O documento discute dois estudos que mostram os benefícios do exercício da gratidão em crianças e adolescentes. Um estudo aplicou lições sobre gratidão em crianças de 8 a 11 anos e encontrou evolução positiva em sua percepção do sentimento. Outro estudo com adolescentes mostrou que gratidão está associada a melhores resultados acadêmicos e menor envolvimento em comportamentos de risco.

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A ciência comprova: o exercício da
gratidão traz benefícios para crianças
e adolescentes de todas as classes
sociais. E ajuda a enfrentar situações
de risco.
Por Equipe Planeta
T NOVEMBRO 2014 1 PLANETA
J á se sabia que praticar a gratidão am­plia
as emoções positivas e o otimismo
de jovens estudantes, reduz as emoções
negativas e aumenta as sensações de
conexão e de satisfação com a escola e a vida,
fortalecendo a saúde. Mas as pesquisa de psi­cologia
que chegaram a es as conclusões, nos
Estados Unidos, envolviam, até agora, apenas
alunos de classe média alta no ensino médio ou
no superior. Ficava então a dúvida: resultados
semelhantes se repetem em crianças mais jo­vens
e de outras classes sociais?
Dois estudos recentes sugerem que a resposta
à pergunta é positiva.Um deles, feito na Hofstra
University, de ova York, por uma equipe lide-

2. rada pelo psicólogo Jeffrey Froh, apli­cou
um novo currículo de conteúdos
sobre graridão em crianças com idade
entre 8 e 11 ano do ensino fundamen­tal,
as mai nova a erem te tado aré
hoje na área.
De início, os alunos aprenderam três
tipos de lição que despertam a gratidão:
alguém faz, de propósito, algo para nos
beneficiar; proporcionar o benefí io
rem um custo considerável para essa
pessoa; o benefício é percebido como
importante. Em eguida, os alunos ti­veram
aulas diárias de meia hora sobre
as práticas de "gratidão" durante uma
emana. o final, apresentaram evolu­ção
ensível na percepção e no estado
de e pírito relacionado ao sentimento,
comprovando a eficácia das aulas.
Outra avaliação, mais espontânea,
surgiu por meio da prática de convidar
alunos a escreverem notas de agrade­cimenro
à associação de pais e mes­tre
apó uma apre entação na escola.
Aqueles que tive-ram
aula de gra­tidão
anres escre­veram
80% mai
nota do que os
demais.
egunda par­te
do e rudo apli­cou
o currículo
incluindo o en i­no
de gratidão em uma aula se­manal,
duranre cinco emana .
Os aluno foram te rado após o
programa terminar e várias vezes
a eguir, até cinco me e apó a
conclu ão do curso. Comparado
com criança que não assistiram
à aula , o frequentadore do
curso apre entaram um aumento
substancial de manifestaçõe de
agradecimento, gratidão e emo­ções
positivas no período anali­sado.
O acréscimo, aliá , e mo -
trou mais acenruado no final, um
indício de que os ensinamentos
FOTO: AFP
riveram efeito duradouros. Froh e sua equipe concluíram que
até criança na primeira fa e do ensino fundamental podem
aprender a enxergar o mundo e a vida pelo filtro da gratidão,
um aprendizado que as torna mais ensívei e felizes.
Colchão protetor
Outro esrudo, conduzido pela equipe da p icóloga Mindy
Ma, da ova outheastern U niversity, na Flórida, concenrrou­se
nos efeitos da gratidão em adole centes afro-americano
(com idade enrre 12 e 14 anos), em es ola urbanas de baixa
renda e com desempenho ruim.
Os pesquisadores entrevistaram cerca de 400 alunos de
três escolas diferentes para descobrir se os jovens realmente
sentiam afeto em resposta às ações que outros fizeram para
beneficiá-los (a chamada "gratidão de afeto moral") ou e
tendiam a se concenrrar na apreciação do aspectos positivos
que percebiam na vida e no mundo (a "gratidão de orienração
de vida").
Os resultado mostraram que os mais propensos a se sen­tir
gratos em relação a outras pe oas apre enraram índices
maiores no interesse acadêmico, nas notas e no envolvimento
extracurricular. Já os que apreciavam os aspectos po itivos da
vida e do mundo obtiveram, no geral, menor tendência a com­portamentos
de risco, como consumo de droga e prática de
sexo não seguro.
relaçõe familiare positiva
apareceram associadas aos dois
tipo de gratidão. Para o pe qui­sadores,
a gratidão de afeto moral
aparentemenre melhora as condi­ções
positivas do alunos, enquan­to
a gratidão de orientação de vida
parece dar-lhes um "colchão prote­tor"
contra tentaçõe comuns para
jovens em siruação ocial de ri co,
su cetíveis à promi cuidade exual
e ao u o de drogas.
Mindy Ma alerta que o estudo
não permite determinar e a gra­tidão
foi, efetivamente, a causa do
bons resultados ou vice-ver a. Ma
a sinala que há indício ólido
de que o sentimento desempenha
um papel relevante na proteção de
adolescentes em ituação de ris­co
ocial, enriquecendo a atitude
mental e lapidando o recur o
pes oais e a habilidades para lidar
com problemas. •
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