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UMA PERSPECTIVA DA EMPRESA


                                             CONSUMIDORES

                                             • Industriais
                                             • Residenciais
                                             • Comerciais
                                             • Outros
                           DISTRIBUIÇÃO



                           Concessionárias
             TRANSMISSÃO
GERAÇÃO
UMA PERSPECTIVA DA EMPRESA

     ANGRA 2
     Potência:   1.350 MW
     Tecnologia: Siemens/KWU
     Operação: Janeiro/2001
                                  ANGRA 1
                                  Potência:   640 MW
                                  Tecnologia: Westinghouse
                                  Operação: Janeiro/1985



ANGRA 2                        ANGRA 1
Potência:   1.350 MW           Potência:   657 MW
Tecnologia: Siemens/KWU        Tecnologia: Westinghouse
Operação: Janeiro/2001         Operação: Janeiro/1985


Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto
Central Nuclear
Almirante Álvaro Alberto
                CNAAA




                                 ANGRA 3
                                 Potência:   1.405 MW
                                 Tecnologia: Siemens/KWU
                                 Operação: 2016


                           CNAAA responsável pelo equivalente a
                           32% do consumo do Est. RJ

                           Com Angra 3 - 70% (valores de 2010)
HISTÓRICO

• Nos anos 70, com o início da construção da Usina
de Angra 1 e a assinatura do Acordo Brasil-
Alemanha, visando a instalação de 8 usinas
nucleares de 1300MWe, foi iniciado um extenso
programa de formação de recursos humanos
especializados para o setor nuclear: Projeto Urânio
(Nuclebrás) e o PRONUCLEAR (CNEN)
• A seguir, foram iniciados os trabalhos do Programa
de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear
Autônoma (Programa Paralelo), devido ao ceticismo
existente quanto à eficácia dos processos de
transferência de tecnologia do Acordo Brasil-
Alemanha.
HISTÓRICO

• Em que pese o PRONUCLEAR ter sido elaborado e
conduzido sem intercâmbio com as universidades e
institutos de pesquisas nacionais, esse programa de
formação de recursos humanos para a área nuclear
permitiu a formação de um expressivo contingente de
técnicos, mestres e doutores em assuntos
envolvendo o uso da energia nuclear.
• Ainda como desdobramento, muitos profissionais
beneficiados pelo PRONUCLEAR reforçaram os
corpos discentes das nossas universidades, criando
cursos no país bem como tendo grande importância
na condução dos programas das instituições
nacionais do setor nuclear.
HISTÓRICO


• Exemplificando,    logo    após    iniciado      o
PRONUCLEAR, foram criados os seguintes
programas de Mestrado e Doutorado nas seguintes
instituições de ensino superior: no Instituto de
Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), ligado à
Universidade de São Paulo (USP), na Universidade
Federal de Pernambuco (UFPE), na Universidade
Federal de Minas Gerais (UFMG), no Instituto Militar
de Engenharia (IME) e na Coordenação dos
Programas em Pós-Graduação em Engenharia, da
Universidade   Federal    do   Rio   de     Janeiro
(COPPE/UFRJ).
HISTÓRICO


• Com a crise econômica ocorrida nos anos 80, os
projetos foram desacelerados, trazendo prejuízos
significativos para o Acordo Brasil-Alemanha
(suspensão da construção da Usina de Angra 2) e a
interrupção gradativa dos programas de formação de
recursos humanos para o setor.

• Continuava os trabalhos do Programa de
Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear Autônoma
(Programa Paralelo), que foi praticamente extinto nos
anos 90. Permaneceu o Programa Nuclear da
Marinha, com sérias restrições financeiras.
CONTEXTO ATUAL

• O cenário atual é altamente promissor para o setor
nuclear: Usina de Angra-3 em construção, Programa
Nuclear da Marinha em pleno andamento e, pelo
Plano Nacional de Energia de 2030, há previsão de
construção de 4 a 8 usinas          adicionais, que
alavancará ainda mais o setor.

• A retomada desses projetos certamente demandará
um corpo técnico qualificado.

• Aumentando ainda mais o desafio existente, a idade
média do atual quadro de técnicos do setor é
bastante elevada.
POLÍTICA DE FORMAÇÃO

 Para a elaboração de uma política de formação e
substituição de mão de obra que garanta a
perenidade dos conhecimentos e tecnologias
adquiridos, sugerimos:
• Eleger um órgão central, responsável pela
coordenação da formação desses recursos
humanos;
• Realizar um mapeamento das competências
críticas existentes e necessárias;
• Criar indicadores de faixa etária e taxa de evasão;
• Definir em que áreas seria necessária a formação
de novos profissionais;
POLÍTICA DE FORMAÇÃO

• Elaborar e implementar política de formação com
expectativa    de   emprego,     balanceando    as
quantidades de especialistas formados e absorvidos
pelo setor;
• Caso necessário, criar mecanismos para atrair os
jovens para serem formados no setor;
• Criar uma oferta de bolsas de estudos direcionadas
para as áreas de interesse da Indústria Nacional de
Defesa;
• Manter rigoroso acompanhamento da política
implementada e do nível dos cursos oferecidos.
O PAPEL DO SISTEMA EDUCACIONAL


• O fortalecimento do setor só se dará se houver uma
participação efetiva do nosso sistema educacional;

• Para tal, precisamos promover:

  • Maior integração indústria-universidade;
     • Indicação de áreas de pesquisas;
     • Acompanhamento dos bolsistas;
     • Financiamento de projetos e estágios;
     • Adaptação dos conteúdos programáticos dos
     seus cursos para adequar aos interesses da
     indústria;
O PAPEL DO SISTEMA EDUCACIONAL


• Promover inovações curriculares, diante do cenário
de tantas incertezas (currículos mais flexíveis)

• Avaliação do formato tradicional do Doutorado,
visando promover a formação de profissionais mais
versáteis, capazes de atuar em ambientes
heterogêneos, por ser considerado limitado no ponto
de vista de desenvolvimento de competências
necessárias para um ambiente de trabalho em forte
mutação;
O PAPEL DO SISTEMA EDUCACIONAL



• Em muitos países europeus (Holanda, Reino Unido,
Áustria, por exemplo) e nos Estados Unidos, pode-se
também notar o aparecimento de novas modalidades
de     doutorado,   especialmente    o   doutorado
profissional, como uma variante do doutorado
acadêmico.

• Nessa modalidade, o programa de doutorado é, em
geral, relacionado a projetos de pesquisa
desenvolvidos no âmbito de empresas ou outras
organizações não acadêmicas.
PROGRAMAS DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL




• Atualmente, existe uma grande diversidade de
programas de capacitação profissional no país,
variando desde os que buscam superar os baixos
níveis de escolaridade dos trabalhadores até os mais
específicos;

• Muitos são sem vínculo empregatício com as
instituições, mas permitem um tempo para possível
absorção pelo setor; São importantes para reter a
mão de obra qualificada, minimizando a evasão
desses profissionais para outros setores;
PROGRAMAS DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL


• Como a Indústria de Defesa requer profissionais
altamente qualificados, a maioria desses programas
não são adequados à sua necessidade.

• Dentre os existentes, o “Programa Ciência sem
Fronteiras” é um exemplo de programa que a
Indústria de Defesa pode se beneficiar;

• Trata-se de um esforço conjunto do Ministério da
Ciência e Tecnologia (MCT) e do Ministério da
Educação (MEC), que visa enviar para capacitação
no Exterior 75.000 bolsistas brasileiros até o final de
2014, dentre outras metas;
PROGRAMAS DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL




• Para tal, a Indústria de Defesa deveria se integrar
com esses órgãos de fomento e as instituições de
ensino para expor suas demandas específicas;
MUITO OBRIGADO
                      Ilson Soares
       ilsons@eletronuclear.gov.br

    WWW.ELETRONUCLEAR.GOV.BR

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Painel 5 (XI ENEE) - Recursos Humanos, Desafios e soluções para a Indústria Nacional de Defesa (Ilson Soares)

  • 1. RECURSOS HUMANOS: desafios e soluções para a Indústria Nacional de Defesa XI Encontro Nacional de Estudos Estratégicos dústria de Defesa Brasileira: políticas e perspectivas 17/11/2011 Ilson Soares Chefe da Divisão de Treinamento
  • 2. UMA PERSPECTIVA DA EMPRESA CONSUMIDORES • Industriais • Residenciais • Comerciais • Outros DISTRIBUIÇÃO Concessionárias TRANSMISSÃO GERAÇÃO
  • 3. UMA PERSPECTIVA DA EMPRESA ANGRA 2 Potência: 1.350 MW Tecnologia: Siemens/KWU Operação: Janeiro/2001 ANGRA 1 Potência: 640 MW Tecnologia: Westinghouse Operação: Janeiro/1985 ANGRA 2 ANGRA 1 Potência: 1.350 MW Potência: 657 MW Tecnologia: Siemens/KWU Tecnologia: Westinghouse Operação: Janeiro/2001 Operação: Janeiro/1985 Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto
  • 4. Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto CNAAA ANGRA 3 Potência: 1.405 MW Tecnologia: Siemens/KWU Operação: 2016 CNAAA responsável pelo equivalente a 32% do consumo do Est. RJ Com Angra 3 - 70% (valores de 2010)
  • 5. HISTÓRICO • Nos anos 70, com o início da construção da Usina de Angra 1 e a assinatura do Acordo Brasil- Alemanha, visando a instalação de 8 usinas nucleares de 1300MWe, foi iniciado um extenso programa de formação de recursos humanos especializados para o setor nuclear: Projeto Urânio (Nuclebrás) e o PRONUCLEAR (CNEN) • A seguir, foram iniciados os trabalhos do Programa de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear Autônoma (Programa Paralelo), devido ao ceticismo existente quanto à eficácia dos processos de transferência de tecnologia do Acordo Brasil- Alemanha.
  • 6. HISTÓRICO • Em que pese o PRONUCLEAR ter sido elaborado e conduzido sem intercâmbio com as universidades e institutos de pesquisas nacionais, esse programa de formação de recursos humanos para a área nuclear permitiu a formação de um expressivo contingente de técnicos, mestres e doutores em assuntos envolvendo o uso da energia nuclear. • Ainda como desdobramento, muitos profissionais beneficiados pelo PRONUCLEAR reforçaram os corpos discentes das nossas universidades, criando cursos no país bem como tendo grande importância na condução dos programas das instituições nacionais do setor nuclear.
  • 7. HISTÓRICO • Exemplificando, logo após iniciado o PRONUCLEAR, foram criados os seguintes programas de Mestrado e Doutorado nas seguintes instituições de ensino superior: no Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), ligado à Universidade de São Paulo (USP), na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), no Instituto Militar de Engenharia (IME) e na Coordenação dos Programas em Pós-Graduação em Engenharia, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (COPPE/UFRJ).
  • 8. HISTÓRICO • Com a crise econômica ocorrida nos anos 80, os projetos foram desacelerados, trazendo prejuízos significativos para o Acordo Brasil-Alemanha (suspensão da construção da Usina de Angra 2) e a interrupção gradativa dos programas de formação de recursos humanos para o setor. • Continuava os trabalhos do Programa de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear Autônoma (Programa Paralelo), que foi praticamente extinto nos anos 90. Permaneceu o Programa Nuclear da Marinha, com sérias restrições financeiras.
  • 9. CONTEXTO ATUAL • O cenário atual é altamente promissor para o setor nuclear: Usina de Angra-3 em construção, Programa Nuclear da Marinha em pleno andamento e, pelo Plano Nacional de Energia de 2030, há previsão de construção de 4 a 8 usinas adicionais, que alavancará ainda mais o setor. • A retomada desses projetos certamente demandará um corpo técnico qualificado. • Aumentando ainda mais o desafio existente, a idade média do atual quadro de técnicos do setor é bastante elevada.
  • 10. POLÍTICA DE FORMAÇÃO Para a elaboração de uma política de formação e substituição de mão de obra que garanta a perenidade dos conhecimentos e tecnologias adquiridos, sugerimos: • Eleger um órgão central, responsável pela coordenação da formação desses recursos humanos; • Realizar um mapeamento das competências críticas existentes e necessárias; • Criar indicadores de faixa etária e taxa de evasão; • Definir em que áreas seria necessária a formação de novos profissionais;
  • 11. POLÍTICA DE FORMAÇÃO • Elaborar e implementar política de formação com expectativa de emprego, balanceando as quantidades de especialistas formados e absorvidos pelo setor; • Caso necessário, criar mecanismos para atrair os jovens para serem formados no setor; • Criar uma oferta de bolsas de estudos direcionadas para as áreas de interesse da Indústria Nacional de Defesa; • Manter rigoroso acompanhamento da política implementada e do nível dos cursos oferecidos.
  • 12. O PAPEL DO SISTEMA EDUCACIONAL • O fortalecimento do setor só se dará se houver uma participação efetiva do nosso sistema educacional; • Para tal, precisamos promover: • Maior integração indústria-universidade; • Indicação de áreas de pesquisas; • Acompanhamento dos bolsistas; • Financiamento de projetos e estágios; • Adaptação dos conteúdos programáticos dos seus cursos para adequar aos interesses da indústria;
  • 13. O PAPEL DO SISTEMA EDUCACIONAL • Promover inovações curriculares, diante do cenário de tantas incertezas (currículos mais flexíveis) • Avaliação do formato tradicional do Doutorado, visando promover a formação de profissionais mais versáteis, capazes de atuar em ambientes heterogêneos, por ser considerado limitado no ponto de vista de desenvolvimento de competências necessárias para um ambiente de trabalho em forte mutação;
  • 14. O PAPEL DO SISTEMA EDUCACIONAL • Em muitos países europeus (Holanda, Reino Unido, Áustria, por exemplo) e nos Estados Unidos, pode-se também notar o aparecimento de novas modalidades de doutorado, especialmente o doutorado profissional, como uma variante do doutorado acadêmico. • Nessa modalidade, o programa de doutorado é, em geral, relacionado a projetos de pesquisa desenvolvidos no âmbito de empresas ou outras organizações não acadêmicas.
  • 15. PROGRAMAS DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL • Atualmente, existe uma grande diversidade de programas de capacitação profissional no país, variando desde os que buscam superar os baixos níveis de escolaridade dos trabalhadores até os mais específicos; • Muitos são sem vínculo empregatício com as instituições, mas permitem um tempo para possível absorção pelo setor; São importantes para reter a mão de obra qualificada, minimizando a evasão desses profissionais para outros setores;
  • 16. PROGRAMAS DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL • Como a Indústria de Defesa requer profissionais altamente qualificados, a maioria desses programas não são adequados à sua necessidade. • Dentre os existentes, o “Programa Ciência sem Fronteiras” é um exemplo de programa que a Indústria de Defesa pode se beneficiar; • Trata-se de um esforço conjunto do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) e do Ministério da Educação (MEC), que visa enviar para capacitação no Exterior 75.000 bolsistas brasileiros até o final de 2014, dentre outras metas;
  • 17. PROGRAMAS DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL • Para tal, a Indústria de Defesa deveria se integrar com esses órgãos de fomento e as instituições de ensino para expor suas demandas específicas;
  • 18. MUITO OBRIGADO Ilson Soares ilsons@eletronuclear.gov.br WWW.ELETRONUCLEAR.GOV.BR