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1. INTRODUÇÃO

A interação dos elementos vento, chuva, temperatura, umidade e radiação contribui para
a formação das regiões bioclimatológicas da terra nas quais, historicamente, nasceram e
interagem todas as formas de vida. Portanto, pode-se dizer que o clima, mais que
quaisquer outros sistemas naturais, transcende todas as fronteiras das atividades naturais
e humanas, influindo na água, nas plantas, na fauna e na agricultura. É a atuação desses
fatores e elementos que determina as condições climáticas dos lugares e é responsável
pelas diferenças entre as paisagens.

Quanto aos fatores climáticos, como relevo, latitude, altitude, distância ou proximidade
do mar, posição geográfica e vegetação, são estáticos e influenciam o clima em menor
grau de intensidade, em mesoescala. Quando a escala do estudo torna-se local, a
topografia, a superfície do solo e a vegetação passam a ser relevantes nas alterações dos
aspectos ambientais do sítio urbano.

Pela interação entre esses componentes e fatores climáticos, e considerando-se ainda as
diversas regiões da terra, que ocorre a formação dos climas.

2. CLIMA URBANO E VEGETAÇÃO

As plantas formam um meio ambiente específico, que tem evoluído em formas e
comunidades diferentes, tendo se adaptado aos tipos de clima, precipitações e solos.

As plantas influenciam o clima e o meio urbano em geral devido à influência que
exercem em microclimas urbanos, atuando no controle da incidência solar, da
temperatura e na umidade do ar, dos ventos, das chuvas e exercendo um efeito
moderador da poluição do ar. A vegetação contribui para se obter uma ambiência
urbana agradável, pois protege dos efeitos da radiação solar, criando um efeito de filtro.
Em alguns casos, elas constituem canais e barreiras, nas quais as folhagens funcionam
como relevantes obstáculos.

A relação entre vegetação e temperatura do ar se dá no controle da radiação solar, do
vento e da umidade do ar. A vegetação também serve para reduzir a incidência de
precipitação no solo e modifica a concentração da umidade na atmosfera e na superfície
adjacente. Possui muitas funções ambientais, podendo ser utilizada na arquitetura, na
engenharia civil, no controle climático, no controle da temperatura e no umedecimento
do ar.

3. CLIMA URBANO E ARQUITETURA

IZARD & GUYOT (1980) abordam as questões climáticas no contexto da arquitetura
bioclimática. Questionam como se pode proporcionar, aos ocupantes dos edifícios que
se constroem atualmente, ambientes interiores confortáveis gastando-se o mínimo de
energia, não se utilizando mais que as disposições puramente arquitetônicas. Para
responderem a esse questionamento, são abordados aspectos relacionados com o clima,
entre os quais se destacam os elementos climáticos mais relevantes: a temperatura do ar
e seu regime diário, a umidade do ar e seu regime diário, a velocidade e o setor de vento
e seu regime diário, e a intensidade da radiação solar direta e difusa, em regime diário.
KONYA (1981) relaciona, como os elementos climáticos principais para o bem-estar
humano e para o desenho de edifícios, a radiação solar, a temperatura, a umidade, o
vento, as precipitações e fatores especiais, como os movimentos sísmicos, tormentas de
poeira, etc. Ele diz que se deve reconhecer e analisar certa quantidade de dados
climáticos para cada lugar concreto, como temperaturas médias, máximas e mínimas
mensais, diárias, umidade relativa média, máxima e mínima mensais, precipitações
médias mensais, estado de céu, quantidade média de radiação solar, e direção e
velocidade dos ventos dominantes, dentre outros fatores.

Recomenda que se deve avaliar a freqüência, a provável duração e as características dos
fenômenos climáticos extremos e de curta duração.

DOCHERTY & SZOKOLAY (1999) tratam sobre as técnicas e ferramentas de desenho
para a produção da arquitetura bioclimática. Eles acreditam que o resultado da análise
climática deveria ser um dos mais importantes ingredientes no processo de criação de
um projeto de arquitetura, desde sua fase embrionária.

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os processos de urbanização e industrialização, ao mesmo tempo que

constituem um excelente indicador do nível de desenvolvimento alcançado, também
comportam problemas relacionados com a deterioração geral do meio urbano e da sua
qualidade de vida.

A investigação e a análise do clima urbano proporciona benefícios que visam tornar a
vida nas cidades mais agradável e saudável para seus habitantes. O estudo do clima
urbano é fundamental para o desenho urbano, apresentando subsídios para que se possa
desenvolver outros estudos apropriados para o planejamento e ordenação do espaço
urbano, enfocado em sua totalidade.

As orientações teóricas de HOUNG (1998) e de FRANCO (1997, 2000) são
fundamentais para nortear as atividades dos profissionais que trabalham com a cidade. É
preciso ter-se uma visão ambiental nos processos técnicos, econômicos, políticos e de
desenho que dão forma ao meio urbano. É necessário considerarem-se os processos
naturais que ocorrem na cidade e buscar-se sempre o desenvolvimento sustentável, uma
vez que essa sustentabilidade está diretamente relacionada com mudanças radicais
relacionadas com as questões que envolvem a pobreza, a poluição, a tecnologia e os
estilos de vida. Deve-se ter em mente que, para se alcançar a sustentabilidade ambiental,
é necessário uma participação democrática de todos.

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Como a vegetação influencia o clima urbano

  • 1. 1. INTRODUÇÃO A interação dos elementos vento, chuva, temperatura, umidade e radiação contribui para a formação das regiões bioclimatológicas da terra nas quais, historicamente, nasceram e interagem todas as formas de vida. Portanto, pode-se dizer que o clima, mais que quaisquer outros sistemas naturais, transcende todas as fronteiras das atividades naturais e humanas, influindo na água, nas plantas, na fauna e na agricultura. É a atuação desses fatores e elementos que determina as condições climáticas dos lugares e é responsável pelas diferenças entre as paisagens. Quanto aos fatores climáticos, como relevo, latitude, altitude, distância ou proximidade do mar, posição geográfica e vegetação, são estáticos e influenciam o clima em menor grau de intensidade, em mesoescala. Quando a escala do estudo torna-se local, a topografia, a superfície do solo e a vegetação passam a ser relevantes nas alterações dos aspectos ambientais do sítio urbano. Pela interação entre esses componentes e fatores climáticos, e considerando-se ainda as diversas regiões da terra, que ocorre a formação dos climas. 2. CLIMA URBANO E VEGETAÇÃO As plantas formam um meio ambiente específico, que tem evoluído em formas e comunidades diferentes, tendo se adaptado aos tipos de clima, precipitações e solos. As plantas influenciam o clima e o meio urbano em geral devido à influência que exercem em microclimas urbanos, atuando no controle da incidência solar, da temperatura e na umidade do ar, dos ventos, das chuvas e exercendo um efeito moderador da poluição do ar. A vegetação contribui para se obter uma ambiência urbana agradável, pois protege dos efeitos da radiação solar, criando um efeito de filtro. Em alguns casos, elas constituem canais e barreiras, nas quais as folhagens funcionam como relevantes obstáculos. A relação entre vegetação e temperatura do ar se dá no controle da radiação solar, do vento e da umidade do ar. A vegetação também serve para reduzir a incidência de precipitação no solo e modifica a concentração da umidade na atmosfera e na superfície adjacente. Possui muitas funções ambientais, podendo ser utilizada na arquitetura, na engenharia civil, no controle climático, no controle da temperatura e no umedecimento do ar. 3. CLIMA URBANO E ARQUITETURA IZARD & GUYOT (1980) abordam as questões climáticas no contexto da arquitetura bioclimática. Questionam como se pode proporcionar, aos ocupantes dos edifícios que se constroem atualmente, ambientes interiores confortáveis gastando-se o mínimo de energia, não se utilizando mais que as disposições puramente arquitetônicas. Para responderem a esse questionamento, são abordados aspectos relacionados com o clima, entre os quais se destacam os elementos climáticos mais relevantes: a temperatura do ar e seu regime diário, a umidade do ar e seu regime diário, a velocidade e o setor de vento e seu regime diário, e a intensidade da radiação solar direta e difusa, em regime diário.
  • 2. KONYA (1981) relaciona, como os elementos climáticos principais para o bem-estar humano e para o desenho de edifícios, a radiação solar, a temperatura, a umidade, o vento, as precipitações e fatores especiais, como os movimentos sísmicos, tormentas de poeira, etc. Ele diz que se deve reconhecer e analisar certa quantidade de dados climáticos para cada lugar concreto, como temperaturas médias, máximas e mínimas mensais, diárias, umidade relativa média, máxima e mínima mensais, precipitações médias mensais, estado de céu, quantidade média de radiação solar, e direção e velocidade dos ventos dominantes, dentre outros fatores. Recomenda que se deve avaliar a freqüência, a provável duração e as características dos fenômenos climáticos extremos e de curta duração. DOCHERTY & SZOKOLAY (1999) tratam sobre as técnicas e ferramentas de desenho para a produção da arquitetura bioclimática. Eles acreditam que o resultado da análise climática deveria ser um dos mais importantes ingredientes no processo de criação de um projeto de arquitetura, desde sua fase embrionária. 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS Os processos de urbanização e industrialização, ao mesmo tempo que constituem um excelente indicador do nível de desenvolvimento alcançado, também comportam problemas relacionados com a deterioração geral do meio urbano e da sua qualidade de vida. A investigação e a análise do clima urbano proporciona benefícios que visam tornar a vida nas cidades mais agradável e saudável para seus habitantes. O estudo do clima urbano é fundamental para o desenho urbano, apresentando subsídios para que se possa desenvolver outros estudos apropriados para o planejamento e ordenação do espaço urbano, enfocado em sua totalidade. As orientações teóricas de HOUNG (1998) e de FRANCO (1997, 2000) são fundamentais para nortear as atividades dos profissionais que trabalham com a cidade. É preciso ter-se uma visão ambiental nos processos técnicos, econômicos, políticos e de desenho que dão forma ao meio urbano. É necessário considerarem-se os processos naturais que ocorrem na cidade e buscar-se sempre o desenvolvimento sustentável, uma vez que essa sustentabilidade está diretamente relacionada com mudanças radicais relacionadas com as questões que envolvem a pobreza, a poluição, a tecnologia e os estilos de vida. Deve-se ter em mente que, para se alcançar a sustentabilidade ambiental, é necessário uma participação democrática de todos.