O documento discute a taxonomia e a classificação dos seres vivos. Explica que Aristóteles foi um dos primeiros a classificar os seres vivos e que Lineu propôs um sistema de classificação com cinco categorias taxonômicas - reino, filo, classe, ordem e gênero/espécie. Também apresenta a classificação atual em cinco reinos biológicos.
2. Agrupamento e classificação dos seres vivos
As borboletas estão organizadas em um painel,
comum em museus de Zoologia ou de História
Natural. Você consegue perceber algum tipo de
organização na separação desses animais?
A identificação de seres vivos por meio de
suas características, a classificação e a
organização deles em grupos é o que vamos
abordar nesta aula.
3. Agrupando seres vivos
A classificação permite organizar os conhecimentos.
O ser humano sempre se preocupou em
classificar os seres vivos. O filósofo grego
Aristóteles (384 a.C. -322 a.C.) foi um dos
primeiros a classificar os seres vivos e contribuiu
significativamente para os fundamentos da
Zoologia. Em um de seus trabalhos, ele separou
os animais em duas categorias, usando como
critério a presença ou não de sangue no
organismo.
O sistema natural de Lineu
Em 1735, o cientista sueco Carl von Linné, ou
Lineu (1707-1778), propôs um sistema de
classificação que ficou conhecido por sistema
natural.
Lineu era bastante religioso e acreditava que os
seres vivos eram uma criação divina e, portanto,
não mudavam ao longo do tempo, ou seja, eram
criados em sua forma definitiva.
4. Lineu classificou uma enorme variedade de seres vivos e, por isso, é
considerado por muitos o “pai” da taxonomia moderna
As categorias de classificação de Lineu
• Estabeleceu a espécie como base da
classificação.
• Criou cinco grupos taxonômicos
(reino, classe, ordem, gênero e
espécie)
• Propôs o uso de palavras latinas
• Estabeleceu a nomenclatura
binomial ( binomial ) para espécie.
5. • Necessidade de padronizar a linguagem para os seres vivos.
• Permitiu estabelecer a filogênese (
filo = raça /gênese = origem ) possível
sequência em que os seres vivos
surgiram.
• Organizar os seres em categorias
taxonômicas facilitou o estudo e a
análise baseada em semelhança e
diferenças.
Importância da Taxonomia
6. Assim, a categoria espécie refere-se ao conjunto de organismos semelhantes que, em condições naturais,
ao acasalarem entre si, geram descendentes férteis, ou seja, que também podem se reproduzir.
Quando diferentes espécies apresentam muitas semelhanças entre si, elas são reunidas em um grupo mais
abrangente, formando uma nova categoria, chamada gênero.
Exemplo de Lineu:
Pantera: nome científico = Panthera leo
Onça: nome científico = Panthera onça
Panthera onça
Nome do gênero Epíteto específico
Gênero é um conjunto de espécies semelhantes
Epíteto específico é o termo que designa a espécie
7. Para Lineu, além dessas três categorias de classificação – espécie, gênero e família –, é possível agrupar
os seres vivos em outras categorias mais abrangentes: ordem, classe, filo e reino.
Os seres vivos podem ser divididos em reinos; os
reinos podem ser divididos em grupos menores, os
filos; estes em classes; depois em ordens, famílias,
gêneros e espécies.
8. Robert Harding Whittaker , biólogo, botânico e ecologista norte-
americano em 1969 propôs a classificação dos organismos em 5
reinos, que é a classificação atualmente adotada.
São 5 reinos, que se diferenciam pelo tipo de nutrição do ser vivo
e pela organização de suas células:
• Monera: Procariotos
• Protista: Eucariotos unicelulares - Protozoários (sem parede
celular) e Algas (com parede celular)
• Fungi: Eucariotos aclorofilados
• Plantae: Vegetais
• Animalia: Animais
9. Categorias taxionômicas e o atual sistema de classificação
biológica.
Reino: é um grupo de filos;
Filos: é um grupo de classes;
Classes: é um grupo de ordens;
Ordem: é um grupo de famílias;
Família: é um grupo de gêneros;
Gênero: é um grupo de espécies;
Espécie: é um grupo de indivíduos semelhantes que se reproduzem entre si,
gerando descendentes férteis.
10. Regras Internacionais
1. Nomes científicos devem ser escritos em latim.
2. Nome do gênero com inicial maiúscula, da espécie, minúscula.
3. Nomes manuscritos devem ser sublinhados, exceto quando em itálico ou
negrito. Ex: Homo sapiens ou Homo sapiens
4. A nomenclatura para Subespécie é trinominal. : Cascavel
brasileira = Crotalus terrificus terrificus Cascavel
venezuelana = Crotalus terrificus durissus
5. A designação para Subgênero aparece entre o gênero e o epíteto específico,
entre parênteses e com inicial maiúscula. Mosquito da Dengue =
Aedes ( Stegomya ) aegypti
11. 6. Se o autor da descrição for mencionado, seu nome deve vir após o termo
específico sem pontuação. A data de descrição vem após a vírgula. Ex:
Trypanossoma cruzi Chagas, 1909.
7. Tem prioridade os nomes registrados em primeiro lugar. Assim se um
pesquisador descrever um animal já classificado, prevalece o primeiro nome.
8. O nome das famílias dos animais recebe o sufixo idae e o da
subfamília, inae. Ex: Felidae, Felinae.
9. Nos vegetais, utiliza-se o sufixo aceae para as famílias.
Ex: Rosaceae, Palmaceae.
12. Exercitando
1) Qual é a vantagem de haver uma nomenclatura universal para cada uma das espécies de seres
vivos?
Resposta: A nomenclatura biológica, aceita mundialmente pela comunidade científica, permite que todos
falem “a mesma língua” e evita duplicidade de informações sobre uma mesma espécie, de forma que uma
espécie seja mencionada e estudada em qualquer parte do mundo sem problemas de identificação.
2) Uma espécie pode ser definida como:
a) Um ser vivo com diferenciação morfológica.
b) Um tipo de animal ou vegetal.
c) Um conjunto de organismos semelhantes, que compartilham características
exclusivas entre si.
d) Uma comunidade de seres vivos que habita num mesmo lugar.