SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 24
SENAI – SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM
                INDUSTRIAL/SE




CURSO: HABILITAÇÃO PROFISSIONAL TÉCNICA DE NÍVEL
MEDIO DA CONSTRUÇÃO CIVIL, COM ÊNFASE EM
CANTEIRO DE OBRAS




          2ª parte: Altimetria e Planialtimetria
       (APLICÁVEL A FACULDADE PIO DÉCIMO)
                Curso: Engenharia Civil

                        Prof.: Ozório Florêncio de C. Neto




                      Aracaju/SE
                      Maio/2007
SENAI – SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL
                                                     Aplicável à Faculdade Pio Décimo
                                                                  Facilitador.: Ozório Florêncio de C. Neto

3. ALTIMETRIA OU HIPSOMETRIA

      3.1 DEFINIÇÃO/CONCEITOS

       É conjunto de métodos e procedimentos necessários à obtenção das distâncias
verticais (alturas e diferenças de nível – DN) em relação a uma superfície de nível de
comparação. O objetivo da Altimetria é o conhecimento da superfície externa da terra
(relevo).

      Esta superfície de nível, referência para as distâncias verticais, pode ser de duas
naturezas:
Pode ser Arbitrária, fictícia, aparente: é uma superfície plana qualquer;
Pode ser Verdadeira, Real ou Absoluta: o referencial é o Geóide, ou seja, o nível médio
dos mares. É um referencial Oficial.

      Observemos um trecho de parte de um relevo qualquer:
                        A
                                              DN - Diferença de Nível entre A e B
                                                           B

         HA              hA                                      hB HB
                                  SUPERFÍCIE DE NÍVEL QUALQUER
         NMM
                          SUPERFÍCIE DO NÍVEL MEDIO DOS MARES




      As distâncias verticais (h, H e DN) podem receber nomes específicos,
dependendo da superfície de nível às quais estejam referenciadas. Podem chamar-se
Cota ou Altitude.

      3.2 DISTÂNCIAS VERTICAIS

COTA: É a distância vertical ou diferença de Nível em relação a uma superfície de
Nível qualquer (hA e hB). A unidade pode ser em m (metro) ou mm (milímetro).

ALTITUDE: É a distância vertical ou diferença de nível em relação ao Nível Médio dos
Mares (NMM)-Geóide (HA e HB). São alturas verdadeiras, oficiais. Utilizadas pelo IBGE,
INCRA, DNIT, PETROBRÁS, entre outros. O Datum vertical (altimétrico) do Brasil está
localizado no marégrafo da Baía de Imbituba, em Santa Catarina.


      3.3 NIVELAMENTO/CONTRANIVELAMENTO

      3.3.1 DEFINIÇÃO: é o conjunto de métodos, procedimentos e equipamentos
      utilizados no campo para a obtenção das distâncias verticais.

             Já o contranivelamento è a operação de verificação (confirmação) das
      distâncias verticais obtidas no nivelamento.

      3.4 MÉTODOS GERAIS DE NIVELAMENTO

                                                                                                       42
SENAI – SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL
                                                    Aplicável à Faculdade Pio Décimo
                                                                    Facilitador.: Ozório Florêncio de C. Neto


      3.4.1 NIVELAMENTO BAROMÉTRICO: é aquele que se baseia na diferença de
      pressão atmosférica entre pontos da superfície terrestre para se obter as
      distâncias verticais. São utilizados Barômetros de mercúrio, Altímetros. È um
      nivelamento verdadeiro, pois está relacionado com nível do mar, porém não é
      muito preciso;

      3.4.2 NIVELAMENTO TRIGONOMÉTRICO: é aquele que se baseia em visadas
      inclinadas e as distâncias são obtidas com o auxílio de cálculos do triângulo
      retângulo. São utilizados equipamentos como Estação total, distanciômetro,
      prisma, Teodolito convencional. Pode ser verdadeiro ou qualquer. É mais preciso
      que o anterior.


                       Zênite
                                                                     Prisma
                                          DI                   hS

                                               Z           α                                B
                                          DV

                                                                              Horizonte
                                                                     DN
             hi                      DH
                                 A


                                                                     Onde:
                  Z     Ângulo vertical Zenital
                  α     Ângulo de Elevação ou Inclinação
                  hi    Altura do instrumento
                  hS    Altura do Prisma (sinal)
                  DI    Distância inclinada
                  DH    Distância Reduzida ou Horizontal
                  DN    Diferença de Nível
                  DV    Distância vertical

A Estação Total pode ser configurada para medir DI ou DH, bem como DN. Desta
forma, apresentam-se as fórmulas da trigonometria para os diversos cálculos, segundo
a memória interna do aparelho:

                       DH = DI.COS α ou DH = DI. Sen Z
                           DN = ± DI.senα + hi – hs
                           DN = ± DI.cosZ + hi – hs

       O sinal + será usado se a visada for acima do horizonte (visada ascendente) e o
sinal –, se for abaixo (visada descendente).



      3.4.3 NIVELAMENTO GEOMÉTRICO OU DIRETO: é aquele que se baseia em
visadas, obrigatoriamente, num plano horizontal para a obtenção das distâncias

                                                                                                         43
SENAI – SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL
                                                     Aplicável à Faculdade Pio Décimo
                                                              Facilitador.: Ozório Florêncio de C. Neto

verticais. São utilizados a Mira e o Nível ótico nos serviços de campo. É o mais preciso
de todos e pode ser em relação a uma superfície fictícia ou real (Geóide).




                                      NÍVEL ÓTICO

      Para se iniciar uma operação de nivelamento é de grande importância saber o
que se vai nivelar (planimetria definida) e ter um ponto de cota ou altitude conhecida,
chamado de RN – Referência de nível.

    O nivelamento geométrico pode ser de dois tipos: o Geométrico simples e o
Geométrico composto, dependendo do número de posições do nível não terreno.

      3.4.3.1 NIVELAMENTO GEOMÉTRICO SIMPLES

      Geometria, segundo a definição de nivelamento.
                                      NÍVEL ÓTICO

                                                         MIRA

      PR ou AI
                                       ℓA                ℓB
             ℓRN                                     B
                                             A
                 RN

                   hRN                  ha          hB          Superfície   de   Nível   de
                                                                referência




      Daí, pode-se deduzir a Relação fundamental do nivelamento geométrico:

      AI (altura do Instrumento) = ℓRN + hRN
      hA = AI - ℓA
      hB = AI - ℓB
      A diferença de nível entre os pontos, por exemplo, entre A e B, pode ser obtida
pela diferença das leituras na mira ou diferença das cotas ou altitudes
correspondentes. Ou seja:

                                                                                                   44
SENAI – SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL
                                                     Aplicável à Faculdade Pio Décimo
                                                                Facilitador.: Ozório Florêncio de C. Neto




      DN B = ℓA - ℓB e DN B = hB – hA, então: ℓA - ℓB = hB – hA
         A                A


      Esta é a relação fundamental do nivelamento Geométrico.

      Então, o nivelamento geométrico simples é aquele em que de uma única
estação (ponto onde está o aparelho) podem-se obter as distâncias verticais que se
quer determinar.
      É importante o conhecimento de cada parcela das expressões mostradas, pois
cada uma tem um significado, na hora do registro e cálculo.

RN-REFERÊNCIA DE NIVEL: Referencial físico materializado em local seguro com
cota ou altitude conhecida; Pode ser um marco de concreto, soleira de Igrejas, chapas
metálicas cravadas em calçadas;
Visada ou Leitura à Ré: é a leitura na mira sobre um ponto de altura conhecida (ℓRN);
Visada Vante: é a leitura na mira sobre os pontos de alturas a serem determinadas (ℓA,
ℓRB);
Plano de referência ou Altura do Instrumento: è a distância vertical entre a superfície de
nível e o centro ótico do nível (por onde passa um plano horizontal) – AI ou PR;

       3.4.3.2 NIVELAMENTO GEOMÉTRICO COMPOSTO: é aquele em que é
necessária mais de uma estação para a obtenção das distâncias verticais. Quer dizer,
mudou uma única vez o aparelho, o nivelamento é composto. Na realidade este se
compõe de uma série de nivelamentos simples, e o motivo para tais mudanças pode er
o relevo, um obstáculo e comprimento da mira.


                                                            MIRA
                               AI1
      PR ou AI                                                                               AI2
                                        ℓA       ℓB
             ℓRN
                                             A    B   ℓ’B                             ℓC
                 RN

                   hRN                  ha       hB
                                                                                 C
                                                                                      hC

                                                            Superfície   de   Nível    de
                                                            referência



      Portanto, verificam-se duas posições do instrumento (AI1 e AI2) para obtenção
das cotas, sendo que o novo plano (ou altura do Instrumento) foi formado no ponto B.
      As visadas no ponto B correspondem a uma vante de Mudança (pelo plano AI1)
e uma de ré (pelo plano AI2).

       3.4.3.3 CADERNETA DE NIVELAMENTO GEOMÉTRICO: é o documento para
fins de registro dos dados coletados no nivelamento geométrico. Pode ter a seguinte
forma:

                                                                                                     45
SENAI – SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL
                                                    Aplicável à Faculdade Pio Décimo
                                                         Facilitador.: Ozório Florêncio de C. Neto


                EST                                        observação
                AC    ALT.                    COTAS
                                   VISADAS
                AS/ INSTRUM.                   (m)
           ESTAÇÃO
                                                       Localizado na soleira
              RN-!                  + 2,512   42,008
                                                          da casa nº 28
             5 + 0,0                 1,690
             6 + 0,00                0,919
            6 +12,00                 2,750
                “                   + 2,364
             7 +0,00                 3,867
             7 + 3,50                2,102
             8 + 0,00                1,009
             9 + 0,00                1,854


      As visadas de ré na caderneta são identificadas com o sinal + . Na Estaca 6
+12,00 há duas visadas, uma de vante e uma de ré, caracterizando a mudança de
aparelho, portanto nivelamento geométrico composto. O processo de cálculo da
caderneta está baseado na Relação fundamental, já exposta.

      AI = ℓRN + hRN = 2,512 + 42,008 = 44,520
      H5+0,00 = AI - ℓ5 = 44,520 – 1,690 = 42,830
      H6+0,00 = AI - ℓ6 = 44,520 – 0,919 = 43,601




                       3.5. PERFIL LONGITUDINAL

      3.5.1 DEFINIÇÃO

                                                                                              46
SENAI – SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL
                                                     Aplicável à Faculdade Pio Décimo
                                                          Facilitador.: Ozório Florêncio de C. Neto


   É a representação gráfica do nivelamento longitudinal. Ele identifica o relevo
segundo uma direção pré-estabelecida, num plano vertical.

   Baseado na caderneta de campo, devidamente calculada e verificada, o desenho
poderá ser efetuado (manualmente ou por computador), de acordo com procedimentos
que deverão ser observados.

      3.5.2 PROCEDIMENTOS/CONSIDERAÇÕES PARA O DESENHO

Verificar a menor e maior cota calculada, para que todas se encaixem adequadamente
no desenho;
O desenho é feito, em geral, em duas escalas, uma horizontal (H) e uma vertical (V).
Sendo a Escala vertical igual a 10 vezes a escala horizontal. (Ex: sendo H = 1/1000, V
= 1/100);
As medidas horizontais são o estaqueamento ou distâncias determinadas. As medidas
verticais são as cotas;
No papel milimetrado, colocar o referencial das medidas horizontais e verticais em
linhas cheias;
As cotas/altitudes deverão ficar a esquerda do início do desenho e identificadas a cada
metro por valores inteiros;



                      COTAS (m)

                       100




                                                                                              97



                                                                                          Est
                                                                    0           1                2
                                                                    3       4       5




                                                                                                47
SENAI – SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL
                                                     Aplicável à Faculdade Pio Décimo
                                                           Facilitador.: Ozório Florêncio de C. Neto

                       3.6 SEÇÃO ou PERFIL TRANSVERSAL

   3.6.1 DEFINIÇÃO

    É a representação gráfica do nivelamento transversal. Permite a identificação do
relevo segundo várias direções.

      Baseado na caderneta de campo, devidamente calculada e verificada, o
desenho poderá der efetuado (manual/computador), de acordo com procedimentos que
deverão ser observados.


   3.6.2 PROCEDIMENTOS/CONSIDERAÇÕES PARA O DESENHO

As seções se desenvolvem apoiadas num eixo existente (devidamente nivelado) e vão
para o lado direito e/ou lado esquerdo do mesmo:
A direção da seção é, em geral, a 90° em relação ao eixo;
São duas escalas para o desenho, uma horizontal (H) e uma vertical (V), podendo ser
a vertical 10 vezes maior que a horizontal (não obrigatório, devendo-se observar o
comportamento do terreno);

O referencial de cotas (vertical), poderá ficar a esquerda (cotas inteiras e de metro em
metro) - observar a escala;

O comprimento da seção é a soma dos comprimentos da esquerda e direita da mesma:
As distâncias são acumuladas a partir do eixo (para direita ou para a esquerda) e em
metros;
Uma seção é identificada no desenho pela sua denominação (Est. 2, est. 15 + 5,30,
S-20, S-8, etc) e a cota/ altitude. Pode haver também, a cota de projeto.
Deverá ser escolhido (no desenho) o eixo da seção, em linha cheia, observando-se o
comprimento da mesma;


                         Esquema de uma Seção Transversal



                                  LE                  LD


                                                                                            COTA
                                                                               S (m)
                       52
                                        EST 2

                                        52,200
                       50

      DIST (m)
                            30   20    10        0   10    20   30



                                                                                                48
SENAI – SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL
                                                    Aplicável à Faculdade Pio Décimo
                                                         Facilitador.: Ozório Florêncio de C. Neto

      4. PLANIALTIMETRIA

      4.1 DEFINIÇÃO

   É o conjunto de procedimentos e métodos necessários à obtenção e representação
gráfica das medidas planimétricas e altimétricas de uma parte da superfície terrestre.

      4.2 OBJETIVO E FINALIDADE

   É permitir a interpretação do relevo em planta através do desenho das curvas de
nível.

      4.3 CURVA DE NÍVEL

   É uma linha sinuosa no terreno que representa pontos de mesma cota ou altitude.
No desenho é uma linha de comportamento curvo com determinados detalhes que a
identifica, determinando seus tipos.




      4.3.1 TIPOS DE CURVAS DE NÍVEL

   As curvas de nível podem ser mestras ou principais e intermediárias.

   As mestras são múltiplas de 5 ou 10 m e são identificadas por traços contínuos
cheios ou mais grossos (forte). As intermediárias não são cotadas e ficam entre as
mestras, identificadas por traços finos contínuos.


                                                             20
                                                                        MESTRA
      INTERMEDIÁRIA


                                            25




      4.3.2 EQÜIDISTÂNCIA VERTICAL

                                                                                              49
SENAI – SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL
                                                     Aplicável à Faculdade Pio Décimo
                                                           Facilitador.: Ozório Florêncio de C. Neto


       É a distância vertical entre duas curvas de nível consecutivas através dos planos
paralelos horizontais que as contém;




      Neste caso a eqüidistância vertical é de 20 m.

   4.3.3. CARACTERÍSTICAS DAS CURVAS DE NÍVEL

       Algumas características são importantes para identificação delas no desenho
planialtimétrico, bem como para o traçado.

Duas curvas de nível de cotas diferentes não podem se cruzar;

                          31
                32




Uma curva de nível não pode aparecer nem desaparecer repentinamente, estando
compreendida entre outras duas;


                 17

                15



Curvas de nível bem afastadas significa terreno suave, e bem próximas, terreno
íngreme (acidentado);


                                                                                                50
SENAI – SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL
                                                     Aplicável à Faculdade Pio Décimo
                                                          Facilitador.: Ozório Florêncio de C. Neto



             trecho suave




                                                           Trecho íngreme




Uma elevação ocorre quando o valor das cotas aumenta da parte externa para o
interior da figura;




                                                   13


                                                                        10




Uma depressão ocorre quando o valor das cotas diminui da parte externa para o
interior da figura;




                                                   12


                                                                        15




Curva de nível negativa é representada tracejada, significando cota abaixo do NA (nível
d’água) ou abaixo de 0,000m;
                                                                  0

                                                                                               51
SENAI – SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL
                                                    Aplicável à Faculdade Pio Décimo
                                                          Facilitador.: Ozório Florêncio de C. Neto




As curvas mestras são cotadas em planta com valores inteiros (100/5/20/45, etc.).

                                      20

                                                                         MESTRA
             INTERMEDIÁRIA

                                                     25
                                                25




      4.4 TOPOLOGIA

       4.4.1. Definição: é a parte da topografia destinada ao estudo da superfície
externa da terra (relevo), de acordo com leis que regem o seu modelado (feições). É a
parte interpretativa da Topografia.

       O comportamento externo da superfície terrestre é definido pelo relevo formando
feições devido ao modelamento da mesma, pelos processos de erosão e
sedimentação. Devido a isto, há a formação do relevo terrestre (orografia).

      Linha d’água: é a linha que representa o caimento da água sobre um trecho
qualquer do relevo. Ela é perpendicular a curva de nível.

      4.4.2 FORMAS DE RELEVO NOTÁVEIS

Vertente, Flanco ou encosta: representada pela inclinação natural da superfície do
terreno;


                          ENCOSTA 1                        ENCOSTA 2




Talvegue: representa o encontro de duas encostas convergindo para as bases das
mesmas;

                                    95




                                                                                               52
SENAI – SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL
                                                    Aplicável à Faculdade Pio Décimo
                                                         Facilitador.: Ozório Florêncio de C. Neto




                           90


Espigão: representa o encontro de duas encostas convergindo para o topo das
mesmas;
                                           15




                                20



Garganta ou colo: representa o local de encontro de dois talvegues e dois espigões
opostos entre si;
                                                 28
                                                       29
                                                                     30
                30




                                                                            35
                     35




                                                            29

                                                       28

      4.5 TRAÇADO DAS CURVAS DE NÍVEL

      Traçar curvas de nível significa representar em planta as linhas cujas cotas
sejam de valores inteiros, pois na natureza, conforme as operações de nivelamento, as
cotas coletadas são de valores fracionários. Desta forma, devem se observar os
elementos necessários para o traçado que são: a interpolação das curvas e o
conhecimento da Topologia.


                                                                                              53
SENAI – SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL
                                                     Aplicável à Faculdade Pio Décimo
                                                               Facilitador.: Ozório Florêncio de C. Neto

      4.5.1 INTERPOLAÇÃO DAS CURVAS DE NÍVEL

       Para se interpolar as curvas de nível deve-se partir do princípio que, na
natureza, em geral, dois pontos do terreno possuem uma inclinação quando ligados
entre si, ou seja, em geral, o terreno é inclinado.

        E a interpolação consiste em determinar as curvas definidas pelas cotas
(altitudes) de valores inteiros, pois estas são obtidas no campo em valores fracionários
de acordo com a caderneta nivelamento.

      Para se interpolar, podem-se utilizar dois processos: o Gráfico e o Analítico.

PROCESSO GRÁFICO: Há vários processos gráficos, porém destaca-se o que se
baseia nos desenhos dos perfis Longitudinal e Transversal de uma determinada área.
Seja a poligonal fechada, levantada e desenhada a sua planimetria. Após, fez-se o
levantamento alitmétrico, segundo a direção da Linha-Base e depois as seções
transversais.

             SEÇÕES TRANSVERSAIS              22     23

                                                                         LINHA-BASE
                                                                         (GERA O PERFIL
                                                                         LONGITUDINAL)

                                            Linha-base




                                 20            21   21    22


       Para obtermos as curvas de nível de valores inteiros 20,21,22 e 23, analisamos
os desenhos dos perfis longitudinal e transversal, fazendo-se uma tabela onde
encontramos um par ordenado (distância, cota inteira) e marcamos essas coordenadas
de acordo com a escala do desenho da planta por onde passam a linha-base e as
seções. Com os pontos marcados com uma mesma cota, faz-se a ligação entre eles,
definindo a curva de nível. É importante saber as características das curvas, conforme
já exposto, bem como ter conhecimento da Topologia, para interpretar e fazer o
desenho corretamente.

      A tabela pode ter os seguintes aspectos:

               Do perfil Longitudinal
               EST.         COTA
               1+5           20
               1+12          21
               2+13          22
               Da seção transversal Est 1
                Dist.           COTA

                                                                                                    54
SENAI – SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL
                                                    Aplicável à Faculdade Pio Décimo
                                                               Facilitador.: Ozório Florêncio de C. Neto
              23 -D             20
               6-E              20
              20,5-E            21

      Então, se houver só um perfil longitudinal, só haverá uma tabela. Quanto às
seções, todas levantadas terão uma tabela correspondente.


PROCESSO ANALÍTICO: baseia-se no princípio da equação da reta na forma reduzida
e, de que na natureza, dois pontos possuem cotas diferentes, sendo uma maior que a
outra.
                Sejam dois pontos quaisquer da superfície terrestre que foram
         nivelados, e, portanto, possuem cotas ou altitudes determinadas, sendo
         uma cota     maior (CM) e outra menor (Cm). Deve-se determinar o ponto
         onde passa a        cota de valor inteiro (Ci) entre eles.



                       CM

                       A    x        Ci
                 DN

                       B                   y            Cm



                                                             SUPERFÍCIE DE NÍVEL
                                     DH

            Observando-se a semelhança entre os triângulos CMÂCi e CMBCm e
      considerando x, a distância que parte do ponto de cota maior (CM):

                                           x   CM − Ci
                                             =
                                          DH    DN

                                               DH (CM − Ci )
                                          x=
                                                   DN
      Podemos, também, saber onde passa a cota inteira (Ci) partindo do ponto de
cota menor, ou seja, a distância y:
                                               DH (Ci − Cm)
                                          y=
                                                   DN
      Observar que x + y = DH.


      4.5.2 PLANO COTADO


                                                                                                    55
SENAI – SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL
                                                    Aplicável à Faculdade Pio Décimo
                                                           Facilitador.: Ozório Florêncio de C. Neto

       No traçado das curvas de nível, remotamente, era preciso fazer um Plano
Cotado, que é uma planta planialtimétrica com todas as cotas levantadas escritas nos
pontos levantados planimetricamente. Este tipo de planta, em geral, é utilizado quando
o terreno apresenta relevo suave. Portanto, com as cotas escritas, tem-se uma idéia do
comportamento do relevo.

                                                      17    16      16 17        18 19




                                                 16          16         17
      PLANO COTADO (NUMA ESCALA)                      CURVAS INTERPOLADAS




                                                                                                56
SENAI – SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL
                                      Aplicável à Faculdade Pio Décimo
                                          Facilitador.: Ozório Florêncio de C. Neto




            ANEXOS



                                                                               57
Prof.: Ozório Florêncio de C. Neto


          PONTO     ÂNGULO      DISTÂNCIA
ESTAÇÃO                                        OBSERVAÇÃO   CROQUI
          VISADO   HORIZONTAL      (m)




             LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO PLANIMÉTRICO




                                                                                                   58
Prof.: Ozório Florêncio de C. Neto
          PONTO     ÂNGULO          FIOS ESTADIMÉTRICOS       ÂNGULO     DISTÂNCIA    DIFERENÇA
ESTAÇÃO                                                                                           COTA (m)   OBSERVAÇÃO              CROQUI
          VISADO   HORIZONTAL   SUPERIOR   MÉDIO   INFERIOR   VERTICAL   REDUZ. (m)     NIVEL




                                                                                                                                                        59
Prof.: Ozório Florêncio de C. Neto




SERVIÇO:                                                         LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO

                                                                                                                                 DATA:
Estação   Lado(m)           ÂNGULO HORIZONTAL (º ' ")            PROJ. PARCIAIS/CORREÇÕES        PROJ. COMPENSADAS               3.COORDENADAS
  (n)     (n, n+1)   lido        compensado       azimute   ΔX         Cx          ΔY       Cy     ΔX'        ΔY             X(E)                     Y(N)




                                                                                                                                                   60
Prof.: Ozório Florêncio de C. Neto




                                                        PLANILHA DE CÁLCULOS ANALÍTICOS DE POLIGONAIS
ALUNO:                                                  SERVIÇO:

                                                                                                                                          data:

               Altura                     Distância                  Distância    Diferença
ESTAÇÃO PONTO           Leitura Ângulo                 Ângulo
               Prisma                     Inclinada                  Horizontal   de Nível    Cota (m)   Observ.       Croqui
   Hi   VISADO          Horizontal (HD)               Vertical (Z)
                 (m)                         (DI)                      (DH)        DN (m)




                                                                                                                                                  61
Prof.: Ozório Florêncio de C. Neto




SERVIÇO:   LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO
             (POLIGONAL ELETRÔNICA)




                                                                    62
Prof.: Ozório Florêncio de C. Neto

 ESTACA OU   PLANO REFERÊNCIA/   VISADAS    COTA
                                                           OBSERVAÇÃO
  ESTAÇÃO     ALTURA INSTRUM.    RÉ/VANTE   (m)




                        CADERNETA DE NIVELAMENTO GEOMÉTRICO
SERVIÇO:

                                                   ALUNO




                                                                                             63
Prof.: Ozório Florêncio de C. Neto

ESTACA/ LADO DISTÂNCIA    ALT. INST./   VISADA   COTA
                                                        OBSERVAÇÃO
ESTAÇÃO    E/D    (m)    PLANO REFER. RÉ/VANTE   (m)




                 CADERNETA DE NIVELAMENTO TRANSVERSAL
SERVIÇO:
                                                                    data :__________




                                                                                        64

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Topografia prática
Topografia práticaTopografia prática
Topografia práticamsguimas
 
Topografia unidade 2 planimetria
Topografia unidade 2 planimetriaTopografia unidade 2 planimetria
Topografia unidade 2 planimetriavanilsonsertao01
 
Interpolao de curvas de nvel
Interpolao de curvas de nvelInterpolao de curvas de nvel
Interpolao de curvas de nvelRafael Triton
 
Nivelamento taqueométrico: o que é, fórmulas e aplicações
Nivelamento taqueométrico: o que é, fórmulas e aplicaçõesNivelamento taqueométrico: o que é, fórmulas e aplicações
Nivelamento taqueométrico: o que é, fórmulas e aplicaçõesAdenilson Giovanini
 
Aula de topografia 1 - módulo 3
Aula de topografia 1 - módulo 3Aula de topografia 1 - módulo 3
Aula de topografia 1 - módulo 3debvieir
 
Relatório de levantamento topográfico planimétrico
Relatório de levantamento topográfico planimétricoRelatório de levantamento topográfico planimétrico
Relatório de levantamento topográfico planimétricoluancaio_aguas
 
Planimetria e altimetria: o que são e qual a diferença?
Planimetria e altimetria: o que são e qual a diferença?Planimetria e altimetria: o que são e qual a diferença?
Planimetria e altimetria: o que são e qual a diferença?Adenilson Giovanini
 
Introdução geral à topografia
Introdução geral à topografiaIntrodução geral à topografia
Introdução geral à topografiaPessoal
 
Exercicios altimetria
Exercicios altimetriaExercicios altimetria
Exercicios altimetriaDenny Santana
 
RELATÓRIO  DE  ATIVIDADES  DE  CAMPO  DA  DISCIPLINA  DE  TOPOGRAFIA -  Medi...
RELATÓRIO  DE  ATIVIDADES  DE  CAMPO  DA  DISCIPLINA  DE  TOPOGRAFIA  -  Medi...RELATÓRIO  DE  ATIVIDADES  DE  CAMPO  DA  DISCIPLINA  DE  TOPOGRAFIA  -  Medi...
RELATÓRIO  DE  ATIVIDADES  DE  CAMPO  DA  DISCIPLINA  DE  TOPOGRAFIA -  Medi...Ezequias Guimaraes
 
Projeções e sistemas de representação
Projeções e sistemas de representaçãoProjeções e sistemas de representação
Projeções e sistemas de representaçãoHiran Ferreira Lira
 
Curso topografia basica jun13_rocha
Curso topografia basica jun13_rochaCurso topografia basica jun13_rocha
Curso topografia basica jun13_rochaAlexandre Rocha
 
11ª e 12ª Aula - Equipamentos Topograficos.pdf
11ª e 12ª Aula - Equipamentos Topograficos.pdf11ª e 12ª Aula - Equipamentos Topograficos.pdf
11ª e 12ª Aula - Equipamentos Topograficos.pdfCésar Antônio da Silva
 

Mais procurados (20)

Topografia prática
Topografia práticaTopografia prática
Topografia prática
 
Topografia unidade 2 planimetria
Topografia unidade 2 planimetriaTopografia unidade 2 planimetria
Topografia unidade 2 planimetria
 
Altimetria perfis e_curvas_de_nivel
Altimetria perfis e_curvas_de_nivelAltimetria perfis e_curvas_de_nivel
Altimetria perfis e_curvas_de_nivel
 
Interpolao de curvas de nvel
Interpolao de curvas de nvelInterpolao de curvas de nvel
Interpolao de curvas de nvel
 
Nivelamento taqueométrico: o que é, fórmulas e aplicações
Nivelamento taqueométrico: o que é, fórmulas e aplicaçõesNivelamento taqueométrico: o que é, fórmulas e aplicações
Nivelamento taqueométrico: o que é, fórmulas e aplicações
 
Apostila2 Topografia
Apostila2 TopografiaApostila2 Topografia
Apostila2 Topografia
 
Aula de topografia 1 - módulo 3
Aula de topografia 1 - módulo 3Aula de topografia 1 - módulo 3
Aula de topografia 1 - módulo 3
 
Relatório de levantamento topográfico planimétrico
Relatório de levantamento topográfico planimétricoRelatório de levantamento topográfico planimétrico
Relatório de levantamento topográfico planimétrico
 
Planimetria e altimetria: o que são e qual a diferença?
Planimetria e altimetria: o que são e qual a diferença?Planimetria e altimetria: o que são e qual a diferença?
Planimetria e altimetria: o que são e qual a diferença?
 
Introdução geral à topografia
Introdução geral à topografiaIntrodução geral à topografia
Introdução geral à topografia
 
Nbr 13133
Nbr 13133Nbr 13133
Nbr 13133
 
Exercicios altimetria
Exercicios altimetriaExercicios altimetria
Exercicios altimetria
 
Altimetria topografia?
Altimetria topografia?Altimetria topografia?
Altimetria topografia?
 
Aula 2 introdução geometria descritiva
Aula 2   introdução geometria descritivaAula 2   introdução geometria descritiva
Aula 2 introdução geometria descritiva
 
RELATÓRIO  DE  ATIVIDADES  DE  CAMPO  DA  DISCIPLINA  DE  TOPOGRAFIA -  Medi...
RELATÓRIO  DE  ATIVIDADES  DE  CAMPO  DA  DISCIPLINA  DE  TOPOGRAFIA  -  Medi...RELATÓRIO  DE  ATIVIDADES  DE  CAMPO  DA  DISCIPLINA  DE  TOPOGRAFIA  -  Medi...
RELATÓRIO  DE  ATIVIDADES  DE  CAMPO  DA  DISCIPLINA  DE  TOPOGRAFIA -  Medi...
 
Aula 1 e 2 topografia
Aula 1 e 2   topografiaAula 1 e 2   topografia
Aula 1 e 2 topografia
 
Projeções e sistemas de representação
Projeções e sistemas de representaçãoProjeções e sistemas de representação
Projeções e sistemas de representação
 
Curso topografia basica jun13_rocha
Curso topografia basica jun13_rochaCurso topografia basica jun13_rocha
Curso topografia basica jun13_rocha
 
Topografia aula01
Topografia aula01Topografia aula01
Topografia aula01
 
11ª e 12ª Aula - Equipamentos Topograficos.pdf
11ª e 12ª Aula - Equipamentos Topograficos.pdf11ª e 12ª Aula - Equipamentos Topograficos.pdf
11ª e 12ª Aula - Equipamentos Topograficos.pdf
 

Semelhante a Apos top altimetria

Apostila_7_TOPO_Nivelamento.pdf
Apostila_7_TOPO_Nivelamento.pdfApostila_7_TOPO_Nivelamento.pdf
Apostila_7_TOPO_Nivelamento.pdfEluandoMariano
 
Topografia Nivelamento - Conceitos Básicos
Topografia Nivelamento - Conceitos BásicosTopografia Nivelamento - Conceitos Básicos
Topografia Nivelamento - Conceitos BásicosÍtalo Carlos
 
Levantamentos-Topograficos-II_aplicacao-terraplanagem.pdf
Levantamentos-Topograficos-II_aplicacao-terraplanagem.pdfLevantamentos-Topograficos-II_aplicacao-terraplanagem.pdf
Levantamentos-Topograficos-II_aplicacao-terraplanagem.pdfGlaudes Moreira
 
Sistemas%20 geod%c9sicos%20de%20refer%canci acrea
Sistemas%20 geod%c9sicos%20de%20refer%canci acreaSistemas%20 geod%c9sicos%20de%20refer%canci acrea
Sistemas%20 geod%c9sicos%20de%20refer%canci acreaRobson Rodrigues
 
AULA-02 - Conceitos Iniciais.pdf
AULA-02 - Conceitos Iniciais.pdfAULA-02 - Conceitos Iniciais.pdf
AULA-02 - Conceitos Iniciais.pdfRafaelMoreno523587
 
Nivelamento_Trigonométrico.pdf
Nivelamento_Trigonométrico.pdfNivelamento_Trigonométrico.pdf
Nivelamento_Trigonométrico.pdfetopoagrimensura
 
Lev altimetrico trab. campo 01 - r03 (1)
Lev altimetrico   trab. campo 01 - r03 (1)Lev altimetrico   trab. campo 01 - r03 (1)
Lev altimetrico trab. campo 01 - r03 (1)Matheus Sant'Ana Vieira
 
Nivelamento2 100829214959-phpapp02 (1)
Nivelamento2 100829214959-phpapp02 (1)Nivelamento2 100829214959-phpapp02 (1)
Nivelamento2 100829214959-phpapp02 (1)Julio Campanholo
 
Aula 2 nivelamento_geom_trico_1sem2013
Aula 2 nivelamento_geom_trico_1sem2013Aula 2 nivelamento_geom_trico_1sem2013
Aula 2 nivelamento_geom_trico_1sem2013UCB
 

Semelhante a Apos top altimetria (9)

Apostila_7_TOPO_Nivelamento.pdf
Apostila_7_TOPO_Nivelamento.pdfApostila_7_TOPO_Nivelamento.pdf
Apostila_7_TOPO_Nivelamento.pdf
 
Topografia Nivelamento - Conceitos Básicos
Topografia Nivelamento - Conceitos BásicosTopografia Nivelamento - Conceitos Básicos
Topografia Nivelamento - Conceitos Básicos
 
Levantamentos-Topograficos-II_aplicacao-terraplanagem.pdf
Levantamentos-Topograficos-II_aplicacao-terraplanagem.pdfLevantamentos-Topograficos-II_aplicacao-terraplanagem.pdf
Levantamentos-Topograficos-II_aplicacao-terraplanagem.pdf
 
Sistemas%20 geod%c9sicos%20de%20refer%canci acrea
Sistemas%20 geod%c9sicos%20de%20refer%canci acreaSistemas%20 geod%c9sicos%20de%20refer%canci acrea
Sistemas%20 geod%c9sicos%20de%20refer%canci acrea
 
AULA-02 - Conceitos Iniciais.pdf
AULA-02 - Conceitos Iniciais.pdfAULA-02 - Conceitos Iniciais.pdf
AULA-02 - Conceitos Iniciais.pdf
 
Nivelamento_Trigonométrico.pdf
Nivelamento_Trigonométrico.pdfNivelamento_Trigonométrico.pdf
Nivelamento_Trigonométrico.pdf
 
Lev altimetrico trab. campo 01 - r03 (1)
Lev altimetrico   trab. campo 01 - r03 (1)Lev altimetrico   trab. campo 01 - r03 (1)
Lev altimetrico trab. campo 01 - r03 (1)
 
Nivelamento2 100829214959-phpapp02 (1)
Nivelamento2 100829214959-phpapp02 (1)Nivelamento2 100829214959-phpapp02 (1)
Nivelamento2 100829214959-phpapp02 (1)
 
Aula 2 nivelamento_geom_trico_1sem2013
Aula 2 nivelamento_geom_trico_1sem2013Aula 2 nivelamento_geom_trico_1sem2013
Aula 2 nivelamento_geom_trico_1sem2013
 

Mais de Professor Renato Mascarenhas (16)

Topografia modulo ii
Topografia modulo iiTopografia modulo ii
Topografia modulo ii
 
Capa modulo
Capa moduloCapa modulo
Capa modulo
 
Apostila topografia nova
Apostila topografia novaApostila topografia nova
Apostila topografia nova
 
Gps
GpsGps
Gps
 
Projeto topografia
Projeto topografiaProjeto topografia
Projeto topografia
 
Projetolaboratorio
ProjetolaboratorioProjetolaboratorio
Projetolaboratorio
 
Apost topografia
Apost topografiaApost topografia
Apost topografia
 
Apost top 1
Apost top 1Apost top 1
Apost top 1
 
Apost 3 ano
Apost 3 anoApost 3 ano
Apost 3 ano
 
Nim
NimNim
Nim
 
Sistema gp sv1
Sistema gp sv1Sistema gp sv1
Sistema gp sv1
 
Apostila Desenho Técnico,Cartografia e Topografia
Apostila Desenho Técnico,Cartografia e TopografiaApostila Desenho Técnico,Cartografia e Topografia
Apostila Desenho Técnico,Cartografia e Topografia
 
Apostila Desenho Técnico, CArtografia e Topografia
Apostila  Desenho Técnico, CArtografia e TopografiaApostila  Desenho Técnico, CArtografia e Topografia
Apostila Desenho Técnico, CArtografia e Topografia
 
Geografia projecoes cartograficas
Geografia projecoes cartograficasGeografia projecoes cartograficas
Geografia projecoes cartograficas
 
Uso do gps no mundo atual
Uso do gps no mundo atualUso do gps no mundo atual
Uso do gps no mundo atual
 
Informativo técnico
Informativo técnicoInformativo técnico
Informativo técnico
 

Apos top altimetria

  • 1. SENAI – SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL/SE CURSO: HABILITAÇÃO PROFISSIONAL TÉCNICA DE NÍVEL MEDIO DA CONSTRUÇÃO CIVIL, COM ÊNFASE EM CANTEIRO DE OBRAS 2ª parte: Altimetria e Planialtimetria (APLICÁVEL A FACULDADE PIO DÉCIMO) Curso: Engenharia Civil Prof.: Ozório Florêncio de C. Neto Aracaju/SE Maio/2007
  • 2. SENAI – SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL Aplicável à Faculdade Pio Décimo Facilitador.: Ozório Florêncio de C. Neto 3. ALTIMETRIA OU HIPSOMETRIA 3.1 DEFINIÇÃO/CONCEITOS É conjunto de métodos e procedimentos necessários à obtenção das distâncias verticais (alturas e diferenças de nível – DN) em relação a uma superfície de nível de comparação. O objetivo da Altimetria é o conhecimento da superfície externa da terra (relevo). Esta superfície de nível, referência para as distâncias verticais, pode ser de duas naturezas: Pode ser Arbitrária, fictícia, aparente: é uma superfície plana qualquer; Pode ser Verdadeira, Real ou Absoluta: o referencial é o Geóide, ou seja, o nível médio dos mares. É um referencial Oficial. Observemos um trecho de parte de um relevo qualquer: A DN - Diferença de Nível entre A e B B HA hA hB HB SUPERFÍCIE DE NÍVEL QUALQUER NMM SUPERFÍCIE DO NÍVEL MEDIO DOS MARES As distâncias verticais (h, H e DN) podem receber nomes específicos, dependendo da superfície de nível às quais estejam referenciadas. Podem chamar-se Cota ou Altitude. 3.2 DISTÂNCIAS VERTICAIS COTA: É a distância vertical ou diferença de Nível em relação a uma superfície de Nível qualquer (hA e hB). A unidade pode ser em m (metro) ou mm (milímetro). ALTITUDE: É a distância vertical ou diferença de nível em relação ao Nível Médio dos Mares (NMM)-Geóide (HA e HB). São alturas verdadeiras, oficiais. Utilizadas pelo IBGE, INCRA, DNIT, PETROBRÁS, entre outros. O Datum vertical (altimétrico) do Brasil está localizado no marégrafo da Baía de Imbituba, em Santa Catarina. 3.3 NIVELAMENTO/CONTRANIVELAMENTO 3.3.1 DEFINIÇÃO: é o conjunto de métodos, procedimentos e equipamentos utilizados no campo para a obtenção das distâncias verticais. Já o contranivelamento è a operação de verificação (confirmação) das distâncias verticais obtidas no nivelamento. 3.4 MÉTODOS GERAIS DE NIVELAMENTO 42
  • 3. SENAI – SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL Aplicável à Faculdade Pio Décimo Facilitador.: Ozório Florêncio de C. Neto 3.4.1 NIVELAMENTO BAROMÉTRICO: é aquele que se baseia na diferença de pressão atmosférica entre pontos da superfície terrestre para se obter as distâncias verticais. São utilizados Barômetros de mercúrio, Altímetros. È um nivelamento verdadeiro, pois está relacionado com nível do mar, porém não é muito preciso; 3.4.2 NIVELAMENTO TRIGONOMÉTRICO: é aquele que se baseia em visadas inclinadas e as distâncias são obtidas com o auxílio de cálculos do triângulo retângulo. São utilizados equipamentos como Estação total, distanciômetro, prisma, Teodolito convencional. Pode ser verdadeiro ou qualquer. É mais preciso que o anterior. Zênite Prisma DI hS Z α B DV Horizonte DN hi DH A Onde: Z Ângulo vertical Zenital α Ângulo de Elevação ou Inclinação hi Altura do instrumento hS Altura do Prisma (sinal) DI Distância inclinada DH Distância Reduzida ou Horizontal DN Diferença de Nível DV Distância vertical A Estação Total pode ser configurada para medir DI ou DH, bem como DN. Desta forma, apresentam-se as fórmulas da trigonometria para os diversos cálculos, segundo a memória interna do aparelho: DH = DI.COS α ou DH = DI. Sen Z DN = ± DI.senα + hi – hs DN = ± DI.cosZ + hi – hs O sinal + será usado se a visada for acima do horizonte (visada ascendente) e o sinal –, se for abaixo (visada descendente). 3.4.3 NIVELAMENTO GEOMÉTRICO OU DIRETO: é aquele que se baseia em visadas, obrigatoriamente, num plano horizontal para a obtenção das distâncias 43
  • 4. SENAI – SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL Aplicável à Faculdade Pio Décimo Facilitador.: Ozório Florêncio de C. Neto verticais. São utilizados a Mira e o Nível ótico nos serviços de campo. É o mais preciso de todos e pode ser em relação a uma superfície fictícia ou real (Geóide). NÍVEL ÓTICO Para se iniciar uma operação de nivelamento é de grande importância saber o que se vai nivelar (planimetria definida) e ter um ponto de cota ou altitude conhecida, chamado de RN – Referência de nível. O nivelamento geométrico pode ser de dois tipos: o Geométrico simples e o Geométrico composto, dependendo do número de posições do nível não terreno. 3.4.3.1 NIVELAMENTO GEOMÉTRICO SIMPLES Geometria, segundo a definição de nivelamento. NÍVEL ÓTICO MIRA PR ou AI ℓA ℓB ℓRN B A RN hRN ha hB Superfície de Nível de referência Daí, pode-se deduzir a Relação fundamental do nivelamento geométrico: AI (altura do Instrumento) = ℓRN + hRN hA = AI - ℓA hB = AI - ℓB A diferença de nível entre os pontos, por exemplo, entre A e B, pode ser obtida pela diferença das leituras na mira ou diferença das cotas ou altitudes correspondentes. Ou seja: 44
  • 5. SENAI – SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL Aplicável à Faculdade Pio Décimo Facilitador.: Ozório Florêncio de C. Neto DN B = ℓA - ℓB e DN B = hB – hA, então: ℓA - ℓB = hB – hA A A Esta é a relação fundamental do nivelamento Geométrico. Então, o nivelamento geométrico simples é aquele em que de uma única estação (ponto onde está o aparelho) podem-se obter as distâncias verticais que se quer determinar. É importante o conhecimento de cada parcela das expressões mostradas, pois cada uma tem um significado, na hora do registro e cálculo. RN-REFERÊNCIA DE NIVEL: Referencial físico materializado em local seguro com cota ou altitude conhecida; Pode ser um marco de concreto, soleira de Igrejas, chapas metálicas cravadas em calçadas; Visada ou Leitura à Ré: é a leitura na mira sobre um ponto de altura conhecida (ℓRN); Visada Vante: é a leitura na mira sobre os pontos de alturas a serem determinadas (ℓA, ℓRB); Plano de referência ou Altura do Instrumento: è a distância vertical entre a superfície de nível e o centro ótico do nível (por onde passa um plano horizontal) – AI ou PR; 3.4.3.2 NIVELAMENTO GEOMÉTRICO COMPOSTO: é aquele em que é necessária mais de uma estação para a obtenção das distâncias verticais. Quer dizer, mudou uma única vez o aparelho, o nivelamento é composto. Na realidade este se compõe de uma série de nivelamentos simples, e o motivo para tais mudanças pode er o relevo, um obstáculo e comprimento da mira. MIRA AI1 PR ou AI AI2 ℓA ℓB ℓRN A B ℓ’B ℓC RN hRN ha hB C hC Superfície de Nível de referência Portanto, verificam-se duas posições do instrumento (AI1 e AI2) para obtenção das cotas, sendo que o novo plano (ou altura do Instrumento) foi formado no ponto B. As visadas no ponto B correspondem a uma vante de Mudança (pelo plano AI1) e uma de ré (pelo plano AI2). 3.4.3.3 CADERNETA DE NIVELAMENTO GEOMÉTRICO: é o documento para fins de registro dos dados coletados no nivelamento geométrico. Pode ter a seguinte forma: 45
  • 6. SENAI – SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL Aplicável à Faculdade Pio Décimo Facilitador.: Ozório Florêncio de C. Neto EST observação AC ALT. COTAS VISADAS AS/ INSTRUM. (m) ESTAÇÃO Localizado na soleira RN-! + 2,512 42,008 da casa nº 28 5 + 0,0 1,690 6 + 0,00 0,919 6 +12,00 2,750 “ + 2,364 7 +0,00 3,867 7 + 3,50 2,102 8 + 0,00 1,009 9 + 0,00 1,854 As visadas de ré na caderneta são identificadas com o sinal + . Na Estaca 6 +12,00 há duas visadas, uma de vante e uma de ré, caracterizando a mudança de aparelho, portanto nivelamento geométrico composto. O processo de cálculo da caderneta está baseado na Relação fundamental, já exposta. AI = ℓRN + hRN = 2,512 + 42,008 = 44,520 H5+0,00 = AI - ℓ5 = 44,520 – 1,690 = 42,830 H6+0,00 = AI - ℓ6 = 44,520 – 0,919 = 43,601 3.5. PERFIL LONGITUDINAL 3.5.1 DEFINIÇÃO 46
  • 7. SENAI – SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL Aplicável à Faculdade Pio Décimo Facilitador.: Ozório Florêncio de C. Neto É a representação gráfica do nivelamento longitudinal. Ele identifica o relevo segundo uma direção pré-estabelecida, num plano vertical. Baseado na caderneta de campo, devidamente calculada e verificada, o desenho poderá ser efetuado (manualmente ou por computador), de acordo com procedimentos que deverão ser observados. 3.5.2 PROCEDIMENTOS/CONSIDERAÇÕES PARA O DESENHO Verificar a menor e maior cota calculada, para que todas se encaixem adequadamente no desenho; O desenho é feito, em geral, em duas escalas, uma horizontal (H) e uma vertical (V). Sendo a Escala vertical igual a 10 vezes a escala horizontal. (Ex: sendo H = 1/1000, V = 1/100); As medidas horizontais são o estaqueamento ou distâncias determinadas. As medidas verticais são as cotas; No papel milimetrado, colocar o referencial das medidas horizontais e verticais em linhas cheias; As cotas/altitudes deverão ficar a esquerda do início do desenho e identificadas a cada metro por valores inteiros; COTAS (m) 100 97 Est 0 1 2 3 4 5 47
  • 8. SENAI – SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL Aplicável à Faculdade Pio Décimo Facilitador.: Ozório Florêncio de C. Neto 3.6 SEÇÃO ou PERFIL TRANSVERSAL 3.6.1 DEFINIÇÃO É a representação gráfica do nivelamento transversal. Permite a identificação do relevo segundo várias direções. Baseado na caderneta de campo, devidamente calculada e verificada, o desenho poderá der efetuado (manual/computador), de acordo com procedimentos que deverão ser observados. 3.6.2 PROCEDIMENTOS/CONSIDERAÇÕES PARA O DESENHO As seções se desenvolvem apoiadas num eixo existente (devidamente nivelado) e vão para o lado direito e/ou lado esquerdo do mesmo: A direção da seção é, em geral, a 90° em relação ao eixo; São duas escalas para o desenho, uma horizontal (H) e uma vertical (V), podendo ser a vertical 10 vezes maior que a horizontal (não obrigatório, devendo-se observar o comportamento do terreno); O referencial de cotas (vertical), poderá ficar a esquerda (cotas inteiras e de metro em metro) - observar a escala; O comprimento da seção é a soma dos comprimentos da esquerda e direita da mesma: As distâncias são acumuladas a partir do eixo (para direita ou para a esquerda) e em metros; Uma seção é identificada no desenho pela sua denominação (Est. 2, est. 15 + 5,30, S-20, S-8, etc) e a cota/ altitude. Pode haver também, a cota de projeto. Deverá ser escolhido (no desenho) o eixo da seção, em linha cheia, observando-se o comprimento da mesma; Esquema de uma Seção Transversal LE LD COTA S (m) 52 EST 2 52,200 50 DIST (m) 30 20 10 0 10 20 30 48
  • 9. SENAI – SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL Aplicável à Faculdade Pio Décimo Facilitador.: Ozório Florêncio de C. Neto 4. PLANIALTIMETRIA 4.1 DEFINIÇÃO É o conjunto de procedimentos e métodos necessários à obtenção e representação gráfica das medidas planimétricas e altimétricas de uma parte da superfície terrestre. 4.2 OBJETIVO E FINALIDADE É permitir a interpretação do relevo em planta através do desenho das curvas de nível. 4.3 CURVA DE NÍVEL É uma linha sinuosa no terreno que representa pontos de mesma cota ou altitude. No desenho é uma linha de comportamento curvo com determinados detalhes que a identifica, determinando seus tipos. 4.3.1 TIPOS DE CURVAS DE NÍVEL As curvas de nível podem ser mestras ou principais e intermediárias. As mestras são múltiplas de 5 ou 10 m e são identificadas por traços contínuos cheios ou mais grossos (forte). As intermediárias não são cotadas e ficam entre as mestras, identificadas por traços finos contínuos. 20 MESTRA INTERMEDIÁRIA 25 4.3.2 EQÜIDISTÂNCIA VERTICAL 49
  • 10. SENAI – SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL Aplicável à Faculdade Pio Décimo Facilitador.: Ozório Florêncio de C. Neto É a distância vertical entre duas curvas de nível consecutivas através dos planos paralelos horizontais que as contém; Neste caso a eqüidistância vertical é de 20 m. 4.3.3. CARACTERÍSTICAS DAS CURVAS DE NÍVEL Algumas características são importantes para identificação delas no desenho planialtimétrico, bem como para o traçado. Duas curvas de nível de cotas diferentes não podem se cruzar; 31 32 Uma curva de nível não pode aparecer nem desaparecer repentinamente, estando compreendida entre outras duas; 17 15 Curvas de nível bem afastadas significa terreno suave, e bem próximas, terreno íngreme (acidentado); 50
  • 11. SENAI – SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL Aplicável à Faculdade Pio Décimo Facilitador.: Ozório Florêncio de C. Neto trecho suave Trecho íngreme Uma elevação ocorre quando o valor das cotas aumenta da parte externa para o interior da figura; 13 10 Uma depressão ocorre quando o valor das cotas diminui da parte externa para o interior da figura; 12 15 Curva de nível negativa é representada tracejada, significando cota abaixo do NA (nível d’água) ou abaixo de 0,000m; 0 51
  • 12. SENAI – SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL Aplicável à Faculdade Pio Décimo Facilitador.: Ozório Florêncio de C. Neto As curvas mestras são cotadas em planta com valores inteiros (100/5/20/45, etc.). 20 MESTRA INTERMEDIÁRIA 25 25 4.4 TOPOLOGIA 4.4.1. Definição: é a parte da topografia destinada ao estudo da superfície externa da terra (relevo), de acordo com leis que regem o seu modelado (feições). É a parte interpretativa da Topografia. O comportamento externo da superfície terrestre é definido pelo relevo formando feições devido ao modelamento da mesma, pelos processos de erosão e sedimentação. Devido a isto, há a formação do relevo terrestre (orografia). Linha d’água: é a linha que representa o caimento da água sobre um trecho qualquer do relevo. Ela é perpendicular a curva de nível. 4.4.2 FORMAS DE RELEVO NOTÁVEIS Vertente, Flanco ou encosta: representada pela inclinação natural da superfície do terreno; ENCOSTA 1 ENCOSTA 2 Talvegue: representa o encontro de duas encostas convergindo para as bases das mesmas; 95 52
  • 13. SENAI – SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL Aplicável à Faculdade Pio Décimo Facilitador.: Ozório Florêncio de C. Neto 90 Espigão: representa o encontro de duas encostas convergindo para o topo das mesmas; 15 20 Garganta ou colo: representa o local de encontro de dois talvegues e dois espigões opostos entre si; 28 29 30 30 35 35 29 28 4.5 TRAÇADO DAS CURVAS DE NÍVEL Traçar curvas de nível significa representar em planta as linhas cujas cotas sejam de valores inteiros, pois na natureza, conforme as operações de nivelamento, as cotas coletadas são de valores fracionários. Desta forma, devem se observar os elementos necessários para o traçado que são: a interpolação das curvas e o conhecimento da Topologia. 53
  • 14. SENAI – SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL Aplicável à Faculdade Pio Décimo Facilitador.: Ozório Florêncio de C. Neto 4.5.1 INTERPOLAÇÃO DAS CURVAS DE NÍVEL Para se interpolar as curvas de nível deve-se partir do princípio que, na natureza, em geral, dois pontos do terreno possuem uma inclinação quando ligados entre si, ou seja, em geral, o terreno é inclinado. E a interpolação consiste em determinar as curvas definidas pelas cotas (altitudes) de valores inteiros, pois estas são obtidas no campo em valores fracionários de acordo com a caderneta nivelamento. Para se interpolar, podem-se utilizar dois processos: o Gráfico e o Analítico. PROCESSO GRÁFICO: Há vários processos gráficos, porém destaca-se o que se baseia nos desenhos dos perfis Longitudinal e Transversal de uma determinada área. Seja a poligonal fechada, levantada e desenhada a sua planimetria. Após, fez-se o levantamento alitmétrico, segundo a direção da Linha-Base e depois as seções transversais. SEÇÕES TRANSVERSAIS 22 23 LINHA-BASE (GERA O PERFIL LONGITUDINAL) Linha-base 20 21 21 22 Para obtermos as curvas de nível de valores inteiros 20,21,22 e 23, analisamos os desenhos dos perfis longitudinal e transversal, fazendo-se uma tabela onde encontramos um par ordenado (distância, cota inteira) e marcamos essas coordenadas de acordo com a escala do desenho da planta por onde passam a linha-base e as seções. Com os pontos marcados com uma mesma cota, faz-se a ligação entre eles, definindo a curva de nível. É importante saber as características das curvas, conforme já exposto, bem como ter conhecimento da Topologia, para interpretar e fazer o desenho corretamente. A tabela pode ter os seguintes aspectos: Do perfil Longitudinal EST. COTA 1+5 20 1+12 21 2+13 22 Da seção transversal Est 1 Dist. COTA 54
  • 15. SENAI – SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL Aplicável à Faculdade Pio Décimo Facilitador.: Ozório Florêncio de C. Neto 23 -D 20 6-E 20 20,5-E 21 Então, se houver só um perfil longitudinal, só haverá uma tabela. Quanto às seções, todas levantadas terão uma tabela correspondente. PROCESSO ANALÍTICO: baseia-se no princípio da equação da reta na forma reduzida e, de que na natureza, dois pontos possuem cotas diferentes, sendo uma maior que a outra. Sejam dois pontos quaisquer da superfície terrestre que foram nivelados, e, portanto, possuem cotas ou altitudes determinadas, sendo uma cota maior (CM) e outra menor (Cm). Deve-se determinar o ponto onde passa a cota de valor inteiro (Ci) entre eles. CM A x Ci DN B y Cm SUPERFÍCIE DE NÍVEL DH Observando-se a semelhança entre os triângulos CMÂCi e CMBCm e considerando x, a distância que parte do ponto de cota maior (CM): x CM − Ci = DH DN DH (CM − Ci ) x= DN Podemos, também, saber onde passa a cota inteira (Ci) partindo do ponto de cota menor, ou seja, a distância y: DH (Ci − Cm) y= DN Observar que x + y = DH. 4.5.2 PLANO COTADO 55
  • 16. SENAI – SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL Aplicável à Faculdade Pio Décimo Facilitador.: Ozório Florêncio de C. Neto No traçado das curvas de nível, remotamente, era preciso fazer um Plano Cotado, que é uma planta planialtimétrica com todas as cotas levantadas escritas nos pontos levantados planimetricamente. Este tipo de planta, em geral, é utilizado quando o terreno apresenta relevo suave. Portanto, com as cotas escritas, tem-se uma idéia do comportamento do relevo. 17 16 16 17 18 19 16 16 17 PLANO COTADO (NUMA ESCALA) CURVAS INTERPOLADAS 56
  • 17. SENAI – SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL Aplicável à Faculdade Pio Décimo Facilitador.: Ozório Florêncio de C. Neto ANEXOS 57
  • 18. Prof.: Ozório Florêncio de C. Neto PONTO ÂNGULO DISTÂNCIA ESTAÇÃO OBSERVAÇÃO CROQUI VISADO HORIZONTAL (m) LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO PLANIMÉTRICO 58
  • 19. Prof.: Ozório Florêncio de C. Neto PONTO ÂNGULO FIOS ESTADIMÉTRICOS ÂNGULO DISTÂNCIA DIFERENÇA ESTAÇÃO COTA (m) OBSERVAÇÃO CROQUI VISADO HORIZONTAL SUPERIOR MÉDIO INFERIOR VERTICAL REDUZ. (m) NIVEL 59
  • 20. Prof.: Ozório Florêncio de C. Neto SERVIÇO: LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO DATA: Estação Lado(m) ÂNGULO HORIZONTAL (º ' ") PROJ. PARCIAIS/CORREÇÕES PROJ. COMPENSADAS 3.COORDENADAS (n) (n, n+1) lido compensado azimute ΔX Cx ΔY Cy ΔX' ΔY X(E) Y(N) 60
  • 21. Prof.: Ozório Florêncio de C. Neto PLANILHA DE CÁLCULOS ANALÍTICOS DE POLIGONAIS ALUNO: SERVIÇO: data: Altura Distância Distância Diferença ESTAÇÃO PONTO Leitura Ângulo Ângulo Prisma Inclinada Horizontal de Nível Cota (m) Observ. Croqui Hi VISADO Horizontal (HD) Vertical (Z) (m) (DI) (DH) DN (m) 61
  • 22. Prof.: Ozório Florêncio de C. Neto SERVIÇO: LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO (POLIGONAL ELETRÔNICA) 62
  • 23. Prof.: Ozório Florêncio de C. Neto ESTACA OU PLANO REFERÊNCIA/ VISADAS COTA OBSERVAÇÃO ESTAÇÃO ALTURA INSTRUM. RÉ/VANTE (m) CADERNETA DE NIVELAMENTO GEOMÉTRICO SERVIÇO: ALUNO 63
  • 24. Prof.: Ozório Florêncio de C. Neto ESTACA/ LADO DISTÂNCIA ALT. INST./ VISADA COTA OBSERVAÇÃO ESTAÇÃO E/D (m) PLANO REFER. RÉ/VANTE (m) CADERNETA DE NIVELAMENTO TRANSVERSAL SERVIÇO: data :__________ 64