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HELENISMO
FILOSOFIA
A síntese de Epicuro - Ceticismo - Cinismo
Habilidades a serem desenvolvidas: (EM13CHS101) Analisar e
comparar diferentes fontes e narrativas expressas em diversas
linguagens, com vistas à compreensão e à crítica de ideias filosóficas e
processos e eventos históricos, geográficos, políticos, econômicos,
sociais, ambientais e culturais.
SEGUNDO ANO DO ENSINO MÉDIO SLIDE
010
CINISMO
A palavra cínico, provavelmente
utilizada pela primeira vez para se
referir a Diógenes de Sinope, tido como
o fundador dessa escola filosófica,
provém do grego kynismó ou kynós e
do latim cynismu, que significa “cão”.
CINISMO
Desse modo, Diógenes e os demais cínicos ficaram conhecidos como os
“cães da cidade”. Porém, Antístenes, seguidor de Sócrates e quase
contemporâneo de Platão, foi o primeiro a viver segundo os princípios
adotados pelo cinismo, sendo considerado, portanto, seu primeiro
fundador.
CINISMO
Nesse caso, Diógenes é visto como uma espécie de refundador do
cinismo, pois é ele o maior e mais importante expoente desse
pensamento.
CINISMO
A ideia central do cinismo é a mais anticultural das concepções
filosóficas da Grécia Antiga: Diógenes declarou que toda pesquisa
filosófica abstrata e teórica, bem como a matemática, a física, a
astronomia, a música e todo e qualquer outro tipo de conhecimento
teórico, é inútil para levar o homem à felicidade.
CINISMO
Essa concepção é claramente identificável com sua célebre “procura
pelo homem”. Conta-se que Diógenes saía pela cidade, de dia, com uma
lanterna na mão, dizendo procurar “um homem que fosse justo”.
CINISMO
Com isso, ele queria encontrar um só homem que vivesse de acordo com
a natureza, longe de todas as convenções da sociedade e indiferente ao
próprio capricho da sorte e do destino, sabendo reencontrar sua
verdadeira e original natureza, (…)
CINISMO
(…) vivendo conforme essa natureza e com isso alcançando a verdadeira
felicidade.
O modo de vida do cínico, em especial de Diógenes, resume o porquê de
os participantes dessa escola serem conhecidos como os “cães”: os cães
não se importam com nada, não perdem a paz em busca de comida, mas
comem o que aparece;
CINISMO
não se angustiam porque não têm onde dormir, mas dormem em
qualquer lugar e, sobretudo, não têm qualquer vergonha em fazer o que
é natural, satisfazendo suas necessidades em frente a todos e quando
sentem vontade. Da mesma forma deveriam ser os homens, que devem
agir sem se preocupar com as convenções sociais ou qualquer norma de
conduta.
CINISMO
É interessante observar que é o animal que diz para o cínico como ele
deve viver e agir, e não o contrário: uma vida sem metas (metas que a
sociedade coloca como necessárias, como obter riquezas e prestígio),
uma vida sem necessidade de moradia fixa e também sem conforto.
Segundo o cinismo, esses prazeres são criados pelos homens e são
dispensáveis à vida feliz.
CINISMO
Segundo Diógenes, “quanto mais se eliminam as necessidades
supérfluas, mais se é livre”. Tal liberdade pregada pelos cínicos se
manifestava em todos os sentidos: liberdade da palavra, pois diziam o
que queriam da forma que queriam, sendo considerados, por isso,
arrogantes; e liberdade da ação, pois faziam o que queriam, em qualquer
lugar que estivessem e diante de qualquer pessoa.
CINISMO
O trecho a seguir nos dá uma visão mais clara do modo de viver e pensar dos
cínicos:
Costumava fazer qualquer coisa à luz do sol, mesmo o que diz respeito a Demeter e
Afrodite (comer e amar). [...] Se comer não é estranho, nem mesmo na praça pública é
estranho. Não é estranho comer; portanto, também não é estranho comer na praça
pública. [...] Costumava masturbar-se em público e dizia: quem me dera pudesse aplacar
a fome esfregando-me o ventre.
CINISMO
Os cínicos desprezavam o prazer, pois, segundo eles, o prazer não só
debilita o físico, mas escraviza a alma, que se torna dependente das
coisas ou homens que trazem tal prazer. Dessa maneira, os cínicos viam
como ideal de vida a ser alcançado a autarquia, ou seja, bastar-se a si
mesmo, sendo preciso, para isso, a apatia e a indiferença diante de todas
as coisas.
CINISMO
Conta-se que um dia Alexandre, o Grande, foi visitar Diógenes, que
estava em seu barril (ele vivia em um barril), a tomar o sol da manhã.
Chegando perto de Diógenes, Alexandre, o homem mais rico e poderoso
da Terra, disse: “Pede-me o que quiseres que eu te darei”.
CINISMO
Ao qual Diógenes responde: “Não me faça sombra. Devolve meu sol”.
Apesar de parecer uma anedota, a história resume o ideal do cinismo: o
homem não necessita de nada a não ser daquilo que a própria natureza
se encarregou de lhe dar. Nada que não seja natural é essencial à vida, e
a felicidade só pode ser alcançada a partir de uma vida simples e de
acordo com a natureza.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
ARANHA, Mária Lúcia de Arruda [et.al]. Filosofando. Volume Único. São Paulo: Editora Moderno, 2009.
AMORIM, Richard Garcia [et.al] Filosofia. Volume 3 e 4. São Paulo: Editora Bernoulli

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  • 1. HELENISMO FILOSOFIA A síntese de Epicuro - Ceticismo - Cinismo Habilidades a serem desenvolvidas: (EM13CHS101) Analisar e comparar diferentes fontes e narrativas expressas em diversas linguagens, com vistas à compreensão e à crítica de ideias filosóficas e processos e eventos históricos, geográficos, políticos, econômicos, sociais, ambientais e culturais. SEGUNDO ANO DO ENSINO MÉDIO SLIDE 010
  • 2. CINISMO A palavra cínico, provavelmente utilizada pela primeira vez para se referir a Diógenes de Sinope, tido como o fundador dessa escola filosófica, provém do grego kynismó ou kynós e do latim cynismu, que significa “cão”.
  • 3. CINISMO Desse modo, Diógenes e os demais cínicos ficaram conhecidos como os “cães da cidade”. Porém, Antístenes, seguidor de Sócrates e quase contemporâneo de Platão, foi o primeiro a viver segundo os princípios adotados pelo cinismo, sendo considerado, portanto, seu primeiro fundador.
  • 4. CINISMO Nesse caso, Diógenes é visto como uma espécie de refundador do cinismo, pois é ele o maior e mais importante expoente desse pensamento.
  • 5. CINISMO A ideia central do cinismo é a mais anticultural das concepções filosóficas da Grécia Antiga: Diógenes declarou que toda pesquisa filosófica abstrata e teórica, bem como a matemática, a física, a astronomia, a música e todo e qualquer outro tipo de conhecimento teórico, é inútil para levar o homem à felicidade.
  • 6. CINISMO Essa concepção é claramente identificável com sua célebre “procura pelo homem”. Conta-se que Diógenes saía pela cidade, de dia, com uma lanterna na mão, dizendo procurar “um homem que fosse justo”.
  • 7. CINISMO Com isso, ele queria encontrar um só homem que vivesse de acordo com a natureza, longe de todas as convenções da sociedade e indiferente ao próprio capricho da sorte e do destino, sabendo reencontrar sua verdadeira e original natureza, (…)
  • 8. CINISMO (…) vivendo conforme essa natureza e com isso alcançando a verdadeira felicidade. O modo de vida do cínico, em especial de Diógenes, resume o porquê de os participantes dessa escola serem conhecidos como os “cães”: os cães não se importam com nada, não perdem a paz em busca de comida, mas comem o que aparece;
  • 9. CINISMO não se angustiam porque não têm onde dormir, mas dormem em qualquer lugar e, sobretudo, não têm qualquer vergonha em fazer o que é natural, satisfazendo suas necessidades em frente a todos e quando sentem vontade. Da mesma forma deveriam ser os homens, que devem agir sem se preocupar com as convenções sociais ou qualquer norma de conduta.
  • 10. CINISMO É interessante observar que é o animal que diz para o cínico como ele deve viver e agir, e não o contrário: uma vida sem metas (metas que a sociedade coloca como necessárias, como obter riquezas e prestígio), uma vida sem necessidade de moradia fixa e também sem conforto. Segundo o cinismo, esses prazeres são criados pelos homens e são dispensáveis à vida feliz.
  • 11. CINISMO Segundo Diógenes, “quanto mais se eliminam as necessidades supérfluas, mais se é livre”. Tal liberdade pregada pelos cínicos se manifestava em todos os sentidos: liberdade da palavra, pois diziam o que queriam da forma que queriam, sendo considerados, por isso, arrogantes; e liberdade da ação, pois faziam o que queriam, em qualquer lugar que estivessem e diante de qualquer pessoa.
  • 12. CINISMO O trecho a seguir nos dá uma visão mais clara do modo de viver e pensar dos cínicos: Costumava fazer qualquer coisa à luz do sol, mesmo o que diz respeito a Demeter e Afrodite (comer e amar). [...] Se comer não é estranho, nem mesmo na praça pública é estranho. Não é estranho comer; portanto, também não é estranho comer na praça pública. [...] Costumava masturbar-se em público e dizia: quem me dera pudesse aplacar a fome esfregando-me o ventre.
  • 13. CINISMO Os cínicos desprezavam o prazer, pois, segundo eles, o prazer não só debilita o físico, mas escraviza a alma, que se torna dependente das coisas ou homens que trazem tal prazer. Dessa maneira, os cínicos viam como ideal de vida a ser alcançado a autarquia, ou seja, bastar-se a si mesmo, sendo preciso, para isso, a apatia e a indiferença diante de todas as coisas.
  • 14. CINISMO Conta-se que um dia Alexandre, o Grande, foi visitar Diógenes, que estava em seu barril (ele vivia em um barril), a tomar o sol da manhã. Chegando perto de Diógenes, Alexandre, o homem mais rico e poderoso da Terra, disse: “Pede-me o que quiseres que eu te darei”.
  • 15. CINISMO Ao qual Diógenes responde: “Não me faça sombra. Devolve meu sol”. Apesar de parecer uma anedota, a história resume o ideal do cinismo: o homem não necessita de nada a não ser daquilo que a própria natureza se encarregou de lhe dar. Nada que não seja natural é essencial à vida, e a felicidade só pode ser alcançada a partir de uma vida simples e de acordo com a natureza.
  • 16. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ARANHA, Mária Lúcia de Arruda [et.al]. Filosofando. Volume Único. São Paulo: Editora Moderno, 2009. AMORIM, Richard Garcia [et.al] Filosofia. Volume 3 e 4. São Paulo: Editora Bernoulli