apropriação da mais-valia gerada no trabalho excedente.
3) Marx previa que o proletariado iria derrubar o capitalismo e estabelecer uma sociedade socialista mais justa.
O documento resume os principais conceitos do pensamento de Karl Marx sobre economia e sociedade. Apresenta suas ideias sobre alienação do trabalhador, mais-valia, luta de classes, crises do capitalismo e a necessidade de uma revolução proletária para a implantação de uma sociedade comunista sem propriedade privada.
1) O texto discute a teoria de Karl Marx sobre como a ideologia da classe dominante se torna a ideologia dominante na sociedade.
2) Para Marx, na sociedade capitalista a produção de objetos é essencial para a divisão em classes e exploração do trabalho.
3) O texto analisa como o valor de uso e a propaganda influenciam o consumo, mas ocultam as reais condições de produção segundo a análise de Marx.
Karl Marx foi um filósofo alemão do século XIX que criticou o capitalismo e desenvolveu o socialismo e o comunismo. Ele acreditava que as relações econômicas e a luta de classes são os principais fatores que determinam a estrutura e evolução da sociedade.
1. O documento discute a visão de Karl Marx sobre educação, extraída de sua obra e pensamento. 2. Marx não desenvolveu uma teoria sistemática sobre educação, mas fez alguns apontamentos ao longo de sua obra. 3. O documento argumenta que Marx via a escola não apenas como um espaço de reprodução ideológica na sociedade capitalista, mas também como um espaço de luta e resistência contra o pensamento hegemônico dominante.
O Socialismo Científico foi desenvolvido por Marx e Engels no século XIX como uma crítica ao Socialismo Utópico. Marx acreditava que a história é determinada pelas lutas de classes entre a burguesia e o proletariado e que o capitalismo levaria inevitavelmente ao socialismo e depois ao comunismo, uma sociedade sem classes ou Estado.
O documento discute três abordagens ao socialismo: 1) o socialismo utópico de Robert Owen, Charles Fourier e Louis Blanc, que propunha sociedades ideais mas não indicava como alcançá-las; 2) o socialismo científico de Karl Marx e Engels, que analisava a dinâmica do capitalismo, origem e acumulação de capital e contradições; 3) a visão de Marx sobre ideologia, que oculta a realidade e justifica os interesses da classe dominante.
Aula de sociologia_marx_[modo_de_compatibilidade]LukasSeize
Karl Marx desenvolveu a teoria do materialismo histórico, que afirma que as relações sociais de produção e as forças produtivas formam a base econômica da sociedade e determinam sua superestrutura política e cultural. Marx criticou a exploração do proletariado pelo capitalismo e convocou os trabalhadores a derrubar essa ordem social e construir uma sociedade socialista sem classes. Sua principal obra, O Capital, analisou criticamente o processo de produção capitalista.
O documento discute os conceitos de trabalho de Karl Marx e Émile Durkheim. Marx via o trabalho como essencial para o homem e fonte de conflito entre classes, enquanto Durkheim definia a solidariedade mecânica e orgânica que mantêm a sociedade unida através da divisão do trabalho. Ambos foram importantes para entender as condições dos trabalhadores e questionar a desigualdade social.
Karl Marx (1818-1883) foi um filósofo e economista alemão que desenvolveu a teoria do materialismo histórico e da luta de classes. Sua obra mais famosa é O Capital, onde critica o capitalismo e suas contradições intrínsecas. Marx acreditava que a história é determinada pelas lutas entre classes sociais e que o comunismo traria a abolição da propriedade privada e do Estado.
Karl Marx (1818-1883) foi um filósofo e economista alemão que desenvolveu a teoria do materialismo histórico e da luta de classes. Sua obra mais famosa é O Capital, onde critica o capitalismo e suas contradições intrínsecas. Marx acreditava que a história é determinada pelas lutas entre classes sociais e que o comunismo traria a abolição da propriedade privada e do Estado.
O documento discute os principais teóricos da sociologia, incluindo Augusto Comte, Karl Marx, Max Weber e Émile Durkheim. Augusto Comte introduziu o positivismo e a lei dos três estados. Marx desenvolveu a teoria do materialismo histórico e da luta de classes. Weber defendeu que o conhecimento é mediado por valores e interesses. Durkheim estudou os fatos sociais como fenômenos externos e coercitivos.
O documento discute os principais teóricos da sociologia: Augusto Comte, Karl Marx, Max Weber e Émile Durkheim. Augusto Comte introduziu o positivismo, a abordagem de estudar apenas fatos observáveis. Marx desenvolveu a teoria do materialismo histórico e da luta de classes. Weber analisou as ações sociais e seus motivos. Durkheim defendia o estudo objetivo e quantitativo dos fatos sociais.
O documento discute o método marxista, enfatizando que (1) Marx parte da realidade empírica para identificar as determinações subjacentes por meio de abstrações sucessivas, (2) a ontologia está acima da epistemologia em Marx, com foco no conhecimento do ser social, (3) o método dialético de totalidade é essencial para compreender as partes em sua articulação no todo.
O documento discute a ontologia de Karl Marx de três formas:
1) Explica como Marx desenvolveu uma ontologia histórica ao superar as ontologias antiga e moderna.
2) Descreve como Marx via o homem como um "ser social" cuja consciência é determinada por seu ser social.
3) Discutem como Marx via o trabalho como a categoria fundante do mundo dos homens e a base de sua ontologia social.
Durkheim via a sociedade como um todo harmônico regido por leis sociais que mantêm a ordem e o bem comum. Weber enxergava a sociedade como constituída pelas relações sociais entre indivíduos e suas ações. Marx definia a sociedade pelo modo de produção e via conflito entre classes, especialmente entre capitalistas e proletariado.
O Socialismo Científico foi desenvolvido por Marx e Engels no século XIX como uma crítica ao Socialismo Utópico. Ele defende a análise materialista da história e da sociedade e a organização da classe proletária para derrubar o capitalismo através da revolução. Marx acreditava que o último estágio da história seria o comunismo, onde não haveria mais classes, Estado ou propriedade privada.
O documento discute as contribuições de Karl Marx para a sociologia. Apresenta um resumo histórico do surgimento da sociedade capitalista e da sociologia, além das ideias de Marx sobre a sociedade capitalista e a luta de classes. Destaca que Marx foi um pensador fundamental para a compreensão da organização social e das desigualdades geradas pelo sistema capitalista.
A agricultura brasileira passou por diversificação a partir de 1940, atualmente respondendo por 21,3% do PIB nacional. Os principais fatores naturais que influenciam a agricultura são o relevo planáltico, clima tropical, solos férteis como o Massapé e problemas como erosão. Há desigualdade na distribuição de terras, com minifúndios e latifúndios.
O documento discute a agricultura brasileira, abordando sua importância econômica, fatores naturais, distribuição de terras, sistemas agrários, utilização das terras, pessoal ocupado e principais culturas. A agricultura responde por cerca de 21% do PIB brasileiro e emprega 17% da mão-de-obra, porém há problemas relacionados à concentração fundiária e à falta de reforma agrária. Diversos modelos de produção agrícola são descritos, desde o extensivo até o intensivo e
O documento apresenta os principais conceitos sobre o teorema do binômio de Newton, contagem, arranjos e permutações da matemática combinatória. Explica como calcular o número de possibilidades para agrupamentos que diferem pela ordem ou natureza de seus elementos usando o princípio fundamental da contagem e fórmulas para arranjos, permutações e combinações.
A física é o estudo do comportamento e propriedades da matéria e energia no universo. Ela busca explicar e relacionar fenômenos em uma variedade de escalas, do quântico ao cosmológico, através de observações e experimentos que são formulados em leis matemáticas. Essas leis foram testadas repetidamente e comprovadas, construindo um corpo de conhecimento que representa o nosso melhor entendimento do universo físico.
O documento discute a história do petróleo no Brasil, desde as primeiras perfurações em 1896 até as descobertas recentes no pré-sal, e a transição do monopólio estatal da Petrobras para um mercado mais aberto a partir de 1997 com a criação da ANP. Também aborda os principais problemas ambientais como poluição do ar e água, efeito estufa e alternativas de controle de pragas menos prejudiciais.
O documento discute a história do petróleo no Brasil, desde as primeiras perfurações em 1896 até as descobertas recentes no pré-sal. Também aborda a quebra do monopólio da Petrobras em 1997 com a criação da ANP e a permissão para outras empresas atuarem no setor. Por fim, apresenta as prioridades para os próximos anos, como investimentos em campos maduros e novas bacias como Santos e Espírito Santo.
O documento descreve o período do Estado Novo no Brasil sob Getúlio Vargas entre 1937-1945. Resume que Vargas estabeleceu um governo autoritário e centralizado através de uma nova constituição, controle sobre os estados, expansão da burocracia estatal, e enquadramento dos sindicatos. Também promoveu o desenvolvimento econômico através de políticas intervencionistas e de substituição de importações. Inicialmente manteve neutralidade na Segunda Guerra Mundial, apesar de simpatias por regimes de direita.
O documento discute os principais conceitos do neodarwinismo e da teoria sintética da evolução, incluindo mutação, recombinação genética, seleção natural e isolamento reprodutivo. Apresenta três exemplos de seleção natural: melanismo industrial, bactérias e resistência a antibióticos, e moscas e DDT. Também discute o processo de especiação e mecanismos de isolamento reprodutivo.
O documento descreve a era Vargas no Brasil durante o Estado Novo, com três pontos principais: 1) Vargas estabeleceu uma ditadura autoritária através de uma nova constituição que concentrou poder no executivo; 2) Ele expandiu a burocracia e órgãos de propaganda para controlar a população e impor sua agenda; 3) No plano econômico, Vargas adotou políticas nacionalistas e de substituição de importações para desenvolver a indústria brasileira.
O documento descreve os principais tipos de isomeria, incluindo isomeria planar, geométrica, de posição e função. Explica como a sobreposição de orbitais leva à formação de ligações sigma e pi em moléculas, e como a posição relativa de grupos em moléculas cíclicas e de cadeia aberta pode resultar em isômeros cis ou trans.
1) O documento discute conceitos químicos como modelos orbitais de ligação covalente, ligações sigma e pi, isomeria plana e geométrica, equilíbrio iônico, constante de ionização, grau de ionização, lei da diluição de Ostwald e tabela periódica.
2) Também aborda pH e pOH, produto iônico da água e características de soluções aquosas.
3) Por fim, explica eletrólise em solução aquosa, reações nos eletrodos
Este documento fornece um resumo das principais características da Região Sul do Brasil em 3 frases:
1) A Região Sul é formada pelos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, cobrindo 6,7% do território nacional, com relevo diversificado incluindo planaltos e chapadas e drenagem pelos rios Paraná e Uruguai.
2) Sua vegetação varia entre florestas como a Araucária e a Mata Atlântica e campos, e seu clima é subtropical
1. O documento descreve a economia, finanças e urbanização no Brasil durante a Primeira República, com foco na política de saneamento financeiro, no café como base da economia e no surto industrial durante a Primeira Guerra Mundial.
2. Também aborda a crise de 1929 nos EUA e na Europa, assim como seus impactos na América Latina, e as políticas do New Deal implementadas por Roosevelt para lidar com a Grande Depressão.
3. Finalmente, discute a crise do Estado oligárquico no Brasil e a Revolução de 1930,
O documento resume conceitos fundamentais de álgebra, como funções polinomiais, equações algébricas, determinantes, sistemas lineares, geometria plana e sólida. Aborda tópicos como divisão de polinomios, teorema fundamental da álgebra, propriedades dos determinantes, regra de Cramer para sistemas lineares, área de figuras planas, definição e elementos de pirâmides.
René Descartes foi um filósofo francês considerado o pai da filosofia moderna. Ele desenvolveu o método cartesiano de dúvida sistemática para alcançar certezas, culminando na frase "Penso, logo existo". Descartes defendia a separação entre res cogitans (mente) e res extensa (matéria), fundando o dualismo cartesiano.
1) O documento discute os princípios filosóficos de Descartes, incluindo seu dualismo entre res cogitans (mente) e res extensa (matéria), e seu método de dúvida para alcançar certezas.
2) Afirma que Descartes priorizava o papel do sujeito conhecedor sobre o objeto conhecido, acreditando que as ideias existem dentro do sujeito, não fora dele.
3) Discute como Descartes usava a existência de Deus como uma segunda certeza após a certeza de sua pró
I. O documento descreve o método filosófico de Descartes, que envolve a dúvida sistemática sobre tudo o que pode ser duvidado para encontrar certezas.
II. Descartes acreditava que a única certeza que não pode ser duvidada é a própria existência do eu pensante, resumida na frase "Penso, logo existo".
III. Ele também argumentava que a existência de Deus pode ser provada a partir da idéia de um ser perfeito, do qual a idéia de perfeição não poderia vir de um ser imperfeito como
1) O documento discute conceitos de ecologia como ecossistemas, níveis de organização biológica, cadeias e teias alimentares.
2) Também aborda fluxo de energia nas cadeias tróficas, desde a produtividade primária dos produtores até a baixa eficiência energética nos níveis tróficos mais altos.
3) Por fim, explica como a pirâmide ecológica representa de forma gráfica a diminuição da biomassa em cada nível trófico sucessivo da cadeia alimentar.
1. O PENSAMENTO DE KARL MARX<br />-> Introdução <br /> Karl Marx (1818-1883) nasceu em Treves, Alemanha. Estudou na Universidade de Berlim e doutorou-se em filosofia em Iena. Em 1842, mudou-se para Paris, onde conheceu Friedrich Engels, seu parceiro de textos e idéias. Foi expulso da França e morou em Bruxelas, participando da Liga dos Comunistas. Em 1848 escreveu O Manifesto do Partido Comunista, obra de cunho mais político que científico, mas de grande importância histórica e que teria originado o chamado marxismo. Sua obra mostrou uma preocupação em lançar as bases científicas para o pensamento socialista, e politicamente, defendeu a causa operária, marca que acompanhará toda e qualquer tendência ou postura que se tenha intitulado de marxista. Malogrado o projeto de revolução social, em 1848 mudou-se para Londres. Com isso, podemos perceber que conhecia de perto boa e importante parcela da sociedade industrial européia. Entre seus livros, destacam-se A Ideologia Alemã, Miséria da Filosofia, Para a Crítica da Economia Política e O Capital. <br /> Marx viveu numa Europa próspera e conturbada. Percebeu e estudou as contradições do desenvolvimento do capitalismo e sua obra apontava para uma possibilidade de superação dos conflitos e contradições desse modo de produção que acumulava e concentrava riqueza nas mãos de poucos. Marx teve e ainda tem uma grande quantidade de seguidores na intelectualidade e entre políticos em todo o mundo. <br />-> Relações de Produção e Classe social <br /> Para Marx, a sociedade não era um tecido solidário como queria Durkheim, mas uma organização baseada nas relações de produção. Na produção social da sua existência, dizia Marx, os homens travam relações determinadas, necessárias e independentes de sua vontade. Tais relações de produção correspondem a um grau de desenvolvimento das forças produtivas. Esse desenvolvimento seria, então, o movimento próprio da história. O motor da história, portanto, é a contradição, pois cada modo de produção - que Marx entendia como etapas evolutivas (modo de produção asiático, antigo, feudal e burguês) - trazia em si um princípio contraditório e por isso o pensamento marxista é um pensar dialético. Chamou essa teoria de materialismo dialético ou histórico. Para Marx, a história não era um processo conduzido pela vontade dos homens, mas determinada, sobretudo pela forma como os homens produzem e reproduzem sua riqueza material. Percebia nessa ordem das coisas, as relações de conflito, principalmente entre as classes sociais, que apresentavam posições e interesses diferentes. Para Marx, existiam duas classes sociais: a classe dominante e a dominada. Na sociedade de produção capitalista, a classe dominante está representada pela burguesia que detém os meios de produção (donos de fábricas, por exemplo) e a classe dominada, pelo proletariado (a classe operária e camponesa) que, nada possuindo, vende a sua força de trabalho como se fosse uma mercadoria. <br /> As classes sociais são opostas e interdependentes. Só existem proprietários que acumulam riqueza porque há uma massa de despossuídos. <br /> Para Marx e Engels, a sociedade, portanto seria um tecido repleto de nós, ou melhor, de relações de conflito e luta de classes. Ao contrário de Durkheim, para eles não bastava a constatação de uma consciência coletiva. Na ótica marxista, não é a consciência dos homens que determina a sua existência, mas, ao contrário, a existência social é que determina a sua consciência. Além disso, não pode haver uma única e externa consciência coletiva, como pensava Durkheim, porque, segundo Marx, a consciência é no mínimo, consciência de classe. Em outros termos, a consciência de um indivíduo da classe dominante será diferente da consciência daquele pertencente à classe dominada. <br /> Concluindo, os valores de uma sociedade, os sentimentos, a forma de pensar e de interpretar o mundo, seja pela arte, pelo senso comum ou pela filosofia, a forma de agir em sociedade são reflexos das relações de produção. <br /> Convém colocar que o método de Marx teve influência da dialética do filósofo George Hegel (1770-1831), para quem a história era um todo coeso, um processo de desenvolvimento, cuja dinâmica se dava por forças antagônicas (contrárias) do conhecimento e do espírito humano, às quais chamou de tese e antítese. Da relação de conflito das duas surgia, então, uma síntese que se constituía, por sua vez, em uma nova tese. Marx criticou Hegel por julgá-lo idealista, ou seja, o que Marx reformulou ou corrigiu na dialética hegeliana, a seu ver, nessa teoria foi a idéia de que o embate das forças de oposição ocorreria na esfera da realidade material, ou seja, na forma de produção. <br />-> Teoria da Alienação <br /> Para Marx, a classe dominada vivencia uma complexa experiência de alienação. A indústria, a condição de assalariado e a propriedade privada condenam o operário a uma situação de alienação, pois ela está separada do fruto do seu trabalho que é o bem por ela produzido e que pertence ao patrão. A consciência também se encontra alienada, pois os operários não necessariamente se apercebem dessa condição de exploração. <br /> Politicamente, também ocorre uma experiência alienante. O princípio da representatividade pressupõe um Estado imparcial e que represente o conjunto de toda a sociedade. Para Marx, isso não acontece no capitalismo, já que o Estado, na verdade, representa diretamente os interesses da classe dominante. <br /> Enquanto para Durkheim, a divisão social do trabalho gerava uma solidariedade, para Marx, tal divisão implica outra situação de conflito e alienação: uma classe privilegiada tem acesso ao conhecimento filosófico e esse pensar parcial e classista torna-se o pensamento dominante e a visão geral da sociedade como um todo. Assim, a própria ciência, ou a própria sociologia, pode ser um saber que produz alienação. <br /> Segundo o pensamento marxista, o primeiro passo para tirar o homem da condição de alienação e de exploração é fazer a crítica radical ao modo de produção vigente e daí trabalhar no sentido de acelerar o advento de uma nova sociedade sem classes. Esse advento, segundo Marx, já está inscrito na contradição do sistema capitalista. <br />-> O Capital <br /> Para conhecer melhor o pensamento de Marx, faz-se imprescindível um contato com a sua obra O Capita l(1867). Essa obra compreende três livros. O primeiro fora publicado em vida, os volumes II e III são publicações póstumas, inacabados e compilados por Engels. <br /> N’ O Capital, Marx analisa a essência do capitalismo que é a lógica do lucro e da propriedade privada. A obra inicia expondo dois tipos de troca: um primeiro em que a mercadoria é trocada por mercadoria, sendo uma troca imediatamente inteligível e humana; um segundo tipo que é a troca que vai do dinheiro para o dinheiro, passando pela mercadoria, sendo que no fim da troca, espera-se ter conseguido mais dinheiro do que aquele inicial. Denotando a produção de um lucro. Essa segunda forma de troca é a marca do capitalismo. A grande questão de Marx é descobrir como ocorre esse processo, ou ainda, como é possível produtores e comerciantes lucrarem? Outra maneira de formular o problema da obra: qual é a fonte do lucro? Marx acredita ter encontrado a resposta, desenvolvendo a teoria da mais-valia. <br /> -> A mais-valia <br /> Através da teoria da mais-valia, Marx demonstra que tudo é trocado pelo seu valor e, no entanto, existe uma fonte de lucro. Para chegar a explicar a mais-valia, precisamos expor três proposições. <br /> Proposição primeira: o valor de qualquer mercadoria é proporcional a uma quantidade de valor de trabalho social nela embutido. Trata-se da teoria do valor-trabalho. Para Marx o único valor quantificável é a quantidade de valor-trabalho e por isso sabemos que um determinado objeto tem efetivamente mais valor que outro. <br /> Proposição segunda: o valor-trabalho pode ser medido como valor de mercadoria. Já vimos que o operário assalariado é o que vende a sua força de trabalho como se ela fosse uma mercadoria, isso quer dizer que o salário pago ao trabalhador deve equivaler ao valor de trabalho social embutido na mercadoria, de acordo com a proposição primeira. Porém, em se tratando de trocas sociais, o salário deve corresponder à quantia que garanta a sobrevivência do trabalhador e de sua família. <br /> Proposição terceira: o tempo de trabalho necessário para o operário produzir um valor igual ao que recebe sob a forma de salário é inferior à duração de seu trabalho de fato. Assim, um operário precisará, por suposição, de quatro horas de trabalho para receber o valor que garanta a sua sobrevivência, que corresponde ao seu salário, mas ele, na verdade, trabalha nove horas. Uma parte do tempo, ele trabalha para si e a outra, para o patrão. A mais-valia é exatamente a quantidade de valor produzido pelo operário além do trabalho necessário correspondente ao valor do trabalho que recebe em forma de salário. Em outros termos, o valor produzido durante o sobretrabalho é mais-valia. O trabalho, portanto, rende um valor extra ao dono da empresa, e esse, de certa forma, apropria-se de um valor excedente que em princípio é do trabalhador. Fica evidente que o aumento da produtividade, pelo avanço tecnológico, por exemplo, promove uma evolução da mais-valia. <br />-> Concluindo <br /> O Capital (primeiro volume) é publicado em 1867, o segundo volume, em 1885 e o terceiro, só em 1889. Após a morte do pensador, Engels continuou velando pela obra. O terceiro volume não completa a sua obra, ao menos, não o plano original. Marx pretendia escrever um quarto volume, no qual queria expor suas idéias sobre uma mecânica mistificadora dos movimentos econômicos. <br /> Depois de Marx, o socialismo adquiriu consistência científica. Encontramos em seu pensamento uma profunda compreensão do processo econômico e da influência sobre a vida dos homens, colocando de lado, hoje, o determinismo econômico de sua obra, principalmente devido à época em que viveu, não mais aceito inclusive por muitos marxistas. <br /> Trata-se de um autor polêmico, criticado de forma legítima e irônica, essa última, perigosa porque expõe os abusos da especulação intelectual. Marx via no socialismo uma necessidade histórica, após sua morte, mal concretizada pelo leste europeu e em outros países, constituindo-se em um fracasso desse sonho humanista e iluminista. Marx elaborou um pensamento universal e sustentou uma visão de homem universal e muitos cientistas sociais e filósofos valorizam essa face de sua produção intelectual. O fim do socialismo real na URSS e na Europa Oriental não significou, para alguns, o fim do pensamento socialista; ou para outros, o fim da sua ameaça. <br /> Faz-se necessário compreender hoje que a história não se conclui em qualquer manifestação particular. Nem numa sociedade socialista, tampouco em uma capitalista. Como pensa, em geral, o marxismo, o esforço para reproduzir um modo de produção econômico acarreta alterações nas forças em oposição. <br />Faz-se, portanto, necessário continuar a desenvolver a crítica dos modelos sociais e econômicos que os homens estabelecem, por sua vontade ou não, procurando propostas de superação das mazelas sociais. <br />-> Leitura Complementar <br /> Conceitos básicos do Marxismo <br /> Definir claramente o sentido de Socialismo, hoje em dia, não constitui tarefa das mais simples. Essa dificuldade pode ser creditada à utilização ampla e diversificada deste termo, que acabou por gerar um terreno bastante propício a confusões. Constantemente encontramos afirmações de que os comunistas lutam pelo socialismo, assim como também o fazem os anarquistas, os anarco-sindicalistas, os social-democratas e até mesmo os próprios socialistas. A leitura de jornais vai nos informar que os governos Cubano, Chines, Vietnamita, Alemão, Austríaco, Ingles, Francês, Sueco entre outros, proclamam-se socialistas. Caberia então perguntar o que é que vem a ser este conceito, tão vasto, que consegue englobar coisas tão dispares. <br /> A História das Idéias Socialistas possui alguns cortes de importância. O primeiro deles é entre os socialistas Utópicos e os socialistas Científicos, marcado pela introdução das idéias de Marx e Engels no universo das propostas de construção da nova sociedade. O avanço das idéias marxistas consegue dar maior homogeneidade ao movimento socialista internacional. <br /> Pela primeira vez, trabalhadores de países diferentes, quando pensavam em socialismo, estavam pensando numa mesma sociedade - aquela preconizada por Marx - e numa mesma maneira de chegar ao poder. <br />-> As idéias de Karl Marx e Friedrich Engels <br /> As teses apresentadas por Marx e Engels levaram a uma total modificação do caminho que vinha sendo percorrido pelas idéias socialistas e constituíram a base do socialismo moderno. Apesar de obras anteriores, é o Manifesto do Partido Comunista que inova definitivamente o ideário socialista. A partir de sua publicação em 1848, tanto Marx quanto Engels aprofundaram e detalharam, em suas demais obras, suas concepções sobre a nova sociedade e sobre a História da humanidade. <br /> Antes de qualquer coisa, devemos fugir à idéia de que anteriormente a Marx existissem apenas trevas. O que há de genial no trabalho de Marx é sua aguçada visão da História e dos movimentos sociais e a utilização de instrumentos de análise que ele próprio criou. <br /> Marx se serve de três principais correntes do pensamento que se vinham desenvolvendo, na Europa, no século passado, coloca-as em relação umas com as outras e as completa em suas obras. Sem a inspiração nestas três correntes, admite o próprio Marx, a elaboração de suas idéias teria sido impossível. São elas: a dialética, a economia política inglesa e o socialismo. Para Marx o movimento dialético não possui por base algo espiritual, mas sim algo material. <br /> O materialismo dialético é o conceito central da filosofia marxista, mas Marx não se contentou em introduzir esta importante modificação apenas no terreno da filosofia. Ele adentrou no terreno da História e ali desenvolveu uma teoria científica: O materialismo histórico. O materialismo histórico, a concepção materialista da história desenvolvida por Marx e Engels, é uma ruptura à História como vinha sendo estudada até então. A história idealista que dominava até então. A história idealista que dominava até aquela época chamava-se de História da Humanidade ou História da Civilização a algo que não passava de mera seqüência ordenada de fatos histórico relativos às religiões, impérios, reinados, imperadores, reis e etc. <br /> Para Marx as coisas não funcionavam desta maneira. Em primeiro lugar, como materialista, interessava-lhe descobrir a base material daquelas sociedades, religiões, impérios e etc. A ele importava saber qual era a base econômica que sustentava estas sociedades: quem produzia, como produzia, com que produzia, para quem produzia e assim por diante. Foi visando isto que ele se lançou ao estudo da Economia Política, tomando como ponto de partida a escola inglesa cujos expoentes máximos eram Adam Smith e David Ricardo. Em segundo lugar uma vez que a base filosófica de todo o pensamento marxista (e, portanto, também de sua visão de história) era o materialismo dialético, Marx queria mostrar o movimento da história das civilizações enquanto movimento dialético. <br /> A teoria da História de Marx e Engels foi elaborada a partir de uma questão bastante simples. Examinando o desenvolvimento histórico da Humanidade, pode-se facilmente notar que a filosofia, a religião, a moral, o direito, a indústria, o comércio etc., bem como as instituições onde estes valores são representados, não são sempre entendidos pelos homens da mesma maneira. Este fato é evidente: A religião na Grécia não é vista da mesma maneira que a religião em nossos dias, assim como a moral existente durante o Império Romano não é a mesma moral existente durante a idade média. <br />O Texto acima foi extraído do livro “O que é Socialismoquot;
. Escrito por Arnaldo Spindel. <br />Editora Brasiliense, 4º edição <br />-> Leituras Complementares <br /> Comunismo (Amanda Coelho Sanches) <br /> As idéias básicas de Karl Marx estão expressas principalmente no livro O Capital e n'O Manifesto Comunista, obra que escreveu com Friedrich Engels, economista alemão. Marx acreditava que a única forma de alcançar uma sociedade feliz e harmoniosa seria com os trabalhadores no poder. Em parte, suas idéias eram uma reação às duras condições de vida dos trabalhadores no século XIX, na França, na Inglaterra e na Alemanha. Os trabalhadores das fábricas e das minas eram mal pagos e tinham de trabalhar muitas horas sob condições desumanas. Marx estava convencido que a vitória do comunismo era inevitável. Afirmava que a história segue certas leis imutáveis, à medida que avança de um estágio a outro. Cada estágio caracteriza-se por lutas que conduzem a um estágio superior de desenvolvimento. O comunismo, segundo Marx, é o último e mais alto estágio de desenvolvimento. <br /> Para Marx, a chave para a compreensão dos estágios do desenvolvimento é a relação entre as diferentes classes de indivíduos na produção de bens. Afirmava que o dono da riqueza é a classe dirigente porque usa o poder econômico e político para impor sua vontade ao povo. Para ele, a luta de classes é o meio pelo qual a história progride. Marx achava que a classe dirigente jamais iria abrir mão do poder por livre e espontânea vontade e que, assim, a luta e a violência eram inevitáveis. <br />-> O futuro incerto do comunismo <br /> Em sucessivas eleições, o Partido Comunista Francês teve um desempenho abaixo de seus patamares históricos. Essa decadência aparentemente inexorável de seu potencial militante e de seu apelo político é questionada por três livros lançados recentemente. <br />-> Jack Dion (Le Monde Diplomatique) <br /> Em sucessivas eleições, o Partido Comunista Francês (PCF) atingiu patamares historicamente baixos. Seu potencial militante não é mais o que era. Teria perdido toda a oportunidade de se recuperar? Ao contrário das opiniões correntes, os pesquisadores Marie-Claire Lavabre e François Platone¹ insistem nos trunfos comunistas: um número de militantes certamente em baixa constante, mas sem equivalente em outras formações políticas e com perfil em sintonia com a evolução do assalariado na sociedade francesa (ascensão dos funcionários e executivos, em detrimento dos operários tradicionais); uma implantação local que provoca ciúmes entre os Verdes e os da extrema esquerda. Os pesquisadores destacam igualmente a nova imagem do PCF na opinião pública depois da ruptura com o modelo soviético, desde o findar dos anos 70, que atingiu seu ponto máximo na “mutação” do último período. Resta saber se o PCF está à altura para investir em um espaço político que no momento lhe escapa. <br /> Alguns acreditam nisso, como o historiador Roger Marteli, membro ativo do PCF, que escreve um livro com título iconoclasta: Le communisme est um bon parti, dites-lui oui² (O comunismo é um bom partido. Diga sim, para ele.) Marteli é daqueles que refletem há muito tempo sobre o inexorável declínio do comunismo na ausência de uma renovação à altura do desafio. Aliás, ele consagra grande parte de sua obra a um enfoque histórico-político da questão, inseparável da crise do modelo tal como foi aplicado no Leste e como se expressou no cenário nacional. Ele aponta a especificidade própria do movimento operário francês, que nunca foi uma simples cópia do sistema soviético. <br />-> Um comunismo reconstruído <br /> Esta lembrança permite ao autor ressaltar que o declínio do PCF vem de muito longe. Segundo ele, para resolver a crise estrutural seria necessário uma mudança completa para chegar ao que ele denomina “ um comunismo político da nova geração”. Martelli imagina uma revolução na revolução, passagem obrigatória para desenvolver um projeto novo para sua teoria, suas práticas, sua organização, seu simbolismo. Amplo programa, sedutor em seu enunciado, mas que necessitaria ser definido em seu conteúdo. Se ele é um daqueles que permanecem céticos sobre a atual evolução do PCF, Martelli não deixa de apostar em um “comunismo reconstruído”, definitivamente despido das ilusões do passado. <br /> Um outro historiador, Alain Ruscio, conhecido por seus trabalhos sobre o colonialismo, confronta-se de uma forma mais pessoal à realidade do comunismo3. Ele foi membro do PCF. Não é mais, mas permanece visceralmente anti-capitalista. Ele relata sua trajetória pessoal, a de um homem que cruzou com espíritos generosos, a de um militante que se chocou com a lógica do aparelho partidário, a de um revoltado que conserva intactas suas iras da juventude. A sua maneira, original, o autor propõe um testemunho que interessará a todos aqueles que recusam ver no capitalismo o fim da História. <br /> (Trad.: Celeste Marcondes) <br />1 - O que resta do PCF ? Revista Autrement, Paris, 2003, 142 páginas. <br />2 - O comunismo é um bom partido. Diga sim, para ele. La Dispute, Paris, 2003, 121 páginas. <br />3 - Nós e eu, grandeza e servidão comunista. Edição Tirésias.Paris, 2003, 300 páginas. <br />-> Glossário <br /> Alienação: Perda da razão, loucura, submissão cega a valores e instituições com inconsciência da realidade. Produto da ação humana que torna o homem estranho a si próprio. <br /> Dialética: Argumentação habilidosa (Platão), pensamento ou método filosófico e científico que leva em consideração as contradições da realidade.<br />A SOCIOLOGIA DE MAX WEBER<br />-> Introdução <br /> Max Weber (1864-1920) nasceu em Erfurt, na Alemanha. Filho de burgueses liberais, Weber teve ampla instrução e larga formação, sendo considerado um erudito. Conhecia com profundidade a ciência do direito, a arte, filosofia, história e sociologia. Foi professor em Berlim, e catedrático na Universidade de Heidelberg. Era um liberal e parlamentarista na esfera política, tendo participado da comissão redatora da Constituição da República de Weimar. Qualificou-se em sociologia da religião com a sua tese A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo. Escreveu também Economia e sociedade, História Geral da Economia, entre outros. Diferente de Durkheim que trabalhou num país constituído (a França), Weber estudou e pensou a questão da nação alemã em pleno processo de formação de um Estado alemão. Talvez por isso não entendesse a sociedade como algo dado, externo e evidente e, nesse sentido, discordava de Durkheim. <br />-> O Conceito de Ação Social <br /> Já vimos que para Durkheim, a sociedade era um elemento externo aos indivíduos, dado inclusive o seu caráter coercitivo. Para Max Weber, ao contrário, não existe uma oposição entre sociedade e indivíduo e sequer desenvolveu uma teoria geral da sociedade. Não acreditava em um conceito abstrato de sociedade, como algo em si, mas estudava as particularidades sociais e, nesse sentido, foi um historicista. Para fazer sociologia, ele descartou a noção de fato social, uma vez que não aceitava uma objetividade do ser social. A sociedade, pensava Weber, emerge na subjetividade da ação social dos homens. Uma ação é social quando se leva em consideração a existência dos outros e, portanto, nem toda ação humana é necessariamente social. Assim, por exemplo, o choque de dois ciclistas não passa de um fenômeno natural, mas torna-se uma ação social a tentativa de se desviar a bicicleta, pois, nesse caso, levou-se em conta o outro. Não necessariamente os outros precisam estar presentes. Um homem educado, por exemplo, não jogará lixo ou papéis no chão de uma sala, mesmo que se encontre só no ambiente, pois sabe que mais tarde, esse lugar estará ocupado por outros e então o abster-se de jogar um papel no chão é uma ação social. <br /> Weber não reconhece um caráter coercitivo da sociedade, como pensava Durkheim, pois as normas sociais se encontram no indivíduo, sob a forma de motivação. Assim, toda ação social carrega um significado que lhe é atribuído pelos indivíduos e o papel do sociólogo é exatamente o de compreender o sentido da ação. A sociologia é <br /> “uma ciência que pretende compreender interpretativamente a ação social e assim explicá-la causalmente em seu curso e seus efeitos”. (Max Weber, Economia e Sociedade) <br />-> O Método Compreensivo <br /> Para Weber, toda ação social é uma ação com sentido. Cada indivíduo age motivado por algo que pode ser uma tradição, um interesse racional ou por uma emoção e é o motivo da ação que revela o seu sentido. Compete ao sociólogo compreender o sentido da ação que lhe interessa. A ação social se decompõe revelando o seu nexo que pode ser da ordem política, religiosa ou econômica. A sociedade, para o sociólogo aqui estudado, se revela apenas aí: nos agentes da ação que se expressam por motivos internos e pessoais. <br /> Mas tal tarefa encontra dificuldades, pois o cientista também age com suas motivações e participa da sociedade que lhe pode aparecer como um objeto externo. O sociólogo, pois, está impregnado do seu objeto de estudo (pois pertence à sociedade estudada) e, assim, uma imparcialidade objetiva se torna pouco provável. Por isso, Weber preocupou-se em defender o máximo de neutralidade científica possível, ou seja, o cientista não pode permitir que sua pesquisa seja perturbada pela defesa das idéias políticas, pessoais ou pelas crenças do próprio cientista. <br />-> O Poder e Tipologia Weberiana (o tipo ideal) <br /> Se para Durkheim, a sociedade era um tecido solidário e para Marx, um campo de lutas e espaço de contradições, para Weber, a sociedade seria um processo de tensões. Além da categoria de ação social, Weber elaborou seu pensamento social com base no conceito de poder. Ele teorizou que o poder perpassa todos os níveis de uma sociedade, pois a sociedade se constitui a partir de uma relação de hierarquia. Não se entende aqui, porém, poder no sentido estritamente econômico ou político. Poder também não é sinônimo de autoridade, mesmo porque nem sempre o poder é um exercício aceito pela sociedade. Quando o poder é aceito como legítimo, então ele coincide com a autoridade. Para que seja legítima, a autoridade se sustenta em três tipos: a autoridade tradicional, fundamentada no costume; a autoridade carismática, baseada na crença de que o indivíduo que exerce tal poder seja portador de qualidades excepcionais e a autoridade legal-racional, fundamentada na atribuição formal. <br /> Percebe-se aqui que Weber utilizou uma tipologia para explicar a autoridade. Para estudar as ações sociais, Weber utilizou a construção, como método científico, de tipos ideais. Trata-se de construções teóricas e abstratas, feitas a partir da realidade, mas acentuando as características de distinção. O tipo ideal não é um modelo original e perfeito, não representa rigidamente o real, mas é o estereótipo que ajuda a classificar formas diferentes em que aparecem os fenômenos estudados. Nesse caso, uma autoridade, como um Papa, pode ter poder por tradição, carisma e até legal, pois passou por um processo legal antes de ser o escolhido para a instituição: o papado. <br />-> Sociologia da Religião <br /> Segundo Max Weber, é preciso conhecer a concepção global de existência de um agente para compreender suas atitudes. Esse é o método weberiano para uma sociologia da religião. Para entender o comportamento de um homem, faz-se necessário conhecer seus dogmas, sua visão de mundo, incluindo suas crenças e interpretações da existência. Recordemos o pensamento marxista. Segundo o materialismo histórico, as relações entre os homens, as consciências, assim como toda produção cultural, seriam determinadas pelas relações de produção. É o que se costuma chamar de determinismo econômico. Max Weber, ao contrário, tentou mostrar que a concepção religiosa é um determinante da conduta econômica e que pode promover transformações na economia em dadas sociedades. <br />-> Capitalismo para Weber <br /> Para Weber, assim como não se pode falar em uma sociedade, como algo abstrato, pois o que existe são sociedades, também não há um único capitalismo. Toda sociedade capitalista apresenta singularidades, e, então, há vários capitalismos. Já vimos que Weber era um historicista, e, portanto ele diria que o capitalismo japonês, por exempolo, possui particularidades históricas e estruturais absolutamente próprias. Se alguém usasse o termo a sociedade capitalista, Weber perguntaria: De que sociedade e de que capitalismo você está falando? Por isso, ele aplicou o método da construção do tipo-ideal estudado na aula anterior, para definir o capitalismo. <br /> Visto, então, sob um modelo ideal, com certas características acentuadas, o capitalismo aos olhos de Weber seria marcado pela organização empresarial, pelo objetivo de se produzir o máximo de lucro e pela disciplina racional. Assim, uma empresa capitalista atinge seus objetivos (de acumular lucro) por meio da organização burocrática. A burocracia, por sua vez, é definida como a organização de muitas pessoas que trabalham em cooperação, de forma anônima, impessoal, ou seja, de pessoas que exercem profissões separadas ou afastadas de suas famílias e de suas individualidades. Para Weber, a racionalização burocrática é a grande característica do capitalismo. <br />-> A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo<br /> Uma obra muito importante de Max Weber é A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo, em que ele propõe a hipótese de que a concepção de existência dos protestantes gerou motivações que favoreceram o desenvolvimento do capitalismo. <br /> A religião associa-se ao corpo social não pelas instituições, mas pelos valores que o indivíduo carrega e transforma em motivações da ação social. Segundo essa obra, a ética puritana protestante é motivada pelo trabalho experimentado como vocação. Ou seja, não se trabalha simplesmente para se acumular capital, pois essa seria uma mesmo. Weber analisa, assim, a vocação, a virtude e a ascese do protestante e mostra como tal ethos contribuiu para que ocorresse o acúmulo de capital. A ascese consiste em uma renúncia aos prazeres mundanos, condenados pela religião, assim, o protestante poupa e se autodisciplina para o trabalho. A ética e a concepção de mundo protestante motivação insuficiente. Trabalha-se porque o trabalho é bom, portando um valor em si foram historicamente mais adequadas para apoiar o desenvolvimento de um racionalismo econômico do que o catolicismo. Ocorreu, portanto, uma afinidade entre uma determinada visão de mundo sugerida pelo calvinismo e um determinado estilo de ação econômica. <br /> Weber lembra que o protestantismo inaugura certo desencantamento do mundo, uma postura religiosa anti-mágica e anti- ritualista, que indiretamente apóia a investigação científica. O sociólogo também afirma que o mundo em que vive o homem capitalista é marcado pelo desencanto, em que o espaço sagrado que envolvia o mundo desapareceu. As coisas estão desencantadas e à disposição dos homens que produzem, consomem e descartam. <br /> Ao estudar esta obra, é interessante opor, mais uma vez, Weber a Marx. Para este último, a estrutura das relações de produção tem um papel determinante da cultura, já para Weber existe uma multicausalidade (muitas causas) que determinam e se combinam para produzir determinado efeito. A instância religiosa não é unilateralmente o reflexo da superestrutura econômica, mas podendo inclusive ser um dos determinantes daquela. Vê-se, no caso do calvinismo, uma realidade cultural contribuindo para o sucesso da implantação de um novo modelo de ação econômica: o capitalista. <br />-> Leitura Complementar <br /> JOÃO CALVINO <br /> O Calvinismo cristalizou a Reforma. Lutero e Zuínglio tinham modificado radicalmente a antiga religião, mas, para além do vigoroso realce dado à Palavra de Deus, as crenças reformadas careciam duma autoridade precisa, duma direção organizada e duma filosofia lógica. João Calvino deu-lhes tudo isso e mais ainda. Ele foi um daqueles raros caracteres em que o pensamento e a ação se conjugam e que, se chegam a deixar marca, gravam-na profundamente na história. A influência que ele exerceu desde a cidade de Genebra, que praticamente governou a partir de 1541 até à sua morte, em 1564, espalhou-se pela Europa inteira e mais tarde pela América. <br /> Calvino nasceu na França, a 10 de julho de 1509, em Noiyon, onde seu pai era notário apostólico e delegado fiscal. O pai era um respeitável membro da classe média, que esperava que o seu segundo filho, João, seguisse a carreira eclesiástica; mas os seus antepassados mais remotos tinham sido barqueiros em Pont-l'Evêque, no rio Oise. João Calvino estudou teologia, e depois direito, nas Universidades de Paris, Orleães e Bourges. <br /> É incerto quando e como tenha Calvino abandonado a fé dos seus maiores. Mais tarde ele escreveu: Deus sujeitou-me o coração à docilidade através duma conversão repentina. Sem dúvida que os seus interesses se foram desviando dos clássicos e das leis para o estudo dos Pais da Igreja, e das Escrituras. As influências primordiais foram provavelmente as do Novo Testamento grego de Erasmo e dos sermões de Lutero. O Testamento grego revelou-lhe até que ponto a doutrina da Igreja se tinha afastado da narração evangélica. Os escritos de Lutero faziam realçar aquela idéia que germinava agora na sua própria mente e que iria influenciar dali por diante tudo o que ele fez, a de que o homem, carregado de culpas, apresentando-se coberto de pecados perante o Deus perfeitamente bom, somente pode salvar-se pela sua fé absoluta e sem restrições na misericórdia divina. <br /> Calvino passou a escrever a obra que veio a ser o livro texto da Reforma Protestante, a sua Instituição da Religião Cristã, que continha as idéias fundamentais em que assentava o Calvinismo. Ao cabo de 23 anos da sua primeira publicação - 1536 - os seus seis capítulos originais tinham aumentado para oitenta, mas as idéias não tinham sofrido modificações sensíveis. Talvez que nenhum livro publicado no século XVI tenha produzido efeitos de tão largo alcance. <br /> Quais eram os fundamentos da sua crença? Tal como Lutero e Zuínglio, a Bíblia, a inspirada Palavra de Deus, constitui a base final de todas as suas idéias. quot;
Tal como sucede com os velhos, e os que sofrem de oftalmias, e todos os que têm má visão, que, se lhes pusermos diante nem que seja o mais belo livro, embora eles reconheçam que ali está escrita alguma coisa, mal conseguem juntar duas palavras, mas, se forem ajudados mediante a interposição de óculos, começarão a ler indistintamente, assim também a Escritura, reunindo todo o conhecimento de Deus na nossa mente, doutro modo confusa, dispersa as trevas e mostra-nos claramente o verdadeiro Deus.quot;
Embora Calvino admitisse que a Escritura era totalmente isenta de erro humano, salientou que quot;
as Escrituras são a escola do Espírito Santo, onde nada é omitido que seja necessário e útil conhecer, e nada é ensinado, exceto aquilo que seja vantajoso saberquot;
; e sustentou que o Antigo Testamento era tão valioso quanto o Novo. quot;
Ninguém pode receber sequer a mínima parcela de reta e sã doutrina se não passar a ser um discípulo das Escrituras e não as interpretar guiado pelo Espírito Santo.quot;
<br /> É óbvio que a Igreja e o Estado devem ambos derivar a sua autoridade da Escritura. Calvino distinguia, como outros fizeram, entre a Igreja visível e a invisível. A segunda era formada por todos os que estavam predestinados à salvação. Afirmamos, escreveu ele na Instituição, que por decreto eterno e imutável Deus já determinou de uma vez por todas quem Ele admitirá à salvação e quem Ele admitirá à destruição. Confirmamos que esse decreto, pelo que respeita aos eleitos, fundamenta-se no Seu decreto desinteressado, totalmente independente dos méritos humanos; mas para aqueles que ele destina à condenação as portas da vida ficam fechadas por um julgamento justo e perfeito. A teoria da predestinação de Calvino nasceu da sua crença na presciência absoluta de Deus, e da firma convicção, robustecida pelas suas leituras de São Paulo e Santo Agostinho, de que o homem é incapaz de se salvar pelas suas próprias ações; somente pode ser salvo pela imerecida graça de Deus, livremente concedida. Mas, se a Igreja é o grêmio dos predestinados ou eleitos, ela deve necessitar de alguma expressão visível, ainda mesmo que imperfeita. <br /> A autoridade da Igreja é puramente religiosa, assim como a autoridade do Estado é puramente política. Calvino atribuiu uma autoridade de origem divina e chamou aos magistrados os ministros da justiça divina. Enquanto a Igreja lida com a vida da alma ou do homem interior, os magistrados ocupam-se em estabelecer a justiça, civil e exterior, da moralidade. Idealmente, o Estado não deve interferir com a Igreja, embora deva fazer tudo aquilo que puder para ajudá-la, mas Igreja também não deve interferir no Estado. <br /> Os Regulamentos Eclesiásticos de Calvino estabeleciam como devia ser governada e Igreja. Esta tinha 2 instituições dirigentes, o Venerável Ministério e o Consistório. O primeiro, formado pelos pastores, examinava os que se sentiam vocacionados para a ordenação, apresentando depois ao Conselho para a aprovação aqueles a quem tinha escolhido; escutava os sermões sobre a doutrina, e agia como censor moral. O Consistório, um conselho de seis ministros e doze anciãos escolhidos entre os membros dos três conselhos governativos, era de todos os instrumentos de governo de Calvino o de maior significado. Em teoria era um tribunal da moral, mas a moralidade em Genebra não tinha limites; o Consistório tomava conhecimento de todas as formas de atividade, lidando com os vícios mais graves e com as infrações mais banais. A sua disciplina era severa e mantida por meio da excomunhão; as sentenças que proferia eram muitas vezes rigorosas, mas não o eram invariavelmente. O adultério, o jogo, as pragas, a bebida, o dormir na altura dos sermões e todas as práticas suscetíveis de poderem ser consideradas católicas, tudo isso caía sob a sua alçada.<br /> Genebra tornou-se a central do mundo protestante. Refugiados protestantes de toda a Europa encontraram refrigério e ensino adentro das suas fronteiras, dando rapidamente uma feição acentuadamente cosmopolita à cidade. O ensino calvinista floresceu na sua universidade e na Academia fundada por Calvino em 1559. A literatura impressa em Genebra inundou a Europa, quer através do mercado livre, quer vendida por colporteurs clandestinos; os livros e folhetos eram de formato especial para se poderem transportar sem serem descobertos. <br /> Quando em 1564 Calvino morreu, pôde no mínimo repousar com o seguro conhecimento de ter criado um dos mais importantes movimentos religiosos e políticos da história mundial. <br />Texto Retirado da Segunda Edição do Livro Renascimento e Reforma, de V.H.H. Green. Publicações Dom Quixote, Portugal. <br />-> Leitura Complementar <br /> Sociologia <br /> Max contra Marx <br /> Clássico de Max Weber que defende a religião como premissa para o surgimento do capitalismo, quot;
A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismoquot;
, que faz cem anos, se sustenta hoje como análise da relação entre cultura e modernidade <br /> Folha de São Paulo - Caderno Mais, 27.03.2005 <br /> Neste ano se comemora o centésimo aniversário do mais famoso tratado sociológico já escrito, quot;
A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismoquot;
, de Max Weber [1864-1920]. Foi um livro que deixou Karl Marx de ponta-cabeça. <br /> A religião, segundo Weber, não era uma ideologia produzida por interesses econômicos (o ópio das massas, como havia colocado Marx); era sobretudo o que havia possibilitado o mundo capitalista moderno. <br /> Na década atual, quando as culturas parecem estar se chocando e a religião freqüentemente é responsabilizada pelos fracassos da modernização e da democracia no mundo muçulmano, o livro e as idéias de Weber merecem um novo olhar. <br /> O argumento de Weber se concentrou no protestantismo ascético. Ele disse que a doutrina calvinista da predestinação levava os crentes a tentar demonstrar sua situação de eleitos, o que faziam dedicando-se ao comércio e ao acúmulo material. <br /> Dessa maneira, o protestantismo criou uma ética do trabalho -isto é, a valorização do próprio trabalho, mais que seus resultados- e demoliu a antiga doutrina aristotélico-católica de que uma pessoa só deveria obter riqueza suficiente para viver bem. Além disso, o protestantismo advertiu seus fiéis para comportar-se moralmente fora dos limites da família, o que foi vital para criar um sistema de confiança social. <br /> A tese de Max Weber causou polêmica desde o momento de sua publicação. Vários estudiosos afirmaram que estava empiricamente errada sobre o desempenho econômico superior dos protestantes em relação ao dos católicos; que as sociedades católicas tinham começado a desenvolver o capitalismo moderno muito antes da Reforma; e que foi a Contra-Reforma, mais que o catolicismo, que provocou o retrocesso econômico. O economista alemão Werner Sombart afirmou ter descoberto o equivalente funcional da ética protestante no judaísmo; Robert Bellah o descobriu no budismo tokugawa do Japão. <br />É seguro dizer que a maioria dos economistas contemporâneos não leva a sério a hipótese de Weber ou qualquer outra teoria culturalista do crescimento econômico. Muitos afirmam que a cultura é uma categoria residual em que os cientistas sociais preguiçosos se refugiam quando não conseguem desenvolver uma teoria mais rigorosa.<br /> Realmente, há motivos para ser cauteloso quanto a usar a cultura para explicar evoluções econômicas e políticas. Os próprios textos de Weber sobre as outras grandes religiões do mundo e seu impacto na modernização servem como advertência. <br /> Seu livro quot;
A Religião da China -Confucionismo e Taoísmoquot;
(1916) dá uma visão muito pálida das perspectivas de desenvolvimento econômico na China confucionista, cuja cultura, ele comenta, constitui um obstáculo apenas ligeiramente menor do que a japonesa para o surgimento do capitalismo moderno. <br /> O que manteve a China e o Japão atrasados, hoje compreendemos, não foi a cultura, mas as instituições sufocantes, uma política ruim e diretrizes erradas. Quando isso foi solucionado, ambas as sociedades avançaram. A cultura é apenas um de muitos fatores que determinam o sucesso de uma sociedade. <br /> Isso é algo que devemos lembrar quando escutamos alegações de que a religião do islã explica o terrorismo, a falta de democracia ou outros fenômenos no Oriente Médio. <br />-> Glossário <br /> Ascese: Prática ou postura religiosa que nega os prazeres do mundo para garantir conforto e bem-aventurança espiritual. Segue o sentido de ascender, como subir. <br /> Ethos: (Grego) Conjunto de hábitos, crenças e costumes fundamentais. Atmosfera moral de uma sociedade ou classe. De ethos origina-se a palavra ética. <br /> Historicista: é o que busca o processo de desenvolvimento histórico e entende como processo a partir de uma origem o fenômeno cultural. Não aceita, portanto, explicações naturalizantes. <br /> Subjetividade: caráter daquilo que está dentro do homem, em oposição ao objetivamente dado.<br />