O documento descreve o positivismo, uma corrente filosófica que surgiu na França no século XIX e defende que o único conhecimento verdadeiro é o conhecimento científico, baseado em métodos e observações empíricas. Apresenta os principais expoentes do positivismo como Auguste Comte e o Círculo de Viena, além de discutir influências no Brasil e críticas à teoria.
2. Definição
O
posi'vismo
é
uma
linha
teórica
da
sociologia
que
surgiu
na
França
no
começo
do
século
XIX.
Esta
escola
filosófica
ganhou
força
na
Europa
na
segunda
metade
do
século
XIX
e
começo
do
XX,
período
em
que
chegou
ao
Brasil.
Em
linhas
gerais,
ele
propõe
à
existência
humana
valores
completamente
humanos,
afastando
radicalmente
a
teologia
e
a
metaGsica,
embora
incorporando-‐as
em
uma
filosofia
da
história.
Positivismo
3. Princípios
O
posi'vismo
defende
a
idéia
de
que
o
conhecimento
cien1fico
é
a
única
forma
de
conhecimento
verdadeiro.
De
acordo
com
os
posi'vistas
somente
pode-‐se
afirmar
que
uma
teoria
é
correta
se
ela
foi
comprovada
através
de
métodos
cienLficos
válidos.
Os
posi'vistas
não
consideram
os
conhecimentos
ligados
as
crenças,
supers'ção
ou
qualquer
outro
que
não
possa
ser
comprovado
cien'ficamente.
Para
eles,
o
progresso
da
humanidade
depende
exclusivamente
dos
avanços
cienLficos.
Positivismo
4. Influências no Brasil
Sua
representação
máxima
foi
o
emprego
da
frase
posi'vista:
“Ordem
e
Progresso”
Extraída
da
fórmula
máxima
do
Posi'vismo:
"O
amor
por
princípio,
a
ordem
por
base,
o
progresso
por
fim.”
A
frase
tenta
passar
a
imagem
de
que
cada
coisa
em
seu
devido
lugar
conduziria
para
a
perfeita
orientação
é'ca
da
vida
social.
Positivismo
5.
6.
“The
posi've
method
can
be
judged
of
only
in
ac'on.
It
cannot
be
looked
at
by
itself,
apart
from
the
work
on
which
it
is
employed.”
Comte,
Auguste.
Course
of
Posi+ve
Philosophy.
1830
Auguste Comte
7. O
método
geral
do
posi'vismo
de
Auguste
Comte
consiste
na
observação
dos
fenômenos,
opondo-‐se
ao
racionalismo
e
ao
idealismo,
por
meio
da
promoção
do
primado
da
experiência
sensível,
única
capaz
de
produzir
a
par'r
dos
dados
concretos
(posi'vos)
a
verdadeira
ciência
(na
concepção
posi'vista),
sem
qualquer
atributo
teológico
ou
metaGsico,
subordinando
a
imaginação
à
observação,
tomando
como
base
apenas
o
mundo
Gsico
ou
material.
Auguste Comte
8. O
Posi'vismo
nega
à
ciência
qualquer
possibilidade
de
inves'gar
a
causa
dos
fenômenos
naturais
e
sociais,
considerando
este
'po
de
pesquisa
inú'l
e
inacessível,
voltando-‐se
para
a
descoberta
e
o
estudo
das
leis
(relações
constantes
entre
os
fenômenos
observáveis).
Auguste Comte
9. Em
sua
obra
Apelo
aos
conservadores,
Comte
definiu
a
palavra
"posi'vo"
com
sete
acepções:
Auguste Comte
§ Real
§ ÚDl
§ Certo
§ Preciso
§ RelaDvo
§ Orgânico
§ SimpáDco
10.
11. O
posi'vismo
lógico
ou
neoposi'vismo
foi
desenvolvido
pelo
Círculo
de
Viena
e
buscava
manter
distância
da
metaGsica.
O
Círculo
defendia
que
para
uma
mudança
social
era
preciso
uma
mudança
de
concepção
de
mundo
e
que
esta
deveria
ser
a
concepção
cien1fica.
Rudolf Carnap
12. Este
grupo
também
defendia
que
os
problemas
tradicionais
filosóficos
deveriam
ser
eliminados
mediante
análise
lógica
da
linguagem.
Círculo
de
Viena
Rudolf Carnap
13. Porém
ao
assumir
um
caráter
epistemológico
e
linguís'co,
pode-‐se
aproximar
da
metaGsica
no
que
diz
respeito
da
natureza
da
mente
e
da
linguagem
humana.
Para
evitar
isso,
Carnap
assumiu
uma
postura
instrumentalista.
Carnap
projetou
um
sistema
construcional
lógico,
para
a
validação
de
conceitos
e
objetos
ditos
cienLficos.
Rudolf Carnap
15. “A bondade é azul”
A
metaGsica
para
Carnap
pode
ter
um
valor
pessoal,
expressivo
e
até
mesmo
poé'co,
mas
não
pode
ser
considerada
empiricamente
significa'va.
Não
se
trata
de
ter
enunciados
falsos
ou
verdadeiros,
apenas
apresentam
erros
lógicos
e
não
podem
ser
reduzidos
em
seu
sistema,
portanto
não
fazem
parte
do
saber
unificado.
Rudolf Carnap
16.
O
posiDvismo
lógico
foi
uma
doutrina
constantemente
atacada
e
criDcada.
§ Carnap
foi
acusado
de
adotar
critérios
epistemológicos
estritos
que
tendem
a
eliminar
não
somente
a
metaGsica
como
as
próprias
ciências
empíricas.
§ Com
as
crí'cas,
o
autor
foi
modificando
de
posição
ao
decorrer
de
sua
obra,
tentando
reparar
o
que
era
argumentado.
Rudolf Carnap
17. Críticas aos problemas e limitações da teoria
(apresentado
pelo
livro
“Oposições
Filosóficas,
cap.
2)
1. Contradição
com
o
obje'vo
proposto
pelo
sistema
de
unificar
as
ciências;
2. Os
objetos
Gsicos
(nível
2)
são
melhores
para
cons'tuir
o
nível
fundamental
de
obje'vidade;
3. Verificabilidade
x
Confirmabilidade.
Rudolf Carnap
18. Lógica Indutiva (probabilidade)
Rudolf Carnap
c
=
confirmação
de
um
enunciado
s
=
probabilidade
de
ser
verdadeiro
e
=
evidência
experimental
q=
resultado
[0
sendo
falso,
1
sendo
verdadeiro]
19. Rudolf Carnap
Confirmação de instância qualificada
Não
busca
confirmar
da
Lei
universal
em
si,
mas
sim
a
confirmação
de
seu
próximo
caso
de
aplicação.
20. O
Posi'vismo
lógico
foi
a
primeira
filosofia
da
ciência
profissionalizada
e
moderna,
centrada
no
tratamento
de
problemas
epistemológicos.
Mas
foi
considerada
inadequada
para
lidar
com
a
a'vidade
cienLfica
devido
a
suas
noções
lógicas
fundamentais
equivocadas.
Rudolf Carnap
21. FUNDACIONISTA DO CIRCULO DE VIENA e
Institute for Visual Education de Oxford
2.3
DE NEURATH
“Segundo a qual somos
como marinheiros que
devem reparar seu navio
enquanto nele navegam,
sem poder atracar em doca
seca”
O T T ON E U R AT H
+
CO
N
V
ERG
ÊN
CIA
Viena, 1882 - Oxford, 1945
-
D
IVERG
ÊN
CIA
O F I S I C A L I S M O
FALIBILISTA / NATURALISTA
Uma fundamentação sólida qualquer para as ciências é necessaria.
Fisicalismo parece um tato mais convita, menos
liberal e menos falibilista , possui um carácter
mais metodologico
e menos ontológico.
ARISTÓELES, DESCARTES E KANT.
NEURATH vs CARNAP
NEURATH vs CARNAP
Um sistema para unidade da ciência deve poder
superar a dualidade tradicional entre ciecias da
natureza e as ciências do espírito (as ciências
humanas), como ramos irreconciliáveis
Todas as leis científicas (fisica, ciencias humanas...)
Constituem um único sistema unificado.
22. O T T ON E U R AT H
P1,
f(t)
-
Fica de fora da ciência unificada, pelo fato de versar
sobre estruturas fora do tiempo e do espaço
METAFÍSICA.
Leis não são enunciados genuínos
ou referenciais, mas apenas ferra-
mentas metodológicas por meio
das quais, a partir de enunciados
observacionais, que expressam
nossas predições
( caráter metodológico )
O F I S I C A L I S M O
0
2
S1,
f(s)
1
S I S T E M A
D A C I Ê N C I A
U N I F I C A D A
REQUISITO QUE IMPÕE AS LEIS E QUE
TRATEM DE ESTRUTURAS DADAS NO
ESPAÇO E NO TEMPO
P 1 & S 2 .
A unidade da
ciência deriva de
uma unidade de
sintaxe da lingua-
gem da ciência
CONDIÇÕES DA LEI /
CONDIÇÕES DA ENUNCIADO
P R I M E R O
S E G U N D O
A verdade de um enunciado
consiste em sua coerência , no
fato de poder ele ser admitido
em um sistema
P 1
em o
SISTEMA DA CIÊNCIA UNIFICADA
A própria concepção
do sistema de leis da
ciência unificada, o sistema
não e construido a partir de
suas partes, mas já possui
uma unidade fundamental
preliminar.
S 2
ENUNCIADO = VERDADEIRO
pelo fato de ser admitido em um
sistema
ENUNCIADO = FALSO
e excluído por causa de uma revisão em
um sistema
UM ENUNCIADO SO PODEM SER
COMPARDOS COM OTROS ENUNCIA-
DOS. Não estados de coisas, fatos do
mundo ou dados por dos sentidos
Sim x [ s , t ] ;
sim Ǝ Px ;
sim Ǝ Sx ;
> Ǝ f(x)
23. "Que los
límites de mi
lenguaje, son
los límites de
mi mundo"
-
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Referências
muito obrigado