A psicologia e a bioética uma nova orientação. A Bioética tem ocupado um espaço cada vez mais importante na solução de conflitos e dilemas que surgem na prática de saúde e com os avanços tecnológicos, a Bioética tem se desenvolvido ao tratar de questões sobre a dignidade humana.
1. Universidade Federal de Pelotas
Psicologia e Ética
Bioética: Uma nova orientação Ética
Roberta Fonseca Brum Cardoso
Pelotas, 08 de Agosto de 2013.
2. BIOÉTICA: UMA NOVA ORIENTAÇÃO ÉTICA
A todo o momento o ser humano passa por situações em que pode avaliar moral
e eticamente suas atitudes e escolhas. Sendo a bioética uma ética da vida, tudo aquilo
que diz respeito à pessoa e ao outro está nela contida. Daí pode-se ir até as questões do
avanço da tecnologia nas ciências biomédicas, que, originalmente, deu força à bioética.
Contudo, não se pode descuidar de questões mais rotineiras, comumente chamadas de
decisões de vida, para as quais os psicólogos são muitas vezes procurados a fim de
fornecer auxílio.
A Bioética tem ocupado um espaço cada vez mais importante na solução de
conflitos e dilemas que surgem na prática de saúde e com os avanços tecnológicos, a
Bioética tem se desenvolvido ao tratar de questões sobre a dignidade humana.
A bioética é uma ponte entre as ciências da saúde e os fundamentos éticos e
filosóficos que devem reger o modo de agir de todos aqueles que estão comprometidos
com a assistência à saúde.
A Bioética busca por observar as diversas culturas e valores, preocupando-se
com todas as formas de vida, com o poder de manipulação da ciência seja em relação à
vida humana, animal ou vegetal, pois todas elas podem ameaçar o equilíbrio do planeta.
A importância das discussões em bioética, em razão do seu caráter
transdisciplinar, é fazer com que a ciência não utilize indiscriminadamente as novas
tecnologias logo que se tornem viáveis, mas somente após possuir o conhecimento e a
sabedoria suficientes para utilizá-las em benefício da humanidade e não em seu
detrimento.
Pode-se dizer que as principais características da bioética são autonomia,
pluralidade e diálogo. Rapidamente pode ser entendida como ausência de hierarquia de
uns sobre os outros, também de um conhecimento sobre outro; respeito às diferenças e
liberdade de expressão.
Como graduanda de psicologia, ao fazer reflexos sobre a biótica me imagino em
um consultório acompanhando uma psicoterapicamente uma paciente. Eu, com todos os
meus recursos de conhecimento, estou direcionada para um objetivo específico que é
tratar o meu paciente. Suponhamos, agora, que, atendendo esse paciente, me venha à
cabeça que o seu caso pode servir de base para um estudo, uma pesquisa. Na hora em
que isso acontece, eu deixo de focar o acompanhamento psicoterápico do meu paciente
para transformá-lo em objeto da minha pesquisa. Neste caso, estamos diante de um
claro conflito e de uma infração ética.