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UFCD 6482 – OPERAÇÕES DE CARGAS E DESCARGAS
EM NAVIOS
FORMADOR: SÍLVIO DA TORRE
DATA (17/02/2023)
FOR-MAR | UDCD CÓDIGO | DATA (DATA DA ÚLTIMA VERSÃO DO DOCUMENTO NO FORMATO DIA-MÊS-ANO) 1
Apresentação 1
CONTEÚDOS DO MÓDULO
2
Operações gerais de carga e descarga:
Movimentação de cargas e utilização de estropos na sua movimentação
Manobras com catrinas, patescas e moitões
Manobras com guinchos de carga
Assistência às operações de carga e descarga do convés, utilizando o equipamento necessário
Vigia das operações de estiva – rondas de segurança
Carga e descarga de produtos perigosos
Tipos de conexões (mangueiras de carga, bancas, água e granéis)
Operações de bunkering e de carga e descarga de produtos perigosos
Execução de sondagens de fita a tanques de carga/lastro
Peamento e despeamento da carga do convés ou dos materiais nos paióis
Limpeza e lavagem do convés e casario
Cuidados de higiene e segurança nas operações de carga e descarga.
FOR-MAR | UFCD 6482
CONTEÚDOS DO MÓDULO
3
Operações de convés em navios de carga geral:
Preparação dos porões cobertos e convés
Estiva e peamento da carga estivada desde o período de embarque até ao período de desembarque
Regras de estiva
Avarias na carga geral
Ventilação
Cargas perigosas
Cuidados de higiene e segurança em operações de convés em navios de carga geral
FOR-MAR | UFCD 6482
CONTEÚDOS DO MÓDULO
4
Operações de convés em navios porta-contentores:
Preparação dos porões cobertos e convés
Conceito de carga contentorizada
Tipos de contentores e sua utilização
Breves noções de movimento e manuseamento de contentores
Sobreposição de contentores
Orientação de contentores: respectiva comunicação gestual entre operadores de grua e marinheiros
Necessidade de travamento da carga contentorizada sobreposta
Fechos e tipos de blocos de encaixe
Necessidade de peamento de carga contentorizada sobreposta
Tipos de peias
Monitorização da condição da carga contentorizada
Cuidados de higiene e segurança em operações de convés em navios porta-contentores
FOR-MAR | UFCD 6482
CONTEÚDOS DO MÓDULO
5
Operações de convés em navios petroleiros/químicos:
Tipos de combustível líquido
Fluxos de carga e descarga de combustível e formas de os verificar
Medição da quantidade de combustível transfegado
Inspecções de segurança na casa das bombas
Processos de limpeza e esgotamento dos tanques
Cargas líquidas perigosas
Fugas ou derrames de combustível
Cuidados de higiene e segurança em operações de convés em navios petroleiros/químicos
FOR-MAR | UFCD 6482
CONTEÚDOS DO MÓDULO
6
Operações de convés em navios graneleiros:
Preparação dos porões cobertos e convés
Operações de lastragem/deslastragem
Tipos de carga sólida a granel e seu manuseamento
Abertura e fecho das escotilhas dos porões
Comportamento e deterioração (avaria) da carga, em função da variação das temperaturas
Necessidade da ventilação da carga
Vigilância na carga transportada
Cuidados de higiene e segurança em operações de convés em navios graneleiros
FOR-MAR | UFCD 6482
CONTEÚDOS DO MÓDULO
7
Operações de convés em navios ro-ro:
Preparação dos porões cobertos e convés
Carga e peamento tendo em conta todos os tipos de veículos e/ou vagões ferroviários
Abertura e fecho de portas e rampas
Áreas perigosas de carga
Cuidados de higiene e segurança em operações de convés em navios ro-ro
FOR-MAR | UFCD 6482
OPERAÇÕES GERAIS DE CARGA E DESCARGA
8
Qualquer operação de movimentação ou deslocação voluntária de cargas, compreendendo as
operações fundamentais de elevação, transporte e descarga.
A ocorrência de acidentes neste tipo de operação é consequência de movimentos incorretos
ou esforços físicos exagerados, de grandes distâncias de elevação, do abaixamento e transporte, bem
como de períodos insuficientes de repouso, pois estamos por vezes na presença de cargas volumosas.
Essa técnica também está essencialmente ligada à diminuição ou eliminação de riscos
ergonômicos (esforço físico, atividades repetitivas, transporte de peso, etc).
Assim, é fundamental fazer um estudo de logística, analisando qual tipo de produto precisa
ser movimentado e qual é a área disponível para isso. Só assim é possível garantir eficiência para a
empresa e boas condições para os funcionários.
FOR-MAR | UFCD 6482
OPERAÇÕES GERAIS DE CARGA E DESCARGA
9
O uso de equipamentos de movimentação na indústria auxilia na agilidade e produtividade
de toda a operação. No entanto, ele traz também alguns riscos de segurança. Se os devidos cuidados
não forem tomados, aumentam a chance de ocorrer acidentes de trabalho.
Para evitar esse tipo de problema, listamos aqui alguns cuidados que toda empresa precisa
ter:
Previna os riscos
Não espere acontecer algum acidente para tomar as primeiras providências de segurança.
Pelo contrário, analise como é o dia-a-dia, verifique a movimentação dos equipamentos, identifique
onde estão os principais riscos e tome decisões para mitiga-los.
Use Equipamentos de segurança
Quando falamos de movimentação de materiais, existem alguns equipamentos fundamentais
para que as cargas se mantenham fixadas aos veículos. Fitas, ganchos para amarração de cargas e
correntes são alguns dos exemplos.
FOR-MAR | UFCD 6482
OPERAÇÕES GERAIS DE CARGA E DESCARGA
10
Capacite os trabalhadores
Existem vários produtos que garantem que as cargas não se desprendam dos navios. Porém,
também existe uma técnica correta de fixação, que precisa ser respeitada. Assim, os colaboradores
devem ser capacitados para utilizar corretamente os equipamentos de movimentação e todos os riscos
devem ser previamente alertados.
Atente-se à manutenção dos equipamentos
Fazer uma boa gestão da manutenção é ideal em todos os setores da indústria. Com
equipamentos de movimentação não é diferente: regularmente, avalie se os seus veículos estão
funcionando da forma esperada e não apresentam defeitos. Opte sempre pela manutenção preventiva,
evitando ter que resolver o problema apenas quando houver falhas.
Por fim, lembre-se de checar frequentemente os acessórios de segurança para garantir que
tudo esteja funcionando perfeitamente.
FOR-MAR | UFCD 6482
OPERAÇÕES GERAIS DE CARGA E DESCARGA
11
Estropos:
FOR-MAR | UFCD 6482
OPERAÇÕES GERAIS DE CARGA E DESCARGA
12
FOR-MAR | UFCD 10271
OPERAÇÕES GERAIS DE CARGA E DESCARGA
13
Fixação do laço
O olhal ou acessório do laço deve estar devidamente acomodado no gancho, nunca na sua
extremidade e deve estar livre para se inclinar em qualquer direção, devendo estar livre de torções e
nós.
O conjunto de laço é sujeito a variações de esforços que aumentam quando ocorre a variação
do ângulo entre as pernas. Esta variação pode chegar a 60º com a vertical. Deve ser assegurado que a
carga a ser movimentada seja capaz de resistir ao esforço aplicado com segurança.
O lugar onde a carga será posicionada deve ser preparado. Deve-se assegurar que o piso
tenha resistência para absorver o peso, levando em consideração partes que podem ser danificadas.
Pode ser necessário providenciar um apoio de madeira ou material similar para evitar que o laço seja
prensado entre o piso e a carga ou para dar estabilidade na carga quando a mesma for posicionada.
FOR-MAR | UFCD 6482
OPERAÇÕES GERAIS DE CARGA E DESCARGA
14
Antes do levantamento da carga
Planeje a movimentação antes de seu início. Faça uma inspeção no material para detetar se no
mesmo existe alguma anormalidade, como: deformações, fios partidos, distorção, cortes, desgastes,
etc...
É necessário assegurar que a carga seja adequada para levantamento com o laço. Quando o
laço for fixado à carga, os pontos utilizados para fixação (por exemplo, olhais) devem ser adequados
para o levantamento da carga.
A massa da carga a ser levantada deve ser verificada. É essencial que a massa da carga seja
conhecida. Se a carga não possuir a identificação de sua massa, a mesma deve ser obtida através de
manuais, desenhos, etc. Se esta informação não estiver disponível, a massa da carga deve ser avaliada.
FOR-MAR | UFCD 6482
OPERAÇÕES GERAIS DE CARGA E DESCARGA
15
Após a escolha do método de levantamento, deve-se escolher o material de levantamento
mais adequado, compatível com a carga, ambiente e condições de movimentação.
A pessoa responsável pelo levantamento deve assegurar que o laço esteja em boas condições.
O laço deve ser descartado caso apresente danos, deterioração ou com alguma deformação que possa
comprometer a segurança do içamento.
A pessoa responsável pelo levantamento deve assegurar-se que a carga fique balanceada
quando levantada. Os laços devem ser fixados nos pontos projetados para o levantamento da carga. Se
estes pontos não estiverem marcados na carga deve-se utilizar a posição do centro de gravidade. O
tipo de laço e o método de levantamento utilizado deve assegurar que a carga não escorregue.
Assegure-se que a carga a ser levantada não contenha elementos soltos. O laço não deve ser
fixado no elemento de amarração da carga, exceto quando o elemento for projetado para este fim.
FOR-MAR | UFCD 6482
OPERAÇÕES GERAIS DE CARGA E DESCARGA
16
Deve-se assegurar que a carga esteja livre para se movimentar sem qualquer tipo de
obstrução.
Levantar a carga em alguns centímetros e verificar se a carga está firme e na posição
adequada. Se durante o içamento a carga inclinar, a mesma deve ser abaixada e reposicionada. Isto
pode ser feito por reposicionamento dos pontos de fixação ou por uso de encurtadores ou esticadores
em uma ou mais pernas, que deverão ser usados de acordo com as instruções do fabricante do
acessório.
Cuidado
As mãos e outras partes do corpo devem ser mantidas afastadas do laço para prevenir
contusões, como por exemplo, a parte superior do laço quando a carga estiver pronta para o
levantamento. Lembre-se ao manusear o laço, sempre use luvas.
FOR-MAR | UFCD 6482
OPERAÇÕES GERAIS DE CARGA E DESCARGA
17
O operador nunca deve abandonar a sua posição junto aos controles quando uma carga
estiver suspensa em qualquer área onde haja acesso a pessoas. Deve-se assegurar também, que todas
as pessoas envolvidas na operação possam se ver e se comunicar. Todo pessoal deve estar afastado da
carga; caso contrário, cuidados especiais devem ser tomados quando se der início a o levantamento e
ao controle da carga.
Nunca deixar a carga suspensa desassistida ou movimentar a carga com pessoas sobre a
mesma. No uso do conjunto de laços, quando alguma perna não for utilizada a mesma deve ser fixada
no anelão.
A carga deve ser presa pelo laço de tal maneira que não tombe ou caia durante o
levantamento. O ponto de fixação deve ficar diretamente acima do centro de gravidade de tal forma
que a carga seja levantada ou abaixada uniformemente.
FOR-MAR | UFCD 6482
OPERAÇÕES GERAIS DE CARGA E DESCARGA
18
Cuidados com o laço
O laço ou partes do mesmo não devem ficar presos sob a carga ou serem arrastados pelo
chão. Quando não estiverem em uso, os laço devem ser mantidos em local: limpo, seco, bem ventilado,
à temperatura ambiente e mantidos em suportes adequados ou prateleiras.
Não devem ser deixados no chão, onde podem ser danificados. Os laços que deixarem de ser
usados durante algum tempo devem ser limpos, secos e protegidos contra a corrosão.
Ao serem descartados, os laços devem ser cortados na base do olhal, pois no momento de
necessidade, poderão ser reutilizados, podendo evitar acidentes.
FOR-MAR | UFCD 6482
OPERAÇÕES GERAIS DE CARGA E DESCARGA
19
FOR-MAR | UFCD 6482 VIDEO
QUESTÕES?
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FOR-MAR | UFCD 10271
OPERAÇÕES GERAIS DE CARGA E DESCARGA
21
FOR-MAR | UFCD 6482
POLEAME — Conjunto e nome genérico de peças de madeira ou metálicas para a passagem e
retorno de cabos fixos ou de laborar. O poleame faz parte do aparelho do navio; pode ser surdo ou de
laborar.
O poleame surdo inclui: bigotas, sapatas, etc. As peças são formadas por um só bloco, sem
roldanas, mas dispondo aberturas por onde passam os cabos; é mais usado nos navios de vela.
O poleame de laborar tem uma ou mais roldanas, dotadas de golas que rodam em torno do
perno, permitindo o movimento dos cabos passados ou gornidos. O poleame de laborar inclui: moitões,
patescas, catrinas, polés, cadernais, etc. O moitão é uma peça com uma só abertura para passagem do
cabo, chamada gorne. A patesca é um moitão aberto numa das faces. A catrina é um moitão metálico, com
caixa aberta e roldana de grande diâmetro, usado especialmente em paus de carga. A polé é formada pela
união de dois moitões. O cadernal é um moitão com mais do que uma roldana.
A palavra poleame deriva de polé e esta do provençal poleia, talvez do grego polidion, de polos,
«espigão».
Polé era também a designação de um antigo instrumento de tortura.
OPERAÇÕES GERAIS DE CARGA E DESCARGA
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FOR-MAR | UFCD 6482
OPERAÇÕES GERAIS DE CARGA E DESCARGA
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FOR-MAR | UFCD 6482
OPERAÇÕES GERAIS DE CARGA E DESCARGA
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FOR-MAR | UFCD 6482
PAUS DE CARGAS
25
FOR-MAR | UFCD 6482
Vários são os aparelhos destinados a içar pesos a bordo, desde os antigos estais de balanço usados
nos veleiros, aos turcos para içar e arriar embarcações ou outros pesos fora da borda, até aos paus de carga,
usados principalmente em navios de comercio, para carga e descarga de mercadorias.
Os paus de carga são fortes vergônteas ou tubos de ferros móveis, colocados juntos de um mastro, e
que servem para carga e descarga de material pesado. O seu movimento é dado por um sistema de peão,
mangual, que o liga ao mastro por intermedio de um cachimbo, com um furo, de cima para baixo, onde gira o
peão ligado ao pé do pau de carga.
Este sistema permite dar movimento ao pau em todos os sentidos, de cima para abaixo, de
bombordo a estibordo.
PAUS DE CARGAS
26
FOR-MAR | UFCD 6482
PAUS DE CARGAS
27
FOR-MAR | UFCD 6482
PAUS DE CARGAS
28
FOR-MAR | UFCD 6482
GRUAS
29
FOR-MAR | UFCD 6482
Gruas: movimentação de cargas e produtividade:
As gruas são excelentes equipamentos para viabilizar e melhorar a movimentação vertical e
horizontal de cargas. Conhecidas também como guindastes de torre, elas são fundamentais para quem
deseja ganhar mais produtividade. De modo geral, quanto maior for a altura do içamento e mais elevado
for o grau de industrialização, maior será a demanda por esses equipamentos.
O uso de gruas depende basicamente de um bom planejamento que leve em conta as cargas e as
características dos itens que serão movimentados. Dimensionar o comprimento da lança (distância entre a
ponta da lança e a torre) e a altura de montagem da grua são fatores que devem ser considerados, assim
como a localização dos pontos de carga e descarga e o arranjo do local. Um cuidado importante do plano
de cargas é garantir que os materiais não passem por cima de pessoas ou de vias públicas, conforme
preconizado em normas regulamentadoras.
GRUAS
30
FOR-MAR | UFCD 6482
GRUAS
31
FOR-MAR | UFCD 6482
GRUAS
32
FOR-MAR | UFCD 6482
VIDEO
QUESTÕES?
33
FOR-MAR | UFCD 10271
GUINCHOS
34
FOR-MAR | UFCD 6482
Existem critérios a considerar como o tipo de acionamento.
O guincho pode ser manual ou possuir um motor elétrico, hidráulico ou de combustão interna. Em
geral, os guinchos são mecanismos concebidos para enrolar um cabo, uma corda ou uma corrente em
torno de um tambor, em espiral e em camadas sucessivas, de modo a ocupar toda a largura deste.
A maioria dos guinchos possui um motor, mas existem alguns manuais, destinados principalmente
a uma utilização ocasional ou em espaços onde seja difícil ligá-los à rede elétrica.
Há quatro tipos principais de acionamento: os motores elétricos, os motores de combustão
interna, o acionamento hidráulico e o acionamento manual.
GUINCHOS
35
FOR-MAR | UFCD 6482
Os guinchos com motor elétrico dividem-se em duas categorias: os que são ligados à rede elétrica e
os que são alimentados por uma bateria, ligados, por exemplo, a um carro ou a um camião.
Os guinchos elétricos destinam-se a uma utilização intermitente, uma vez que aquecem bastante.
Para operações com cargas muito pesadas ou para um uso intensivo, é preferível optar por um guincho com
fusível térmico a fim de evitar que o equipamento se danifique. Além disso, deverá escolher um guincho com
capacidade de carga superior aos pesos com que irá operar para evitar o sobreaquecimento do motor.
Os guinchos com motor de combustão são mais pesados e mais caros do que os elétricos. Por outro
lado, têm geralmente um ciclo de trabalho de 100%, isto é, podem funcionar em contínuo, sem necessidade
de paragens para arrefecerem.
Os guinchos hidráulicos estão ligados a um sistema hidráulico que aciona o tambor. Estes guinchos
possuem um ciclo de trabalho de, igualmente, 100% e uma capacidade de carga geralmente bastante elevada.
Este tipo de guincho é utilizado, nomeadamente, em navios ou em plataformas no mar.
GUINCHOS
36
FOR-MAR | UFCD 6482
Os guinchos manuais são utilizados para cargas mais leves. A sua vantagem consiste no facto de o
seu acionamento não depender da ligação a uma fonte de energia.
GUINCHOS
37
FOR-MAR | UFCD 6482
GUINCHOS
38
FOR-MAR | UFCD 6482
Cabrestante e molinete
É um mecanismo utilizado nas antigas naus e constituído por um objecto de forma cilíndrica com um eixo
vertical (cabrestante) ou horizontal (molinete) que accionado por vários homens permitia ajudar a levantar a
âncora e outros corpos pesados utilizados nas naus. Os que serviam à manobra eram conhecidos
por Bolinete.
VIDEO
QUESTÕES?
39
FOR-MAR | UFCD 10271
VIGIAS NAS OPERAÇÕES DE CARGAS E DESCARGAS
40
FOR-MAR | UFCD 6482
O Navio, enquanto permanecer na área portuária, deve ter a bordo a tripulação suficiente para
efectuar as seguintes operações:
a) Vigiar a amarração e se necessário a reforçar e alterar, de modo a garantir a permanência do navio ao cais
em condições de segurança para o mesmo e para os equipamentos de carga/descarga;
b) Rondar e folgar os cabos, de acordo com as variações da altura do navio;
c) Vigiar o ferro e o posicionamento do navio no fundeadouro;
d) Assegurar a realização de manobras e enfrentar situações de emergência.
e) Garantir a segurança do navio, da carga e das pessoas que se encontrem a bordo, muito especialmente nos
casos de colisão, incêndio ou água aberta;
VIGIAS NAS OPERAÇÕES DE CARGAS E DESCARGAS
41
FOR-MAR | UFCD 6482
f) Proceder à largada de emergência e reforçar a amarração, se as circunstâncias assim o impuserem;
g) Manter estabelecidas as luzes de posição e içar e transmitir sinais regulamentares, designadamente em caso
de nevoeiro e responder prontamente se chamado no Canal 12;
h) Evitar qualquer poluição.
As operações de carga nos navios precisam de consideração cuidadosa em vários estágios. Explicados
abaixo, alguns fatores críticos que precisam ser considerados para o manuseio seguro da carga a bordo.
No Porto de Chegada, Antes do Início da Operação de Carga
A composição do pessoal de serviço de vigia da carga deve ser decidida e as funções bem
compreendidas;
Todo o pessoal envolvido no serviço de vigia da carga deve ser informado sobre as operações
previstas e receber um Plano de Descarga de Carga;
VIGIAS NAS OPERAÇÕES DE CARGAS E DESCARGAS
42
FOR-MAR | UFCD 6482
As ferramentas de operação dos equipamentos de amarração, incluindo a alavanca do macaco
esticador, barra de liberação, haste de extensão, etc., devem ser mantidas em stand-by no convés para uso
durante a permanência a bordo;
As travas de escotilha, travas para distorção, parafusos principais, etc. de todas as escotilhas a serem
trabalhadas no porto devem ser abertos e liberados;
O sistema hidráulico para operação da válvula de lastro deve ser ativado, a potência e a
disponibilidade das bombas de lastro e inclinação confirmadas;
O sistema de lastro automático deve ser colocado em operação;
Os calados a vante, a ré e a meia-nau devem ser verificados visualmente e os indicadores
comparados;
Prepare o documento necessário do último porto;
VIGIAS NAS OPERAÇÕES DE CARGAS E DESCARGAS
43
FOR-MAR | UFCD 6482
Prepare o documento necessário para os estivadores designados.
Deve-se enfatizar a importância de se manter Registos para ajudar a evitar
protestos/reclamações sobre a carga. Os que protestam geralmente alegam que qualquer dano à carga
observado ocorreu durante a viagem no navio, quando, na verdade, é mais provável que tenha ocorrido em
terra.
As evidências documentais exigidas pelos responsáveis pelos protestos incluem:
Registos de sondagem e bombeamento de esgoto, lastro e combustível;
Registos de ventilação, humidade e temperatura da carga;
Registos das condições meteorológicas incomuns, detalhes de derrota, avisos e relatórios
meteorológicos;
Registos de verificação, acesso, retenção e inspeções de portas estanques;
VIGIAS NAS OPERAÇÕES DE CARGAS E DESCARGAS
44
FOR-MAR | UFCD 6482
Registos de verificações de equipamentos de segurança e combate a incêndio, incluindo lançamentos
e registos de exercícios de treinamento e segurança;
Registos de inspeções e controles da peação e amarração da carga;
Registos das temperaturas da carga (aquecimento ou resfriamento) quando apropriado;
Registos de gás inerte e operações de ventilação;
Registos de degelo e controle de temperatura da carga frigorificada;
Registos de temperaturas em tanques de óleo combustível sob cargas sensíveis.
QUESTÕES?
45
FOR-MAR | UFCD 10271
CARGAS E DESCARGAS DE PRODUTOS PERIGOSOS
46
FOR-MAR | UFCD 6482
Os navios que transportam este tipo de cargas, exigem um constante acompanhamento e vigilância
da carga com vista a prevenir eventuais alterações na estabilidade do navio, do travamento nas cargas de
granéis sólidos, escorregamentos da carga, alteração de calados e caimento do navio, necessidades de
trasfegas de carga e/ou lastro, prevenção de fugas de cargas liquidas, derrames, alteração dos níveis da água
pela variação das marés, etc.
A SOLAS dedica a este tipo de carregamentos e aos procedimentos adotar um espaço importante
indiciador da necessidade de adoção de procedimentos específicos.
Código IMDG Significa o Código Marítimo Internacional de Produtos Perigosos (IMDG), adotado pelo
Comité de Segurança Marítima da Organização através da Resolução MSC.122(75).
CARGAS E DESCARGAS DE PRODUTOS PERIGOSOS
47
FOR-MAR | UFCD 6482
Classe 1 – Explosivos
Subclasse 1.1: Explosivos com um risco de explosão em massa;
Subclasse 1.2: Explosivos com um risco de projeção;
Subclasse 1.3: Explosivos com um risco predominante na causa de incêndio;
Subclasse 1.4: Explosivos com nenhum perigo de explosão significativa;
Subclasse 1.5: Explosivos bem insensíveis com risco de explosão em massa;
Subclasse 1.6: Artigos extremamente insensíveis.
Classe 2 – Gases
Subclasse 2.1: Gases inflamáveis;
Subclasse 2.2: Gases não inflamáveis, gases não tóxicos;
Subclasse 2.3: Gases tóxicos
Classe 3 - Líquidos inflamáveis (combustíveis líquidos)
CARGAS E DESCARGAS DE PRODUTOS PERIGOSOS
48
FOR-MAR | UFCD 6482
Classe 4 - Sólidos inflamáveis; Substâncias sujeitas à combustão espontânea, e substâncias que se
tornam perigosas quando entram em contato com a água.
Subclasse 4.1: Sólidos inflamáveis;
Subclasse 4.2: Materiais espontaneamente inflamáveis;
Subclasse 4.3: Materiais que em contato com a água emitem gases inflamáveis.
Classe 5 - Substâncias oxidantes e peróxidos orgânicos
Subclasse 5.1: Substâncias oxidantes;
Subclasse 5.2: Peróxidos orgânicos.
Classe 6 - Substâncias tóxicas e substâncias infecciosas
Subclasse 6.1: Substâncias tóxicas (venenosas);
Subclasse 6.2: Substâncias infecciosas.
CARGAS E DESCARGAS DE PRODUTOS PERIGOSOS
49
FOR-MAR | UFCD 6482
Classe 7 - Materiais radioativos
Classe 8 - Substâncias corrosivas
Classe 9 - Substâncias perigosas diversas
CARGAS E DESCARGAS DE PRODUTOS PERIGOSOS
50
FOR-MAR | UFCD 6482
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QUESTÕES?
51
FOR-MAR | UFCD 10271

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  • 1. UFCD 6482 – OPERAÇÕES DE CARGAS E DESCARGAS EM NAVIOS FORMADOR: SÍLVIO DA TORRE DATA (17/02/2023) FOR-MAR | UDCD CÓDIGO | DATA (DATA DA ÚLTIMA VERSÃO DO DOCUMENTO NO FORMATO DIA-MÊS-ANO) 1 Apresentação 1
  • 2. CONTEÚDOS DO MÓDULO 2 Operações gerais de carga e descarga: Movimentação de cargas e utilização de estropos na sua movimentação Manobras com catrinas, patescas e moitões Manobras com guinchos de carga Assistência às operações de carga e descarga do convés, utilizando o equipamento necessário Vigia das operações de estiva – rondas de segurança Carga e descarga de produtos perigosos Tipos de conexões (mangueiras de carga, bancas, água e granéis) Operações de bunkering e de carga e descarga de produtos perigosos Execução de sondagens de fita a tanques de carga/lastro Peamento e despeamento da carga do convés ou dos materiais nos paióis Limpeza e lavagem do convés e casario Cuidados de higiene e segurança nas operações de carga e descarga. FOR-MAR | UFCD 6482
  • 3. CONTEÚDOS DO MÓDULO 3 Operações de convés em navios de carga geral: Preparação dos porões cobertos e convés Estiva e peamento da carga estivada desde o período de embarque até ao período de desembarque Regras de estiva Avarias na carga geral Ventilação Cargas perigosas Cuidados de higiene e segurança em operações de convés em navios de carga geral FOR-MAR | UFCD 6482
  • 4. CONTEÚDOS DO MÓDULO 4 Operações de convés em navios porta-contentores: Preparação dos porões cobertos e convés Conceito de carga contentorizada Tipos de contentores e sua utilização Breves noções de movimento e manuseamento de contentores Sobreposição de contentores Orientação de contentores: respectiva comunicação gestual entre operadores de grua e marinheiros Necessidade de travamento da carga contentorizada sobreposta Fechos e tipos de blocos de encaixe Necessidade de peamento de carga contentorizada sobreposta Tipos de peias Monitorização da condição da carga contentorizada Cuidados de higiene e segurança em operações de convés em navios porta-contentores FOR-MAR | UFCD 6482
  • 5. CONTEÚDOS DO MÓDULO 5 Operações de convés em navios petroleiros/químicos: Tipos de combustível líquido Fluxos de carga e descarga de combustível e formas de os verificar Medição da quantidade de combustível transfegado Inspecções de segurança na casa das bombas Processos de limpeza e esgotamento dos tanques Cargas líquidas perigosas Fugas ou derrames de combustível Cuidados de higiene e segurança em operações de convés em navios petroleiros/químicos FOR-MAR | UFCD 6482
  • 6. CONTEÚDOS DO MÓDULO 6 Operações de convés em navios graneleiros: Preparação dos porões cobertos e convés Operações de lastragem/deslastragem Tipos de carga sólida a granel e seu manuseamento Abertura e fecho das escotilhas dos porões Comportamento e deterioração (avaria) da carga, em função da variação das temperaturas Necessidade da ventilação da carga Vigilância na carga transportada Cuidados de higiene e segurança em operações de convés em navios graneleiros FOR-MAR | UFCD 6482
  • 7. CONTEÚDOS DO MÓDULO 7 Operações de convés em navios ro-ro: Preparação dos porões cobertos e convés Carga e peamento tendo em conta todos os tipos de veículos e/ou vagões ferroviários Abertura e fecho de portas e rampas Áreas perigosas de carga Cuidados de higiene e segurança em operações de convés em navios ro-ro FOR-MAR | UFCD 6482
  • 8. OPERAÇÕES GERAIS DE CARGA E DESCARGA 8 Qualquer operação de movimentação ou deslocação voluntária de cargas, compreendendo as operações fundamentais de elevação, transporte e descarga. A ocorrência de acidentes neste tipo de operação é consequência de movimentos incorretos ou esforços físicos exagerados, de grandes distâncias de elevação, do abaixamento e transporte, bem como de períodos insuficientes de repouso, pois estamos por vezes na presença de cargas volumosas. Essa técnica também está essencialmente ligada à diminuição ou eliminação de riscos ergonômicos (esforço físico, atividades repetitivas, transporte de peso, etc). Assim, é fundamental fazer um estudo de logística, analisando qual tipo de produto precisa ser movimentado e qual é a área disponível para isso. Só assim é possível garantir eficiência para a empresa e boas condições para os funcionários. FOR-MAR | UFCD 6482
  • 9. OPERAÇÕES GERAIS DE CARGA E DESCARGA 9 O uso de equipamentos de movimentação na indústria auxilia na agilidade e produtividade de toda a operação. No entanto, ele traz também alguns riscos de segurança. Se os devidos cuidados não forem tomados, aumentam a chance de ocorrer acidentes de trabalho. Para evitar esse tipo de problema, listamos aqui alguns cuidados que toda empresa precisa ter: Previna os riscos Não espere acontecer algum acidente para tomar as primeiras providências de segurança. Pelo contrário, analise como é o dia-a-dia, verifique a movimentação dos equipamentos, identifique onde estão os principais riscos e tome decisões para mitiga-los. Use Equipamentos de segurança Quando falamos de movimentação de materiais, existem alguns equipamentos fundamentais para que as cargas se mantenham fixadas aos veículos. Fitas, ganchos para amarração de cargas e correntes são alguns dos exemplos. FOR-MAR | UFCD 6482
  • 10. OPERAÇÕES GERAIS DE CARGA E DESCARGA 10 Capacite os trabalhadores Existem vários produtos que garantem que as cargas não se desprendam dos navios. Porém, também existe uma técnica correta de fixação, que precisa ser respeitada. Assim, os colaboradores devem ser capacitados para utilizar corretamente os equipamentos de movimentação e todos os riscos devem ser previamente alertados. Atente-se à manutenção dos equipamentos Fazer uma boa gestão da manutenção é ideal em todos os setores da indústria. Com equipamentos de movimentação não é diferente: regularmente, avalie se os seus veículos estão funcionando da forma esperada e não apresentam defeitos. Opte sempre pela manutenção preventiva, evitando ter que resolver o problema apenas quando houver falhas. Por fim, lembre-se de checar frequentemente os acessórios de segurança para garantir que tudo esteja funcionando perfeitamente. FOR-MAR | UFCD 6482
  • 11. OPERAÇÕES GERAIS DE CARGA E DESCARGA 11 Estropos: FOR-MAR | UFCD 6482
  • 12. OPERAÇÕES GERAIS DE CARGA E DESCARGA 12 FOR-MAR | UFCD 10271
  • 13. OPERAÇÕES GERAIS DE CARGA E DESCARGA 13 Fixação do laço O olhal ou acessório do laço deve estar devidamente acomodado no gancho, nunca na sua extremidade e deve estar livre para se inclinar em qualquer direção, devendo estar livre de torções e nós. O conjunto de laço é sujeito a variações de esforços que aumentam quando ocorre a variação do ângulo entre as pernas. Esta variação pode chegar a 60º com a vertical. Deve ser assegurado que a carga a ser movimentada seja capaz de resistir ao esforço aplicado com segurança. O lugar onde a carga será posicionada deve ser preparado. Deve-se assegurar que o piso tenha resistência para absorver o peso, levando em consideração partes que podem ser danificadas. Pode ser necessário providenciar um apoio de madeira ou material similar para evitar que o laço seja prensado entre o piso e a carga ou para dar estabilidade na carga quando a mesma for posicionada. FOR-MAR | UFCD 6482
  • 14. OPERAÇÕES GERAIS DE CARGA E DESCARGA 14 Antes do levantamento da carga Planeje a movimentação antes de seu início. Faça uma inspeção no material para detetar se no mesmo existe alguma anormalidade, como: deformações, fios partidos, distorção, cortes, desgastes, etc... É necessário assegurar que a carga seja adequada para levantamento com o laço. Quando o laço for fixado à carga, os pontos utilizados para fixação (por exemplo, olhais) devem ser adequados para o levantamento da carga. A massa da carga a ser levantada deve ser verificada. É essencial que a massa da carga seja conhecida. Se a carga não possuir a identificação de sua massa, a mesma deve ser obtida através de manuais, desenhos, etc. Se esta informação não estiver disponível, a massa da carga deve ser avaliada. FOR-MAR | UFCD 6482
  • 15. OPERAÇÕES GERAIS DE CARGA E DESCARGA 15 Após a escolha do método de levantamento, deve-se escolher o material de levantamento mais adequado, compatível com a carga, ambiente e condições de movimentação. A pessoa responsável pelo levantamento deve assegurar que o laço esteja em boas condições. O laço deve ser descartado caso apresente danos, deterioração ou com alguma deformação que possa comprometer a segurança do içamento. A pessoa responsável pelo levantamento deve assegurar-se que a carga fique balanceada quando levantada. Os laços devem ser fixados nos pontos projetados para o levantamento da carga. Se estes pontos não estiverem marcados na carga deve-se utilizar a posição do centro de gravidade. O tipo de laço e o método de levantamento utilizado deve assegurar que a carga não escorregue. Assegure-se que a carga a ser levantada não contenha elementos soltos. O laço não deve ser fixado no elemento de amarração da carga, exceto quando o elemento for projetado para este fim. FOR-MAR | UFCD 6482
  • 16. OPERAÇÕES GERAIS DE CARGA E DESCARGA 16 Deve-se assegurar que a carga esteja livre para se movimentar sem qualquer tipo de obstrução. Levantar a carga em alguns centímetros e verificar se a carga está firme e na posição adequada. Se durante o içamento a carga inclinar, a mesma deve ser abaixada e reposicionada. Isto pode ser feito por reposicionamento dos pontos de fixação ou por uso de encurtadores ou esticadores em uma ou mais pernas, que deverão ser usados de acordo com as instruções do fabricante do acessório. Cuidado As mãos e outras partes do corpo devem ser mantidas afastadas do laço para prevenir contusões, como por exemplo, a parte superior do laço quando a carga estiver pronta para o levantamento. Lembre-se ao manusear o laço, sempre use luvas. FOR-MAR | UFCD 6482
  • 17. OPERAÇÕES GERAIS DE CARGA E DESCARGA 17 O operador nunca deve abandonar a sua posição junto aos controles quando uma carga estiver suspensa em qualquer área onde haja acesso a pessoas. Deve-se assegurar também, que todas as pessoas envolvidas na operação possam se ver e se comunicar. Todo pessoal deve estar afastado da carga; caso contrário, cuidados especiais devem ser tomados quando se der início a o levantamento e ao controle da carga. Nunca deixar a carga suspensa desassistida ou movimentar a carga com pessoas sobre a mesma. No uso do conjunto de laços, quando alguma perna não for utilizada a mesma deve ser fixada no anelão. A carga deve ser presa pelo laço de tal maneira que não tombe ou caia durante o levantamento. O ponto de fixação deve ficar diretamente acima do centro de gravidade de tal forma que a carga seja levantada ou abaixada uniformemente. FOR-MAR | UFCD 6482
  • 18. OPERAÇÕES GERAIS DE CARGA E DESCARGA 18 Cuidados com o laço O laço ou partes do mesmo não devem ficar presos sob a carga ou serem arrastados pelo chão. Quando não estiverem em uso, os laço devem ser mantidos em local: limpo, seco, bem ventilado, à temperatura ambiente e mantidos em suportes adequados ou prateleiras. Não devem ser deixados no chão, onde podem ser danificados. Os laços que deixarem de ser usados durante algum tempo devem ser limpos, secos e protegidos contra a corrosão. Ao serem descartados, os laços devem ser cortados na base do olhal, pois no momento de necessidade, poderão ser reutilizados, podendo evitar acidentes. FOR-MAR | UFCD 6482
  • 19. OPERAÇÕES GERAIS DE CARGA E DESCARGA 19 FOR-MAR | UFCD 6482 VIDEO
  • 21. OPERAÇÕES GERAIS DE CARGA E DESCARGA 21 FOR-MAR | UFCD 6482 POLEAME — Conjunto e nome genérico de peças de madeira ou metálicas para a passagem e retorno de cabos fixos ou de laborar. O poleame faz parte do aparelho do navio; pode ser surdo ou de laborar. O poleame surdo inclui: bigotas, sapatas, etc. As peças são formadas por um só bloco, sem roldanas, mas dispondo aberturas por onde passam os cabos; é mais usado nos navios de vela. O poleame de laborar tem uma ou mais roldanas, dotadas de golas que rodam em torno do perno, permitindo o movimento dos cabos passados ou gornidos. O poleame de laborar inclui: moitões, patescas, catrinas, polés, cadernais, etc. O moitão é uma peça com uma só abertura para passagem do cabo, chamada gorne. A patesca é um moitão aberto numa das faces. A catrina é um moitão metálico, com caixa aberta e roldana de grande diâmetro, usado especialmente em paus de carga. A polé é formada pela união de dois moitões. O cadernal é um moitão com mais do que uma roldana. A palavra poleame deriva de polé e esta do provençal poleia, talvez do grego polidion, de polos, «espigão». Polé era também a designação de um antigo instrumento de tortura.
  • 22. OPERAÇÕES GERAIS DE CARGA E DESCARGA 22 FOR-MAR | UFCD 6482
  • 23. OPERAÇÕES GERAIS DE CARGA E DESCARGA 23 FOR-MAR | UFCD 6482
  • 24. OPERAÇÕES GERAIS DE CARGA E DESCARGA 24 FOR-MAR | UFCD 6482
  • 25. PAUS DE CARGAS 25 FOR-MAR | UFCD 6482 Vários são os aparelhos destinados a içar pesos a bordo, desde os antigos estais de balanço usados nos veleiros, aos turcos para içar e arriar embarcações ou outros pesos fora da borda, até aos paus de carga, usados principalmente em navios de comercio, para carga e descarga de mercadorias. Os paus de carga são fortes vergônteas ou tubos de ferros móveis, colocados juntos de um mastro, e que servem para carga e descarga de material pesado. O seu movimento é dado por um sistema de peão, mangual, que o liga ao mastro por intermedio de um cachimbo, com um furo, de cima para baixo, onde gira o peão ligado ao pé do pau de carga. Este sistema permite dar movimento ao pau em todos os sentidos, de cima para abaixo, de bombordo a estibordo.
  • 29. GRUAS 29 FOR-MAR | UFCD 6482 Gruas: movimentação de cargas e produtividade: As gruas são excelentes equipamentos para viabilizar e melhorar a movimentação vertical e horizontal de cargas. Conhecidas também como guindastes de torre, elas são fundamentais para quem deseja ganhar mais produtividade. De modo geral, quanto maior for a altura do içamento e mais elevado for o grau de industrialização, maior será a demanda por esses equipamentos. O uso de gruas depende basicamente de um bom planejamento que leve em conta as cargas e as características dos itens que serão movimentados. Dimensionar o comprimento da lança (distância entre a ponta da lança e a torre) e a altura de montagem da grua são fatores que devem ser considerados, assim como a localização dos pontos de carga e descarga e o arranjo do local. Um cuidado importante do plano de cargas é garantir que os materiais não passem por cima de pessoas ou de vias públicas, conforme preconizado em normas regulamentadoras.
  • 34. GUINCHOS 34 FOR-MAR | UFCD 6482 Existem critérios a considerar como o tipo de acionamento. O guincho pode ser manual ou possuir um motor elétrico, hidráulico ou de combustão interna. Em geral, os guinchos são mecanismos concebidos para enrolar um cabo, uma corda ou uma corrente em torno de um tambor, em espiral e em camadas sucessivas, de modo a ocupar toda a largura deste. A maioria dos guinchos possui um motor, mas existem alguns manuais, destinados principalmente a uma utilização ocasional ou em espaços onde seja difícil ligá-los à rede elétrica. Há quatro tipos principais de acionamento: os motores elétricos, os motores de combustão interna, o acionamento hidráulico e o acionamento manual.
  • 35. GUINCHOS 35 FOR-MAR | UFCD 6482 Os guinchos com motor elétrico dividem-se em duas categorias: os que são ligados à rede elétrica e os que são alimentados por uma bateria, ligados, por exemplo, a um carro ou a um camião. Os guinchos elétricos destinam-se a uma utilização intermitente, uma vez que aquecem bastante. Para operações com cargas muito pesadas ou para um uso intensivo, é preferível optar por um guincho com fusível térmico a fim de evitar que o equipamento se danifique. Além disso, deverá escolher um guincho com capacidade de carga superior aos pesos com que irá operar para evitar o sobreaquecimento do motor. Os guinchos com motor de combustão são mais pesados e mais caros do que os elétricos. Por outro lado, têm geralmente um ciclo de trabalho de 100%, isto é, podem funcionar em contínuo, sem necessidade de paragens para arrefecerem. Os guinchos hidráulicos estão ligados a um sistema hidráulico que aciona o tambor. Estes guinchos possuem um ciclo de trabalho de, igualmente, 100% e uma capacidade de carga geralmente bastante elevada. Este tipo de guincho é utilizado, nomeadamente, em navios ou em plataformas no mar.
  • 36. GUINCHOS 36 FOR-MAR | UFCD 6482 Os guinchos manuais são utilizados para cargas mais leves. A sua vantagem consiste no facto de o seu acionamento não depender da ligação a uma fonte de energia.
  • 38. GUINCHOS 38 FOR-MAR | UFCD 6482 Cabrestante e molinete É um mecanismo utilizado nas antigas naus e constituído por um objecto de forma cilíndrica com um eixo vertical (cabrestante) ou horizontal (molinete) que accionado por vários homens permitia ajudar a levantar a âncora e outros corpos pesados utilizados nas naus. Os que serviam à manobra eram conhecidos por Bolinete. VIDEO
  • 40. VIGIAS NAS OPERAÇÕES DE CARGAS E DESCARGAS 40 FOR-MAR | UFCD 6482 O Navio, enquanto permanecer na área portuária, deve ter a bordo a tripulação suficiente para efectuar as seguintes operações: a) Vigiar a amarração e se necessário a reforçar e alterar, de modo a garantir a permanência do navio ao cais em condições de segurança para o mesmo e para os equipamentos de carga/descarga; b) Rondar e folgar os cabos, de acordo com as variações da altura do navio; c) Vigiar o ferro e o posicionamento do navio no fundeadouro; d) Assegurar a realização de manobras e enfrentar situações de emergência. e) Garantir a segurança do navio, da carga e das pessoas que se encontrem a bordo, muito especialmente nos casos de colisão, incêndio ou água aberta;
  • 41. VIGIAS NAS OPERAÇÕES DE CARGAS E DESCARGAS 41 FOR-MAR | UFCD 6482 f) Proceder à largada de emergência e reforçar a amarração, se as circunstâncias assim o impuserem; g) Manter estabelecidas as luzes de posição e içar e transmitir sinais regulamentares, designadamente em caso de nevoeiro e responder prontamente se chamado no Canal 12; h) Evitar qualquer poluição. As operações de carga nos navios precisam de consideração cuidadosa em vários estágios. Explicados abaixo, alguns fatores críticos que precisam ser considerados para o manuseio seguro da carga a bordo. No Porto de Chegada, Antes do Início da Operação de Carga A composição do pessoal de serviço de vigia da carga deve ser decidida e as funções bem compreendidas; Todo o pessoal envolvido no serviço de vigia da carga deve ser informado sobre as operações previstas e receber um Plano de Descarga de Carga;
  • 42. VIGIAS NAS OPERAÇÕES DE CARGAS E DESCARGAS 42 FOR-MAR | UFCD 6482 As ferramentas de operação dos equipamentos de amarração, incluindo a alavanca do macaco esticador, barra de liberação, haste de extensão, etc., devem ser mantidas em stand-by no convés para uso durante a permanência a bordo; As travas de escotilha, travas para distorção, parafusos principais, etc. de todas as escotilhas a serem trabalhadas no porto devem ser abertos e liberados; O sistema hidráulico para operação da válvula de lastro deve ser ativado, a potência e a disponibilidade das bombas de lastro e inclinação confirmadas; O sistema de lastro automático deve ser colocado em operação; Os calados a vante, a ré e a meia-nau devem ser verificados visualmente e os indicadores comparados; Prepare o documento necessário do último porto;
  • 43. VIGIAS NAS OPERAÇÕES DE CARGAS E DESCARGAS 43 FOR-MAR | UFCD 6482 Prepare o documento necessário para os estivadores designados. Deve-se enfatizar a importância de se manter Registos para ajudar a evitar protestos/reclamações sobre a carga. Os que protestam geralmente alegam que qualquer dano à carga observado ocorreu durante a viagem no navio, quando, na verdade, é mais provável que tenha ocorrido em terra. As evidências documentais exigidas pelos responsáveis pelos protestos incluem: Registos de sondagem e bombeamento de esgoto, lastro e combustível; Registos de ventilação, humidade e temperatura da carga; Registos das condições meteorológicas incomuns, detalhes de derrota, avisos e relatórios meteorológicos; Registos de verificação, acesso, retenção e inspeções de portas estanques;
  • 44. VIGIAS NAS OPERAÇÕES DE CARGAS E DESCARGAS 44 FOR-MAR | UFCD 6482 Registos de verificações de equipamentos de segurança e combate a incêndio, incluindo lançamentos e registos de exercícios de treinamento e segurança; Registos de inspeções e controles da peação e amarração da carga; Registos das temperaturas da carga (aquecimento ou resfriamento) quando apropriado; Registos de gás inerte e operações de ventilação; Registos de degelo e controle de temperatura da carga frigorificada; Registos de temperaturas em tanques de óleo combustível sob cargas sensíveis.
  • 46. CARGAS E DESCARGAS DE PRODUTOS PERIGOSOS 46 FOR-MAR | UFCD 6482 Os navios que transportam este tipo de cargas, exigem um constante acompanhamento e vigilância da carga com vista a prevenir eventuais alterações na estabilidade do navio, do travamento nas cargas de granéis sólidos, escorregamentos da carga, alteração de calados e caimento do navio, necessidades de trasfegas de carga e/ou lastro, prevenção de fugas de cargas liquidas, derrames, alteração dos níveis da água pela variação das marés, etc. A SOLAS dedica a este tipo de carregamentos e aos procedimentos adotar um espaço importante indiciador da necessidade de adoção de procedimentos específicos. Código IMDG Significa o Código Marítimo Internacional de Produtos Perigosos (IMDG), adotado pelo Comité de Segurança Marítima da Organização através da Resolução MSC.122(75).
  • 47. CARGAS E DESCARGAS DE PRODUTOS PERIGOSOS 47 FOR-MAR | UFCD 6482 Classe 1 – Explosivos Subclasse 1.1: Explosivos com um risco de explosão em massa; Subclasse 1.2: Explosivos com um risco de projeção; Subclasse 1.3: Explosivos com um risco predominante na causa de incêndio; Subclasse 1.4: Explosivos com nenhum perigo de explosão significativa; Subclasse 1.5: Explosivos bem insensíveis com risco de explosão em massa; Subclasse 1.6: Artigos extremamente insensíveis. Classe 2 – Gases Subclasse 2.1: Gases inflamáveis; Subclasse 2.2: Gases não inflamáveis, gases não tóxicos; Subclasse 2.3: Gases tóxicos Classe 3 - Líquidos inflamáveis (combustíveis líquidos)
  • 48. CARGAS E DESCARGAS DE PRODUTOS PERIGOSOS 48 FOR-MAR | UFCD 6482 Classe 4 - Sólidos inflamáveis; Substâncias sujeitas à combustão espontânea, e substâncias que se tornam perigosas quando entram em contato com a água. Subclasse 4.1: Sólidos inflamáveis; Subclasse 4.2: Materiais espontaneamente inflamáveis; Subclasse 4.3: Materiais que em contato com a água emitem gases inflamáveis. Classe 5 - Substâncias oxidantes e peróxidos orgânicos Subclasse 5.1: Substâncias oxidantes; Subclasse 5.2: Peróxidos orgânicos. Classe 6 - Substâncias tóxicas e substâncias infecciosas Subclasse 6.1: Substâncias tóxicas (venenosas); Subclasse 6.2: Substâncias infecciosas.
  • 49. CARGAS E DESCARGAS DE PRODUTOS PERIGOSOS 49 FOR-MAR | UFCD 6482 Classe 7 - Materiais radioativos Classe 8 - Substâncias corrosivas Classe 9 - Substâncias perigosas diversas
  • 50. CARGAS E DESCARGAS DE PRODUTOS PERIGOSOS 50 FOR-MAR | UFCD 6482 VIDEO