1. NACIONAL
Bastonário dos Médicos
“Temos que julgar governantes da última década”
O bastonário da Ordem dos Médicos quer o julgamento vel que alguém conduza o país à bancarrota e não seja
dos políticos “da última década”, que conduziram o julgado, no mínimo, por crime económico”, afirmou.
país à “desgraça”. José Manuel Silva diz que a má gestão do país impede
“Sobretudo na última década, Portugal foi conduzido à a colocação de médicos em Portugal. O bastonário la-
desgraça por um conjunto de maus políticos, que per- menta que os novos profissionais tenham que emigrar
mitiu que Portugal fosse delapidado pela fraude, pela e compara mesmo o actual momento ao Estado Novo,
corrupção, pelas soluções despesistas e contra crité- “que não dava condições de vida aos seus cidadãos e
rios técnicos”, afirmou José Manuel Sil- obrigava a emigrar”.
va, durante uma cerimónia de juramen- “É inacreditável que Portugal não tenha
to de Hipócrates de cerca de 500 novos uma política de recursos humanos ade-
médicos, no Porto. quada às suas necessidades. É tempo de
“Temos que apontar caminhos. O pri- Portugal fazer planeamento e adaptar
meiro: julgar os governantes da última os numerus clausus em Medicina às ne-
década, para condenar os corruptos cessidades do país. Exportar médicos,
PÁG. e ilibar os justos, mas sobretudo para
transmitir a mensagem da responsabili-
técnicos com uma formação caríssima e
altamente especializada, é empobrecer
04 dade e da responsabilização que tanto Portugal e beneficiar as economias de
LUSA
dizem à profissão médica. Não é tolerá- outros países”, afirmou.
Saúde Conselho de Ministros
Listas de espera para cirurgia estão a Depois de 11 horas
de reunião… silêncio
aumentar
Terminou sem qualquer declaração
As listas de espera para cirurgia estão a aumentar. Segundo uma notícia o Conselho de Ministros extraordi-
avançada na edição de hoje do “Diário de Notícias” (DN), a produção dos nário que decorreu ontem, no Forte
hospitais está a cair de mês para mês. de S. Julião da Barra em Oeiras.
Em Setembro e Outubro realizaram-se menos 26 mil operações no total. Ao longo de 11 horas, os ministros
Segundo o DN, um dos motivos que está na origem do fenómeno é o desin- do Executivo PSD/ CDS estiveram
vestimento no programa de cirurgias adicionais, que são pagas por acto a reunidos a perspectivar 2012.
toda a equipa que as faz, e que, apesar de custarem menos do que as horas O encontro terminou por volta das
extras, fizeram subir os custos dos hospitais. 20h30. Nenhum membro do Gover-
Ainda de acordo com o jornal, o Ministério da Saúde admite que o decrés- no quis falar com os jornalistas.
cimo das cirurgias é uma “opção das instituições face aos constrangimen- A única declaração do dia foi pres-
tos orçamentais”. tada pelo ministro adjunto e dos
Assuntos Parlamentares, Miguel
Relvas, que disse que se tratava
de uma reunião de “trabalho, sem
EDP conclusões, e de preparação de um
ano que vai ser extraordinariamen-
Dilma empenha-se na privatização te difícil”.
“O nosso objectivo é que com as
Há duas empresas brasileiras interessadas na compra de 21,35% da EDP e a reformas estruturais, que vamos
Presidente do Brasil, Dilma Rousseff, não quer perder o negócio, pelo que necessariamente implementar, pos-
se envolveu directamente no processo. samos ultrapassar as dificuldades
As empresas em causa têm capitais estatais e têm sido afastadas das pre- dos próximos anos. O grande objec-
ferências do Conselho Geral e de Supervisão da eléctrica portuguesa, em tivo é pôr a economia portuguesa a
prol das propostas alemã e chinesa. crescer e combater o desemprego”,
Uma delas (Cemig) já está, aliás, fora de jogo, depois de ter apresentado afirmou Miguel Relvas.
o preço mais baixo. Mas a Electrobrás mantém-se na corrida e não pre- O ministro afirmou que Portugal
tende desistir. Conta agora, segundo o “Jornal de Negócios”, com o apoio terminará o ano cumprindo todos
da Presidente brasileira, que quer evitar que a alemã E.ON ou a chinesa os seus compromissos financeiros
Three Gorges Corporation se tornem concorrentes directos no mercado do com a troika.
Brasil. “Não temos tempo a perder, nem o
Para tal, Dilma Rousseff envolveu também o poderoso banco estatal BN- país nem o Governo. Quisemos fa-
DES. Segundo o mesmo jornal, a Electrobras oferece cerca 2,5 mil milhões zer um balanço de 2011 e preparar
de dólares, ao que soma mil milhões de euros em aquisições minoritárias o ano de 2012”, declarou o ministro
de parques eólicos da EDP e dois mil milhões de financiamento assegurado, adjunto e dos Assuntos Parlamenta-
garantido pelo BNDES. res.
r/com renascença comunicação multimédia, 2011