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¹ Thiago Pontes de Oliveira César¹ Thiago Pontes de Oliveira César
EnfermeiroEnfermeiro
Aluno do curso de Especialização em Cuidados IntensivosAluno do curso de Especialização em Cuidados Intensivos
Universidade Federal Fluminense.Universidade Federal Fluminense.
INTRODUÇÃOINTRODUÇÃO::
O diagnóstico de Morte Encefálica deverá ser seguido de
manutenção prolongada do corpo, a fim de garantir a
possibilidade de doação de órgãos.
Nesse âmbito, destaca-se a participação do Enfermeiro que
atua em Unidade de Terapia Intensiva em prestar o cuidado
direto ao potencial doador de órgãos e seus familiares.
OBJETIVOS:OBJETIVOS:
METODOLOGIA:METODOLOGIA:
Pesquisa bibliográfica computadorizada, no período de 2010
a 2015 nas bases de dados da Biblioteca Virtual em Saúde
(BVS) e SciELO – Scientific Electronic Library Online,
utilizando termos de busca controlados Segurança do
Paciente, Doadores de Órgãos, Cuidados de enfermagem,
bem como artigos de periódicos específicos sobre o tema.
Estes materiais foram apreciados por meio de leitura
analítica e de síntese.
REFERÊNCIAS:REFERÊNCIAS:
1. ARAÚJO, Mara Nogueira de e MASSAROLLO, Maria Cristina Komatsu Braga. Conflitos éticos vivenciados por enfermeiros no processo de doação de
órgãos. Acta paul. enferm. [Internet]. 2014 Jun [citado 2015 Out 15] ; 27(3): 215-220.
2. ARCANJO, Rafaela Alves; OLIVEIRA, Lilian Candiá de e SILVA, Delma Dias da. Reflexões sobre a comissão intra-hospitalar de doação de órgãos e tecidos
para transplantes. Rev. Bioét. [Internet]. 2013 Abr [citado 2015 Jul 09]; 21(1): 119-125.
3. CAPUCHO, Helaine Carneiro e CASSIANI, Silvia Helena De Bortoli. Necessidade de implantar programa nacional de segurança do paciente no Brasil. Rev.
Saúde Pública [Internet]. 2013 Ago [citado 2015 Jul 09]; 47(4): 791-798.
4. CAVALCANTE, Layana de Paula; RAMOS, Islane Costa; ARAÚJO, Michell Ângelo Marques; ALVES, Maria Dalva dos Santos e BRAGA, Violante Augusta
Batista. Cuidados de enfermagem ao paciente em morte encefálica e potencial doador de órgãos. Acta paul. enferm. [Internet]. 2014 Dez [citado 2015 Jul
09]; 27(6): 567-572.
5. CRUZ, Maria Goreti da Silva; DASPETT, Celina; ROZA, Bartira de Aguiar; OHARA, Conceição Vieira da Silva e HORTA, Ana Lucia de Moraes. Vivência da
família no processo de transplante de rim de doador vivo. Acta paul. enferm. [Internet]. 2015 Jun [citado 2015 Out 15] ; 28 (3): 275-280.
6. DALBEM, Giana Garcia e CAREGNATO, Rita Catalina Aquino. Doação de órgãos e tecidos para transplante: recusa das famílias. Texto contexto - enferm.
[Internet]. 2010 Dez [citado 2015 Out 15] ; 19 (4): 728-735.
7. FERRAZ, Agenor Spallini; SANTOS, Lucas Guimarães Machado; ROZA, Bartira de Aguiar; SCHIRMER, Janine; KNIHS, Neide da Silva e ERBS, João Luis.
Revisão integrativa: indicadores de resultado processo de doação de órgãos e transplantes. J. Bras. Nefrol. [Internet]. 2013 Set [citado 2015 Out 15]; 35(3):
220-228.
8. FREIRE, Sarah Gabriel; FREIRE, Izaura Luzia Silvério; PINTO, Juliana Teixeira Jales Menescal; VASCONCELOS, Quinidia Lúcia Duarte de Almeida
Quithéde e TORRES, Gilson De Vasconcelos. Alterações fisiológicas da morte encefálica em potenciais doadores de órgãos e tecidos para transplantes. Esc.
Anna Nery [Internet]. 2012 Dez [citado 2015 Jul 09] ; 16 (4): 761-766.
9. MELLO, Janeide Freitas de e BARBOSA, Sayonara de Fátima Faria. Cultura de segurança do paciente em terapia intensiva: recomendações da
enfermagem. Texto contexto - enferm. [Internet]. 2013 Dez [citado 2015 Jul 09]; 22 (4): 1124-1133.
10. MENDES, Karina Dal Sassoet al. Transplante de órgãos e tecidos: responsabilidades do enfermeiro. Texto contexto - enferm. [online]. 2012, vol.21, n.4
[citado 2015-06-29], pp. 945-953.
11. MERCADO-MARTÍNEZ, Francisco JavieR; PADILLA-ALTAMIRA, César; DÍAZ-MEDINA, Blanca e SÁNCHEZ-PIMIENTA, Carlos. Visão dos profissionais
de saúde com relação à doação de órgãos e transplantes: revisão de literatura. Texto contexto - enferm. [Internet]. 2015 Jun [citado 2015 Out 15] ; 24( 2 ):
574-583.
12. MORAIS, Taise Ribeiro e MORAIS, Maricelma Ribeiro. Doação de órgãos: é preciso educar para avançar. Saúde  debate [online]. 2012, vol.36, n.95
[citado 2015-06-29], pp. 633-639.
13. PEREIRA, Fernanda Maria Vieira; MALAGUTI-TOFFANO, Silmara Elaine; SILVIA, Adriana Maria da; CANINI, Silvia Rita Marin da Silva e GirElucir. Adesão
às precauções-padrão por profissionais de enfermagem que atuam em terapia intensiva em um hospital universitário. Rev. esc. enferm. USP [Internet]. 2013
Jun [citado 2015 Jul 09] ; 47( 3 ): 686-693.
14. PESTANA, Aline Lima; SANTOS, José Luís Guedes dos; ERDMANN, Rolf Hermann; SILVA, Elza Lima da e ERDMANN, Alacoque Lorenzini. Pensamento
Lean e cuidado do paciente em morte encefálica no processo de doação de órgãos. Rev. esc. enferm. USP [Internet]. 2013 Fev [citado 2015 Jul 09]; 47(1):
258-264.
15. ROCHA, Robledo Fonseca. O anencéfalo como doador de órgãos e tecidos para transplante: possibilidades legais, morais e práticas. Rev. Bras. Saude
Mater. Infant. [Internet]. 2010 Dez [citado 2015 Out 15]; 10 (Suppl 2): s297-s302.
16. ROSÁRIO, Elza Nascimento do; PINHO, Luciane Gonçalves de; OSELAME, Gleidson Brandão e NEVES, Eduardo Borba. Recusa familiar diante de um
potencial doador de órgãos. Cad. saúde colet. [Internet]. 2013 Set [citado 2015 Out 19] ; 21(3): 260-266.
17. SANTOS, Marcelo José dos e MASSAROLLO, Maria Cristina Komatsu Braga. Fatores que facilitam e dificultam a entrevista familiar no processo de
doação de órgãos e tecidos para transplante. Acta paul. enferm. [Internet]. 2011 [citado 2015 Out 15] ; 24 (4): 472-478.
18. TEIXEIRA, Renan Kleber Costa; GONÇALVES, Thiago Barbosa e SILVA, José Antonio Cordero da. A intenção de doar órgãos é influenciada pelo
conhecimento populacional sobre morte encefálica?. Rev. bras. ter. intensiva [Internet]. 2012 Set [citado 2015 Out 15] ; 24(3): 258-262.
19. WESTPHAL, Glauco Adrieno; CALDEIRA FILHO, Filho Milton; VIEIRA, Kalinca Daberkow; ZACLIKEVIS, Viviane Renata; BARTZ, Miriam Cristine Machado
e WANZUITA, Raquel et al . Diretrizes para manutenção de múltiplos órgãos no potencial doador adulto falecido: Parte I, II e III. Recomendações órgãos
específicas. Rev. bras. ter. intensiva [Internet]. 2011 Dez [citado 2015 Jul 09] ; 23 (4): 410-425.
20. WESTPHAL, Glauco Adrieno; ZACLIKEVIS, Viviane Renata; VIEIRA, Kalinca Daberkow; CORDERO, Rodrigo de Brito; HORNER, Marina Borges W. e
OLIVEIRA, Thamy Pellizzaro de et al . Protocolo gerenciado de tratamento do potencial doador falecido reduz incidência de parada cardíaca antes do explante
dos órgãos. Rev. bras. ter. intensiva [Internet]. 2012 Dez [citado 2015 Out 15]; 24(4): 334-340
Em relação aos transplantes realizados de a partir de órgãos de
doadores sépticos, os resultados obtidos são tão bons quanto os
de órgãos de doadores sem infecção, tanto em relação à
morbidade quanto à mortalidade.
No Brasil, o diagnóstico de morte encefálica é confirmado
através de dois exames clínicos e um exame complementar, em
pacientes com sinais clínicos de morte encefálica, e faz parte da
assistência prestada ao paciente e seus familiares.
Apesar do conhecimento da existência de legislação e de
protocolo institucional que respaldam a desconexão dos
ventilados, os profissionais envolvidos esbarram em alguns
fatores que decorrem da não aceitação do diagnóstico de morte
encefálica por parte da família do paciente. Dentre as principais
causas, destacam-se o respeito aos valores pessoais, culturais e
sociais; receio de conflitos com os familiares que não aceitam a
doação de órgãos; receio de problemas legais; despreparo da
sociedade para aceitar o procedimento e crença da família na
reversão do quadro do paciente.
A recusa familiar tem sido apontada como fator limitante na
disponibilização de órgãos e tecidos. Assim, além dos
conhecimentos técnicos essenciais da equipe que acompanha o
potencial doador de órgãos, há ainda a necessidade de
acompanhamento e suporte aos familiares, de modo a garantir
um laço de confiança destes junto a equipe, dirimindo as
eventuais dúvidas, fornecendo informações, de modo a propiciar
a conscientização destes da importância da doação de órgãos,
contribuindo para a decisão familiar.
É inegável o dissabor e sofrimento resultantes da perda de um
ente querido, sendo, portanto, o preparo para a realização do
transplante considerado um fato gerador de muita tensão,
conflitos e ambivalência de sentimentos, haja vista a tristeza pela
perda do familiar aliada ao sentimento de poder fazer o bem a
outra pessoa, provavelmente desconhecida, a partir dos órgãos a
serem transplantados. Neste momento, demanda-se grande
preparo da equipe que atua junto ao potencial doador, para que
preste apoio necessário aos familiares, auxiliando neste
momento tão doloroso.
RESULTADOSRESULTADOS::
CONCLUSÃO:CONCLUSÃO:
Por todo o exposto, conclui-se que o enfermeiro deverá estar
capacitado para promover a manutenção do potencial doador,
bem como oferecer suporte aos familiares, propiciando um elo
de confiança a fim de auxiliar na tomada de decisões.
Tecer considerações sobre o papel e as responsabilidades
do enfermeiro que atua em terapia intensiva,
especificamente em programa de transplante de órgãos e
tecidos
Com base na revisão bibliográfica realizada, denota-se que o
profissional de enfermagem desempenha importante e
fundamental papel no sentido de realizar o controle de todos
os dados hemodinâmicos do potencial doador de órgãos.
Isto posto, é essencial que o enfermeiro possua
conhecimento a respeito das repercussões fisiopatológicas
próprias da morte encefálica, além da monitorização e
repercussões hemodinâmicas.
A morte encefálica constitui um processo complexo, que
altera a fisiologia de todos os sistemas orgânicos, razão pela
qual é primordial que sejam tomadas as cautelas no sentido
de preservação dos órgãos a serem utilizados para doação,
aonde estão associados ao aumento do numero de órgãos
captados e a sua qualidade. Neste momento, a prioridade é
garantir o melhor suporte fisiológico possível para
potencializar o sucesso dos órgãos que possivelmente serão
transplantados.
A equipe de enfermagem deve estar atenta a quaisquer
distúrbios da coagulação, além de tomar precauções para
impedir as complicações infecciosas e promover condições
para garantir o controle e a manutenção da temperatura do
potencial doador, além da manutenção de uma adequada
ventilação e oxigenação, devidamente monitoradas através
da coleta de material para dosagem dos gases sanguíneos e
do controle dos parâmetros do ventilador. Havendo parada
cardíaca, o profissional de enfermagem, juntamente com o
médico, deverão instituir as manobras ressuscitadoras
básicas e avançadas.
Ressalta-se que toda cautela é necessária, a fim de permitir a
utilização dos órgãos em posterior transplante, devendo a
assistência de enfermagem atender as necessidades
fisiológicas básicas do potencial doador.
Com a crescente demanda por órgãos, tem-se elevado ao
uso de doadores marginas, existindo algumas contra-
indicações à doação de órgãos, as quais se podem destacar
a infecção pelo vírus HIV, HTLV, infecções virais sistêmicas,
como sarampo, adenovírus e parvovírus; encefalite
herpética; tuberculose pulmonar doenças relacionadas a
príons e neoplásicas.
Ressalta-se que a sepse e choque séptio não inviabilizam a
doação de órgãos, desde que o doador esteja recebendo
antibiótico.
POTENCIALIZAÇÃO DOS TRANSPLANTES ATRAVÉS DOS CUIDADOS AO
PACIENTE E SEUS FAMILIARES

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Apresentação TCC - Potencialização dos Transplantes através dos cuidados ao paciente e seus familiares

  • 1. ¹ Thiago Pontes de Oliveira César¹ Thiago Pontes de Oliveira César EnfermeiroEnfermeiro Aluno do curso de Especialização em Cuidados IntensivosAluno do curso de Especialização em Cuidados Intensivos Universidade Federal Fluminense.Universidade Federal Fluminense. INTRODUÇÃOINTRODUÇÃO:: O diagnóstico de Morte Encefálica deverá ser seguido de manutenção prolongada do corpo, a fim de garantir a possibilidade de doação de órgãos. Nesse âmbito, destaca-se a participação do Enfermeiro que atua em Unidade de Terapia Intensiva em prestar o cuidado direto ao potencial doador de órgãos e seus familiares. OBJETIVOS:OBJETIVOS: METODOLOGIA:METODOLOGIA: Pesquisa bibliográfica computadorizada, no período de 2010 a 2015 nas bases de dados da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e SciELO – Scientific Electronic Library Online, utilizando termos de busca controlados Segurança do Paciente, Doadores de Órgãos, Cuidados de enfermagem, bem como artigos de periódicos específicos sobre o tema. Estes materiais foram apreciados por meio de leitura analítica e de síntese. REFERÊNCIAS:REFERÊNCIAS: 1. ARAÚJO, Mara Nogueira de e MASSAROLLO, Maria Cristina Komatsu Braga. Conflitos éticos vivenciados por enfermeiros no processo de doação de órgãos. Acta paul. enferm. [Internet]. 2014 Jun [citado 2015 Out 15] ; 27(3): 215-220. 2. ARCANJO, Rafaela Alves; OLIVEIRA, Lilian Candiá de e SILVA, Delma Dias da. Reflexões sobre a comissão intra-hospitalar de doação de órgãos e tecidos para transplantes. Rev. Bioét. [Internet]. 2013 Abr [citado 2015 Jul 09]; 21(1): 119-125. 3. CAPUCHO, Helaine Carneiro e CASSIANI, Silvia Helena De Bortoli. Necessidade de implantar programa nacional de segurança do paciente no Brasil. Rev. Saúde Pública [Internet]. 2013 Ago [citado 2015 Jul 09]; 47(4): 791-798. 4. CAVALCANTE, Layana de Paula; RAMOS, Islane Costa; ARAÚJO, Michell Ângelo Marques; ALVES, Maria Dalva dos Santos e BRAGA, Violante Augusta Batista. Cuidados de enfermagem ao paciente em morte encefálica e potencial doador de órgãos. Acta paul. enferm. [Internet]. 2014 Dez [citado 2015 Jul 09]; 27(6): 567-572. 5. CRUZ, Maria Goreti da Silva; DASPETT, Celina; ROZA, Bartira de Aguiar; OHARA, Conceição Vieira da Silva e HORTA, Ana Lucia de Moraes. Vivência da família no processo de transplante de rim de doador vivo. Acta paul. enferm. [Internet]. 2015 Jun [citado 2015 Out 15] ; 28 (3): 275-280. 6. DALBEM, Giana Garcia e CAREGNATO, Rita Catalina Aquino. Doação de órgãos e tecidos para transplante: recusa das famílias. Texto contexto - enferm. [Internet]. 2010 Dez [citado 2015 Out 15] ; 19 (4): 728-735. 7. FERRAZ, Agenor Spallini; SANTOS, Lucas Guimarães Machado; ROZA, Bartira de Aguiar; SCHIRMER, Janine; KNIHS, Neide da Silva e ERBS, João Luis. Revisão integrativa: indicadores de resultado processo de doação de órgãos e transplantes. J. Bras. Nefrol. [Internet]. 2013 Set [citado 2015 Out 15]; 35(3): 220-228. 8. FREIRE, Sarah Gabriel; FREIRE, Izaura Luzia Silvério; PINTO, Juliana Teixeira Jales Menescal; VASCONCELOS, Quinidia Lúcia Duarte de Almeida Quithéde e TORRES, Gilson De Vasconcelos. Alterações fisiológicas da morte encefálica em potenciais doadores de órgãos e tecidos para transplantes. Esc. Anna Nery [Internet]. 2012 Dez [citado 2015 Jul 09] ; 16 (4): 761-766. 9. MELLO, Janeide Freitas de e BARBOSA, Sayonara de Fátima Faria. Cultura de segurança do paciente em terapia intensiva: recomendações da enfermagem. Texto contexto - enferm. [Internet]. 2013 Dez [citado 2015 Jul 09]; 22 (4): 1124-1133. 10. MENDES, Karina Dal Sassoet al. Transplante de órgãos e tecidos: responsabilidades do enfermeiro. Texto contexto - enferm. [online]. 2012, vol.21, n.4 [citado 2015-06-29], pp. 945-953. 11. MERCADO-MARTÍNEZ, Francisco JavieR; PADILLA-ALTAMIRA, César; DÍAZ-MEDINA, Blanca e SÁNCHEZ-PIMIENTA, Carlos. Visão dos profissionais de saúde com relação à doação de órgãos e transplantes: revisão de literatura. Texto contexto - enferm. [Internet]. 2015 Jun [citado 2015 Out 15] ; 24( 2 ): 574-583. 12. MORAIS, Taise Ribeiro e MORAIS, Maricelma Ribeiro. Doação de órgãos: é preciso educar para avançar. Saúde  debate [online]. 2012, vol.36, n.95 [citado 2015-06-29], pp. 633-639. 13. PEREIRA, Fernanda Maria Vieira; MALAGUTI-TOFFANO, Silmara Elaine; SILVIA, Adriana Maria da; CANINI, Silvia Rita Marin da Silva e GirElucir. Adesão às precauções-padrão por profissionais de enfermagem que atuam em terapia intensiva em um hospital universitário. Rev. esc. enferm. USP [Internet]. 2013 Jun [citado 2015 Jul 09] ; 47( 3 ): 686-693. 14. PESTANA, Aline Lima; SANTOS, José Luís Guedes dos; ERDMANN, Rolf Hermann; SILVA, Elza Lima da e ERDMANN, Alacoque Lorenzini. Pensamento Lean e cuidado do paciente em morte encefálica no processo de doação de órgãos. Rev. esc. enferm. USP [Internet]. 2013 Fev [citado 2015 Jul 09]; 47(1): 258-264. 15. ROCHA, Robledo Fonseca. O anencéfalo como doador de órgãos e tecidos para transplante: possibilidades legais, morais e práticas. Rev. Bras. Saude Mater. Infant. [Internet]. 2010 Dez [citado 2015 Out 15]; 10 (Suppl 2): s297-s302. 16. ROSÁRIO, Elza Nascimento do; PINHO, Luciane Gonçalves de; OSELAME, Gleidson Brandão e NEVES, Eduardo Borba. Recusa familiar diante de um potencial doador de órgãos. Cad. saúde colet. [Internet]. 2013 Set [citado 2015 Out 19] ; 21(3): 260-266. 17. SANTOS, Marcelo José dos e MASSAROLLO, Maria Cristina Komatsu Braga. Fatores que facilitam e dificultam a entrevista familiar no processo de doação de órgãos e tecidos para transplante. Acta paul. enferm. [Internet]. 2011 [citado 2015 Out 15] ; 24 (4): 472-478. 18. TEIXEIRA, Renan Kleber Costa; GONÇALVES, Thiago Barbosa e SILVA, José Antonio Cordero da. A intenção de doar órgãos é influenciada pelo conhecimento populacional sobre morte encefálica?. Rev. bras. ter. intensiva [Internet]. 2012 Set [citado 2015 Out 15] ; 24(3): 258-262. 19. WESTPHAL, Glauco Adrieno; CALDEIRA FILHO, Filho Milton; VIEIRA, Kalinca Daberkow; ZACLIKEVIS, Viviane Renata; BARTZ, Miriam Cristine Machado e WANZUITA, Raquel et al . Diretrizes para manutenção de múltiplos órgãos no potencial doador adulto falecido: Parte I, II e III. Recomendações órgãos específicas. Rev. bras. ter. intensiva [Internet]. 2011 Dez [citado 2015 Jul 09] ; 23 (4): 410-425. 20. WESTPHAL, Glauco Adrieno; ZACLIKEVIS, Viviane Renata; VIEIRA, Kalinca Daberkow; CORDERO, Rodrigo de Brito; HORNER, Marina Borges W. e OLIVEIRA, Thamy Pellizzaro de et al . Protocolo gerenciado de tratamento do potencial doador falecido reduz incidência de parada cardíaca antes do explante dos órgãos. Rev. bras. ter. intensiva [Internet]. 2012 Dez [citado 2015 Out 15]; 24(4): 334-340 Em relação aos transplantes realizados de a partir de órgãos de doadores sépticos, os resultados obtidos são tão bons quanto os de órgãos de doadores sem infecção, tanto em relação à morbidade quanto à mortalidade. No Brasil, o diagnóstico de morte encefálica é confirmado através de dois exames clínicos e um exame complementar, em pacientes com sinais clínicos de morte encefálica, e faz parte da assistência prestada ao paciente e seus familiares. Apesar do conhecimento da existência de legislação e de protocolo institucional que respaldam a desconexão dos ventilados, os profissionais envolvidos esbarram em alguns fatores que decorrem da não aceitação do diagnóstico de morte encefálica por parte da família do paciente. Dentre as principais causas, destacam-se o respeito aos valores pessoais, culturais e sociais; receio de conflitos com os familiares que não aceitam a doação de órgãos; receio de problemas legais; despreparo da sociedade para aceitar o procedimento e crença da família na reversão do quadro do paciente. A recusa familiar tem sido apontada como fator limitante na disponibilização de órgãos e tecidos. Assim, além dos conhecimentos técnicos essenciais da equipe que acompanha o potencial doador de órgãos, há ainda a necessidade de acompanhamento e suporte aos familiares, de modo a garantir um laço de confiança destes junto a equipe, dirimindo as eventuais dúvidas, fornecendo informações, de modo a propiciar a conscientização destes da importância da doação de órgãos, contribuindo para a decisão familiar. É inegável o dissabor e sofrimento resultantes da perda de um ente querido, sendo, portanto, o preparo para a realização do transplante considerado um fato gerador de muita tensão, conflitos e ambivalência de sentimentos, haja vista a tristeza pela perda do familiar aliada ao sentimento de poder fazer o bem a outra pessoa, provavelmente desconhecida, a partir dos órgãos a serem transplantados. Neste momento, demanda-se grande preparo da equipe que atua junto ao potencial doador, para que preste apoio necessário aos familiares, auxiliando neste momento tão doloroso. RESULTADOSRESULTADOS:: CONCLUSÃO:CONCLUSÃO: Por todo o exposto, conclui-se que o enfermeiro deverá estar capacitado para promover a manutenção do potencial doador, bem como oferecer suporte aos familiares, propiciando um elo de confiança a fim de auxiliar na tomada de decisões. Tecer considerações sobre o papel e as responsabilidades do enfermeiro que atua em terapia intensiva, especificamente em programa de transplante de órgãos e tecidos Com base na revisão bibliográfica realizada, denota-se que o profissional de enfermagem desempenha importante e fundamental papel no sentido de realizar o controle de todos os dados hemodinâmicos do potencial doador de órgãos. Isto posto, é essencial que o enfermeiro possua conhecimento a respeito das repercussões fisiopatológicas próprias da morte encefálica, além da monitorização e repercussões hemodinâmicas. A morte encefálica constitui um processo complexo, que altera a fisiologia de todos os sistemas orgânicos, razão pela qual é primordial que sejam tomadas as cautelas no sentido de preservação dos órgãos a serem utilizados para doação, aonde estão associados ao aumento do numero de órgãos captados e a sua qualidade. Neste momento, a prioridade é garantir o melhor suporte fisiológico possível para potencializar o sucesso dos órgãos que possivelmente serão transplantados. A equipe de enfermagem deve estar atenta a quaisquer distúrbios da coagulação, além de tomar precauções para impedir as complicações infecciosas e promover condições para garantir o controle e a manutenção da temperatura do potencial doador, além da manutenção de uma adequada ventilação e oxigenação, devidamente monitoradas através da coleta de material para dosagem dos gases sanguíneos e do controle dos parâmetros do ventilador. Havendo parada cardíaca, o profissional de enfermagem, juntamente com o médico, deverão instituir as manobras ressuscitadoras básicas e avançadas. Ressalta-se que toda cautela é necessária, a fim de permitir a utilização dos órgãos em posterior transplante, devendo a assistência de enfermagem atender as necessidades fisiológicas básicas do potencial doador. Com a crescente demanda por órgãos, tem-se elevado ao uso de doadores marginas, existindo algumas contra- indicações à doação de órgãos, as quais se podem destacar a infecção pelo vírus HIV, HTLV, infecções virais sistêmicas, como sarampo, adenovírus e parvovírus; encefalite herpética; tuberculose pulmonar doenças relacionadas a príons e neoplásicas. Ressalta-se que a sepse e choque séptio não inviabilizam a doação de órgãos, desde que o doador esteja recebendo antibiótico. POTENCIALIZAÇÃO DOS TRANSPLANTES ATRAVÉS DOS CUIDADOS AO PACIENTE E SEUS FAMILIARES