1. UFCD 6482 – OPERAÇÕES DE CARGAS E DESCARGAS
EM NAVIOS
FORMADOR: SÍLVIO DA TORRE
DATA (24/02/2023)
FOR-MAR | UFCD 6482 | DATA (24/02/2023) 1
Apresentação 2
2. CONTEÚDOS DO MÓDULO
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Operações gerais de carga e descarga:
Tipos de conexões (mangueiras de carga, bancas, água e granéis)
Operações de bunkering e de carga e descarga de produtos perigosos
Execução de sondagens de fita a tanques de carga/lastro
Peamento e despeamento da carga do convés ou dos materiais nos paióis
Limpeza e lavagem do convés e casario
Cuidados de higiene e segurança nas operações de carga e descarga.
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3. CONTEÚDOS DO MÓDULO
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Operações de convés em navios de carga geral:
Preparação dos porões cobertos e convés
Estiva e peamento da carga estivada desde o período de embarque até ao período de desembarque
Regras de estiva
Avarias na carga geral
Ventilação
Cargas perigosas
Cuidados de higiene e segurança em operações de convés em navios de carga geral
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4. OPERAÇÕES GERAIS DE CARGA E DESCARGA
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O mercado oferece uma variedade de terminais para mangueiras e a pergunta é: como
escolher o modelo correto para a minha operação? O primeiro passo é entender o seu objetivo e
conhecer a indicação de uso de cada conexão, pois a peça tem papel fundamental no transporte de
materiais e pode afetar a produção quando aplicada de forma errônea.
QUAL A FUNÇÃO DOS TERMINAIS PARA MANGUEIRAS?
Em primeiro lugar é preciso entender a função das mangueiras e dos terminais para então
entender a importância de escolher o tipo correto de conexão para mangueira. Por se tratar de um
componente flexível, a peça pode ser utilizada para substituir tubulações, mantendo a função de ligar
dois pontos e realizar o transporte de fluídos – sejam eles líquidos, gasosos ou até mesmo sólidos.
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5. OPERAÇÕES GERAIS DE CARGA E DESCARGA
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Os terminais são montados nas extremidades das mangueiras e vão assegurar essa ligação
entre um ponto e outro, garantindo o transporte de materiais de forma eficiente e segura. Para que
isso aconteça, é preciso saber que existem diversos modelos de mangueiras e cada um é indicado para
determinado tipo de uso.
O uso errado pode causar vazamentos, o que pode levar a rutura da mangueira e trazer
gastos extras com manutenção. Neste contexto, é importante conhecer os tipos de conexões para
mangueiras disponíveis no mercado para que você possa escolher o modelo certo para a sua
operação.
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TIPOS DE CONEXÕES
7. OPERAÇÕES DE BUNKERING
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A palavra Bunker é de origem anglófona e provém do termo usado para designar o espaço
onde o combustível é armazenado nos navios.
Atualmente estão envolvidos nesta atividade as grandes companhias petrolíferas mundiais,
mas também muitos outros intervenientes, aproveitando alguma vantagem comparativa de cariz
técnico, industrial ou logístico a nível regional ou local.
Nas operações de bunkering, são envolvidos vários elementos:
Os proprietários das embarcações;
Os compradores;
Os intermediários (brokers e/ou traders);
O fornecedor;
O agente que faz a entrega;
As autoridades portuárias e aduaneiras de controlo / inspeção;
As tripulações dos navios intervenientes na operação.
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8. OPERAÇÕES DE BUNKERING
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Os termos de uma operação são relativamente simples:
O comprador faz uma requisição para ser abastecido num determinado local (porto ou offshore), numa
determinada quantidade e data e convida os vendedores a fazer a oferta de preço.
Os vendedores fazem a oferta baseada na sua própria posição, opinião sobre o comprador e sua
perceção sobre o mercado;
O comprador compara as ofertas e estabelece negociações com os diferentes fornecedores até o
alcance de um acordo;
Depois da entrega, o fornecedor apresenta a fatura juntamente com a documentação de suporte;
O comprador efetua o pagamento nos termos das condições estabelecidas na relação comercial.
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9. OPERAÇÕES DE BUNKERING
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Os termos de uma operação são relativamente simples:
O comprador faz uma requisição para ser abastecido num determinado local (porto ou offshore), numa
determinada quantidade e data e convida os vendedores a fazer a oferta de preço.
Os vendedores fazem a oferta baseada na sua própria posição, opinião sobre o comprador e sua
perceção sobre o mercado;
O comprador compara as ofertas e estabelece negociações com os diferentes fornecedores até o
alcance de um acordo;
Depois da entrega, o fornecedor apresenta a fatura juntamente com a documentação de suporte;
O comprador efetua o pagamento nos termos das condições estabelecidas na relação comercial.
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10. OPERAÇÕES DE BUNKERING
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Nesta relação é sempre necessário que tudo esteja devidamente clarificado para evitar que
uma das partes fique prejudicada. As respostas às seguintes questões ajudam a clarificar o processo:
Quem é o comprador?
Qual é o nome do navio?
Em que porto será feito o abastecimento?
Em que dia e hora?
Que tipo de combustível precisa, bem como as especificações?
Quais são as quantidades?
Quando é que precisa da oferta de preços?
Qual é a data de atracação?
A quem deverá ser enviada a oferta?
Haverá algumas condições especiais?
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11. OPERAÇÕES DE BUNKERING
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Uma operação de Bunkering propriamente dita envolve vários fatores a ter em conta. O
operador do navio deverá efetivamente estimar a quantidade de fuel necessária para abastecer. Ele
nunca irá sair com mais combustível do que o necessário a não ser que seja mais barato que o do
porto seguinte no seu percurso e que os fornecedores de bunkering seguintes não venham a afetar os
seus ganhos no afretamento.
Por seu turno, o fornecedor deverá questionar sobre o navio e a sua carga de modo a
assegurar que a sua oferta será prática. As melhores fontes desta informação são os agentes dos
navios e os brokers.
Algumas medições deverão ser feitas antes da operação de abastecimento, tais como:
Determinação da Míngua (ULLAGE) que é a distância que vai do topo do reservatório à superfície do
líquido;
Sondagem (Sounding) que é a profundidade do produto;
Altura de referência: Distância entre o fundo do tanque e a o topo do mesmo.
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12. OPERAÇÕES DE BUNKERING
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É sempre importante antes da operação de Bunkering certificar:
O tipo e quantidade de fuel;
Verificar se há suficiente espaço no tanque;
Confirmar o método de comunicação;
Confirmar o método de interrupção da bombagem;
Assegurar que as ações de prevenção de poluição estão estabelecidas e preparadas.
Verificar as quantidades Iniciais. (Sounding Before Bunkering Operation)
Durante a realização da operação de Bunkering:
É preciso que esteja sempre pessoal no local (de entrega e do navio).
Acompanhar o nível de produto no tanque;
Assegurar que o produto está sendo coletado;
A velocidade de bombeamento poderá mudar repentinamente, pelo que nunca se deve assumir que a
proporção é sempre constante.
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14. SONDAGENS A TANQUES
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Execução de sondagens a tanques:
As leituras de calados de uma embarcação, são cruciais para um bom resultado nas figuras de
arqueação; a leitura deve ser nos dois lados da embarcação, verificando as marcas na vante (proa), meia nau
(meio) e na ré (popa).
A precisão na leitura pode ficar prejudicada devido às condições climáticas e presença de ondas na
superfície da água. Uma embarcação também pode ter desenvolvido um ligeiro giro, levando a imprecisões.
A leitura deve ser realizada de uma posição o mais próximo da linha de água possível evitar a
paralaxe, embora isso nem sempre seja possível.
Se o estiver navio atracado em uma corrente ou corrente de maré será afetado por agachamento,
particularmente em águas rasas, e isso terá um efeito adicional a ser considerado na leitura.
A leitura pode ser afetada quando há uma grande diferença entre as temperaturas do ar e da água.
Isso causará uma diferença na expansão das seções submersas e emergidas do navio. Infelizmente
atualmente, não existe um método aceitável de corrigir esse problema.
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15. SONDAGENS A TANQUES
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Quando um navio não estiver em equilíbrio, ou seja, trimado (even keel) o que geralmente
acontece antes do carregamento e após a descarga, as leituras de calado devem ser corrigidas para
utilizando a tabela hidrostática.
O calado deve ser corrigido de acordo com a densidade da água na qual o navio está flutuando,
tanto antes do carregamento e após a descarga do navio.
Antes de iniciar a sondagem dos tanques de lastro, deve-se informar previamente o capitão e/ou o
imediato da embarcação para que possam tomar as providências prévias como para o bombeamento de
retirada ou colocação de lastro nos tanques, entre outras.
Para uma boa leitura dos tanques de lastro do navio por pesquisadores ou peritos arqueadores
independentes, a cooperação dos oficiais do navio é essencial importância. As sondagens devem ser
realizadas com acompanhamento do imediato do navio ou um dos seus representantes.
Antes de realizar a pesquisa, recomenda-se que o perito seja informado da quantidade de tanques
de lastros e de suas posições a serem sondados (água de lastro, água doce e tanques de combustíveis).
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16. SONDAGENS A TANQUES
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Equipamentos necessários para a leitura de calado e das sondagens dos tanques:
• Lanterna potente
• Barco ou lancha
• Binóculos
• Indicador de marca de calado ou dispositivos de medição (tubos indicadores etc.)
• Inclinómetro ou manómetro calibrado
• Fita métrica em aço com prumo / fita de aço inoxidável com prumo (de preferência calibrado)
• Recipiente de amostragem de água do mar para checagem da densidade da água
• Hidrómetro calibrado
• Refratómetro de salinidade calibrado
• Densímetro calibrado e certificado.
Podemos concluir que a leitura das marcas de calado; bem como a correta sondagem dos tanques
de lastro, água e combustíveis são elementos fundamentais para um resultado mais preciso da figura final
que o perito irá encontrar após os cálculos e as devidas correções que por ventura vierem a ocorrer.
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20. SONDAGENS A TANQUES
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A sondagem de fita sonda consiste em um instrumento que é colocado dentro do tanque e ser
medida a medida do tanque de forma manual.
Antes da medição a fita deve tocar no convés para dissipação de eventual eletricidade estática
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21. SONDAGENS A TANQUES
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NOTA: Para esgotar completamente um tanque, é importante conhecer a localização da sapata de
aspiração, para assim saber se temos de derrabar, abicar ou adornar o navio em alguma posição.
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23. PEAMENTO, DESPEAMENTO E ESTIVA
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Requisitos gerais de carregamento :
O carregamento do navio deve ser planeado e executado por forma a assegurar os seguintes requisitos
básicos:
a) Boa estabilidade e caimento normal do navio durante a viagem.
b) Descarga rápida nos portos de destino.
c) Acessibilidade da carga nos portos de descarga sem necessidade de remover a restante.
d) Boa conservação da mercadoria.
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27. PEAMENTO, DESPEAMENTO E ESTIVA
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Assegurar a estabilidade do navio:
A distribuição da carga influi consideravelmente nas qualidades náuticas do navio, mas quando umas
melhoram com uma dada distribuição de pesos, outras implicitamente pioram.
Carga pesada no fundo dos porões
Boa estabilidade e balanço duro, por ter baixado o centro de gravidade.
Recomendável em navios pequenos e em todos os navios de borda baixa, a fim de evitar o embarque de
mar no convés.
Carga pesada em cima
Estabilidade reduzida e balanço lento. Pode convir nos grandes navios de borda alta e sobretudo nos navios
de passageiros, para efeitos de comodidade. Uma tranquilidade excessiva, contudo, expõe o navio a fáceis
embarques de mar
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28. PEAMENTO, DESPEAMENTO E ESTIVA
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Carga pesada a meio navio
Boas qualidades evolutivas e facilidade de levantar a proa com a vaga. É de boa norma embarcar nos porões
centrais a carga pesada e deixar a ligeira para os extremos, especialmente em navios que obedeçam mal ao
leme ou tenham a proa baixa.
Carga pesada nas extremidades
Boa estabilidade de rumo e pequeno balanço de popa à proa. Não é de aconselhar, por prejudicar a
estrutura longitudinal do navio e tornar o navio muito preguiçoso quando aproado à vaga, facilitando deste
modo o embarque de mar. No entanto pode convir até certo ponto nos navios de pequena estabilidade de
rumo e muito alterosos de proa.
De um modo geral, convém estivar 2/3 do peso total da carga nos porões e 1/3 nas cobertas. No caso de
carregamentos de madeira, grão, algodão ou outra mercadoria leve.
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29. PEAMENTO, DESPEAMENTO E ESTIVA
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Torna-se em regra necessário encher os tanques de lastro ou, preferivelmente, receber a bordo alguma carga
pesada para a meter no fundo dos porões.
Deve ter-se em conta a variação de estabilidade do navio por consumo de água e de combustível durante a
viagem.
Escorregamento de carga:
Mau tempo
Carga mal estivada
Utilização de material de estiva deficiente
Peação/rechego da carga deficiente
Falta de vigia
Excesso de carga
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30. PEAMENTO, DESPEAMENTO E ESTIVA
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No caso de escorregamento de cargas deve-se:
Pear a carga e objetos soltos, e movimentá-la se possível de modo a evitar a deterioração da estabilidade,
alojando-a se aconselhável;
Sondagem de tanques, porões e cavernas;
Esgoto e/ou trasfega de combustíveis e/ou águas de lastro para compassar convenientemente o navio;
Proceder a lastragens ou deslastragens de tanques do navio;
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VIDEO
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A MELHOR FORMA DE EVITAR OS ACIDENTES DE TRABALHO É A PREVENÇÃO:
De acordo com as estatísticas compiladas pelas companhias seguradoras, as lesões provocadas
pelos acidentes de trabalho, distribuem-se em média da forma descrita na imagem mais a frente presentada.
Em consequência destas conclusões foi estabelecido que o equipamento básico de proteção individual (EPI),
compreende:
Roupas de trabalho: Devem ser ajustadas ao corpo, sem abas soltas e adequadas às atividades previstas.
Quando existe o risco de queimaduras, devem cobrir o corpo adequadamente para o minimizar, devendo ser
feitas com material de baixa combustão, como o algodão.
Proteção para a cabeça: Os capacetes podem ser concebidos para diferentes propósitos. Um capacete
concebido para oferecer proteção contra objetos que caem pode não oferecer proteção apropriada para
produtos químicos.
Proteção auditiva: Existem vários tipos de protetores disponíveis, incluindo tampões de inserção e
protetores externos. Recomendam-se protetores adequados às circunstâncias e às condições climáticas
específicas. Em geral, os protetores externos são mais eficientes.
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Proteção para os olhos e a face: Protetores para os olhos e a face estão disponíveis para uma grande
variedade de situações.
Proteção das vias respiratórias: Para o trabalho em condições em que existam riscos de deficiência de
oxigénio ou exposições a fumos, poeiras e gases tóxicos.
Proteção para mãos e pés: As luvas oferecem proteção contra os riscos no trabalho a ser executado e
devem ser apropriadas a cada tipo de tarefa. Todos os trabalhadores devem usar calçado de segurança
apropriados durante o trabalho. Sapatos e botas devem ter solas firmes, antiderrapantes e biqueiras
reforçadas.
Proteção contra quedas: Quando o trabalho tem de ser executado em altura, em superfícies inclinadas ou
escorregadias, ou em qualquer posição em que o risco de cair exista, os cintos de segurança e/ou os
arneses, presos a estruturas independentes da plataforma de trabalho com cabos de segurança, devem ser
utilizados.
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36. OPERAÇÕES DE CONVÉS EM NAVIOS DE CARGA GERAL
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Um navio cargueiro ou navio de carga é um tipo de navio utilizado para o transporte de cargas.
Construídos para carregar cerca 4 000 contentores e restante de carga geral. Estas embarcações podem levar
até 12 passageiros e aplicam-se-lhes as classificações gerais, legais e de construção dos navios mercantes.
Os cargueiros são cada vez mais dotados de meios tecnológicos e maquinaria de ponta que lhes transmite
uma maior automatização.
Desde que a primeira embarcação foi construída há mais de 10 000 anos, o transporte
marítimo tem sido fundamental para a indústria e o comércio do mundo inteiro. Apesar de avanços no
transporte aéreo e comunicações, as embarcações e o transporte marítimo ainda representam um papel
essencial na economia global.
Aparelhos de Carga
Os paus de carga instalam-se nos navios mercantes para carga e descarga de mercadoria, e em
alguns navios de guerra para arriar e içar embarcações não servidas por turcos, como as colocadas a meia-
nau.
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37. OPERAÇÕES DE CONVÉS EM NAVIOS DE CARGA GERAL
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Paus de carga duplos:
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38. OPERAÇÕES DE CONVÉS EM NAVIOS DE CARGA GERAL
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Paus de carga giratórios :
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39. OPERAÇÕES DE CONVÉS EM NAVIOS DE CARGA GERAL
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Gatos de carga :
Os gatos usados nos aparelhos de carga e descarga devem ser de ferro forjado, obtidos de um só
bloco e recozidos depois de forjados. Podem também ser de aço macio, mas nunca de ferro fundido. A
forma dos gatos de carga deve ser tal que evite o engate acidental nas braçolas das escotilhas ao içar.
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40. OPERAÇÕES DE CONVÉS EM NAVIOS DE CARGA GERAL
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Gruas:
Possibilidade de posicionamento a 100%. Não exige tempo de preparação para iniciar operações. Não
precisa de ser reaparelhado para carga de maior peso (até ao peso máximo de carga. Tem maior segurança.
A capacidade das gruas é normalmente de 45 tons. As gruas podem ser isoladas ou germinadas. O sistema
de funcionamento pode ser: Hidráulico ou elétrico.
Todas as suas manobras são feitas através de manípulos, podendo-se até alterar a velocidade de operação.
Pórticos:
São aparelhos de elevação particularmente adequados a movimentos de graneis, contentores, unidades de
madeira, bobines de papel, etc.
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41. OPERAÇÕES DE CONVÉS EM NAVIOS DE CARGA GERAL
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Os navios com este tipo de aparelhos têm geralmente a estrutura à popa. Os pórticos deslocam-se
ao longo do navio sobre carris e a todo o comprimento do mesmo em que as operações de engatar e
desengatar são efetuadas da cabine sem assistência manual. Os navios podem ter 1 ou 2 pórticos.
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43. REGRAS DE ESTIVA
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Barris:
Os barris cheios estivam-se de preferência no sentido longitudinal do navio, em camadas horizontais
sobrepostas e, em cada camada, fundo contra fundo e o batoque para cima por forma que as aduelas dos
tampos fiquem verticais.
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44. REGRAS DE ESTIVA
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Bidões (tambores):
São quase sempre arrumados ao alto em várias camadas separadas por pranchas de madeira
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45. REGRAS DE ESTIVA
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Sacos:
A mercadoria ensacada ocupa menos espaço quando os sacos estão mal cheios, mas o arejamento
da carga melhora com os sacos repletos, pois deste modo deixam entre si intervalos que facilitam a
circulação do ar.
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46. REGRAS DE ESTIVA
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Fardos:
Estivam-se deitados sobre a maior largura e as marcas para cima, podendo alguns colocar-se de
lado ou ao alto, para travamento do conjunto, se assim convier.
Caixas:
Estivam-se deitadas sobre a face mais larga, num estrado bem nivelado que se forma sobre o
pavimento. As camadas sucessivas estivam-se como os sacos e acunham-se às bordas para evitar qualquer
deslocação. As caixas de diversos tamanhos colocam-se pela forma que mais convier para uma boa estiva.
Neste caso é quase sempre vantajoso orientar as fiadas de BB a EB.
Ferros:
Os carris e outros ferros compridos deitam-se sobre a parte mais larga c no sentido do plano
longitudinal do navio. Não convém, com efeito, a disposição de BB a EB, sobretudo se as peças não forem
peadas eficazmente, pois poderão correr com o balanço e produzir avarias nas amuradas. Os ferros mais
compridos serão colocados ao centro do porão, com o fim de facilitar o trabalho.
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47. REGRAS DE ESTIVA
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As chapas de ferro deitam-se sobre um estrado de madeira e as várias camadas separam-se com
sarrafos. No caso de peças soltas de maquinaria, devem proteger-se com esteiras, madeira, palha ou outro
material conveniente, em especial as tubuladuras, uniões, bocas e rodas que fiquem salientes e sujeitas a
sofrer pancadas.
Cilindros :
As grandes peças cilíndricas devem assentar sobre picadeiros e pear-se.
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48. REGRAS DE ESTIVA
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Tubos:
Os tubos de ferro fundido, de grés ou de cimento, estivam-se ao comprido sobre travessas de
madeira niveladas. Para evitar avarias durante a estiva, aconselha-se o emprego de travessas sobre cada
camada de tubos. A figura mostra a disposição conveniente para tubos de canalização (manilhas).
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49. REGRAS DE ESTIVA
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Madeira:
Não deve ser estivada juntamente com mercadoria seca, pois as tábuas e vigas contêm
frequentemente humidade. As tábuas deitam-se de chapa, para evitar deformações, e escolhem-se os
comprimentos em cada camada, para não se perder espaço. Se o carregamento ocupar apenas uma parte do
compartimento, convirá deixar a fachada regular, embora tenham de ficar espaços vazios no corpo do lote.
As diversas camadas separam-se com sarrafos, no caso de madeira que necessite de bom arejamento.
Açúcar:
Liberta humidade, oxidando o ferro que esteja perto. Estivar em local seco e fresco. Se o açúcar for
estivado com outra mercadoria no mesmo compartimento, convirá colocar aquele ao meio, para que os seus
vapores possam sair mais facilmente. O açúcar refinado irá por cima do açúcar em rama.
Café:
Carga delicada. Não pode apanhar humidade nem ser estivado com mercadoria de forte odor.
Exige boa ventilação.
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50. REGRAS DE ESTIVA
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Chá:
Carga delicada. Estivar em porão bem seco e onde não esteja mercadoria que liberte odor ou
humidade.
Farinha:
Carga seca e delicada, exigindo boa ventilação.
Farinha de peixe:
Carga sujeita a inflamação espontânea, pelo que não deve conter mais de 6% de óleo no caso ele
viagem longa.
Farelo:
Carga facilmente combustível, não devendo estivar-se junto da antepara da casa das caldeiras.
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52. AVARIAS NAS CARGAS
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Avaria grossa ou comum:
Qualquer dano material ou
despesa extraordinária causada ao navio
e/ou a carga, por ato deliberado, diante do
perigo real e eminente, em benefício de
vidas, da embarcação ou das cargas.
Ficando caracterizada este tipo de avaria, as
despesas serão rateadas
proporcionalmente por todos os
interessados envolvidos ou beneficiados
com o fato. Seus requisitos são:
1-Ser ato deliberado;
2- Comunhão de benefícios.
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Avaria simples ou particular:
Referente a todo dano material ou
despesa extraordinária causados
involuntariamente à carga ou ao navio.
Seus requisitos são:
1- Existência de perigo que comprometa a
segurança do navio ou da própria carga;
2- A ausência de vontade dos interessados.
53. VENTILAÇÃO
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Ventilação do porão de carga:
É muito importante pois minimiza o risco de prejuízo ou dano da carga. Um sistema de ventilação
adequado garante a qualidade das mercadorias transportadas, impedindo a formação de condensação nos
espaços de carga, reduzindo o aquecimento prejudicial da carga e remoção de gases potencialmente
perigosos dos espaços de carga. Dependendo do tipo de carga transportada pelo navio, podemos conceber
sistemas de ventilação perfeitamente adequados para qualquer situação. Todos os nossos sistemas de
ventilação do porão de carga, são garantidos para serem fortes, funcionais e fáceis de manter.
Os sistemas de ventilação de todos os compartimentos do navio devem ser concebidos, instalados
e repartidos de maneira tal que assegurem uma distribuição satisfatória do ar. Eles devem ser conservados
em bom estado de limpeza e eficiência, permitindo atingir a renovação do ar prevista para toda a vida útil
do navio. No geral, cuidados extremos devem ser adotados no exame das grades de extração do ar, das
bocas de ventilação, dos dutos etc., para assegurar que não sejam obstruídos por acúmulo de pó, sujeira,
penugens etc.
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54. VENTILAÇÃO
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As normas nacionais e internacionais pertinentes a ventilação devem ser obedecidas. Certas
mercadorias, como alguns tipos de carvão, copra, aparas metálicas, concentrados e etc, estão sujeitos à
combustão espontânea se a temperatura estiver alta o suficiente.
O resfriamento do material deve ser conduzido com extremo cuidado, uma vez que o uso da água
pode também levar à combustão espontânea e/ou explosão. A temperatura nos porões contendo tais cargas
deve ser verificada diariamente, ou conforme as instruções do armador do navio.
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