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Roteiro de Aula
             HIDROCOLÓIDE: REVERSÍVEL E IRREVERSÍVEL

                       Hidrocolóide Reversível (Agar)

Reação de geleificação:
  • Hidrocolóide Reversível (Agar)
  • Material de moldagem – quando aquecido amolece, tornando-se um
     líquido viscoso (sol) e quando esfria, endurece, formando um sólido
     elástico.
  • O processo de geleificação (solidificação) é induzida por alterações de
     temperatura : temperatura de geleificação: 37C
                    temperatura de solidificação: > que 37C
Manipulação:
         – Duas bisnagas
                • Para moldeira: mais viscoso
                • Para injeção nos preparos: mais fluido
         – Aquecimento
                • Tipo “banho Maria” em 3 etapas
         – Esfriamento
                • Água na moldeira via tubos
         – Remoção da boca
                • Verter gesso imediatamente



                           Hidrocolóide irreversível
HISTÓRICO:
    Final do século XIX na Escócia descobre-se um exudato mucoso
     produzido por certas algas marinhas marrons denominado de algina.
    Durante 2a Guerra Mundial escassez de ágar (produtor Japão).
    Necessidade de um substituto.
    Surgimento dos Alginatos para moldagem.

   • Hidrocolóide irreversível (alginato)
    É um pó que misturado com água passa do estado sol para gel devido
     à reação química.

Indicações:
         – Moldagens totais
              • Modelos de estudo
              • Modelos para ortodontia
         – Moldagem preliminar ou anatômica para PT
         – Moldagem para PPR
         – Moldagem de Hemiarcada
         – Duplicação de modelos
         – Moldagens de arcada antagônica (prótese)
Composição: PÓ
       – Alginato de potássio (15%) – alginato solúvel
       – Sulfato de cálcio (16%) – reagente
       – Óxido de zinco (4%) – partículas de carga
       – Fluoreto de potássio e titânio (3%) – acelerador de
                presa do gesso (superf. dura e densa)
       – Terra diatomácea (60%) – partículas de carga
       – Fosfato de sódio (2%) – retardador

LÍQUIDO - ÁGUA

Manipulação:
   Agitar a lata - Descompactar o pó
   Colocar primeiramente a água
   Encher a colher medida, remover excesso com a espátula (1 colher de
     pó para 1 medida de água)
   Espatular vigorosamente, alternando os movimentos para libertar
     possíveis bolhas de ar
   Tempo de manipulação: 45 seg a 1 min
         Geleificação: 3 a 4min após espatulação
         Verter gesso imediatamente
         Tempo de separação molde/modelo: 60min

Tipos:
         –   Especificação no 18 da ADA
                • Tipo I (presa rápida):
                         60seg < geleificação < 120seg
                • Tipo II (presa normal):
                         2,0min < geleificação < 4,5min

Desinfecção do molde:
         – Convencional
              • Banho de imersão por 10min ou spray
                     – Hipoclorito de sódio ou glutaraldeído
         – Recomendação do Centro de Controle e Prevenção de Doenças
              • Água sanitária caseira (solução de 1/10), Iodo ou fenóis
                 sintéticos
                     – Lavar em água corrente
                     – Borrifar (spray) sobre o molde (não submergir)
                     – Embrulhar o molde em papel-toalha umedecido com
                         o agente desinfetante
                     – Selar o molde em um saco plástico por 10min
                     – Remove-se o papel-toalha e o excesso de água e
                         verte-se o gesso

Possíveis alterações dimensionais dos hidrocóloides
  • Evaporação: perda de água (vapor)
  • Sinérese: perda de água (líquida) e exudatos salinos
  • Embebição: absorção de água do meio para o interior
Vantagens:
   Fácil manipulação
   Baixo custo
   Ser hidrofílico
   Fácil limpeza
   Não mancha
   Fácil controle do tempo de trabalho

Desvantagens:
   Estabilidade dimensional
   Verter gesso imediatamente


                              TIPOS DE FALHAS

TIPO                              CAUSA
1. Material Granuloso          - Espatulação imprópria ou
                                prolongada
                               - Geleificação deficiente
                                Relação água/pó muito baixa

2. Rasgamento                  - Espessura inadequada
                               - Contaminação pela umidade
                               - Remoção prematura da boca
                               - Espatulação prolongada

3. Bolhas de ar                - Geleificação inadequada
                               - Incorporação de ar durante a
                                 manipulação

4. Poros de forma irregular    - Umidade ou detritos sobre os
                                 tecidos moldados

5. Modelo de gesso             - Limpeza inadequada do molde
rugoso ou pulverulento         - Excesso de água no molde
                               - Remoção prematura do modelo
                               - Modelo em contato prolongado
                                 com o molde
                               - Manipulação inadequada do gesso

6. Distorção                  - Molde não-vazado imediatamente
                              - Movimentação da moldeira durante
                                 a geleificação
                              - Remoção prematura da boca
                              - Remoção inadequada da boca
                              - Manutenção do molde por muito
                                tempo na boca

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  • 2. Composição: PÓ – Alginato de potássio (15%) – alginato solúvel – Sulfato de cálcio (16%) – reagente – Óxido de zinco (4%) – partículas de carga – Fluoreto de potássio e titânio (3%) – acelerador de presa do gesso (superf. dura e densa) – Terra diatomácea (60%) – partículas de carga – Fosfato de sódio (2%) – retardador LÍQUIDO - ÁGUA Manipulação:  Agitar a lata - Descompactar o pó  Colocar primeiramente a água  Encher a colher medida, remover excesso com a espátula (1 colher de pó para 1 medida de água)  Espatular vigorosamente, alternando os movimentos para libertar possíveis bolhas de ar  Tempo de manipulação: 45 seg a 1 min  Geleificação: 3 a 4min após espatulação  Verter gesso imediatamente  Tempo de separação molde/modelo: 60min Tipos: – Especificação no 18 da ADA • Tipo I (presa rápida): 60seg < geleificação < 120seg • Tipo II (presa normal): 2,0min < geleificação < 4,5min Desinfecção do molde: – Convencional • Banho de imersão por 10min ou spray – Hipoclorito de sódio ou glutaraldeído – Recomendação do Centro de Controle e Prevenção de Doenças • Água sanitária caseira (solução de 1/10), Iodo ou fenóis sintéticos – Lavar em água corrente – Borrifar (spray) sobre o molde (não submergir) – Embrulhar o molde em papel-toalha umedecido com o agente desinfetante – Selar o molde em um saco plástico por 10min – Remove-se o papel-toalha e o excesso de água e verte-se o gesso Possíveis alterações dimensionais dos hidrocóloides • Evaporação: perda de água (vapor) • Sinérese: perda de água (líquida) e exudatos salinos • Embebição: absorção de água do meio para o interior
  • 3. Vantagens:  Fácil manipulação  Baixo custo  Ser hidrofílico  Fácil limpeza  Não mancha  Fácil controle do tempo de trabalho Desvantagens:  Estabilidade dimensional  Verter gesso imediatamente TIPOS DE FALHAS TIPO CAUSA 1. Material Granuloso - Espatulação imprópria ou prolongada - Geleificação deficiente Relação água/pó muito baixa 2. Rasgamento - Espessura inadequada - Contaminação pela umidade - Remoção prematura da boca - Espatulação prolongada 3. Bolhas de ar - Geleificação inadequada - Incorporação de ar durante a manipulação 4. Poros de forma irregular - Umidade ou detritos sobre os tecidos moldados 5. Modelo de gesso - Limpeza inadequada do molde rugoso ou pulverulento - Excesso de água no molde - Remoção prematura do modelo - Modelo em contato prolongado com o molde - Manipulação inadequada do gesso 6. Distorção - Molde não-vazado imediatamente - Movimentação da moldeira durante a geleificação - Remoção prematura da boca - Remoção inadequada da boca - Manutenção do molde por muito tempo na boca