O documento apresenta um resumo de um trabalho realizado por alunos sobre a bacia hidrográfica do Rio Guadiana, abordando sua caracterização, principais afluentes, atividades na região, aproveitamento turístico e conclusões.
1. A Bacia Hidrográfica
do
Rio Guadiana
Trabalho Realizado por:
Ana Patrícia Martins, Nº1; Ana Rita Assunção, Nº2; Beatriz Santos, Nº4
Ano/Turma:
10ºO
Disciplina:
Geografia
Professor:
José Fernando Rodriguez
Ano Lectivo:
2012/2013
Escola Secundária Sebastião e Silva
2. Índice
Página 1 - Introdução
Página 2 - Bacia hidrográfica do Guadiana
Página 3 - Afluentes e Subafluentes da bacia hidrográfica do guadiana
Página 4 - Componentes temáticas do Guadiana
Página 7 - Actividades no Guadiana
Página 8 - Aproveitamento turístico no Rio Guadiana
Página 11 - Conclusão
Página 12 - Bibliografia
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3. Introdução
Ao longo deste trabalho iremos falar especificamente sobre a bacia hidrográfica
do guadiana, desenvolvendo os seguintes pontos:
A sua caracterização;
Os seus principais rios, afluentes e subafluentes;
Caracterização das suas componentes humanas (elementos naturais e
humanos);
Promover o destino com base no ponto anterior;
Seu aproveitamento turístico.
Bacia hidrográfica do Guadiana
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A Bacia Hidrográfica do Rio Guadiana abrange uma área total de
aproximadamente 66.800 km2, situando-se cerca de 55.220 km2 (83%) em
Espanha e 11.580 km2(17%) em Portugal. Com uma forma alongada, esta bacia
desenvolve-se no sentido Este-Oeste em Espanha e Norte-Sul em Portugal. Em
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4. território nacional, os vales dos principais afluentes do rio Guadiana são
encaixados, situando-se maioritariamente entre as cotas 50 m e 100 m.
No que diz respeito ao próprio rio Guadiana, este nasce nas lagoas de Ruidera,
em Espanha, a cerca de 1.700 m de altitude, percorrendo aproximadamente 810
km até à foz, junto à cidade de Vila Real de Santo António. Em Portugal o rio
Guadiana percorre cerca de 260 km, parte dos quais delimita a fronteira entre
Portugal e Espanha (110 km).
Afluentes e subafluentes da bacia hidrográfica do Guadiana
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Entre os principais afluentes e subafluentes do rio Guadiana referem-se, na
margem direita: o rio Xévora, o rio Caia, a ribeira do Lucefécit, o rio Degebe, a
ribeira de Odearça, o rio Cobres, a ribeira de Oeiras, a ribeira de Carreiras, a
ribeira do Vascão e a ribeira de Odeleite. Na margem esquerda, o rio Ardila, a
ribeira do Chança e a ribeira do Enxoé.
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5. Componentes temáticas do Guadiana
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1. Componente Fluvial, a cargo do Núcleo de Recursos Hídricos e
Estruturas Hidráulicas (NRE) - LNEC:
Nesta Componente, abordar-se-ão as questões relativas às afluências de água
doce ao estuário, abrangendo os caudais afluentes, a hidrodinâmica, a
sedimentologia e a qualidade da água.
2. Componente Estuaria, a cargo do Núcleo de Estuários e Zonas Costeiras
(NEC) - LNEC:
Esta Componente abordará os problemas do intervalo estuarino da área em
estudo, nomeadamente os relativos a:
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Hidrodinâmica;
Salinidade;
Transporte de sedimentos;
Qualidade ambiental.
3. Componente Dinâmica Costeira, a cargo do Núcleo de Estuários e Zonas
Costeiras (NEC) - LNEC:
Nesta Componente visa-se a caracterização geomorfológica do intervalo de
costa adjacente à entrada do Guadiana, bem como o estudo dos impactos de
natureza morfológica na orla costeira devido às obras previstas para a bacia
do Guadiana.
4. Componente Águas Subterrâneas a cargo do Núcleo de Águas
Subterrâneas (NAS) - LNEC:
Abordam-se nesta Componente os aspetos relativos à recarga, ao uso, à 4
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qualidade e à vulnerabilidade à poluição das formações geológicas aflorantes
na margem direita do rio Guadiana a jusante da confluência com o rio Chança e,
com maior especificidade, as formações sedimentares da região de Castro
Marim - Vila Real de Santo António.
Será também estudada a posição da interface água doce - água salgada
resultantes das trocas de água entre os aquíferos e o estuário, e a respetiva
variação face aos cenários de exploração preconizados.
5. Componente Ecossistemas
Esta Componente visa a caracterização dos ecossistemas na área geográfica em
estudo,
cobrindo o corpo de água do estuário, as zonas húmidas adjacentes, em
particular os
pântanos de Castro Marim e da margem espanhola, bem como os ecossistemas
de
características terrestres que dependem do estuário.
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7. Pretende também avaliar as possíveis alterações bióticas no estuário e
pântanos
a que deverá conduzir o cenário de exploração previsto.
Serão abordados os seguintes tópicos:
Flora, vegetação e respectivos habitats;
Produtividade Primária - microalgas e macrófitos;
Zooplâncton;
Fauna mamológica e herpetofauna;
Necessidades em água doce do sistema estuário zona costeira;
Balanços de Matéria Orgânica e Nutrientes;
Cadeias tróficas.
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6. Componente Socioecónomica a cargo do Grupo de Investigação de
Ecologia Social: (GES) - LNEC
Nesta Componente procura-se a perceção dos impactos sociais decorrentes da
construção das infraestruturas hidráulicas na área em estudo (Municípios de
Mértola, Alcoutim, Castro Marim e Vila Real de Santo António).
7. Componente Sistema de Informação
Esta Componente tem como objectivo a constituição de um sistema de
informação a disponibilizar às diversas equipas envolvidas, assim como ao
INAG, de forma organizada, contendo a informação utilizada no
desenvolvimento do estudo, bem como os resultados que forem obtidos.
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8. Actividades no Guadiana
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O passeio de catamaran pelo rio Guadiana tem início em Alcoutim com destino
a Mértola. É a oportunidade de conhecer o Algarve interior de uma perspectiva
diferente. Ao longo das margens do rio Guadiana poderá observar a ruralidade
das pequenas povoações Algarvias e paisagens de grande beleza. Poderá
também deliciar-se com uma refeição típica.
Pelas suas características ambientais, ecológicas e paisagísticas, o rio e as suas
ribeiras, margens e povoações, constituem um elemento inestimável do Algarve.
Duração aproximada da actividade - 5 horas (Incluindo paragens)
Saídas Diárias. O horário da saída está dependente da hora das marés.
Local de encontro - Alcoutim - Caís da Estalagem do Guadiana
Coord. GPS (37° 28' 36.8142" N | 7° 28' 14.8008" W) - Ver Mapa
Preço - €45.00
Preço da refeição - €15.00 (Pago a Bordo)
Preço do serviço Premium - €7.00 (Pago a Bordo)
Actividade disponível todo o ano.
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9. Aproveitamento Turístico da Bacia hidrográfica do Página 7
Guadiana
Navegação:
O Guadiana é um rio com potencialidades para ser navegável até Mértola.
O melhoramento das condições de navegabilidade e de segurança da
navegação, desde a foz até ao Pomarão, abre bons aspectos para a navegação
neste rio e constitui incentivo à sua utilização como via de comunicação do
litoral com o interior. Para montante do Pomarão o rio é navegável até Mértola,
sem condicionamentos de maré, por embarcações de pequeno porte, com
calado (profundidade a que se encontra o ponto mais baixo da quilha de
uma embarcação) inferior a três metros. No entanto, atendendo ao facto de não
existir sinalização nem balizagem, e o fundo ser rochoso, a navegação requer
especial precaução.
Cruzeiros existentes no Guadiana: Vila Real de Santo António, entre Portugal e
Espanha.
A Pesca:
A pesca no Rio Guadiana é uma actividade artesanal, destinada à subsistência
das populações ribeirinhas.
O Rio Guadiana oferece grandes condições para a prática de desportos
náuticos, para a pesca desportiva ou simplesmente para um passeio de barco
tranquilo, que lhe permitirá descobrir os encantos do rio. Nos últimos anos, a
importância da pesca no Guadiana tem vindo a diminuir drasticamente devido à
sua reduzida rentabilidade.
Relativamente às embarcações utilizadas na pesca, existem quatro tipos: o bote,
a pateira ou bateira, a chata e a lancha, sendo esta última a mais utilizada.
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10. O Minério:
O rio é utilizado, desde tempos remotos, como via de acesso aos locais de
exploração do minério e de escoamento do produto extraído.
Em meados do século XIX a empresa proprietária das minas de São Domingos
(a 18 quilómetros de Mértola) mandou levantar no Pomarão uma povoação que
servia de plataforma à actividade, com armazéns, depósitos de mineral, terminal
ferroviário e dois cais de embarque, onde atracavam os navios de transporte de
mineral à vela e a vapor que subiam o Guadiana desde a foz. O minério chegava
ao porto do Pomarão transportado por uma das primeiras linhas de caminho de
ferro construídas em Portugal, em 1858, com 17 km de extensão. A exploração
intensificou-se ficando-se a saber que em 1864 apresentaram-se no Pomarão
563 navios para embarcar minérios.
O Contrabando:
A posição geográfica do Guadiana fez emergir uma economia paralela, baseada
nas “trocas comerciais” clandestinas entre Portugal e Espanha.
O contrabando mais vulgar era o de subsistência, com o qual o contrabandista
apenas queria ganhar algum dinheiro para suprir as necessidades básicas da sua
família.
O contrabando foi uma actividade importante em ambos os lados do Rio, nesta
região de agricultura pobre. O café português e o açúcar eram muito apreciados
em Espanha de onde, por sua vez, chegava bombazina, calçado, conhaque,
miolo de amêndoa e perfumes. Os produtos de contrabando eram, muitas
vezes, passados a nado de uma margem para a outra, dentro de oleados – cada
homem transportava 30 a 40 kg de carga.
As autoridades portuguesas tentaram opor-se a esta realidade construindo em
cada curva do rio um posto da Guarda Fiscal, que permitia assim, a vigilância de
qualquer bocado do rio.
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11. Conclusão
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Neste trabalho abordámos diversos assuntos sobre a bacia hidrográfica do
Guadiana e concluímos queeste abrange uma área total de aproximadamente
66.800 km2, situando-se cerca de 55.220 km2 (83%) em Espanha e 11.580
km2(17%) em Portugal, que tem vários afluentes e subafluentes, que tem 7
componentes temáticas, que tem várias actividades no próprio rio e que é
aproveitado turisticamente de várias formas, desde a pesca até ao minério.
Neste trabalho cumprimos todos os objectivos que o professor nos propôs.
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