2. O que é (significado) e relação
com o Brexit
Desglobalização é um
termo usado por
alguns economistas e
cientistas sociais,
principalmente, para
fazer referência a um
suposto processo
atual de
esfacelamento dos
ideais da globalização
econômica, social e
cultural que ganhou
força nas últimas
quatro ou cinco
décadas
3. BREXIT
Este conceito ganhou
força e passou a ser mais
utilizado a partir de junho
de 2016, com a vitória do
Brexit no referendo
popular ocorrido no Reino
Unido. Na ocasião, a
maioria dos britânicos
votou pela saída do Reino
Unido da União Europeia.
Este fato foi um duro golpe
no principal bloco
econômico mundial e
também no ideal de
construção de uma Europa
integrada e sem barreiras
sociais, econômicas e
culturais.
4. Principais fatos e argumentos usados para justificar o desenvolvimento de um processo de
desglobalização:
A vitória do movimento
Brexit no Reino Unido,
que tirou o Reino Unido
da União Europeia. Este
fato pode incentivar
outros países da União
Europeia a sair do bloco,
levando-o, no pior dos
cenários, ao seu término.
No dia 23 de junho de
2016 foi realizada a
votação. Os eleitores
responderam à seguinte
pergunta na cédula
eleitoral: "Deve o Reino
Unido permanecer como
membro da União
Europeia ou sair da
União Europeia?" As
duas únicas respostas
possíveis são
"permanecer" e "sair
5. BREXIT
Referendo sobre a
permanência do Reino Unido
na União Europeia (2016)
Escolha Votos %
Saída 17 410 742
51,8%
Permanência 16 141 241
48,2%
Votos válidos 32 688 054
-
Anulados ou brancos 25 380
-
Total de votos
100,00
Eleitores registados e
comparecimento (%) 46 499
537 72,1%
De um lado estão os pró-saída,
que acham que o Reino Unido
perde soberania estando
submetido às regras do bloco
econômico, com poucas
compensações. De outro, os que
acreditam que a aliança com os
países vizinhos torna o Reino
Unido mais poderoso.
Os que querem um Reino Unido
livre têm enquadrado o debate
em termos de soberania, controle
das fronteiras e, especialmente,
imigração. Já os que defendem a
permanência na Europa acusam
os políticos anti-UE de alarmismo
6. ARGUMENTOS
A Favor e Contra .
Economia de 12 Bilhões e 900
Mil de libras, que é a contribuição
anual dos países membros
Maior liberdade para negociar
novos acordos com o bloco e
autonomia para negociar com
outros blocos e países
Imigrantes europeus custam caro
e dificultam a chegada de outros
estrangeiros que poderiam
contribuir com a economia
Dentro ou fora do bloco, este
custo é necessário para ter
acesso ao livre mercado europeu
Vantagem de ter acesso ao livre
mercado europeu
Imigração não vai diminuir
7. Crise econômica de 2008
A Crise econômica de
2007–2008 é uma
conjuntura econômica
global que se sentiu
durante crise financeira
internacional precipitada
pela falência do
tradicional banco de
investimento
estadunidense Lehman
Brothers, fundado em
1850.
Em efeito dominó, outras
grandes instituições
financeiras quebraram,
no processo também
conhecido como "crise
dos subprimes"
Subprimes são créditos
bancários de alto risco, que
incluem desde empréstimos
hipotecários até cartões de
créditos e aluguéis de carros,
eram concedidos, nos Estados
Unidos, a clientes sem
comprovação de renda e com
histórico ruim de crédito – a
chamada clientela subprime.
As taxas de juros eram pós-
fixadas, isto é, determinadas no
momento do pagamento das
dívidas. Por esta razão, com a
disparada dos juros nos Estados
Unidos, muitos mutuários ficaram
inadimplentes, isto é, sem
condições de pagar as suas
dívidas aos bancos.
8. Socorro financeiro
Um pacote, aprovado às pressas pelo congresso
estadunidense, destinou setecentos bilhões de dólares de
dinheiro do contribuinte americano a socorro dos
banqueiros. Desde a quebra do Bear Stearns até outubro
de 2008, o governo estadunidense e a Reserva Federal
já haviam despendido cerca de dois trilhões de dólares na
tentativa de salvar instituições financeiras.
Os países da UE também despenderam várias centenas
de bilhões de euros na tentativa de salvar seus próprios
bancos.
Em abril de 2009, o G-20, reunido em Londres, anunciou
a injeção de US$ 1 trilhão na economia mundial de
maneira a combater a crise financeira global.
9. Brasil na crise
No Brasil, o efeito mais imediato foi a baixa
das cotações das ações em bolsas de
valores.
Expressiva alta do dólar.
os setores da economia brasileira que
dependem de importações de produtos
industrializados sem similar nacional
(máquinas e equipamentos, sobretudo
produtos de alta tecnologia) ou mesmo de
algumas commodities, como o trigo, o
dólar alto era um problema.
10. movimentos separatistas na
Europa
A Europa é o continente que mais
vivencia essa situação de “desejo de
independência”. Tal situação preocupa a
União Europeia, que teme que caso um
grupo separatista ganhe a causa
provoque um efeito cascata nos demais
movimentos.
11. Movimentos principais
Escócia: Em 2014, a Escócia realizou
um plebiscito para se tornar
independente em relação ao Reino
Unido. Em um dia histórico, 53% dos
3,6 milhões de eleitores votaram pelo
“não. Os partidários da
independência, liderados pelo SNP
(Partido Nacional Escocês), maioria
no parlamento, buscam mais
liberdade constitucional e autonomia
fiscal, o que, segundo os críticos,
estão centralizadas demais na
Inglaterra.
Outro objetivo é criar um fundo de
reserva com o valor obtido na
exploração de petróleo do Mar do
Norte, cerca de £1 bilhão, ou US$ 1,6
bi, de acordo com os cálculos da ala
favorável à separação....
12. REINO UNIDO
País de Gales: Também deseja se separar do Reino Unido. Em um
referendo em 2011, 63,49% dos eleitores votaram a favor da
atribuição de maiores poderes à Assembleia Nacional de Gales. O
partido Plaid Cymru é um dos principais promotores da ideia de
separação. O objetivo da campanha é construir um Estado
Nacional AutôIrlanda do Norte:
Os irlandeses devem realizar um plebiscito sobre a independência
em relação ao Reino Unido em até quatro anos. Em 1921, após a
guerra de independência irlandesa contra o Reino Unido, Londres
assinou uma trégua, ontra o Reino Unido, Londres assinou uma
trégua com Dublin e, dois anos depois, fundou o Estado Livre
Irlandês. Nesse processo, o governo britânico ficou com seis dos
nove condados que compõem a região do Ulster, O objetivo da
independência é juntar esses seis territórios à República da
Irlanda. A independência é também uma das principais bandeiras
do IRA (Exército Republicano Irlandês)
13. ESPANHA
Catalunha: Um referendo sobre
a independência acontece em
novembro de 2014; a Espanha
já declarou que o referendo é
inconstitucional. O movimento
de independência catalão é
antigo. A Catalunha se
considera um território a parte.
É uma comunidade autônoma,
tem autossuficiência legislativa
e competências executivas,
além de ter o próprio idioma, o
catalão. Com a independência
querem mais autonomia e o
fortalecimento da sua cultura.
Caso isso ocorra, Barcelona,
uma das principais cidades
turísticas da Espanha, se
tornará a capital do novo país.
14. Pais Basco
Localizado no norte da Espanha, a oeste da França,
busca separação desde 1959, quando nasceu o grupo
separatista ETA (sigla para “País Basco e Liberdade”). O
grupo propagou pela luta armada o desejo de
independência, o que o fez ser considerado uma
organização terrorista pela União Europeia e EUA. Em
2011, o ETA anunciou o fim da luta armada, mas segue
em busca da separação. Com língua própria e um
Parlamento desde 1980, os bascos ainda não têm
territórioEmbora a região tenha autonomia desde a
constituição espanhola de 1978, os separatistas querem
que Espanha e França reconheçam a independência do
País Basco que compreende os territórios de Álava,
Guipúzcoa, Vizcaya, Navarra e esses três últimos,
territórios do País Basco Francês.
15. EX-UNIÃO SOVIÉTICA
EX-UNIÃO SOVIÉTICA Muitos movimentos
separatistas que existem hoje na área da
antiga União Soviética (composta pelos
países Rússia, Ucrânia, Bielorrússia,
Transcaucásia, Estônia, Lituânia, Letônia,
Moldávia, Geórgia, Armênia, Azerbaijão,
Cazaquistão, Uzbequistão, Turcomenistão,
Quirguizão e Tadjiquistão) ainda remontam
da época do final do país, em 1991, que
deu à região uma nova configuração, com
novos países. Muitos territórios ainda
brigam pelo reconhecimento.
16. Ossétia do Sul (Geórgia): Com o fim da URSS essa área foi entregue à Geórgia. A
partir daí, uma série de conflitos ocorreu entre russos e georgianos pelo controle
da região. A Ossétia do Sul declarou independência em 2008, reconhecida apenas
por Rússia, Venezuela, Nicarágua, Nauru e Tuvalu. EUA, UE (União Europeia) e
ONU não reconhecem a separação. Os ossetianos do sul querem se juntar à
Ossétia do Norte, uma república autônoma dentro da federação federação russa.
A independência valorizaria mais a tradição dos ossetianos, que têm identidade e
cultura diferentes dos georgianos e uma língua própria.
Abecásia (Geórgia): A Abecásia se considera um Estado independente desde a
derrota das forças georgianas na guerra de 1992-1993. No entanto, sua
independência não foi reconhecida pela ONU.
Nagorno-Karabakh (Azerbaijão): Em Nagorno-Karabakh a maioria da população é
armênia. O território declarou sua independência em relação ao Azerbaijão, mas
esta não foi reconhecida por nenhum país.
17. OUTRAS PARTES DA
EUROPA
Flanders (Bélgica): Com uma população
de 6,4 milhões de habitantes, Flandres
busca sua independência completa da
Bélgica.
Ilha de Córsega (França): Os moradores
da ilha tem seu próprio idioma e se
referem ao resto da França como
“continente”. Em 2013 o FLNC reiterou que
continuará sua luta pela separação. Os
nacionalistas querem mais autonomia em
relação à França...
18. Mercosul e União Europeia não avançam
em acordo de livre comércio
A União Europeia e o Mercosul negociam
um acordo de livre comércio há 20 anos. A
assinatura foi adiada durante todo esse
período em razão da resistência de setores
industriais ou agrícolas dos dois lados. Os
agricultores franceses têm sido um dos
setores que mais opuseram resistência à
celebração de um documento União
Europeia-Mercosul, por temerem a
concorrência da carne brasileira em solo
europeu.
19. BRASÍLIA E BUENOS AIRES - Mercosul e União Europeia (UE) não chegaram a
um entendimento sobre os itens mais polêmicos da negociação para um acordo
de livre comércio entre os dois blocos, que vem sendo discutido há quase 20
anos. Em reunião realizada nesta semana, em Bruxelas (Bélgica), os europeus
evitaram acenar com propostas mais atraentes, por exemplo, para carne bovina,
açúcar e etanol. Ao mesmo tempo, reforçaram as pressões para que as tarifas
de importação de automóveis produzidos pelos países do Mercosul, hoje
tributados em 35%, caiam em um prazo mais rápido do que os 15 anos
propostos anteriormente na oferta sul-americana. Também não houve consenso
até mesmo sobre quando será a próxima reunião.
A oferta europeia feita em janeiro, de uma cota entre 90 mil e 100 toneladas de
carne bovina, continua a mesma, apesar do descontentamento do Mercosul.
Houve, ainda, sinalizações de que o bloco europeu poderia abrir seu mercado de
açúcar, com cota de 100 mil toneladas e uma alíquota de 93 euros por tonelada -
valor considerado proibitivo pelos exportadores brasileiros. Também não houve
avanço para o etanol, que continua com as portas da UE praticamente fe
20. Outros problemas...
Travamento das negociações da
proposta da criação da ALCA - Área de
Livre Comércio das Américas.
Crescimento de um sentimento mundial
(principalmente em países que
valorizam as tradições culturais) de que
a globalização prejudica a manutenção
da identidade cultural de cada país.
21. Conclusões
"A explosão da bolha ponto com e os eventos de 11 de
setembro de 2001 simplesmente retardaram o ritmo da
globalização, mas a última crise econômica e financeira
criou um severo retrocesso para o processo de
globalização".
Em 2010, a paralisação no processo de globalização
prosseguiu basicamente, mas com padrões regionais
diferentes: "O maior movimento ascendente como uma
região ocorreu na Ásia Meridional. A América Latina e a
África Subsaariana registraram uma diminuição muito
pequena na sua média regional: os países de rendimento
elevado e, em particular, os países da OCDE, continuam
a sua tendência de estagnação que começou mesmo
antes da crise atual"