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CONCEITOS GERAIS EM
CANA-DE-AÇÚCAR
Plantio e tratos
Prof. Dr. Edgar G. F. de Beauclair
Depto. Produção vegetal – ESALQ / USP
edgar.beauclair@usp.br
ESTÁGIOS E ÉPOCAS DE PLANTIO
 Cana planta: cana que atravessa o ano safra
em formação
 Cana de “n” corte: cana que dará enésimo
corte durante o ano safra
 Cana de ano e meio: cana plantada no início
do ano civil, após as chuvas
 Cana de ano: cana plantada no fim do ano
civil, antes das chuvas
 Cana soca: toda cana que já produziu pelo
menos um corte
CICLOS
 Estágios
CURVAS DE CRESCIMENTO
 Curvas de crescimento
PRINCIPAIS DOENÇAS
 Controle de doenças
DOENÇAS VETORES CONTROLE
Carvão Vento, solo, mudas Resist. Varietal +
Trat. Térmico +
ROGUING
Mosaico Pulgões, mudas Resist. Varietal +
ROGUING
Escaldadura Facão, mudas Resist. Varietal +
ROGUING
Raquitismo Facão, mudas Resist. Varietal +
Trat. Térmico
Ferrugem
marrom e laranja
Vento, mudas Resist. Varietal
VIVEIROS
 Fitosanidade
 Muda sadia
 Tratamento térmico
 Multiplicação / propagação
 Produção de mudas
 Propagos
 Meristemas
 Gemas
EVOLUÇÃO VIVEIROS
 Viveiros TRATAMENTO
TÉRMICO
Viveiro
primário
Viveiro
secundário
COMERCIAL
Viveiro
produtor
Multiplicação
COMERCIAL
EVOLUÇÃO NO TEMPO
 Viveiros – projeto
PLANEJAMENTO DO PLANTIO
 Caracterização e definição da base física
 Caracterização do ambiente de produção
 Determinação da vocação técnica de cada
ambiente em função de recursos disponíveis
 Integração ambiente (solo + clima) / planta
 Sistema de produção
 Manejo de variedades – plantio
 Adaptabilidade e rusticidade
 Época da colheita
 Trafegabilidade
 Disponibilidade de mudas
 Correções e práticas culturais
PLANEJAMENTO DO PLANTIO
 Vocação técnica completa
 Definição de áreas homogêneas com mesmo
manejo de variedades – plantio / colheita
 Frentes de trabalho balanceadas
 Logísticas de plantio e corte apropriadas
 Homogeneidade de áreas anuais de plantio
 Homogeneidade de produção agrícola anual
 Distribuição adequada do fornecimento da
matéria prima ao longo da safra
1. Cana-de-açúcar
1.1. Botânica
 Sistema radicular
 Sistema radicular
de cana planta
mostrando os três
tipos
característicos de
raízes, a
distribuição
percentual em
profundidade e a
distância lateral
atingida pelas
raízes superficiais
(Dillewijn, 1952).
Controle fatores restritivos
compactação / mecanização
 Aumento da densidade aparente do solo
 Redução do volume de solo a ser explorado
pelas raízes, restrições físicas, químicas e
biológicas
 Pisoteio
 Arranquio
 Tombamento
 Necessidade de novas práticas de plantio,
cultivo e colheita.
INSTALAÇÃO DA CULTURA
IMPLANTAÇÃO PLANEJAMENTO DA
ÁREA
CALAGEM
E ADUBAÇÃO
Cana
planta
Cana soca
1. PREPARO
DO
TERRENO
2. ADUBAÇÃO
1. Aração profunda
(incorporação restos
vegetais)
2. Fertilizante no fundo
do sulco
1. Destruição soqueiras
após colheita
2. Primeiros tratos
culturais e no lado da
linhas de cana
ANÁLISE QUÍMICA DO SOLO
ÉPOCA PLANTIO
ESCOLHA DA VARIEDADE: MUITO importante antes do plantio!
+ +
=
CULTIVAR MAIS
ADAPTÁVEL AO AMBIENTE
BOA
PROCEDÊNCIA
ALTA PRODUTIVIDADE
• AGOSTO Á NOVEMBRO
• EXIGÊNCIA SOLOS
FÉRTEIS E ÁGUA
CANA DE
ANO
• JANEIRO Á ABRIL
• MAIS RECOMENDADO
TECNICAMENTE
CANA DE
ANO E MEIO
Terreno para
outras culturas
< produtividade
> incidência
daninhas e doenças
PREPARO DO SOLO
 Convencional
 Diversos sistemas e combinações envolvendo
arações, gradagens pesadas, gradagens
leves, subsolagens e nivelamento
 Adensamentos e compactação devem ser
diagnosticados antes de decidir o uso de
subsolagem
 Profundidade do preparo deve chegar a 40 cm
 Sulcação e adubação na mesma operação, a
30 cm de profundidade
PREPARO DO SOLO
 Cultivo mínimo
 Eliminação química ou mecânica da soqueira
 Subsolador, sulcador, destorroador e
adubadeira em um único equipamento
 Sulcador com haste subsoladora
 Trabalham na antiga entre-linha
 Menor volume de solo a ser explorado pelo
sistema radicular – ambientes fracos
SISTEMA DE PREPARO PROFUNDO DO SOLO
NO DESENVOLVIMENTO DA CANA-DE-AÇÚCAR
...e novas linhas de pesquisa
 O preparo profundo proporciona um maior volume de
solo a ser explorado pelas raízes, conseqüentemente
um melhor desenvolvimento e maior longevidade do
canavial sem movimentar porção do solo que servirá de
base para o tráfego. Mecanização de baixo impacto.
 O preparo profundo proporciona sulcação alternada (1,5
x 0,9 m) ou outros adensamentos mantendo o controle
do tráfego.
 Tráfego controlado com o menor volume de solo
preparado reduzirá o consumo de combustível, o custo
de implantação e a emissão de gases do efeito estufa.
HIPÓTESES
Setor sucroalcooleiro
 CRESCIMENTO CONTINUO
 MÁQUINAS E IMPLEMENTOS
AGRÍCOLAS
COMPACTAÇÂO
AUSÊNCIA DE CRONOGRAMAS
CAPACIDADE DE SUPORTE DE
CARGA DO SOLO
PRINCIPAL CAUSA
pressões
exercidas
por tráfego
+ UMIDADE
PRINCIPAIS
EFEITOS
Redução da porosidade
Aumento da densidade
Maior resistência à
penetração
Redução da aeração
Compactação em canaviais
 Volume de macroporos;
 Tamanho de agregados
 Taxa de infiltração
 CAD
• Resistência a penetração de raízes
• Densidade do solo
Problema da compactação em canaviais
esta relacionado às colhedoras e aos
veículos de transbordo.
 Colhedoras: 13 t
 Veículo de transbordo: 23 t
Balbo (1994)
Preparo do solo
 Sistemáticos e mesma profundidade-
desconsideração da umidade
 Manejo inadequado – degradação dos atributos
do solo
 Problema nas soqueiras – tráfego intensivo
Produção da cana
MATERIAL E
 Fazenda Areão – Esalq
 3 tipos de preparo do solo
 2 espaçamentos
 Área de 0,4 ha
 Blocos casualizados
 CTC 14
 Instalação, Out 2010
EXPERIMENTO MÉTODOS
MATERIAL E
 Preparo convencional (CON)
 Arado; grade; subsolador; grade;
 Espaçamentos
 Fileira simples, 1,5 m
 Fileira dupla, 1,5 x 0,9 m
 Cultivo mínimo (MIN)
 Subsolador;
 Espaçamentos
 Fileira simples, 1,5 m
 Fileira dupla, 1,5 x 0,9 m
 Preparo profundo (PPF)
 Dreno subsolador + Enxada rotativa
 Fileira dupla, 1,5 x 0,9 m
TRATAMENTOS MÉTODOS
MATERIAL E
MÉTODOS
Calcário
Gesso
MATERIAL E
MÉTODOS
MATERIAL E
MÉTODOS
AVALIAÇÕES
 BIOMETRIA
 Avaliações mensais
 Profundidade do sulco
 Terra sobre a muda
 Gemas m-1
 Falhas na brotação
 Brotações m-1
 Perfilhos m-1
 Altura do colmo
 Diâmetro
 Nº internódios
 Comprim. internódios
 ÍNDICE DE ÁREA FOLIAR
MATERIAL E
MÉTODOS
AVALIAÇÕES
TRATAMENTOS IAF
CON-S 5,67 b
CON-D 5,82 b
MIN-S 5,63 b
MIN-D 5,70 b
PPF 6,99 a
 Resistência do solo a penetração
MATERIAL E
MÉTODOS
AVALIAÇÕES
Tratamentos
RSP (MPa) – Profundidades
0-20 21-40 41-60 61-80
CON-S 0,60 a 1,36 a 1,54 a 1,67 a
CON-D 0,52 a 1,12 a 1,69 a 1,52 a
MIN-S 0,69 a 1,56 a 1,85 a 1,75 a
MIN-D 0,70 a 1,06 a 1,46 a 1,50 a
PPF 0,37 a 0,29 b 0,45 b 1,40 a
 Sistema radicular MATERIAL E
MÉTODOS
Trinche
CON-S CON-D
MIN-S MIN-D
PPF
 Sistema radicular
 Análises por imagem
 Safira® Embrapa
MATERIAL E
MÉTODOS
PRODUTIVIDADE
TRATAMENTOS PROD. (t ha-1)
CON-S 102,2 b
CON-D 102,2 b
MIN-S 94,5 c
MIN-D 95,9 c
PPF 111,1 a
MATERIAL E
MÉTODOS
Avaliação de rendimento econômico
CON
MIN
PPF
Pesada Leve
CORREÇÃO DO SOLO
 Correção do solo, calagem, corretivos
 Sistemas diferentes de recomendação
 CTC
 NC = 3 – (Ca + Mg) * f
 IAC
 Saturação de bases (elevar a 60%)
 Critérios devem considerar
 Calcáreo tem baixa solubilidade (Ks = 10 -13)
 CTC das análises de rotina não é efetiva e sim
calculada
 Solos com alta CTC tem diferente especiação química
da representada nas análises de rotina
 Doses anuais superiores à 3 t / ha pouco eficientes
 Necessidade de Ca e Mg pela cultura
CONDICIONADORES
 Condicionadores inorgânicos
 Gesso
 Fornece Ca e S
 Diminui atividade iônica do Al mas não neutraliza
 Atua em profundidade
 Diminui a solubilidade do calcáreo
 Condicionadores orgânicos
 Ácidos húmicos
 Favorecem fornecimento de N
 Diminuem perdas por lixiviação e volatilização de NH3
 Melhoram a CTC e a eficiência da adubação química
 Preenche sítios de fixação de P
 Melhora a retenção de água na região da rizosfera
O PLANTIO
CORTE DA
MUDAS
DISTRIBUIÇÃO NO
SULCO
CORTE DOS
COLMOS
COBERTURA 4 ETAPAS
PRINCIPAIS
Mudas de 12 á 18
meses de idade e
raso
Profundidade
máxima 30cm
Distribuição
uniforme e 12 a 18
gemas/ m l
Camada de 5
á 10 cm e
compactada
PLANTIO
 Técnicas operacionais
 Sulcação / adubação em banquetas – plantio manual
após mudas amontoadas mecanicamente
 Sulcação / adubação completa – plantio com carretas
 Picação manual
 Plantio mecanizado
 Sulcação, adubação, distribuição de mudas picadas e
cobrição com único equipamento
 Espaçamento:
 1,10 m a 1,40 m (áreas de colheita manual)
 1,50 m (áreas de colheita mecânica) – Sistematização
 Densidade de plantio:
 12 – 20 gemas / m
 6 gemas viáveis / m
 Cobrição com 10 cm de terra
DISTRIBUIÇÃO DE MUDAS
PLANTIO MECANIZADO
PLANTADORA
PLANTADORA PLENE
PLANTADORA MPB
Próximos passos...
Cultivo com incorporação de palha... Tipos de mudas...
Plene
Tubetes
MPB
NOVAS TECNOLOGIAS
SULCADOR COM ADUBAÇÃO
LÍQUIDA
PLANTIO MANUAL
CANA COBERTA
LOMBO
COBRIDOR COM APLICADOR
TRATOS NA COBERTURA
 Aplicação de inseticidas e nematicidas.
 Aplicação de ácidos húmicos e outros
bioestimulantes.
 Fatores redutores e limitantes!
 PÓS PLANTIO => CONTROLE DE ERVAS!
PLANTIO
 Pragas de solo
 Nematóides
 Cupim
 Sphenophorus
 Methamasius
 Migdolus
 Controle mecânico na eliminação da soqueira
 Controle químico no plantio, realizado junto
com a cobrição das mudas
 Desenvolvimento de controles biológicos
SISTEMAS DE PRODUÇÃO
 Épocas de plantio
 Rotação de culturas
 Adubação verde
 Consorciado MEIOSI
Adubação Verde
Rotação de Culturas
PLANTIO INTERCALAR (MEIOSE) DE SOJA
Meiosi - Usina São João
(Araras/SP)
MEIOSI - MÉtodo Intercalar Ocorrendo
SImultaneamente
 “Prática de manejo ligada à cultura de cana-de açúcar, que
visa a rápida produção de mudas, para o plantio de cana de
ano e meio, associando o cultivo intercalar de culturas de
interesse econômico ou simplesmente agronômico.”
- Plantio em
setembro
outobro
Mudas > 5
meses
MEIOSI - MÉtodo Intercalar/Rotacional
Ocorrendo SImultaneamente
 Produção de mudas :
 Rápida. Multiplicação de novas variedades;
 Redução da área para plantio
 Dispensa o carregamento de mudas – redução de custos
logísticos
 Renda extra – incremento de receita
 Redução geral de custos: cerca de 20-25% (Us. São João,
2000)
 Adubação verde = Conservação do solo + Aumento da
produtividade da cana
VANTAGENS econômicos e
agronômicos
TRATOS CULTURAIS
CONTROLE DE DANINHAS
ADUBAÇÃO EM COBERTURA
VIGILÂNCIA DO CARVÃO
TRATOS CULTURAIS:
TRATOS CULTURAIS
 Matocompetição
 Período crítico
 Cana planta: 30 – 120 dias após plantio
 Cana soca: 30 – 90 dias após o corte
 Épocas de aplicação e cuidados gerais
 Ideal é aplicação de pré-emergentes logo após
operações de plantio ou corte e cultivo mecânico.
 Produtos para baixa umidade do solo – safra
 Pré-plantio incorporado em pastos
 Tecnologia de aplicação é fundamental
 Produtos adaptados a aplicação sobre a palha
NUTRIÇÃO
 Nutrição de plantas
 Noções gerais
 Fornecimento de nutrientes essenciais ao
desenvolvimento completo das plantas
 Macronutrientes
 Primários: N, P, K
 Secundários: Ca, Mg, S
 Micronutrientes
 B, Cl, Cu, Fe, Mn, Mo, Zn
 Úteis
 Na, Si, Ni, Co
ADUBAÇÃO
 Nutrição
 Fórmulas mais comuns de adubação de base
 Plantio: 4-20-20; 5-25-25; 2,5-10-10; 10-30-20; etc
 Soqueira: 18-00-27; 14-07-28; 14-07-21; 20-00-30; etc
 Cobertura nitrogenada em cana planta (0 a 60 kg / ha)
 Início das águas
 Cultivo “quebra-lombo”
 Adubação de base “padrão” – kg / ha
ESTÁGIO N P2O5 K2O
CANA PLANTA 0 a 60 100 a 150 100 a 170
CANA SOCA 60 a 100 0 a 45 100 a 170
ADUBAÇÃO
 Nutrição – exportação de nutrientes kg / t cana
NUTRIENTE CANA PLANTA CANA SOCA
N 0,92 0,73
P2O5 0,23 0,30
K2O 0,77 0,85
CaO 0,83 0,49
MgO 0,56 0,51
SO4 0,84 0,69
TORTA DE FILTRO
 Nutrição - Resíduos agroindustriais
 Torta de filtro – composição
ELEMENTO (unidade) Copersucar Planalsucar ESALQ
N (%MS) 1,41 0,87 1,26
P2O5 (%MS) 1,94 1,35 2,61
K2O (%MS) 0,39 0,28 0,27
CaO (%MS) 2,10 2,18 5,04
MgO (%MS) 0,89 0,24 0,54
SO4 (%MS) 3,55
SiO2 (%MS) 14,06
C (%MS) 39,60 31,20 36,20
Fe (ppm) 34.870 25.100
Mn (ppm) 590 624
Cu (ppm) 51 65
Zn (ppm) 83 89
Mo (ppm) 0,6
Umidade (%) 79,41 74,77 77,77
ADUBAÇÃO
 Nutrição - Resíduos agroindustriais
 Torta de filtro – aplicação
 Dosagem de 4 a 12 t MS /ha
 Área total antes / durante preparo
 Sulco de plantio - localizado
 Entrelinha da soqueira
 Compostagem com bagaço e outros materiais
 Redução umidade
 Aumento do volume total
 Complementação de nutrientes
VINHAÇA
 Nutrição - Resíduos agroindustriais
 Vinhaça – composição
ELEMENTO (unidade) MOSTO DE MELAÇO MOSTO MISTO MOSTO DE CALDO
N (kg / m3) 0,665 0,400 0,285
P2O5 (kg / m3) 0,200 0,270 0,218
K2O (kg / m3) 5,455 2,680 1,525
CaO (kg / m3) 2,153 1,050 0,405
MgO (kg / m3) 1,060 0,493 0,313
SO4 (kg / m3) 1,050 1,600 2,030
Mat. orgânica (kg / m3) 49,07 31,21 24,39
Fe (ppm) 79,67 78,00 68,67
Cu (ppm) 5,0 3,9 1,6
Zn (ppm) 3,3 3,0 2,3
Mn (ppm) 8,0 7,5 7,0
pH 4,25 3,95 3,60
ADUBAÇÃO
 Nutrição - Resíduos agroindustriais
 Vinhaça – aplicação
 Dosagem em função K2O – 100 a 300 m3 / ha
 Aplicação limitada pelas distâncias, topografias,
distribuição de áreas, sistemas de aplicação, etc.
 Fertirrigação – uso de águas servidas
 Uso de caminhões tanques
 Recurso importante na safra – estiagem
 Melhora a brotação da soqueira
 Aumenta a atividade microbiana solo
CONSIDERAÇÕES
 VIVEIROS E MUDAS SADIAS
 PROPAGAÇÃO / MULTIPLICAÇÃO
 DESENVOLVIMENTO RADICULAR
 OPERACIONAL
 SISTEMAS DE PRODUÇÃO
 CORREÇÃO DO SOLO
 ADUBAÇÃO

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  • 2. ESTÁGIOS E ÉPOCAS DE PLANTIO  Cana planta: cana que atravessa o ano safra em formação  Cana de “n” corte: cana que dará enésimo corte durante o ano safra  Cana de ano e meio: cana plantada no início do ano civil, após as chuvas  Cana de ano: cana plantada no fim do ano civil, antes das chuvas  Cana soca: toda cana que já produziu pelo menos um corte
  • 4. CURVAS DE CRESCIMENTO  Curvas de crescimento
  • 5. PRINCIPAIS DOENÇAS  Controle de doenças DOENÇAS VETORES CONTROLE Carvão Vento, solo, mudas Resist. Varietal + Trat. Térmico + ROGUING Mosaico Pulgões, mudas Resist. Varietal + ROGUING Escaldadura Facão, mudas Resist. Varietal + ROGUING Raquitismo Facão, mudas Resist. Varietal + Trat. Térmico Ferrugem marrom e laranja Vento, mudas Resist. Varietal
  • 6. VIVEIROS  Fitosanidade  Muda sadia  Tratamento térmico  Multiplicação / propagação  Produção de mudas  Propagos  Meristemas  Gemas
  • 7. EVOLUÇÃO VIVEIROS  Viveiros TRATAMENTO TÉRMICO Viveiro primário Viveiro secundário COMERCIAL Viveiro produtor Multiplicação COMERCIAL
  • 8. EVOLUÇÃO NO TEMPO  Viveiros – projeto
  • 9. PLANEJAMENTO DO PLANTIO  Caracterização e definição da base física  Caracterização do ambiente de produção  Determinação da vocação técnica de cada ambiente em função de recursos disponíveis  Integração ambiente (solo + clima) / planta  Sistema de produção  Manejo de variedades – plantio  Adaptabilidade e rusticidade  Época da colheita  Trafegabilidade  Disponibilidade de mudas  Correções e práticas culturais
  • 10. PLANEJAMENTO DO PLANTIO  Vocação técnica completa  Definição de áreas homogêneas com mesmo manejo de variedades – plantio / colheita  Frentes de trabalho balanceadas  Logísticas de plantio e corte apropriadas  Homogeneidade de áreas anuais de plantio  Homogeneidade de produção agrícola anual  Distribuição adequada do fornecimento da matéria prima ao longo da safra
  • 11. 1. Cana-de-açúcar 1.1. Botânica  Sistema radicular  Sistema radicular de cana planta mostrando os três tipos característicos de raízes, a distribuição percentual em profundidade e a distância lateral atingida pelas raízes superficiais (Dillewijn, 1952).
  • 12. Controle fatores restritivos compactação / mecanização  Aumento da densidade aparente do solo  Redução do volume de solo a ser explorado pelas raízes, restrições físicas, químicas e biológicas  Pisoteio  Arranquio  Tombamento  Necessidade de novas práticas de plantio, cultivo e colheita.
  • 13. INSTALAÇÃO DA CULTURA IMPLANTAÇÃO PLANEJAMENTO DA ÁREA CALAGEM E ADUBAÇÃO Cana planta Cana soca 1. PREPARO DO TERRENO 2. ADUBAÇÃO 1. Aração profunda (incorporação restos vegetais) 2. Fertilizante no fundo do sulco 1. Destruição soqueiras após colheita 2. Primeiros tratos culturais e no lado da linhas de cana ANÁLISE QUÍMICA DO SOLO
  • 14. ÉPOCA PLANTIO ESCOLHA DA VARIEDADE: MUITO importante antes do plantio! + + = CULTIVAR MAIS ADAPTÁVEL AO AMBIENTE BOA PROCEDÊNCIA ALTA PRODUTIVIDADE • AGOSTO Á NOVEMBRO • EXIGÊNCIA SOLOS FÉRTEIS E ÁGUA CANA DE ANO • JANEIRO Á ABRIL • MAIS RECOMENDADO TECNICAMENTE CANA DE ANO E MEIO Terreno para outras culturas < produtividade > incidência daninhas e doenças
  • 15. PREPARO DO SOLO  Convencional  Diversos sistemas e combinações envolvendo arações, gradagens pesadas, gradagens leves, subsolagens e nivelamento  Adensamentos e compactação devem ser diagnosticados antes de decidir o uso de subsolagem  Profundidade do preparo deve chegar a 40 cm  Sulcação e adubação na mesma operação, a 30 cm de profundidade
  • 16. PREPARO DO SOLO  Cultivo mínimo  Eliminação química ou mecânica da soqueira  Subsolador, sulcador, destorroador e adubadeira em um único equipamento  Sulcador com haste subsoladora  Trabalham na antiga entre-linha  Menor volume de solo a ser explorado pelo sistema radicular – ambientes fracos
  • 17. SISTEMA DE PREPARO PROFUNDO DO SOLO NO DESENVOLVIMENTO DA CANA-DE-AÇÚCAR ...e novas linhas de pesquisa
  • 18.  O preparo profundo proporciona um maior volume de solo a ser explorado pelas raízes, conseqüentemente um melhor desenvolvimento e maior longevidade do canavial sem movimentar porção do solo que servirá de base para o tráfego. Mecanização de baixo impacto.  O preparo profundo proporciona sulcação alternada (1,5 x 0,9 m) ou outros adensamentos mantendo o controle do tráfego.  Tráfego controlado com o menor volume de solo preparado reduzirá o consumo de combustível, o custo de implantação e a emissão de gases do efeito estufa. HIPÓTESES
  • 19. Setor sucroalcooleiro  CRESCIMENTO CONTINUO  MÁQUINAS E IMPLEMENTOS AGRÍCOLAS COMPACTAÇÂO AUSÊNCIA DE CRONOGRAMAS CAPACIDADE DE SUPORTE DE CARGA DO SOLO
  • 21. PRINCIPAIS EFEITOS Redução da porosidade Aumento da densidade Maior resistência à penetração Redução da aeração
  • 22. Compactação em canaviais  Volume de macroporos;  Tamanho de agregados  Taxa de infiltração  CAD • Resistência a penetração de raízes • Densidade do solo
  • 23. Problema da compactação em canaviais esta relacionado às colhedoras e aos veículos de transbordo.  Colhedoras: 13 t  Veículo de transbordo: 23 t Balbo (1994)
  • 24. Preparo do solo  Sistemáticos e mesma profundidade- desconsideração da umidade  Manejo inadequado – degradação dos atributos do solo  Problema nas soqueiras – tráfego intensivo Produção da cana
  • 25. MATERIAL E  Fazenda Areão – Esalq  3 tipos de preparo do solo  2 espaçamentos  Área de 0,4 ha  Blocos casualizados  CTC 14  Instalação, Out 2010 EXPERIMENTO MÉTODOS
  • 26. MATERIAL E  Preparo convencional (CON)  Arado; grade; subsolador; grade;  Espaçamentos  Fileira simples, 1,5 m  Fileira dupla, 1,5 x 0,9 m  Cultivo mínimo (MIN)  Subsolador;  Espaçamentos  Fileira simples, 1,5 m  Fileira dupla, 1,5 x 0,9 m  Preparo profundo (PPF)  Dreno subsolador + Enxada rotativa  Fileira dupla, 1,5 x 0,9 m TRATAMENTOS MÉTODOS
  • 29.
  • 30. MATERIAL E MÉTODOS AVALIAÇÕES  BIOMETRIA  Avaliações mensais  Profundidade do sulco  Terra sobre a muda  Gemas m-1  Falhas na brotação  Brotações m-1  Perfilhos m-1  Altura do colmo  Diâmetro  Nº internódios  Comprim. internódios
  • 31.  ÍNDICE DE ÁREA FOLIAR MATERIAL E MÉTODOS AVALIAÇÕES TRATAMENTOS IAF CON-S 5,67 b CON-D 5,82 b MIN-S 5,63 b MIN-D 5,70 b PPF 6,99 a
  • 32.  Resistência do solo a penetração MATERIAL E MÉTODOS AVALIAÇÕES Tratamentos RSP (MPa) – Profundidades 0-20 21-40 41-60 61-80 CON-S 0,60 a 1,36 a 1,54 a 1,67 a CON-D 0,52 a 1,12 a 1,69 a 1,52 a MIN-S 0,69 a 1,56 a 1,85 a 1,75 a MIN-D 0,70 a 1,06 a 1,46 a 1,50 a PPF 0,37 a 0,29 b 0,45 b 1,40 a
  • 33.  Sistema radicular MATERIAL E MÉTODOS Trinche
  • 36. PPF
  • 37.  Sistema radicular  Análises por imagem  Safira® Embrapa MATERIAL E MÉTODOS
  • 38. PRODUTIVIDADE TRATAMENTOS PROD. (t ha-1) CON-S 102,2 b CON-D 102,2 b MIN-S 94,5 c MIN-D 95,9 c PPF 111,1 a
  • 39. MATERIAL E MÉTODOS Avaliação de rendimento econômico CON MIN PPF Pesada Leve
  • 40. CORREÇÃO DO SOLO  Correção do solo, calagem, corretivos  Sistemas diferentes de recomendação  CTC  NC = 3 – (Ca + Mg) * f  IAC  Saturação de bases (elevar a 60%)  Critérios devem considerar  Calcáreo tem baixa solubilidade (Ks = 10 -13)  CTC das análises de rotina não é efetiva e sim calculada  Solos com alta CTC tem diferente especiação química da representada nas análises de rotina  Doses anuais superiores à 3 t / ha pouco eficientes  Necessidade de Ca e Mg pela cultura
  • 41. CONDICIONADORES  Condicionadores inorgânicos  Gesso  Fornece Ca e S  Diminui atividade iônica do Al mas não neutraliza  Atua em profundidade  Diminui a solubilidade do calcáreo  Condicionadores orgânicos  Ácidos húmicos  Favorecem fornecimento de N  Diminuem perdas por lixiviação e volatilização de NH3  Melhoram a CTC e a eficiência da adubação química  Preenche sítios de fixação de P  Melhora a retenção de água na região da rizosfera
  • 42. O PLANTIO CORTE DA MUDAS DISTRIBUIÇÃO NO SULCO CORTE DOS COLMOS COBERTURA 4 ETAPAS PRINCIPAIS Mudas de 12 á 18 meses de idade e raso Profundidade máxima 30cm Distribuição uniforme e 12 a 18 gemas/ m l Camada de 5 á 10 cm e compactada
  • 43. PLANTIO  Técnicas operacionais  Sulcação / adubação em banquetas – plantio manual após mudas amontoadas mecanicamente  Sulcação / adubação completa – plantio com carretas  Picação manual  Plantio mecanizado  Sulcação, adubação, distribuição de mudas picadas e cobrição com único equipamento  Espaçamento:  1,10 m a 1,40 m (áreas de colheita manual)  1,50 m (áreas de colheita mecânica) – Sistematização  Densidade de plantio:  12 – 20 gemas / m  6 gemas viáveis / m  Cobrição com 10 cm de terra
  • 49. Próximos passos... Cultivo com incorporação de palha... Tipos de mudas... Plene Tubetes MPB
  • 55. TRATOS NA COBERTURA  Aplicação de inseticidas e nematicidas.  Aplicação de ácidos húmicos e outros bioestimulantes.  Fatores redutores e limitantes!  PÓS PLANTIO => CONTROLE DE ERVAS!
  • 56. PLANTIO  Pragas de solo  Nematóides  Cupim  Sphenophorus  Methamasius  Migdolus  Controle mecânico na eliminação da soqueira  Controle químico no plantio, realizado junto com a cobrição das mudas  Desenvolvimento de controles biológicos
  • 57. SISTEMAS DE PRODUÇÃO  Épocas de plantio  Rotação de culturas  Adubação verde  Consorciado MEIOSI
  • 59. Rotação de Culturas PLANTIO INTERCALAR (MEIOSE) DE SOJA
  • 60. Meiosi - Usina São João (Araras/SP)
  • 61. MEIOSI - MÉtodo Intercalar Ocorrendo SImultaneamente  “Prática de manejo ligada à cultura de cana-de açúcar, que visa a rápida produção de mudas, para o plantio de cana de ano e meio, associando o cultivo intercalar de culturas de interesse econômico ou simplesmente agronômico.” - Plantio em setembro outobro Mudas > 5 meses
  • 62. MEIOSI - MÉtodo Intercalar/Rotacional Ocorrendo SImultaneamente  Produção de mudas :  Rápida. Multiplicação de novas variedades;  Redução da área para plantio  Dispensa o carregamento de mudas – redução de custos logísticos  Renda extra – incremento de receita  Redução geral de custos: cerca de 20-25% (Us. São João, 2000)  Adubação verde = Conservação do solo + Aumento da produtividade da cana VANTAGENS econômicos e agronômicos
  • 63. TRATOS CULTURAIS CONTROLE DE DANINHAS ADUBAÇÃO EM COBERTURA VIGILÂNCIA DO CARVÃO TRATOS CULTURAIS:
  • 64. TRATOS CULTURAIS  Matocompetição  Período crítico  Cana planta: 30 – 120 dias após plantio  Cana soca: 30 – 90 dias após o corte  Épocas de aplicação e cuidados gerais  Ideal é aplicação de pré-emergentes logo após operações de plantio ou corte e cultivo mecânico.  Produtos para baixa umidade do solo – safra  Pré-plantio incorporado em pastos  Tecnologia de aplicação é fundamental  Produtos adaptados a aplicação sobre a palha
  • 65. NUTRIÇÃO  Nutrição de plantas  Noções gerais  Fornecimento de nutrientes essenciais ao desenvolvimento completo das plantas  Macronutrientes  Primários: N, P, K  Secundários: Ca, Mg, S  Micronutrientes  B, Cl, Cu, Fe, Mn, Mo, Zn  Úteis  Na, Si, Ni, Co
  • 66. ADUBAÇÃO  Nutrição  Fórmulas mais comuns de adubação de base  Plantio: 4-20-20; 5-25-25; 2,5-10-10; 10-30-20; etc  Soqueira: 18-00-27; 14-07-28; 14-07-21; 20-00-30; etc  Cobertura nitrogenada em cana planta (0 a 60 kg / ha)  Início das águas  Cultivo “quebra-lombo”  Adubação de base “padrão” – kg / ha ESTÁGIO N P2O5 K2O CANA PLANTA 0 a 60 100 a 150 100 a 170 CANA SOCA 60 a 100 0 a 45 100 a 170
  • 67. ADUBAÇÃO  Nutrição – exportação de nutrientes kg / t cana NUTRIENTE CANA PLANTA CANA SOCA N 0,92 0,73 P2O5 0,23 0,30 K2O 0,77 0,85 CaO 0,83 0,49 MgO 0,56 0,51 SO4 0,84 0,69
  • 68. TORTA DE FILTRO  Nutrição - Resíduos agroindustriais  Torta de filtro – composição ELEMENTO (unidade) Copersucar Planalsucar ESALQ N (%MS) 1,41 0,87 1,26 P2O5 (%MS) 1,94 1,35 2,61 K2O (%MS) 0,39 0,28 0,27 CaO (%MS) 2,10 2,18 5,04 MgO (%MS) 0,89 0,24 0,54 SO4 (%MS) 3,55 SiO2 (%MS) 14,06 C (%MS) 39,60 31,20 36,20 Fe (ppm) 34.870 25.100 Mn (ppm) 590 624 Cu (ppm) 51 65 Zn (ppm) 83 89 Mo (ppm) 0,6 Umidade (%) 79,41 74,77 77,77
  • 69. ADUBAÇÃO  Nutrição - Resíduos agroindustriais  Torta de filtro – aplicação  Dosagem de 4 a 12 t MS /ha  Área total antes / durante preparo  Sulco de plantio - localizado  Entrelinha da soqueira  Compostagem com bagaço e outros materiais  Redução umidade  Aumento do volume total  Complementação de nutrientes
  • 70. VINHAÇA  Nutrição - Resíduos agroindustriais  Vinhaça – composição ELEMENTO (unidade) MOSTO DE MELAÇO MOSTO MISTO MOSTO DE CALDO N (kg / m3) 0,665 0,400 0,285 P2O5 (kg / m3) 0,200 0,270 0,218 K2O (kg / m3) 5,455 2,680 1,525 CaO (kg / m3) 2,153 1,050 0,405 MgO (kg / m3) 1,060 0,493 0,313 SO4 (kg / m3) 1,050 1,600 2,030 Mat. orgânica (kg / m3) 49,07 31,21 24,39 Fe (ppm) 79,67 78,00 68,67 Cu (ppm) 5,0 3,9 1,6 Zn (ppm) 3,3 3,0 2,3 Mn (ppm) 8,0 7,5 7,0 pH 4,25 3,95 3,60
  • 71. ADUBAÇÃO  Nutrição - Resíduos agroindustriais  Vinhaça – aplicação  Dosagem em função K2O – 100 a 300 m3 / ha  Aplicação limitada pelas distâncias, topografias, distribuição de áreas, sistemas de aplicação, etc.  Fertirrigação – uso de águas servidas  Uso de caminhões tanques  Recurso importante na safra – estiagem  Melhora a brotação da soqueira  Aumenta a atividade microbiana solo
  • 72. CONSIDERAÇÕES  VIVEIROS E MUDAS SADIAS  PROPAGAÇÃO / MULTIPLICAÇÃO  DESENVOLVIMENTO RADICULAR  OPERACIONAL  SISTEMAS DE PRODUÇÃO  CORREÇÃO DO SOLO  ADUBAÇÃO