1. O documento discute a doutrina do arrebatamento pós-tribulacional em oposição ao arrebatamento pré-tribulacional.
2. Argumenta que o arrebatamento pré-tribulacional não é ensinado explicitamente na Bíblia e sim baseado em inferências, enquanto o arrebatamento pós-tribulacional é a posição "a priori".
3. A única passagem bíblica que fala do arrebatamento é 1 Tessalonicenses 4:13-18, que descreve o arrebatamento ocor
O Arrebatamento Pós-Tribulação: Uma Abordagem Simples e Literal
1. O ARREBATAMENTO PÓS-TRIBULACIONAL
1. Introdução
Jesus advertiu a seus discípulos sobre o advento de um tempo de
tribulação tal qual o mundo jamais conheceu, que, conforme ele disse,
ocorreria logo antes do seu retorno (Mt 24:3-31). Por séculos os cristãos
esperavam enfrentar este difícil tempo antes do retorno do seu Senhor.
Entretanto, de algumas centenas de anos para cá, alguns começaram a ensinar
um caminho de escape: a coroa sem cruz. Originalmente isto começou com um
pequeno grupo em Grã-Bretanha, mas hoje se espalhou tanto, que para alguns,
o Evangelho é quase isto. Poderia esta nova idéia ser verdadeira, sendo que
a igreja não tinha conhecimento disso por centenas de anos? Não havia o
nosso Senhor nos advertido deste tempo de tribulação para que nós realmente
fossemos preparados para ela? Estes são assuntos que eu quero tratar neste
livro.
Muitos não vêem isto como um assunto importante. Eu penso que a razão
básica é que não sabem o que a perseguição é na verdade. Ou porque eles
simplesmente acreditam no escapismo, como algo que sempre tem sido ensinado,
ou porque isto soa muito melhor! Naturalmente, quem gostaria de sofrer?
Porém, se estamos para enfrentar este tempo mais difícil, não devemos nos
preparar para ele? Vemos com mais freqüência o povo de Deus passando por
meio de tempos difíceis do que estando à margem destes. Porque deveria ser
diferente conosco? Jesus disse que neste tempo muitos cairiam e
voltar-se-iam um contra outro e se trairiam um contra outro (Mt 24:10).
Disse também que o amor de muitos se esfriaria (Mt 24:12). Isto dificilmente
poderia ser considerado um assunto sem importância. Eu oro para que você
possa ao menos considerar os argumentos adiante deste livro e avalie
criticamente em que posição você se manteria em relação à Palavra de Deus.
“Examinai tudo. Retende o que é bom.” (1Ts 5:21).
Uma Abordagem Simples e Literal
Primeiramente eu gostaria de dizer que nesta discussão estou fazendo uma
abordagem com interpretação simples e literal, o que será muitas vezes mais
literal do que muitos pré-tribulacionistas.
Eu quero olhar primeiramente no que a Bíblia realmente tem a dizer sobre
este tópico. Entretanto, eu usarei a terminologia aceita, e não-bíblica, tal
como “Arrebatamento” e “Milênio”, somente porque são as palavras que a
maioria do povo usa. Eu seguirei o uso geralmente comum da palavra
“tribulação” para me referir a sete anos inteiros do período, mesmo que eu
2. acredite que biblicamente ele é usado para os últimos 3 anos e meio.
Escatologia do “Things to Come”, livro de Pentecost Eu entendo que nem todos
os pré-tribulacionistas concordam em todos os pontos. Alguns dos assunto que
trato podem não aplicar-se a algum. Embora eu tenha ouvido e lido uma variedade
de pré-tribulacionistas, fui ensinado formalmente de “Things to Come” de Dwight
Pentecost, que tem sido um texto pré-tribulacional padrão por longos anos.
Tentarei indicar onde os pré-tribulacionistas modernos mudaram seu ponto de
vista, mas eu peço desculpas se eu deixei algum.
O Pré-tribulacionismo é baseado em inferências e não é ensinado especificamente
nas Escrituras.
A doutrina o Arrebatamento pré-tribulacional não é ensinado especificamente na
Bíblia. Ao invés disso, está baseado sobre outras doutrinas que os prétribulacionistas concluem que requer o arrebatamento Pré-tribulacional, tais como:
Iminência, isenção da ira, distinção entre a igreja e Israel, etc. Entretanto, em
nenhuma parte a Bíblia diz que Jesus virá antes da tribulação. Pelo contrário, Jesus
mesmo disse que retornaria “após as tribulações” (Mt 24:29-31).
O Peso da Prova
Finalmente, se o Pré-tribulacionismo não é especificamente ensinado nas
Escrituras, e visto que todos nós concordamos na Segunda Vinda
pós-tribulaçào, então o Arrebatamento pós-tribulacionista é a posição “a
priori”. O pré-tribulacionista tem que demonstrar que há dois eventos
separados e que o primeiro deles ocorrerá antes da tribulação. A menos que
de alguma forma isso seja demonstrado, resta-nos assumir que a “esperança
bendita” dos crentes será a Segunda Vinda de Cristo após a Tribulação.
2. A Base Bíblica para o Pós-Tribulacionismo
Uma Única Passagem do Arrebatamento. Se nós estamos tentando definir quando
o Arrebatamento ocorrerá, então temos que primeiro ir para a passagem do
Arrebatamento e ver o que a Bíblia realmente tem para dizer sobre este evento.
Naturalmente, se nós queremos saber onde este evento ocorrerá, devemos olhar
onde este é discutido. O problema é que há somente uma passagem do
Arrebatamento na Bíblia: 1 Tessalonicenses 4:17.
Somente Paulo menciona a igreja sendo tomado nos ares, e ele diz isso em
apenas uma passagem. Portanto, isto deve ser fundamental para qualquer
discussão do Arrebatamento. Desde que este é o único lugar nas Escrituras
onde o Arrebatamento é mencionado, todas outras passagens que são tomadas
com “passagens do Arrebatamento” tem que ter alguma conexão com este
versículo. Ou seja, como alguém poderia reivindicar uma outra passagem com
“uma passagem do Arrebatamento”, sem primeiro provar que o mesmo evento é
descrito tal como nesta única passagem do Arrebatamento na Bíblia? Isto é
muito significativo para a discussão, porque a passagem mais próxima
3. seguinte a esta é Mateus 24:27-31, o qual afirma especificamente que isto
ocorrerá “depois da tribulação”.
Outra passagem que é comumente referido com a passagem do Arrebatamento é 1
Coríntios 15:52. Embora eu concorde que ele está descrevendo o mesmo evento,
o Arrebatamento não é especificamente mencionado aqui. A razão porque nós
ligamos as duas é porque um evento similar é mencionado. Ambas passagens
mencionam a trombeta e a ressurreição dos crentes. Por causa disso, nós
concluímos que ambos são mesmos eventos. Entretanto, como eu já mencionei,
Mateus 24:27-31 tem muito mais em comum com uma clara passagem do
Arrebatamento.
Observe as similaridades:
Mateus 24:27-31
1. Chamado de parousia, “a vinda” (v. 27)
2. Jesus aparece no céu (v. 30)
3. Vindo sobre as nuvens (v.30)
4. Anjos presentes (v.32)
5. Grande som de trombeta (v.31)
6. Reunião dos eleitos (v.31)
7. Tessalonicenses 4:15-17
8. Chamado de parousia, “a vinda” (v. 15)
9. O Senhor desce do céu (v.16)
10.“ …com ele nas nuvens (v. 17)
11.Arcanjos presentes (v. 16)
12.Brado e trombeta de Deus (v. 16)
13.Mortos em Cristo ressuscitarão (v. 16)
14.Seremos arrebatados com Ele (v. 17)
15.Coríntios 15:52
16.Chamado de parousia, “a vinda” (v. 23)
17.Na última trombeta (v.52)
18.Mortos ressuscitarão (v.52)
O “Arrebatamento”, um termo inadequado?
Pode ser surpresa para alguns que a palavra “Arrebatamento” (ou rapto)
não está na Bíblia. #1 Quando verificamos que as Escrituras não falam do
Arrebatamento, mas que na vinda do Senhor nós seremos arrebatados (caught
up), isto lança nova luz sobre a discussão. É equivocado falar do
Arrebatamento e então perguntar quando o arrebatamento ocorrerá. A Bíblia
somente menciona a Vinda do Senhor e diz que quando ele vier, nós seremos
arrebatados juntos para estar com Ele. Porém os pré-tribulacionistas começam
falando sobre o Arrebatamento e a Segunda Vinda como se estes fossem dois
eventos separados e então argumentam que os pós-tribulacionistas confundem
4. os dois. O fato, porém, é que a Bíblia não faz esta distinção. Em lugar
disso, ele usa a palavra “vinda” (parousia) onde esperaríamos ver a
palavra “Arrebatamento”, se de fato este fosse um evento separado.
É interessante notar que o Novo Testamento usa pelo menos duas outras
palavras para descrever o retorno do nosso Senhor, e mais uma vez nenhuma
distinção é feita. Eles são: apokalupsis, “revelação” e epiphaneia,
“manifestação”. Ambos no grego são usados como a esperança da igreja e em
nítidas passagens da Segunda Vinda. Seria estranho os escritores do Novo
Testamento usarem no mínimo três diferentes palavras intercambiáveis para
descrever dois eventos diferentes que estão separados por sete anos. Em
outras palavras, seria confuso usar estas três palavras para falar de dois
eventos diferentes, sem distinguir os dois eventos. Esperaríamos que usassem
diferentes palavras para descrever diferentes eventos (tais como
Arrebatamento e a Segunda Vinda, quem sabe?). Como podemos fazer distinção
onde a Bíblia não faz?
1 Tessalonicenses 4:13-18
Quando nós examinamos mais de perto a nossa “passagem do
Arrebatamento”, nós vemos que Paulo não está descrevendo um evento novo
mas está explicando que na vinda do senhor os mortos serio ressuscitados.
Observe com ele começa seu pensamento no versículo 13 “Não quero, porém,
irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que não vos
entristeçais, como os demais, que não têm esperança”. Isto define o tom
sobre o que ele vai discutir, como segue: “[13] Não queremos, porém, irmãos, que
sejais ignorantes com respeito aos que dormem, para não vos entristecerdes como
os demais, que não têm esperança. [14] Pois, se cremos que Jesus morreu e
ressuscitou, assim também Deus, mediante Jesus, trará, em sua companhia, os que
dormem. [15] Ora, ainda vos declaramos, por palavra do Senhor, isto: nós, os
vivos, os que ficarmos até à vinda do Senhor, de modo algum precederemos os
que dormem. [16] Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem,
ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os
mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; [17] depois, nós, os vivos, os que
ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro
do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor. [18]
Consolai-vos, pois, uns aos outros com estas palavras.
O que Paulo quer dizer aos crentes de Tessalônica é que eles não
precisam se preocupar pelos seus entes queridos mortos. Jesus irá
ressuscitá-los quando Ele retornar. Ele diz que isto ocorrera na “Vinda do
Senhor”. Não há nenhuma sugestão de que isto é algo diferente da vinda que
todos estavam esperando – aquela que Jesus disse aos seus apóstolos que
ocorreria “após a tribulação” (Mt 24-:29). Nós esperaríamos também que a
5. escatologia que Jesus lhes ensinou seja a mesma daquela que Paulo ensinava, a
menos que tenhamos razão para acreditar o contrário. É primeiramente esta falta
de evidência para a vinda múltipla a base para o pós-tribulacionismo. Quando
descobrimos que só há uma vinda, a posição pós é a única posição. Todos
concordam que Cristo virá após a Tribulação, assim se há apenas uma vinda (ou
um estágio de sua vinda, como
alguns preferem chamá-lo), então o
arrebatamento deve ocorrer depois da Tribulação. 2 Tessalonicenses 1:5-10
“[5] porque o nosso evangelho não chegou até vós tão-somente em palavra,
mas, sobretudo, em poder, no Espírito Santo e em plena convicção, assim como
sabeis ter sido o nosso procedimento entre vós e por amor de vós. [6] Com
efeito, vos tornastes imitadores nossos e do Senhor, tendo recebido a
palavra, posto que em meio de muita tribulação, com alegria do Espírito
Santo, [7] de sorte que vos tornastes o modelo para todos os crentes na
Macedônia e na Acaia. [8] Porque de vós repercutiu a palavra do Senhor não
só na Macedônia e Acaia, mas também por toda parte se divulgou a vossa fé
para com Deus, a tal ponto de não termos necessidade de acrescentar coisa
alguma; [9] pois eles mesmos, no tocante a nós, proclamam que repercussão
teve o nosso ingresso no vosso meio, e como, deixando os ídolos, vos
convertestes a Deus, para servirdes o Deus vivo e verdadeiro [10] e para
aguardardes dos céus o seu Filho, a quem ele ressuscitou dentre os mortos,
Jesus, que nos livra da ira vindoura.
Como mencionamos no começo, freqüente ataque contra o
pós-tribulacionismo é que falham em distinguir entre passagem do
Arrebatamento e passagem da Segunda Vinda; entretanto, desde que nós jamais
encontramos o termo “arrebatamento” na Bíblia, o que nós rotulamos como
passagem do Arrebatamento ou a da Segunda Vinda irá depender da nossa visão
escatológica. Se nós acreditamos que a igreja será arrebatada antes da
Tribulação então qualquer passagem falando de Cristo vindo para julgamento
será rotulado de passagem da Segunda Vinda, e qualquer passagem que fala de
sua vinda com a esperança da igreja será então rotulado como a passagem do
arrebatamento. Isto pode ser arbitrário e mesmo circular. Entretanto, há no
mínimo uma passagem que liga positivamente os dois como um evento. Em 2
Tess 1:5-10, Paulo indica claramente que Deus dará aos crentes o descanso
quando Jesus vem em chamas de fogo, trazendo retribuição (v. 7, 8). Então ele diz
que os descrentes irão pagar as penalidades, “quando ele vem para ser
glorificado nos santos naquele dia”(v.9,10). Não há outra conclusão se não
que a vinda para os santos e a vinda para executar vingança são a mesma
vinda.
2 Tessalonicenses 2:1-3
6. “[1] Irmãos, no que diz respeito à vinda de nosso Senhor Jesus Cristo e à
nossa reunião com ele, nós vos exortamos [2] a que não vos demovais da vossa
mente, com facilidade, nem vos perturbeis, quer por espírito, quer por
palavra, quer por epístola, como se procedesse de nós, supondo tenha chegado
o Dia do Senhor. [3] Ninguém, de nenhum modo, vos engane, porque isto não
acontecerá sem que primeiro venha a apostasia e seja revelado o homem da
iniqüidade, o filho da perdição”
Mais uma vez vemos Paulo lançando o tema da questão no início. Ele o faz
dizendo “quanto à vinda do nosso Senhor Jesus Cristo e à nossa reunião com
Ele “(v.1). Então ele diz que o Dia do Senhor “não virá sem que primeiro
venha a apostasia, e o homem da iniquidade seja revelado, o filho da
destruição” (v. 3). Esta é a mais clara negação do Arrebatamento “a
qualquer momento” que alguém possa imaginar. Esta passagem fala por si
mesmo. Se parafrasearmos, Paulo está dizendo, “Quanto à sua vinda e a nossa
reunião com ele, isto não acontecerá até...” Parece também claro que Paulo
liga a vinda do nosso Senhor com a nossa reunião com Ele, porque ele vai
falar sobre ambos. Se assumirmos que estes dois são eventos separados, não
posso ver onde Paulo fala sobre a reunião depois de discutir a vinda.
Além disto, se nós seguirmos a linha de pensamento de Paulo do versículo
1 a 2, parece que ele liga a “vinda do nosso Senhor” com o “Dia do
Senhor”. Não somente este é a maneira mais lógica de entender esta
passagem, como em minha opinião isto se encaixa melhor com todas as outras
passagem do “Dia do Senhor” que veremos mais tarde na discussão.
Finalmente, parece estranho que Paulo fale a eles que o anticristo
precisa primeiro vir, se ele sabe que eles não estariam mais ali para ver
isto. Porque assim mesmo ele diz isto? Porque não lhes diz que primeiro
precisa ocorrer o Arrebatamento?
Apocalipse 20:4-5
“[4] Vi também tronos, e nestes sentaram-se aqueles aos quais foi dada
autoridade de julgar. Vi ainda as almas dos decapitados por causa do
testemunho de Jesus, bem como por causa da palavra de Deus, tantos quantos
não adoraram a besta, nem tampouco a sua imagem, e não receberam a marca na
fronte e na mão; e viveram e reinaram com Cristo durante mil anos. [5] Os
restantes dos mortos não reviveram até que se completassem os mil anos. Esta
é a primeira ressurreição.”
Que isto ocorre depois da Tribulação é obvio. Pessoas estão assentados no
trono reinando com Jesus. Ambos lados estão em acordo neste ponto. Porém, o
que a mim me parece igualmente claro é que a Bíblia afirma que isto é a
Primeira. Ressurreição. Se o Arrebatamento é precedido pela Ressurreição dos
7. crentes (1Ts 4:15-17; 1Co 15:52), e isto é a Primeira Ressurreição, então o
Arrebatamento deve ser depois da Tribulação.
Para os pré-tribulacionistas isto não é na verdade a Primeira Ressurreição.
Se o Arrebatamento ocorre antes da Tribulação, e a Ressurreig3io ocorre
antes do Arrebatamento, então a Primeira Ressurreição não teria acontecido
no mínimo sete anos antes desta hora. Eles costuma dizer que isto é terceira
ou quarta fase da Primeira Ressurreição, o que este nem qualquer outra
passagem ensina. A leitura literal desta passagem é que não tem havido
nenhum ressurreição antes disto (a não ser do Senhor mesmo, naturalmente).
Não conseguira vc o significado do que é dito, “Esta é a Primeira
Ressurreição”, se já tem havido diversas ressurreições de crentes antes
desta hora. O livro de Apocalipse foi escrito para as igrejas, que é quem
tem a esperança da futura ressurreição. Quando alguém lê, “Esta é a
Primeira Ressurreição”, é mais natural assumir que esta é aquela que ele
espera.
Se a igreja não está incluída nesta ressurreição, então João nunca
mencionou a ressurreição da igreja. Por que ele deixaria um evento tão
importante, especialmente quando isto é o que a igreja estava esperando? Ele
teria os deixado sem saber onde eles se encaixam dentro deste quadro.
Naturalmente que a maneira como alguém vê a ordem do livro de Apocalipse
influi na discussão, mas isto será tratado no próximo capítulo.
1 Coríntios l5:50-55
“[50] Isto afirmo, irmãos, que a carne e o sangue não podem herdar o reino
de Deus, nem a corrupção herdar a incorrupção. [51] Eis que vos digo um
mistério: nem todos dormiremos, mas transformados seremos todos, [52] num
momento, num abrir e fechar de olhos, ao ressoar da última trombeta. A
trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos
transformados. [53] Porque é necessário que este corpo corruptível se
revista da incorruptibilidade, e que o corpo mortal se revista da
imortalidade. [54] E, quando este corpo corruptível se revestir de
incorruptibilidade, e o que é mortal se revestir de imortalidade, então, se
cumprirá a palavra que está escrita: Tragada foi a morte pela vitória. [55]
Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão?”
Esta e 1 Ts 4:17 são provavelmente as passagem mais conhecidas para as
pessoas em geral, em relação ao Arrebatamento. Nós muitas vezes ouvimos
dizer que seremos arrebatados “num piscar dos olhos” (v. 52). Entretanto,
acho que muitos poderão se surpreender pelo fato de que o Arrebatamento não
é mencionado em lugar algum aqui. Tudo que se afirma é que a trombeta soará,
os mortos ressuscitarão, e nós seremos transformados. Isso mesmo: esta
passagem nos deixa na terra com os corpos transformados! Naturalmente, não
8. estou negando que Paulo esta descrevendo a mesma coisa que em 1Tess 1:17.
Entretanto, como apontei no começo, a razão porque conectamos as duas é por
causa da similaridade dos eventos que ocorrem.
É interessante que Paulo começa a discussão com a relato sobre como os
vivos herdarão o reino (v. 50). Sabemos que isto ocorrerá na Segunda Vinda.
Parece que Paulo está dizendo, “Mesmo os vivos serão transformados para que
eles herdem o reino com corpos glorificados”. O capítulo todo é sobre a
ressurreição e Paulo já disse que você precisa primeiro morrer para receber
o corpo glorificado (vv.35-38, 42-44). Então ele diz no v. 50 que você não
pode herdar o reino com o corpo mortal. A questão surge naturalmente, “E
quanto aos que permanecem vivos quando Cristo retornar? Eles serão excluídos
do reino?” Paulo vai revelar a resposta a este mistério dizendo basicamente
o seguinte, “Olhe, aqueles que estiverem vivos não têm que morrer para
receber o corpo imortal, mas serão transformados enquanto permanecem vivo.”
Nem todos morrerão primeiro, mas todos serão transformados (v. 53). Ele vai
dizer que i porque a corruptibilidade precisa ser revestido de
incorruptibilidade, e o mortal precisa ser revestido do imortal (v. 53).
Quando Jesus retornar, mesmo aqueles que permanecem vivos precisam ser
transformados para que possam herdar o reino, porque este é incorruptível
(v. 50).
Versículos 23 e 24 tem sido usado por alguns que ensinam a vinda em
múltiplas fases que discutimos na seção anterior. Referente a ressurreição
este versículo diz, “Mas cada um por sua ordem: Cristo as primícias, depois
os que estão em Cristo na sua vinda, e então virá o fim”. Agora, esta
passagem mostra a ressurreição múltipla: Cristo, os que são dele na sua
vinda, e então o rim. Em outras palavras, as ressurreições são: o Senhor
mesmo, a primeira (geral) ressurreição, então a segunda ressurreição. Isto
não nos mostra fases múltiplas dentro da Primeira Ressurreição, mas parece
que elimina tal idéia.
Se a ressurreição dos “que são de Cristo na sua vinda” ocorre no
Arrebatamento, então a “Primeira Ressurreição” de João (Ap 20:5) também
ocorre no Arrebatamento, ou isto não foi mencionado aqui. Seria estranho que
o que João chama de Primeira Ressurreição – se isto era um evento
significativo – seja completamente deixado de lado por Paulo na sua
discussão sobre a ordem das ressurreições. E se realmente “os que são de
Cristo na sua vinda” é uma referência a Segunda Vinda, então nem Paulo não
menciona o Arrebatamento (o que não seria razoável de igual modo, desde que
ele está escrevendo para a igreja), ou o Arrebatamento ocorre na Segunda
Vinda. Que esta última é verdadeira é demostrado pelo relato no livro de
Apocalipse mostrando que aqueles que morrem durante a Tribulação certamente
9. seriam incluídos em “os que são de Cristo”. Nas passagens como Ap
6:11;7:14; 12:11,17; 14:12; 17:6; 20:4 isto pode ser visto.
Mateus 24:29-31
“[29] Logo em seguida à tribulação daqueles dias, o sol escurecerá, a lua
não dará a sua claridade, as estrelas cairão do firmamento, e os poderes dos
céus serão abalados. [30] Então, aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem;
todos os povos da terra se lamentarão e verão o Filho do Homem vindo sobre
as nuvens do céu, com poder e muita glória. [31] E ele enviará os seus
anjos, com grande clangor de trombeta, os quais reunirão os seus escolhidos,
dos quatro ventos, de uma a outra extremidade dos céus.”
Como já foi indicado, esta passagem tem mais similaridades como a
passagem do Arrebatamento (1 Tess. 4:17) do que qualquer outra passagem na
Bíblia. Entretanto, desde que ela indica explicitamente “após a
tribulação”, os pré-tribulacionistas declaram que isto não é o
Arrebatamento, embora reivindiquem prontamente 1 Coríntios 15:52 como uma
passagem do Arrebatamento, mesmo baseada em poucas similaridades. Desde que
vão longe tentando provar isto, eu devo gastar algum tempo como reação à
esta posição.
Uma razão porque negam que este é o Arrebatamento é que aqui Jesus falava
aos judeus, e esta passagem não se aplica a igreja. Bem, Jesus estava
falando dos discípulos (Mat. 24:3 ), e é verdade que eram judeus.
Naturalmente, o evangelho não tinha sido dado ao gentios ainda, assim a
maior parte do que Jesus tem dito era para os judeus. Jesus viveu em Israel.
Todas as vezes em que Ele falou, geralmente era dos judeus. Se o fato de
Jesus estar falando aos judeus tornassem uma passagem inaplicável a nós,
então isto removeria a maior parte do evangelho. Embora neste caso, estava
falando especificamente aos discípulos em confidencial (v. 3). Estes homens
eram a fundação da igreja (Ef. 2:20). Em minha opinião eles representam a
igreja muito melhor do que qualquer um. Além disso, Jesus havia já dito a
Pedro no capítulo 16, “sobre esta rocha eu edificarei a minha igreja”, e,
no capítulo 18:8, dado aos discípulos instruções quanto à disciplina da
igreja.
Este discurso foi estimulado pela pergunta deles, “Que sinal haverá da sua
vinda, e o fim dos tempos?” (v. 3). Os discípulos estavam perguntando-lhe
em no que deveriam atentar com respeito a sinais de sua vinda. Jesus
continuou descrevendo a Grande Tribulação. Os discípulos viveram depois
disto esperando o seu retorno e falando aos outros sobre isto. Não parece
razoável pensar que esta não era realmente a vinda que eles deviam esperar.
Por que lhes responde com uma descrição da Grande Tribulação seguido por uma
descrição de sua vinda nas nuvens – com o som de uma grande trombeta e a
10. reunião dos seus eleitos – se na verdade eles iriam deixar de ver tudo isto
em função de um Arrebatamento pré-tribulacional? Não foi aquilo que eles
logo mais tarde saíram e ensinaram à igreja?
Também perguntaram-lhe sobre os eventos concernentes a sunteleias tou
aionos, “o fim dos tempos”. Quatro capítulos mais tarde, Jesus completa a
grande comissão com a afirmação, “Eis que estou convosco todos os dias, até
o fim dos tempos” (Mat. 28:20, ênfase adicionada) usando exatamente as
mesmas palavras e falando para as mesmas pessoas, e aplicando a Grande
Comissão à toda igreja. Além disso, foram instruídos a fazerem discípulos,
batizarem, e ensinarem ate “o fim dos tempos” (28:19-20). A conclusão a
mais razoável é que a igreja estará aqui ate o fim dos tempos.
Provavelmente a razão principal porque os pré-tribulacionistas afirmam
que esta passagem pertence somente aos judeus é que Jesus dá instruções
especiais àquelas que estarão em Judéia neste tempo (Mat. 24:16-20). Parece
que a razão porque ele assim faz é porque será quando o anticristo quebrará
a aliança com Israel e porá “a abominação desoladora” (v. 15). Isto é
essencial para estes período de tempo e até marcará o ponto médio dos sete
anos. É um evento chave que merece discussão, se nós estamos falando a
igreja ou a Israel. Também, o Velho Testamento era a única Bíblia que os
discípulos tiveram neste época. Ele naturalmente falou em cima do que eles
já sabiam. Tinham lido no livro de Daniel sobre esta época da grande aflição
“tal como nunca tiveram” e sobre o abominação desoladora (Dan. 11:31;
12:1-2,11). Jesus está adicionando ao conhecimento que já tinham.
Desde que o anticristo estará em Judéia neste tempo para par a abominação no
templo, e imediatamente após ele começará a perseguição ao povo de Deus,
então esperaríamos que o Senhor dê instruções para aqueles que estarão em
Judéia neste tempo. Isto não torna o discurso inteiro “uma passagem para
judeus” , Também, parte da pergunta dos discípulos era sobre a destruição
do templo (v. 3) que está em Israel.
Interessante também que Jesus disse no verso 9, “então entregá-lo-ão à
tribulação” [ênfase adicionada]. Tribulação, então, não é a “ira de Deus”
mas é a perseguição do homem. Tribulação é o que os cristãos sofrem sendo
cristãos. #9 Também, nós não temos nenhuma razão para acreditar que o que
Jesus ensinou aqui é diferente do que Paulo ensinou mais tarde sobre a Vinda
do Senhor (1Tess. 4:17; 1Cor. 15:23, 50-52). Se eu fosse um cristão do
primeiro século e tivesse ouvido um Paulo para falar sobre o parousia do
senhor pela a primeira vez, eu não pensaria que significava um evento
completamente diferente. usa as mesmas palavras, descreve o evento de uma
maneira surpreendente similar, e não nos dá nenhuma razão para pensar que
estava tendo outra coisa qualquer em vista. Basicamente, o que eu estou
11. dizendo aqui é que a Escatologia que Jesus deu a Paulo é a mesma Escatologia
que ele deu dos outros discípulos.
Além disso, quando nós combinamos isto com o que Jesus continuou dizendo
sobre seu parousia, parece inegável que o discurso fala do mesmo evento.
Lucas 17:26-31
Em uma descrição muito similar em Lucas, Jesus novamente compara a sua vinda
como nos dias de Noé e de Ló:
[26] Assim como foi nos dias de Noé, será também nos dias do Filho do Homem:
[27] comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé
entrou na arca, e veio o dilúvio e destruiu a todos. [28] O mesmo aconteceu
nos dias de Ló: comiam, bebiam, compravam, vendiam, plantavam e edificavam;
[29] mas, no dia em que Ló saiu de Sodoma, choveu do céu fogo e enxofre e
destruiu a todos. [30] Assim será no dia em que o Filho do Homem se
manifestar. [Lucas I 7:6-31, ênfase acrescentada]
Aqui Jesus mostra que Deus veio em juízo no mesmo dia que os crentes foram
salvos. Então diz, “Assim será no dia em que o Filho do Homem se há de
manifestar” (v. 30). Meu ponto é que tanto o resgate como a destruição
acontecem no mesmo dia. Tanto o Arrebatamento da igreja como a vinda em
juízo acontecem ao mesmo tempo. Quando Jesus retornar, isto será “uma
esperança bendita” (Tito 2: 13) para aqueles que O conhecem, e juízo para
aqueles que não O conhecem (2 Tess. 1:7-8).
2 Pedro 3:8-15
“[8] Há, todavia, uma coisa, amados, que não deveis esquecer: que, para o
Senhor, um dia é como mil anos, e mil anos, como um dia. [9] Não retarda o
Senhor a sua promessa, como alguns a julgam demorada; pelo contrário, ele é
longânimo para convosco, não querendo que nenhum pereça, senão que todos
cheguem ao arrependimento. [10] Virá, entretanto, como ladrão, o Dia do
Senhor, no qual os céus passarão com estrepitoso estrondo, e os elementos se
desfarão abrasados; também a terra e as obras que nela existem serão
atingidas. [11] Visto que todas essas coisas hão de ser assim desfeitas,
deveis ser tais como os que vivem em santo procedimento e piedade, [12]
esperando e apressando a vinda do Dia de Deus, por causa do qual os céus,
incendiados, serão desfeitos, e os elementos abrasados se derreterão. [13]
Nós, porém, segundo a sua promessa, esperamos novos céus e nova terra, nos
quais habita justiça. [14] Por essa razão, pois, amados, esperando estas
coisas, empenhai-vos por serdes achados por ele em paz, sem mácula e
irrepreensíveis, [15] e tende por salvação a longanimidade de nosso Senhor,
como igualmente o nosso amado irmão Paulo vos escreveu, segundo a sabedoria
que lhe foi dada”
12. Tradicionalmente esta passagem tem sido compreendida como descrevendo
eventos após o Milênio. Por causa disto, o “Dia do Senhor” tem sido
compreendido, como uma continuidade através do Milênio, incluindo estes
eventos que devem acontecer ate o seu fim. Fica difícil compreender nesta
maneira quando ele é descrito como vindo “como um ladrão” (v. 10). Além do
mais, esta frase “como um ladrão” é usada geralmente em referência à
Segunda Vinda de Cristo. E também parece que Pedro está descrevendo um
evento que os crentes estavam presentemente esperando (v. 12, 14) e que esta
conectado com a promessa de Deus (v. 9). Além disso, ele declara que Paulo
também escreveu estas coisas em suas epístolas. Todas estas coisas não dão
suporte um evento pós-milenial. A base para uma compreensão pós-milenial
está na leitura do “...se queimarão” no verso 10 (KJV, NASB11). Isto é
traduzido da palavra katataio. A idéia é que se a terra está para ser
queimada neste tempo, então esta não poderia ocorrer antes do Milênio,
porque Cristo ira reinar nesta terra atual por mil anos durante o Milênio.
Entretanto, a leitura “...se queimarão” não é provavelmente original.
Há diversas variantes de leitura nos manuscritos gregos, e muitas traduções
favorecem a leitura heurethesetai, tal como o NIV e a NET, “revelado (laid
bare)”; o NLT, “exposto ao juízo (exposed to judgement)”; O NRSV,
“descoberto (desclosed)” e o NAB, “descoberto (found out)”. Esta é
também a leitura favorecida pelo Texto do Grego NA27USB4. A respeito deste
variante o NET Bible comenta: (obs. foi resumido) Há três soluções possíveis: (1)
“a terra e elementos nele serão achados inúteis”; (2) “a terra e suas obras serão
dissolvidos” ou um variante mais simples, “não será achado”; e (3) “será
divulgado”, “será manifestado”. Esta última leitura seria a mais
adequada. Assim, a força da cláusula é que “a terra e as obras [feitas por
homens] nela serão desnudados [diante de Deus]. O sentido texto é que a
terra e as obras serão destruídas. Tudo será removido e a humanidade será
posto nú diante de Deus.
Sobre a tradução “elementos” do grego stoichea nos versos 10 e 12,
comenta: (grego: elementos) Maioria de comentaristas concordam que o
significado é “elementos (corpos) celestiais”, a luz do uso comum de
stoichea no segundo século e provável alusão a lsaías 34:4. Ver Bauckham,
Jude, 2 Pedro, 3:15-16.
Se nós aceitarmos a leitura destas traduções, então a passagem não está
dizendo que a terra será queimada, mas que os corpos celestiais serio
dissolvidos, e que a terra e a humanidade serão postos sozinhos diante de
Deus. Isto está em perfeita harmonia com a descrição de Jesus da Segunda
Vinda. Em alusão a Joel 2:31, ele disse que o Sol e a Lua se escurecerão e
os poderes dos céus serão abalados (Mat. 24:29). Isaías 34:4 e Apocalipse
13. 6:14 acrescentam que durante este tempo o céu se enrolarão com pergaminho
(compare “os céus desaparecerão”, 2 Pedro 3: 10). O Velho Testamento liga
o escurecimento do Sol e da Lua com as estrelas assim como nas passagens
tais como lsaías 13:10, Ezequiel 32:7-8, e Joel 2,10; 3:15. Isaías 60:2
declara que a escuridão cobrirá a terra antes da glória do aparecimento do
Senhor. Joel 2:2, Sofonias 1:15 e Amós 5:18-20 descreve o Dia do Senhor com
o dia da escuridão.
Se os eventos desta passagem ocorre na Segunda Vinda, e se estes eventos
eram o que os crentes nesta epistola estavam esperando, então a. nossa
esperança e a nossa expectativa é a Segunda Vinda. Esta evidente que isto é
a verdade, em versículos como 9 e 10: “O Senhor não retarda a sua
promessa... mas o Dia do Senhor virá...” Se seguirmos a linha de pensamento
de Pedro, isso ainda que a promessa em vista aqui é cumprida no Dia do
Senhor. A igreja ira buscar e esperar pelo evento descrito nesta passagem.
Versos 12 e 14 declara que nós deveríamos estar esperando e apressando a
vinda deste dia. A respeito do último verso o NET comenta mais adiante:
O verbo grego usado nesta frase “esforçar-se por ser achado” é
semelhante ao que está no verso 10, traduzido como “ser descoberto”. No
típico estilo de Pedro, uma conexão de conceito é feito pelo uso de mesmo
termo. Assim, o propósito destes versos se torna claro: quando o céus
desaparecerem e a terra e seus habitantes forem descobertos diante do trono
de Deus, deveriam certificar-se que suas vidas estejam puras e que nada
tenham que esconder.
A conclusão que podemos tirar então, é que a igreja espera ver estes
eventos acontecerem e deveria procurar estar preparada quando ele vierem.
Isto dificilmente poderia ser aplicado no sinopse pré-tribulacionista.
Notas:
1. Na verdade nós adquirimos o termo “Arrebatamento” da Vulgata latina
onde o verbo “alcançado” é traduzido como “raptus”. Meu problema não é
tanto com a palavra em si, mas, desde que é um verbo e não um pronome,
trata-se de uma referência à ação de “tomar” que ocorrera no evento “da
vinda”, e não é tratado como um evento separado em si. O uso do pronome
“arrebatamento” em nossa discussão pode levar alguém a acreditar que
exista tal evento que existe pop si mesmo. De fato, tenho visto os
pré-tribulacionistas fazerem afirmações tais como “a Bíblia nunca diz que o
Arrebatamento ocorrerá depois da tribulação”. Esta é uma afirmação que não,
tem sentido, já que a Bíblia jamais se utiliza do tal termo.
2. Estas palavras gregas não são traduzidas sempre para “revelação” ou
“manifestação” em cada uma destas ocorrências. Esta é simplesmente sua
tradução costumeira.
14. 3. Além do mais, tradicionalmente o arrebatamento tem sido ensinado como um
evento secreto para se distinguir da Segunda Vinda no qual o Senhor é
revelado em toda sua glória. Entretanto, pareceria estranho usar palavras
“revelação” ou “manifestação” para este evento. Estas palavras melhor
descrevem a Segunda Vinda. Esta é a razão porque os pré-tribulacionistas
costumam dizer que “revelação” ou “manifestação” são referências
específicas para a Segunda Vinda depois da Tribulação. De qualquer forma,
como temos visto, as Escrituras não permitem esta distinção.
4. King James, seguindo oTextus Receptus, lê “Dia de Cristo.”
5. Interessante também que quando ele fala de “nossa reunião com ele”, usa
a palavra episunagoge que é pronome da mesma origem de episunagoge, a
palavra que Jesus usou quando ele falou da reunião dos seus eleitos em
Mateus 24:31.
6. Compare também com as advertências em 2:15 e 3:14-15.
7. Veja E.W. Bullinger, Figures os Speech used in the Bible (Grand Rapids,
Ml: Baker), S2-S3
8. 16: l8 e 18: l7. É interessante que estes dois versos são as únicas ocorrências da
palavra ekklesia (igreja) em todos os Evangelhos.
9. Ver cap. 5, Tribulação.
10.Para a discussão desta palavra “tomado” ver cap. 5
11.Em NASB se lê: “alguns manuscritos antigos descobertos” em notas de
rodapé.
12.NET Bible (N.p.: Biblical Studies Press, 1999), 732, note 2. Para
informação veja: www.NETBible.com.
13.Ibid,731,nota12. .
14.lbid,732-733,nota 17