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178 Scientia Medica, Porto Alegre: PUCRS, v. 16, n. 4, out./dez. 2006
Educação para doação de órgãos Traiber C, Lopes MHI
ARTIGO DE REVISÃO
Educação para doação de órgãos
Education for Organ donation
CRISTIANE TRAIBER1
MARIA HELENA ITAQUI LOPES2
1 Médica Pediatra. Especialista em Terapia Intensiva Pediátrica .Mestranda do Curso de Pós-Graduação em Pediatria e Saúde da Criança
da Faculdade de Medicina da PUCRS. CV Lattes.
2 Professora Adjunta do Departamento de Medicina Interna da Faculdade de Medicina (FAMED) da PUCRS. Especialista em Educação
(PUCRS). Doutora em Clínica Médica (PUCRS). Vice-Diretora da FAMED da PUCRS.
RESUMO
Objetivos: Apresentar uma revisão sobre fatores
associados à educação para doação de órgãos.
Fonte de dados: Foi realizada uma pesquisa bi-
bliográfica utilizando os bancos de dados MEDLINE
e Lilacs, nos últimos 10 anos (1996-2006).
Síntese dos dados: Existe uma atitude positiva da
população mundial acerca da doação de órgãos e
transplantes que varia de 52% a 80%. Fatores relacio-
nados a uma atitude positiva incluem: idade (< 50
anos), nível superior de escolaridade, experiência pré-
via com doação e transplantes, conhecimento do con-
ceito de morte encefálica e ser doador de sangue. A
maioria da população recebe informações sobre trans-
plante e doação através da televisão. Informação com
base individual (campanhas em escolas, amigos, fa-
miliares e profissionais da saúde) promove uma mai-
or modificação de comportamento. Um dos fatores
mais importantes para que os familiares decidam a
favor da doação de órgãos é o fato de ter discutido
previamente com o paciente sobre doação.
Conclusões: Apesar da atitude positiva da popu-
lação mundial, existe uma grande diferença entre o
número de pessoas em lista de transplante e o núme-
ro de doadores. Campanhas que incentivem as pesso-
as a manifestar o desejo de ser doador e discutir sua
decisão com a família sugerem ser uma estratégia im-
portante para amenizar este problema.
DESCRITORES: DOAÇÃO DIRIGIDA DE TECIDOS;
TRANSPLANTE DE ORGÃOS/educação; EDUCAÇÃO DA PO-
PULAÇÃO; PROMOÇÃO DA SAÚDE.
ABSTRACT
Aims: To conduct a revision about the factors associated
with the education of organ donation.
Source of data: Review of MEDLINE and Lilacs data
base over the last ten years (1996-2006).
Summary of the findings: There is a positive response
from the world population concerning organ donation and
transplantation that varies from 52% to 80%. Factors
related to a positive attitude toward organ donation include:
age (< 50 years old), high level of education, previous
experience with donation and transplantation, knowledge
of the concept of brain death and blood donor. The majority
of people receive information about organ donation through
television. Information on individual basis (through
campaigns in schools, relatives, friends and health
professionals) can promote a greater behaviour alteration.
One of the most important factors for the families to be in
favour of organ donation is the fact that this was previously
discussed with the patient.
Conclusions: Despite favourable attitudes toward
donation among world population, there is a considerable
difference between the number of people on transplantation
list and the number of donors. Campaigns that stimulate
people to manifest and discuss such decisions with their
families suggest an important strategy to minimize this
problem.
KEY WORDS: EDUCATION, ORGAN DONATION,
TRANSPLANTATION.
Scientia Medica, Porto Alegre: PUCRS, v. 16, n. 4, out./dez. 2006 179
Educação para doação de órgãos Traiber C, Lopes MHI
INTRODUÇÃO
Com o desenvolvimento tecnológico, o trans-
plante de órgãos deixou de ser uma terapia ex-
perimental para se tornar a terapia de escolha
para o paciente com falência de órgãos. Mas este
tratamento depende da colaboração da socieda-
de para conseguir ser aplicado e se desenvolver.
Há uma clara discrepância entre o número de
doadores e a demanda de órgãos. Milhares de
pessoas, em todo mundo, estão hoje em listas de
transplantes e este número vem aumentando.1,2
A opinião pública favorável à doação de órgãos
é essencial para solucionar esse problema. A re-
cusa dos familiares é hoje o fator limitante prin-
cipal dos programas de transplantes de órgãos
em vários países do mundo.1,3,4
O objetivo do presente estudo é realizar uma
revisão sobre fatores associados à educação para
doação de órgãos.
COMO FUNCIONA A DOAÇÃO DE
ÓRGÃOS NO BRASIL
Segundo dados do Ministério da Saúde, o Sis-
tema Único de Saúde (SUS) pagou 10.870 trans-
plantes em 2004: rim (3041), córnea (5419), esclera
(55), coração (192), fígado (807), medula óssea
(1141), pulmão (40), rim/pâncreas (131), pâncre-
as (44). Houve apenas 1430 doações de órgãos a
partir de doador cadáver neste mesmo ano.3
A lei que dispunha sobre doação de órgãos e
tecidos para fins de transplante é a Lei 9.434 de
04 de fevereiro de 1997 e incluía a doação presu-
mida de órgãos e tecidos. Esta lei foi alterada em
2001, sendo substituída a doação presumida pelo
consentimento informado do desejo de ser doa-
dor. Com a nova lei, o registro de ser ou não do-
ador que constava na carteira de identidade civil
ou na carteira nacional de habilitação perdeu a
validade.3
Assim a doação de órgãos no Brasil
depende hoje, exclusivamente, da autorização da
família do doador.
Aceitação da população e fatores
associados à doação
Existe uma atitude positiva da população
mundial acerca da doação de órgãos e transplan-
tes. Essa aceitação varia, conforme os estudos, de
52% a 80% da população.5-14
Estudos baseados em questionários que ava-
liaram variáveis psicossociais demonstraram que
existem alguns fatores relacionados a uma atitu-
de positiva em relação à doação de órgãos. A ida-
de aparece como um fator determinante na maio-
ria dos estudos, sendo que pessoas com menos
de 50 anos parecem ter atitude mais positiva so-
bre doação.6,7,13-15,18 O gênero aparece como fator
de influência em alguns estudos8,11,13,15 mas não
em outros.6,7,16
Escolaridade também é uma variá-
vel importante, sendo que pessoas com nível de
escolaridade maior parecem ter uma melhor acei-
tação sobre doação de órgãos.6-8,11,13,15-17
Outros
fatores relacionados a uma atitude positiva in-
cluem: experiência prévia com doação e trans-
plantes,6,17
conhecimento do conceito de morte
encefálica,6,7,16,17 ser doador de sangue,6,14 opinião
favorável do companheiro6 e envolvimento em
atividades sociais.6,17
Alguns artigos ainda de-
monstraram que existem variações na aceitação
de doação de órgãos entre praticantes de diferen-
tes religiões.7,11,15
Estudo realizado no Vietnam
observou que 48% dos budistas e 27% dos católi-
cos não sabiam corretamente a posição da sua
religião sobre doação de órgãos.11
Já em Pelotas
(RS), estudo descreveu que evangélicos e teste-
munhas de Jeová eram menos favoráveis a doa-
ção de órgãos que outras religiões.7
O indivíduo contrário à doação de órgãos
aparece em estudos como sendo: homem ou mu-
lher com idade acima de 45 anos, com baixo ní-
vel educacional, que não entende ou não conhe-
ce o conceito de morte encefálica, que tem par-
ceiro contra a doação de órgãos, que não é favo-
rável à doação de sangue e tem medo da mani-
pulação do corpo (cadáver) após a morte.6,17,18 As
razões principais para não ser doador foram o
desconhecimento de como ser doador e o medo
de diagnóstico errado de morte (morte apa-
rente).12
Como as pessoas adquirem informação
sobre doação de órgãos e transplantes?
A maior parte da população recebe informa-
ções sobre transplante de órgãos e doação atra-
vés dos meios de comunicação de massa (televi-
são, rádio, jornais, revistas), um número menor
é influenciado por familiares, amigos, profissio-
nais da saúde e campanhas sobre doação de ór-
gãos.5,19 Mais importante que o veículo de infor-
mação parece ser a qualidade da mesma. Estudo
espanhol observou que apesar da maior parte da
informação vir da televisão, esta informação
pode ser geral, indefinida, inapropriada e não ser
capaz de esclarecer dúvidas e medos comuns,
sendo assim incapaz de modificar comportamen-
180 Scientia Medica, Porto Alegre: PUCRS, v. 16, n. 4, out./dez. 2006
Educação para doação de órgãos Traiber C, Lopes MHI
tos negativos relacionadas à doação de órgãos.
Foi observado que informação com base indivi-
dual (encontros específicos, campanhas em esco-
las, amigos, familiares e profissionais da saúde)
promove uma maior modificação de comporta-
mento.19 A pessoa bem informada é capaz de pro-
mover discussão com amigos e familiares o que
é por si só um mecanismo de promoção de doa-
ção.6,19,20
Pesquisa realizada com pessoas que fre-
qüentavam postos de saúde na Espanha, obser-
vou que 7% das pessoas receberam informação
sobre transplante de profissionais da atenção pri-
mária à saúde, o restante, de outros veículos.
Analisando as variáveis relacionadas à doação de
órgãos foi observado que quando o paciente re-
cebia uma informação negativa sobre transplan-
te de um profissional da saúde era o tipo de in-
formação que tinha o pior impacto sobre a acei-
tação de doação.20
Por outro lado quando infor-
mação positiva sobre transplantes era fornecida
por profissionais da saúde havia um claro au-
mento em relação a atitudes positivas, mais im-
portantes que outras fontes de informação (89%
e 65% respectivamente).20
ALGUMAS ESTRATÉGIAS DE EDUCAÇÃO
PARA DOAÇÃO DE ÓRGÃOS
Educação para profissionais e estudantes
da área da saúde
Estudo, realizado em amostra randomiza-
da de trabalhadores de um hospital terciário
espanhol com programa de transplante, obser-
vou atitudes favoráveis à doação de órgãos em
68% (n = 178) dos entrevistados. Atitudes varia-
ram significativamente conforme a profissão sen-
do que 94% dos médicos residentes eram favorá-
veis à doação, 88% dos médicos, 52% dos técni-
cos de enfermagem e 60% dos profissionais não
relacionados à saúde. Houve uma clara influên-
cia do conhecimento do conceito correto de mor-
te encefálica nessa decisão, sendo os profissionais
não relacionados à saúde e os técnicos de enfer-
magem as categorias com menor conhecimento
do conceito de morte encefálica. Ainda observou-
se, nesse estudo, uma correlação negativa com
doação entre profissionais preocupados com
mutilação do corpo pela doação e com a existên-
cia de erro médico.21 Nota-se que o conhecimen-
to sobre morte encefálica e a aceitação global de
doação de órgãos não diferiu dos estudos com a
população geral, mesmo sendo um hospital que
realizava transplantes. Em um hospital terciário
da Índia, estudo observou em 97% (n = 366) dos
profissionais um conhecimento adequado sobre
transplante, embora 17,3% tenham respondido
que morte cerebral é um processo reversível e
59,4% tivesse conceitos errados sobre a retirada
de órgãos de cadáveres.22 Ainda, pesquisa com
profissionais da atenção primária observou que
apenas 5% destes apresentava informação espe-
cífica sobre transplante e doação de órgãos.23
Estudo que avaliou estudantes de medicina
canadenses observou que apenas 64% dos estu-
dantes sabiam que um paciente com diagnóstico
de morte encefálica estava morto e não em coma.
Apenas 50% acreditavam que todas as religiões
aceitariam a doação, então muitas famílias nem
seriam consultadas.24 Já estudantes de medicina
italianos, demonstraram uma atitude fortemen-
te positiva (96%) em relação à doação de órgãos,
apesar de não haver diferença sobre esta aceita-
ção no decorrer do curso de medicina.4
No Bra-
sil, estudantes de medicina da PUC de São Paulo
declaram ser doadores em 76% casos, 1% dos es-
tudantes era contra a doação de órgãos. Ainda
90% dos estudantes autorizariam a retirada de
órgãos de membros de sua família, 27% nunca
haviam discutido doação de órgãos com seus fa-
miliares, 70% conhecia o conceito de morte
encefálica, mas apenas 35% realmente apresen-
tavam um bom conhecimento do diagnóstico.25
Os profissionais da saúde têm papel impor-
tante na divulgação de informação sobre doação
de órgãos, pois têm acesso a grande parte da
população e causam impacto maior que outros
meios de comunicação nas atitudes em relação à
doação de órgãos. Campanhas de esclarecimen-
to deveriam ocorrer dentro das próprias institui-
ções, com a participação de médicos, enfermei-
ras, técnicos de enfermagem e todos os outros
profissionais que trabalham no hospital. O mes-
mo deveria acontecer em postos de saúde, clíni-
cas e hospitais menores. Essas campanhas deve-
riam disponibilizar informação clara e específi-
ca a respeito dos conceitos básicos de morte
encefálica, doação de órgãos, custo de doação,
aparência do corpo após a retirada de órgãos,
aspectos éticos, experiências da família do doa-
dor e do receptor, entre outras orientações pois
estas pessoas como são formadoras de opinião
influenciam os pacientes e seus familiares.
Obviamente, pelo amplo alcance, os meios de
comunicação de massa devem transmitir mensa-
gens positivas e mostrar, por exemplo como fun-
cionam os programas de transplante, quem são
Scientia Medica, Porto Alegre: PUCRS, v. 16, n. 4, out./dez. 2006 181
Educação para doação de órgãos Traiber C, Lopes MHI
as pessoas na lista de espera, como é a vida de
transplantados, tudo isso estimularia a aceita-
ção e a doação de órgãos.
Incentivar a discussão dentro das famílias
Estudos realizados com famílias de doadores
de órgãos demonstram que um fator importante
para esta decisão foi a discussão prévia sobre
doação entre os familiares.12-14,16,26-28
Pesquisa
realizada em Pelotas (RS), que avaliou uma
amostra de 3159 adultos através de questionário,
demonstrou que 80,1% autorizariam doação de
órgãos de um familiar seu se este houvesse ma-
nifestado previamente o desejo de ser doador,
por outro lado apenas um terço dos respon-
dedores autorizaria a doação se não houvesse
uma discussão prévia com a família.7 Um estudo
canadense que avaliou através de questionário
familiares de pacientes que evoluíram para mor-
te encefálica em nove hospitais observou algu-
mas diferenças entre famílias de doadores e não
doadores. Familiares de pacientes jovens, do sexo
masculino, com morte associada a trauma apre-
sentavam maior probabilidade de consentir com
a doação. O fato da família ter discutido sobre
doação com o paciente ou acreditar que o pa-
ciente desejaria ser doador mesmo sem ter tido
uma discussão explícita sobre o assunto foi for-
temente associado ao consentimento para doa-
ção de órgãos neste estudo.1
Infere-se que campanhas que incentivem
as pessoas a discutir sobre doação de órgãos e
transplantes com seus familiares são fundamen-
tais.
CONCLUSÃO
Apesar da atitude positiva da população
mundial sobre doação de órgãos, existe uma
grande diferença entre o número de pessoas em
lista de transplante e o número de doadores.
Muitos profissionais da área da saúde não têm
conhecimento adequado sobre o tema, e assim
deveriam ser incentivadas campanhas para edu-
cação destes profissionais. Uma vez que a doa-
ção no Brasil depende exclusivamente da vonta-
de da família, campanhas que atuem sobre o es-
clarecimento da população, sobre o conceito de
morte encefálica e especialmente que incentivem
as pessoas a manifestar o desejo de ser doador e
discutir sua decisão com a família parecem ser
uma estratégia importante para amenizar este
problema.
REFERÊNCIAS
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182 Scientia Medica, Porto Alegre: PUCRS, v. 16, n. 4, out./dez. 2006
Educação para doação de órgãos Traiber C, Lopes MHI
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Intensive Care. 1995;23:88-95.
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donation: an interview study of donor and nondonor
families. Am J Crit Care.1998;7:13-23.
Endereço para correspondência:
CRISTIANE TRAIBER
Rua Felizardo Furtado, 279/603
CEP 90670-090, Porto Alegre, RS, Brasil
Fone: (51) 3211-5221
E-mail: cristraiber@bol.com.br

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Educação para doação de órgãos

  • 1. 178 Scientia Medica, Porto Alegre: PUCRS, v. 16, n. 4, out./dez. 2006 Educação para doação de órgãos Traiber C, Lopes MHI ARTIGO DE REVISÃO Educação para doação de órgãos Education for Organ donation CRISTIANE TRAIBER1 MARIA HELENA ITAQUI LOPES2 1 Médica Pediatra. Especialista em Terapia Intensiva Pediátrica .Mestranda do Curso de Pós-Graduação em Pediatria e Saúde da Criança da Faculdade de Medicina da PUCRS. CV Lattes. 2 Professora Adjunta do Departamento de Medicina Interna da Faculdade de Medicina (FAMED) da PUCRS. Especialista em Educação (PUCRS). Doutora em Clínica Médica (PUCRS). Vice-Diretora da FAMED da PUCRS. RESUMO Objetivos: Apresentar uma revisão sobre fatores associados à educação para doação de órgãos. Fonte de dados: Foi realizada uma pesquisa bi- bliográfica utilizando os bancos de dados MEDLINE e Lilacs, nos últimos 10 anos (1996-2006). Síntese dos dados: Existe uma atitude positiva da população mundial acerca da doação de órgãos e transplantes que varia de 52% a 80%. Fatores relacio- nados a uma atitude positiva incluem: idade (< 50 anos), nível superior de escolaridade, experiência pré- via com doação e transplantes, conhecimento do con- ceito de morte encefálica e ser doador de sangue. A maioria da população recebe informações sobre trans- plante e doação através da televisão. Informação com base individual (campanhas em escolas, amigos, fa- miliares e profissionais da saúde) promove uma mai- or modificação de comportamento. Um dos fatores mais importantes para que os familiares decidam a favor da doação de órgãos é o fato de ter discutido previamente com o paciente sobre doação. Conclusões: Apesar da atitude positiva da popu- lação mundial, existe uma grande diferença entre o número de pessoas em lista de transplante e o núme- ro de doadores. Campanhas que incentivem as pesso- as a manifestar o desejo de ser doador e discutir sua decisão com a família sugerem ser uma estratégia im- portante para amenizar este problema. DESCRITORES: DOAÇÃO DIRIGIDA DE TECIDOS; TRANSPLANTE DE ORGÃOS/educação; EDUCAÇÃO DA PO- PULAÇÃO; PROMOÇÃO DA SAÚDE. ABSTRACT Aims: To conduct a revision about the factors associated with the education of organ donation. Source of data: Review of MEDLINE and Lilacs data base over the last ten years (1996-2006). Summary of the findings: There is a positive response from the world population concerning organ donation and transplantation that varies from 52% to 80%. Factors related to a positive attitude toward organ donation include: age (< 50 years old), high level of education, previous experience with donation and transplantation, knowledge of the concept of brain death and blood donor. The majority of people receive information about organ donation through television. Information on individual basis (through campaigns in schools, relatives, friends and health professionals) can promote a greater behaviour alteration. One of the most important factors for the families to be in favour of organ donation is the fact that this was previously discussed with the patient. Conclusions: Despite favourable attitudes toward donation among world population, there is a considerable difference between the number of people on transplantation list and the number of donors. Campaigns that stimulate people to manifest and discuss such decisions with their families suggest an important strategy to minimize this problem. KEY WORDS: EDUCATION, ORGAN DONATION, TRANSPLANTATION.
  • 2. Scientia Medica, Porto Alegre: PUCRS, v. 16, n. 4, out./dez. 2006 179 Educação para doação de órgãos Traiber C, Lopes MHI INTRODUÇÃO Com o desenvolvimento tecnológico, o trans- plante de órgãos deixou de ser uma terapia ex- perimental para se tornar a terapia de escolha para o paciente com falência de órgãos. Mas este tratamento depende da colaboração da socieda- de para conseguir ser aplicado e se desenvolver. Há uma clara discrepância entre o número de doadores e a demanda de órgãos. Milhares de pessoas, em todo mundo, estão hoje em listas de transplantes e este número vem aumentando.1,2 A opinião pública favorável à doação de órgãos é essencial para solucionar esse problema. A re- cusa dos familiares é hoje o fator limitante prin- cipal dos programas de transplantes de órgãos em vários países do mundo.1,3,4 O objetivo do presente estudo é realizar uma revisão sobre fatores associados à educação para doação de órgãos. COMO FUNCIONA A DOAÇÃO DE ÓRGÃOS NO BRASIL Segundo dados do Ministério da Saúde, o Sis- tema Único de Saúde (SUS) pagou 10.870 trans- plantes em 2004: rim (3041), córnea (5419), esclera (55), coração (192), fígado (807), medula óssea (1141), pulmão (40), rim/pâncreas (131), pâncre- as (44). Houve apenas 1430 doações de órgãos a partir de doador cadáver neste mesmo ano.3 A lei que dispunha sobre doação de órgãos e tecidos para fins de transplante é a Lei 9.434 de 04 de fevereiro de 1997 e incluía a doação presu- mida de órgãos e tecidos. Esta lei foi alterada em 2001, sendo substituída a doação presumida pelo consentimento informado do desejo de ser doa- dor. Com a nova lei, o registro de ser ou não do- ador que constava na carteira de identidade civil ou na carteira nacional de habilitação perdeu a validade.3 Assim a doação de órgãos no Brasil depende hoje, exclusivamente, da autorização da família do doador. Aceitação da população e fatores associados à doação Existe uma atitude positiva da população mundial acerca da doação de órgãos e transplan- tes. Essa aceitação varia, conforme os estudos, de 52% a 80% da população.5-14 Estudos baseados em questionários que ava- liaram variáveis psicossociais demonstraram que existem alguns fatores relacionados a uma atitu- de positiva em relação à doação de órgãos. A ida- de aparece como um fator determinante na maio- ria dos estudos, sendo que pessoas com menos de 50 anos parecem ter atitude mais positiva so- bre doação.6,7,13-15,18 O gênero aparece como fator de influência em alguns estudos8,11,13,15 mas não em outros.6,7,16 Escolaridade também é uma variá- vel importante, sendo que pessoas com nível de escolaridade maior parecem ter uma melhor acei- tação sobre doação de órgãos.6-8,11,13,15-17 Outros fatores relacionados a uma atitude positiva in- cluem: experiência prévia com doação e trans- plantes,6,17 conhecimento do conceito de morte encefálica,6,7,16,17 ser doador de sangue,6,14 opinião favorável do companheiro6 e envolvimento em atividades sociais.6,17 Alguns artigos ainda de- monstraram que existem variações na aceitação de doação de órgãos entre praticantes de diferen- tes religiões.7,11,15 Estudo realizado no Vietnam observou que 48% dos budistas e 27% dos católi- cos não sabiam corretamente a posição da sua religião sobre doação de órgãos.11 Já em Pelotas (RS), estudo descreveu que evangélicos e teste- munhas de Jeová eram menos favoráveis a doa- ção de órgãos que outras religiões.7 O indivíduo contrário à doação de órgãos aparece em estudos como sendo: homem ou mu- lher com idade acima de 45 anos, com baixo ní- vel educacional, que não entende ou não conhe- ce o conceito de morte encefálica, que tem par- ceiro contra a doação de órgãos, que não é favo- rável à doação de sangue e tem medo da mani- pulação do corpo (cadáver) após a morte.6,17,18 As razões principais para não ser doador foram o desconhecimento de como ser doador e o medo de diagnóstico errado de morte (morte apa- rente).12 Como as pessoas adquirem informação sobre doação de órgãos e transplantes? A maior parte da população recebe informa- ções sobre transplante de órgãos e doação atra- vés dos meios de comunicação de massa (televi- são, rádio, jornais, revistas), um número menor é influenciado por familiares, amigos, profissio- nais da saúde e campanhas sobre doação de ór- gãos.5,19 Mais importante que o veículo de infor- mação parece ser a qualidade da mesma. Estudo espanhol observou que apesar da maior parte da informação vir da televisão, esta informação pode ser geral, indefinida, inapropriada e não ser capaz de esclarecer dúvidas e medos comuns, sendo assim incapaz de modificar comportamen-
  • 3. 180 Scientia Medica, Porto Alegre: PUCRS, v. 16, n. 4, out./dez. 2006 Educação para doação de órgãos Traiber C, Lopes MHI tos negativos relacionadas à doação de órgãos. Foi observado que informação com base indivi- dual (encontros específicos, campanhas em esco- las, amigos, familiares e profissionais da saúde) promove uma maior modificação de comporta- mento.19 A pessoa bem informada é capaz de pro- mover discussão com amigos e familiares o que é por si só um mecanismo de promoção de doa- ção.6,19,20 Pesquisa realizada com pessoas que fre- qüentavam postos de saúde na Espanha, obser- vou que 7% das pessoas receberam informação sobre transplante de profissionais da atenção pri- mária à saúde, o restante, de outros veículos. Analisando as variáveis relacionadas à doação de órgãos foi observado que quando o paciente re- cebia uma informação negativa sobre transplan- te de um profissional da saúde era o tipo de in- formação que tinha o pior impacto sobre a acei- tação de doação.20 Por outro lado quando infor- mação positiva sobre transplantes era fornecida por profissionais da saúde havia um claro au- mento em relação a atitudes positivas, mais im- portantes que outras fontes de informação (89% e 65% respectivamente).20 ALGUMAS ESTRATÉGIAS DE EDUCAÇÃO PARA DOAÇÃO DE ÓRGÃOS Educação para profissionais e estudantes da área da saúde Estudo, realizado em amostra randomiza- da de trabalhadores de um hospital terciário espanhol com programa de transplante, obser- vou atitudes favoráveis à doação de órgãos em 68% (n = 178) dos entrevistados. Atitudes varia- ram significativamente conforme a profissão sen- do que 94% dos médicos residentes eram favorá- veis à doação, 88% dos médicos, 52% dos técni- cos de enfermagem e 60% dos profissionais não relacionados à saúde. Houve uma clara influên- cia do conhecimento do conceito correto de mor- te encefálica nessa decisão, sendo os profissionais não relacionados à saúde e os técnicos de enfer- magem as categorias com menor conhecimento do conceito de morte encefálica. Ainda observou- se, nesse estudo, uma correlação negativa com doação entre profissionais preocupados com mutilação do corpo pela doação e com a existên- cia de erro médico.21 Nota-se que o conhecimen- to sobre morte encefálica e a aceitação global de doação de órgãos não diferiu dos estudos com a população geral, mesmo sendo um hospital que realizava transplantes. Em um hospital terciário da Índia, estudo observou em 97% (n = 366) dos profissionais um conhecimento adequado sobre transplante, embora 17,3% tenham respondido que morte cerebral é um processo reversível e 59,4% tivesse conceitos errados sobre a retirada de órgãos de cadáveres.22 Ainda, pesquisa com profissionais da atenção primária observou que apenas 5% destes apresentava informação espe- cífica sobre transplante e doação de órgãos.23 Estudo que avaliou estudantes de medicina canadenses observou que apenas 64% dos estu- dantes sabiam que um paciente com diagnóstico de morte encefálica estava morto e não em coma. Apenas 50% acreditavam que todas as religiões aceitariam a doação, então muitas famílias nem seriam consultadas.24 Já estudantes de medicina italianos, demonstraram uma atitude fortemen- te positiva (96%) em relação à doação de órgãos, apesar de não haver diferença sobre esta aceita- ção no decorrer do curso de medicina.4 No Bra- sil, estudantes de medicina da PUC de São Paulo declaram ser doadores em 76% casos, 1% dos es- tudantes era contra a doação de órgãos. Ainda 90% dos estudantes autorizariam a retirada de órgãos de membros de sua família, 27% nunca haviam discutido doação de órgãos com seus fa- miliares, 70% conhecia o conceito de morte encefálica, mas apenas 35% realmente apresen- tavam um bom conhecimento do diagnóstico.25 Os profissionais da saúde têm papel impor- tante na divulgação de informação sobre doação de órgãos, pois têm acesso a grande parte da população e causam impacto maior que outros meios de comunicação nas atitudes em relação à doação de órgãos. Campanhas de esclarecimen- to deveriam ocorrer dentro das próprias institui- ções, com a participação de médicos, enfermei- ras, técnicos de enfermagem e todos os outros profissionais que trabalham no hospital. O mes- mo deveria acontecer em postos de saúde, clíni- cas e hospitais menores. Essas campanhas deve- riam disponibilizar informação clara e específi- ca a respeito dos conceitos básicos de morte encefálica, doação de órgãos, custo de doação, aparência do corpo após a retirada de órgãos, aspectos éticos, experiências da família do doa- dor e do receptor, entre outras orientações pois estas pessoas como são formadoras de opinião influenciam os pacientes e seus familiares. Obviamente, pelo amplo alcance, os meios de comunicação de massa devem transmitir mensa- gens positivas e mostrar, por exemplo como fun- cionam os programas de transplante, quem são
  • 4. Scientia Medica, Porto Alegre: PUCRS, v. 16, n. 4, out./dez. 2006 181 Educação para doação de órgãos Traiber C, Lopes MHI as pessoas na lista de espera, como é a vida de transplantados, tudo isso estimularia a aceita- ção e a doação de órgãos. Incentivar a discussão dentro das famílias Estudos realizados com famílias de doadores de órgãos demonstram que um fator importante para esta decisão foi a discussão prévia sobre doação entre os familiares.12-14,16,26-28 Pesquisa realizada em Pelotas (RS), que avaliou uma amostra de 3159 adultos através de questionário, demonstrou que 80,1% autorizariam doação de órgãos de um familiar seu se este houvesse ma- nifestado previamente o desejo de ser doador, por outro lado apenas um terço dos respon- dedores autorizaria a doação se não houvesse uma discussão prévia com a família.7 Um estudo canadense que avaliou através de questionário familiares de pacientes que evoluíram para mor- te encefálica em nove hospitais observou algu- mas diferenças entre famílias de doadores e não doadores. Familiares de pacientes jovens, do sexo masculino, com morte associada a trauma apre- sentavam maior probabilidade de consentir com a doação. O fato da família ter discutido sobre doação com o paciente ou acreditar que o pa- ciente desejaria ser doador mesmo sem ter tido uma discussão explícita sobre o assunto foi for- temente associado ao consentimento para doa- ção de órgãos neste estudo.1 Infere-se que campanhas que incentivem as pessoas a discutir sobre doação de órgãos e transplantes com seus familiares são fundamen- tais. CONCLUSÃO Apesar da atitude positiva da população mundial sobre doação de órgãos, existe uma grande diferença entre o número de pessoas em lista de transplante e o número de doadores. Muitos profissionais da área da saúde não têm conhecimento adequado sobre o tema, e assim deveriam ser incentivadas campanhas para edu- cação destes profissionais. Uma vez que a doa- ção no Brasil depende exclusivamente da vonta- de da família, campanhas que atuem sobre o es- clarecimento da população, sobre o conceito de morte encefálica e especialmente que incentivem as pessoas a manifestar o desejo de ser doador e discutir sua decisão com a família parecem ser uma estratégia importante para amenizar este problema. REFERÊNCIAS 1. Smirnoff LA, Gordon N, Hewlett J, et al. Factors Influencing families consent for donation of solid organs for transplantation. JAMA. 2001;286:71-7. 2. Schulz HD, Gold S, Von Dem Knesebeck M, et al. Willingness to donate organs-stragies to influence attitude. Psychothr Psychosom Med Psycol. 2002;52: 24-31. 3. Brasil. Ministério da Saúde. Programas de saúde: doe vida. [capturado 2006 jun 10]. Disponível em: http:// portal.saude.gov.br/portal/saude/area.cfm?id_area= 410 4. Burra P, De Bona M, Canova D, et al. 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