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composição,estrutura e diversidade das assembléias de peixes em lago de várzea
1. Universidade Federal do Amazonas – UFAM
Composição, estrutura e diversidade das
assembléias de peixes em lagos de várzea.
Octavio Ferreira de Matos
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2. Introdução
Bacia Amazônica
• Ocupa uma área de 7 milhões km² de superfície de
água
• Nasce nos Andes
• constituída por todos os rios, córregos, ribeirões e
demais cursos de água que deságuam no rio
Amazonas.
• Abrange porções do território do Peru, Colômbia, pt.wikipedia.org
Equador, Venezuela e Bolívia.
• No Brasil abrange 3,8 milhões de quilômetros
quadrados, envolvendo sete Estados, são eles:
Acre, Amazonas, Roraima, Rondônia, Mato Grosso,
Pará e Amapá.
• Várzea – são áreas alagadas periodicamente riosvivos.org.br
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3. Introdução
Flood Pulse Concept
• Conceituado por W. J. Junk em 1989. Mostra a relação do
pulso de inundação (flood pulse) com as áreas alagadas .
• Flood pulse - fenômeno natural que inunda áreas
• Referem-se a principal força na região amazônica que define o
ciclo de vida de muitos organismos aquáticos, incluindo
espécies de peixes e plantas¹
1-(Junk et al.1989) 3
4. Introdução
Funcionamento
• Pulso de inundação conecta Floresta
inundada
o rio ao lago de várzea.
• O grau de conectividade
depende do nível da água do
rio.
• A precipitação tornam-se http://www.palmolivebrasil.com.br
importante nesse contexto.
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5. Introdução
• Em lagos de várzea é possível encontrar três regiões distintas que
são reconhecidas pela importância para a ictiofauna, são: região
central dos lagos, de floresta alagada e a de vegetação aquática²̛ ³
Floresta alagada
Região central
Vegetação
aquática
2- (Saint Paul et al., 2000); 3- (Vega-Corredor,2004) 5
6. Introdução
Riqueza e diversidade de Peixes
• Os peixes representam o grupo de animais mais estudados nas áreas
alagadas, dos quais cerca de 80 a 233 espécies de peixes já foram
capturadas somente em lagos de várzea²̛ ⁴̛ ⁵
• As ordens frequentes são Characiformes, Perciformes e Siluriformes ²̛ ⁶̛
⁷̛ ⁸
acuteangling.com
ucs.louisiana.edu eol.org
Pygocentrus nattereri Cichla monoculus
Pterygoplichthys pardalis
educacao.uol.com.br
acquariofiliaconsapevole.it
kuper-spb.ru
Potamorhina latior
Astronotus crassipinis Hoplosternum littorale
4- (Corrêa et al., 2008); 5- (Petry et al., 2003) 2- (Saint-Paul et al. 2000); 6- (Lowe-McConnell 1987) ; 7- (Mérona e Bittencourt 1993) ; 8- (Soares et al. 2009). 6
7. Justificativa
• Apesar dos vários estudos já realizados nas planícies
amazônicas, muitas lacunas acerca dos mecanismos
e fatores que influenciam as espécies de peixes ainda
são escassas.
• Contribuir com informações a cerca da estrutura e
diversidade da ictiofauna
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8. Objetivos
Objetivo Geral
Caracterizar as assembléias de peixes em lagos de várzea em
conformidade com o aspecto espacial quanto ao tipo de habitat e,
temporal das estações hidrológicas na região.
Objetivo Específico
1) Identificar a composição das assembléias de peixes em lagos de
várzea que habita diferentes regiões e, em conformidade as quatro
estações hidrológicas.
2) Verificar a estrutura e diversidade das assembléias de peixes em
referência aos habitat de macrófitas aquáticas e região de água
aberta nos lagos de várzea.
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9. Área de estudo
Um total de seis lagos de várzea serão avaliados neste estudo:
Baixio, Preto, Ananá, Araçá, Maracá e Controle, localizados na
porção Central da bacia Amazônia, ao longo do rio Solimões, nos
municípios de Iranduba, Manacapuru e Coari.
Fig.1 Figura contendo a localização dos seis lagos de várzea que serão amostrados
no estudo. (Imagem Projeto Piatam) 9
10. Materiais e Métodos
Período
• As pescarias irão ocorrer quatro vezes ao ano, coincidentes com as fases do
ciclo hidrológico da região: vazante, seca, enchente, cheia, nas fisionomias dos
hábitat de macrófitas aquáticas e região central em todos os lagos de várzea
amostrados.
• Esforço da Pesca 12 hrs diárias em cada lago amostrado 06:00 as 18:00
ocorrendo despescas a cada seis horas.
Coletas
Redes de espera, dispostas nos dois
hábitat, com dimensões de 15 metros de
comprimento por 2 metros de altura e os
tamanhos das malhas 30, 40, 50, 60, 70,
80, 90 a 100 mm entre nós opostos.
gforum.tv
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11. Materiais e Métodos
Identificação e biometria dos peixes capturados
• Em campo os peixes capturados serão separados por lotes
especificados
• medidas individuais de peso total (g) e comprimento padrão (cm)
• informações estas que são anotadas em planilhas de papel em
campo e posterior transferidas e armazenadas em um banco de
dados formato Excel.
• As espécies que mostrarem-se difíceis para identificação in loco, os
exemplares serão acondicionados em sacos plásticos devidamente
etiquetados e fixados em formol a 10%, para a identificação nas
dependências do laboratório de Ecologia Pesqueira da UFAM, com o
auxílio de chaves e/ou coleções ictiológicas.
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12. Análise de dados
Análise de Dados:
Índice de Shanon-Wiener (H')
H ' pi (ln pi ) (Shannon & Wiener, 1949)
Onde:
pi ni N
ni é o número de indivíduos da espécie i,
N é o número de indivíduos presentes na amostra.
p = proporção da espécie em relação ao número total de indivíduos
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13. Análise de dados
Índice de Dominância Berger-Parker (d)
d nmax N (Berger & Parker, 1970)
Onde :
nmax é o número de indivíduos da espécie mais abundante; e
N é o número de indivíduos presentes na amostra.
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14. Análise de dados
Estimativa de Equitabilidade
• Diversidade observada
E H ln S (Magurran, 1988),
Onde:
H’ é o índice de diversidade de Shannon;
S é o número de espécie presentes na amostra.
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15. Análise de dados
Constância das espécies
• Grau de importância relativa de cada espécie nas amostragens
C (P *100) / N (Bodenheimer, 1938)
onde:
P = número de coletadas contendo a espécie
N = número total de coletas realizadas.
TAXA
Espécies acidentais = presente em menos de 25% da coleta
Espécies acessórias = presente entre 25% e 50% da coleta
Espécie constante = presente em mais de 50% da coleta
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16. Referências Bibliográficas
Berger, W.H. & Parker, F.L. (1970) Diversity of planktonic Foraminifera in deep sea sediments. Science, v. 168, p. 1345-
7.
Bodenheimer, F.S. 1938. Problems of animal ecology. Oxford. Univ. Press, 179p.
Goulding, M. 1980. The fishes and the Forest: exploration in Amazonian natural history. University of California Press,
Berkeley. 280 pp.
Junk, W.J.; Bayley, P.B.; Sparks, R.E. 1989. The flood pulse concept in river-floodplain systems. Canadian Journal of
Fishers and Aquatic, 106: 110-127
Lévêque, C.; Oberdorff, T.; Paugy, D.; Stiassny, M. L. J.; Tedesco, P. A. 2008. Global diversity of fish (Pisces) in freshwater.
Hydrobiologia, 595: 545-567.
Lowe-McConnel, R. H. 1999. Estudos ecológicos de comunidades de peixes tropicais. Edusp, São Paulo. 535pp.
Saint-Paul, U ; Zuanon, J. ; Correa, M. A. V. ; Garcia, M. ; Fabré, N. N. ; Berger, U. ; Junk, W. J. 2000. Fish communities in
central Amazonian white- and blackwater floodplains. Environmental Biology of Fishes 57: 235-250.
Sánchez-Botero, J. I.; Araújo-Lima, C. A. R. M. 2001. As macrófitas aquáticas como berçário para a ictiofauna da várzea
do rio Amazonas. Acta Amazonica, 3 (3): 437-447.
Santos, G. M.; Ferreira, Ferreira E. J. G.,. 1999. Peixes da Bacia Amazônica. 345-373. In: R.G.
Soares, M. G. M.; Silva, F. R.; Anjos, H. D. B.; Prestes, L.; Bevilaqua, D. R.; Campos, C. P. 2009. Ambientes de pesca e a
ictiofauna do complexo lacustre do lago grande de Manacapuru, AM: Composição taxonômica e parâmetros
populacionais. In: Fraxe, T. J. P.; Witkoski, A. C. (Eds). A pesca na Amazônia Central – Ecologia, conhecimento
tradicional e formas de manejo. Editora EDUA, Manaus. p 59-89.
Shannon, C. E., and W. Weaver. 1949. The Mathematical Theory of Communication. Urbana, University of Illinois Press,
117 pp.
Vega-Corredor, M.C.F. 2004. Influência das variações temporais da disponibilidade relativa de habitats sobre a
comunidade de peixes em um lago de várzea da Amazônia Central. Dissertação de Mestrado INPA/UFAM,
Manaus. 89pp.
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