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GLOBALIZAÇÃO,
TEMPO
E
ESPAÇO
ÁREA
DO
CONHECIMENTO:
CIÊNCIAS
HUMANAS
E
SOCIAIS
APLICADAS
ENSINO
MÉDIO
ENSINO
MÉDIO
TEMPO E ESPAÇO
GLOBALIZAÇÃO
,
ENSINO MÉDIO
ENSINO MÉDIO
ÁREA DO CONHECIMENTO:
CIÊNCIAS HUMANAS
E SOCIAIS APLICADAS
ALFREDO BOULOS JÚNIOR
ALFREDO BOULOS JÚNIOR
EDILSON ADÃO
EDILSON ADÃO
LAERCIO FURQUIM JR.
LAERCIO FURQUIM JR.
9 7 8 6 5 5 7 4 2 1 0 2 4
ISBN 978-65-5742-102-4
MANUAL DO
PROFESSOR
TEMPO E ESPAÇO
GLOBALIZAÇÃO
,
MANUAL DO
PROFESSOR
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ENSINO MÉDIO
1a
edição
São Paulo – 2020
Área do conhecimento:
CIÊNCIAS HUMANAS
E SOCIAIS APLICADAS
MANUAL DO
PROFESSOR
ALFREDO BOULOS JÚNIOR
Doutor em Educação (área de concentração:
História da Educação) pela Pontifícia
Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).
Mestre em Ciências (área de concentração:
História Social) pela Universidade de
São Paulo (USP).
Lecionou nas redes pública e particular e em
cursinhos pré-vestibulares.
É autor de coleções paradidáticas. Assessorou
a Diretoria Técnica da Fundação para o
Desenvolvimento da Educação – São Paulo.
EDILSON ADÃO CÂNDIDO DA
SILVA
Mestre em Ciências (área de concentração:
Geografia Humana) pela Universidade de
São Paulo (USP).
Bacharel e licenciado em Geografia pela
Universidade de São Paulo (USP).
Professor de Geografia há 20 anos no
Ensino Médio e Superior.
LAERCIO FURQUIM JÚNIOR
Mestre em Ciências (área de concentração:
Geografia Humana) pela Universidade de
São Paulo (USP).
Bacharel e licenciado em Geografia pela
Universidade de São Paulo (USP).
Professor de Geografia há 20 anos no
Ensino Médio e Superior.
TEMPO E ESPAÇO
GLOBALIZAÇÃO
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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Boulos Júnior, Alfredo
   Multiversos : ciências humanas : globalização,
tempo e espaço : ensino médio / Alfredo Boulos Júnior,
Edilson Adão Cândido da Silva, Laercio Furquim
Júnior. -- 1. ed. -- São Paulo : FTD, 2020.
   "Área do conhecimento : Ciências humanas e sociais
aplicadas"
  Bibliografia.
   ISBN 978-65-5742-101-7 (Aluno)
   ISBN 978-65-5742-102-4 (Professor)
   1. Ciências (Ensino médio) 2. Tecnologia I. Silva,
Edilson Adão Cândido da. II. Furquim Júnior, Laercio
III. Título.
20-44102 CDD-372.7
Índices para catálogo sistemático:
1. Ciências : Ensino médio 372.7
Aline Graziele Benitez – Bibliotecária – CRB-1/3129
Em respeito ao meio ambiente, as folhas
deste livro foram produzidas com fibras
obtidas de árvores de florestas plantadas,
com origem certificada.
Impresso no Parque Gráfico da Editora FTD
CNPJ 61.186.490/0016-33
Avenida Antonio Bardella, 300
Guarulhos-SP – CEP 07220-020
Tel. (11) 3545-8600 e Fax (11) 2412-5375
Reprodução proibida: Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610
de 19 de fevereiro de 1998. Todos os direitos reservados à
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Rua Rui Barbosa, 156 – Bela Vista – São Paulo – SP
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Copyright © Alfredo Boulos Júnior, Edilson Adão Cândido da Silva,
Laercio Furquim Júnior, 2020
Direção-geral Ricardo Tavares de Oliveira
Direção editorial adjunta Luiz Tonolli
Gerência editorial Flávia Renata Pereira de Almeida Fugita
Edição João Carlos Ribeiro Junior (coord.)
André Tomio Lopes Amano, Carlos Zanchetta, Carolina Bussolaro Marciano,
Fábio Bonna Moreirão, Mariana de Lucena, Natália Leon Nunes,
Renata Monken Gomes, Renata Paiva Cesar, Rosane Cristina Thahira,
Tatiana Pedroso Gregório, Vivian Nani Ayres
Preparação e Revisão Maria Clara Paes (sup.)
Danielle Costa, Diogo Souza Santos, Eliana Vila Nova de Souza, Felipe Bio,
Fernanda Rodrigues Baptista, Graziele Cristina Ribeiro, Jussara Rodrigues Gomes, Kátia
Cardoso da Silva, Lívia Navarro de Mendonça, Rita Lopes,
Thalita Martins da Silva Milczvski, Veridiana Maenaka
Gerência de produção e arte Ricardo Borges
Design Daniela Máximo (coord.), Sergio Cândido
Imagem de capa metamorworks/Shutterstock.com
Arte e Produção Vinícius Fernandes (sup.)
Maria Aparecida Alves, Sidnei Moura,
Jacqueline Nataly Ortolan, Marcelo Saccomann (assist.)
Diagramação Arte4 produção editorial, Joana Resek, Nany Produções Gráficas
Coordenação de imagens e textos Elaine Bueno Koga
Licenciamento de textos Érica Brambila, Bárbara Clara (assist.)
Iconografia Priscilla Liberato Narciso, Ana Isabela Pithan Maraschin (trat. imagens)
Ilustrações Erika Onodera, Mozart Couto, Osvaldo Sequetin, Sonia Vaz
Allmaps, Dacosta Mapas, Ericson Guilherme Luciano, Vespúcio Cartografia (cartografia)
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Olá, estudantes!
É com alegria que apresentamos os livros de Ciências Humanas e Sociais
Aplicadas. Eles foram feitos com muito empenho pelos autores, editores e
colaboradores para oferecer a vocês propostas que contribuam para suas
formações com excelência e criatividade.
Nossas escolhas foram pautadas em valores éticos, no exercício da
cidadania e na busca por uma sociedade mais justa e menos desigual.
Queremos estimular o desenvolvimento de habilidades que possibilitem
a você agir de maneira propositiva, respeitosa e, ao mesmo tempo, que
impulsionem a realização de seu projeto de vida.
No momento em que nasce o Novo Ensino Médio, esta obra convida ao
estudo de temas importantes para todos nós, como tecnologia, trabalho,
sustentabilidade, globalização, geopolítica, ética, direitos humanos,
valorização da cidadania.
As abordagens visam proporcionar uma formação global compromissada
com um repertório cultural e científico amplo, com o combate ao preconceito,
à violência e baseada em princípios democráticos, inclusivos e solidários.
A valorização e o respeito aos Direitos Humanos, à pluralidade nos modos
de vida e a diferentes visões de mundo também são pilares dos seis livros
que compõem esta coleção.
Por fim, esperamos poder contribuir com boas experiências para esta
fase de sua vida estudantil, essencial à construção autônoma e competente
do caminho a ser trilhado. Esperamos, também, que esta obra colabore
para aflorar em você uma força transformadora e construtora de ações
conscientes e responsáveis com as gerações futuras!
Com carinho, os autores.
APRESENTAÇÃO
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Abertura
de unidade
Momento para
você ter os primeiros
contatos com o tema
principal da unidade.
BNCC
Apresentação das competências e
habilidades da Base Nacional Comum
Curricular que são trabalhadas com mais
ênfase ao longo da unidade.
Integrando com
Ciências da Natureza
e suas Tecnologias
Oferece a oportunidade de
você compreender um aspecto
do tema estudado por meio
do ponto vista das Ciências
Humanas em conjunto com o
das Ciências da Natureza.
Para refletir
e argumentar
Desenvolve sua
capacidade de analisar
a realidade, oferecendo
instrumentos para que
você defenda suas ideias
e se posicione de maneira
crítica e assertiva.
Dialogando
Convite para que você
se expresse oralmente
a fim de emitir uma
opinião, contar uma
experiência ou responder
objetivamente a uma
pergunta sobre um tema.
Dica
Sugestões de livros, filmes, vídeos,
sites, músicas etc. para ampliar a
abordagem do assunto estudado.
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LUCVI/SHUTTERSTOCK.COM/2014
GUSTAVO
FRAZAO/SHUTTERSTOCK.COM/2017
Formação territorial
da América
COMPETÊNCIAS E
HABILIDADES DA BNCC:
O texto integral das
competências e das habilidades
encontra-se no final do livro.
Competências gerais: 1, 2, 3, 4, 5, 6,
7, 8, 9 e 10
Ciências Humanas e Sociais
Aplicadas
Competências específicas: 1, 2 e 6
Habilidades: EM13CHS101,
EM13CHS102, EM13CHS103,
EM13CHS104, EM13CHS105,
EM13CHS106, EM13CHS201,
EM13CHS202, EM13CHS203,
EM13CHS204, EM13CHS205,
EM13CHS206, EM13CHS402,
EM13CHS404 e EM13CHS503
Os territórios brasileiro e americano foram cons-
truídos ao longo de mais quinhentos anos. O território
produzido, vivido e usado que temos hoje na América e
onde vivemos é fruto de muitas lutas, conquistas e injus-
tiças, sobretudo em relação aos povos nativos que aqui
estavam antes da chegada dos europeus e aos que foram
forçados a vir para a América.
Não escreva no livro
1. Você sabe quais eram os povos que habitavam a
América antes da chegada do colonizador? E que
povos foram forçados a vir para a América desde o
século XVI?
2.Qual é o significado de “americano” para você?
3.Em sua opinião, a América é formada por uma
cultura única ou diversas?
4.Por que o texto afirma como “injustiça” o que
ocorreu com os povos nativos e com aqueles que
vieram forçadamente para a América?
» Registro de uma rua da cidade
de Paraty (RJ), reconhecida como
patrimônio cultural da humanidade
pela Unesco. Abaixo, detalhe de
pintura indígena.
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Consultar as Orientações para o Professor.
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GUSTAVO
FRAZAO/SHUTTERSTOCK.COM/2017
Formação territorial
da América
COMPETÊNCIAS E
HABILIDADES DA BNCC:
O texto integral das
competências e das habilidades
encontra-se no final do livro.
Competências gerais: 1, 2, 3, 4, 5, 6,
7, 8, 9 e 10
Ciências Humanas e Sociais
Aplicadas
Competências específicas: 1, 2 e 6
Habilidades: EM13CHS101,
EM13CHS102, EM13CHS103,
EM13CHS104, EM13CHS105,
EM13CHS106, EM13CHS201,
EM13CHS202, EM13CHS203,
EM13CHS204, EM13CHS205,
EM13CHS206, EM13CHS402,
EM13CHS404 e EM13CHS503
Os territórios brasileiro e americano foram cons-
truídos ao longo de mais quinhentos anos. O território
produzido, vivido e usado que temos hoje na América e
onde vivemos é fruto de muitas lutas, conquistas e injus-
tiças, sobretudo em relação aos povos nativos que aqui
estavam antes da chegada dos europeus e aos que foram
forçados a vir para a América.
Não escreva no livro
1. Você sabe quais eram os povos que habitavam a
América antes da chegada do colonizador? E que
povos foram forçados a vir para a América desde o
século XVI?
2.Qual é o significado de “americano” para você?
3.Em sua opinião, a América é formada por uma
cultura única ou diversas?
4.Por que o texto afirma como “injustiça” o que
ocorreu com os povos nativos e com aqueles que
vieram forçadamente para a América?
» Registro de uma rua da cidade
de Paraty (RJ), reconhecida como
patrimônio cultural da humanidade
pela Unesco. Abaixo, detalhe de
pintura indígena.
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Consultar as Orientações para o Professor.
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Para refletir e argumentar
Economia digital, tecnologia e desigualdade
Não escreva no livro
1. Com o auxílio do professor, forme um grupo com quatro ou cinco estudantes. Depois,
selecionemevidênciasdoinfográficoquemostremaconcentraçãodigitalnosEstados
Unidos e na China.
2. Conversem sobre possíveis razões para explicar esse fenômeno. Elaborem hipóteses
utilizando seus conhecimentos prévios e o que vocês aprenderam nesse capítulo.
3. Componham argumentos para explicar por que a diferença de gêneros se torna maior
com a desigualdade digital.
4. Registrem no caderno as evidências selecionadas na questão 1 e as hipóteses e os
argumentos desenvolvidos nas questões 2 e 3.
Fonte: UNCTAD. Digital Economy Report 2019. Nova York, 2019. p. 2. Disponível em: https:/
/unctad.org/en/PublicationsLibrary/der2019_
en.pdf. Acesso em: 11 maio 2020.
ERIKA
ONODERA
Consultar as Orientações para o Professor.
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Ciências da Natureza e suas Tecnologias
Integrando com
A pandemia da covid-19: entre
Gaia e o Antropoceno
Aprendemos no capítulo que a pandemia da covid-19 é um fenômeno global.
O texto abaixo traz algumas reflexões sobre o tema.
O que a covid-19 põe em xeque é a pensabilidade da realidade a partir de esquemas
simplistas. Um dos mais influentes é o que a separa em natureza e cultura, entendendo
que a natureza é tudo aquilo que não foi construído pela ação humana, de modo que
ambos os domínios teriam leis próprias. Ora, essa divisão rígida é inútil para se pen-
sar a pandemia da covid-19. Com efeito, consideremos a seguinte questão: a pandemia
deriva e depende de fatores naturais ou humanos? A pergunta não é apenas retórica, já
que nossas ações de prevenção e combate ao novo coronavírus dependem diretamente
da resposta.
Uma primeira tentativa de responder poderia se fixar no caráter
natural do vírus, que apareceria então como um eloquente exem-
plo da “intrusão de Gaia”. Essa expressão se deve à belga Isabelle
Stengers, química e filósofa da ciência. Ela argumenta que o planeta
Terra – Gaia, em grego – irrompe violentamente em nossas vidas,
mostrando que todos os aparatos humanos e sociais são incompará-
veis às forças de tufões, terremotos, maremotos e outros fenômenos
naturais capazes de demonstrar que o planeta ainda é dono de si
mesmo. Assim, alguns pensadores veem a pandemia como um
exemplo do poder intrusivo de Gaia em nossas sociedades, que se
creem imunes às ações da natureza e, por isso mesmo, estão cada
vez mais expostas à extinção.
[...]
MATOS, A. S. de M. C. A pandemia da covid-19: entre Gaia e o Antropoceno.
Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 13 abr. 2020. Disponível em: https:/
/ufmg.br/comunicacao/
noticias/a-pandemia-da-covid-19-entre-gaia-e-o-antropoceno. Acesso em: 24 jun. 2020.
Não escreva no livro
1. Faça uma breve pesquisa e explique o significado de dois termos contidos no título do
texto: Gaia e Antropoceno.
2. Qual é a posição do autor em relação à separação dos aspectos natural e cultural na
busca de uma melhor compreensão da covid-19?
3. O que é vírus? Ele tem um caráter “natural”, como afirma o autor?
4. Porqueaquímicamencionadanotextoargumentaqueosfenômenosnaturaisdemons-
tramque“oplanetaaindaédonodesimesmo”?Relacioneessaafirmaçãocomotermo
Antropoceno.
» Ilustração
representando
a estrutura
do novo
coronavírus,
2020.
Consultar as Orientações para o Professor.
THE LANCET
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Um segundo momento importante da expansão do horizonte geográfico se deu
com a Revolução Industrial nos séculos XVIII e XIX. A inovação tecnológica trazida por
ela alterou a percepção de tempo e espaço: o que era lento tornou-se rápido, o que
era distante ficou mais próximo. A invenção do telégrafo, por exemplo, revolucionou
a forma de se comunicar, e muitos entendem que ele foi o precursor da internet. As
locomotivas, que substituíram as carroças, revolucionaram os meios de transportes;
os navios a vapor sucederam as caravelas no século XIX. Desde então, as inovações
industriais e tecnológicas não cessaram, dinamizando a internacionalização e a mun-
dialização do processo que hoje conhecemos como globalização.
A Guerra Fria, que se seguiu ao término da Segunda Guerra Mundial, igualmente foi
um grande fomentador de inovações tecnológicas. Veja exemplos de algumas áreas.
• Aeroespacial: lançamentos de satélites, como o Sputnik.
• Computação: surgimento do Eniac, o primeiro computador; da internet, com
o nome de Arpanet, e dos primeiros computadores com processadores mais
dinâmicos (CPU).
• Eletroeletrônicos: invenção da câmera digital, do micro-ondas e da televisão
em cores.
• Geoprocessamento: criação do GPS.
©
CORBIS/GETTY
IMAGES
» Eniac, o primeiro computador,
possuía 40 painéis e pesava
30 toneladas. Na fotografia,
Eniac na Universidade da
Pensilvânia (Estados Unidos),
em 1946.
Livro que apresenta as principais
teorias da globalização.
IANNI, O. Teorias da globa-
lização. 9. ed. Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira, 2001.
Dica
 Converse com os cole-
gas sobre como a rela-
ção entre tecnologia e
globalização é uma via
de mão dupla: o desen-
volvimento tecnológico
impulsiona a globaliza-
ção; esta, por sua vez,
incentiva a produção de
novas tecnologias.
Dialogando
O final do século XX caracterizou-se como um período de impressio-
nantes inovações tecnológicas, especialmente nas áreas da informática,
da robótica, da nanotecnologia (microchip), da fibra ótica e da biotecnolo-
gia. A era da internet se consolidou no início do século XXI e a globalização
informacional se intensificou. Smartphones cada vez mais sofisticados
são um dos símbolos desse período de dinamização das comunicações.
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As novas sociabilidades
na era digital
Com a popularização da internet, tornou-se muito comum o uso
do termo redes sociais. O que pode passar despercebido é que o ser
humano já se relacionava em redes sociais “off-line” antes da era
digital. Espaços de sociabilidade como festas, cerimônias religiosas,
grupos de estudo, viagens, palestras etc. eram – e ainda são – opor-
tunidades de encontro. O que a internet inaugurou foi a possibilidade
de estar em contato mesmo sem a presença física. Mais do que isso,
ela rompeu fronteiras. Por exemplo, um brasileiro pode conversar com
um japonês sem precisar dar a volta ao planeta.
A internet permite, portanto, configurações novas, próprias do
mundo globalizado. A supressão da distância física operada pelo
mundo virtual possibilita a formação de um espaço comum com
pessoas de diversas nacionalidades. Esse novo arranjo, no entanto,
não significou o fim das comunidades locais, mas certamente mudou
sua dinâmica. Um exemplo disso ocorre com algumas populações indí-
genas no Brasil. Muitas vivem em terras indígenas, mas não significa
que estejam isoladas e não utilizem meios
tecnológicos para se comunicar. Ao contrá-
rio, há povos indígenas que empregam esses
recursos para difundir seus costumes e lutar
por seus direitos.
Desse modo, a interação entre essas
comunidades e a internet se dá em uma via de
mão dupla. Se, por um lado, elas fazem uso da
rede, utilizando-a em seu benefício, por outro,
a internet também as modifica, uma vez que
acabam sofrendo influências decorrentes
desse intercâmbio.
A internet não destruiu o mundo que existia
antes dela, mas criou um mundo virtual que
transformou profundamente o mundo real. Há
quem diga, inclusive, que a separação entre o que é real e o que é virtual
é impossível de ser feita. Segundo o filósofo francês Jean Baudrillard,
(1929-2007), estaríamos vivendo uma hiper-realidade. Nela, não con-
seguimos mais separar o virtual do real, uma vez que o virtual se tornou
o próprio real. Para Baudrillard, não separamos mais essas duas esferas
e somos muito mais guiados pelo virtual do que pelo real.
Um exemplo de sua afirmação pode ser percebido na busca por
cirurgias plásticas, que aumentou com a cultura da selfie. A Sociedade
» Jovem kalapalo usando
notebook, aldeia Aiha, Parque
Indígena do Xingu (MT), 2018.
O acesso às tecnologias da
informação e da comunicação
disponibiliza novos recursos
para as populações indígenas
divulgarem sua cultura.
Site da Rádio Yandê, formada
por indígenas de diferentes
etnias.
YANDÊ. Disponível em: https:/
/
radioyande.com/. Acesso em:
18 jun. 2020.
Dica
FABIO
COLOMBINI
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CONHEÇA
SEU LIVRO
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Retomando
Atividades que visam retomar e organizar
o estudo dos temas abordados.
#JovensProtagonistas
Você vai conhecer uma ação realizada por
um jovem ou por um grupo de jovens e se
inspirar nela para propor a resolução de um
problema presente em sua realidade.
#JovensEmAção
Você vai participar ativamente
de propostas focadas em práticas
de pesquisa social, tendo em vista
compreender aspectos da sua realidade.
Atividade-síntese
Você poderá perceber que
um problema, um conceito ou
um tema podem ser analisados
por diferentes perspectivas
pelos componentes curriculares
que fazem parte das Ciências
Humanas e Sociais Aplicadas.
Leitura de imagem
Você vai descobrir a riqueza
de informações e significados
existentes em uma imagem e a
relação dela com os conhecimentos
da área de Ciências Humanas e
Sociais Aplicadas.
Retomando
Equador
Trópico de Câncer
Círculo Polar Antártico
Círculo Polar Ártico
Trópico de Capricórnio
0º
0°
Meridiano
de
Greenwich
OCEANO
PACÍFICO
OCEANO
PACÍFICO
OCEANO
ATLÂNTICO
OCEANO
ÍNDICO
OCEANO GLACIAL ÁRTICO
OCEANO
GLACIAL ANTÁRTICO
0 2 870
Trem de alta velocidade
Rodovia
Rota de voo
Telecomunicações
1. Leia o texto e responda às questões.
[...] o conceito de globalização denota muito mais do que a ampliação de relações e
atividades sociais atravessando regiões e fronteiras. É que ele sugere uma magnitude ou
intensidade crescente de fluxos globais, de tal monta que Estados e sociedades ficam cada
vez mais enredados em sistemas mundiais e redes de interação. Em consequência disso,
ocorrências e fenômenos distantes podem passar a ter sérios impactos internos, enquanto
os acontecimentos locais podem gerar repercussões globais de peso. [...] Isso não significa
que, necessariamente, a ordem global suplante ou tenha precedência sobre as ordens
locais, nacionais ou regionais da vida social. Antes, estas podem inserir-se em conjuntos
mais amplos de relações e redes de poder inter-regionais. [...] A globalização gera uma
certa mudança cognitiva, que se expressa numa conscientização popular crescente do
modo como os acontecimentos distantes podem afetar os destinos locais (e vice-versa),
bem como em percepções públicas da redução do tempo e do espaço geográfico.
HELD, D.; MCGREW, A. Prós e contras da globalização. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001. p. 12-13.
a) Segundo os autores, de que maneira ocorrem as interações entre o local, o nacional,
o regional e o mundial no contexto da globalização?
b) Faça uma pesquisa sobre acontecimentos globais ou medidas tomadas por outros
paísesquetiveramimpactonoBrasilefatoslocaisenacionaisdoBrasilquerepercu-
tiram nas relações inter-regionais ou no mundo.
c)Osautorescitammudançascognitivasgeradaspelaglobalização.Conversecomumcolega
sobrecomoaglobalizaçãoimpactaavidadevocês.Citemaspectospositivosenegativos.
2. Observe o mapa e responda às questões.
Fontes: KHANNA, P. Connectography: mappping the future of global civilization. New York: Random House, 1996.
p. XX. WORLDMAP. Exploring the world of Connectography. Cambridge: Harvard University, 2015. Disponível em: http:/
/
worldmap.harvard.edu/maps/connectography/fjH. Acesso em: 12 maio 2020.
» O mundo globalizado: transportes e comunicação (2016)
a) Ao observar o mapa, é possível verificar uma concentração dos recursos de trans-
portes e comunicação no Hemisfério Norte. Quais países e regiões aparecem com
destaque?
DACOSTA
MAPAS
Não escreva no livro Consultar as Orientações para o Professor.
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b)Porqueessesrecursosestãoconcentradosnospaíseseregiõesquevocêmencionou
na questão anterior?
c) Quais são as relações entre essa concentração e o aumento da desigualdade no
mundo?
d) Agora, observe o Brasil. Há uma concentração de rodovias, rotas de voo e estrutura
detelecomunicaçõesemumaregiãodoBrasil.Elaboreumahipóteseparaexplicarpor
que, historicamente, o desenvolvimento do país convergiu para essa região.
3. (Enem/MEC)
Um certo carro esporte é desenhado na Califórnia, financiado por Tóquio, o pro-
tótipo criado em Worthing (Inglaterra) e a montagem é feita nos EUA e México, com
componentes eletrônicos inventados em Nova Jérsei (EUA), fabricados no Japão. [...]. Já
a indústria de confecção norte-americana, quando inscreve em seus produtos “made in
USA”, esquece de mencionar que eles foram produzidos no México, Caribe ou Filipinas.
(Renato Ortiz, Mundialização e Cultura)
Otextoilustracomoemcertospaísesproduz-setantoumcarroesportecaroesofisticado,
quantoroupasquenemsequerlevamumaetiquetaidentificandoopaísprodutor.Defato,
tais roupas costumam ser feitas em fábricas – chamadas “maquiladoras” – situadas em
zonas-francas, onde os trabalhadores nem sempre têm direitos trabalhistas garantidos.
A produção nessas condições indicaria um processo de globalização que
a) fortalece os Estados Nacionais e diminui as disparidades econômicas entre eles pela
aproximação entre um centro rico e uma periferia pobre.
b) garante a soberania dos Estados Nacionais por meio da identificação da origem de
produção dos bens e mercadorias.
c) fortalece igualmente os Estados Nacionais por meio da circulação de bens e capitais
e do intercâmbio de tecnologia.
d)compensaasdisparidadeseconômicaspelasocializaçãodenovastecnologiasepela
circulação globalizada da mão de obra.
e)reafirmaasdiferençasentreumcentroricoeumaperiferiapobre,tantodentrocomo
fora das fronteiras dos Estados Nacionais.
4. (Enem/MEC)
A reestruturação global da indústria, condicionada pelas estratégias de gestão global
da cadeia de valor dos grandes grupos transnacionais, promoveu um forte desloca-
mento do processo produtivo, até mesmo de plantas industriais inteiras, e redirecionou
os fluxos de produção e de investimento. Entretanto, o aumento da participação dos
países em desenvolvimento no produto global deu-se de forma bastante assimétrica
quando se compara o dinamismo dos países do leste asiático com o dos demais países,
sobretudo os latino-americanos no período 1980-2000.
SARTI, F.; HIRATUKA, C. Indústria mundial: mudanças e tendências recentes. Campinas:
Unicamp, n. 186, dez. 2010.
Adinâmicadetransformaçãodageografiadasindústriasdescritaexpõeacomplemen-
taridade entre dispersão espacial e
a) autonomia tecnológica.
b) crises de abastecimento.
c) descentralização política.
d) concentração econômica.
e) compartilhamento de lucros.
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Atividade síntese
Diferentes visões sobre a ideia de Estado
O Estado é responsável pelo bem-estar, pela liberdade e pela segurança de
todos? Muitos autores questionam essa ideia. No século XIX, por exemplo, dois
pensadores alemães explicaram o Estado de outras maneiras.
Para o filósofo Karl Marx, (1818-1883), a sociedade se divide entre a classe
dominante (a burguesia) e a classe dominada (os trabalhadores). No sistema capi-
talista, o Estado é ligado aos interesses da burguesia, por isso acaba atendendo
parcialmente à sociedade, uma vez que não visa às necessidades dos trabalhadores.
Já para o sociólogo Max Weber, (1864-1920), o monopólio
do uso legítimo da violência é a característica fundamental
do Estado. A polícia e o exército, por exemplo, são forças
do Estado. Assim, o Estado não cuida simplesmente da
liberdade e do bem-estar de cada cidadão, mas usa seu
monopólio da força para compelir os cidadãos a obedecê-lo.
A definição de Marx apresenta o Estado como instru-
mento de defesa e manutenção do poder de uma classe
social, enquanto a de Weber mostra um Estado que pode
usar a violência e coagir indivíduos, a fim de obter obediên-
cia às normas.
Não escreva no livro
1. Na concepção de Marx, a que interesses serve o Estado na sociedade capitalista?
2. Na visão de Weber, o Estado aumenta, mantém ou diminui a liberdade dos cidadãos?
Justifique sua resposta.
3. O monopólio da violência do Estado, na concepção de Weber, significa que só o Estado
pratica violência? Discuta em grupo e responda.
4. Pesquiseumtextojornalísticoqueuseotermo“Estado”.Podeserumanotícia,umedito-
rialouumacrônica.Comootermoestásendoempregado?Identifique,porexemplo,qual
éanoçãodeEstadoimpostaeseelaseaproximadealgumaqueestudou.Vocêtambém
pode refletir sobre o papel que o Estado está cumprindo na situação que escolheu.
Ter o controle do Estado é ter poder. Logo, quando um grupo de pessoas ou um
segmento da sociedade se instala no Estado, ele dá as diretrizes e dita a condução
da sociedade por meio das várias funções que lhe são atribuídas.
Igualmente, o Estado tem conotação de poder econômico por ser responsável
pela construção das principais infraestruturas de um país. O mesmo vale para o
perfil ideológico, uma vez que, por meio do Estado, um governo toma decisões
seguindo certa diretriz ideológica. Um governo ambientalista pode gerir o Estado
de modo a reduzir a poluição e o desmatamento, por exemplo.
ERNESTO
REGHRAN/PULSAR
IMAGENS
» Policiais em
Londrina (PR),
2020. Segundo
Marx Weber, a
polícia é um dos
instrumentos
do Estado
para manter o
monopólio da
força.
Consultar as Orientações para o Professor.
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O Estado sou eu
Imaginequevocêestádiantedatelaaseguir.Reparequeelatemgrandesdimensões
evocêterádelevantaracabeçaparaobservá-la.Inversamenteécomoseopersonagem
estivesse mirando o observador de cima para baixo, demonstrando sua superioridade.
O retratado em questão é Luís XIV, rei da França entre 1643 e 1715. Governou
de modo absoluto, concentrando poderes sem ser questionado. Personificou o
Estado absoluto ao concentrar os poderes em suas mãos. Atribui-se a ele a frase
“O Estado sou eu”, ideia que resume o poder de Luís XIV durante seu reinado.
Leitura de imagem
» Retrato de Luís XIV, óleo sobre tela de Hyacinthe Rigaud, 1701.
MUSEU
DO
LOUVRE,
PARIS
Cetro
Poder e
autoridade.
Expressões
Olhar fixo e
direto para o
observador;
pose imponente
e altiva.
Peruca
Peruca alta
para esconder
a calvície e
aumentar a
estatura.
Espada
Poder militar.
Vestimenta
Laços, fios de
ouro e tecidos
nobres.
Sapatos
Salto para
compensar a
baixa estatura.
Flor-de-lis
Monarquia
francesa.
Decoração
Tapete de seda
dourada e
dossel de seda
vermelha.
2,77m
Coroa
Realeza e poder
monárquico. Trono
Centro do poder
monárquico.
1,94m
1. Quais elementos da pintura indicam o poder de Luís XIV e reforçam a ideia de que ele
personificava o Estado?
2. Que mensagem se desejava transmitir ao posicionar o rei nesse cenário?
3. O governo de Luís XIV foi marcado pelo uso da indumentária e da moda como elemento
essencialparaaconstruçãodesuaimagem.Indiqueelementosdapinturaquemostram
o uso desse artifício e justifique.
4. A pintura fortalece a ideia do “O Estado sou eu” ou vai contra esse princípio?
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Consultar as Orientações para o Professor.
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Territorialidade juvenil
Como já estudado anteriormente, a territorialidade é o conjunto de símbolos
e identidades que compõe o sentimento de pertencimento a um território. Sendo
assim, busque desvendar quais elementos das culturas dos jovens podem estar
relacionados ao espaço onde vivem. Existe uma territorialidade dos jovens no seu
bairro ou na sua cidade?
Para responder a essa questão, você deverá construir e utilizar um questionário
e seguir as seguintes etapas: problematização e pesquisa; objetivos; montagem
e aplicação do questionário; análise e interpretação dos resultados; e divulgação
do relatório final.
1a
Etapa • Problematização e pesquisa
a) Partindodasquestões:Existeumaterritorialidadejuvenilnoseubairroouna
sua cidade? Se sim, em que consiste essa territorialidade? Como os jovens
que vivem nesse território expressam sua cultura? Como o fato de viver
nesse território influi na cultura que expressam? Faça uma pesquisa sobre
as culturas dos jovens no território onde você vive, utilizando trabalhos
científicos, jornais (locais ou de grande circulação), portais confiáveis da
internet e/ou livros para conhecer mais essa realidade.
2a
Etapa • Definindo os objetivos
b) Reúna-se com toda a turma e compartilhem os resultados dessa primeira
investigação.
c) Discutam quais serão os objetivos da pesquisa e a quais perguntas vocês
pretendem responder.
d) Definam qual será o recorte da sua amostra ou o público-alvo, isto é, quem
serão as pessoas que responderão ao questionário, quais são os requisitos
essa pessoa precisa cumprir, por exemplo: a faixa etária, o local de moradia
etc.Éprecisodefinirtambémotamanhodaamostra,istoé,quantaspessoas
vão participar da pesquisa.
» Caso se decida pela aplicação
presencial do questionário, é
importante refletir sobre como
abordar pessoas desconhecidas.
É preciso que você se apresente,
explicando quem é, em qual escola
estuda e quais são os objetivos
da sua pesquisa. Certamente isso
facilitará o seu trabalho.
PROSTOCK-STUDIO/SHUTTERSTOCK.COM/2018
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#JovensEmAção
Territorialidade juvenil
Como já estudado anteriormente, a territorialidade é o conjunto de símbolos
Construção e uso
de questionário
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3a
Etapa • Montagem e aplicação do questionário
e) Partindo das questões gerais, dos objetivos definidos pela turma e da defi-
nição da amostra, vocês precisarão pensar sobre quais perguntas deverão
constar no questionário. Definam também a quantidade de perguntas,
lembrando-se de que quanto maior o questionário, maior é a chance de
não ser respondido por completo ou de maneira satisfatória. Algumas
4a
Etapa • Análise e interpretação dos resultados
g) Leiam todas as respostas dos questionários e, coletivamente: pensem e
discutam se as perguntas feitas na etapa 2 podem ser respondidas. Caso
as perguntas não tenham sido respondidas, é importante refletir e criar
hipóteses sobre as razões disso.
h) Sistematizemessadiscussãonaformaqueformaisconveniente:umtexto,
um vídeo, ou outro recurso que acharem mais adequado.
5a
Etapa • Divulgação
i) Compartilhem o relatório final com a comunidade escolar usando a rede
socialoficialdaescolaouemsuasprópriascontasemarquemaspostagens
com a #JovensEmAção.
questões-base podem ser feitas
para ajudar na formulação do
questionário final: a forma de
se vestir dos jovens, a música
que escutam, como e onde se
reúnem e para realizar qual ati-
vidade (isto é, como ocupam
o espaço), como se sentem
em relação a esse espaço
(memória e afetividade).
f) Definam quais serão os locais
emquevocêsirãoparaaplicar
o questionário, por exemplo:
na escola, na praça do bairro,
no campo de futebol etc., ou
seeleseráon-line.Alémdisso,
definamquantosquestioná-
rios serão aplicados.
para ajudar na formulação do
questionário final: a forma de
se vestir dos jovens, a música
que escutam, como e onde se
reúnem e para realizar qual ati-
vidade (isto é, como ocupam
o espaço), como se sentem
em relação a esse espaço
Definam quais serão os locais
emquevocêsirãoparaaplicar
o questionário, por exemplo:
na escola, na praça do bairro,
(Cabeçalho)
Escola (nome da escola)
Trabalho de Ciências Humanas e Sociais
Aplicadas
(Dados do respondente)
Nome:
Idade:
Local de moradia (cidade/bairro):
Data:
(Perguntas)
Você assistiu ao último jogo do seu time de
futebol preferido?
( ) Sim ( ) Não
( ) Não me lembro
Quando foi a última vez que você assistiu
ao jogo do seu time de futebol preferido?
EDITORIA
DE
ARTE
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Territorialidade imigrante
1o
Passo • Conhecer ações inspiradoras
realizadas por jovens
Leia o texto a seguir para conhecer a iniciativa de estudantes descendentes de
bolivianos da cidade de São Paulo e o seu projeto “Sí, you te entiendo!”
Não é fácil ser um estrangeiro. Mais difícil ainda é sentir-se um estrangeiro em seu
próprio país. Preocupadas com a sensação de não pertencimento dos estudantes imi-
grantes da EMEF Infante Dom Henrique / Escritora Carolina Maria de Jesus, em São
Paulo (SP) – que somam cerca de 20% do total de alunos da escola –, as amigas descen-
dentes de bolivianos Thais Jaimes Lopez e Jaqueline Clara Larico Huanca, ambas com
12 anos, e Mariana Victoria Calle Quispe, 13, decidiram que precisavam fazer algo para
mudar aquela situação. “A ideia do projeto surgiu porque havia muitos grupinhos de
bolivianos na nossa escola que ficavam sozinhos no recreio, já que tinham medo de
sofrer preconceito”, conta Mariana.
Foi quando as meninas decidiram dar aulas de espanhol para os estudantes brasilei-
ros do 5o
ao 8o
ano. Elas convenceram dois amigos – também descendentes de bolivianos
– a organizarem as atividades com elas e pediram o apoio de duas professoras, tanto
para negociar com a direção da escola um espaço para as aulas e sua divulgação quanto
para planejar os encontros. Foi um sucesso! Ao todo, 70 estudantes se interessaram,
mais do que o dobro das 30 vagas disponibilizadas.
[...]
Ela explica que o nome do projeto “Sí, yo te entiendo!” foi uma maneira de mostrar
que as garotas entendem o sofrimento dos colegas, porque já viveram o que eles estão
passando. E também uma forma de aproximação e de aprendizado dos idiomas espa-
nhol e português, facilitando a comunicação e o relacionamento entre os estudantes.
[...]
O projeto foi transformador para as alunas. “Aprendemos muita coisa. Eu era muito
tímida, nem falava. Eu tinha vergonha até de falar com a professora e hoje sou capaz
de dar aulas”, diz Mariana.
[...]
“Esse projeto tem potencial de provocar a mudança nas bases da educação: quando
tivemos oportunidade de aprender com elas e ensinar ao mesmo tempo estávamos
criando algo novo, algo que quebra barreiras, transpõe limites, iguala pessoas”, diz
Jessica [Silva Salomão, a professora que auxiliou as alunas]. Era isso que Thais, Mariana
e Jaqueline queriam: mais igualdade e menos preconceito. Conseguiram.
ZEBINI, D. Sí, yo te entendo. Criativos da Escola,19 jan. 2018.
Disponível em: https:/
/criativosdaescola.com.br/si-yo-te-entiendo-estudantes-derrubando-preconceitos/.
Acesso em: 21 jul. 2020.
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#JovensProtagonistas
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» Descendentes
e imigrantes
bolivianos
expressam suas
culturas típicas
na praça Kantuta,
bem próxima à
escola do projeto,
no bairro do
Canindé, na cidade
de São Paulo (SP).
Fotografia de
2012.
2o
Passo • Mapear a realidade
a) Qual é o motivo principal das alunas Thais, Jaqueline e Mariana pensarem
nas ações do projeto “Sí, you te entiendo!”?
b) Sua escola tem pessoas de outros países? Você tem situações parecidas
em sua escola como as relatadas na escola EMEF Infante Dom Henrique /
Escritora Carolina Maria de Jesus?
3o
Passo • Atuar na comunidade
c) Reúna-se em grupos de três ou quatro estudantes e façam uma pesquisa
sobre o cotidiano de pessoas estrangeiras, ou descendentes que mantêm
aspectos da cultura de seus pais ou avós, nas escolas brasileiras, buscando
entender os dilemas e desafios de se viver em um país diferente.
d) Emseguida,façamumarodadeconversaecomparemosresultadosdapes-
quisa com a sua realidade escolar, pensando em ações de acolhimento não
só de estudantes estrangeiros, mas de todos os que sofrem algum tipo de
preconceitooudiscriminação,sejaporsuacordepele,etnia,nacionalidade,
orientação sexual etc.
4a
Passo • Compartilhar o trabalho com a comunidade
e) Reúna-se em grupos, retome o que foi discutido até aqui e planejem como
apresentar a sua comunidade os resultados de sua pesquisa, fazendo
vídeos curtos, cartazes, manifestações ou mesmo apresentações cultu-
rais que relatem o tema e expressem suas opiniões sobre o preconceito e
a xenofobia.
ALEXANDRE
TOKITAKA/PULSAR
IMAGES
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Sumário
CAPÍTULO 1 Globalização: que
fenômeno é esse? | 12
A relação entre território e
globalização | 12
Entendendo a globalização | 13
O processo de formação do mundo
globalizado | 14
Globalização desigual | 16
A economia digital | 17
Globalização e regionalização | 20
União Europeia | 20
Integração, imigração e xenofobia | 22
Globalização e a covid-19 | 24
Retomando | 28
CAPÍTULO 2 Globalização: espaço,
tempo e técnicas | 32
Globalização, tempo e espaço | 32
O espaço geográfico e a globalização | 33
Os impactos das TDIC | 35
As novas sociabilidades na era digital | 38
Reflexões sobre culturas e identidades no
mundo globalizado | 41
O global no local, o local no global | 46
CAPÍTULO 4 Formação do território
onde hoje é o Brasil | 82
Território, limite e fronteira | 82
As novas fronteiras da América
portuguesa | 83
Os soldados | 83
Globalização e território | 10
Formação territorial da América | 80
1
Unidade
2
Unidade
Territórios e territorialidades | 46
O multiculturalismo | 47
A cultura juvenil globalizada | 48
Retomando | 50
CAPÍTULO 3 As relações internacionais
contemporâneas | 52
O sistema internacional | 52
O Estado | 53
Estado, nação e nacionalismos | 56
O separatismo espanhol | 57
O sistema internacional e a ordem
mundial | 59
A Guerra Fria e o mundo bipolar | 60
Espionagem e contraespionagem | 61
A nova ordem mundial | 62
Do 11 de Setembro à ordem atual | 64
Organismos internacionais | 65
A Organização das Nações Unidas | 65
Demais organismos internacionais | 67
Organizações não governamentais
(ONGs) | 69
As ONGs no Brasil | 70
Retomando | 71
#JovensProtagonistas | 76
#JovensEmAção | 78
Os jesuítas | 85
Os bandeirantes | 86
» São Paulo, capital bandeirante | 86
» As bandeiras | 86
» A caça ao indígena | 87
» O sertanismo de contrato | 87
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A busca de ouro e de diamantes | 89
Ouro e fome | 90
A pecuária colonial | 90
Mudanças no território colonial | 91
As novas fronteiras | 92
Novas fronteiras: séculos XIX e XX | 93
As fronteiras e o vazio | 95
Brasil atual: território e população | 98
Retomando | 100
CAPÍTULO 5  Formação do território da
América espanhola | 104
Indígenas na América: identidade e
diversidade | 104
Os maias | 105
Ciência e arte | 106
O abandono das cidades maias | 106
Os mexicas | 108
A expansão guerreira dos mexicas | 108
As obrigações dos povos submetidos | 109
Os incas | 110
Economia inca | 111
O ayllu e a mita | 111
Concepções filosóficas indígenas | 112
Afilosofia mexica e a teotl | 112
Afilosofia andina | 113
A conquista das terras astecas | 114
A conquista das terras incas | 114
As razões da Conquista: um novo olhar | 116
A resistência indígena | 117
A colonização | 118
O trabalho forçado dos ameríndios | 118
A mineração | 118
A agropecuária | 119
A administração colonial | 120
As lutas sociais na América | 120
A Revolta de Túpac Amaru | 121
Base Nacional Comum Curricular | 154
Referências bibliográficas comentadas | 157
A crise nos domínios espanhóis da
América | 122
As tropas de Napoleão invadem a
Espanha | 123
As guerras da independência na
América | 123
San Martín e Bolívar | 124
Independências e fragmentação | 124
Retomando | 126
CAPÍTULO 6  Formação do território da
América do Norte | 130
Colonização inglesa da América | 130
A ocupação da América inglesa | 130
Os primeiros colonos | 131
As Treze Colônias | 132
» As colônias do Centro-Norte | 133
» As colônias do Sul | 134
» A organização política das Treze
Colônias | 134
Formação dos Estados Unidos | 135
As relações entre a Inglaterra e as Treze
Colônias da América do Norte | 135
O movimento de independência | 137
Os primeiros anos dos Estados
Unidos | 139
Repercussões da independência | 139
A expansão territorial | 140
A Marcha para o Oeste | 140
» Destino Manifesto | 142
A Doutrina Monroe | 142
O Corolário Roosevelt e a política do Big
Stick | 145
Hegemonia da cultura estadunidense | 147
Retomando | 148
#JovensProtagonistas | 150
#JovensEmAção | 152
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8
CONHEÇA
O VOLUME
8
Objetivos a serem desenvolvidos neste Volume
Ao realizar os estudos propostos neste livro da coleção, espera-se que os objetivos apre-
sentados a seguir sejam alcançados.
 Investigar o fenômeno da globalização e compreender seus impactos no mundo
contemporâneo.
 Entender a formação do mundo globalizado.
 Analisar os impactos da globalização nos processos produtivos e na economia.
 Compreender as regionalizações ocorridas no mundo desde o século passado.
 Contextualizar fenômenos políticos e sociais decorrentes deste processo múltiplo de inte-
gração e identificar as consequências do aumento da circulação de pessoas e mercadorias
no mundo.
 Compreender as transformações do espaço geográfico no contexto da globalização.
 Analisar os impactos das tecnologias digitais de informação e comunicação nas diferentes
sociedades.
 Refletir sobre culturas e identidades no mundo globalizado.
 Investigar a interação entre as escalas local e global.
 Contextualizar o multiculturalismo e a cultura juvenil na globalização.
 Compreender a organização do sistema internacional por meio do conceito de Estado.
 Analisar a formação e a atuação dos Estados, diferenciando-os dos conceitos de nação e
nacionalismos.
 Refletir sobre a configuração das ordens mundiais e seus principais atores.
 Discutir o papel dos organismos internacionais.
 Analisar o papel das organizações não governamentais na atualidade.
 Compreender os conceitos de território, limite e fronteira.
 Analisar o processo de formação territorial da América portuguesa e a ocupação do espaço
que viria a se tornar o Brasil.
 Discutir os meios que levaram às novas fronteiras brasileiras, nos séculos XIX e XX.
 Problematizar o avanço das fronteiras da ocupação brasileira ao longo do século XX.
 Caracterizar o território e a população do Brasil atual.
 Compreender as identidades e a diversidade entre os indígenas da América Latina.
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9
 Analisar a complexidade da história e da cultura de maias, mexicas e incas.
 Conhecer as concepções religiosas indígenas.
 Contextualizar e problematizar a conquista e a colonização da América pelos europeus.
 Reconhecer as resistências indígenas e as lutas sociais na América colonial.
 Relacionar os processos de independência e de fragmentação da América espanhola.
 Compreender as especificidades da colonização da América do Norte.
 Analisar o processo de formação do território estadunidense.
 Debater sobre as influências dos Estados Unidos na cultura e modo de vida mundiais.
Justificativa da pertinência dos objetivos
As propostas ao longo do volume visam desenvolver habilidades essenciais para sua forma-
ção como cidadão. O estudo do mundo contemporâneo por meio da globalização, por exemplo,
é importante para que você possa se posicionar criticamente frente a processos que produzem
profundos impactos em sua trajetória individual e comunitária. Temas atuais do debate público,
como os impactos das tecnologias digitais da informação e da comunicação, são analisados como
parte da formação para a cidadania no século XXI.
O entendimento dos processos sociais, políticos e econômicos que resultaram na maneira
como os diversos países se relacionam atualmente é essencial para compreender os conflitos
que se desenrolam no cenário mundial. Com isso, são oferecidos instrumentos para que você
possa tomar posições no debate público, o que contribui para a formação de cidadãos prontos a
contribuir para a construção de uma sociedade mais justa, plural e democrática.
O estudo das dinâmicas de ocupação do território na América e dos processos políticos, demo-
gráficos e econômicos neste continente desde o período colonial até os dias atuais auxilia na
compreensão de que o Brasil, os outros países latino-americanos e os Estados Unidos são frutos
de um processo socioespacial de longa duração. As diferentes ocupações humanas e os conflitos
travados ao longo do tempo na América possuem fortes reverberações atualmente. Desse modo,
a compreensão dos processos humanos iniciados no passado é essencial para a elaboração de
análises sobre a América na contemporaneidade.
Esses olhares possibilitam a você desenvolver fundamentos para um posicionamento
autônomo frente à realidade e requisitos para defender suas ideias com argumentos sólidos,
necessários à sua atuação como protagonista no meio social.
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U
N
I
D
A
D
E
1
Desde a Revolução Industrial do século XVIII, o
desenvolvimento tecnológico não parou mais. A ino-
vação tecnológica redimensionou a noção de tempo
e espaço: o que era demorado se tornou rápido; o
distante, perto. Esse processo de aproximação
das localidades continua acontecendo no século
XXI. Entender o redimensionamento do tempo e
do espaço é crucial para nos situarmos no mundo
contemporâneo.
Não escreva no livro
1. E você, como percebe a passagem do tempo?
Entende que o mundo nos cobra rapidez?
2.Você acha que todos têm acesso a tecnolo-
gia? Conhece pessoas que não se adaptam
aos avanços tecnológicos ou se recusam a se
relacionar com ela?
3.Como você entende o papel da tecnologia em
sua vida?
Globalização
e território
» Ao lado, a cidade de Kuala Lumpur,
na Malásia, atravessada por fios
luminosos que sugerem conexões do
mundo contemporâneo.
Imagem artística de 2015.
COMPETÊNCIAS E
HABILIDADES DA BNCC:
O texto integral das competências
e das habilidades encontra-se no
final do livro.
Competências gerais: 1, 2, 3, 4, 5, 6,
7, 8, 9 e 10
Ciências Humanas e
Sociais Aplicadas
Competências específicas: 1, 2, 3,
4, 5 e 6
Habilidades: EM13CHS101,
EM13CHS102, EM13CHS103,
EM13CHS104, EM13CHS106,
EM13CHS201, EM13CHS202,
EM13CHS204, EM13CHS205,
EM13CHS301, EM13CHS302,
EM13CHS306, EM13CHS401,
EM13CHS403, EM13CHS404,
EM13CHS502, EM13CHS503,
EM13CHS504, EM13CHS604
e EM13CHS605
Consultar as Orientações para o Professor.
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JAMESTEOHART/SHUTTERSTOCK.COM
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1
CAPÍTULO
A relação entre território e
globalização
No estudo das Ciências Humanas, particularmente em Geografia, História e
Antropologia, há uma categoria analítica muito importante para entender a huma-
nidade, as sociedades e as relações políticas e de poder: o território.
Território é o nome político para o espaço físico de um país ou de um Estado
delimitado por suas fronteiras. A existência de um país requer, antes de tudo, a
presença de um povo e de um território onde esse país exerce sua soberania.
Desde o advento da globalização, passamos a viver um período de trans-
nacionalização do território. Isso significa que a existência de muitas empresas
transnacionais e de fluxos internacionais de capital possibilita que o funcionamento
e a organização territorial incorporem lógicas de outros países, numa intensidade
nunca antes vista.
Assim, o território é mais do que um espaço físico controlado por um Estado.
Por sua dinâmica social, política, econômica e histórica, ele também pode ser defi-
nido pelas maneiras como é usado e organizado. Por isso, o território é um objeto
de preocupação e análise social, não apenas físico com fronteiras e recursos natu-
rais. Como afirma o geógrafo Milton Santos, é o uso do território que faz dele
objeto de análise social, não o território em si mesmo.
Globalização: que
fenômeno é esse?
Categoria
analítica:
conceito teórico
que orienta
uma ou mais
ciências.
» Rua comercial
em Tóquio
(Japão),
com lojas e
restaurantes
locais e
internacionais:
exemplo de
território
globalizado.
Fotografia de
2018. NOOB PIXEL/SHUTERSTOCK.COM
12
Professor: a categoria “território” é um dos conceitos operacionais na discussão da Base Nacional Curricular
Comum como eixo teórico do aprendizado em Ciências Humanas e Sociais Aplicadas. Particularmente na
Geografia há uma ampla discussão sobre esse conceito que refuta o território como meramente físico, como se
manifesta na visão de Claude Raffestin de “território vivido” ou de Milton Santos como “território usado”. Esses
são balizamentos utilizados nesta obra, o de território como categoria de poder e com conotação política.
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PARTES QUE NÃO APARECEM
Trem de pouso (Inglaterra)
Partes menores da asa (Canadá)
Portas do trem de pouso (Canadá)
Portas de acesso à área de carga
(Suécia)
Portas de acesso dos
passageiros (França)
Motores
(EUA e Inglaterra)
ERIKA
ONODERA
A globalização interfere nas decisões políticas, sociais, ambientais, econômi-
cas e culturais tomadas por governos de todo o mundo. Os principais agentes da
globalização são os grandes organismos internacionais, as transnacionais (TNCs) e
as potências mais influentes. Ao definirem os caminhos e destinos a partir de suas
sedes, eles interferem no espaço local, gerando muitas vezes perda de identida-
des. Um indivíduo que tem seu lastro cultural e territorial em determinado lugar é
compelido a se submeter aos agentes globais. Assim, espaços locais convivem ou
cedem lugar para espaços globais. Contudo, em muitos lugares, a força da cultura,
dos costumes e das formas de organização social prevalece, resiste e não se perde.
Ao contrário, beneficia-se das conquistas sociais e tecnológicas da globalização
para se fortalecer. É o que o geógrafo Milton Santos chamou de “a força do lugar”.
Fonte: CULTURAL
COMPETENCIES.
Globalization:
examples in
Engineering.
Utah: Brigham
Young University,
2011. Disponível
em: http:/
/byuipt.
net/PGVT/index.
php?path=/
lessons/01/02.php.
Acesso em: 7 maio
2020.
PARTES QUE NÃO APARECEM
(Inglaterra)
Partes menores da asa (Canadá)
Portas do trem de pouso (Canadá)
Portas de acesso à área de carga
Portas de acesso dos
(França)
(EUA e Inglaterra)
A globalização interfere nas decisões políticas, sociais, ambientais, econômi-
cas e culturais tomadas por governos de todo o mundo. Os principais agentes da
globalização são os grandes organismos internacionais, as transnacionais (TNCs) e
Fonte: CULTURAL
COMPETENCIES.
Globalization:
examples in
Ponta das asas
(Coreia do Sul)
Estabilizador horizontal
(Itália)
Fuselagem central
(Itália)
Fuselagem da
frente (Japão)
Fuselagem da
frente (EUA)
Caixa da asa
central (Japão)
Asa
(Japão)
Vanguarda fixa e
móvel (EUA)
Poço da roda do trem de pouso
(Japão)
Borda de fuga fixa (Japão)
Borda de fuga móvel
(Austrália)
Fuselagem de trás
(EUA)
Barbatana de cauda
(EUA)
Entendendo a globalização
Não existe uma ideia única do que venha a ser globalização, mas há um con-
senso de que se trata de um processo múltiplo de forte integração internacional e
de interdependência entre os locais e as economias nacionais, marcado por pro-
cedimentos de descentralização da produção. A rapidez e a intensidade do fluxo
de pessoas, de informação, de mercadorias e de capital caracterizam essa etapa
histórica de marcante desenvolvimento tecnológico.
Para exemplificar esse processo descentralizador, observe a ilustração a seguir.
Ela mostra onde são fabricados os componentes do avião Boeing 787 Dreamliner:
são nove países envolvidos na produção (Estados Unidos, Coreia do Sul, Japão,
Itália, Austrália, Inglaterra, Canadá, Suécia e França). Isso se tornou cada vez mais
comum com a globalização.
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O processo de formação do mundo
globalizado
A primeira vez que a expressão globalização foi utilizada da forma que hoje
conhecemos foi em 1983, quando o economista britânico Theodore Levitt publicou
o artigo The globalization of markets (A globalização dos mercados) para tradu-
zir a dimensão da integração na qual os mercados mundiais adentravam. Aquele
período coincidia com o fortalecimento de uma doutrina capitalista, o neolibera-
lismo, simultaneamente ao colapso dos regimes socialistas pró-União Soviética.
Nas duas décadas seguintes, surgiram diversos estudos e debates, gerando inú-
meros trabalhos e definições sobre o conceito.
Muitos entendem que a expansão ultramarina do século XVI pode ser con-
siderada o passo inicial do fenômeno tal qual conhecemos hoje, uma espécie
de “pré-história” do processo. Isso porque, apesar de as inúmeras sociedades
e povos existentes no planeta sempre terem se movimentado por
territórios, desde tempos remotos, e realizado trocas de mercado-
rias por meio do escambo, acredita-se que foi a partir das Grandes
Navegações, no final do século XV e no início do século XVI, que o
contato entre povos de várias partes do mundo ficou mais intenso.
As relações comerciais deixaram de ter uma lógica local ou regional
e passaram a ter uma escala global, abrangendo, a partir de então,
quatro continentes: Europa, Ásia, África e América. Ocorria a amplia-
ção geográfica do mundo por meio da primeira etapa do capitalismo,
o mercantilismo.
» O mais antigo mapa conhecido, que mostra, pela primeira vez, a representação cartográfica de partes da América,
é o de Cantino, produzido em 1502. A expansão ultramarina incentivou o desenvolvimento da cartografia e iniciou o
contato entre povos de diversas partes do mundo.
BIBLIOTECA
UNIVERSITARIA
ESTENSE,
MODENA,
ITALY
Neoliberalismo: doutrina
que defende a não
intervenção do Estado na
economia.
Escambo: troca direta de
um produto por outro. Por
muito tempo, o sal foi uma
importante referência como
moeda de troca na economia
por escambo. Essa é a
origem da palavra salário.
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Um segundo momento importante da expansão do horizonte geográfico se deu
com a Revolução Industrial nos séculos XVIII e XIX. A inovação tecnológica trazida por
ela alterou a percepção de tempo e espaço: o que era lento tornou-se rápido, o que
era distante ficou mais próximo. A invenção do telégrafo, por exemplo, revolucionou
a forma de se comunicar, e muitos entendem que ele foi o precursor da internet. As
locomotivas, que substituíram as carroças, revolucionaram os meios de transportes;
os navios a vapor sucederam as caravelas no século XIX. Desde então, as inovações
industriais e tecnológicas não cessaram, dinamizando a internacionalização e a mun-
dialização do processo que hoje conhecemos como globalização.
A Guerra Fria, que se seguiu ao término da Segunda Guerra Mundial, igualmente foi
um grande fomentador de inovações tecnológicas. Veja exemplos de algumas áreas.
• Aeroespacial: lançamentos de satélites, como o Sputnik.
• Computação: surgimento do Eniac, o primeiro computador; da internet, com
o nome de Arpanet, e dos primeiros computadores com processadores mais
dinâmicos (CPU).
• Eletroeletrônicos: invenção da câmera digital, do micro-ondas e da televisão
em cores.
• Geoprocessamento: criação do GPS.
©
CORBIS/GETTY
IMAGES
» Eniac, o primeiro computador,
possuía 40 painéis e pesava
30 toneladas. Na fotografia,
Eniac na Universidade da
Pensilvânia (Estados Unidos),
em 1946.
Livro que apresenta as principais
teorias da globalização.
IANNI, O. Teorias da globa-
lização. 9. ed. Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira, 2001.
Dica
 Converse com os cole-
gas sobre como a rela-
ção entre tecnologia e
globalização é uma via
de mão dupla: o desen-
volvimento tecnológico
impulsiona a globaliza-
ção; esta, por sua vez,
incentiva a produção de
novas tecnologias.
Dialogando
O final do século XX caracterizou-se como um período de impressio-
nantes inovações tecnológicas, especialmente nas áreas da informática,
da robótica, da nanotecnologia (microchip), da fibra ótica e da biotecnolo-
gia. A era da internet se consolidou no início do século XXI e a globalização
informacional se intensificou. Smartphones cada vez mais sofisticados
são um dos símbolos desse período de dinamização das comunicações.
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Globalização desigual
Como vimos, a descentralização do processo produtivo e a mundialização da
economia são características centrais da globalização. No entanto, países ricos e
pobres estão envolvidos de formas diferentes. Embora a participação dos países
do Sul na economia global tenha aumentado, os países ricos concentram quase
a totalidade dos grandes investimentos, assim como as sedes das chamadas
empresas transnacionais, as maiores do mundo. Observando a tabela a seguir,
que mostra a localização das cem maiores empresas transnacionais do globo, per-
cebe-se a concentração das sedes nos países mais ricos.
» Sedes das cem maiores empresas transnacionais do mundo
(2019)
País Quantidade
Estados Unidos 35
China 23
Japão 8
Alemanha 8
França 5
Coreia do Sul 3
Itália 3
Rússia 3
Grã-Bretanha 2
Holanda 2
Suíça 2
Espanha 1
Arábia Saudita 1
Taiwan 1
Singapura 1
Brasil 1
México 1
Fonte: FORTUNE. Global 500. Nova York, 2020. Disponível em: https:/
/fortune.com/global500/
2019/search/. Acesso em: 7 maio 2020.
Assim como as transnacionais se dispersam pelo planeta, cada
vez mais os mercados financeiros internacionais aumentam o fluxo
de investimentos. As ferramentas tecnológicas contemporâneas
sofisticaram os métodos de ampliação e reprodução do capital por
Documentário que apresenta
uma entrevista com Milton
Santos e discute os problemas
da globalização.
ENCONTRO com Milton Santos:
o mundo global visto do lado
de cá. Direção: Silvio Tendler.
Brasil: Ana Rosa Tendler, 2006.
Vídeo (89 min). Disponível em:
https:/
/necat.ufsc.br/encontro-
-com-milton-santos-o-mundo-
-global-visto-do-lado-de-ca/.
Acesso em: 15 ago. 2020.
Dica
 Em 2019, as três maio-
res economias do mun-
do eram Estados Unidos,
China e Japão. Observe
novamente a tabela ao
lado e estabeleça re-
lações entre ela e essa
afirmação. Converse com
os colegas sobre isso.
Dialogando
Países do Sul: expressão
que se tornou sinônimo de
países em desenvolvimento
ou países pobres.
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Serviços digitais
Economia
de plataforma
Economia de partilha
Economia Gig
Comércio
eletrônico
E-business
Agricultura
de precisão
Economia
algorítmica
Indústria 4.0
Escopo estreito: economia digital
Núcleo: setor digital (TI / TIC)
Amplo escopo: economia digitalizada
Fabricação
de hardware
Telecomunicações
Consultoria de
software e TI
Serviços de informação
meio dos ativos e dos fluxos de investimentos, que participam das bolsas de
valores do mundo todo por meio dos mercados de capitais.
Uma das características do circuito financeiro contemporâneo é a alta capaci-
dade de, por meios cibernéticos, transferir recursos de uma bolsa localizada em
um ponto do planeta para outra. Essa movimentação instantânea de capitais é
conhecida como volatização financeira ou capital volátil: ao menor sinal de perda
ou risco em uma localidade, migra-se o capital instantaneamente para outra.
A economia digital
A economia digital, também conhecida
como nova economia, é aquela relacionada
aos novos negócios digitais e das tecnolo-
gias da informação, contrapondo-se, de certa
forma, à economia tradicional. Suas opera-
ções utilizam principalmente recursos digitais,
como internet, nuvens, aplicativos, celulares,
comércio eletrônico e plataformas digitais. A
economia digital é a nova face da globalização.
Veja, no gráfico ao lado, quais áreas fazem
parte da economia digital.
» Bolsa de Nova
York (Estados
Unidos), 2020.
Ela é uma
das mais
importantes
do mundo,
ao lado das
bolsas Nasdaq
(Estados
Unidos), de
Londres (Reino
Unido), de
Xangai (China)
e de Tóquio
(Japão).
DAVID
DEE
DELGADO/GETTY
IMAGES
SONIA
VAZ
» As áreas da economia digital
Fonte: UNCTAD. Digital Economy Report 2019. Nova York, 2019. p. 6.
Disponível em: https:/
/unctad.org/en/PublicationsLibrary/der2019_
en.pdf. Acesso em: 11 maio 2020.
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Essa realidade tem um impacto decisivo na vida do jovem brasi-
leiro, tanto na realidade escolar como no mercado de trabalho. Por
exemplo, a pandemia da covid-19, que determinou o fechamento
das escolas em 2020, levou ao uso diário de plataformas digitais de
ensino durante o período de isolamento social para dar continuidade
ao processo educativo.
 A pandemia da covid-19,
iniciada no Brasil em fe-
vereiro de 2020, inter-
rompeu seus estudos
escolares ou você conse-
guiuacompanharbemas
aulas pelas plataformas
digitais?
Dialogando
PIB: Produto Interno Bruto
é a soma das riquezas de
uma nação, ou seja, tudo
o que foi produzido pelos
vários setores de atividades
econômicas ao longo de
um ano.
A economia digital, assim como verificado em outras fases do
capitalismo, não ocorre de maneira igualitária em todo o globo. Por
isso, ela está produzindo uma assimetria tecnológica entre países
ricos e pobres, países desenvolvidos e em desenvolvimento. De
acordo com o relatório Digital Economy Report, da Conferência das
Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD), de
2019, que analisou o fluxo, os dados e os valores da economia digital,
o fosso entre países ricos e pobres aumentou, concentrando ainda
mais a nova economia digital em apenas dois países: Estados Unidos
e China. Isso se deve ao poderio econômico dessas duas nações, que
apresentam os maiores PIBs mundiais.
Observe os dados do infográfico da página a seguir, que mostra
como a economia digital mundial está nas mãos de estadunidenses
e chineses.
» Escola pública em Brasília sendo
desinfectada durante a pandemia
provocada pelo novo coronavírus
em junho de 2020.
ANDRESSA
ANHOLETE/GETTY
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Para refletir e argumentar
Economia digital, tecnologia e desigualdade
Não escreva no livro
1. Com o auxílio do professor, forme um grupo com quatro ou cinco estudantes. Depois,
selecionemevidênciasdoinfográficoquemostremaconcentraçãodigitalnosEstados
Unidos e na China.
2. Conversem sobre possíveis razões para explicar esse fenômeno. Elaborem hipóteses
utilizando seus conhecimentos prévios e o que vocês aprenderam nesse capítulo.
3. Componham argumentos para explicar por que a diferença de gêneros se torna maior
com a desigualdade digital.
4. Registrem no caderno as evidências selecionadas na questão 1 e as hipóteses e os
argumentos desenvolvidos nas questões 2 e 3.
Fonte: UNCTAD. Digital Economy Report 2019. Nova York, 2019. p. 2. Disponível em: https:/
/unctad.org/en/PublicationsLibrary/der2019_
en.pdf. Acesso em: 11 maio 2020.
ERIKA
ONODERA
Consultar as Orientações para o Professor.
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Globalização e regionalização
Um importante aspecto da globalização é a difusão dos blocos econômicos
regionais. A formação deles tal qual conhecemos data de um processo anterior à
globalização, porém se acentuou simultaneamente ao fenômeno. Entre os diversos
blocos existentes, a União Europeia é a experiência mais antiga e bem-sucedida.
União Europeia
O Tratado de Roma de 1957 é o ponto de partida para a formação desse bloco,
que acabou se tornando o mais importante do mundo. Com esse tratado, assinado
por Bélgica, Holanda, Luxemburgo, Alemanha, França e Itália, criou-se a Comunidade
Econômica Europeia (CEE), também chamado de Mercado Comum Europeu (MCE). O
Reino Unido foi convidado a participar, mas não aceitou. O objetivo era a integração
das economias, e o principal caminho para isso foi a redução das tarifas alfandegá-
rias, entre outras iniciativas no sentido de estreitar as relações institucionais.
Nos anos 1970, ingressaram três países na CEE – Reino Unido, Irlanda e
Dinamarca; nos anos 1980, entraram Grécia, Espanha e Portugal. Os 12 países
deram um importante passo no processo de unificação europeia: a assinatura do
Tratado de Maastricht, em 7 de fevereiro de 1992, quando o bloco passou a se
chamar União Europeia (UE). O tratado impôs uma série de medidas aos 12 sig-
natários que, de certa forma, revolucionaram a política de blocos de integração
regional. Conheça algumas delas.
• Fim das tarifas alfandegárias entre os países-membros.
• Livre circulação de pessoas dentre os países-membros e a criação da cida-
dania europeia.
• Livre circulação das moedas nacionais.
• Criação de um Banco Central para gestar monetariamente as 12 economias.
• Criação de uma moeda única, o euro. Por dois anos, as moedas nacionais
e o euro circulariam simultaneamente. Depois desse período, as moedas
nacionais seriam extintas, como de fato se processou.
» À esquerda,
Tratado de
Roma (Itália),
em 1957; à
direita, Tratado
de Maastricht
(Países Baixos),
em 1992: dois
momentos
da integração
europeia.
Tarifa
alfandegária:
tributação de
produtos, bens
e serviços
produzidos
em outro país;
alíquota de
importação.
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IRLANDA REINO
UNIDO
PORTUGAL
ESPANHA
FRANÇA
PAÍSES
BAIXOS
BÉLGICA
ALEMANHA
POLÔNIA
ÁUSTRIA
ITÁLIA
MALTA CHIPRE
ESTÔNIA
LETÔNIA
LITUÂNIA
ROMÊNIA
BULGÁRIA
ESLOVÊNIA
CROÁCIA
HUNGRIA
ESLOVÁQUIA
REP. TCHECA*
GRÉCIA
LUXEMBURGO
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Norte
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Círculo Polar Ártico
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OCEANO
ATLÂNTICO
Zona do euro
União Europeia
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0 415
IRLANDA
IRLANDA
IRLANDA
IRLANDA
IRLANDA
IRLANDA
IRLANDA
IRLANDA
IRLANDA
IRLANDA
IRLANDA
IRLANDA
IRLANDA
IRLANDA
IRLANDA
IRLANDA
IRLANDA
IRLANDA
IRLANDA REINO
REINO
REINO
REINO
REINO
REINO
REINO
REINO
UNIDO
UNIDO
UNIDO
UNIDO
UNIDO
UNIDO
UNIDO
UNIDO
UNIDO
Mar do
Norte
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M
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G
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h
* Em 2016, a República Tcheca mudou oficialmente seu nome para Czechia ou Tcéquia. Porém, houve resistência interna, pois no país
nem todos são tchecos e o novo nome não emplacou.
Tão logo se consolidou essa fase, ingressaram mais três países no
bloco (Áustria, Finlândia e Suécia), totalizando 15 membros, dos quais
três não aderiram ao euro: Reino Unido, Suécia e Dinamarca. A partir de
então, tornou-se comum a diferenciação entre União Europeia, então
composta de 15 membros, e a Zona do Euro, formada por 12 países.
Até 2016, o bloco continuou se ampliando, com o ingresso de
mais 13 países. Nesse mesmo ano, contudo, pela primeira vez em
sua história, o bloco assistiria à saída de um membro, o Reino Unido.
Site oficial da União Europeia (em
português).
UNIÃOEUROPEIA.Disponívelem:
https:/
/europa.eu/european-u-
nion/about-eu/easy-to-read_pt.
Acesso em: 26 jun. 2020.
Dica
» As estrelas amarelas em
círculo representam os
12 países-membros que
originalmente faziam parte
da União Europeia. Em
2020, eram 27 membros.
» União Europeia e zona do euro (2020)
Professor: a coleção
utilizará a nomenclatura
“República Tcheca”.
*Em 2016, a República Tcheca mudou oficialmente seu nome para Czechia ou Tcéquia. Porém,
houve resistência interna, pois no país nem todos são tchecos e o novo nome não emplacou.
Fonte: BANCO CENTRAL EUROPEU.
Utilização do euro. Frankfurt, 2020.
Disponível em: https:/
/www.ecb.
europa.eu/euro/intro/html/index.
pt.html. Acesso em: 26 jun. 2020.
Historicamente, o Reino Unido nunca foi grande entusiasta da integração europeia.
Por meio de um referendo em 2016, a população britânica optou por retirar-se da
União Europeia, processo que ficou conhecido por Brexit, um acrônimo em inglês que
significa “saída britânica”. Alguns fatores levaram os britânicos a optar pela saída do
bloco,entreelesadívidafiscaleomedodaimigraçãoeseuimpactonasociedade,uma
vez que, na opinião de muitos britânicos, eles não devem arcar com esse custo social.
Apesar do resultado, essa opção esteve muito longe da unanimidade: 51,9% eram
favoráveis à saída, enquanto 48,1% votaram contra. Entre o referendo e a saída,
dois primeiros-ministros britânicos caíram por causa do Brexit, David Cameron
e Theresa May. O processo se consolidou no governo do primeiro-ministro Boris
Johnson: depois de quatro anos de controvérsias, a saída foi sacramentada em 31
de dezembro de 2020.
T.
LESIA/SHUTTERSTOCK.COM
ALLMAPS
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Professor: a Grécia, em um primeiro momento, não aderiu à zona do euro por não ter atingido as metas fiscais
traçadas. Porém, depois, alcançou o objetivo de fazer parte dela.
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Integração, imigração e
xenofobia
Por muitos anos, a Europa tem sido um centro de atração demográfica. Os
imigrantes e os refugiados que lá chegam têm origem principalmente na África
e Ásia, mas também partem de outras regiões do mundo, incluindo a América
Latina. Muitos tentam entrar de forma ilegal na Europa, arriscando suas vidas em
travessias perigosas no mar Mediterrâneo.
» Mar
Mediterrâneo:
caminho da
imigração ilegal
para a Europa.
Na imagem,
as pessoas da
embarcação
superlotada
estão
aguardando
resgate,
próximas à
costa da Sicília,
Itália, em 2017.
O grande número de estrangeiros na Europa e a crise econômica que desde
2008 assola o continente favoreceram o surgimento de uma crescente onda de
xenofobia, ou seja, um sentimento de forte aversão ao estrangeiro. O discurso
anti-imigração tem tido um respaldo maior em partidos e movimentos de extre-
ma-direita de cunho nacionalista e que defendem “uma Europa para os europeus”.
O fim da bipolaridade antagônica entre capitalismo e socialismo revitalizou a
extrema-direita europeia a partir dos anos 1990 e reacendeu a chama xenófoba,
nunca extinta, mas adormecida desde os anos 1930. A desarticulação dos socia-
listas, presença marcante na cena política europeia, também contribuiu para essa
ascensão. Partidos populistas como a Frente Nacional (França), a Liga do Norte
(Itália) e o Partido da Liberdade (Áustria) conduzem suas plataformas doutrinárias
de acordo com as seguintes ideias:
• discurso antiglobalização e anti-integração contra o pluralismo multinacional
encaminhado pela União Europeia;
CHRISTIAN MARQUARDT/NURPHOTO/ZUMA PRESS/EASYPIX BRASIL
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• defesa de um nacionalismo extremado que prega a expulsão de imigrantes;
• fundamentalismo de mercado com o máximo de arraigamento liberal;
• fim do Estado de bem-estar social (welfare state), que protege, entre outros,
africanos e asiáticos.
Embora o movimento nacionalista de extrema-direita tenha aumentado nos
últimos anos, representa ainda grupos minoritários que raramente têm grande
sucesso nas eleições europeias, excetuando casos isolados. Nas eleições parla-
mentares europeias de 2019, por exemplo, partidos de extrema-direita cresceram
em suas representações, mas o parlamento foi composto em sua maioria por
socialistas, liberais e partidos de centro.
» Partidos de
extrema-direita
cresceram na
Europa nos
últimos anos,
porém seguem
sendo minoria.
Na fotografia,
manifestação
na cidade
de Plauen,
Alemanha,
2019.
Como são extremados nacionalistas, os partidários da extrema-direita veem a
União Europeia como ameaça aos seus valores nacionais. Via de regra, são contrá-
rios ao bloco e chamados de eurocéticos. Isso porque uma das principais cláusulas
da União Europeia diz respeito à livre circulação de pessoas em países participan-
tes de um acordo que constituiu o chamado Espaço Schengen. Esse acordo foi
assinado em 1985 na pequena cidade de Schengen, em Luxemburgo, por Bélgica,
Holanda, Luxemburgo, Alemanha e França. Em 1997, expandiu-se para quase toda
a União Europeia.
Em 2007, com o Tratado de Lisboa, que revisou diversas questões internas ao
bloco, institui-se uma política comum de vistos e imigração a países do espaço
comunitário. Apesar de ser essencialmente uma iniciativa dos membros da União
Europeia, a circulação de pessoas apresenta algumas exceções: Reino Unido e
Irlanda não ratificaram o Acordo Schengen, enquanto Noruega, Islândia e Suíça,
que não são membros da UE, integram o Espaço Schengen.
SEBASTIAN
WILLNOW/DPA/AP
IMAGES/GLOW
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ISLÂNDIA
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REINO
UNIDO
PORTUGAL
ESPANHA
FRANÇA
PAÍSES
BAIXOS
BÉLGICA
ALEMANHA
POLÔNIA
SUÍÇA ÁUSTRIA
ITÁLIA
CHIPRE
ESTÔNIA
LETÔNIA
LITUÂNIA
ROMÊNIA
BULGÁRIA
ESLOVÊNIA
HUNGRIA
CROÁCIA
ESLOVÁQUIA
REP. TCHECA
GRÉCIA
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LUXEMBURGO
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NORUEGA
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Norte
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OCEANO
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ISLÂNDIA
ISLÂNDIA
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ISLÂNDIA
ISLÂNDIA
ISLÂNDIA
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Países do Espaço Schengen
Membros da União Europeia
» A União Europeia e o Espaço Schengen (2020)
Fonte: UNIÃO EUROPEIA.
Membros do Espaço Schengen.
Bruxelas, 2019. Disponível
em: https:/
/europa.eu/
european-union/about-eu/
countries_pt#schengen.
Acesso em: 26 jun. 2020.
Globalização e a
covid-19
Você estudou que a globalização é um fenômeno de internacio-
nalização e um processo múltiplo de integração. Um exemplo para
compreender a intensidade de circulação no mundo atual é a pande-
mia de covid-19.
As primeiras notícias sobre o vírus Sars-CoV-2, que provoca a
síndrome covid-19, vieram da China. Em 31 de dezembro de 2019,
o governo chinês emitiu um alerta sobre um novo coronavírus que
provocava sintomas semelhantes aos de uma forte pneumonia. Os
primeiros casos ocorreram em Wuhan, cidade localizada no leste da
China. Rapidamente, o vírus acometeu grande parte da cidade e se
espalhou para o resto do país.
Pandemia: estágio em
que uma doença é elevada
à condição de epidemia
global, ou seja, a forma de
contágio ativo que atinge três
continentes ou mais.
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Em pouco tempo, chegou a outros países da Ásia e logo se difundiu
para a Oceania e a Europa, atingindo em 2020 todos os continentes.
No Brasil, o primeiro caso oficial foi diagnosticado em 26 de fevereiro
de 2020. Seguindo recomendações da Organização Mundial da Saúde
(OMS), grande parte dos países aderiu a políticas de distanciamento
social e quarentenas.
Site que reúne dados e
informações sobre o novo
coronavírus.
UM GUIA do novo coro-
navírus. Pesquisa Fapesp,
31 mar. 2020. Disponível
em: https:/
/revistapesquisa.
fapesp.br/2020/03/31/
um-guia-do-novo-coronavi-
rus/. Acesso em: 2 jul. 2020.
Vídeo que mostra imagens
da cidade de Wuhan (China),
durante as medidas de isola-
mento social em 2020.
WUHAN: the city under
coronavirus lockdown. 2020.
Vídeo (1min51s). Publicado
pelo canal South China
Morning Post. Disponível
em: https:/
/www.youtube.
com/watch?v=gNFeo5oOuJA.
Acesso em: 2 jul. 2020.
Dicas
O fato de o vírus ter surgido em uma cidade chinesa e ter se espa-
lhado pelo mundo em um curto espaço de tempo diz muito sobre o
processo de globalização e sobre a interconexão do planeta. De um
lado, a China tem a segunda maior economia do mundo e é o país que
mais realiza transações comerciais, tanto em termos de importação
quanto de exportação. É, por exemplo, o principal parceiro comercial
do Brasil. De outro, o mundo está cada vez mais conectado por meio
da melhoria nos transportes e nas comunicações, encurtando as dis-
tâncias e aproximando as localidades. O intenso deslocamento das
pessoas pelo mundo, possibilitado pela existência de meios de trans-
portes cada vez mais eficientes, favoreceu a disseminação do novo
coronavírus em escala global e a uma velocidade jamais vista.
» Ruas vazias na cidade de Wuhan
(China), em consequência
da quarentena para conter
a propagação do novo
coronavírus, em 2020. Houve
forte e decisiva intervenção do
governo autoritário chinês em
uma sociedade marcada pela
disciplina.
STRINGER/GETTY
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A adoção, em muitos países, de políticas como o distanciamento
social e o lockdown, cujo intuito era frear o crescente número de infec-
tados e de óbitos e evitar saturar o sistema de saúde, levou a uma
situação drástica antes inimaginável: o fechamento das atividades
industriais, comerciais e de serviços não essenciais, a não circulação
das pessoas, a suspensão de aulas e reuniões de negócios, o cancela-
mento de eventos, entre outras medidas para evitar o contato social.
Essas ações em escala mundial repercutiram em várias esferas, como
na produção, no comércio, nos serviços, no turismo e na circulação de
pessoas. Veja, por exemplo, nos mapas a seguir, como o tráfego aéreo
mundial foi afetado com a pandemia.
Lockdown: confinamento ou
bloqueio total, em português.
É a forma mais rígida de
restrição da circulação dos
indivíduos, adotada quando
a quarentena e o isolamento
social não conseguem mais
frear o avanço de uma doença
infecciosa. O lockdown é
imposto pelo Estado e seu
cumprimento é fiscalizado
por seus agentes.
» Número de voos por região (jan.-jun. 2019)
» Número de voos por região (jan.-jun. 2020)
Fonte dos mapas: INTERNATIONAL CIVIL AVIATION ORGANIZATION (ICAO). Flights among months including
passeenger: domestic and international. Montreal, 2020. Disponível em: https:/
/data.icao.int/coVID-19/
operational.htm. Acesso em: 15 ago. 2020.
 Observe os
mapas e
responda:
Qual foi o
impacto da
pandemia da
covid-19 no
número de
voos? Que
consequên-
cias isso
acarretou?
Dialogando
AMÉRICA
DO NORTE
8 630 039
AMÉRICA
LATINA
E CARIBE
1 470 904
ÁFRICA
442 464
MÉDIO
ORIENTE
557 755
EUROPA
4 232 777
ÁSIA E PACÍFICO
6 193 491
Trópico de Capricórnio
Trópico de Câncer
Equador
Meridiano
de
Greenwich
Círculo Polar Ártico
0°
0°
OCEANO
ÍNDICO
OCEANO
PACÍFICO
OCEANO
ATLÂNTICO
OCEANO
PACÍFICO
OCEANO GLACIAL
OCEANO GLACIAL ANTÁRTICO
Círculo Polar Antártico
ÁRTICO
Até 499 mil
De 500 mil a 999 mil
De 1 mi a 2 999 mi
De 3 mi a 5 999 mi
De 6 mi a 7 999 mi
Acima de 8 mi
0 2 960
2019
Trópico de Capricórnio
Trópico de Câncer
Equador
Meridiano
de
Greenwich
Círculo Polar Ártico
0°
0°
OCEANO
ÍNDICO
OCEANO
PACÍFICO
OCEANO
ATLÂNTICO
OCEANO
PACÍFICO
OCEANO GLACIAL
OCEANO GLACIAL ANTÁRTICO
Círculo Polar Antártico
ÁRTICO
Até 499 mil
De 500 mil a 999 mil
De 1 mi a 2 999 mi
De 3 mi a 5 999 mi
Acima de 6 mi
0 2 960
AMÉRICA
DO NORTE
6 732 136
AMÉRICA
LATINA
E CARIBE
816 560
ÁFRICA
235 957
MÉDIO
ORIENTE
264 563
EUROPA
1 929 519
ÁSIA E PACÍFICO
3 562 189
2020
DACOSTA
MAPAS
DACOSTA
MAPAS
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Ciências da Natureza e suas Tecnologias
Integrando com
A pandemia da covid-19: entre
Gaia e o Antropoceno
Aprendemos no capítulo que a pandemia da covid-19 é um fenômeno global.
O texto abaixo traz algumas reflexões sobre o tema.
O que a covid-19 põe em xeque é a pensabilidade da realidade a partir de esquemas
simplistas. Um dos mais influentes é o que a separa em natureza e cultura, entendendo
que a natureza é tudo aquilo que não foi construído pela ação humana, de modo que
ambos os domínios teriam leis próprias. Ora, essa divisão rígida é inútil para se pen-
sar a pandemia da covid-19. Com efeito, consideremos a seguinte questão: a pandemia
deriva e depende de fatores naturais ou humanos? A pergunta não é apenas retórica, já
que nossas ações de prevenção e combate ao novo coronavírus dependem diretamente
da resposta.
Uma primeira tentativa de responder poderia se fixar no caráter
natural do vírus, que apareceria então como um eloquente exem-
plo da “intrusão de Gaia”. Essa expressão se deve à belga Isabelle
Stengers, química e filósofa da ciência. Ela argumenta que o planeta
Terra – Gaia, em grego – irrompe violentamente em nossas vidas,
mostrando que todos os aparatos humanos e sociais são incompará-
veis às forças de tufões, terremotos, maremotos e outros fenômenos
naturais capazes de demonstrar que o planeta ainda é dono de si
mesmo. Assim, alguns pensadores veem a pandemia como um
exemplo do poder intrusivo de Gaia em nossas sociedades, que se
creem imunes às ações da natureza e, por isso mesmo, estão cada
vez mais expostas à extinção.
[...]
MATOS, A. S. de M. C. A pandemia da covid-19: entre Gaia e o Antropoceno.
Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 13 abr. 2020. Disponível em: https:/
/ufmg.br/comunicacao/
noticias/a-pandemia-da-covid-19-entre-gaia-e-o-antropoceno. Acesso em: 24 jun. 2020.
Não escreva no livro
1. Faça uma breve pesquisa e explique o significado de dois termos contidos no título do
texto: Gaia e Antropoceno.
2. Qual é a posição do autor em relação à separação dos aspectos natural e cultural na
busca de uma melhor compreensão da covid-19?
3. O que é vírus? Ele tem um caráter “natural”, como afirma o autor?
4. Porqueaquímicamencionadanotextoargumentaqueosfenômenosnaturaisdemons-
tramque“oplanetaaindaédonodesimesmo”?Relacioneessaafirmaçãocomotermo
Antropoceno.
» Ilustração
representando
a estrutura
do novo
coronavírus,
2020.
Consultar as Orientações para o Professor.
THE LANCET
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Retomando
Equador
Trópico de Câncer
Círculo Polar Antártico
Círculo Polar Ártico
Trópico de Capricórnio
0º
0°
Meridiano
de
Greenwich
OCEANO
PACÍFICO
OCEANO
PACÍFICO
OCEANO
ATLÂNTICO
OCEANO
ÍNDICO
OCEANO GLACIAL ÁRTICO
OCEANO
GLACIAL ANTÁRTICO
0 2 870
Trem de alta velocidade
Rodovia
Rota de voo
Telecomunicações
1. Leia o texto e responda às questões.
[...] o conceito de globalização denota muito mais do que a ampliação de relações e
atividades sociais atravessando regiões e fronteiras. É que ele sugere uma magnitude ou
intensidade crescente de fluxos globais, de tal monta que Estados e sociedades ficam cada
vez mais enredados em sistemas mundiais e redes de interação. Em consequência disso,
ocorrências e fenômenos distantes podem passar a ter sérios impactos internos, enquanto
os acontecimentos locais podem gerar repercussões globais de peso. [...] Isso não significa
que, necessariamente, a ordem global suplante ou tenha precedência sobre as ordens
locais, nacionais ou regionais da vida social. Antes, estas podem inserir-se em conjuntos
mais amplos de relações e redes de poder inter-regionais. [...] A globalização gera uma
certa mudança cognitiva, que se expressa numa conscientização popular crescente do
modo como os acontecimentos distantes podem afetar os destinos locais (e vice-versa),
bem como em percepções públicas da redução do tempo e do espaço geográfico.
HELD, D.; MCGREW, A. Prós e contras da globalização. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001. p. 12-13.
a) Segundo os autores, de que maneira ocorrem as interações entre o local, o nacional,
o regional e o mundial no contexto da globalização?
b) Faça uma pesquisa sobre acontecimentos globais ou medidas tomadas por outros
paísesquetiveramimpactonoBrasilefatoslocaisenacionaisdoBrasilquerepercu-
tiram nas relações inter-regionais ou no mundo.
c)Osautorescitammudançascognitivasgeradaspelaglobalização.Conversecomumcolega
sobrecomoaglobalizaçãoimpactaavidadevocês.Citemaspectospositivosenegativos.
2. Observe o mapa e responda às questões.
Fontes: KHANNA, P. Connectography: mappping the future of global civilization. New York: Random House, 1996.
p. XX. WORLDMAP. Exploring the world of Connectography. Cambridge: Harvard University, 2015. Disponível em: http:/
/
worldmap.harvard.edu/maps/connectography/fjH. Acesso em: 12 maio 2020.
» O mundo globalizado: transportes e comunicação (2016)
a) Ao observar o mapa, é possível verificar uma concentração dos recursos de trans-
portes e comunicação no Hemisfério Norte. Quais países e regiões aparecem com
destaque?
DACOSTA
MAPAS
Não escreva no livro Consultar as Orientações para o Professor.
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b)Porqueessesrecursosestãoconcentradosnospaíseseregiõesquevocêmencionou
na questão anterior?
c) Quais são as relações entre essa concentração e o aumento da desigualdade no
mundo?
d) Agora, observe o Brasil. Há uma concentração de rodovias, rotas de voo e estrutura
detelecomunicaçõesemumaregiãodoBrasil.Elaboreumahipóteseparaexplicarpor
que, historicamente, o desenvolvimento do país convergiu para essa região.
3. (Enem/MEC)
Um certo carro esporte é desenhado na Califórnia, financiado por Tóquio, o pro-
tótipo criado em Worthing (Inglaterra) e a montagem é feita nos EUA e México, com
componentes eletrônicos inventados em Nova Jérsei (EUA), fabricados no Japão. [...]. Já
a indústria de confecção norte-americana, quando inscreve em seus produtos “made in
USA”, esquece de mencionar que eles foram produzidos no México, Caribe ou Filipinas.
(Renato Ortiz, Mundialização e Cultura)
Otextoilustracomoemcertospaísesproduz-setantoumcarroesportecaroesofisticado,
quantoroupasquenemsequerlevamumaetiquetaidentificandoopaísprodutor.Defato,
tais roupas costumam ser feitas em fábricas – chamadas “maquiladoras” – situadas em
zonas-francas, onde os trabalhadores nem sempre têm direitos trabalhistas garantidos.
A produção nessas condições indicaria um processo de globalização que
a) fortalece os Estados Nacionais e diminui as disparidades econômicas entre eles pela
aproximação entre um centro rico e uma periferia pobre.
b) garante a soberania dos Estados Nacionais por meio da identificação da origem de
produção dos bens e mercadorias.
c) fortalece igualmente os Estados Nacionais por meio da circulação de bens e capitais
e do intercâmbio de tecnologia.
d)compensaasdisparidadeseconômicaspelasocializaçãodenovastecnologiasepela
circulação globalizada da mão de obra.
e)reafirmaasdiferençasentreumcentroricoeumaperiferiapobre,tantodentrocomo
fora das fronteiras dos Estados Nacionais.
4. (Enem/MEC)
A reestruturação global da indústria, condicionada pelas estratégias de gestão global
da cadeia de valor dos grandes grupos transnacionais, promoveu um forte desloca-
mento do processo produtivo, até mesmo de plantas industriais inteiras, e redirecionou
os fluxos de produção e de investimento. Entretanto, o aumento da participação dos
países em desenvolvimento no produto global deu-se de forma bastante assimétrica
quando se compara o dinamismo dos países do leste asiático com o dos demais países,
sobretudo os latino-americanos no período 1980-2000.
SARTI, F.; HIRATUKA, C. Indústria mundial: mudanças e tendências recentes. Campinas:
Unicamp, n. 186, dez. 2010.
Adinâmicadetransformaçãodageografiadasindústriasdescritaexpõeacomplemen-
taridade entre dispersão espacial e
a) autonomia tecnológica.
b) crises de abastecimento.
c) descentralização política.
d) concentração econômica.
e) compartilhamento de lucros.
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5. Observe o gráfico da população da União Europeia.
» União Europeia: população (2019)
Fonte: UNIÃO
EUROPEIA. A UE
em diapositivos.
Bruxelas, 2020. p.
10. Disponível em:
https:/
/europa.eu/
european-union/
sites/europaeu/files/
eu_in_slides_pt.pdf.
Acesso em: 30 jun.
2020.
STRINGER/GETTY
IMAGES
» Porto de
Yangluo (China),
em 2020,
com cargas
paralisadas
em razão da
pandemia da
covid-19.
a) Em 2019, a população do Reino Unido era de 66,7 milhões. Se ele ainda fizesse parte
da União Europeia, em qual posição no gráfico se encontraria? Qual foi o impacto
demográfico do Brexit na União Europeia?
b) Nas eleições parlamentares europeias, as cadeiras do parlamento europeu são dis-
tribuídasdeacordocomopesodemográfico.Sendoassim,quaiseramostrêspaíses
com mais assentos no parlamento em 2019?
c) Faça uma pesquisa na internet e responda: Se a União Europeia fosse um país, qual
seria sua posição no ranking da população mundial?
6. O atual estágio da globalização é caracterizado pelo alto nível de encadeamento global
da logística de produção e de circulação de mercadorias. No entanto, ele foi seriamente
afetado em 2020 pela pandemia da covid-19. Veja o que Niko Paech, um importante
economista alemão, diz sobre isso.
[...]
O atual modelo de produção [...] se baseia em dividir a pro-
dução de todos os bens em vários processos únicos altamente
especializados, que são deslocados pelo mundo inteiro conforme
a comparação dos custos. Esse modelo é um tipo de economia de
céu de brigadeiro: quando não há crise ou interrupção, ele é van-
tajoso por reduzir custos, mas quando um elemento dessa rede
emalgumlugarfalha,omodelodesmorona,poisospaísessefize-
ram cada vez mais dependentes dos entrelaçamentos globais.
[...]
NEHER, C. Crise do coronavírus expõe vulnerabilidade da globalização, diz economista. [Entrevista com Niko Paech.]
Deutsche Welle Brasil, 23 abr. 2020. Disponível em: https:/
/www.dw.com/pt-br/crise-do-coronav%C3%ADrus-
exp%C3%B5e-vulnerabilidade-da-globaliza%C3%A7%C3%A3o-diz-economista/a-53211546. Acesso em: 2 jun. 2020.
Produza um breve texto relacionando a fotografia, a fala do economista e o que você
aprendeu sobre a globalização e a covid-19.
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Leitura de imagem
Globalização e arte
A arte-educadora estadunidense Karen Brinker utilizou papel, lápis, caneta e
caneta hidrocor para produzir um desenho de um mapa-múndi sobre a globaliza-
ção. Dentro dos continentes, há palavras em inglês, que formam a frase “I am a
global citizen” (“Eu sou uma cidadã global”).
Observe a obra e depois responda às questões.
Não escreva no livro
1. O que Brinker quis dizer com a frase: “Eu sou uma cidadã global”? Quais elementos
artísticos ela utilizou para representar o significado dessa frase?
2. Em sua opinião, o que os traços coloridos interligando os continentes representam?
3. Compare o desenho de Brinker com o mapa da página 28. Identifique semelhanças
e diferenças entre eles. Observe, por exemplo, o uso de convenções cartográficas, as
cores, as informações transmitidas etc.
» Globalização e eu, desenho de Karen Brinker, 2015.
Consultar as Orientações para o Professor.
KAREN
BRINKER
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CAPÍTULO
Globalização,tempo e espaço
Globalização é uma expressão geográfica, um substantivo derivado da palavra
globo. Ao estudar a globalização, antes de tudo, precisamos levar em consideração
que se trata de um fenômeno essencialmente geográfico e que remodela o planeta
ao promover a integração dos lugares, estreitando as relações econômicas e sociais.
A globalização proporcionou a aproximação entre diversas culturas, assim como a
integração das economias e dos mercados mundiais, caracterizando-se por ser um
processo múltiplo. Diante desse dinamismo, um dos efeitos desse processo, que tem
na revolução tecnológica o grande diferencial no século XXI, é uma espécie de aniqui-
lamento do espaço pelo tempo, como descreveu o geógrafo britânico David Harvey.
Para refletir e argumentar
A compressão do tempo e do espaço
Observe o esquema a seguir, publicado no livro A condição
pós-moderna, do geógrafo britânico David Harvey, e leia a letra
da música “Parabolicamará”, de Gilberto Gil.
Parabolicamará
Antes mundo era pequeno
Porque Terra era grande
Hoje mundo é muito grande
Porque Terra é pequena
Do tamanho da antena parabolicamará
Ê, volta do mundo, camará
Ê, ê, mundo dá volta, camará
Antes longe era distante
Perto, só quando dava
Quando muito, ali defronte
E o horizonte acabava
Hoje lá trás dos montes, den de casa, camará
Ê, volta do mundo, camará
Ê,ê, mundo dá volta, camará
[...]
PARABOLICAMARÁ. Intérprete: Gilberto Gil. In: PARABOLICAMARÁ. Rio de Janeiro: Warner, 1992. Faixa 2.
Disponível em: https:/
/gilbertogil.com.br/producoes/detalhes/parabolicamara/. Acesso em: 24 jun. 2020.
Globalização: espaço,
tempo e técnicas
Fonte: HARVEY, D.
A condição pós-
moderna. São Paulo:
Loyola, 2007. p. 220.
1500 - 1840
MOZART
COUTO
A melhor média de velocidade das carruagens e dos
barcos a vela era de 16 km/h
As locomotivas a vapor alcançavam em média 100
km/h; os barcos a vapor 57 km/h
Aviões a propulsão: 480-640 km/h
Jatos de passageiros: 800-1100 km/h
1850 - 1930
Anos 1950
Anos 1960
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1. CIENCIAS-HUMANAS-GLOBALIZAÇÃO, TEMPO E ESPAÇO-V1.pdf

  • 1. GLOBALIZAÇÃO, TEMPO E ESPAÇO ÁREA DO CONHECIMENTO: CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS ENSINO MÉDIO ENSINO MÉDIO TEMPO E ESPAÇO GLOBALIZAÇÃO , ENSINO MÉDIO ENSINO MÉDIO ÁREA DO CONHECIMENTO: CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS ALFREDO BOULOS JÚNIOR ALFREDO BOULOS JÚNIOR EDILSON ADÃO EDILSON ADÃO LAERCIO FURQUIM JR. LAERCIO FURQUIM JR. 9 7 8 6 5 5 7 4 2 1 0 2 4 ISBN 978-65-5742-102-4 MANUAL DO PROFESSOR TEMPO E ESPAÇO GLOBALIZAÇÃO , MANUAL DO PROFESSOR C Ó D I G O D A C O L E Ç Ã O 0 2 1 4 P 2 1 2 0 4 C Ó D I G O D O V O L U M E 0 2 1 4 P 2 1 2 0 4 1 3 3 P N L D 2 0 2 1 • O b j e t o 2 V e r s ã o s u b m e t i d a à a v a l i a ç ã o M a t e r i a l d e d i v u l g a ç ã o DIV-PNLD_21_3074-MULTIVERSOS-HUMANAS-LEB-MP-V1-Capa.indd All Pages DIV-PNLD_21_3074-MULTIVERSOS-HUMANAS-LEB-MP-V1-Capa.indd All Pages 16/04/21 17:18 16/04/21 17:18
  • 2.
  • 3. ENSINO MÉDIO 1a edição São Paulo – 2020 Área do conhecimento: CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS MANUAL DO PROFESSOR ALFREDO BOULOS JÚNIOR Doutor em Educação (área de concentração: História da Educação) pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Mestre em Ciências (área de concentração: História Social) pela Universidade de São Paulo (USP). Lecionou nas redes pública e particular e em cursinhos pré-vestibulares. É autor de coleções paradidáticas. Assessorou a Diretoria Técnica da Fundação para o Desenvolvimento da Educação – São Paulo. EDILSON ADÃO CÂNDIDO DA SILVA Mestre em Ciências (área de concentração: Geografia Humana) pela Universidade de São Paulo (USP). Bacharel e licenciado em Geografia pela Universidade de São Paulo (USP). Professor de Geografia há 20 anos no Ensino Médio e Superior. LAERCIO FURQUIM JÚNIOR Mestre em Ciências (área de concentração: Geografia Humana) pela Universidade de São Paulo (USP). Bacharel e licenciado em Geografia pela Universidade de São Paulo (USP). Professor de Geografia há 20 anos no Ensino Médio e Superior. TEMPO E ESPAÇO GLOBALIZAÇÃO D2-CHS-EM-3074-V1-001-009-LA-G21.indd 1 D2-CHS-EM-3074-V1-001-009-LA-G21.indd 1 9/16/20 11:24 PM 9/16/20 11:24 PM
  • 4. Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Boulos Júnior, Alfredo    Multiversos : ciências humanas : globalização, tempo e espaço : ensino médio / Alfredo Boulos Júnior, Edilson Adão Cândido da Silva, Laercio Furquim Júnior. -- 1. ed. -- São Paulo : FTD, 2020.    "Área do conhecimento : Ciências humanas e sociais aplicadas"   Bibliografia.    ISBN 978-65-5742-101-7 (Aluno)    ISBN 978-65-5742-102-4 (Professor)    1. Ciências (Ensino médio) 2. Tecnologia I. Silva, Edilson Adão Cândido da. II. Furquim Júnior, Laercio III. Título. 20-44102 CDD-372.7 Índices para catálogo sistemático: 1. Ciências : Ensino médio 372.7 Aline Graziele Benitez – Bibliotecária – CRB-1/3129 Em respeito ao meio ambiente, as folhas deste livro foram produzidas com fibras obtidas de árvores de florestas plantadas, com origem certificada. Impresso no Parque Gráfico da Editora FTD CNPJ 61.186.490/0016-33 Avenida Antonio Bardella, 300 Guarulhos-SP – CEP 07220-020 Tel. (11) 3545-8600 e Fax (11) 2412-5375 Reprodução proibida: Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. Todos os direitos reservados à EDITORA FTD. Rua Rui Barbosa, 156 – Bela Vista – São Paulo – SP CEP 01326-010 – Tel. 0800 772 2300 Caixa Postal 65149 – CEP da Caixa Postal 01390-970 www.ftd.com.br central.relacionamento@ftd.com.br Copyright © Alfredo Boulos Júnior, Edilson Adão Cândido da Silva, Laercio Furquim Júnior, 2020 Direção-geral Ricardo Tavares de Oliveira Direção editorial adjunta Luiz Tonolli Gerência editorial Flávia Renata Pereira de Almeida Fugita Edição João Carlos Ribeiro Junior (coord.) André Tomio Lopes Amano, Carlos Zanchetta, Carolina Bussolaro Marciano, Fábio Bonna Moreirão, Mariana de Lucena, Natália Leon Nunes, Renata Monken Gomes, Renata Paiva Cesar, Rosane Cristina Thahira, Tatiana Pedroso Gregório, Vivian Nani Ayres Preparação e Revisão Maria Clara Paes (sup.) Danielle Costa, Diogo Souza Santos, Eliana Vila Nova de Souza, Felipe Bio, Fernanda Rodrigues Baptista, Graziele Cristina Ribeiro, Jussara Rodrigues Gomes, Kátia Cardoso da Silva, Lívia Navarro de Mendonça, Rita Lopes, Thalita Martins da Silva Milczvski, Veridiana Maenaka Gerência de produção e arte Ricardo Borges Design Daniela Máximo (coord.), Sergio Cândido Imagem de capa metamorworks/Shutterstock.com Arte e Produção Vinícius Fernandes (sup.) Maria Aparecida Alves, Sidnei Moura, Jacqueline Nataly Ortolan, Marcelo Saccomann (assist.) Diagramação Arte4 produção editorial, Joana Resek, Nany Produções Gráficas Coordenação de imagens e textos Elaine Bueno Koga Licenciamento de textos Érica Brambila, Bárbara Clara (assist.) Iconografia Priscilla Liberato Narciso, Ana Isabela Pithan Maraschin (trat. imagens) Ilustrações Erika Onodera, Mozart Couto, Osvaldo Sequetin, Sonia Vaz Allmaps, Dacosta Mapas, Ericson Guilherme Luciano, Vespúcio Cartografia (cartografia) D3-CHS-EM-3074-V1-001-009-LA-G21_AVU_1.indd 2 D3-CHS-EM-3074-V1-001-009-LA-G21_AVU_1.indd 2 9/21/20 7:18 PM 9/21/20 7:18 PM
  • 5. Olá, estudantes! É com alegria que apresentamos os livros de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas. Eles foram feitos com muito empenho pelos autores, editores e colaboradores para oferecer a vocês propostas que contribuam para suas formações com excelência e criatividade. Nossas escolhas foram pautadas em valores éticos, no exercício da cidadania e na busca por uma sociedade mais justa e menos desigual. Queremos estimular o desenvolvimento de habilidades que possibilitem a você agir de maneira propositiva, respeitosa e, ao mesmo tempo, que impulsionem a realização de seu projeto de vida. No momento em que nasce o Novo Ensino Médio, esta obra convida ao estudo de temas importantes para todos nós, como tecnologia, trabalho, sustentabilidade, globalização, geopolítica, ética, direitos humanos, valorização da cidadania. As abordagens visam proporcionar uma formação global compromissada com um repertório cultural e científico amplo, com o combate ao preconceito, à violência e baseada em princípios democráticos, inclusivos e solidários. A valorização e o respeito aos Direitos Humanos, à pluralidade nos modos de vida e a diferentes visões de mundo também são pilares dos seis livros que compõem esta coleção. Por fim, esperamos poder contribuir com boas experiências para esta fase de sua vida estudantil, essencial à construção autônoma e competente do caminho a ser trilhado. Esperamos, também, que esta obra colabore para aflorar em você uma força transformadora e construtora de ações conscientes e responsáveis com as gerações futuras! Com carinho, os autores. APRESENTAÇÃO D2-CHS-EM-3074-V1-001-009-LA-G21.indd 3 D2-CHS-EM-3074-V1-001-009-LA-G21.indd 3 9/16/20 11:24 PM 9/16/20 11:24 PM
  • 6. Abertura de unidade Momento para você ter os primeiros contatos com o tema principal da unidade. BNCC Apresentação das competências e habilidades da Base Nacional Comum Curricular que são trabalhadas com mais ênfase ao longo da unidade. Integrando com Ciências da Natureza e suas Tecnologias Oferece a oportunidade de você compreender um aspecto do tema estudado por meio do ponto vista das Ciências Humanas em conjunto com o das Ciências da Natureza. Para refletir e argumentar Desenvolve sua capacidade de analisar a realidade, oferecendo instrumentos para que você defenda suas ideias e se posicione de maneira crítica e assertiva. Dialogando Convite para que você se expresse oralmente a fim de emitir uma opinião, contar uma experiência ou responder objetivamente a uma pergunta sobre um tema. Dica Sugestões de livros, filmes, vídeos, sites, músicas etc. para ampliar a abordagem do assunto estudado. U N I D A D E 2 LUCVI/SHUTTERSTOCK.COM/2014 GUSTAVO FRAZAO/SHUTTERSTOCK.COM/2017 Formação territorial da América COMPETÊNCIAS E HABILIDADES DA BNCC: O texto integral das competências e das habilidades encontra-se no final do livro. Competências gerais: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9 e 10 Ciências Humanas e Sociais Aplicadas Competências específicas: 1, 2 e 6 Habilidades: EM13CHS101, EM13CHS102, EM13CHS103, EM13CHS104, EM13CHS105, EM13CHS106, EM13CHS201, EM13CHS202, EM13CHS203, EM13CHS204, EM13CHS205, EM13CHS206, EM13CHS402, EM13CHS404 e EM13CHS503 Os territórios brasileiro e americano foram cons- truídos ao longo de mais quinhentos anos. O território produzido, vivido e usado que temos hoje na América e onde vivemos é fruto de muitas lutas, conquistas e injus- tiças, sobretudo em relação aos povos nativos que aqui estavam antes da chegada dos europeus e aos que foram forçados a vir para a América. Não escreva no livro 1. Você sabe quais eram os povos que habitavam a América antes da chegada do colonizador? E que povos foram forçados a vir para a América desde o século XVI? 2.Qual é o significado de “americano” para você? 3.Em sua opinião, a América é formada por uma cultura única ou diversas? 4.Por que o texto afirma como “injustiça” o que ocorreu com os povos nativos e com aqueles que vieram forçadamente para a América? » Registro de uma rua da cidade de Paraty (RJ), reconhecida como patrimônio cultural da humanidade pela Unesco. Abaixo, detalhe de pintura indígena. 80 Consultar as Orientações para o Professor. D3-CHS-EM-3074-V1-U2-C4-080-103-LA-G21_AVU.indd 80 D3-CHS-EM-3074-V1-U2-C4-080-103-LA-G21_AVU.indd 80 9/16/20 10:02 PM 9/16/20 10:02 PM 81 D3-CHS-EM-3074-V1-U2-C4-080-103-LA-G21.indd 81 D3-CHS-EM-3074-V1-U2-C4-080-103-LA-G21.indd 81 9/16/20 8:45 AM 9/16/20 8:45 AM 80 U N I D A D E 2 LUCVI/SHUTTERSTOCK.COM/2014 GUSTAVO FRAZAO/SHUTTERSTOCK.COM/2017 Formação territorial da América COMPETÊNCIAS E HABILIDADES DA BNCC: O texto integral das competências e das habilidades encontra-se no final do livro. Competências gerais: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9 e 10 Ciências Humanas e Sociais Aplicadas Competências específicas: 1, 2 e 6 Habilidades: EM13CHS101, EM13CHS102, EM13CHS103, EM13CHS104, EM13CHS105, EM13CHS106, EM13CHS201, EM13CHS202, EM13CHS203, EM13CHS204, EM13CHS205, EM13CHS206, EM13CHS402, EM13CHS404 e EM13CHS503 Os territórios brasileiro e americano foram cons- truídos ao longo de mais quinhentos anos. O território produzido, vivido e usado que temos hoje na América e onde vivemos é fruto de muitas lutas, conquistas e injus- tiças, sobretudo em relação aos povos nativos que aqui estavam antes da chegada dos europeus e aos que foram forçados a vir para a América. Não escreva no livro 1. Você sabe quais eram os povos que habitavam a América antes da chegada do colonizador? E que povos foram forçados a vir para a América desde o século XVI? 2.Qual é o significado de “americano” para você? 3.Em sua opinião, a América é formada por uma cultura única ou diversas? 4.Por que o texto afirma como “injustiça” o que ocorreu com os povos nativos e com aqueles que vieram forçadamente para a América? » Registro de uma rua da cidade de Paraty (RJ), reconhecida como patrimônio cultural da humanidade pela Unesco. Abaixo, detalhe de pintura indígena. 80 Consultar as Orientações para o Professor. D3-CHS-EM-3074-V1-U2-C4-080-103-LA-G21_AVU.indd 80 D3-CHS-EM-3074-V1-U2-C4-080-103-LA-G21_AVU.indd 80 9/16/20 10:02 PM 9/16/20 10:02 PM Para refletir e argumentar Economia digital, tecnologia e desigualdade Não escreva no livro 1. Com o auxílio do professor, forme um grupo com quatro ou cinco estudantes. Depois, selecionemevidênciasdoinfográficoquemostremaconcentraçãodigitalnosEstados Unidos e na China. 2. Conversem sobre possíveis razões para explicar esse fenômeno. Elaborem hipóteses utilizando seus conhecimentos prévios e o que vocês aprenderam nesse capítulo. 3. Componham argumentos para explicar por que a diferença de gêneros se torna maior com a desigualdade digital. 4. Registrem no caderno as evidências selecionadas na questão 1 e as hipóteses e os argumentos desenvolvidos nas questões 2 e 3. Fonte: UNCTAD. Digital Economy Report 2019. Nova York, 2019. p. 2. Disponível em: https:/ /unctad.org/en/PublicationsLibrary/der2019_ en.pdf. Acesso em: 11 maio 2020. ERIKA ONODERA Consultar as Orientações para o Professor. 19 D3-CHS-EM-3074-V1-U1-C1-010-031-LA-G21.indd 19 D3-CHS-EM-3074-V1-U1-C1-010-031-LA-G21.indd 19 9/16/20 9:18 AM 9/16/20 9:18 AM Ciências da Natureza e suas Tecnologias Integrando com A pandemia da covid-19: entre Gaia e o Antropoceno Aprendemos no capítulo que a pandemia da covid-19 é um fenômeno global. O texto abaixo traz algumas reflexões sobre o tema. O que a covid-19 põe em xeque é a pensabilidade da realidade a partir de esquemas simplistas. Um dos mais influentes é o que a separa em natureza e cultura, entendendo que a natureza é tudo aquilo que não foi construído pela ação humana, de modo que ambos os domínios teriam leis próprias. Ora, essa divisão rígida é inútil para se pen- sar a pandemia da covid-19. Com efeito, consideremos a seguinte questão: a pandemia deriva e depende de fatores naturais ou humanos? A pergunta não é apenas retórica, já que nossas ações de prevenção e combate ao novo coronavírus dependem diretamente da resposta. Uma primeira tentativa de responder poderia se fixar no caráter natural do vírus, que apareceria então como um eloquente exem- plo da “intrusão de Gaia”. Essa expressão se deve à belga Isabelle Stengers, química e filósofa da ciência. Ela argumenta que o planeta Terra – Gaia, em grego – irrompe violentamente em nossas vidas, mostrando que todos os aparatos humanos e sociais são incompará- veis às forças de tufões, terremotos, maremotos e outros fenômenos naturais capazes de demonstrar que o planeta ainda é dono de si mesmo. Assim, alguns pensadores veem a pandemia como um exemplo do poder intrusivo de Gaia em nossas sociedades, que se creem imunes às ações da natureza e, por isso mesmo, estão cada vez mais expostas à extinção. [...] MATOS, A. S. de M. C. A pandemia da covid-19: entre Gaia e o Antropoceno. Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 13 abr. 2020. Disponível em: https:/ /ufmg.br/comunicacao/ noticias/a-pandemia-da-covid-19-entre-gaia-e-o-antropoceno. Acesso em: 24 jun. 2020. Não escreva no livro 1. Faça uma breve pesquisa e explique o significado de dois termos contidos no título do texto: Gaia e Antropoceno. 2. Qual é a posição do autor em relação à separação dos aspectos natural e cultural na busca de uma melhor compreensão da covid-19? 3. O que é vírus? Ele tem um caráter “natural”, como afirma o autor? 4. Porqueaquímicamencionadanotextoargumentaqueosfenômenosnaturaisdemons- tramque“oplanetaaindaédonodesimesmo”?Relacioneessaafirmaçãocomotermo Antropoceno. » Ilustração representando a estrutura do novo coronavírus, 2020. Consultar as Orientações para o Professor. THE LANCET 27 D3-CHS-EM-3074-V1-U1-C1-010-031-LA-G21.indd 27 D3-CHS-EM-3074-V1-U1-C1-010-031-LA-G21.indd 27 9/16/20 9:18 AM 9/16/20 9:18 AM Um segundo momento importante da expansão do horizonte geográfico se deu com a Revolução Industrial nos séculos XVIII e XIX. A inovação tecnológica trazida por ela alterou a percepção de tempo e espaço: o que era lento tornou-se rápido, o que era distante ficou mais próximo. A invenção do telégrafo, por exemplo, revolucionou a forma de se comunicar, e muitos entendem que ele foi o precursor da internet. As locomotivas, que substituíram as carroças, revolucionaram os meios de transportes; os navios a vapor sucederam as caravelas no século XIX. Desde então, as inovações industriais e tecnológicas não cessaram, dinamizando a internacionalização e a mun- dialização do processo que hoje conhecemos como globalização. A Guerra Fria, que se seguiu ao término da Segunda Guerra Mundial, igualmente foi um grande fomentador de inovações tecnológicas. Veja exemplos de algumas áreas. • Aeroespacial: lançamentos de satélites, como o Sputnik. • Computação: surgimento do Eniac, o primeiro computador; da internet, com o nome de Arpanet, e dos primeiros computadores com processadores mais dinâmicos (CPU). • Eletroeletrônicos: invenção da câmera digital, do micro-ondas e da televisão em cores. • Geoprocessamento: criação do GPS. © CORBIS/GETTY IMAGES » Eniac, o primeiro computador, possuía 40 painéis e pesava 30 toneladas. Na fotografia, Eniac na Universidade da Pensilvânia (Estados Unidos), em 1946. Livro que apresenta as principais teorias da globalização. IANNI, O. Teorias da globa- lização. 9. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2001. Dica  Converse com os cole- gas sobre como a rela- ção entre tecnologia e globalização é uma via de mão dupla: o desen- volvimento tecnológico impulsiona a globaliza- ção; esta, por sua vez, incentiva a produção de novas tecnologias. Dialogando O final do século XX caracterizou-se como um período de impressio- nantes inovações tecnológicas, especialmente nas áreas da informática, da robótica, da nanotecnologia (microchip), da fibra ótica e da biotecnolo- gia. A era da internet se consolidou no início do século XXI e a globalização informacional se intensificou. Smartphones cada vez mais sofisticados são um dos símbolos desse período de dinamização das comunicações. 15 D3-CHS-EM-3074-V1-U1-C1-010-031-LA-G21_AVU.indd 15 D3-CHS-EM-3074-V1-U1-C1-010-031-LA-G21_AVU.indd 15 9/16/20 7:20 PM 9/16/20 7:20 PM As novas sociabilidades na era digital Com a popularização da internet, tornou-se muito comum o uso do termo redes sociais. O que pode passar despercebido é que o ser humano já se relacionava em redes sociais “off-line” antes da era digital. Espaços de sociabilidade como festas, cerimônias religiosas, grupos de estudo, viagens, palestras etc. eram – e ainda são – opor- tunidades de encontro. O que a internet inaugurou foi a possibilidade de estar em contato mesmo sem a presença física. Mais do que isso, ela rompeu fronteiras. Por exemplo, um brasileiro pode conversar com um japonês sem precisar dar a volta ao planeta. A internet permite, portanto, configurações novas, próprias do mundo globalizado. A supressão da distância física operada pelo mundo virtual possibilita a formação de um espaço comum com pessoas de diversas nacionalidades. Esse novo arranjo, no entanto, não significou o fim das comunidades locais, mas certamente mudou sua dinâmica. Um exemplo disso ocorre com algumas populações indí- genas no Brasil. Muitas vivem em terras indígenas, mas não significa que estejam isoladas e não utilizem meios tecnológicos para se comunicar. Ao contrá- rio, há povos indígenas que empregam esses recursos para difundir seus costumes e lutar por seus direitos. Desse modo, a interação entre essas comunidades e a internet se dá em uma via de mão dupla. Se, por um lado, elas fazem uso da rede, utilizando-a em seu benefício, por outro, a internet também as modifica, uma vez que acabam sofrendo influências decorrentes desse intercâmbio. A internet não destruiu o mundo que existia antes dela, mas criou um mundo virtual que transformou profundamente o mundo real. Há quem diga, inclusive, que a separação entre o que é real e o que é virtual é impossível de ser feita. Segundo o filósofo francês Jean Baudrillard, (1929-2007), estaríamos vivendo uma hiper-realidade. Nela, não con- seguimos mais separar o virtual do real, uma vez que o virtual se tornou o próprio real. Para Baudrillard, não separamos mais essas duas esferas e somos muito mais guiados pelo virtual do que pelo real. Um exemplo de sua afirmação pode ser percebido na busca por cirurgias plásticas, que aumentou com a cultura da selfie. A Sociedade » Jovem kalapalo usando notebook, aldeia Aiha, Parque Indígena do Xingu (MT), 2018. O acesso às tecnologias da informação e da comunicação disponibiliza novos recursos para as populações indígenas divulgarem sua cultura. Site da Rádio Yandê, formada por indígenas de diferentes etnias. YANDÊ. Disponível em: https:/ / radioyande.com/. Acesso em: 18 jun. 2020. Dica FABIO COLOMBINI 38 D3-CHS-EM-3074-V1-U1-C2-032-051-LA-G21.indd 38 D3-CHS-EM-3074-V1-U1-C2-032-051-LA-G21.indd 38 9/15/20 11:08 PM 9/15/20 11:08 PM CONHEÇA SEU LIVRO D3-CHS-EM-3074-V1-001-009-LA-G21_AVU.indd 4 D3-CHS-EM-3074-V1-001-009-LA-G21_AVU.indd 4 9/17/20 1:24 AM 9/17/20 1:24 AM
  • 7. Retomando Atividades que visam retomar e organizar o estudo dos temas abordados. #JovensProtagonistas Você vai conhecer uma ação realizada por um jovem ou por um grupo de jovens e se inspirar nela para propor a resolução de um problema presente em sua realidade. #JovensEmAção Você vai participar ativamente de propostas focadas em práticas de pesquisa social, tendo em vista compreender aspectos da sua realidade. Atividade-síntese Você poderá perceber que um problema, um conceito ou um tema podem ser analisados por diferentes perspectivas pelos componentes curriculares que fazem parte das Ciências Humanas e Sociais Aplicadas. Leitura de imagem Você vai descobrir a riqueza de informações e significados existentes em uma imagem e a relação dela com os conhecimentos da área de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas. Retomando Equador Trópico de Câncer Círculo Polar Antártico Círculo Polar Ártico Trópico de Capricórnio 0º 0° Meridiano de Greenwich OCEANO PACÍFICO OCEANO PACÍFICO OCEANO ATLÂNTICO OCEANO ÍNDICO OCEANO GLACIAL ÁRTICO OCEANO GLACIAL ANTÁRTICO 0 2 870 Trem de alta velocidade Rodovia Rota de voo Telecomunicações 1. Leia o texto e responda às questões. [...] o conceito de globalização denota muito mais do que a ampliação de relações e atividades sociais atravessando regiões e fronteiras. É que ele sugere uma magnitude ou intensidade crescente de fluxos globais, de tal monta que Estados e sociedades ficam cada vez mais enredados em sistemas mundiais e redes de interação. Em consequência disso, ocorrências e fenômenos distantes podem passar a ter sérios impactos internos, enquanto os acontecimentos locais podem gerar repercussões globais de peso. [...] Isso não significa que, necessariamente, a ordem global suplante ou tenha precedência sobre as ordens locais, nacionais ou regionais da vida social. Antes, estas podem inserir-se em conjuntos mais amplos de relações e redes de poder inter-regionais. [...] A globalização gera uma certa mudança cognitiva, que se expressa numa conscientização popular crescente do modo como os acontecimentos distantes podem afetar os destinos locais (e vice-versa), bem como em percepções públicas da redução do tempo e do espaço geográfico. HELD, D.; MCGREW, A. Prós e contras da globalização. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001. p. 12-13. a) Segundo os autores, de que maneira ocorrem as interações entre o local, o nacional, o regional e o mundial no contexto da globalização? b) Faça uma pesquisa sobre acontecimentos globais ou medidas tomadas por outros paísesquetiveramimpactonoBrasilefatoslocaisenacionaisdoBrasilquerepercu- tiram nas relações inter-regionais ou no mundo. c)Osautorescitammudançascognitivasgeradaspelaglobalização.Conversecomumcolega sobrecomoaglobalizaçãoimpactaavidadevocês.Citemaspectospositivosenegativos. 2. Observe o mapa e responda às questões. Fontes: KHANNA, P. Connectography: mappping the future of global civilization. New York: Random House, 1996. p. XX. WORLDMAP. Exploring the world of Connectography. Cambridge: Harvard University, 2015. Disponível em: http:/ / worldmap.harvard.edu/maps/connectography/fjH. Acesso em: 12 maio 2020. » O mundo globalizado: transportes e comunicação (2016) a) Ao observar o mapa, é possível verificar uma concentração dos recursos de trans- portes e comunicação no Hemisfério Norte. Quais países e regiões aparecem com destaque? DACOSTA MAPAS Não escreva no livro Consultar as Orientações para o Professor. 28 D3-CHS-EM-3074-V1-U1-C1-010-031-LA-G21.indd 28 D3-CHS-EM-3074-V1-U1-C1-010-031-LA-G21.indd 28 9/16/20 9:18 AM 9/16/20 9:18 AM b)Porqueessesrecursosestãoconcentradosnospaíseseregiõesquevocêmencionou na questão anterior? c) Quais são as relações entre essa concentração e o aumento da desigualdade no mundo? d) Agora, observe o Brasil. Há uma concentração de rodovias, rotas de voo e estrutura detelecomunicaçõesemumaregiãodoBrasil.Elaboreumahipóteseparaexplicarpor que, historicamente, o desenvolvimento do país convergiu para essa região. 3. (Enem/MEC) Um certo carro esporte é desenhado na Califórnia, financiado por Tóquio, o pro- tótipo criado em Worthing (Inglaterra) e a montagem é feita nos EUA e México, com componentes eletrônicos inventados em Nova Jérsei (EUA), fabricados no Japão. [...]. Já a indústria de confecção norte-americana, quando inscreve em seus produtos “made in USA”, esquece de mencionar que eles foram produzidos no México, Caribe ou Filipinas. (Renato Ortiz, Mundialização e Cultura) Otextoilustracomoemcertospaísesproduz-setantoumcarroesportecaroesofisticado, quantoroupasquenemsequerlevamumaetiquetaidentificandoopaísprodutor.Defato, tais roupas costumam ser feitas em fábricas – chamadas “maquiladoras” – situadas em zonas-francas, onde os trabalhadores nem sempre têm direitos trabalhistas garantidos. A produção nessas condições indicaria um processo de globalização que a) fortalece os Estados Nacionais e diminui as disparidades econômicas entre eles pela aproximação entre um centro rico e uma periferia pobre. b) garante a soberania dos Estados Nacionais por meio da identificação da origem de produção dos bens e mercadorias. c) fortalece igualmente os Estados Nacionais por meio da circulação de bens e capitais e do intercâmbio de tecnologia. d)compensaasdisparidadeseconômicaspelasocializaçãodenovastecnologiasepela circulação globalizada da mão de obra. e)reafirmaasdiferençasentreumcentroricoeumaperiferiapobre,tantodentrocomo fora das fronteiras dos Estados Nacionais. 4. (Enem/MEC) A reestruturação global da indústria, condicionada pelas estratégias de gestão global da cadeia de valor dos grandes grupos transnacionais, promoveu um forte desloca- mento do processo produtivo, até mesmo de plantas industriais inteiras, e redirecionou os fluxos de produção e de investimento. Entretanto, o aumento da participação dos países em desenvolvimento no produto global deu-se de forma bastante assimétrica quando se compara o dinamismo dos países do leste asiático com o dos demais países, sobretudo os latino-americanos no período 1980-2000. SARTI, F.; HIRATUKA, C. Indústria mundial: mudanças e tendências recentes. Campinas: Unicamp, n. 186, dez. 2010. Adinâmicadetransformaçãodageografiadasindústriasdescritaexpõeacomplemen- taridade entre dispersão espacial e a) autonomia tecnológica. b) crises de abastecimento. c) descentralização política. d) concentração econômica. e) compartilhamento de lucros. 29 D3-CHS-EM-3074-V1-U1-C1-010-031-LA-G21.indd 29 D3-CHS-EM-3074-V1-U1-C1-010-031-LA-G21.indd 29 9/16/20 9:18 AM 9/16/20 9:18 AM Atividade síntese Diferentes visões sobre a ideia de Estado O Estado é responsável pelo bem-estar, pela liberdade e pela segurança de todos? Muitos autores questionam essa ideia. No século XIX, por exemplo, dois pensadores alemães explicaram o Estado de outras maneiras. Para o filósofo Karl Marx, (1818-1883), a sociedade se divide entre a classe dominante (a burguesia) e a classe dominada (os trabalhadores). No sistema capi- talista, o Estado é ligado aos interesses da burguesia, por isso acaba atendendo parcialmente à sociedade, uma vez que não visa às necessidades dos trabalhadores. Já para o sociólogo Max Weber, (1864-1920), o monopólio do uso legítimo da violência é a característica fundamental do Estado. A polícia e o exército, por exemplo, são forças do Estado. Assim, o Estado não cuida simplesmente da liberdade e do bem-estar de cada cidadão, mas usa seu monopólio da força para compelir os cidadãos a obedecê-lo. A definição de Marx apresenta o Estado como instru- mento de defesa e manutenção do poder de uma classe social, enquanto a de Weber mostra um Estado que pode usar a violência e coagir indivíduos, a fim de obter obediên- cia às normas. Não escreva no livro 1. Na concepção de Marx, a que interesses serve o Estado na sociedade capitalista? 2. Na visão de Weber, o Estado aumenta, mantém ou diminui a liberdade dos cidadãos? Justifique sua resposta. 3. O monopólio da violência do Estado, na concepção de Weber, significa que só o Estado pratica violência? Discuta em grupo e responda. 4. Pesquiseumtextojornalísticoqueuseotermo“Estado”.Podeserumanotícia,umedito- rialouumacrônica.Comootermoestásendoempregado?Identifique,porexemplo,qual éanoçãodeEstadoimpostaeseelaseaproximadealgumaqueestudou.Vocêtambém pode refletir sobre o papel que o Estado está cumprindo na situação que escolheu. Ter o controle do Estado é ter poder. Logo, quando um grupo de pessoas ou um segmento da sociedade se instala no Estado, ele dá as diretrizes e dita a condução da sociedade por meio das várias funções que lhe são atribuídas. Igualmente, o Estado tem conotação de poder econômico por ser responsável pela construção das principais infraestruturas de um país. O mesmo vale para o perfil ideológico, uma vez que, por meio do Estado, um governo toma decisões seguindo certa diretriz ideológica. Um governo ambientalista pode gerir o Estado de modo a reduzir a poluição e o desmatamento, por exemplo. ERNESTO REGHRAN/PULSAR IMAGENS » Policiais em Londrina (PR), 2020. Segundo Marx Weber, a polícia é um dos instrumentos do Estado para manter o monopólio da força. Consultar as Orientações para o Professor. 55 D3-CHS-EM-3074-V1-U1-C3-052-079-LA-G21.indd 55 D3-CHS-EM-3074-V1-U1-C3-052-079-LA-G21.indd 55 9/16/20 1:06 AM 9/16/20 1:06 AM O Estado sou eu Imaginequevocêestádiantedatelaaseguir.Reparequeelatemgrandesdimensões evocêterádelevantaracabeçaparaobservá-la.Inversamenteécomoseopersonagem estivesse mirando o observador de cima para baixo, demonstrando sua superioridade. O retratado em questão é Luís XIV, rei da França entre 1643 e 1715. Governou de modo absoluto, concentrando poderes sem ser questionado. Personificou o Estado absoluto ao concentrar os poderes em suas mãos. Atribui-se a ele a frase “O Estado sou eu”, ideia que resume o poder de Luís XIV durante seu reinado. Leitura de imagem » Retrato de Luís XIV, óleo sobre tela de Hyacinthe Rigaud, 1701. MUSEU DO LOUVRE, PARIS Cetro Poder e autoridade. Expressões Olhar fixo e direto para o observador; pose imponente e altiva. Peruca Peruca alta para esconder a calvície e aumentar a estatura. Espada Poder militar. Vestimenta Laços, fios de ouro e tecidos nobres. Sapatos Salto para compensar a baixa estatura. Flor-de-lis Monarquia francesa. Decoração Tapete de seda dourada e dossel de seda vermelha. 2,77m Coroa Realeza e poder monárquico. Trono Centro do poder monárquico. 1,94m 1. Quais elementos da pintura indicam o poder de Luís XIV e reforçam a ideia de que ele personificava o Estado? 2. Que mensagem se desejava transmitir ao posicionar o rei nesse cenário? 3. O governo de Luís XIV foi marcado pelo uso da indumentária e da moda como elemento essencialparaaconstruçãodesuaimagem.Indiqueelementosdapinturaquemostram o uso desse artifício e justifique. 4. A pintura fortalece a ideia do “O Estado sou eu” ou vai contra esse princípio? Não escreva no livro Consultar as Orientações para o Professor. 75 D3-CHS-EM-3074-V1-U1-C3-052-079-LA-G21.indd 75 D3-CHS-EM-3074-V1-U1-C3-052-079-LA-G21.indd 75 9/16/20 1:06 AM 9/16/20 1:06 AM Territorialidade juvenil Como já estudado anteriormente, a territorialidade é o conjunto de símbolos e identidades que compõe o sentimento de pertencimento a um território. Sendo assim, busque desvendar quais elementos das culturas dos jovens podem estar relacionados ao espaço onde vivem. Existe uma territorialidade dos jovens no seu bairro ou na sua cidade? Para responder a essa questão, você deverá construir e utilizar um questionário e seguir as seguintes etapas: problematização e pesquisa; objetivos; montagem e aplicação do questionário; análise e interpretação dos resultados; e divulgação do relatório final. 1a Etapa • Problematização e pesquisa a) Partindodasquestões:Existeumaterritorialidadejuvenilnoseubairroouna sua cidade? Se sim, em que consiste essa territorialidade? Como os jovens que vivem nesse território expressam sua cultura? Como o fato de viver nesse território influi na cultura que expressam? Faça uma pesquisa sobre as culturas dos jovens no território onde você vive, utilizando trabalhos científicos, jornais (locais ou de grande circulação), portais confiáveis da internet e/ou livros para conhecer mais essa realidade. 2a Etapa • Definindo os objetivos b) Reúna-se com toda a turma e compartilhem os resultados dessa primeira investigação. c) Discutam quais serão os objetivos da pesquisa e a quais perguntas vocês pretendem responder. d) Definam qual será o recorte da sua amostra ou o público-alvo, isto é, quem serão as pessoas que responderão ao questionário, quais são os requisitos essa pessoa precisa cumprir, por exemplo: a faixa etária, o local de moradia etc.Éprecisodefinirtambémotamanhodaamostra,istoé,quantaspessoas vão participar da pesquisa. » Caso se decida pela aplicação presencial do questionário, é importante refletir sobre como abordar pessoas desconhecidas. É preciso que você se apresente, explicando quem é, em qual escola estuda e quais são os objetivos da sua pesquisa. Certamente isso facilitará o seu trabalho. PROSTOCK-STUDIO/SHUTTERSTOCK.COM/2018 152 #JovensEmAção Territorialidade juvenil Como já estudado anteriormente, a territorialidade é o conjunto de símbolos Construção e uso de questionário D3-CHS-EM-3074-V1-U2-C6-130-153-LA-G21.indd 152 D3-CHS-EM-3074-V1-U2-C6-130-153-LA-G21.indd 152 9/16/20 9:30 AM 9/16/20 9:30 AM 3a Etapa • Montagem e aplicação do questionário e) Partindo das questões gerais, dos objetivos definidos pela turma e da defi- nição da amostra, vocês precisarão pensar sobre quais perguntas deverão constar no questionário. Definam também a quantidade de perguntas, lembrando-se de que quanto maior o questionário, maior é a chance de não ser respondido por completo ou de maneira satisfatória. Algumas 4a Etapa • Análise e interpretação dos resultados g) Leiam todas as respostas dos questionários e, coletivamente: pensem e discutam se as perguntas feitas na etapa 2 podem ser respondidas. Caso as perguntas não tenham sido respondidas, é importante refletir e criar hipóteses sobre as razões disso. h) Sistematizemessadiscussãonaformaqueformaisconveniente:umtexto, um vídeo, ou outro recurso que acharem mais adequado. 5a Etapa • Divulgação i) Compartilhem o relatório final com a comunidade escolar usando a rede socialoficialdaescolaouemsuasprópriascontasemarquemaspostagens com a #JovensEmAção. questões-base podem ser feitas para ajudar na formulação do questionário final: a forma de se vestir dos jovens, a música que escutam, como e onde se reúnem e para realizar qual ati- vidade (isto é, como ocupam o espaço), como se sentem em relação a esse espaço (memória e afetividade). f) Definam quais serão os locais emquevocêsirãoparaaplicar o questionário, por exemplo: na escola, na praça do bairro, no campo de futebol etc., ou seeleseráon-line.Alémdisso, definamquantosquestioná- rios serão aplicados. para ajudar na formulação do questionário final: a forma de se vestir dos jovens, a música que escutam, como e onde se reúnem e para realizar qual ati- vidade (isto é, como ocupam o espaço), como se sentem em relação a esse espaço Definam quais serão os locais emquevocêsirãoparaaplicar o questionário, por exemplo: na escola, na praça do bairro, (Cabeçalho) Escola (nome da escola) Trabalho de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas (Dados do respondente) Nome: Idade: Local de moradia (cidade/bairro): Data: (Perguntas) Você assistiu ao último jogo do seu time de futebol preferido? ( ) Sim ( ) Não ( ) Não me lembro Quando foi a última vez que você assistiu ao jogo do seu time de futebol preferido? EDITORIA DE ARTE 153 D3-CHS-EM-3074-V1-U2-C6-130-153-LA-G21.indd 153 D3-CHS-EM-3074-V1-U2-C6-130-153-LA-G21.indd 153 9/16/20 9:30 AM 9/16/20 9:30 AM Territorialidade imigrante 1o Passo • Conhecer ações inspiradoras realizadas por jovens Leia o texto a seguir para conhecer a iniciativa de estudantes descendentes de bolivianos da cidade de São Paulo e o seu projeto “Sí, you te entiendo!” Não é fácil ser um estrangeiro. Mais difícil ainda é sentir-se um estrangeiro em seu próprio país. Preocupadas com a sensação de não pertencimento dos estudantes imi- grantes da EMEF Infante Dom Henrique / Escritora Carolina Maria de Jesus, em São Paulo (SP) – que somam cerca de 20% do total de alunos da escola –, as amigas descen- dentes de bolivianos Thais Jaimes Lopez e Jaqueline Clara Larico Huanca, ambas com 12 anos, e Mariana Victoria Calle Quispe, 13, decidiram que precisavam fazer algo para mudar aquela situação. “A ideia do projeto surgiu porque havia muitos grupinhos de bolivianos na nossa escola que ficavam sozinhos no recreio, já que tinham medo de sofrer preconceito”, conta Mariana. Foi quando as meninas decidiram dar aulas de espanhol para os estudantes brasilei- ros do 5o ao 8o ano. Elas convenceram dois amigos – também descendentes de bolivianos – a organizarem as atividades com elas e pediram o apoio de duas professoras, tanto para negociar com a direção da escola um espaço para as aulas e sua divulgação quanto para planejar os encontros. Foi um sucesso! Ao todo, 70 estudantes se interessaram, mais do que o dobro das 30 vagas disponibilizadas. [...] Ela explica que o nome do projeto “Sí, yo te entiendo!” foi uma maneira de mostrar que as garotas entendem o sofrimento dos colegas, porque já viveram o que eles estão passando. E também uma forma de aproximação e de aprendizado dos idiomas espa- nhol e português, facilitando a comunicação e o relacionamento entre os estudantes. [...] O projeto foi transformador para as alunas. “Aprendemos muita coisa. Eu era muito tímida, nem falava. Eu tinha vergonha até de falar com a professora e hoje sou capaz de dar aulas”, diz Mariana. [...] “Esse projeto tem potencial de provocar a mudança nas bases da educação: quando tivemos oportunidade de aprender com elas e ensinar ao mesmo tempo estávamos criando algo novo, algo que quebra barreiras, transpõe limites, iguala pessoas”, diz Jessica [Silva Salomão, a professora que auxiliou as alunas]. Era isso que Thais, Mariana e Jaqueline queriam: mais igualdade e menos preconceito. Conseguiram. ZEBINI, D. Sí, yo te entendo. Criativos da Escola,19 jan. 2018. Disponível em: https:/ /criativosdaescola.com.br/si-yo-te-entiendo-estudantes-derrubando-preconceitos/. Acesso em: 21 jul. 2020. 150 #JovensProtagonistas D3-CHS-EM-3074-V1-U2-C6-130-153-LA-G21.indd 150 D3-CHS-EM-3074-V1-U2-C6-130-153-LA-G21.indd 150 9/16/20 9:30 AM 9/16/20 9:30 AM » Descendentes e imigrantes bolivianos expressam suas culturas típicas na praça Kantuta, bem próxima à escola do projeto, no bairro do Canindé, na cidade de São Paulo (SP). Fotografia de 2012. 2o Passo • Mapear a realidade a) Qual é o motivo principal das alunas Thais, Jaqueline e Mariana pensarem nas ações do projeto “Sí, you te entiendo!”? b) Sua escola tem pessoas de outros países? Você tem situações parecidas em sua escola como as relatadas na escola EMEF Infante Dom Henrique / Escritora Carolina Maria de Jesus? 3o Passo • Atuar na comunidade c) Reúna-se em grupos de três ou quatro estudantes e façam uma pesquisa sobre o cotidiano de pessoas estrangeiras, ou descendentes que mantêm aspectos da cultura de seus pais ou avós, nas escolas brasileiras, buscando entender os dilemas e desafios de se viver em um país diferente. d) Emseguida,façamumarodadeconversaecomparemosresultadosdapes- quisa com a sua realidade escolar, pensando em ações de acolhimento não só de estudantes estrangeiros, mas de todos os que sofrem algum tipo de preconceitooudiscriminação,sejaporsuacordepele,etnia,nacionalidade, orientação sexual etc. 4a Passo • Compartilhar o trabalho com a comunidade e) Reúna-se em grupos, retome o que foi discutido até aqui e planejem como apresentar a sua comunidade os resultados de sua pesquisa, fazendo vídeos curtos, cartazes, manifestações ou mesmo apresentações cultu- rais que relatem o tema e expressem suas opiniões sobre o preconceito e a xenofobia. ALEXANDRE TOKITAKA/PULSAR IMAGES 151 D3-CHS-EM-3074-V1-U2-C6-130-153-LA-G21.indd 151 D3-CHS-EM-3074-V1-U2-C6-130-153-LA-G21.indd 151 9/16/20 9:30 AM 9/16/20 9:30 AM D2-CHS-EM-3074-V1-001-009-LA-G21.indd 5 D2-CHS-EM-3074-V1-001-009-LA-G21.indd 5 9/16/20 11:25 PM 9/16/20 11:25 PM
  • 8. Sumário CAPÍTULO 1 Globalização: que fenômeno é esse? | 12 A relação entre território e globalização | 12 Entendendo a globalização | 13 O processo de formação do mundo globalizado | 14 Globalização desigual | 16 A economia digital | 17 Globalização e regionalização | 20 União Europeia | 20 Integração, imigração e xenofobia | 22 Globalização e a covid-19 | 24 Retomando | 28 CAPÍTULO 2 Globalização: espaço, tempo e técnicas | 32 Globalização, tempo e espaço | 32 O espaço geográfico e a globalização | 33 Os impactos das TDIC | 35 As novas sociabilidades na era digital | 38 Reflexões sobre culturas e identidades no mundo globalizado | 41 O global no local, o local no global | 46 CAPÍTULO 4 Formação do território onde hoje é o Brasil | 82 Território, limite e fronteira | 82 As novas fronteiras da América portuguesa | 83 Os soldados | 83 Globalização e território | 10 Formação territorial da América | 80 1 Unidade 2 Unidade Territórios e territorialidades | 46 O multiculturalismo | 47 A cultura juvenil globalizada | 48 Retomando | 50 CAPÍTULO 3 As relações internacionais contemporâneas | 52 O sistema internacional | 52 O Estado | 53 Estado, nação e nacionalismos | 56 O separatismo espanhol | 57 O sistema internacional e a ordem mundial | 59 A Guerra Fria e o mundo bipolar | 60 Espionagem e contraespionagem | 61 A nova ordem mundial | 62 Do 11 de Setembro à ordem atual | 64 Organismos internacionais | 65 A Organização das Nações Unidas | 65 Demais organismos internacionais | 67 Organizações não governamentais (ONGs) | 69 As ONGs no Brasil | 70 Retomando | 71 #JovensProtagonistas | 76 #JovensEmAção | 78 Os jesuítas | 85 Os bandeirantes | 86 » São Paulo, capital bandeirante | 86 » As bandeiras | 86 » A caça ao indígena | 87 » O sertanismo de contrato | 87 D2-CHS-EM-3074-V1-001-009-LA-G21.indd 6 D2-CHS-EM-3074-V1-001-009-LA-G21.indd 6 9/16/20 11:25 PM 9/16/20 11:25 PM
  • 9. A busca de ouro e de diamantes | 89 Ouro e fome | 90 A pecuária colonial | 90 Mudanças no território colonial | 91 As novas fronteiras | 92 Novas fronteiras: séculos XIX e XX | 93 As fronteiras e o vazio | 95 Brasil atual: território e população | 98 Retomando | 100 CAPÍTULO 5  Formação do território da América espanhola | 104 Indígenas na América: identidade e diversidade | 104 Os maias | 105 Ciência e arte | 106 O abandono das cidades maias | 106 Os mexicas | 108 A expansão guerreira dos mexicas | 108 As obrigações dos povos submetidos | 109 Os incas | 110 Economia inca | 111 O ayllu e a mita | 111 Concepções filosóficas indígenas | 112 Afilosofia mexica e a teotl | 112 Afilosofia andina | 113 A conquista das terras astecas | 114 A conquista das terras incas | 114 As razões da Conquista: um novo olhar | 116 A resistência indígena | 117 A colonização | 118 O trabalho forçado dos ameríndios | 118 A mineração | 118 A agropecuária | 119 A administração colonial | 120 As lutas sociais na América | 120 A Revolta de Túpac Amaru | 121 Base Nacional Comum Curricular | 154 Referências bibliográficas comentadas | 157 A crise nos domínios espanhóis da América | 122 As tropas de Napoleão invadem a Espanha | 123 As guerras da independência na América | 123 San Martín e Bolívar | 124 Independências e fragmentação | 124 Retomando | 126 CAPÍTULO 6  Formação do território da América do Norte | 130 Colonização inglesa da América | 130 A ocupação da América inglesa | 130 Os primeiros colonos | 131 As Treze Colônias | 132 » As colônias do Centro-Norte | 133 » As colônias do Sul | 134 » A organização política das Treze Colônias | 134 Formação dos Estados Unidos | 135 As relações entre a Inglaterra e as Treze Colônias da América do Norte | 135 O movimento de independência | 137 Os primeiros anos dos Estados Unidos | 139 Repercussões da independência | 139 A expansão territorial | 140 A Marcha para o Oeste | 140 » Destino Manifesto | 142 A Doutrina Monroe | 142 O Corolário Roosevelt e a política do Big Stick | 145 Hegemonia da cultura estadunidense | 147 Retomando | 148 #JovensProtagonistas | 150 #JovensEmAção | 152 D3-CHS-EM-3074-V1-001-009-LA-G21_AVU.indd 7 D3-CHS-EM-3074-V1-001-009-LA-G21_AVU.indd 7 19/09/2020 20:29 19/09/2020 20:29
  • 10. 8 CONHEÇA O VOLUME 8 Objetivos a serem desenvolvidos neste Volume Ao realizar os estudos propostos neste livro da coleção, espera-se que os objetivos apre- sentados a seguir sejam alcançados.  Investigar o fenômeno da globalização e compreender seus impactos no mundo contemporâneo.  Entender a formação do mundo globalizado.  Analisar os impactos da globalização nos processos produtivos e na economia.  Compreender as regionalizações ocorridas no mundo desde o século passado.  Contextualizar fenômenos políticos e sociais decorrentes deste processo múltiplo de inte- gração e identificar as consequências do aumento da circulação de pessoas e mercadorias no mundo.  Compreender as transformações do espaço geográfico no contexto da globalização.  Analisar os impactos das tecnologias digitais de informação e comunicação nas diferentes sociedades.  Refletir sobre culturas e identidades no mundo globalizado.  Investigar a interação entre as escalas local e global.  Contextualizar o multiculturalismo e a cultura juvenil na globalização.  Compreender a organização do sistema internacional por meio do conceito de Estado.  Analisar a formação e a atuação dos Estados, diferenciando-os dos conceitos de nação e nacionalismos.  Refletir sobre a configuração das ordens mundiais e seus principais atores.  Discutir o papel dos organismos internacionais.  Analisar o papel das organizações não governamentais na atualidade.  Compreender os conceitos de território, limite e fronteira.  Analisar o processo de formação territorial da América portuguesa e a ocupação do espaço que viria a se tornar o Brasil.  Discutir os meios que levaram às novas fronteiras brasileiras, nos séculos XIX e XX.  Problematizar o avanço das fronteiras da ocupação brasileira ao longo do século XX.  Caracterizar o território e a população do Brasil atual.  Compreender as identidades e a diversidade entre os indígenas da América Latina. D2-CHS-EM-3074-V1-001-009-LA-G21.indd 8 D2-CHS-EM-3074-V1-001-009-LA-G21.indd 8 9/16/20 11:25 PM 9/16/20 11:25 PM
  • 11. 9  Analisar a complexidade da história e da cultura de maias, mexicas e incas.  Conhecer as concepções religiosas indígenas.  Contextualizar e problematizar a conquista e a colonização da América pelos europeus.  Reconhecer as resistências indígenas e as lutas sociais na América colonial.  Relacionar os processos de independência e de fragmentação da América espanhola.  Compreender as especificidades da colonização da América do Norte.  Analisar o processo de formação do território estadunidense.  Debater sobre as influências dos Estados Unidos na cultura e modo de vida mundiais. Justificativa da pertinência dos objetivos As propostas ao longo do volume visam desenvolver habilidades essenciais para sua forma- ção como cidadão. O estudo do mundo contemporâneo por meio da globalização, por exemplo, é importante para que você possa se posicionar criticamente frente a processos que produzem profundos impactos em sua trajetória individual e comunitária. Temas atuais do debate público, como os impactos das tecnologias digitais da informação e da comunicação, são analisados como parte da formação para a cidadania no século XXI. O entendimento dos processos sociais, políticos e econômicos que resultaram na maneira como os diversos países se relacionam atualmente é essencial para compreender os conflitos que se desenrolam no cenário mundial. Com isso, são oferecidos instrumentos para que você possa tomar posições no debate público, o que contribui para a formação de cidadãos prontos a contribuir para a construção de uma sociedade mais justa, plural e democrática. O estudo das dinâmicas de ocupação do território na América e dos processos políticos, demo- gráficos e econômicos neste continente desde o período colonial até os dias atuais auxilia na compreensão de que o Brasil, os outros países latino-americanos e os Estados Unidos são frutos de um processo socioespacial de longa duração. As diferentes ocupações humanas e os conflitos travados ao longo do tempo na América possuem fortes reverberações atualmente. Desse modo, a compreensão dos processos humanos iniciados no passado é essencial para a elaboração de análises sobre a América na contemporaneidade. Esses olhares possibilitam a você desenvolver fundamentos para um posicionamento autônomo frente à realidade e requisitos para defender suas ideias com argumentos sólidos, necessários à sua atuação como protagonista no meio social. D2-CHS-EM-3074-V1-001-009-LA-G21.indd 9 D2-CHS-EM-3074-V1-001-009-LA-G21.indd 9 9/16/20 11:25 PM 9/16/20 11:25 PM
  • 12. U N I D A D E 1 Desde a Revolução Industrial do século XVIII, o desenvolvimento tecnológico não parou mais. A ino- vação tecnológica redimensionou a noção de tempo e espaço: o que era demorado se tornou rápido; o distante, perto. Esse processo de aproximação das localidades continua acontecendo no século XXI. Entender o redimensionamento do tempo e do espaço é crucial para nos situarmos no mundo contemporâneo. Não escreva no livro 1. E você, como percebe a passagem do tempo? Entende que o mundo nos cobra rapidez? 2.Você acha que todos têm acesso a tecnolo- gia? Conhece pessoas que não se adaptam aos avanços tecnológicos ou se recusam a se relacionar com ela? 3.Como você entende o papel da tecnologia em sua vida? Globalização e território » Ao lado, a cidade de Kuala Lumpur, na Malásia, atravessada por fios luminosos que sugerem conexões do mundo contemporâneo. Imagem artística de 2015. COMPETÊNCIAS E HABILIDADES DA BNCC: O texto integral das competências e das habilidades encontra-se no final do livro. Competências gerais: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9 e 10 Ciências Humanas e Sociais Aplicadas Competências específicas: 1, 2, 3, 4, 5 e 6 Habilidades: EM13CHS101, EM13CHS102, EM13CHS103, EM13CHS104, EM13CHS106, EM13CHS201, EM13CHS202, EM13CHS204, EM13CHS205, EM13CHS301, EM13CHS302, EM13CHS306, EM13CHS401, EM13CHS403, EM13CHS404, EM13CHS502, EM13CHS503, EM13CHS504, EM13CHS604 e EM13CHS605 Consultar as Orientações para o Professor. 10 D3-CHS-EM-3074-V1-U1-C1-010-031-LA-G21_AVU.indd 10 D3-CHS-EM-3074-V1-U1-C1-010-031-LA-G21_AVU.indd 10 9/16/20 9:20 PM 9/16/20 9:20 PM
  • 14. 1 CAPÍTULO A relação entre território e globalização No estudo das Ciências Humanas, particularmente em Geografia, História e Antropologia, há uma categoria analítica muito importante para entender a huma- nidade, as sociedades e as relações políticas e de poder: o território. Território é o nome político para o espaço físico de um país ou de um Estado delimitado por suas fronteiras. A existência de um país requer, antes de tudo, a presença de um povo e de um território onde esse país exerce sua soberania. Desde o advento da globalização, passamos a viver um período de trans- nacionalização do território. Isso significa que a existência de muitas empresas transnacionais e de fluxos internacionais de capital possibilita que o funcionamento e a organização territorial incorporem lógicas de outros países, numa intensidade nunca antes vista. Assim, o território é mais do que um espaço físico controlado por um Estado. Por sua dinâmica social, política, econômica e histórica, ele também pode ser defi- nido pelas maneiras como é usado e organizado. Por isso, o território é um objeto de preocupação e análise social, não apenas físico com fronteiras e recursos natu- rais. Como afirma o geógrafo Milton Santos, é o uso do território que faz dele objeto de análise social, não o território em si mesmo. Globalização: que fenômeno é esse? Categoria analítica: conceito teórico que orienta uma ou mais ciências. » Rua comercial em Tóquio (Japão), com lojas e restaurantes locais e internacionais: exemplo de território globalizado. Fotografia de 2018. NOOB PIXEL/SHUTERSTOCK.COM 12 Professor: a categoria “território” é um dos conceitos operacionais na discussão da Base Nacional Curricular Comum como eixo teórico do aprendizado em Ciências Humanas e Sociais Aplicadas. Particularmente na Geografia há uma ampla discussão sobre esse conceito que refuta o território como meramente físico, como se manifesta na visão de Claude Raffestin de “território vivido” ou de Milton Santos como “território usado”. Esses são balizamentos utilizados nesta obra, o de território como categoria de poder e com conotação política. D3-CHS-EM-3074-V1-U1-C1-010-031-LA-G21.indd 12 D3-CHS-EM-3074-V1-U1-C1-010-031-LA-G21.indd 12 9/16/20 9:18 AM 9/16/20 9:18 AM
  • 15. PARTES QUE NÃO APARECEM Trem de pouso (Inglaterra) Partes menores da asa (Canadá) Portas do trem de pouso (Canadá) Portas de acesso à área de carga (Suécia) Portas de acesso dos passageiros (França) Motores (EUA e Inglaterra) ERIKA ONODERA A globalização interfere nas decisões políticas, sociais, ambientais, econômi- cas e culturais tomadas por governos de todo o mundo. Os principais agentes da globalização são os grandes organismos internacionais, as transnacionais (TNCs) e as potências mais influentes. Ao definirem os caminhos e destinos a partir de suas sedes, eles interferem no espaço local, gerando muitas vezes perda de identida- des. Um indivíduo que tem seu lastro cultural e territorial em determinado lugar é compelido a se submeter aos agentes globais. Assim, espaços locais convivem ou cedem lugar para espaços globais. Contudo, em muitos lugares, a força da cultura, dos costumes e das formas de organização social prevalece, resiste e não se perde. Ao contrário, beneficia-se das conquistas sociais e tecnológicas da globalização para se fortalecer. É o que o geógrafo Milton Santos chamou de “a força do lugar”. Fonte: CULTURAL COMPETENCIES. Globalization: examples in Engineering. Utah: Brigham Young University, 2011. Disponível em: http:/ /byuipt. net/PGVT/index. php?path=/ lessons/01/02.php. Acesso em: 7 maio 2020. PARTES QUE NÃO APARECEM (Inglaterra) Partes menores da asa (Canadá) Portas do trem de pouso (Canadá) Portas de acesso à área de carga Portas de acesso dos (França) (EUA e Inglaterra) A globalização interfere nas decisões políticas, sociais, ambientais, econômi- cas e culturais tomadas por governos de todo o mundo. Os principais agentes da globalização são os grandes organismos internacionais, as transnacionais (TNCs) e Fonte: CULTURAL COMPETENCIES. Globalization: examples in Ponta das asas (Coreia do Sul) Estabilizador horizontal (Itália) Fuselagem central (Itália) Fuselagem da frente (Japão) Fuselagem da frente (EUA) Caixa da asa central (Japão) Asa (Japão) Vanguarda fixa e móvel (EUA) Poço da roda do trem de pouso (Japão) Borda de fuga fixa (Japão) Borda de fuga móvel (Austrália) Fuselagem de trás (EUA) Barbatana de cauda (EUA) Entendendo a globalização Não existe uma ideia única do que venha a ser globalização, mas há um con- senso de que se trata de um processo múltiplo de forte integração internacional e de interdependência entre os locais e as economias nacionais, marcado por pro- cedimentos de descentralização da produção. A rapidez e a intensidade do fluxo de pessoas, de informação, de mercadorias e de capital caracterizam essa etapa histórica de marcante desenvolvimento tecnológico. Para exemplificar esse processo descentralizador, observe a ilustração a seguir. Ela mostra onde são fabricados os componentes do avião Boeing 787 Dreamliner: são nove países envolvidos na produção (Estados Unidos, Coreia do Sul, Japão, Itália, Austrália, Inglaterra, Canadá, Suécia e França). Isso se tornou cada vez mais comum com a globalização. 13 D3-CHS-EM-3074-V1-U1-C1-010-031-LA-G21.indd 13 D3-CHS-EM-3074-V1-U1-C1-010-031-LA-G21.indd 13 9/16/20 9:18 AM 9/16/20 9:18 AM
  • 16. O processo de formação do mundo globalizado A primeira vez que a expressão globalização foi utilizada da forma que hoje conhecemos foi em 1983, quando o economista britânico Theodore Levitt publicou o artigo The globalization of markets (A globalização dos mercados) para tradu- zir a dimensão da integração na qual os mercados mundiais adentravam. Aquele período coincidia com o fortalecimento de uma doutrina capitalista, o neolibera- lismo, simultaneamente ao colapso dos regimes socialistas pró-União Soviética. Nas duas décadas seguintes, surgiram diversos estudos e debates, gerando inú- meros trabalhos e definições sobre o conceito. Muitos entendem que a expansão ultramarina do século XVI pode ser con- siderada o passo inicial do fenômeno tal qual conhecemos hoje, uma espécie de “pré-história” do processo. Isso porque, apesar de as inúmeras sociedades e povos existentes no planeta sempre terem se movimentado por territórios, desde tempos remotos, e realizado trocas de mercado- rias por meio do escambo, acredita-se que foi a partir das Grandes Navegações, no final do século XV e no início do século XVI, que o contato entre povos de várias partes do mundo ficou mais intenso. As relações comerciais deixaram de ter uma lógica local ou regional e passaram a ter uma escala global, abrangendo, a partir de então, quatro continentes: Europa, Ásia, África e América. Ocorria a amplia- ção geográfica do mundo por meio da primeira etapa do capitalismo, o mercantilismo. » O mais antigo mapa conhecido, que mostra, pela primeira vez, a representação cartográfica de partes da América, é o de Cantino, produzido em 1502. A expansão ultramarina incentivou o desenvolvimento da cartografia e iniciou o contato entre povos de diversas partes do mundo. BIBLIOTECA UNIVERSITARIA ESTENSE, MODENA, ITALY Neoliberalismo: doutrina que defende a não intervenção do Estado na economia. Escambo: troca direta de um produto por outro. Por muito tempo, o sal foi uma importante referência como moeda de troca na economia por escambo. Essa é a origem da palavra salário. 14 D3-CHS-EM-3074-V1-U1-C1-010-031-LA-G21.indd 14 D3-CHS-EM-3074-V1-U1-C1-010-031-LA-G21.indd 14 9/16/20 9:18 AM 9/16/20 9:18 AM
  • 17. Um segundo momento importante da expansão do horizonte geográfico se deu com a Revolução Industrial nos séculos XVIII e XIX. A inovação tecnológica trazida por ela alterou a percepção de tempo e espaço: o que era lento tornou-se rápido, o que era distante ficou mais próximo. A invenção do telégrafo, por exemplo, revolucionou a forma de se comunicar, e muitos entendem que ele foi o precursor da internet. As locomotivas, que substituíram as carroças, revolucionaram os meios de transportes; os navios a vapor sucederam as caravelas no século XIX. Desde então, as inovações industriais e tecnológicas não cessaram, dinamizando a internacionalização e a mun- dialização do processo que hoje conhecemos como globalização. A Guerra Fria, que se seguiu ao término da Segunda Guerra Mundial, igualmente foi um grande fomentador de inovações tecnológicas. Veja exemplos de algumas áreas. • Aeroespacial: lançamentos de satélites, como o Sputnik. • Computação: surgimento do Eniac, o primeiro computador; da internet, com o nome de Arpanet, e dos primeiros computadores com processadores mais dinâmicos (CPU). • Eletroeletrônicos: invenção da câmera digital, do micro-ondas e da televisão em cores. • Geoprocessamento: criação do GPS. © CORBIS/GETTY IMAGES » Eniac, o primeiro computador, possuía 40 painéis e pesava 30 toneladas. Na fotografia, Eniac na Universidade da Pensilvânia (Estados Unidos), em 1946. Livro que apresenta as principais teorias da globalização. IANNI, O. Teorias da globa- lização. 9. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2001. Dica  Converse com os cole- gas sobre como a rela- ção entre tecnologia e globalização é uma via de mão dupla: o desen- volvimento tecnológico impulsiona a globaliza- ção; esta, por sua vez, incentiva a produção de novas tecnologias. Dialogando O final do século XX caracterizou-se como um período de impressio- nantes inovações tecnológicas, especialmente nas áreas da informática, da robótica, da nanotecnologia (microchip), da fibra ótica e da biotecnolo- gia. A era da internet se consolidou no início do século XXI e a globalização informacional se intensificou. Smartphones cada vez mais sofisticados são um dos símbolos desse período de dinamização das comunicações. 15 D3-CHS-EM-3074-V1-U1-C1-010-031-LA-G21_AVU.indd 15 D3-CHS-EM-3074-V1-U1-C1-010-031-LA-G21_AVU.indd 15 9/16/20 7:20 PM 9/16/20 7:20 PM
  • 18. Globalização desigual Como vimos, a descentralização do processo produtivo e a mundialização da economia são características centrais da globalização. No entanto, países ricos e pobres estão envolvidos de formas diferentes. Embora a participação dos países do Sul na economia global tenha aumentado, os países ricos concentram quase a totalidade dos grandes investimentos, assim como as sedes das chamadas empresas transnacionais, as maiores do mundo. Observando a tabela a seguir, que mostra a localização das cem maiores empresas transnacionais do globo, per- cebe-se a concentração das sedes nos países mais ricos. » Sedes das cem maiores empresas transnacionais do mundo (2019) País Quantidade Estados Unidos 35 China 23 Japão 8 Alemanha 8 França 5 Coreia do Sul 3 Itália 3 Rússia 3 Grã-Bretanha 2 Holanda 2 Suíça 2 Espanha 1 Arábia Saudita 1 Taiwan 1 Singapura 1 Brasil 1 México 1 Fonte: FORTUNE. Global 500. Nova York, 2020. Disponível em: https:/ /fortune.com/global500/ 2019/search/. Acesso em: 7 maio 2020. Assim como as transnacionais se dispersam pelo planeta, cada vez mais os mercados financeiros internacionais aumentam o fluxo de investimentos. As ferramentas tecnológicas contemporâneas sofisticaram os métodos de ampliação e reprodução do capital por Documentário que apresenta uma entrevista com Milton Santos e discute os problemas da globalização. ENCONTRO com Milton Santos: o mundo global visto do lado de cá. Direção: Silvio Tendler. Brasil: Ana Rosa Tendler, 2006. Vídeo (89 min). Disponível em: https:/ /necat.ufsc.br/encontro- -com-milton-santos-o-mundo- -global-visto-do-lado-de-ca/. Acesso em: 15 ago. 2020. Dica  Em 2019, as três maio- res economias do mun- do eram Estados Unidos, China e Japão. Observe novamente a tabela ao lado e estabeleça re- lações entre ela e essa afirmação. Converse com os colegas sobre isso. Dialogando Países do Sul: expressão que se tornou sinônimo de países em desenvolvimento ou países pobres. 16 D3-CHS-EM-3074-V1-U1-C1-010-031-LA-G21.indd 16 D3-CHS-EM-3074-V1-U1-C1-010-031-LA-G21.indd 16 9/16/20 9:18 AM 9/16/20 9:18 AM
  • 19. Serviços digitais Economia de plataforma Economia de partilha Economia Gig Comércio eletrônico E-business Agricultura de precisão Economia algorítmica Indústria 4.0 Escopo estreito: economia digital Núcleo: setor digital (TI / TIC) Amplo escopo: economia digitalizada Fabricação de hardware Telecomunicações Consultoria de software e TI Serviços de informação meio dos ativos e dos fluxos de investimentos, que participam das bolsas de valores do mundo todo por meio dos mercados de capitais. Uma das características do circuito financeiro contemporâneo é a alta capaci- dade de, por meios cibernéticos, transferir recursos de uma bolsa localizada em um ponto do planeta para outra. Essa movimentação instantânea de capitais é conhecida como volatização financeira ou capital volátil: ao menor sinal de perda ou risco em uma localidade, migra-se o capital instantaneamente para outra. A economia digital A economia digital, também conhecida como nova economia, é aquela relacionada aos novos negócios digitais e das tecnolo- gias da informação, contrapondo-se, de certa forma, à economia tradicional. Suas opera- ções utilizam principalmente recursos digitais, como internet, nuvens, aplicativos, celulares, comércio eletrônico e plataformas digitais. A economia digital é a nova face da globalização. Veja, no gráfico ao lado, quais áreas fazem parte da economia digital. » Bolsa de Nova York (Estados Unidos), 2020. Ela é uma das mais importantes do mundo, ao lado das bolsas Nasdaq (Estados Unidos), de Londres (Reino Unido), de Xangai (China) e de Tóquio (Japão). DAVID DEE DELGADO/GETTY IMAGES SONIA VAZ » As áreas da economia digital Fonte: UNCTAD. Digital Economy Report 2019. Nova York, 2019. p. 6. Disponível em: https:/ /unctad.org/en/PublicationsLibrary/der2019_ en.pdf. Acesso em: 11 maio 2020. 17 D3-CHS-EM-3074-V1-U1-C1-010-031-LA-G21.indd 17 D3-CHS-EM-3074-V1-U1-C1-010-031-LA-G21.indd 17 9/16/20 9:18 AM 9/16/20 9:18 AM
  • 20. Essa realidade tem um impacto decisivo na vida do jovem brasi- leiro, tanto na realidade escolar como no mercado de trabalho. Por exemplo, a pandemia da covid-19, que determinou o fechamento das escolas em 2020, levou ao uso diário de plataformas digitais de ensino durante o período de isolamento social para dar continuidade ao processo educativo.  A pandemia da covid-19, iniciada no Brasil em fe- vereiro de 2020, inter- rompeu seus estudos escolares ou você conse- guiuacompanharbemas aulas pelas plataformas digitais? Dialogando PIB: Produto Interno Bruto é a soma das riquezas de uma nação, ou seja, tudo o que foi produzido pelos vários setores de atividades econômicas ao longo de um ano. A economia digital, assim como verificado em outras fases do capitalismo, não ocorre de maneira igualitária em todo o globo. Por isso, ela está produzindo uma assimetria tecnológica entre países ricos e pobres, países desenvolvidos e em desenvolvimento. De acordo com o relatório Digital Economy Report, da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD), de 2019, que analisou o fluxo, os dados e os valores da economia digital, o fosso entre países ricos e pobres aumentou, concentrando ainda mais a nova economia digital em apenas dois países: Estados Unidos e China. Isso se deve ao poderio econômico dessas duas nações, que apresentam os maiores PIBs mundiais. Observe os dados do infográfico da página a seguir, que mostra como a economia digital mundial está nas mãos de estadunidenses e chineses. » Escola pública em Brasília sendo desinfectada durante a pandemia provocada pelo novo coronavírus em junho de 2020. ANDRESSA ANHOLETE/GETTY IMAGES 18 D3-CHS-EM-3074-V1-U1-C1-010-031-LA-G21.indd 18 D3-CHS-EM-3074-V1-U1-C1-010-031-LA-G21.indd 18 9/16/20 9:18 AM 9/16/20 9:18 AM
  • 21. Para refletir e argumentar Economia digital, tecnologia e desigualdade Não escreva no livro 1. Com o auxílio do professor, forme um grupo com quatro ou cinco estudantes. Depois, selecionemevidênciasdoinfográficoquemostremaconcentraçãodigitalnosEstados Unidos e na China. 2. Conversem sobre possíveis razões para explicar esse fenômeno. Elaborem hipóteses utilizando seus conhecimentos prévios e o que vocês aprenderam nesse capítulo. 3. Componham argumentos para explicar por que a diferença de gêneros se torna maior com a desigualdade digital. 4. Registrem no caderno as evidências selecionadas na questão 1 e as hipóteses e os argumentos desenvolvidos nas questões 2 e 3. Fonte: UNCTAD. Digital Economy Report 2019. Nova York, 2019. p. 2. Disponível em: https:/ /unctad.org/en/PublicationsLibrary/der2019_ en.pdf. Acesso em: 11 maio 2020. ERIKA ONODERA Consultar as Orientações para o Professor. 19 D3-CHS-EM-3074-V1-U1-C1-010-031-LA-G21.indd 19 D3-CHS-EM-3074-V1-U1-C1-010-031-LA-G21.indd 19 9/16/20 9:18 AM 9/16/20 9:18 AM
  • 22. Globalização e regionalização Um importante aspecto da globalização é a difusão dos blocos econômicos regionais. A formação deles tal qual conhecemos data de um processo anterior à globalização, porém se acentuou simultaneamente ao fenômeno. Entre os diversos blocos existentes, a União Europeia é a experiência mais antiga e bem-sucedida. União Europeia O Tratado de Roma de 1957 é o ponto de partida para a formação desse bloco, que acabou se tornando o mais importante do mundo. Com esse tratado, assinado por Bélgica, Holanda, Luxemburgo, Alemanha, França e Itália, criou-se a Comunidade Econômica Europeia (CEE), também chamado de Mercado Comum Europeu (MCE). O Reino Unido foi convidado a participar, mas não aceitou. O objetivo era a integração das economias, e o principal caminho para isso foi a redução das tarifas alfandegá- rias, entre outras iniciativas no sentido de estreitar as relações institucionais. Nos anos 1970, ingressaram três países na CEE – Reino Unido, Irlanda e Dinamarca; nos anos 1980, entraram Grécia, Espanha e Portugal. Os 12 países deram um importante passo no processo de unificação europeia: a assinatura do Tratado de Maastricht, em 7 de fevereiro de 1992, quando o bloco passou a se chamar União Europeia (UE). O tratado impôs uma série de medidas aos 12 sig- natários que, de certa forma, revolucionaram a política de blocos de integração regional. Conheça algumas delas. • Fim das tarifas alfandegárias entre os países-membros. • Livre circulação de pessoas dentre os países-membros e a criação da cida- dania europeia. • Livre circulação das moedas nacionais. • Criação de um Banco Central para gestar monetariamente as 12 economias. • Criação de uma moeda única, o euro. Por dois anos, as moedas nacionais e o euro circulariam simultaneamente. Depois desse período, as moedas nacionais seriam extintas, como de fato se processou. » À esquerda, Tratado de Roma (Itália), em 1957; à direita, Tratado de Maastricht (Países Baixos), em 1992: dois momentos da integração europeia. Tarifa alfandegária: tributação de produtos, bens e serviços produzidos em outro país; alíquota de importação. AP PHOTO/GLOW IMAGES HANS STEINMEIER/ANP/AFP 20 D3-CHS-EM-3074-V1-U1-C1-010-031-LA-G21.indd 20 D3-CHS-EM-3074-V1-U1-C1-010-031-LA-G21.indd 20 9/16/20 9:18 AM 9/16/20 9:18 AM
  • 23. IRLANDA REINO UNIDO PORTUGAL ESPANHA FRANÇA PAÍSES BAIXOS BÉLGICA ALEMANHA POLÔNIA ÁUSTRIA ITÁLIA MALTA CHIPRE ESTÔNIA LETÔNIA LITUÂNIA ROMÊNIA BULGÁRIA ESLOVÊNIA CROÁCIA HUNGRIA ESLOVÁQUIA REP. TCHECA* GRÉCIA LUXEMBURGO DINAMARCA SUÉCIA FINLÂNDIA M ar Cáspio Mar Negro Mar do Norte 40° N 0° M a r B á l t i c o Círculo Polar Ártico M a r M e d i t e r r â n e o OCEANO ATLÂNTICO Zona do euro União Europeia M e ri d ia n o d e G re e n w ic h 0 415 IRLANDA IRLANDA IRLANDA IRLANDA IRLANDA IRLANDA IRLANDA IRLANDA IRLANDA IRLANDA IRLANDA IRLANDA IRLANDA IRLANDA IRLANDA IRLANDA IRLANDA IRLANDA IRLANDA REINO REINO REINO REINO REINO REINO REINO REINO UNIDO UNIDO UNIDO UNIDO UNIDO UNIDO UNIDO UNIDO UNIDO Mar do Norte Cí Cí C r ír í c rc r ulo Pola la l r Árt rt r i ti t co M e ri d ia n o d e G re e n w ic h * Em 2016, a República Tcheca mudou oficialmente seu nome para Czechia ou Tcéquia. Porém, houve resistência interna, pois no país nem todos são tchecos e o novo nome não emplacou. Tão logo se consolidou essa fase, ingressaram mais três países no bloco (Áustria, Finlândia e Suécia), totalizando 15 membros, dos quais três não aderiram ao euro: Reino Unido, Suécia e Dinamarca. A partir de então, tornou-se comum a diferenciação entre União Europeia, então composta de 15 membros, e a Zona do Euro, formada por 12 países. Até 2016, o bloco continuou se ampliando, com o ingresso de mais 13 países. Nesse mesmo ano, contudo, pela primeira vez em sua história, o bloco assistiria à saída de um membro, o Reino Unido. Site oficial da União Europeia (em português). UNIÃOEUROPEIA.Disponívelem: https:/ /europa.eu/european-u- nion/about-eu/easy-to-read_pt. Acesso em: 26 jun. 2020. Dica » As estrelas amarelas em círculo representam os 12 países-membros que originalmente faziam parte da União Europeia. Em 2020, eram 27 membros. » União Europeia e zona do euro (2020) Professor: a coleção utilizará a nomenclatura “República Tcheca”. *Em 2016, a República Tcheca mudou oficialmente seu nome para Czechia ou Tcéquia. Porém, houve resistência interna, pois no país nem todos são tchecos e o novo nome não emplacou. Fonte: BANCO CENTRAL EUROPEU. Utilização do euro. Frankfurt, 2020. Disponível em: https:/ /www.ecb. europa.eu/euro/intro/html/index. pt.html. Acesso em: 26 jun. 2020. Historicamente, o Reino Unido nunca foi grande entusiasta da integração europeia. Por meio de um referendo em 2016, a população britânica optou por retirar-se da União Europeia, processo que ficou conhecido por Brexit, um acrônimo em inglês que significa “saída britânica”. Alguns fatores levaram os britânicos a optar pela saída do bloco,entreelesadívidafiscaleomedodaimigraçãoeseuimpactonasociedade,uma vez que, na opinião de muitos britânicos, eles não devem arcar com esse custo social. Apesar do resultado, essa opção esteve muito longe da unanimidade: 51,9% eram favoráveis à saída, enquanto 48,1% votaram contra. Entre o referendo e a saída, dois primeiros-ministros britânicos caíram por causa do Brexit, David Cameron e Theresa May. O processo se consolidou no governo do primeiro-ministro Boris Johnson: depois de quatro anos de controvérsias, a saída foi sacramentada em 31 de dezembro de 2020. T. LESIA/SHUTTERSTOCK.COM ALLMAPS 21 Professor: a Grécia, em um primeiro momento, não aderiu à zona do euro por não ter atingido as metas fiscais traçadas. Porém, depois, alcançou o objetivo de fazer parte dela. D3-CHS-EM-3074-V1-U1-C1-010-031-LA-G21.indd 21 D3-CHS-EM-3074-V1-U1-C1-010-031-LA-G21.indd 21 9/16/20 9:18 AM 9/16/20 9:18 AM
  • 24. Integração, imigração e xenofobia Por muitos anos, a Europa tem sido um centro de atração demográfica. Os imigrantes e os refugiados que lá chegam têm origem principalmente na África e Ásia, mas também partem de outras regiões do mundo, incluindo a América Latina. Muitos tentam entrar de forma ilegal na Europa, arriscando suas vidas em travessias perigosas no mar Mediterrâneo. » Mar Mediterrâneo: caminho da imigração ilegal para a Europa. Na imagem, as pessoas da embarcação superlotada estão aguardando resgate, próximas à costa da Sicília, Itália, em 2017. O grande número de estrangeiros na Europa e a crise econômica que desde 2008 assola o continente favoreceram o surgimento de uma crescente onda de xenofobia, ou seja, um sentimento de forte aversão ao estrangeiro. O discurso anti-imigração tem tido um respaldo maior em partidos e movimentos de extre- ma-direita de cunho nacionalista e que defendem “uma Europa para os europeus”. O fim da bipolaridade antagônica entre capitalismo e socialismo revitalizou a extrema-direita europeia a partir dos anos 1990 e reacendeu a chama xenófoba, nunca extinta, mas adormecida desde os anos 1930. A desarticulação dos socia- listas, presença marcante na cena política europeia, também contribuiu para essa ascensão. Partidos populistas como a Frente Nacional (França), a Liga do Norte (Itália) e o Partido da Liberdade (Áustria) conduzem suas plataformas doutrinárias de acordo com as seguintes ideias: • discurso antiglobalização e anti-integração contra o pluralismo multinacional encaminhado pela União Europeia; CHRISTIAN MARQUARDT/NURPHOTO/ZUMA PRESS/EASYPIX BRASIL 22 D3-CHS-EM-3074-V1-U1-C1-010-031-LA-G21_AVU_2.indd 22 D3-CHS-EM-3074-V1-U1-C1-010-031-LA-G21_AVU_2.indd 22 9/16/20 11:38 PM 9/16/20 11:38 PM
  • 25. • defesa de um nacionalismo extremado que prega a expulsão de imigrantes; • fundamentalismo de mercado com o máximo de arraigamento liberal; • fim do Estado de bem-estar social (welfare state), que protege, entre outros, africanos e asiáticos. Embora o movimento nacionalista de extrema-direita tenha aumentado nos últimos anos, representa ainda grupos minoritários que raramente têm grande sucesso nas eleições europeias, excetuando casos isolados. Nas eleições parla- mentares europeias de 2019, por exemplo, partidos de extrema-direita cresceram em suas representações, mas o parlamento foi composto em sua maioria por socialistas, liberais e partidos de centro. » Partidos de extrema-direita cresceram na Europa nos últimos anos, porém seguem sendo minoria. Na fotografia, manifestação na cidade de Plauen, Alemanha, 2019. Como são extremados nacionalistas, os partidários da extrema-direita veem a União Europeia como ameaça aos seus valores nacionais. Via de regra, são contrá- rios ao bloco e chamados de eurocéticos. Isso porque uma das principais cláusulas da União Europeia diz respeito à livre circulação de pessoas em países participan- tes de um acordo que constituiu o chamado Espaço Schengen. Esse acordo foi assinado em 1985 na pequena cidade de Schengen, em Luxemburgo, por Bélgica, Holanda, Luxemburgo, Alemanha e França. Em 1997, expandiu-se para quase toda a União Europeia. Em 2007, com o Tratado de Lisboa, que revisou diversas questões internas ao bloco, institui-se uma política comum de vistos e imigração a países do espaço comunitário. Apesar de ser essencialmente uma iniciativa dos membros da União Europeia, a circulação de pessoas apresenta algumas exceções: Reino Unido e Irlanda não ratificaram o Acordo Schengen, enquanto Noruega, Islândia e Suíça, que não são membros da UE, integram o Espaço Schengen. SEBASTIAN WILLNOW/DPA/AP IMAGES/GLOW IMAGES 23 D3-CHS-EM-3074-V1-U1-C1-010-031-LA-G21.indd 23 D3-CHS-EM-3074-V1-U1-C1-010-031-LA-G21.indd 23 9/16/20 9:18 AM 9/16/20 9:18 AM
  • 26. ISLÂNDIA IRLANDA REINO UNIDO PORTUGAL ESPANHA FRANÇA PAÍSES BAIXOS BÉLGICA ALEMANHA POLÔNIA SUÍÇA ÁUSTRIA ITÁLIA CHIPRE ESTÔNIA LETÔNIA LITUÂNIA ROMÊNIA BULGÁRIA ESLOVÊNIA HUNGRIA CROÁCIA ESLOVÁQUIA REP. TCHECA GRÉCIA MALTA LUXEMBURGO DINAMARCA NORUEGA SUÉCIA FINLÂNDIA M ar Cáspio Mar Negro Mar do Norte 40° N 0° M a r B á l t i c o Círculo Polar Ártico M a r M e d i t e r r â n e o OCEANO ATLÂNTICO M e r id ia n o d e G r e e n w ic h 0 320 ISLÂNDIA ISLÂNDIA ISLÂNDIA ISLÂNDIA ISLÂNDIA ISLÂNDIA ISLÂNDIA Cír ír í c rc r ulo Pola la l Países do Espaço Schengen Membros da União Europeia » A União Europeia e o Espaço Schengen (2020) Fonte: UNIÃO EUROPEIA. Membros do Espaço Schengen. Bruxelas, 2019. Disponível em: https:/ /europa.eu/ european-union/about-eu/ countries_pt#schengen. Acesso em: 26 jun. 2020. Globalização e a covid-19 Você estudou que a globalização é um fenômeno de internacio- nalização e um processo múltiplo de integração. Um exemplo para compreender a intensidade de circulação no mundo atual é a pande- mia de covid-19. As primeiras notícias sobre o vírus Sars-CoV-2, que provoca a síndrome covid-19, vieram da China. Em 31 de dezembro de 2019, o governo chinês emitiu um alerta sobre um novo coronavírus que provocava sintomas semelhantes aos de uma forte pneumonia. Os primeiros casos ocorreram em Wuhan, cidade localizada no leste da China. Rapidamente, o vírus acometeu grande parte da cidade e se espalhou para o resto do país. Pandemia: estágio em que uma doença é elevada à condição de epidemia global, ou seja, a forma de contágio ativo que atinge três continentes ou mais. ALLMAPS 24 D3-CHS-EM-3074-V1-U1-C1-010-031-LA-G21.indd 24 D3-CHS-EM-3074-V1-U1-C1-010-031-LA-G21.indd 24 9/16/20 9:18 AM 9/16/20 9:18 AM
  • 27. Em pouco tempo, chegou a outros países da Ásia e logo se difundiu para a Oceania e a Europa, atingindo em 2020 todos os continentes. No Brasil, o primeiro caso oficial foi diagnosticado em 26 de fevereiro de 2020. Seguindo recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), grande parte dos países aderiu a políticas de distanciamento social e quarentenas. Site que reúne dados e informações sobre o novo coronavírus. UM GUIA do novo coro- navírus. Pesquisa Fapesp, 31 mar. 2020. Disponível em: https:/ /revistapesquisa. fapesp.br/2020/03/31/ um-guia-do-novo-coronavi- rus/. Acesso em: 2 jul. 2020. Vídeo que mostra imagens da cidade de Wuhan (China), durante as medidas de isola- mento social em 2020. WUHAN: the city under coronavirus lockdown. 2020. Vídeo (1min51s). Publicado pelo canal South China Morning Post. Disponível em: https:/ /www.youtube. com/watch?v=gNFeo5oOuJA. Acesso em: 2 jul. 2020. Dicas O fato de o vírus ter surgido em uma cidade chinesa e ter se espa- lhado pelo mundo em um curto espaço de tempo diz muito sobre o processo de globalização e sobre a interconexão do planeta. De um lado, a China tem a segunda maior economia do mundo e é o país que mais realiza transações comerciais, tanto em termos de importação quanto de exportação. É, por exemplo, o principal parceiro comercial do Brasil. De outro, o mundo está cada vez mais conectado por meio da melhoria nos transportes e nas comunicações, encurtando as dis- tâncias e aproximando as localidades. O intenso deslocamento das pessoas pelo mundo, possibilitado pela existência de meios de trans- portes cada vez mais eficientes, favoreceu a disseminação do novo coronavírus em escala global e a uma velocidade jamais vista. » Ruas vazias na cidade de Wuhan (China), em consequência da quarentena para conter a propagação do novo coronavírus, em 2020. Houve forte e decisiva intervenção do governo autoritário chinês em uma sociedade marcada pela disciplina. STRINGER/GETTY IMAGES 25 D3-CHS-EM-3074-V1-U1-C1-010-031-LA-G21.indd 25 D3-CHS-EM-3074-V1-U1-C1-010-031-LA-G21.indd 25 9/16/20 9:18 AM 9/16/20 9:18 AM
  • 28. A adoção, em muitos países, de políticas como o distanciamento social e o lockdown, cujo intuito era frear o crescente número de infec- tados e de óbitos e evitar saturar o sistema de saúde, levou a uma situação drástica antes inimaginável: o fechamento das atividades industriais, comerciais e de serviços não essenciais, a não circulação das pessoas, a suspensão de aulas e reuniões de negócios, o cancela- mento de eventos, entre outras medidas para evitar o contato social. Essas ações em escala mundial repercutiram em várias esferas, como na produção, no comércio, nos serviços, no turismo e na circulação de pessoas. Veja, por exemplo, nos mapas a seguir, como o tráfego aéreo mundial foi afetado com a pandemia. Lockdown: confinamento ou bloqueio total, em português. É a forma mais rígida de restrição da circulação dos indivíduos, adotada quando a quarentena e o isolamento social não conseguem mais frear o avanço de uma doença infecciosa. O lockdown é imposto pelo Estado e seu cumprimento é fiscalizado por seus agentes. » Número de voos por região (jan.-jun. 2019) » Número de voos por região (jan.-jun. 2020) Fonte dos mapas: INTERNATIONAL CIVIL AVIATION ORGANIZATION (ICAO). Flights among months including passeenger: domestic and international. Montreal, 2020. Disponível em: https:/ /data.icao.int/coVID-19/ operational.htm. Acesso em: 15 ago. 2020.  Observe os mapas e responda: Qual foi o impacto da pandemia da covid-19 no número de voos? Que consequên- cias isso acarretou? Dialogando AMÉRICA DO NORTE 8 630 039 AMÉRICA LATINA E CARIBE 1 470 904 ÁFRICA 442 464 MÉDIO ORIENTE 557 755 EUROPA 4 232 777 ÁSIA E PACÍFICO 6 193 491 Trópico de Capricórnio Trópico de Câncer Equador Meridiano de Greenwich Círculo Polar Ártico 0° 0° OCEANO ÍNDICO OCEANO PACÍFICO OCEANO ATLÂNTICO OCEANO PACÍFICO OCEANO GLACIAL OCEANO GLACIAL ANTÁRTICO Círculo Polar Antártico ÁRTICO Até 499 mil De 500 mil a 999 mil De 1 mi a 2 999 mi De 3 mi a 5 999 mi De 6 mi a 7 999 mi Acima de 8 mi 0 2 960 2019 Trópico de Capricórnio Trópico de Câncer Equador Meridiano de Greenwich Círculo Polar Ártico 0° 0° OCEANO ÍNDICO OCEANO PACÍFICO OCEANO ATLÂNTICO OCEANO PACÍFICO OCEANO GLACIAL OCEANO GLACIAL ANTÁRTICO Círculo Polar Antártico ÁRTICO Até 499 mil De 500 mil a 999 mil De 1 mi a 2 999 mi De 3 mi a 5 999 mi Acima de 6 mi 0 2 960 AMÉRICA DO NORTE 6 732 136 AMÉRICA LATINA E CARIBE 816 560 ÁFRICA 235 957 MÉDIO ORIENTE 264 563 EUROPA 1 929 519 ÁSIA E PACÍFICO 3 562 189 2020 DACOSTA MAPAS DACOSTA MAPAS 26 D3-CHS-EM-3074-V1-U1-C1-010-031-LA-G21.indd 26 D3-CHS-EM-3074-V1-U1-C1-010-031-LA-G21.indd 26 9/16/20 9:18 AM 9/16/20 9:18 AM
  • 29. Ciências da Natureza e suas Tecnologias Integrando com A pandemia da covid-19: entre Gaia e o Antropoceno Aprendemos no capítulo que a pandemia da covid-19 é um fenômeno global. O texto abaixo traz algumas reflexões sobre o tema. O que a covid-19 põe em xeque é a pensabilidade da realidade a partir de esquemas simplistas. Um dos mais influentes é o que a separa em natureza e cultura, entendendo que a natureza é tudo aquilo que não foi construído pela ação humana, de modo que ambos os domínios teriam leis próprias. Ora, essa divisão rígida é inútil para se pen- sar a pandemia da covid-19. Com efeito, consideremos a seguinte questão: a pandemia deriva e depende de fatores naturais ou humanos? A pergunta não é apenas retórica, já que nossas ações de prevenção e combate ao novo coronavírus dependem diretamente da resposta. Uma primeira tentativa de responder poderia se fixar no caráter natural do vírus, que apareceria então como um eloquente exem- plo da “intrusão de Gaia”. Essa expressão se deve à belga Isabelle Stengers, química e filósofa da ciência. Ela argumenta que o planeta Terra – Gaia, em grego – irrompe violentamente em nossas vidas, mostrando que todos os aparatos humanos e sociais são incompará- veis às forças de tufões, terremotos, maremotos e outros fenômenos naturais capazes de demonstrar que o planeta ainda é dono de si mesmo. Assim, alguns pensadores veem a pandemia como um exemplo do poder intrusivo de Gaia em nossas sociedades, que se creem imunes às ações da natureza e, por isso mesmo, estão cada vez mais expostas à extinção. [...] MATOS, A. S. de M. C. A pandemia da covid-19: entre Gaia e o Antropoceno. Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 13 abr. 2020. Disponível em: https:/ /ufmg.br/comunicacao/ noticias/a-pandemia-da-covid-19-entre-gaia-e-o-antropoceno. Acesso em: 24 jun. 2020. Não escreva no livro 1. Faça uma breve pesquisa e explique o significado de dois termos contidos no título do texto: Gaia e Antropoceno. 2. Qual é a posição do autor em relação à separação dos aspectos natural e cultural na busca de uma melhor compreensão da covid-19? 3. O que é vírus? Ele tem um caráter “natural”, como afirma o autor? 4. Porqueaquímicamencionadanotextoargumentaqueosfenômenosnaturaisdemons- tramque“oplanetaaindaédonodesimesmo”?Relacioneessaafirmaçãocomotermo Antropoceno. » Ilustração representando a estrutura do novo coronavírus, 2020. Consultar as Orientações para o Professor. THE LANCET 27 D3-CHS-EM-3074-V1-U1-C1-010-031-LA-G21.indd 27 D3-CHS-EM-3074-V1-U1-C1-010-031-LA-G21.indd 27 9/16/20 9:18 AM 9/16/20 9:18 AM
  • 30. Retomando Equador Trópico de Câncer Círculo Polar Antártico Círculo Polar Ártico Trópico de Capricórnio 0º 0° Meridiano de Greenwich OCEANO PACÍFICO OCEANO PACÍFICO OCEANO ATLÂNTICO OCEANO ÍNDICO OCEANO GLACIAL ÁRTICO OCEANO GLACIAL ANTÁRTICO 0 2 870 Trem de alta velocidade Rodovia Rota de voo Telecomunicações 1. Leia o texto e responda às questões. [...] o conceito de globalização denota muito mais do que a ampliação de relações e atividades sociais atravessando regiões e fronteiras. É que ele sugere uma magnitude ou intensidade crescente de fluxos globais, de tal monta que Estados e sociedades ficam cada vez mais enredados em sistemas mundiais e redes de interação. Em consequência disso, ocorrências e fenômenos distantes podem passar a ter sérios impactos internos, enquanto os acontecimentos locais podem gerar repercussões globais de peso. [...] Isso não significa que, necessariamente, a ordem global suplante ou tenha precedência sobre as ordens locais, nacionais ou regionais da vida social. Antes, estas podem inserir-se em conjuntos mais amplos de relações e redes de poder inter-regionais. [...] A globalização gera uma certa mudança cognitiva, que se expressa numa conscientização popular crescente do modo como os acontecimentos distantes podem afetar os destinos locais (e vice-versa), bem como em percepções públicas da redução do tempo e do espaço geográfico. HELD, D.; MCGREW, A. Prós e contras da globalização. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001. p. 12-13. a) Segundo os autores, de que maneira ocorrem as interações entre o local, o nacional, o regional e o mundial no contexto da globalização? b) Faça uma pesquisa sobre acontecimentos globais ou medidas tomadas por outros paísesquetiveramimpactonoBrasilefatoslocaisenacionaisdoBrasilquerepercu- tiram nas relações inter-regionais ou no mundo. c)Osautorescitammudançascognitivasgeradaspelaglobalização.Conversecomumcolega sobrecomoaglobalizaçãoimpactaavidadevocês.Citemaspectospositivosenegativos. 2. Observe o mapa e responda às questões. Fontes: KHANNA, P. Connectography: mappping the future of global civilization. New York: Random House, 1996. p. XX. WORLDMAP. Exploring the world of Connectography. Cambridge: Harvard University, 2015. Disponível em: http:/ / worldmap.harvard.edu/maps/connectography/fjH. Acesso em: 12 maio 2020. » O mundo globalizado: transportes e comunicação (2016) a) Ao observar o mapa, é possível verificar uma concentração dos recursos de trans- portes e comunicação no Hemisfério Norte. Quais países e regiões aparecem com destaque? DACOSTA MAPAS Não escreva no livro Consultar as Orientações para o Professor. 28 D3-CHS-EM-3074-V1-U1-C1-010-031-LA-G21.indd 28 D3-CHS-EM-3074-V1-U1-C1-010-031-LA-G21.indd 28 9/16/20 9:18 AM 9/16/20 9:18 AM
  • 31. b)Porqueessesrecursosestãoconcentradosnospaíseseregiõesquevocêmencionou na questão anterior? c) Quais são as relações entre essa concentração e o aumento da desigualdade no mundo? d) Agora, observe o Brasil. Há uma concentração de rodovias, rotas de voo e estrutura detelecomunicaçõesemumaregiãodoBrasil.Elaboreumahipóteseparaexplicarpor que, historicamente, o desenvolvimento do país convergiu para essa região. 3. (Enem/MEC) Um certo carro esporte é desenhado na Califórnia, financiado por Tóquio, o pro- tótipo criado em Worthing (Inglaterra) e a montagem é feita nos EUA e México, com componentes eletrônicos inventados em Nova Jérsei (EUA), fabricados no Japão. [...]. Já a indústria de confecção norte-americana, quando inscreve em seus produtos “made in USA”, esquece de mencionar que eles foram produzidos no México, Caribe ou Filipinas. (Renato Ortiz, Mundialização e Cultura) Otextoilustracomoemcertospaísesproduz-setantoumcarroesportecaroesofisticado, quantoroupasquenemsequerlevamumaetiquetaidentificandoopaísprodutor.Defato, tais roupas costumam ser feitas em fábricas – chamadas “maquiladoras” – situadas em zonas-francas, onde os trabalhadores nem sempre têm direitos trabalhistas garantidos. A produção nessas condições indicaria um processo de globalização que a) fortalece os Estados Nacionais e diminui as disparidades econômicas entre eles pela aproximação entre um centro rico e uma periferia pobre. b) garante a soberania dos Estados Nacionais por meio da identificação da origem de produção dos bens e mercadorias. c) fortalece igualmente os Estados Nacionais por meio da circulação de bens e capitais e do intercâmbio de tecnologia. d)compensaasdisparidadeseconômicaspelasocializaçãodenovastecnologiasepela circulação globalizada da mão de obra. e)reafirmaasdiferençasentreumcentroricoeumaperiferiapobre,tantodentrocomo fora das fronteiras dos Estados Nacionais. 4. (Enem/MEC) A reestruturação global da indústria, condicionada pelas estratégias de gestão global da cadeia de valor dos grandes grupos transnacionais, promoveu um forte desloca- mento do processo produtivo, até mesmo de plantas industriais inteiras, e redirecionou os fluxos de produção e de investimento. Entretanto, o aumento da participação dos países em desenvolvimento no produto global deu-se de forma bastante assimétrica quando se compara o dinamismo dos países do leste asiático com o dos demais países, sobretudo os latino-americanos no período 1980-2000. SARTI, F.; HIRATUKA, C. Indústria mundial: mudanças e tendências recentes. Campinas: Unicamp, n. 186, dez. 2010. Adinâmicadetransformaçãodageografiadasindústriasdescritaexpõeacomplemen- taridade entre dispersão espacial e a) autonomia tecnológica. b) crises de abastecimento. c) descentralização política. d) concentração econômica. e) compartilhamento de lucros. 29 D3-CHS-EM-3074-V1-U1-C1-010-031-LA-G21.indd 29 D3-CHS-EM-3074-V1-U1-C1-010-031-LA-G21.indd 29 9/16/20 9:18 AM 9/16/20 9:18 AM
  • 32. 5. Observe o gráfico da população da União Europeia. » União Europeia: população (2019) Fonte: UNIÃO EUROPEIA. A UE em diapositivos. Bruxelas, 2020. p. 10. Disponível em: https:/ /europa.eu/ european-union/ sites/europaeu/files/ eu_in_slides_pt.pdf. Acesso em: 30 jun. 2020. STRINGER/GETTY IMAGES » Porto de Yangluo (China), em 2020, com cargas paralisadas em razão da pandemia da covid-19. a) Em 2019, a população do Reino Unido era de 66,7 milhões. Se ele ainda fizesse parte da União Europeia, em qual posição no gráfico se encontraria? Qual foi o impacto demográfico do Brexit na União Europeia? b) Nas eleições parlamentares europeias, as cadeiras do parlamento europeu são dis- tribuídasdeacordocomopesodemográfico.Sendoassim,quaiseramostrêspaíses com mais assentos no parlamento em 2019? c) Faça uma pesquisa na internet e responda: Se a União Europeia fosse um país, qual seria sua posição no ranking da população mundial? 6. O atual estágio da globalização é caracterizado pelo alto nível de encadeamento global da logística de produção e de circulação de mercadorias. No entanto, ele foi seriamente afetado em 2020 pela pandemia da covid-19. Veja o que Niko Paech, um importante economista alemão, diz sobre isso. [...] O atual modelo de produção [...] se baseia em dividir a pro- dução de todos os bens em vários processos únicos altamente especializados, que são deslocados pelo mundo inteiro conforme a comparação dos custos. Esse modelo é um tipo de economia de céu de brigadeiro: quando não há crise ou interrupção, ele é van- tajoso por reduzir custos, mas quando um elemento dessa rede emalgumlugarfalha,omodelodesmorona,poisospaísessefize- ram cada vez mais dependentes dos entrelaçamentos globais. [...] NEHER, C. Crise do coronavírus expõe vulnerabilidade da globalização, diz economista. [Entrevista com Niko Paech.] Deutsche Welle Brasil, 23 abr. 2020. Disponível em: https:/ /www.dw.com/pt-br/crise-do-coronav%C3%ADrus- exp%C3%B5e-vulnerabilidade-da-globaliza%C3%A7%C3%A3o-diz-economista/a-53211546. Acesso em: 2 jun. 2020. Produza um breve texto relacionando a fotografia, a fala do economista e o que você aprendeu sobre a globalização e a covid-19. 0 A l e m a n h a F r a n ç a I t á l i a E s p a n h a P o l ô n i a R o m ê n i a P a í s e s B a i x o s B é l g i c a G r é c i a R e p ú b l i c a T c h e c a P o r t u g a l S u é c i a H u n g r i a Á u s t r i a B u l g á r i a D i n a m a r c a F i n l â n d i a E s l o v á q u i a I r l a n d a C r o á c i a L i t u â n i a E s l o v ê n i a L e t ô n i a E s t ô n i a C h i p r e L u x e m b u r g o M a l t a 20 40 60 80 100 0,5 1,9 2,8 4,8 8,8 9,8 2,1 4,1 10,1 10,3 10,6 10,7 11,4 17,2 19,5 38 46,7 60,4 67,2 82,9 7,1 5,5 5,8 5,4 1,3 0,6 0,9 População (em milhões) SONIA VAZ 30 D3-CHS-EM-3074-V1-U1-C1-010-031-LA-G21.indd 30 D3-CHS-EM-3074-V1-U1-C1-010-031-LA-G21.indd 30 9/16/20 9:18 AM 9/16/20 9:18 AM
  • 33. Leitura de imagem Globalização e arte A arte-educadora estadunidense Karen Brinker utilizou papel, lápis, caneta e caneta hidrocor para produzir um desenho de um mapa-múndi sobre a globaliza- ção. Dentro dos continentes, há palavras em inglês, que formam a frase “I am a global citizen” (“Eu sou uma cidadã global”). Observe a obra e depois responda às questões. Não escreva no livro 1. O que Brinker quis dizer com a frase: “Eu sou uma cidadã global”? Quais elementos artísticos ela utilizou para representar o significado dessa frase? 2. Em sua opinião, o que os traços coloridos interligando os continentes representam? 3. Compare o desenho de Brinker com o mapa da página 28. Identifique semelhanças e diferenças entre eles. Observe, por exemplo, o uso de convenções cartográficas, as cores, as informações transmitidas etc. » Globalização e eu, desenho de Karen Brinker, 2015. Consultar as Orientações para o Professor. KAREN BRINKER 31 D3-CHS-EM-3074-V1-U1-C1-010-031-LA-G21.indd 31 D3-CHS-EM-3074-V1-U1-C1-010-031-LA-G21.indd 31 9/16/20 9:18 AM 9/16/20 9:18 AM
  • 34. 2 CAPÍTULO Globalização,tempo e espaço Globalização é uma expressão geográfica, um substantivo derivado da palavra globo. Ao estudar a globalização, antes de tudo, precisamos levar em consideração que se trata de um fenômeno essencialmente geográfico e que remodela o planeta ao promover a integração dos lugares, estreitando as relações econômicas e sociais. A globalização proporcionou a aproximação entre diversas culturas, assim como a integração das economias e dos mercados mundiais, caracterizando-se por ser um processo múltiplo. Diante desse dinamismo, um dos efeitos desse processo, que tem na revolução tecnológica o grande diferencial no século XXI, é uma espécie de aniqui- lamento do espaço pelo tempo, como descreveu o geógrafo britânico David Harvey. Para refletir e argumentar A compressão do tempo e do espaço Observe o esquema a seguir, publicado no livro A condição pós-moderna, do geógrafo britânico David Harvey, e leia a letra da música “Parabolicamará”, de Gilberto Gil. Parabolicamará Antes mundo era pequeno Porque Terra era grande Hoje mundo é muito grande Porque Terra é pequena Do tamanho da antena parabolicamará Ê, volta do mundo, camará Ê, ê, mundo dá volta, camará Antes longe era distante Perto, só quando dava Quando muito, ali defronte E o horizonte acabava Hoje lá trás dos montes, den de casa, camará Ê, volta do mundo, camará Ê,ê, mundo dá volta, camará [...] PARABOLICAMARÁ. Intérprete: Gilberto Gil. In: PARABOLICAMARÁ. Rio de Janeiro: Warner, 1992. Faixa 2. Disponível em: https:/ /gilbertogil.com.br/producoes/detalhes/parabolicamara/. Acesso em: 24 jun. 2020. Globalização: espaço, tempo e técnicas Fonte: HARVEY, D. A condição pós- moderna. São Paulo: Loyola, 2007. p. 220. 1500 - 1840 MOZART COUTO A melhor média de velocidade das carruagens e dos barcos a vela era de 16 km/h As locomotivas a vapor alcançavam em média 100 km/h; os barcos a vapor 57 km/h Aviões a propulsão: 480-640 km/h Jatos de passageiros: 800-1100 km/h 1850 - 1930 Anos 1950 Anos 1960 32 D3-CHS-EM-3074-V1-U1-C2-032-051-LA-G21.indd 32 D3-CHS-EM-3074-V1-U1-C2-032-051-LA-G21.indd 32 9/15/20 11:08 PM 9/15/20 11:08 PM