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DHCP 
Introdução ao DHCP 
Neste trabalho apresentaremos uma série de conceitos teóricos sobre o funcionamento do DHCP. Mencionaremos como funciona o processo de concessão de endereços IP (também conhecido como lease), expondo sobre os conceitos de escopo, superescopo, reserva de endereço, ativação do servidor DHCP no Active Directory e demais conceitos relacionados ao DHCP. 
Definindo DHCP 
O DHCP é a abreviatura de Dynamic Host Configuration Protocol. O DHCP é um serviço utilizado para automatizar as configurações do protocolo TCP/IP nos dispositivos de rede (computadores, impressoras, hubs, switchs, ou seja, qualquer dispositivo conectado à rede e que esteja utilizando o protocolo TCP/IP). 
Sem o uso do DHCP, o administrador da rede e a sua equipe teriam que configurar, manualmente, as propriedades do protocolo TCP/IP em cada dispositivo de rede (genericamente denominados hosts). Com o uso do DHCP esta tarefa pode ser completamente automatizada. O uso do DHCP traz diversos benefícios, dentro os quais podemos destacar os seguintes: 
 Automação do processo de configuração do protocolo TCP/IP nos dispositivos da rede. 
 Facilidade de alteração de parâmetros tais como Default Gateway, Servidor DNS e assim por diante, em todos os dispositivos da rede, através de uma simples alteração no servidor DHCP. 
 Eliminação de erros de configuração, tais como digitação incorreta de uma máscara de sub-rede ou utilização do mesmo número IP em dois dispositivos diferentes, gerando um conflito de endereço IP. 
O que é o DHCP - Dynamic Host Configuration Protocol?
No protocolo TCP/IP, em um equipamento de rede, o protocolo TCP/IP precisa que sejam configurados uma série de parâmetros. Os principais parâmetros que devem ser configurados para que o protocolo TCP/IP funcione corretamente são os seguintes: 
 Número IP 
 Máscara de sub-rede 
 Default Gateway (Gateway Padrão) 
 Número IP de um ou mais servidores DNS 
 Número IP de um ou mais servidores WINS 
 Sufixos de pesquisa do DNS 
Em uma rede com centenas ou até mesmo milhares de estações de trabalho, configurar o TCP/IP manualmente, em cada estação de trabalho é uma tarefa bastante trabalhosa, que envolve tempo e exige uma equipe técnica para executar este trabalho. Além disso, sempre que houver mudanças em algum dos parâmetros de configuração (como por exemplo uma mudança no número IP do servidor DNS), a reconfiguração terá que ser feita manualmente em todas as estações de trabalho da rede. Por exemplo, imagine que o número IP do Default Gateway teve que ser alterado devido a uma reestruturação da rede. Neste caso a equipe de suporte teria que ir de computador em computador, alterando as propriedades do protocolo TCP/IP, para informar o novo número IP do Default Gateway, isto é, alterando o número IP antigo do Default Gateway para o novo número. Um trabalho e tanto. 
Além disso, com a configuração manual, sempre podem haver erros de configuração. Por exemplo, basta que o técnico que está configurando uma estação de trabalho, digite um valor incorreto para a máscara de sub-rede, para que a estação de trabalho não consiga mais se comunicar com a rede. E problemas como este podem ser difíceis de detectar. Muitas vezes o técnico pode achar que o problema é com a placa de rede, com o driver da placa ou com outras configurações. Até descobrir que o problema é um simples erro na máscara de sub-rede pode ter sido consumido um bom tempo: do técnico e do funcionário que utiliza o computador, o qual ficou sem poder acessar a rede. E hoje em dia sem acesso á rede significa, na prática, sem poder trabalhar. 
Bem, descrevo estas situações apenas para ilustrar o quanto é difícil e oneroso manter a configuração do protocolo TCP/IP manualmente, quando
temos um grande número de estações de trabalho em rede. Pode até nem ser “tão grande” este número, com redes a partir da 30 ou 50 estações de trabalho já começa a ficar difícil a configuração manual do protocolo TCP/IP. 
Para resolver esta questão e facilitar a configuração e administração do protocolo TCP/IP é que foi criado o DHCP. DHPC é a abreviatura de: Dynamic Host Configuration Protocol (Protocolo de configuração dinâmica de hosts). Você pode instalar um ou mais servidores DHCP em sua rede e fazer com que os computadores e demais dispositivos que precisem de configurações do TCP/IP, obtenham estas configurações, automaticamente, a partir do servidor DHCP. 
Por exemplo, considere uma estação de trabalho configurada para utilizar o DHCP. Durante a inicialização, esta estação de trabalho entra em um processo de “descobrir” um servidor DHCP na rede (mais adiante detalharei como é este processo de “descoberta” do servidor DHCP). Uma vez que a estação de trabalho consegue se comunicar com o servidor DHCP, ela recebe todas as configurações do protocolo TCP/IP, diretamente do servidor DHCP. Ou seja, com o uso do DHCP, o administrador pode automatizar as configurações do protocolo TCP/IP em todas os computadores da rede. 
Com o uso do DHCP, a distribuição de endereços IP e demais configurações do protocolo TCP/IP (máscara de sub-rede, default gateway, número IP do servidor DNS e assim por diante) é automatizada e centralizadamente gerenciada. O administrador cria faixas de endereços IP que serão distribuídas pelo servidor DHCP (faixas estas chamadas de escopos) e associa outras configurações com cada faixa de endereços, tais como um número IP do Default Gateway, a máscara de sub-rede, o número IP de um ou mais servidores DNS, o número IP de um ou mais servidores WINS e assim por diante. 
Todo o trabalho de configuração do protocolo TCP/IP que teria que ser feito manualmente, agora pode ser automatizado com o uso do DHCP. Imagine somente uma simples situação, mas que serve para ilustrar o quanto o DHCP é útil. Vamos supor que você é o administrador de uma rede com 3000 estações de trabalho. Todas as estações de trabalho estão configuradas com o protocolo TCP/IP. As configurações são feitas manualmente, não é utilizado um servidor DHCP na rede. Você utiliza um único servidor externo, do seu provedor de
Internet, com servidor DNS. O número IP deste servidor DNS está configurado em todas as estações de trabalho da rede. O seu Provedor de Internet sofreu uma reestruturação e teve que alterar o número IP do servidor DNS (veja que é uma situação que está fora do controle do administrador da rede, já que a alteração foi no servidor DNS do provedor). Como você configura o TCP/IP manualmente nos computadores da rede, só resta uma solução: pôr a sua equipe em ação para visitar as 3000 estações de trabalho da rede, alterando o número IP do servidor DNS em cada uma delas. Em cada estação de trabalho o técnico terá que acessar as propriedades do protocolo TCP/IP e alterar o endereço IP do servidor DNS para o novo endereço. Um trabalho e tanto, sem contar que podem haver erros durante este processo. 
Agora imagine esta mesma situação, só que ao invés de configurar o TCP/IP manualmente você está utilizando o DHCP para fazer as configurações do TCP/IP automaticamente. Nesta situação, quando houve a alteração do número IP do servidor DNS, bastaria alterar esta opção nas propriedades do escopo de endereços IP no servidor DHCP e pronto. Na próxima reinicialização, os computadores da rede já receberiam o novo número IP do servidor DNS, sem que você ou um único membro da sua equipe tivesse que reconfigurar uma única estação de trabalho. Bem mais simples, mais produtivo e menos propenso a erros. 
Isso é o DHCP, um serviço para configuração automática do protocolo TCP/IP nos computadores e demais dispositivos da rede que utilizam o protocolo TCP/IP. Configuração feita de maneira automática e centralizada. Em redes baseadas em TCP/IP, o DHCP reduz a complexidade e a quantidade de trabalho administrativo envolvido na configuração e reconfiguração do protocolo TCP/IP. 
Termos utilizados no DHCP 
O DHCP é composto de diversos elementos. O servidor DHCP e os clientes DHCP. No servidor DHCP são criados escopos e definidas as configurações que os clientes DHCP irão receber. A seguir apresento uma série de termos relacionados ao DHCP. Estes termos serão explicados em detalhes até o final desta lição. 
 Servidor DHCP: É um servidor onde foi instalado e configurado o serviço DHCP. Após a instalação de um servidor DHCP ele tem que ser autorizado no
Active Directory, antes que ele possa, efetivamente, atender a requisições de clientes. O procedimento de autorização no Active Directory é uma medida de segurança, para evitar que servidores DHCP sejam introduzidos na rede sem o conhecimento do administrador. 
 Cliente DHCP: É qualquer dispositivo de rede capaz de obter as configurações do TCP/IP a partir de um servidor DHCP. Por exemplo, uma estação de trabalho com o Windows 95/98/Me, Windows NT Workstation 4.0, Windows 2000 Professional, Windows XP, Windows Vista, uma impressora com placa de rede habilitada ao DHCP e assim por diante. 
o Escopo: Um escopo é o intervalo consecutivo completo des endereços IP possíveis para uma rede (por exemplo, a faixa de 10.10.10.100 a 10.10.10.150, na rede 10.10.10.0/255.255.255.0). Em geral, os escopos definem uma única sub-rede física, na rede na qual serão oferecidos serviços DHCP. Os escopos também fornecem o método principal para que o servidor gerencie a distribuição e atribuição de endereços IP e outros parâmetros de configuração para clientes na rede, tais como o Default Gateway, Servidor DNS e assim por diante. 
o Superescopo: Um superescopo é um agrupamento administrativo de escopos que pode ser usado para oferecer suporte a várias sub-redes IP lógicas na mesma sub-rede física. Os superescopos contêm somente uma lista de escopos associados ou escopos filho que podem ser ativados em cojunto. Os superescopos não são usados para configurar outros detalhes sobre o uso de escopo. Para configurar a maioria das propriedades usadas em um superescopo, você precisa configurar propriedades de cada escopo associado, individualmente. Por exemplo, se todos os computadores devem receber o mesmo número IP de Default Gateway, este número tem que ser configurado em cada escopo, individualmente. Não tem como fazer esta configuração no Superescopo e todos os escopos (que compõem o Superescopo), herdarem estas configurações. 
o Intervalo de exclusão: Um intervalo de exclusão é uma seqüência limitada de endereços IP dentro de um escopo, excluído dos endereços que são fornecidos pelo DHCP. Os intervalos de exclusão asseguram que quaisquer endereços
nesses intervalos não são oferecidos pelo servidor para clientes DHCP na sua rede. Por exemplo, dentro da faixa 10.10.10.100 a 10.10.10.150, na rede 10.10.10.0/255.255.255.0 de um determinado escopo, você pode criar uma faixa de exclusão de 10.10.10.120 a 10.10.10.130. Os endereços da faixa de exclusão não serão utilizados pelo servidor DHCP para configurar os clientes DHCP. 
o Pool de endereços: Após definir um escopo DHCP e aplicar intervalos de exclusão, os endereços remanescentes formam o pool de endereços disponíveis dentro do escopo. Endereços em pool são qualificados para atribuição dinâmica pelo servidor para clientes DHCP na sua rede. No nosso exemplo, onde temos o escopo com a faixa 10.10.10.100 a 10.10.10.150, com uma faixa de exclusão de 10.10.10.120 a 10.10.10.130, o nosso pool de endereços é formado pelos endereços de 10.10.10.100 a 10.10.10.119, mais os endereços de 10.10.10.131 a 10.10.10.150. 
o Concessão: Uma concessão é um período de tempo especificado por um servidor DHCP durante o qual um computador cliente pode usar um endereço IP que ele recebeu do servidor DHCP (diz-se atribuído pelo servidor DHCP). Uma concessão está ativa quando ela está sendo utilizada pelo cliente. Geralmente, o cliente precisa renovar sua atribuição de concessão de endereço com o servidor antes que ela expire. Uma concessão torna-se inativa quando ela expira ou é excluída no servidor. A duração de uma concessão determina quando ela irá expirar e com que freqüência o cliente precisa renová-la no servidor. 
o Reserva: Você usa uma reserva para criar uma concessão de endereço permanente pelo servidor DHCP. As reservas asseguram que um dispositivo de hardware especificado na sub-rede sempre pode usar o mesmo endereço IP. A reserva é criada associada ao endereço de Hardware da placa de rede, conhecido como MAC-Address. No servidor DHCP você cria uma reserva, associando um endereço IP com um endereço MAC. Quando o computador (com o endereço MAC para o qual existe uma reserva) é inicializado, ele entre em contato com o servidor DHCP. O servidor DHCP verifica que existe uma reserva para aquele MAC-Address e configura o computador com o endereço IP associado ao Mac-address. Caso haja algum problema na placa de rede do computador e a placa tenha que ser substituída, mudará o MAC-Address e a
reserva anterior terá que ser excluída e uma nova reserva terá que ser criada, utilzando, agora, o novo Mac-Address. 
o Tipos de opção: Tipos de opção são outros parâmetros de configuração do cliente que um servidor DHCP pode atribuir aos clientes. Por exemplo, algumas opções usadas com freqúência incluem endereços IP para gateways padrão (roteadores), servidores WINS (Windows Internet Name System) e servidores DNS (Domain Name System). Geralmente, esses tipos de opção são ativados e configurados para cada escopo. O console de Administração do serviço DHCP também permite a você configurar tipos de opção padrão que são usados por todos os escopos adicionados e configurados no servidor. A maioria das opção é predefinida através da RFC 2132, mas você pode usar o console DHCP para definir e adicionar tipos de opção personalizados, se necessário. 
Como o DHCP funciona 
O DHCP utiliza um modelo cliente/servidor. O administrador da rede instala e configura um ou mais servidores DHCP. As informações de configuração – escopos de endereços IP, reservas e outras opções de configuração – são mantidas no banco de dados dos servidores DHCP. O banco de dados do servidor inclui os seguintes itens: 
 Parâmetros de configuração válidos para todos os cliente na rede (número IP do Default Gateway, número IP de um ou mais servidores DNS e assim por diante). Estas configurações podem ser diferentes para cada escopo. 
 Endereços IP válidos mantidos em um pool para serem atribuídos aos clientes além de reservas de endereços IP. 
 Duração das concessões oferecidas pelo servidor. A concessão define o período de tempo durante o qual o endereço IP atribuído pode ser utilizado pelo cliente. Conforme mostrarei mais adiante, o cliente tenta renovar esta concessão em períodos definidos, antes que a concessão expire. 
Com um servidor DHCP instalado e configurado na rede, os clientes com DHCP podem obter os endereços IP e os parâmetros de configuração relacionados, dinamicamente, sempre que forem inicializados. Os servidores DHCP fornecem essa configuração na forma de uma oferta de concessão de endereço para os clientes solicitantes. 
Configuração automática do cliente
Se os clientes estiverem configurados para usar um servidor DHCP (em vez de serem configurados manualmente com um endereço IP e outros parâmetros), o serviço do cliente DHCP entrará em funcionamento a cada vez que o computador for inicializado. O serviço do cliente DHCP usa um processo de três etapas para configurar o cliente com um endereço IP e outras informações de configuração. 
 O cliente DHCP tenta localizar um servidor DHCP e obter as configurações do protocolo TCP/IP, a partir desse servidor. 
 Se um servidor DHCP não puder ser encontrado, o cliente DHCP configura automaticamente seu endereço IP e máscara de sub-rede usando um endereço selecionado da rede classe B reservada, 169.254.0.0, com a máscara de sub-rede, 255.255.0.0 (recurso APIPA). O cliente DHCP irá fazer uma verificação na rede, para ver se o endereço que ele está se auto- atribuindo (usando o recurso APIPA) já não está em uso na rede. Se o endereço já estiver em uso será caracterizado um conflito de endereços. Se um conflito for encontrado, o cliente selecionará outro endereço IP. A cada conflito de endereço, o cliente irá tentar novamente a configuração automática após 10 tentativas ou até que seja utilizado um endereço que não gere conflito. 
 Depois de selecionar um endereço no intervalo de rede 169.254.0.0 que não está em uso, o cliente DHCP irá configurar a interface com esse endereço. O cliente continua a verificar se um servidor DHCP não está disponível. Esta verificação é feita a cada cinco minutos. Se um servidor DHCP for encontrado, o cliente abandonará as informações configuradas automaticamente (endereço da rede 169.254.0.0/255.255.0.0). Em seguida, o cliente DHCP usará um endereço oferecido pelo servidor DHCP (e quaisquer outras informações de opções de DHCP fornecidas) para atualizar as definições de configuração IP. 
Caso o cliente DHCP já tenha obtido previamente uma concessão de um servidor DHCP (durante uma inicialização anterior) e esta concessão ainda não tenha expirado, ocorrerá a seguinte seqüência modificada de eventos, em relação a situação anterior: 
 Se a concessão de cliente ainda estiver válida (não expirada) no momento da inicialização, o cliente irá tentar renovar a concessão com o servidor DHCP. 
 Se durante a tentativa de renovação o cliente não conseguir localizar qualquer servidor DHCP, ele irá tentar efetuar o ping no gateway padrão que ele recebeu
do servidor DHCP anteriormente. Dependendo do sucesso ou falha do ping, o cliente DHCP procederá conforme o seguinte: 
1. Se um ping para o gateway padrão for bem-sucedido, o cliente DHCP presumirá que ainda está localizado na mesma rede em que obteve a concessão atual e continuará a usar a concessão. Por padrão, o cliente irá tentar renovar a concessão quando 50 por cento do tempo de concessão tiver expirado. 
2. Se uma solicitação de ping do gateway padrão falhar, o cliente presumirá que foi movido para uma rede em que não estão disponíveis servidores DHCP, como uma rede doméstica ou uma rede de uma pequena empresa, onde não está disponível servidor DHCP (pode ser o exemplo de um vendedor conectando um notebook em um ponto da rede de um pequeno cliente). 
O cliente irá configurar automaticamente o endereço IP conforme descrito anteriormente. Uma vez que configurado automaticamente, o cliente continua a tentar localizar um servidor DHCP a cada cinco minutos e obter uma nova concessão de endereço IP e de demais configurações. 
Não esqueça: APIPA é isso. A sigla é mais complicada do que a funcionalidade. Se você está se preparando para os exames de Certificação do Windows 2000 Server, fique atento a esta funcionalidade. Normalmente aparecem questões envolvendo conhecimentos desta funcionalidade. 
Conclusão: 
A automação da configuração de maquinas ligadas a uma rede IP pode ser implantada utilizando-se o DHCP. Aqui, como em qualquer outro processo de automação, é preciso que a configuração desse serviço seja feita de forma apropriada à rede em questão, e que não leve a comprometer seu funcionamento e sua segurança. Conhecendo-se o DHCP, seus recursos e suas falhas, assim como os recursos do servidor utilizado, pode-se utiliza-lo como um aliado na administração de uma rede.
DNS 
Introdução 
O uso de nomes ao inve´s de nu´ meros para referenciar enderec¸os web e´ essencial para que o uso da internet pela sociedade seja uma experieˆncia fa´cil e intuitiva. Todos estamos acostumados com os enderec¸os web, que sa˜o fa´ceis de se lembrar e intuitivos. Pore´m a internet na˜o funciona com nomes canoˆ nicos e sim com nu´ meros de enderec¸o IP para referenciar servidores e usua´rios na rede. O traduc¸a˜o entre o nome intuitivo e o enderec¸o IP e´ feito por um sistema e protocolo da camada de aplicac¸a˜o chamado DNS, Domain Name System, cujos servic¸os sa˜o essenciais para a internet ser uma fonte de informações mais acess´ıvel. 
Protocolo e Sistema DNS 
O DNS, Domain Name System, e´ um sistema e protocolo da camada de aplicac¸a˜o cuja tarefa principal e´ traduzir o nome de dom´ınio de um hospedeiro(host) para o seu enderec¸o IP. 
E´ um sistema pois sua estrutura e´ um grande banco de dados distribu´ıdo implementado em uma hierarquia de servidores de nome espalhados pelo mundo, e um protocolo pois permite que os hospedeiros consultem essa grande estrutura. Va´rios protocolos e aplicações da internet (HTTP. SMTP e FTP) utilizam os servic¸os providos pelo DNS, isso o torna um protocolo essencial para o correto funcionamento das principais aplicac¸o˜ es da rede. Ale´m de traduzir um enderec¸o de dom´ınio o DNS realiza a traduc¸a˜o de apelidos de hospedeiros para nomes canônicos e traduc¸a˜o de apelidos de servidor de e-mails para nomes canoˆ nicos. Esses servic¸os facilitam o uso da internet pela sociedade uma vez que um nome e´ muito mais fa´cil de se memorizar que um nu´ mero de va´rios d´ıgitos. 
A estrutura hiera´rquica do DNS e´ composta de 3 n´ıveis: os servidores de nome raiz; os servidores de nomes de dom´ınio de alto n´ıvel (TLD) e os
servidores de nomes com autoridade. Cada um dos n´ıveis e´ responsa´vel por indicar para o cliente qual servidor de n´ıvel inferior ele deve consultar para obter a informac¸a˜o desejada. Os servidores raiz indicam os servidores TLD, que indicam os servidores com autoridade para um dom´ınio. O servidor com autoridade e´ que realmente responde a requisic¸a˜o do cliente e traduz o nome de enderec¸o para um nu´ mero IP. Ale´m desses existe o servidor de nomes local que na˜o faz parte estritamente da hierarquia, mas e´ essencial para a arquitetura DNS. E´ quem ira´ responder e resolver para os usua´rios as perguntas DNS. 
Registros de Recurso 
Os servidores DNS armazenam de maneira distribu´ıda os registros de recurso (RR) que fornecem mapeamentos de nomes de hospedeiros para enderec¸os IP. As mensagem de resposta do DNS carregam um ou mais desses registros. Um registro e´ representado por uma tupla: (N ame, V alue, T ype, T T L). O T T L indica o tempo de vida u´ til do registro, o tempo que ele ficara´ armazenado nos caches dos servidores DNS. O fato dos servido- res DNS armazenarem em cache os registros mais recentes requisitados ajuda muito no desempenho da rede, uma vez que diminuem o atraso e a quantidade de mensagens que varrem a internet. Existem va´rios tipos de RR, os principais sa˜o [Kurose and Ross 2006]: 
• Type A: registro onde o name e´ um nome de hospedeiro e value e´ o respectivo enderec¸o IP. 
• Type NS: registro onde o name e´ um nome e´ um dom´ınio e value e´ o nome de um servidor de nomes com autoridade que sabe como obter os enderec¸os IP para hospedeiros do dom´ınio. Esse tipo e´ usado para encaminhar consultas DNS para outros servidores. 
• Type CNAME: registro onde o name e´ um apelido de hospedeiro e value e´ o respectivo nome canoˆ nico. 
• Type MX: registro onde o name e´ um apelido de servidor de email e value e´ o respectivo nome canoˆ nico. 
requisic¸a˜ o
Os passos de uma requisic¸a˜o DNS o cliente deseja consultar o enderec¸o para o dom´ınio www.exemplo.br. Ele primeiramente pergunta para o seu servidor DNS local (passo 1); o servidor local pergunta para algum dos servi- dores DNS raiz (passo 2); que encaminha a requisic¸a˜o para o servidor TLD .br (passo3); os passos de requisições seguem ate´ que o servidor local obte´m a resposta do servidor de autoridade e encaminha para o cliente o registro com o enderec¸o IP desejado. 
Exitem dois tipos de consulta: a interativa e a recursiva. As consultas realizadas pelo servidor de nomes local para os servidores raiz, TLD e com autoridade sa˜o consultas iterativas. As consultas feitas por um cliente para o seu servidor de nomes local e´ chamada de recursiva, pois o servidor local e´ quem resolve a requisic¸a˜o feita pelo cliente. 
Cache DNS 
Como dito acima uma consulta DNS exige uma grande quantidade de trocas de mensa- gens, por conta disso os servidores guardam os registro mais recentemente requisitados. Esses registros sa˜o armazenado nos caches por um tempo determinado pelo TTL do re- gistro, esse TTL e´ definido pelo administrador do servidor de nomes com autoridade para o dom´ınio do registro. Os registros do tipo NS tambe´m sa˜o armazenados em cache. Na pro´ xima sec¸a˜o veremos como uma atacante pode envenenar os caches de um servidor de nomes. 
Para o atacante obter sucesso no cache poisoning as seguinte premissas devem ser satis- feitas: 
• O registro RR do nome para o qual o atacante quer forjar na˜o pode estar no cache do servidor de nomes sendo atacado, uma vez que todas as requisic¸o˜ es para esse registro na˜o ativara˜o o processo de resoluc¸a˜o desse nome pelo servidor v´ıtima. As- sim o atacante na˜o tem uma requisic¸a˜o pendente para envenenar. O atacante deve, dessa maneira, esperar o tempo TTL que o registro ficara´ no cache do servidor para tentar um ataque.
• O atacante deve acertar os valores dos paraˆmetros de ID de requisic¸a˜o e porta de 
origem, para que a resposta envenenada seja aceita. 
• O atacante deve ser mais ra´pido que o servidor de nomes com autoridade para o RR a ser forjado. O atacante deve acertar os paraˆmetros antes que a resposta auteˆntica chegue no servidor de nomes sendo atacado. 
Vulnerabilidades e chances do atacante 
Nessa seção descrevemos as caracter´ısticas vulnera´veis que uma implementac¸a˜o de um ser- vidor de nomes DNS pode apresentar e como elas ajudam nas chances de sucesso do atacante no envenenamento de cache. 
As vulnerabilidades estão relacionas principalmente na escolha do paraˆmetros chaves, o id de requisição e o nu´ mero de porta origem, pelo servidor que faz a requisic¸a˜o, assumindo que o atacante tem conhecimento dos campos da pergunta que foi feita para a resposta que ele deseja fraudar. Se a escolha dos paraˆmetros for determin´ıstica o atacante pode facilmente deduzi-los e ter sucesso no envenenamento. Dessa maneira a escolha desses paraˆmetros deve ser aleato´ ria, ou o mais pro´ ximo de aleato´ ria poss´ıvel. Um servidor que usa nu´ meros de porta origem e de IDs de requisic¸a˜o aleato´ rios mas possui um gerador de nu´ meros pseudoaleatórios previs´ıvel esta˜o vulnera´veis da mesma maneira. Esse tipo de vulnerabilidade foi observada por exemplo no servidor de nomes BIND. 
Uma outra vulnerabilidade e´ um servidor de nomes local que trabalhe em modo recursivo, aceitar requisic¸o˜ es de qualquer tipo de cliente. Um servidor trabalha em modo recursivo quando e´ ele quem resolve qualquer requisic¸a˜o de enderec¸o feita por um cliente. Isso permite que um atacante fac¸a requisic¸o˜es nesse servidor para forc¸a-lo a resolver essa requisic¸a˜o e dessa maneira iniciar o processo de consulta DNS que permite ao atacante injetar o registro envenenado no cache do servidor.
E´ interessante que o servidor de nomes local aceite somente requisições feitas por clientes que realmente precisem do servic¸o do servidor, isso pode ser feito pelo administrador do servidor de nomes que fixa os nu´ meros de IP que podem fazer requisições, o que reduz a possibilidade de ataque. 
Em antigas implementações o ID de requisic¸a˜o da mensagem DNS utilizado era simplesmente incrementado a cada nova requisic¸a˜o feita. Com esse tipo de escolha o atacante pode facilmente adivinhar o ID de requisic¸a˜o da pro´xima mensagem a ser utilizada. Uma maneira simples de fazer isso e´: o atacante faz uma requisic¸a˜o ao servidor v´ıtima para procurar por um enderec¸o para um nome de dom´ınio que ele controle; o servidor v´ıtima ira´ procurar recursivamente pelo registro para o nome requisitado e no final do processo fara´ a pergunta para o servidor de nomes com autoridade sobe controle do atacante; o atacante agora simplesmente observa o campo de ID de requisic¸a˜o da mensagem enviada pelo servidor v´ıtima, ele pode responder ou na˜o a sua pro´ pria requisic¸a˜o. Se um servidor de nomes utiliza nu´ mero de portas origem fixo o mesmo processo pode ser utilizado para obter o nu´ mero de porta da requisic¸a˜o. 
Conclusão: 
Praticamente todas as aplicações usadas na internet utilizam os servic¸os providos pelo DNS, e isso o torna uma atração para atacantes e pessoas de má fé´. A propósito o dns permite que mais de um nome seja associado a um IP. Isso permite que se hospede mais de um site em um único servidor. Sem seu uso tráfego de arquivos, comunicação entre redes extranets e intranet seria muito reduzido em seus quesitos.
Bibliografia: 
KUROSE; ROSS. Rede de Computadores. São Paulo-SP, Pearson, 6ª Edição, 2014.

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Trabalho rede de computadores 6º si

  • 1. UNIVERSIDADE VALE DO RIO DOCE FACULDADE DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO CURSO EM SISTEMAS DE INFORMÇÃO Alexandre Gomes Carlos Torres Gedeon de Jesus Marcos Vinícius Walfredo Almeida Yuri Rocha Camada de Aplicação – DNS / DHCP Governador Valadares 2014
  • 2. DHCP Introdução ao DHCP Neste trabalho apresentaremos uma série de conceitos teóricos sobre o funcionamento do DHCP. Mencionaremos como funciona o processo de concessão de endereços IP (também conhecido como lease), expondo sobre os conceitos de escopo, superescopo, reserva de endereço, ativação do servidor DHCP no Active Directory e demais conceitos relacionados ao DHCP. Definindo DHCP O DHCP é a abreviatura de Dynamic Host Configuration Protocol. O DHCP é um serviço utilizado para automatizar as configurações do protocolo TCP/IP nos dispositivos de rede (computadores, impressoras, hubs, switchs, ou seja, qualquer dispositivo conectado à rede e que esteja utilizando o protocolo TCP/IP). Sem o uso do DHCP, o administrador da rede e a sua equipe teriam que configurar, manualmente, as propriedades do protocolo TCP/IP em cada dispositivo de rede (genericamente denominados hosts). Com o uso do DHCP esta tarefa pode ser completamente automatizada. O uso do DHCP traz diversos benefícios, dentro os quais podemos destacar os seguintes:  Automação do processo de configuração do protocolo TCP/IP nos dispositivos da rede.  Facilidade de alteração de parâmetros tais como Default Gateway, Servidor DNS e assim por diante, em todos os dispositivos da rede, através de uma simples alteração no servidor DHCP.  Eliminação de erros de configuração, tais como digitação incorreta de uma máscara de sub-rede ou utilização do mesmo número IP em dois dispositivos diferentes, gerando um conflito de endereço IP. O que é o DHCP - Dynamic Host Configuration Protocol?
  • 3. No protocolo TCP/IP, em um equipamento de rede, o protocolo TCP/IP precisa que sejam configurados uma série de parâmetros. Os principais parâmetros que devem ser configurados para que o protocolo TCP/IP funcione corretamente são os seguintes:  Número IP  Máscara de sub-rede  Default Gateway (Gateway Padrão)  Número IP de um ou mais servidores DNS  Número IP de um ou mais servidores WINS  Sufixos de pesquisa do DNS Em uma rede com centenas ou até mesmo milhares de estações de trabalho, configurar o TCP/IP manualmente, em cada estação de trabalho é uma tarefa bastante trabalhosa, que envolve tempo e exige uma equipe técnica para executar este trabalho. Além disso, sempre que houver mudanças em algum dos parâmetros de configuração (como por exemplo uma mudança no número IP do servidor DNS), a reconfiguração terá que ser feita manualmente em todas as estações de trabalho da rede. Por exemplo, imagine que o número IP do Default Gateway teve que ser alterado devido a uma reestruturação da rede. Neste caso a equipe de suporte teria que ir de computador em computador, alterando as propriedades do protocolo TCP/IP, para informar o novo número IP do Default Gateway, isto é, alterando o número IP antigo do Default Gateway para o novo número. Um trabalho e tanto. Além disso, com a configuração manual, sempre podem haver erros de configuração. Por exemplo, basta que o técnico que está configurando uma estação de trabalho, digite um valor incorreto para a máscara de sub-rede, para que a estação de trabalho não consiga mais se comunicar com a rede. E problemas como este podem ser difíceis de detectar. Muitas vezes o técnico pode achar que o problema é com a placa de rede, com o driver da placa ou com outras configurações. Até descobrir que o problema é um simples erro na máscara de sub-rede pode ter sido consumido um bom tempo: do técnico e do funcionário que utiliza o computador, o qual ficou sem poder acessar a rede. E hoje em dia sem acesso á rede significa, na prática, sem poder trabalhar. Bem, descrevo estas situações apenas para ilustrar o quanto é difícil e oneroso manter a configuração do protocolo TCP/IP manualmente, quando
  • 4. temos um grande número de estações de trabalho em rede. Pode até nem ser “tão grande” este número, com redes a partir da 30 ou 50 estações de trabalho já começa a ficar difícil a configuração manual do protocolo TCP/IP. Para resolver esta questão e facilitar a configuração e administração do protocolo TCP/IP é que foi criado o DHCP. DHPC é a abreviatura de: Dynamic Host Configuration Protocol (Protocolo de configuração dinâmica de hosts). Você pode instalar um ou mais servidores DHCP em sua rede e fazer com que os computadores e demais dispositivos que precisem de configurações do TCP/IP, obtenham estas configurações, automaticamente, a partir do servidor DHCP. Por exemplo, considere uma estação de trabalho configurada para utilizar o DHCP. Durante a inicialização, esta estação de trabalho entra em um processo de “descobrir” um servidor DHCP na rede (mais adiante detalharei como é este processo de “descoberta” do servidor DHCP). Uma vez que a estação de trabalho consegue se comunicar com o servidor DHCP, ela recebe todas as configurações do protocolo TCP/IP, diretamente do servidor DHCP. Ou seja, com o uso do DHCP, o administrador pode automatizar as configurações do protocolo TCP/IP em todas os computadores da rede. Com o uso do DHCP, a distribuição de endereços IP e demais configurações do protocolo TCP/IP (máscara de sub-rede, default gateway, número IP do servidor DNS e assim por diante) é automatizada e centralizadamente gerenciada. O administrador cria faixas de endereços IP que serão distribuídas pelo servidor DHCP (faixas estas chamadas de escopos) e associa outras configurações com cada faixa de endereços, tais como um número IP do Default Gateway, a máscara de sub-rede, o número IP de um ou mais servidores DNS, o número IP de um ou mais servidores WINS e assim por diante. Todo o trabalho de configuração do protocolo TCP/IP que teria que ser feito manualmente, agora pode ser automatizado com o uso do DHCP. Imagine somente uma simples situação, mas que serve para ilustrar o quanto o DHCP é útil. Vamos supor que você é o administrador de uma rede com 3000 estações de trabalho. Todas as estações de trabalho estão configuradas com o protocolo TCP/IP. As configurações são feitas manualmente, não é utilizado um servidor DHCP na rede. Você utiliza um único servidor externo, do seu provedor de
  • 5. Internet, com servidor DNS. O número IP deste servidor DNS está configurado em todas as estações de trabalho da rede. O seu Provedor de Internet sofreu uma reestruturação e teve que alterar o número IP do servidor DNS (veja que é uma situação que está fora do controle do administrador da rede, já que a alteração foi no servidor DNS do provedor). Como você configura o TCP/IP manualmente nos computadores da rede, só resta uma solução: pôr a sua equipe em ação para visitar as 3000 estações de trabalho da rede, alterando o número IP do servidor DNS em cada uma delas. Em cada estação de trabalho o técnico terá que acessar as propriedades do protocolo TCP/IP e alterar o endereço IP do servidor DNS para o novo endereço. Um trabalho e tanto, sem contar que podem haver erros durante este processo. Agora imagine esta mesma situação, só que ao invés de configurar o TCP/IP manualmente você está utilizando o DHCP para fazer as configurações do TCP/IP automaticamente. Nesta situação, quando houve a alteração do número IP do servidor DNS, bastaria alterar esta opção nas propriedades do escopo de endereços IP no servidor DHCP e pronto. Na próxima reinicialização, os computadores da rede já receberiam o novo número IP do servidor DNS, sem que você ou um único membro da sua equipe tivesse que reconfigurar uma única estação de trabalho. Bem mais simples, mais produtivo e menos propenso a erros. Isso é o DHCP, um serviço para configuração automática do protocolo TCP/IP nos computadores e demais dispositivos da rede que utilizam o protocolo TCP/IP. Configuração feita de maneira automática e centralizada. Em redes baseadas em TCP/IP, o DHCP reduz a complexidade e a quantidade de trabalho administrativo envolvido na configuração e reconfiguração do protocolo TCP/IP. Termos utilizados no DHCP O DHCP é composto de diversos elementos. O servidor DHCP e os clientes DHCP. No servidor DHCP são criados escopos e definidas as configurações que os clientes DHCP irão receber. A seguir apresento uma série de termos relacionados ao DHCP. Estes termos serão explicados em detalhes até o final desta lição.  Servidor DHCP: É um servidor onde foi instalado e configurado o serviço DHCP. Após a instalação de um servidor DHCP ele tem que ser autorizado no
  • 6. Active Directory, antes que ele possa, efetivamente, atender a requisições de clientes. O procedimento de autorização no Active Directory é uma medida de segurança, para evitar que servidores DHCP sejam introduzidos na rede sem o conhecimento do administrador.  Cliente DHCP: É qualquer dispositivo de rede capaz de obter as configurações do TCP/IP a partir de um servidor DHCP. Por exemplo, uma estação de trabalho com o Windows 95/98/Me, Windows NT Workstation 4.0, Windows 2000 Professional, Windows XP, Windows Vista, uma impressora com placa de rede habilitada ao DHCP e assim por diante. o Escopo: Um escopo é o intervalo consecutivo completo des endereços IP possíveis para uma rede (por exemplo, a faixa de 10.10.10.100 a 10.10.10.150, na rede 10.10.10.0/255.255.255.0). Em geral, os escopos definem uma única sub-rede física, na rede na qual serão oferecidos serviços DHCP. Os escopos também fornecem o método principal para que o servidor gerencie a distribuição e atribuição de endereços IP e outros parâmetros de configuração para clientes na rede, tais como o Default Gateway, Servidor DNS e assim por diante. o Superescopo: Um superescopo é um agrupamento administrativo de escopos que pode ser usado para oferecer suporte a várias sub-redes IP lógicas na mesma sub-rede física. Os superescopos contêm somente uma lista de escopos associados ou escopos filho que podem ser ativados em cojunto. Os superescopos não são usados para configurar outros detalhes sobre o uso de escopo. Para configurar a maioria das propriedades usadas em um superescopo, você precisa configurar propriedades de cada escopo associado, individualmente. Por exemplo, se todos os computadores devem receber o mesmo número IP de Default Gateway, este número tem que ser configurado em cada escopo, individualmente. Não tem como fazer esta configuração no Superescopo e todos os escopos (que compõem o Superescopo), herdarem estas configurações. o Intervalo de exclusão: Um intervalo de exclusão é uma seqüência limitada de endereços IP dentro de um escopo, excluído dos endereços que são fornecidos pelo DHCP. Os intervalos de exclusão asseguram que quaisquer endereços
  • 7. nesses intervalos não são oferecidos pelo servidor para clientes DHCP na sua rede. Por exemplo, dentro da faixa 10.10.10.100 a 10.10.10.150, na rede 10.10.10.0/255.255.255.0 de um determinado escopo, você pode criar uma faixa de exclusão de 10.10.10.120 a 10.10.10.130. Os endereços da faixa de exclusão não serão utilizados pelo servidor DHCP para configurar os clientes DHCP. o Pool de endereços: Após definir um escopo DHCP e aplicar intervalos de exclusão, os endereços remanescentes formam o pool de endereços disponíveis dentro do escopo. Endereços em pool são qualificados para atribuição dinâmica pelo servidor para clientes DHCP na sua rede. No nosso exemplo, onde temos o escopo com a faixa 10.10.10.100 a 10.10.10.150, com uma faixa de exclusão de 10.10.10.120 a 10.10.10.130, o nosso pool de endereços é formado pelos endereços de 10.10.10.100 a 10.10.10.119, mais os endereços de 10.10.10.131 a 10.10.10.150. o Concessão: Uma concessão é um período de tempo especificado por um servidor DHCP durante o qual um computador cliente pode usar um endereço IP que ele recebeu do servidor DHCP (diz-se atribuído pelo servidor DHCP). Uma concessão está ativa quando ela está sendo utilizada pelo cliente. Geralmente, o cliente precisa renovar sua atribuição de concessão de endereço com o servidor antes que ela expire. Uma concessão torna-se inativa quando ela expira ou é excluída no servidor. A duração de uma concessão determina quando ela irá expirar e com que freqüência o cliente precisa renová-la no servidor. o Reserva: Você usa uma reserva para criar uma concessão de endereço permanente pelo servidor DHCP. As reservas asseguram que um dispositivo de hardware especificado na sub-rede sempre pode usar o mesmo endereço IP. A reserva é criada associada ao endereço de Hardware da placa de rede, conhecido como MAC-Address. No servidor DHCP você cria uma reserva, associando um endereço IP com um endereço MAC. Quando o computador (com o endereço MAC para o qual existe uma reserva) é inicializado, ele entre em contato com o servidor DHCP. O servidor DHCP verifica que existe uma reserva para aquele MAC-Address e configura o computador com o endereço IP associado ao Mac-address. Caso haja algum problema na placa de rede do computador e a placa tenha que ser substituída, mudará o MAC-Address e a
  • 8. reserva anterior terá que ser excluída e uma nova reserva terá que ser criada, utilzando, agora, o novo Mac-Address. o Tipos de opção: Tipos de opção são outros parâmetros de configuração do cliente que um servidor DHCP pode atribuir aos clientes. Por exemplo, algumas opções usadas com freqúência incluem endereços IP para gateways padrão (roteadores), servidores WINS (Windows Internet Name System) e servidores DNS (Domain Name System). Geralmente, esses tipos de opção são ativados e configurados para cada escopo. O console de Administração do serviço DHCP também permite a você configurar tipos de opção padrão que são usados por todos os escopos adicionados e configurados no servidor. A maioria das opção é predefinida através da RFC 2132, mas você pode usar o console DHCP para definir e adicionar tipos de opção personalizados, se necessário. Como o DHCP funciona O DHCP utiliza um modelo cliente/servidor. O administrador da rede instala e configura um ou mais servidores DHCP. As informações de configuração – escopos de endereços IP, reservas e outras opções de configuração – são mantidas no banco de dados dos servidores DHCP. O banco de dados do servidor inclui os seguintes itens:  Parâmetros de configuração válidos para todos os cliente na rede (número IP do Default Gateway, número IP de um ou mais servidores DNS e assim por diante). Estas configurações podem ser diferentes para cada escopo.  Endereços IP válidos mantidos em um pool para serem atribuídos aos clientes além de reservas de endereços IP.  Duração das concessões oferecidas pelo servidor. A concessão define o período de tempo durante o qual o endereço IP atribuído pode ser utilizado pelo cliente. Conforme mostrarei mais adiante, o cliente tenta renovar esta concessão em períodos definidos, antes que a concessão expire. Com um servidor DHCP instalado e configurado na rede, os clientes com DHCP podem obter os endereços IP e os parâmetros de configuração relacionados, dinamicamente, sempre que forem inicializados. Os servidores DHCP fornecem essa configuração na forma de uma oferta de concessão de endereço para os clientes solicitantes. Configuração automática do cliente
  • 9. Se os clientes estiverem configurados para usar um servidor DHCP (em vez de serem configurados manualmente com um endereço IP e outros parâmetros), o serviço do cliente DHCP entrará em funcionamento a cada vez que o computador for inicializado. O serviço do cliente DHCP usa um processo de três etapas para configurar o cliente com um endereço IP e outras informações de configuração.  O cliente DHCP tenta localizar um servidor DHCP e obter as configurações do protocolo TCP/IP, a partir desse servidor.  Se um servidor DHCP não puder ser encontrado, o cliente DHCP configura automaticamente seu endereço IP e máscara de sub-rede usando um endereço selecionado da rede classe B reservada, 169.254.0.0, com a máscara de sub-rede, 255.255.0.0 (recurso APIPA). O cliente DHCP irá fazer uma verificação na rede, para ver se o endereço que ele está se auto- atribuindo (usando o recurso APIPA) já não está em uso na rede. Se o endereço já estiver em uso será caracterizado um conflito de endereços. Se um conflito for encontrado, o cliente selecionará outro endereço IP. A cada conflito de endereço, o cliente irá tentar novamente a configuração automática após 10 tentativas ou até que seja utilizado um endereço que não gere conflito.  Depois de selecionar um endereço no intervalo de rede 169.254.0.0 que não está em uso, o cliente DHCP irá configurar a interface com esse endereço. O cliente continua a verificar se um servidor DHCP não está disponível. Esta verificação é feita a cada cinco minutos. Se um servidor DHCP for encontrado, o cliente abandonará as informações configuradas automaticamente (endereço da rede 169.254.0.0/255.255.0.0). Em seguida, o cliente DHCP usará um endereço oferecido pelo servidor DHCP (e quaisquer outras informações de opções de DHCP fornecidas) para atualizar as definições de configuração IP. Caso o cliente DHCP já tenha obtido previamente uma concessão de um servidor DHCP (durante uma inicialização anterior) e esta concessão ainda não tenha expirado, ocorrerá a seguinte seqüência modificada de eventos, em relação a situação anterior:  Se a concessão de cliente ainda estiver válida (não expirada) no momento da inicialização, o cliente irá tentar renovar a concessão com o servidor DHCP.  Se durante a tentativa de renovação o cliente não conseguir localizar qualquer servidor DHCP, ele irá tentar efetuar o ping no gateway padrão que ele recebeu
  • 10. do servidor DHCP anteriormente. Dependendo do sucesso ou falha do ping, o cliente DHCP procederá conforme o seguinte: 1. Se um ping para o gateway padrão for bem-sucedido, o cliente DHCP presumirá que ainda está localizado na mesma rede em que obteve a concessão atual e continuará a usar a concessão. Por padrão, o cliente irá tentar renovar a concessão quando 50 por cento do tempo de concessão tiver expirado. 2. Se uma solicitação de ping do gateway padrão falhar, o cliente presumirá que foi movido para uma rede em que não estão disponíveis servidores DHCP, como uma rede doméstica ou uma rede de uma pequena empresa, onde não está disponível servidor DHCP (pode ser o exemplo de um vendedor conectando um notebook em um ponto da rede de um pequeno cliente). O cliente irá configurar automaticamente o endereço IP conforme descrito anteriormente. Uma vez que configurado automaticamente, o cliente continua a tentar localizar um servidor DHCP a cada cinco minutos e obter uma nova concessão de endereço IP e de demais configurações. Não esqueça: APIPA é isso. A sigla é mais complicada do que a funcionalidade. Se você está se preparando para os exames de Certificação do Windows 2000 Server, fique atento a esta funcionalidade. Normalmente aparecem questões envolvendo conhecimentos desta funcionalidade. Conclusão: A automação da configuração de maquinas ligadas a uma rede IP pode ser implantada utilizando-se o DHCP. Aqui, como em qualquer outro processo de automação, é preciso que a configuração desse serviço seja feita de forma apropriada à rede em questão, e que não leve a comprometer seu funcionamento e sua segurança. Conhecendo-se o DHCP, seus recursos e suas falhas, assim como os recursos do servidor utilizado, pode-se utiliza-lo como um aliado na administração de uma rede.
  • 11. DNS Introdução O uso de nomes ao inve´s de nu´ meros para referenciar enderec¸os web e´ essencial para que o uso da internet pela sociedade seja uma experieˆncia fa´cil e intuitiva. Todos estamos acostumados com os enderec¸os web, que sa˜o fa´ceis de se lembrar e intuitivos. Pore´m a internet na˜o funciona com nomes canoˆ nicos e sim com nu´ meros de enderec¸o IP para referenciar servidores e usua´rios na rede. O traduc¸a˜o entre o nome intuitivo e o enderec¸o IP e´ feito por um sistema e protocolo da camada de aplicac¸a˜o chamado DNS, Domain Name System, cujos servic¸os sa˜o essenciais para a internet ser uma fonte de informações mais acess´ıvel. Protocolo e Sistema DNS O DNS, Domain Name System, e´ um sistema e protocolo da camada de aplicac¸a˜o cuja tarefa principal e´ traduzir o nome de dom´ınio de um hospedeiro(host) para o seu enderec¸o IP. E´ um sistema pois sua estrutura e´ um grande banco de dados distribu´ıdo implementado em uma hierarquia de servidores de nome espalhados pelo mundo, e um protocolo pois permite que os hospedeiros consultem essa grande estrutura. Va´rios protocolos e aplicações da internet (HTTP. SMTP e FTP) utilizam os servic¸os providos pelo DNS, isso o torna um protocolo essencial para o correto funcionamento das principais aplicac¸o˜ es da rede. Ale´m de traduzir um enderec¸o de dom´ınio o DNS realiza a traduc¸a˜o de apelidos de hospedeiros para nomes canônicos e traduc¸a˜o de apelidos de servidor de e-mails para nomes canoˆ nicos. Esses servic¸os facilitam o uso da internet pela sociedade uma vez que um nome e´ muito mais fa´cil de se memorizar que um nu´ mero de va´rios d´ıgitos. A estrutura hiera´rquica do DNS e´ composta de 3 n´ıveis: os servidores de nome raiz; os servidores de nomes de dom´ınio de alto n´ıvel (TLD) e os
  • 12. servidores de nomes com autoridade. Cada um dos n´ıveis e´ responsa´vel por indicar para o cliente qual servidor de n´ıvel inferior ele deve consultar para obter a informac¸a˜o desejada. Os servidores raiz indicam os servidores TLD, que indicam os servidores com autoridade para um dom´ınio. O servidor com autoridade e´ que realmente responde a requisic¸a˜o do cliente e traduz o nome de enderec¸o para um nu´ mero IP. Ale´m desses existe o servidor de nomes local que na˜o faz parte estritamente da hierarquia, mas e´ essencial para a arquitetura DNS. E´ quem ira´ responder e resolver para os usua´rios as perguntas DNS. Registros de Recurso Os servidores DNS armazenam de maneira distribu´ıda os registros de recurso (RR) que fornecem mapeamentos de nomes de hospedeiros para enderec¸os IP. As mensagem de resposta do DNS carregam um ou mais desses registros. Um registro e´ representado por uma tupla: (N ame, V alue, T ype, T T L). O T T L indica o tempo de vida u´ til do registro, o tempo que ele ficara´ armazenado nos caches dos servidores DNS. O fato dos servido- res DNS armazenarem em cache os registros mais recentes requisitados ajuda muito no desempenho da rede, uma vez que diminuem o atraso e a quantidade de mensagens que varrem a internet. Existem va´rios tipos de RR, os principais sa˜o [Kurose and Ross 2006]: • Type A: registro onde o name e´ um nome de hospedeiro e value e´ o respectivo enderec¸o IP. • Type NS: registro onde o name e´ um nome e´ um dom´ınio e value e´ o nome de um servidor de nomes com autoridade que sabe como obter os enderec¸os IP para hospedeiros do dom´ınio. Esse tipo e´ usado para encaminhar consultas DNS para outros servidores. • Type CNAME: registro onde o name e´ um apelido de hospedeiro e value e´ o respectivo nome canoˆ nico. • Type MX: registro onde o name e´ um apelido de servidor de email e value e´ o respectivo nome canoˆ nico. requisic¸a˜ o
  • 13. Os passos de uma requisic¸a˜o DNS o cliente deseja consultar o enderec¸o para o dom´ınio www.exemplo.br. Ele primeiramente pergunta para o seu servidor DNS local (passo 1); o servidor local pergunta para algum dos servi- dores DNS raiz (passo 2); que encaminha a requisic¸a˜o para o servidor TLD .br (passo3); os passos de requisições seguem ate´ que o servidor local obte´m a resposta do servidor de autoridade e encaminha para o cliente o registro com o enderec¸o IP desejado. Exitem dois tipos de consulta: a interativa e a recursiva. As consultas realizadas pelo servidor de nomes local para os servidores raiz, TLD e com autoridade sa˜o consultas iterativas. As consultas feitas por um cliente para o seu servidor de nomes local e´ chamada de recursiva, pois o servidor local e´ quem resolve a requisic¸a˜o feita pelo cliente. Cache DNS Como dito acima uma consulta DNS exige uma grande quantidade de trocas de mensa- gens, por conta disso os servidores guardam os registro mais recentemente requisitados. Esses registros sa˜o armazenado nos caches por um tempo determinado pelo TTL do re- gistro, esse TTL e´ definido pelo administrador do servidor de nomes com autoridade para o dom´ınio do registro. Os registros do tipo NS tambe´m sa˜o armazenados em cache. Na pro´ xima sec¸a˜o veremos como uma atacante pode envenenar os caches de um servidor de nomes. Para o atacante obter sucesso no cache poisoning as seguinte premissas devem ser satis- feitas: • O registro RR do nome para o qual o atacante quer forjar na˜o pode estar no cache do servidor de nomes sendo atacado, uma vez que todas as requisic¸o˜ es para esse registro na˜o ativara˜o o processo de resoluc¸a˜o desse nome pelo servidor v´ıtima. As- sim o atacante na˜o tem uma requisic¸a˜o pendente para envenenar. O atacante deve, dessa maneira, esperar o tempo TTL que o registro ficara´ no cache do servidor para tentar um ataque.
  • 14. • O atacante deve acertar os valores dos paraˆmetros de ID de requisic¸a˜o e porta de origem, para que a resposta envenenada seja aceita. • O atacante deve ser mais ra´pido que o servidor de nomes com autoridade para o RR a ser forjado. O atacante deve acertar os paraˆmetros antes que a resposta auteˆntica chegue no servidor de nomes sendo atacado. Vulnerabilidades e chances do atacante Nessa seção descrevemos as caracter´ısticas vulnera´veis que uma implementac¸a˜o de um ser- vidor de nomes DNS pode apresentar e como elas ajudam nas chances de sucesso do atacante no envenenamento de cache. As vulnerabilidades estão relacionas principalmente na escolha do paraˆmetros chaves, o id de requisição e o nu´ mero de porta origem, pelo servidor que faz a requisic¸a˜o, assumindo que o atacante tem conhecimento dos campos da pergunta que foi feita para a resposta que ele deseja fraudar. Se a escolha dos paraˆmetros for determin´ıstica o atacante pode facilmente deduzi-los e ter sucesso no envenenamento. Dessa maneira a escolha desses paraˆmetros deve ser aleato´ ria, ou o mais pro´ ximo de aleato´ ria poss´ıvel. Um servidor que usa nu´ meros de porta origem e de IDs de requisic¸a˜o aleato´ rios mas possui um gerador de nu´ meros pseudoaleatórios previs´ıvel esta˜o vulnera´veis da mesma maneira. Esse tipo de vulnerabilidade foi observada por exemplo no servidor de nomes BIND. Uma outra vulnerabilidade e´ um servidor de nomes local que trabalhe em modo recursivo, aceitar requisic¸o˜ es de qualquer tipo de cliente. Um servidor trabalha em modo recursivo quando e´ ele quem resolve qualquer requisic¸a˜o de enderec¸o feita por um cliente. Isso permite que um atacante fac¸a requisic¸o˜es nesse servidor para forc¸a-lo a resolver essa requisic¸a˜o e dessa maneira iniciar o processo de consulta DNS que permite ao atacante injetar o registro envenenado no cache do servidor.
  • 15. E´ interessante que o servidor de nomes local aceite somente requisições feitas por clientes que realmente precisem do servic¸o do servidor, isso pode ser feito pelo administrador do servidor de nomes que fixa os nu´ meros de IP que podem fazer requisições, o que reduz a possibilidade de ataque. Em antigas implementações o ID de requisic¸a˜o da mensagem DNS utilizado era simplesmente incrementado a cada nova requisic¸a˜o feita. Com esse tipo de escolha o atacante pode facilmente adivinhar o ID de requisic¸a˜o da pro´xima mensagem a ser utilizada. Uma maneira simples de fazer isso e´: o atacante faz uma requisic¸a˜o ao servidor v´ıtima para procurar por um enderec¸o para um nome de dom´ınio que ele controle; o servidor v´ıtima ira´ procurar recursivamente pelo registro para o nome requisitado e no final do processo fara´ a pergunta para o servidor de nomes com autoridade sobe controle do atacante; o atacante agora simplesmente observa o campo de ID de requisic¸a˜o da mensagem enviada pelo servidor v´ıtima, ele pode responder ou na˜o a sua pro´ pria requisic¸a˜o. Se um servidor de nomes utiliza nu´ mero de portas origem fixo o mesmo processo pode ser utilizado para obter o nu´ mero de porta da requisic¸a˜o. Conclusão: Praticamente todas as aplicações usadas na internet utilizam os servic¸os providos pelo DNS, e isso o torna uma atração para atacantes e pessoas de má fé´. A propósito o dns permite que mais de um nome seja associado a um IP. Isso permite que se hospede mais de um site em um único servidor. Sem seu uso tráfego de arquivos, comunicação entre redes extranets e intranet seria muito reduzido em seus quesitos.
  • 16. Bibliografia: KUROSE; ROSS. Rede de Computadores. São Paulo-SP, Pearson, 6ª Edição, 2014.