O documento descreve a história de Hanserd Knollys, um líder batista inglês do século XVII. Knollys deixou a Igreja da Inglaterra por suas convicções batistas e começou a reunir um grupo que mais tarde se tornou uma igreja batista frequentada por quase mil pessoas. Ele sofreu perseguições por suas crenças, incluindo encarceramento e confisco de bens.
1. Paixão pela Glória de Deus Fidelidade na Exposição da Palavra
Só em Cristo há salvação! Só há um Mediador entre Deus e os homens: Cristo Cristo é a única esperança!
Os “Batistas Particulares”: Hanserd Kenollys deixou a Igreja da
Inglaterra por suas convicções batistas e começou a reunir um
grupo de pessoas para os quais pregava regularmente em sua
casa. Posteriormente esse grupo veio a se tornar uma igreja
batista da qual ele foi pastor de 1645 até sua morte, em 1691.
Essa igreja chegou a ser frequentada por quase mil pessoas.
Knollys sofreu encarceramentos, teve os bens confiscados e pelo
menos uma vez chegou a ser apedrejado. Ele atalhou muito para
consolidar a causa dos batistas. Há um fato curioso sobre Knollys
quando enfrentou certa enfermidade grave. Pondo em prática o
que se diz em Tiago 5:14,15, mandou chamar os presbíteros,
entre eles William Kiffin, pediu que fosse ungido e orassem por
ele. Pouco tempo depois estava totalmente recuperado. Era um
homem de coragem e sua alegria mesmo em meio aos
sofrimentos era notória e exemplar.
Continua
Rev.Vacilius Lima é casado com Mara Regina, pai de
Thales, Jamily e Murilo. Pastor da Iec Fidelidade há 15
anos. Professor e Escritor. Formado em Letras, Pedagogia
e possui Mestrado em Teologia.
http://comunidadebatistadagraca.blogspot.com.br/
1 Pedro 4:-12-19
ENFRENTANDO O SOFRIMENTO DE MODO VITORIOSO
Neste trecho Pedro volta a tratar da questão do sofrimento
cristão. O sofrimento é o tema chave da Epístola, e é
mencionado 16 vezes. O apóstolo oferece algumas
instruções de como o cristão deve enfrentar o sofrimento
encorajando-o não somente a perseverar, mas a de fato se
alegrar nos seus sofrimentos. Podemos destacar os
seguintes princípios, vejamos:
O primeiro princípio é não estranhar o sofrimento, v.12.
Pedro está escrevendo a uma comunidade provavelmente
mista na tentativa de encorajá-los a suportar o sofrimento
praticando o bem. Ao sofrer o cristão segue as pegadas de
seu Mestre. Há dois pontos importantes aqui: (a) O
sofrimento não é algo incompatível com a fé cristã. O
sofrimento não é algo estranho na vida cristã. Na verdade o
cristão deve até mesmo esperar sofrimento. Ora, se o
mundo perseguiu a Cristo, perseguirá os seus discípulos
também. Sofrimento pode ser a porção de Deus para nós.
(b) O sofrimento não é sem propósito, mas pedagógico. O
sofrimento vem para provar, não para destruir. O fogo
ardente tem por objetivo purificar a nossa fé, queimando a
escória e tornando-a mais preciosa, 1:6,7. Os cristãos
devem entender que Deus deseja separar a verdadeira fé
Ano I Domingo, 9 de junho de 2013
História dos Batistas
Prelúdio musical
Abertura
Salmo 121
Oração invocatória
Cântico
Uníssono (Congregação)
Salmo 128
Período de oração
Cânticos
Dedicação de bens e vida
2 Coríntios 9:7
Instrumental
Ação de graças
Mensagem: Pr. Vacilius Lima dos Santos
Oração
Posludio instrumental
Liturgia
Nossos encontros
Domingos
EBD às 17h00min
Culto às 18h30min
Quinta-feira
Oração e estudo às 20h00min
1º Domingo do mês: Ceia do Senhor
3º Sábado do mês: Encontro de mulheres
Benício Campos
Saiba algo sobre o Pr. Vacilius Lima
2. Paixão pela Glória de Deus Fidelidade na Exposição da Palavra
Só em Cristo há salvação! Só há um Mediador entre Deus e os homens: Cristo Cristo é a única esperança!
daquela que é mera imitação, e usa o instrumento do
sofrimento para alcançar esse propósito. Richard Sibbes diz
“as fraquezas exteriores são frequentemente uma forma de
livrar o homem dos males interiores. Geralmente Deus
santifica as dores e sofrimentos de seus servos, para torná-
los melhores”. Devemos nos lembrar de que a pérola é
formada a partir do sofrimento da ostra. Nossos sofrimentos
visam produzir uma fé valiosa.
2. O segundo princípio é que devemos nos alegrar em
meio aos sofrimentos, v.13. A alegria é a força do povo do
Senhor, Ne 8.10. É a alegria do Senhor que nos concede
forças para suportar as adversidades. Uma coisa é suportar
a adversidade, outra bem diferente é alegrar-se com ela. Há
três pontos importantes aqui: (a) Essa alegria é interior.
Como essa alegria independe de fatores externos (Sl 4.7),
mas é interna e produzida pelo Espírito Santo, ela surge e
permanece conosco mesmo em meio aos sofrimentos. (b)
Essa alegria surge dos sofrimentos. Pedro ordena aos seus
leitores que se alegrem por causa do sofrimento advindos
das perseguições. Os nossos sofrimentos nos unem a
Cristo – “sois coparticipantes dos sofrimentos de Cristo”. O
significado dessa frase é que o cristão que sofre de modo
participa do mesmo tipo de sofrimento que Jesus padeceu,
pois ele sofreu injustamente. (c) Essa alegria é tanto
presente quanto futura. A alegria que experimentamos em
meio e por causa dos sofrimentos são indicativos de que
nos alegraremos de modo indizível quando do retorno de
Cristo. John Blanchard afirma: “a verdadeira alegria
resplandece no escuro”. Paulo e Silas cantavam
alegremente mesmo sofrendo no cárcere, At 16. É possível
sentir alegria em meio aos sofrimentos porque a alegria é
fruto do Espírito, não das circunstâncias. O terceiro
princípio é o de que há bem-aventurança no sofrimento,
v.14. A palavra de consolo de Pedro aqui é que se o cristão
está sofrendo de modo injusto, isto é, por ser cristão e tão
somente por isso, ele é bem aventurado. A bem-
aventurança aqui se refere ao conforto e fortalecimento
espiritual advindo do Espírito Santo. É a atuação do Espírito
Santo em momentos de crise que faz com que o cristão
possa superar as adversidades. Sinceramente acho que
esse era o entendimento do poeta cristão William Cowper
quando escreveu “por trás de toda providência carrancuda
esconde-se uma face sorridente”. É somente com a ajuda
do Espírito Santo que podemos ver a face sorridente de
Deus em meio aos sofrimentos. O quarto princípio é que
não devemos nos envergonhar por estarmos sofrendo,
v.15-18. Há três ordens aqui, uma negativa e duas
positivas. Na primeira, Pedro nos ordena a não sofrermos
como pecadores, v.15, na segunda, ordena que não nos
envergonhemos de sofrer como cristãos e, finalmente na
terceira, ordena que glorifiquemos a Deus com o nome de
cristãos. Há alguns pontos importantes aqui: (a) Nem todo
sofrimento glorifica a Deus, v.15. Pedro afirmou pouco antes
que o sofrimento por causa do pecado não glorifica a Deus,
muito pelo contrário, é uma desonra ao Seu santo nome,
2:20. Quando um cristão vem a sofrer como malfeitor ou
criminoso provoca grande escândalo ao evangelho. (b)
Sofrer como cristão não é vergonha, mas uma honra, v.16ª.
É possível que os cristãos fossem envergonhados
publicamente por serem cristãos. Em momentos como
esses é muito difícil dar testemunho de nossa fé, por isso
Pedro os exorta a que superem o escárnio. O cristão deve
louvar a Deus por levar tal nome. O nome cristão surgiu
como um apelido carregado de preconceito e escárnio em
Antioquia, At 11:26; 26:28. Contudo, devemos louvar e
glorificar a Deus por sermos cristãos, pois não há desonra
nisso. (c) Sofrimento pode ser juízo de Deus, v.17,18. Não
se trata de condenação, mas purificação. E Pedro finaliza
dizendo que se Deus julga de maneira tão severa a sua
Igreja a qual ama como não será sua fúria sobre os ímpios?
John Bunyan dizia “o sofrimento não sobrevém por acaso
nem pela vontade do homem, mas pela vontade e
determinação de Deus”. O sofrimento é muitas vezes o
instrumento de Deus para a disciplina nossa, Hb 12:3-11. O
quinto e último princípio é que nós devemos nos
entregar a Deus no sofrimento, v.19. O último princípio
estabelecido por Pedro é que os cristãos que estão
sofrendo devem se entregar suas almas a Deus. A palavra
usada para “encomendem” tem o sentido de algo que é
depositado em confiança, entregar algo a alguém de
confiança para guardar e proteger. Essa é a injunção de
Pedro, que os cristãos que estão sofrendo se entreguem
aos cuidados do Pai. B. B. Warfield (1851-1921) casou-se
aos 25 anos com Annie Kinkead e viajaram para a
Alemanha em lua de mel. Um dia enquanto passeavam no
bosque uma tempestade subidamente os surpreendeu. Um
raio atingiu Annie que em consequência disso tornou-se
permanentemente paralisada. A vida de Warfield nunca
mais seria a mesma. Por causa das necessidades de sua
esposa jamais pôde ausentar-se mais que duas horas de
sua casa, limitando consideravelmente seu ministério e
funções acadêmicas. Warfield esteve casado por 39 anos,
até a morte de Annie. Warfield se entregou à soberana
vontade de Deus acreditando que “Ele dirigirá todas as
coisas a fim de que recebamos somente o bem, de tudo o
que nos acontece”.
Em meio aos sofrimentos devemos prosseguir praticando o
bem, isso é, evitar o pecado. Precisamos crer que o
sofrimento é uma prova de um Pai amoroso que quer nos
aperfeiçoar, não destruir. O sofrimento não é uma
anormalidade, nem mesmo uma coisa estranha. O
sofrimento é uma oportunidade para experimentarmos
alegria e bem aventurança. O sofrimento é uma
oportunidade para glorificarmos a Deus e uma oportunidade
para nos entregarmos a Ele confiantes de que no fim Ele
nos está conduzindo em triunfo.
Silas Roberto Nogueira