O documento discute conceitos gerais sobre o plantio e tratos da cana-de-açúcar, incluindo estágios e épocas de plantio, ciclos de crescimento, doenças e seu controle, viveiros, planejamento do plantio e o processo de plantio.
2. ESTÁGIOS E ÉPOCAS DE PLANTIO
Cana planta: cana que atravessa o ano safra
em formação
Cana de “n” corte: cana que dará enésimo
corte durante o ano safra
Cana de ano e meio: cana plantada no início
do ano civil, após as chuvas
Cana de ano: cana plantada no fim do ano
civil, antes das chuvas
Cana soca: toda cana que já produziu pelo
menos um corte
9. PLANEJAMENTO DO PLANTIO
Caracterização e definição da base física
Caracterização do ambiente de produção
Determinação da vocação técnica de cada
ambiente em função de recursos disponíveis
Integração ambiente (solo + clima) / planta
Sistema de produção
Manejo de variedades – plantio
Adaptabilidade e rusticidade
Época da colheita
Trafegabilidade
Disponibilidade de mudas
Correções e práticas culturais
10. PLANEJAMENTO DO PLANTIO
Vocação técnica completa
Definição de áreas homogêneas com mesmo
manejo de variedades – plantio / colheita
Frentes de trabalho balanceadas
Logísticas de plantio e corte apropriadas
Homogeneidade de áreas anuais de plantio
Homogeneidade de produção agrícola anual
Distribuição adequada do fornecimento da
matéria prima ao longo da safra
11. 1. Cana-de-açúcar
1.1. Botânica
Sistema radicular
Sistema radicular
de cana planta
mostrando os três
tipos
característicos de
raízes, a
distribuição
percentual em
profundidade e a
distância lateral
atingida pelas
raízes superficiais
(Dillewijn, 1952).
12. Controle fatores restritivos
compactação / mecanização
Aumento da densidade aparente do solo
Redução do volume de solo a ser explorado
pelas raízes, restrições físicas, químicas e
biológicas
Pisoteio
Arranquio
Tombamento
Necessidade de novas práticas de plantio,
cultivo e colheita.
13. INSTALAÇÃO DA CULTURA
IMPLANTAÇÃO PLANEJAMENTO DA
ÁREA
CALAGEM
E ADUBAÇÃO
Cana
planta
Cana soca
1. PREPARO
DO
TERRENO
2. ADUBAÇÃO
1. Aração profunda
(incorporação restos
vegetais)
2. Fertilizante no fundo
do sulco
1. Destruição soqueiras
após colheita
2. Primeiros tratos
culturais e no lado da
linhas de cana
ANÁLISE QUÍMICA DO SOLO
14. ÉPOCA PLANTIO
ESCOLHA DA VARIEDADE: MUITO importante antes do plantio!
+ +
=
CULTIVAR MAIS
ADAPTÁVEL AO AMBIENTE
BOA
PROCEDÊNCIA
ALTA PRODUTIVIDADE
• AGOSTO Á NOVEMBRO
• EXIGÊNCIA SOLOS
FÉRTEIS E ÁGUA
CANA DE
ANO
• JANEIRO Á ABRIL
• MAIS RECOMENDADO
TECNICAMENTE
CANA DE
ANO E MEIO
Terreno para
outras culturas
< produtividade
> incidência
daninhas e doenças
15. PREPARO DO SOLO
Convencional
Diversos sistemas e combinações envolvendo
arações, gradagens pesadas, gradagens
leves, subsolagens e nivelamento
Adensamentos e compactação devem ser
diagnosticados antes de decidir o uso de
subsolagem
Profundidade do preparo deve chegar a 40 cm
Sulcação e adubação na mesma operação, a
30 cm de profundidade
16. PREPARO DO SOLO
Cultivo mínimo
Eliminação química ou mecânica da soqueira
Subsolador, sulcador, destorroador e
adubadeira em um único equipamento
Sulcador com haste subsoladora
Trabalham na antiga entre-linha
Menor volume de solo a ser explorado pelo
sistema radicular – ambientes fracos
17. SISTEMA DE PREPARO PROFUNDO DO SOLO
NO DESENVOLVIMENTO DA CANA-DE-AÇÚCAR
...e novas linhas de pesquisa
18. O preparo profundo proporciona um maior volume de
solo a ser explorado pelas raízes, conseqüentemente
um melhor desenvolvimento e maior longevidade do
canavial sem movimentar porção do solo que servirá de
base para o tráfego. Mecanização de baixo impacto.
O preparo profundo proporciona sulcação alternada (1,5
x 0,9 m) ou outros adensamentos mantendo o controle
do tráfego.
Tráfego controlado com o menor volume de solo
preparado reduzirá o consumo de combustível, o custo
de implantação e a emissão de gases do efeito estufa.
HIPÓTESES
19. Setor sucroalcooleiro
CRESCIMENTO CONTINUO
MÁQUINAS E IMPLEMENTOS
AGRÍCOLAS
COMPACTAÇÂO
AUSÊNCIA DE CRONOGRAMAS
CAPACIDADE DE SUPORTE DE
CARGA DO SOLO
22. Compactação em canaviais
Volume de macroporos;
Tamanho de agregados
Taxa de infiltração
CAD
• Resistência a penetração de raízes
• Densidade do solo
23. Problema da compactação em canaviais
esta relacionado às colhedoras e aos
veículos de transbordo.
Colhedoras: 13 t
Veículo de transbordo: 23 t
Balbo (1994)
24. Preparo do solo
Sistemáticos e mesma profundidade-
desconsideração da umidade
Manejo inadequado – degradação dos atributos
do solo
Problema nas soqueiras – tráfego intensivo
Produção da cana
25. MATERIAL E
Fazenda Areão – Esalq
3 tipos de preparo do solo
2 espaçamentos
Área de 0,4 ha
Blocos casualizados
CTC 14
Instalação, Out 2010
EXPERIMENTO MÉTODOS
26. MATERIAL E
Preparo convencional (CON)
Arado; grade; subsolador; grade;
Espaçamentos
Fileira simples, 1,5 m
Fileira dupla, 1,5 x 0,9 m
Cultivo mínimo (MIN)
Subsolador;
Espaçamentos
Fileira simples, 1,5 m
Fileira dupla, 1,5 x 0,9 m
Preparo profundo (PPF)
Dreno subsolador + Enxada rotativa
Fileira dupla, 1,5 x 0,9 m
TRATAMENTOS MÉTODOS
30. MATERIAL E
MÉTODOS
AVALIAÇÕES
BIOMETRIA
Avaliações mensais
Profundidade do sulco
Terra sobre a muda
Gemas m-1
Falhas na brotação
Brotações m-1
Perfilhos m-1
Altura do colmo
Diâmetro
Nº internódios
Comprim. internódios
31. ÍNDICE DE ÁREA FOLIAR
MATERIAL E
MÉTODOS
AVALIAÇÕES
TRATAMENTOS IAF
CON-S 5,67 b
CON-D 5,82 b
MIN-S 5,63 b
MIN-D 5,70 b
PPF 6,99 a
32. Resistência do solo a penetração
MATERIAL E
MÉTODOS
AVALIAÇÕES
Tratamentos
RSP (MPa) – Profundidades
0-20 21-40 41-60 61-80
CON-S 0,60 a 1,36 a 1,54 a 1,67 a
CON-D 0,52 a 1,12 a 1,69 a 1,52 a
MIN-S 0,69 a 1,56 a 1,85 a 1,75 a
MIN-D 0,70 a 1,06 a 1,46 a 1,50 a
PPF 0,37 a 0,29 b 0,45 b 1,40 a
40. CORREÇÃO DO SOLO
Correção do solo, calagem, corretivos
Sistemas diferentes de recomendação
CTC
NC = 3 – (Ca + Mg) * f
IAC
Saturação de bases (elevar a 60%)
Critérios devem considerar
Calcáreo tem baixa solubilidade (Ks = 10 -13)
CTC das análises de rotina não é efetiva e sim
calculada
Solos com alta CTC tem diferente especiação química
da representada nas análises de rotina
Doses anuais superiores à 3 t / ha pouco eficientes
Necessidade de Ca e Mg pela cultura
41. CONDICIONADORES
Condicionadores inorgânicos
Gesso
Fornece Ca e S
Diminui atividade iônica do Al mas não neutraliza
Atua em profundidade
Diminui a solubilidade do calcáreo
Condicionadores orgânicos
Ácidos húmicos
Favorecem fornecimento de N
Diminuem perdas por lixiviação e volatilização de NH3
Melhoram a CTC e a eficiência da adubação química
Preenche sítios de fixação de P
Melhora a retenção de água na região da rizosfera
42. O PLANTIO
CORTE DA
MUDAS
DISTRIBUIÇÃO NO
SULCO
CORTE DOS
COLMOS
COBERTURA 4 ETAPAS
PRINCIPAIS
Mudas de 12 á 18
meses de idade e
raso
Profundidade
máxima 30cm
Distribuição
uniforme e 12 a 18
gemas/ m l
Camada de 5
á 10 cm e
compactada
43. PLANTIO
Técnicas operacionais
Sulcação / adubação em banquetas – plantio manual
após mudas amontoadas mecanicamente
Sulcação / adubação completa – plantio com carretas
Picação manual
Plantio mecanizado
Sulcação, adubação, distribuição de mudas picadas e
cobrição com único equipamento
Espaçamento:
1,10 m a 1,40 m (áreas de colheita manual)
1,50 m (áreas de colheita mecânica) – Sistematização
Densidade de plantio:
12 – 20 gemas / m
6 gemas viáveis / m
Cobrição com 10 cm de terra
55. TRATOS NA COBERTURA
Aplicação de inseticidas e nematicidas.
Aplicação de ácidos húmicos e outros
bioestimulantes.
Fatores redutores e limitantes!
PÓS PLANTIO => CONTROLE DE ERVAS!
56. PLANTIO
Pragas de solo
Nematóides
Cupim
Sphenophorus
Methamasius
Migdolus
Controle mecânico na eliminação da soqueira
Controle químico no plantio, realizado junto
com a cobrição das mudas
Desenvolvimento de controles biológicos
57. SISTEMAS DE PRODUÇÃO
Épocas de plantio
Rotação de culturas
Adubação verde
Consorciado MEIOSI
61. MEIOSI - MÉtodo Intercalar Ocorrendo
SImultaneamente
“Prática de manejo ligada à cultura de cana-de açúcar, que
visa a rápida produção de mudas, para o plantio de cana de
ano e meio, associando o cultivo intercalar de culturas de
interesse econômico ou simplesmente agronômico.”
- Plantio em
setembro
outobro
Mudas > 5
meses
62. MEIOSI - MÉtodo Intercalar/Rotacional
Ocorrendo SImultaneamente
Produção de mudas :
Rápida. Multiplicação de novas variedades;
Redução da área para plantio
Dispensa o carregamento de mudas – redução de custos
logísticos
Renda extra – incremento de receita
Redução geral de custos: cerca de 20-25% (Us. São João,
2000)
Adubação verde = Conservação do solo + Aumento da
produtividade da cana
VANTAGENS econômicos e
agronômicos
64. TRATOS CULTURAIS
Matocompetição
Período crítico
Cana planta: 30 – 120 dias após plantio
Cana soca: 30 – 90 dias após o corte
Épocas de aplicação e cuidados gerais
Ideal é aplicação de pré-emergentes logo após
operações de plantio ou corte e cultivo mecânico.
Produtos para baixa umidade do solo – safra
Pré-plantio incorporado em pastos
Tecnologia de aplicação é fundamental
Produtos adaptados a aplicação sobre a palha
65. NUTRIÇÃO
Nutrição de plantas
Noções gerais
Fornecimento de nutrientes essenciais ao
desenvolvimento completo das plantas
Macronutrientes
Primários: N, P, K
Secundários: Ca, Mg, S
Micronutrientes
B, Cl, Cu, Fe, Mn, Mo, Zn
Úteis
Na, Si, Ni, Co
66. ADUBAÇÃO
Nutrição
Fórmulas mais comuns de adubação de base
Plantio: 4-20-20; 5-25-25; 2,5-10-10; 10-30-20; etc
Soqueira: 18-00-27; 14-07-28; 14-07-21; 20-00-30; etc
Cobertura nitrogenada em cana planta (0 a 60 kg / ha)
Início das águas
Cultivo “quebra-lombo”
Adubação de base “padrão” – kg / ha
ESTÁGIO N P2O5 K2O
CANA PLANTA 0 a 60 100 a 150 100 a 170
CANA SOCA 60 a 100 0 a 45 100 a 170
67. ADUBAÇÃO
Nutrição – exportação de nutrientes kg / t cana
NUTRIENTE CANA PLANTA CANA SOCA
N 0,92 0,73
P2O5 0,23 0,30
K2O 0,77 0,85
CaO 0,83 0,49
MgO 0,56 0,51
SO4 0,84 0,69
68. TORTA DE FILTRO
Nutrição - Resíduos agroindustriais
Torta de filtro – composição
ELEMENTO (unidade) Copersucar Planalsucar ESALQ
N (%MS) 1,41 0,87 1,26
P2O5 (%MS) 1,94 1,35 2,61
K2O (%MS) 0,39 0,28 0,27
CaO (%MS) 2,10 2,18 5,04
MgO (%MS) 0,89 0,24 0,54
SO4 (%MS) 3,55
SiO2 (%MS) 14,06
C (%MS) 39,60 31,20 36,20
Fe (ppm) 34.870 25.100
Mn (ppm) 590 624
Cu (ppm) 51 65
Zn (ppm) 83 89
Mo (ppm) 0,6
Umidade (%) 79,41 74,77 77,77
69. ADUBAÇÃO
Nutrição - Resíduos agroindustriais
Torta de filtro – aplicação
Dosagem de 4 a 12 t MS /ha
Área total antes / durante preparo
Sulco de plantio - localizado
Entrelinha da soqueira
Compostagem com bagaço e outros materiais
Redução umidade
Aumento do volume total
Complementação de nutrientes
71. ADUBAÇÃO
Nutrição - Resíduos agroindustriais
Vinhaça – aplicação
Dosagem em função K2O – 100 a 300 m3 / ha
Aplicação limitada pelas distâncias, topografias,
distribuição de áreas, sistemas de aplicação, etc.
Fertirrigação – uso de águas servidas
Uso de caminhões tanques
Recurso importante na safra – estiagem
Melhora a brotação da soqueira
Aumenta a atividade microbiana solo
72. CONSIDERAÇÕES
VIVEIROS E MUDAS SADIAS
PROPAGAÇÃO / MULTIPLICAÇÃO
DESENVOLVIMENTO RADICULAR
OPERACIONAL
SISTEMAS DE PRODUÇÃO
CORREÇÃO DO SOLO
ADUBAÇÃO