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SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL – SENAI
DEPARTAMENTO REGIONAL DE MATO GROSSO
UNIDADE SENAI CUIABÁ
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO TÉCNICO EM SAÚDE E
SEGURANÇA DO TRABALHO
ANDERSON DE SOUZA FRANCA
KELLEN CHRISTIANE DE SOUZA LOBO
MARCUS WINICIUS DA SILVA LUQUES
Orientador: Prof. Esp. Márcio Aurélio Freire - Biólogo
ÁREA: SEGURANÇA DO TRABALHO
CUIABÁ - MT
2014
II
ANDERSON DE SOUZA FRANCA
KELLEN CHRISTIANE DE SOUZA LOBO
MARCUS WINICIUS DA SILVA LUQUES
MANUAL DE MANUSEIO E NORMAS TECNICAS PARA APLICAÇÃO DE
AGROTÓXICOS
Trabalho de Conclusão de Curso
apresentado pelos alunos Anderson de
Souza franca, Kellen Christiane de Souza
Lobo e Marcus Winicius da Silva Luques do
Curso Técnico em Segurança do Trabalho
ao Orientador Professor Esp. Márcio Aurélio
Freire - Biólogo do Curso Técnico em Meio
Ambiente em prol da solicitação da Gerência
da Unidade SENAI Cuiabá.
Professor orientador: Prof. Esp. Márcio Aurélio Freire - Biólogo
CUIABÁ - MT
2014
RELATÓRIO TÉCNICO PARA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO
Anderson de Souza Franca
Kellen Christiane de Souza Lobo
Marcus Winicius da Silva Luques
APROVADO(S) EM: ___/____/_____
BANCA EXAMINADORA
________________________________________
Prof. Esp. Márcio Aurélio Freire- Biólogo
________________________________________
Prof. Esp. Eder Cebalho – Técnico de Segurança no Trabalho
________________________________________
Prof. Esp. Mario Lemos – Administrador
Conceito Final:__________________
Correções necessárias:
IV
RESUMO
A introdução dos agrotóxicos no país foi feita de forma desorganizada,
acompanhada de pacotes tecnológicos que introduzia a mecanização em larga
escala, associada a outros fatores de produção. Neste quadro, o enfoque básico é
o aumento da produtividade sem considerar riscos à saúde ou ao meio ambiente.
Ao longo do tempo, foram observados diversos casos de contaminação ambiental
e de problemas de saúde pública, intoxicações de trabalhadores rurais e resíduos
em alimentos. Esses fatores desencadearam o reconhecimento dos riscos
decorrentes do uso abusivo dos agrotóxicos. Dentre todos os casos de impactos
sobre organismos específicos, os seres humanos são os mais afetados, pois a
contaminação de águas e solo, bem como o impacto direto na biodiversidade
interfere diretamente na qualidade de vida humana, também existem resíduos
presentes nos alimentos e na água potável, fatores que podem tornar-se
carcinogênicos. O referido trabalho foi realizado através de pesquisas e/ou
revisões bibliográficas, com acessos a sites, livros, periódicos, artigos e trabalhos
disponíveis em PDF, visitas no laboratório de informática e na fazenda Bragança
com o conhecimento adquirido no decorrer do Curso Técnico em Segurança do
trabalho. O projeto foi realizado relatando as formas de como utilizar o
agrotóxico, incluindo os principais procedimentos de manuseio da calda, uso de
EPI’s e na reciclagem da embalagem do agrotóxico. O século XX caracterizou-se,
entre outros aspectos, por um intenso e contínuo processo de mudanças
tecnológicas e organizacionais, que atingiram de forma contundente, o mundo da
produção, acarretando grandes transformações nas formas, nos processos e nas
relações de trabalho, neste sentido, o processo de produção agrícola tem
passado por importantes mudanças tecnológicas e organizacionais, cujo resultado
final tem sido, entre outros aspectos, o aumento da produtividade.
Palavras chave: Agrotóxicos, Lavoura, Colheita, Cuidados e Tecnologia.
V
DEDICATÓRIA
Dedicamos nosso trabalho ao Professor Márcio Aurélio Freire que esteve
nos apoiando sempre que preciso a mãe do Anderson de Souza que esteve
sempre nos disponibilizando a residência dela para desenvolvermos nosso TCC,
dedicamos ao Srº Jose Everaldo que nos disponibilizou sua residência em Lucas
do Rio Verde - MT em nossa pesquisa de campo e dedicamos a mãe da Kellen
Christiane que liberou a ida dela para nossa pesquisa de campo e dedicamos a
todos os nossos colegas de turma.
VI
AGRADECIMENTO
Agradecemos primeiramente a Deus, a
todos os professores em especial ao
professor Márcio Aurélio Freire que foi
sempre atencioso e prestativo nos
orientando na confecção do projeto.
Queremos agradecer a Eliane Paco
pelo apoio concedido em nosso
trabalho.
VII
EPÍGRAFE
“O futuro pertence àqueles que
acreditam na beleza de seus sonhos.”
(Elleanor Roosevelt)
VIII
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO................................................................................................ 1
2. REVISÃO DE BIBLIOGRAFICA.................................................................... 3
2.1 Agrotóxico e Aspectos Históricos....................................................... 3
2.2 Definições de Agrotóxico.................................................................... 6
2.3 Tipos e Composições Químicas dos Diversos Agrotóxicos............... 7
2.3.1 Grupo Químico – Organoclorado.................................................... 7
2.3.2 Grupo Químico – Organofosforados............................................... 7
2.3.3 Grupos Químicos – Carbamatos..................................................... 7
2.3.4 Grupos Químicos – Piretróides........................................................ 8
2.3.5 Grupos Químicos – Dipiridilos......................................................... 8
2.3.6 Grupos químicos - Dinitrofenóis e Clorofenóis................................ 8
2.4 Composições Químicas dos Agrotóxicos........................................... 9
2.5 Malefícios do uso dos Defensivos/Agrotóxicos aos Seres
Humanos..............................................................................................................
10
3. LEIS PERTINENTES AO SETOR…….......................…................................. 12
4. METODOLOGIA............................................................................................. 17
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO...................................................................... 18
5.1 Calibração........................................................................................... 20
5.2 Preparo da Calda................................................................................ 21
5.3 Cuidados Durante o Preparo e Aplicação dos Produtos
Fitossanitários......................................................................................................
22
5.4 Cuidados com Embalagens de Agroquímicos.................................... 23
5.5 Cuidados no Armazenamento de Agrotóxicos na Propriedade.......... 24
5.6 Primeiros Socorros em Caso de Acidentes........................................ 25
5.7 Cuidados com a Higiene.................................................................... 25
5.8 Cuidados com a Lavagem dos EPIs ................................................. 26
5.9 Períodos de Carência ou Intervalo de Segurança............................. 27
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................... 29
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.............................................................. 3f0
IX
LISTA FIGURAS
Figura Nº 01: Responsabilidade do empregador............................................................................14
Figura N° 02 Explicação do manuseio do agrotóxico com tec. Elimar............................................19
Figura N° 03 Local do manuseio de agrotóxico e Aguar.................................................................19
Figura N° 04 Plantação de milho.....................................................................................................20
Figura N° 05 Pulverizador................................................................................................................21
Figura N° 06 Entrada do veneno e saída do veneno.......................................................................21
Figura N° 07 Caldeira......................................................................................................................21
Figura N° 08 Dentro da Caldeira......................................................................................................22
Figura N° 09 Embalagem.................................................................................................................24
Figura N° 10 Equipamento de primeiro socorros e equipamento para lavagem
rápida................................................................................................................................................25
Figura N° 11 EPI’s lavados..............................................................................................................26
X
LISTA DE QUADRO
QUADRO N° 01 Nível de Periculosidade da Classificação dos Agrotóxicos..... 6
QUADRO N° 02 Classificação dos Agrotóxicos de acordo com os efeitos à
saúde humana.................................................................................................... 11
1
1. INTRODUÇÃO
A introdução dos agrotóxicos no país foi feita de forma desorganizada,
acompanhada de pacotes tecnológicos que introduzia a mecanização em larga
escala, associada a outros fatores de produção. Neste quadro, o enfoque básico é o
aumento da produtividade sem considerar riscos à saúde ou ao meio ambiente, ao
longo do tempo, foram observados diversos casos de contaminação ambiental e de
problemas de saúde pública, intoxicações de trabalhadores rurais e resíduos em
alimentos. Esses fatores desencadearam o reconhecimento dos riscos decorrentes
do uso abusivo dos agrotóxicos (NOVATO - SILVA, et al., 2004) apud (LUNA, [200-]
ALVES FILHO, 2002; SOBREIRA, ADISSI, 2003).
O século XX caracterizou-se, entre outros aspectos, por um intenso e
contínuo processo de mudanças tecnológicas e organizacionais, que atingiram de
forma contundente, o mundo da produção, acarretando grandes transformações nas
formas, nos processos e nas relações de trabalho. Por trás desta mudança, está a
necessidade de alimentar um contingente populacional cada vez maior, que
segundo a Organização das Nações Unidas será de 7,9 bilhões de pessoas em
2025, de acordo Silva, et al., (2005) apud (OIT, 2001).
Neste sentido, o processo de produção agrícola tem passado por importantes
mudanças tecnológicas e organizacionais, cujo resultado final tem sido, entre outros
aspectos, o aumento da produtividade. A segunda mudança foi a introdução, a partir
de 1930, dos agroquímicos no campo, em especial os agrotóxicos, intensificando-se
sua utilização a partir da Segunda Guerra Mundial. Finalmente, a terceira e
importante mudança é a introdução da biotecnologia, destacando-se os organismos
geneticamente modificados – os transgênicos Silva, et al., (2005) apud
(ABRAMOVAY, 1992; OIT, 2001).
O mundo vem sofrendo bastantes transformações nas últimas décadas, e
inovações tecnológicas, vários setores da economia foram os mais influenciados por
estas inovações e a agricultura não foi exceção, tendo sido impulsionada pelos
avanços da indústria química, com a utilização de agrotóxicos e fertilizantes
(CHAIM.1999)
As publicações mais recentes da Organização Internacional do Trabalho/
Organização Mundial da Saúde (OIT/OMS) estimam que, entre trabalhadores de
países em desenvolvimento, os agrotóxicos causam anualmente 70 mil intoxicações
2
agudas e crônicas que evoluem para óbito. E pelo menos 7,0 milhões de doenças
agudas e crônicas não fatais, devido aos pesticidas (ILO, 2005). Estudos brasileiros
e em outros países têm destacado os elevados custos para a saúde humana,
ambiental e mesmo perdas econômicas na agricultura, devido ao uso de pesticidas
(GARCIA, 1998; SOARES, et al., 2002).
A segurança do trabalho com agrotóxicos surge como uma necessidade
consequente da toxicidade intrínseca nos compostos aplicados para o controle
químicos danosos à exploração agrícola do homem. Além dos organismos
indesejados, os agrotóxicos causam intoxicações em qualquer organismo vivo que
de alguma forma seja exposto, a qualidade na aplicação de agrotóxicos está
intimamente relacionados a assuntos de segurança de importância para o aplicador,
a população rural próxima, o consumidor final e o ambiente em geral. (GARCIA,
1998; SOARES, et al., 2002).
No Brasil, o consumo de agrotóxicos cresceu bastante nas últimas décadas,
transformando o país em um dos líderes mundiais no consumo de agrotóxicos. Entre
1972 e 1998, a quantidade de ingrediente ativo vendido cresceu 4,3 vezes,
passando de 28.043 toneladas para 121.100 toneladas/ano. A importância
econômica deste mercado é evidente: segundo a ABIFINA (Associação Brasileira
das Indústrias de Química Fina, Biotecnologia e suas Especialidades), o faturamento
do segmento agroquímico saltou de 1,2 bilhão em 2002 para 4,4 bilhões em 2004.
Em relação às classes de uso, em 2004, 40% dos produtos vendidos eram
herbicidas, 31% fungicidas, 24% inseticidas e 5% outros, quantifica-se a segurança
das condições de trabalho com agrotóxicos através da avaliação do risco de
intoxicação, cuja intensidade está em função de dois fatores principais: toxidade e
exposição.
Eles expressam os efeitos de inúmeros fatores influentes no risco de
intoxicação nas condições especificas de trabalho. Entre estes, destacam-se o tipo
de formulação, método de aplicação, tempo de exposição, tipo de atividade,
intensidade do vento, atitudes do trabalhador, frequência das exposições, medidas
de segurança, proteção e higiene adotadas, destaca-se o tipo de equipamento, que
proporcionam níveis de diferenciais de exposição (MACHADO NETO, 1997).
3
2. REVISÃO DE LITERATURA
2.1 Agrotóxico e Aspectos Históricos
A utilização de produtos visando ao combate de pragas e doenças presentes
na agricultura não é recente, civilizações antigas usavam enxofre, arsênico e
calcário, que destruíam plantações e alimentos armazenados, também eram
utilizadas substâncias orgânicas, como a nicotina extraída do fumo e do pyrethrum
(GARCIA, 1996).
O intenso desenvolvimento da indústria química a partir da revolução
industrial determinou o incremento na pesquisa e produção dos produtos
agrotóxicos, sua produção em escala industrial teve início em 1930, intensificando-
se a partir de 1940 (MEIRELLES, 1996).
A utilização de substâncias químicas como formas de controle ou eliminação
dos problemas decorrentes dos ataques de pragas e doenças nas plantas cultivadas
e nos animais de criação podem ser identificadas em registros que remontam à
antiguidade clássica, registros entre os escritos gregos e romanos de mais de 3.000
anos.
Compostos orgânicos naturais como a piretrina, obtida das flores de
crisântemos eram utilizados pelos chineses cerca de 2000 anos atrás. Povos do
deserto protegiam suas tendas de armazenamento de cereais acrescentando pó de
piretro sobre os grãos ou pendurando feixes dessas flores na entrada das tendas, os
quais serviam ainda como repelentes de moscas e mosquitos (ALVES FILHO,
2002).
Porém, em 1920 já havia relatos do início ainda que eram pouco conhecidos
do ponto de vista toxicológico, pois durante a segunda guerra mundial foram
utilizados como arma química, tendo seu uso se expandido enormemente a partir de
então, chegando à produção industrial mundial a atingir 2,0 milhões de toneladas de
agrotóxicos por ano, citado por (OPAS/OMS, 2000; OIT 2001).
Nas duas décadas após a segunda guerra mundial, organoclorados foram
largamente utilizados na agricultura, e também nos programas de combate a vetores
transmissores de endemias como malária e doença de chagas, inseticidas que se
acumulam no meio ambiente e nos sistemas biológicos (GONÇALVES, 2004).
A difusão das novas tecnologias agrícolas deu-se primeiramente nos países
desenvolvidos, sendo também adotadas nos chamados países em desenvolvimento,
4
através da globalização econômica, ocorrida a partir do início da década de 60 do
século XX (SANCHES, 2003). No Brasil, foram primeiramente utilizados em
programas de saúde pública, no combate a vetores a controle de parasitas,
passando a ser utilizados mais intensivamente na agricultura a partir da década de
1960.
Na década de 1960, países industrializados impuseram aos países da
América Latina a chamada Revolução Verde, que trazia em seu bojo a ideia de se
adaptar plantas de clima temperado às regiões tropicais e subtropicais por meio da
utilização de insumos industrializados, irrigação e mecanização agrícola, fomentada
pelo alarde de uma crise mundial na produção de grãos alimentícios, forte aumento
da população mundial e uma possível redenção econômica dos países do terceiro
mundo por meio da exportação em massa desses grãos (MOREIRA, et al, 2002).
Aquela política de crédito integrou o movimento a revolução, iniciado nos
Estados Unidos, com o objetivo de aumentar a produtividade agrícola a partir do
incremento da utilização de agroquímicos, da expansão das fronteiras agrícolas e do
aumento da mecanização da produção, mostrado por (SILVA, et al, 2005).
No Brasil, a revolução verde se deu através do aumento da importação de
produtos químicos, da instalação de indústrias produtoras e formuladoras de
agrotóxicos e do estímulo do governo, através do crédito rural, para o consumo de
agrotóxicos e fertilizantes (MEIRELLES, 1996). A entrada dos agrotóxicos no Brasil
a partir da década de 1960 colocou-os definitivamente no cotidiano dos
trabalhadores rurais, aumentando, assim, os riscos de adoecer e morrer, aos quais
já estavam expostos (MOREIRA, et al, 2002).
Essa Revolução trouxe profundas mudanças no processo tradicional de
trabalho na agricultura bem como em seus impactos sobre o ambiente e a saúde
humana. Novas tecnologias, muitas delas baseadas no uso intensivo de agentes
químicos (agrotóxicos e fertilizantes), foram disponibilizadas para o controle de
doenças, aumento da produtividade e proteção contra insetos e outras pragas.
Entretanto, essas novas facilidades não foram acompanhadas pela implementação
de programas de qualificação da força de trabalho, sobretudo nos países em
desenvolvimento, expondo as comunidades rurais a um conjunto de riscos ainda
desconhecidos, originados pelo uso intensivo de um grande número de substâncias
químicas perigosas e agravadas por uma série de determinantes de ordem social
(MOREIRA, et al, 2002).
5
A realidade desse processo foi o surgimento das desigualdades sociais e o
aparecimento de problemas irreversíveis no tocante à sustentabilidade econômica e
ecológica da produção agrícola no longo prazo (OLIVEIRA, 2005). Em 1975, o Plano
Nacional de Desenvolvimento (PND), responsável pela abertura do Brasil ao
comércio de agrotóxicos, condiciona o agricultor a comprar o veneno com recursos
do crédito rural, ao instituir a inclusão de uma cota definida de agrotóxico para cada
financiamento requerido (OPAS/OMS, 2000).
Nos termos do PND, o agricultor estava obrigado a comprar tais produtos
para obter recursos do crédito rural. Em cada financiamento requerido, era
obrigatoriamente incluída uma cota definida de agrotóxicos e essa obrigatoriedade,
somada à propaganda dos fabricantes, determinou o enorme incremento e
disseminação da utilização dos agrotóxicos no Brasil que é atualmente um dos
maiores consumidores mundiais, do que resultam inúmeros problemas, tanto de
saúde da população como do meio ambiente. Muitos desses produtos não possuem
antídotos e são proibidos em seus países de origem (SAYAD, 1984, TRAPÉ, 1993;
GARCIA, 1996; MEIRELLES, 1996).
A principal estratégia utilizada no Brasil para o meio rural foi á modernização
da agricultura e a utilização intensiva de agrotóxicos para aumento da produtividade
(RAMALHO, et al, 2000). As agências e programas de extensão rural (ABICAR,
depois EMATER) tiveram também um papel importante na introdução, disseminação
e consolidação destes novos modos de produção, de saberes e de tecnologias
rurais, dentre estas o uso de agrotóxicos (PINHEIRO, et al, 1985).
Atualmente existem no mundo cerca de 20 grandes indústrias com um volume
de vendas da ordem de 20 bilhões de dólares/ano e uma produção de 2,5 milhões
de toneladas de agrotóxicos, sendo 39% de herbicidas, 33% de inseticidas, 22% de
fungicidas e 6% de outros grupos químicos. No Brasil, o volume de vendas é de 2,5
bilhões de dólares por ano, com uma produção de 250 mil toneladas de agrotóxicos
(SINDAG, 2010).
6
2.2 Definições de Agrotóxico
Agrotóxicos, defensivos agrícolas, pesticidas, praguicidas, remédios de planta
ou veneno: são inúmeras as denominações relacionadas a um grupo de substâncias
químicas utilizadas no controle de pragas e doenças de plantas, segundo Braibante
et al, (2011, 2012) apud (Peres e Moreira, 2003).
Entende-se por agrotóxicos as substâncias ou misturas de
substâncias de natureza química quando destinadas a
prevenir, destruir ou repelir, direta ou indiretamente, qualquer
forma de agente patogênico ou de vida animal ou vegetal que
seja nociva às plantas e animais úteis, seus produtos e
subprodutos e ao homem. Serão considerados produtos afins
os hormônios, reguladores de crescimento e produtos químicos
bioquímicos/veterinário, conforme ibidem et al, (2011, 2012)
apud (Peres e Moreira, 2003).
Quadro nº 01: Nível de Periculosidade da Classificação dos Agrotóxicos
Fonte: Peres, 2003
A classificação dos agrotóxicos segundo o seu grau de toxicidade para o ser
humano é fundamental, pois fornece a toxicidade desses produtos relacionados com
a Dose Letal 50 (DL50).
A Lei nº 7.802/1989 dispõe que os rótulos deverão conter uma faixa colorida
indicativa de sua classificação toxicológica. A ação do ingrediente ativo no
organismo alvo ou à natureza da praga combatida, os agrotóxicos são classificados
como inseticidas, fungicidas, herbicidas, rodenticidas e/ou raticidas, acaricidas,
nematicidas, fumigantes, moluscicidas etc. (ANDREI, 2005, apud, LARINI,1999).
Classe
Toxicológica
Toxicidade Dose Letal (50%) Faixa
Colorida
I
II
III
IV
Extremamente tóxico
Altamente tóxico
Medianamente tóxico
Pouco tóxico
< 5 mg/kg
entre 5 e 50 mg/kg
entre 50 e 500 mg/kg
entre 500 e 5000 mg/kg
Vermelha
Amarela
Azul
Verde
7
2.3 Tipos e Composições Químicas dos Diversos Agrotóxicos
2.3.1 Grupo Químico – Organoclorado
A maioria dos inseticidas organoclorados é persistente no ambiente e pode
afetar os animais silvestres. Por esse motivo seu uso tem sido restringido ou proibido
em vários países.
Os inseticidas organoclorados constituem um grupo importante, seus
compostos apresentam as seguintes características:- Orgânicos com cloro na
molécula; estrutura cíclica; lipossolúveis; acumulativos nos organismos e na cadeia
alimentar; persistentes no ambiente. Os principais inseticidas organoclorados, em
ordem crescente de toxidade aguda são representados pelos seguintes inseticidas:
Endrin (Endrex); - Dieldrin; - Aldrin (Aldrex); - Lindano; - HCH ou BHC; - Heptacloro; -
DDT; - Mirex ou Dodecacloro; - Clordano (não registrado no Brasil). Alguns
inseticidas e acaricidas orgânicos com cloro na molécula não apresentam todas as
características descritas anteriormente, são eles: - Endossulfan (Thiiodan); -
Canfecloro (Toxafeno); - Dicofol (Kelthane); - Clorobenzilato (Akar); - Metoxicloro,
(CARRARO, 1997).
2.3.2 Grupo Químico – Organofosforados
Os inseticidas organofosforados são menos persistentes no ambiente e não
se acumulam no organismo, mas sua toxidade aguda é maior. Estes estão
substituindo os inseticidas organoclorados. Os compostos seguintes fazem parte da
seleção de alguns princípios ativos em ordem crescente de toxidade aguda: -
Paration (FOLIDOL, RHODIATOX); - Metil Paration (FOLIDOL-M); - Metamidofós
(TAMARON, ORTH, HAMIDOP); -Diclorvos (DDVP); -Dimetoato (ROGOR, ROXION,
PERFEKTHION); - Diazinon; - Fention (LEBAYCID); - Fenitrotion (SUMITHION,
FOLITHION); - Triclorfon (DIPTEREX, NEGUVON); - Malation (MALATOL).74,
(CARRARO, 1997).
2.3.3 Grupos Químicos – Carbamatos
O grupo dos carbamatos apresentam semelhanças características aos
inseticidas organofosforados. Os compostos seguintes constituem a seleção de
alguns princípios ativos em ordem crescente de toxidade aguda: - Aldicarb (TEMIC*);
8
- Carbofuram (FURADAM*); - Metomil (LANATE*); - Propoxur (BAYGON*); - Carbaril
(SEVIN*), (CARRARO, 1997).
2.3.4 Grupos Químicos – Piretróides
As piretrinas são inseticidas de origem vegetal. Os piretróides, produtos
semelhantes, são obtidos sinteticamente. Os compostos não se acumulam no
organismo e não são persistentes no ambiente. São eles: - Aletrina; - Bioresmetrina;
- Cipermetrina (CYMBUSH*, ARRIVOS*); - Deltametrina (DECAMETRINA*, DECIS*,
K-OTHRINE*); - Fenvalerato (BELMARK*, SUMICIDIUN*); - Permetrina (ANBUSH*,
POUNCE*); - Resmetrina, (CARRARO, 1997).
2.3.5 Grupos Químicos – Dipiridilos
Os dipiridilos são, principalmente, herbicidas. Os dipiridilos mais importantes
são: - Paraquat (GRAMOXONE*); - Diquat (REGLONE*). GRUPOS QUÍMICOS -
FENOXI-ACÉTICOS - Os ácidos fenoxi - acéticos são usados como herbicidas.
Estes herbicidas são comercializados como sais, ésteres e aminas, alguns destes
são altamente voláteis. - Ácido diclorofenoxi-acético ou 2,4-D; - ÁcidoTriclorofenoxi-
acético ou 2,4,5-T, (CARRARO, 1997).
2.3.6 Grupos Químicos - Dinitrofenóis e Clorofenóis
Há outro grupo de agrotóxicos usados como herbicidas desfolhantes e
também para combater fungos e cupins em madeira. São dinitrofenóis e clorofenóis.
O mais conhecido é o pentaclorofenato de sódio (PENTACLOROFENOL*, PENTA*,
PENTOX*, NITROSIN*, PENETROL*); - Dinitrocresol (NDOC*); - Diniseb (DNBP*,
DNOSBP*, PREMERGE*); - Dinibuton ACREX*), - Dinocap(Karathane), (CARRARO,
1997).
9
2.4 Composições Químicas dos Agrotóxico
Inseticidas Organofosforados
Classe: Inseticida
Grupo Químico: Organofosforados
Ingrediente Ativo: Clorpirifós
Fórmula Molecular: C9H11Cl2NO3PS
Concentração: 480 g de i.a. / Litro
Registro no M.S. 3.1834.0012.001 - 7
Número do CAS: 2921-88-2
Inseticidas Organoclorados
Classe: Inseticida
Grupo Químico: Organoclorados
Ingrediente ativo: Endosulfan
Fórmula Molecular: C9H6Cl6O3S
Concentração: 350 G/L ou 35 %M/V
Número do CAS: 115-29-7
Inseticidas Piretróides
Classe: Inseticida
Grupo Químico: piretróide
Ingrediente Ativo: CIPERMETRINA
Formula molecular: C22H19Cl2NO3
Concentração: 300 g / Litro
Registro no M.S: 3.1834.0033.001-1
Número do CAS: 52315-07-8
Fungicidas Ditiocarbamatos
Classe: Fungicidas
Grupo Químico: ditiocarbamatos
Ingrediente Ativo: METIRAM
Formula molecular: C16H33N11S16Zn3
Concentração: 210 g/hl
Número do CAS: 9006-42-2
Herbicidas Fenoxiacéticos
Classe: Herbicidas
Grupo Químico: fenoxiacéticos
Ingrediente Ativo: amina
Formula molecular: C10H13Cl2NO3
Concentração: 480 G/L ou 48 %M/V
Número do CAS: 2008-39-1
Herbicidas Dipiridilos
Classe: Herbicidas
Grupo Químico: dipiridilos
Ingrediente Ativo: Pentaclorofenato de
Sódio
Formula molecular: C6Cl5OH
Concentração: 1 e 10µg de PCF/m3
Número do CAS: 87-86-5
Fumigantes Brometo de Metila
Classe: Fumigantes
Grupo Químico: Alifático Halogenado
Ingrediente Ativo: Brometo de Metila
Formula molecular: CH3Br
Concentração:Brometo de Metila 98%
Número do CAS: 74-83-9
Fumigantes Fosfeto de Alumínio
Classe: Fumigantes
Grupo Químico: Aluminiumphosphide
Ingrediente Ativo: Fosfeto de Alumínio
Formula molecular: Na4P2O7
Concentração: 570g/kg (57%m/m)
Número do CAS: 7722-8
10
2.5 MALEFÍCIOS DO USO DOS DEFENSIVO-AGROTÓXICOS AOS SERES
HUMANOS
Dentre todos os casos de impactos sobre organismos específicos, os seres
humanos são os mais afetados, pois a contaminação de águas e solo, bem como o
impacto direto na biodiversidade interfere diretamente na qualidade de vida humana.
Também existem resíduos presentes nos alimentos e na água potável, fatores
que podem tornar-se carcinogênicos. Existem diversos relatos de doenças e óbitos
causados por pesticidas, Edwards (1993) numera cerca de 20 mil mortes/ano. No
Brasil, a segunda principal causa de intoxicação é por agrotóxicos, depois de
medicamentos, entretanto, a morte dos intoxicados ocorre com maior incidência
entre os que tiveram contato com agrotóxicos (ANVISA, 2009).
Os efeitos sobre a saúde podem ser de dois tipos:
1) Efeitos agudos - ou aqueles que resultam da exposição a concentrações de um
ou mais agentes tóxicos, capazes de causar dano efetivo aparente em um período
de 24 horas;
2) Efeitos crônicos - ou aqueles que resultam de uma exposição continuada a
doses relativamente baixas de um ou mais produtos.
Produtores e aplicadores também estão diretamente expostos à
contaminação por pesticidas. A exposição acidental a esses químicos é muito
comum, e o número de casos é bem maior do que o relatado, já que muitos
acidentes não são notificados.
Casos de desastres em grandes proporções são relatados como o de Bhopal,
na Índia, onde ouve entre 2000 a 5000 mortes e 50 mil feridos devido à exposição
ao isocianato (NUVEM, 1984); na Itália ocorreu um acidente com TCDD
(tetraclorodibenzo-dioxina), 32 mil pessoas foram afetadas e 459 pessoas morreram;
ainda há o registro de 6070 casos de doença causados pela ingestão de grãos
contaminados com pesticidas (HAYES; LAWES, 1991).
11
Quadro nº 02: Classificação dos Agrotóxicos de acordo com os efeitos à saúde
humana
CLASSIFICAÇÃO
GRUPO
QUÍMICO
INTOXICAÇÃO
AGUDA
INTOXICAÇÃO
CRÔNICA
Inseticidas
Organo
fosforados e
Carabomatos
Fraqueza, Cólica
abdominal, Vômito,
Espasmos Musculares,
Convulsão.
Efeito Neurológico
retardado,
Alterações,
cromossomais,
Dermatites de
contato.
Organo
clorados
Náuseas, Vómito,
Contrações musculares
involuntárias.
Arritmia cardíaca,
Lesões renais,
Neuropatias,
Periféricas.
Piretróides
sintéticos
Irritação da conjuntiva,
Espirros, Excitação,
Convulsão.
Alergias, Asma
Brânquia, Irritação
das mucosas,
Hipersensibilidade.
Fungicidas
Ditio
carbamato
Tonteira, Vômito
Tremores musculares, Dor
de cabeça.
Alergia Respiratória,
Dermatites, Doença
de Parkinson,
Cânceres.
Fentalamidas - Teratogênese
Dinitrofenóis e
Pentaclorofeno
l
Dificuldade respiratória,
Hipotermia, convulsão.
Cânceres,
Cloroaenes
Herbicidas
Fenoxiacéticos
Perda de apetite, Enjoo,
Vômito, Faseiculação
muscular.
Indução da
produção de
enzimas hepáticas,
Cânceres,
teratogênese.
Dipiridolos
Sangramento Nasal,
Fraqueza, Desmaio,
Conjuntivite.
Lesões Hepáticas,
Dermatite de
contato, Fibrose
pulmonar.
Fonte: WHO, 1990; OPS/WHO, 1996 Apud (PERES, 1999).
12
3. LEIS PERTINENTES AO SETOR
Com a promulgação da Lei 7.802/1989, regulamentada pelo Decreto 4.074,
de 04 de janeiro de 2002, pode-se dizer que o Brasil deu o passo definitivo no
sentido de alinharem-se as exigências de qualidade para produtos agrícolas
reclamadas em âmbito doméstico e internacional.
A classificação dos produtos agrotóxicos é apresentada no parágrafo único do
art. 2º, sendo classificados de acordo com a toxicidade em. O art. 72 trata das
responsabilidades para todos os envolvidos no setor. São responsáveis,
administrativa, civil e penalmente, pelos danos causados à saúde das pessoas e ao
meio ambiente, quando a produção, a comercialização, a utilização e o transporte,
cumprirem o disposto na legislação em vigor, na sua regulamentação e nas
legislações estaduais e municipais, as seguintes pessoas.
A Portaria Normativa IBAMA N° 84, de 15 de outubro de 1996, no seu Art. 3°
classifica os agrotóxicos quanto ao potencial de periculosidade ambiental baseando-
se nos parâmetros bioacumulação, persistência, transporte, toxicidade a diversos
organismos, potencial mutagênico, teratogênico, carcinogênico, obedecendo ao
seguinte graduado: Classe I - Produto Altamente Perigoso; Classe II - Produto Muito
Perigoso; Classe III - Produto Perigoso; Classe IV - Produto Pouco Perigoso
(EMBRAPA, 2003).
De acordo com a NR 31 são considerados: a) trabalhadores em exposição
direta, os que manipulam os agrotóxicos e produtos afins, em qualquer uma das
etapas de armazenamento, transporte, preparo, aplicação, descarte, e
descontaminação de equipamentos e vestimentas; b) trabalhadores em exposição
indireta, os que não manipulam diretamente os agrotóxicos, adjuvantes e produtos
afins, mas circulam e desempenham suas atividades de trabalho em áreas vizinhas
aos locais onde se faz a manipulação dos agrotóxicos em qualquer uma das etapas
de armazenamento, transporte, preparo, aplicação e descarte, e descontaminação
de equipamentos e vestimentas, e ou ainda os que desempenham atividades de
trabalho em áreas recém-tratadas, conforme a (NR 31, 2005).
13
É vedada a manipulação de quaisquer agrotóxicos, adjuvantes e produtos
afins que não estejam registrados e autorizados pelos órgãos governamentais
competentes, por menores de dezoito anos, maiores de sessenta anos e por
gestantes e nos ambientes de trabalho, em desacordo com a receita e as indicações
do rótulo e bula, previstos em legislação vigente.
O empregador rural ou equiparado afastará a gestante das atividades com
exposição direta ou indireta a agrotóxicos imediatamente após ser informado da
gestação, além de fornecer instruções suficientes aos que manipulam agrotóxicos,
adjuvantes e afins, e aos que desenvolvam qualquer atividade em áreas onde possa
haver exposição direta ou indireta a esses produtos, garantindo os requisitos de
segurança previstos nesta norma e deve proporcionar capacitação sobre prevenção
de acidentes com agrotóxicos a todos os trabalhadores expostos diretamente.
É vedado o trabalho em áreas recém-tratadas, antes do término do intervalo
de reentrada estabelecido nos rótulos dos produtos, salvo com o uso de
equipamento de proteção recomendado, bem com a entrada e permanência de
qualquer pessoa na área a ser tratada durante a pulverização aérea.
A capacitação prevista nesta norma deve ser proporcionada aos
trabalhadores em exposição direta mediante programa, com carga horária mínima
de vinte horas, distribuídas em no máximo oito horas diárias, durante o expediente
normal de trabalho, com o seguinte conteúdo mínimo: a) conhecimento das formas
de exposição direta e indireta aos agrotóxicos; b) conhecimento de sinais e sintomas
de intoxicação e medidas de primeiros socorros; c) rotulagem e sinalização de
segurança; d) medidas higiênicas durante e após o trabalho; e) uso de vestimentas e
equipamentos de proteção pessoal; f) limpeza e manutenção das roupas,
vestimentas e equipamentos de proteção pessoal.
O programa de capacitação deve ser desenvolvido a partir de materiais
escritos ou audiovisuais e apresentado em linguagem adequada aos trabalhadores e
assegurada a atualização de conhecimentos para os trabalhadores já capacitados
(NR 31, 2005).
14
São considerados válidos os programas de capacitação desenvolvidos por
órgãos e serviços oficiais de extensão rural, instituições de ensino de nível médio e
superior em ciências agrárias e Serviço Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR,
entidades sindicais, associações de produtores rurais, cooperativas de produção
agropecuária ou florestal e associações de profissionais, desde que obedecidos os
critérios estabelecidos por esta norma, garantindo-se a livre escolha de quaisquer
destes pelo empregador (NR 31, 2005).
O empregador rural ou equiparado deve complementar ou realizar novo
programa quando comprovada a insuficiência da capacitação proporcionada ao
trabalhador. O empregador rural ou equiparado deve adotar, no mínimo, as
seguintes medidas:
Fig. nº 01: Responsabilidade do empregador.
Fonte: Tirado da Nr 31.
15
Empregador rural ou equiparado deve disponibilizar a todos os trabalhadores
informações sobre o uso de agrotóxicos no estabelecimento, abordando os
seguintes aspectos: a) área tratada: descrição das características gerais da área da
localização, e do tipo de aplicação a ser feita, incluindo o equipamento a ser
utilizado; b) nome comercial do produto utilizado; c) classificação toxicológica; d)
data e hora da aplicação; e) intervalo de reentrada; f) intervalo de segurança/período
de carência; g) medidas de proteção necessárias aos trabalhadores em exposição
direta e indireta; h) medidas a serem adotadas em caso de intoxicação (NR 31,
2005).
O empregador rural ou equiparado deve sinalizar as áreas tratadas,
informando o período de reentrada.
O trabalhador que apresentar sintomas de intoxicação deve ser
imediatamente afastado das atividades e transportado para atendimento médico,
juntamente com as informações contidas nos rótulos e bulas dos agrotóxicos aos
quais tenha sido exposto.
Os equipamentos de aplicação dos agrotóxicos, adjuvantes e produtos afins,
devem ser: a) mantidos em perfeito estado de conservação e funcionamento; b)
inspecionados antes de cada aplicação; c) utilizados para a finalidade indicada; d)
operados dentro dos limites, especificações e orientações técnicas. A conservação,
manutenção, limpeza e utilização dos equipamentos só poderão ser realizadas por
pessoas previamente treinadas e protegidas. A limpeza dos equipamentos será
executada de forma a não contaminar poços, rios, córregos e quaisquer outras
coleções de água. Os produtos devem ser mantidos em suas embalagens originais,
com seus rótulos e bulas (NR 31, 2005).
É vedada a reutilização, para qualquer fim, das embalagens vazias de
agrotóxicos, adjuvantes e produtos afins, cuja destinação final deve atender à
legislação vigente. É vedada a armazenagem de agrotóxicos, adjuvantes e produtos
afins a céu aberto. As edificações destinadas ao armazenamento de agrotóxicos,
adjuvantes e produtos afins devem: a) ter paredes e cobertura resistentes; b) ter
acesso restrito aos trabalhadores devidamente capacitados a manusear os referidos
produtos; c) possuir ventilação, comunicando-se exclusivamente com o exterior e
16
dotada de proteção que não permita o acesso de animais; d) ter afixadas placas ou
cartazes com símbolos de perigo; e) estar situadas a mais de trinta metros das
habitações e locais onde são conservados ou consumidos alimentos, medicamentos
ou outros materiais, e de fontes de água; f) possibilitar limpeza e descontaminação.
O armazenamento deve obedecer, as normas da legislação vigente, as
especificações do fabricante constantes dos rótulos e bulas, e as seguintes
recomendações básicas: a) as embalagens devem ser colocadas sobre estrados,
evitando contato com o piso, com as pilhas estáveis e afastadas das paredes e do
teto; b) os produtos inflamáveis serão mantidos em local ventilado, protegido contra
centelhas e outras fontes de combustão. Os agrotóxicos, adjuvantes e produtos afins
devem ser transportados em recipientes rotulados, resistentes e hermeticamente
fechados.
É vedado transportar agrotóxicos, adjuvantes e produtos afins, em um mesmo
compartimento que contenha alimentos, rações, forragens, utensílios de uso pessoal
e doméstico. Os veículos utilizados para transporte de agrotóxicos, adjuvantes e
produtos afins, devem ser higienizados e descontaminados, sempre que forem
destinados para outros fins. É vedada a lavagem de veículos transportadores de
agrotóxicos em coleções de água. É vedado transportar simultaneamente
trabalhadores e agrotóxicos, em veículos que não possuam compartimentos
estanques projetados para tal fim (NR 31, 2005).
17
4. METODOLOGIA
O referido trabalho foi realizado através de pesquisas e/ou revisões
bibliográficas, com acessos a sites, livros, periódicos, artigos e trabalhos disponíveis
em PDF, visitas no laboratório de informática e na fazenda Bragança com o
conhecimento adquirido no decorrer do Curso Técnico em Segurança do trabalho.
O projeto foi realizado relatando as formas de como utilizar o agrotóxico,
incluindo os principais procedimentos de manuseio da calda, uso de EPI’s e na
reciclagem da embalagem do agrotóxico. O ambiente escolhido para a realização
deste trabalho foi a fazenda Bragança que fica situada na BR 163 próximo de Nova
Mutum, umas da sua sede fica em Lucas do Rio verde na Rua A, Bairro Pioneiro.
É de extrema importância à proteção dos operários que os manipulam e
aplicam, dos consumidores, dos animais de criação, de abelhas, peixes, enfim, do
meio ambiente, se não tomar o devido cuidado chegando a óbito o trabalhador ou
animais que ficam na região, o controle de pragas ofereceu um grande processo
evolutivo no meio da agricultura, e graças aos agrotóxicos, atualmente há uma
grande variedade de frutas e verduras como alface, tomate, maça etc.
E conforme regras estabelecidas pelo SENAI - Serviço Nacional de
Aprendizagem Industrial de Mato Grosso baseadas nas normas técnicas (ABNT),
para elaboração do trabalho de conclusão de curso (TCC) e dividido as etapas,
tarefas e consolidação de revisão para a execução do referido trabalho, realizada
nas instalações da empresa SEBRAE foi uma técnica de coleta de dados para
conseguir informações e esclarecer dúvidas.
18
5. RESULTADOS E DISCUSSOES
De acordo com o órgão EMBRAPA (Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária), os defensivos agrícolas são produtos de ação biológica e visam, a
defender as plantas de agentes nocivos, alguns, como os inseticidas, têm por fim
combater formas de vida animal e, por consequência, tendem a ser mais perigosos
para o homem.
Fig. nº 02: Explicação do manuseio do agrotóxico com tec. Elimar.
Fonte: Dados da pesquisa/Anderson de Souza (2014)
A avaliação toxicológica efetuada pelo Ministério da Saúde antes do registro
do produto visa a permitir a comercialização daqueles que, usados de forma
adequada, não causem danos à saúde nem deixem resíduos perigosos sobre os
alimentos. O conceito que as pessoas, geralmente, possuem do assunto é de que a
toxicidade oral aguda é o dado mais importante.
19
Fig. nº 03: Local do manuseio de agrotóxico e hangar.
Fonte: Dados da pesquisa/Anderson de Souza (2014)
Isso não corresponde à realidade, pois raramente alguém ingere um produto.
Na realidade, os maiores riscos de intoxicação estão relacionados ao contato do
produto ou da calda com a pele. A via mais rápida de absorção é pelos pulmões;
daí, a inalação constituir-se em grande fator de risco. O crescente aumento nos
custos dos produtos químicos, da mão-de-obra e da energia, e a preocupação cada
vez maior em relação à poluição ambiental, têm realçado a necessidade de uma
tecnologia mais acurada na colocação do produto químico, bem como nos
procedimentos e equipamentos adequados à maior proteção ao trabalho
(EMBRAPA, 2003).
Fig. nº 04: Plantação de milho
Fonte: Dados da pesquisa/Anderson de Souza (2014)
20
5.1 Calibração
Os equipamentos de aplicação de agrotóxicos devem ser regularmente
revisados e calibrados, o uso dos mesmos deve ser no momento certo e com mão
de obra treinada. Para melhorar a qualidade e eficiência dos tratamentos e reduzir
o desperdício de produtos e contaminação do ambiente, os pulverizadores devem
ser calibrados periodicamente, utilizando-se equipamentos e métodos reconhecidos
internacionalmente.
Fig. nº 05: Pulverizador.
Fonte: Dados da pesquisa/Anderson de Souza (2014)
A calibração é fundamental para a correta aplicação de defensivos agrícolas,
uma vez acoplado o pulverizador e abastecido com água, deve-se verificar
funcionamento da máquina, se não há eventuais vazamentos, e se os componentes
estão funcionando a contento, equipar o pulverizador com bicos apropriados é um
dos pontos mais cruciais nesta fase.
O pulverizador deve ser levado até o local de trabalho e várias opções de
bicos devem ser testadas para se decidir por aquele que melhor atenda aos
requisitos do tratamento, isto é, o que melhor coloca o produto no alvo, sem perda
por escorrimento nem por deriva.
21
Fig. nº 06: Entrada do veneno e saída do veneno.
Fonte: Dados da pesquisa/Anderson de Souza (2014)
5.2 Preparo da Calda
O preparo da calda pode ser realizado pela adição direta do produto no
tanque, ou através de pré-diluição. Quando são utilizados produtos na formulação
líquida, podem ser adicionados diretamente no tanque com a quantidade da água
desejada. Para produtos na formulação de pó molhável, é recomendado fazer pré-
mistura, seguindo as etapas: Dissolver o produto em pequena quantidade de água,
agitando-se até a completa suspensão do produto; despejar a suspensão no tanque,
contendo aproximadamente dois terços do volume de água a ser utilizada.
Fig. nº 07: Caldeira
Fonte: Dados da pesquisa/Anderson de Souza (2014)
22
Após, completar o volume. Quando usado mais de um produto, deve ser
seguida a recomendação para cada produto, individualmente. Em alguns casos, a
associação de produtos permite a redução de dosagens dos mesmos (EMBRAPA,
2003).
Fig. nº 08: Dentro da Caldeira
Fonte: Dados da pesquisa/Anderson de Souza (2014)
5.3 Cuidados durante o preparo e aplicação dos produtos fitossanitários
Evitar a contaminação ambiental com a utilização do equipamento de
proteção individual - EPI (macacão de PVC, luvas e botas de borracha, óculos
protetores e máscara contra eventuais vapores). Em caso de contaminação
substituí-lo imediatamente não e permitido o trabalhador trabalhar sozinho quando
manusear produtos tóxicos e também não e permitir a presença de crianças e
pessoas estranhas ao local de trabalho (EMBRAPA, 2003).
A preparação do produto em local fresco e ventilado, nunca ficando à frente
do vento, ler atentamente e seguir as instruções e recomendações indicadas no
rótulo dos produtos evitando a inalação, respingo e contato com os produtos, não
beber, comer ou fumar durante o manuseio e a aplicação dos tratamentos e preparar
somente a quantidade de calda necessária à aplicação a ser consumido numa
mesma jornada de trabalho, aplicando sempre as doses recomendadas, evitar
pulverizar nas horas quentes do dia, contra o vento e em dias de vento forte ou
chuvosos, não desentupir bicos, orifícios, válvulas, tubulações com a boca, não
23
reutilizar as embalagens vazias e não aplicar produtos próximos à fonte de água,
riachos, lagos, etc..
O preparo da calda exige muito cuidado, pois é o momento em que o
trabalhador está manuseando o produto concentrado, a embalagem deverá ser
aberta com cuidado para evitar derramamento do produto, fazer a utilização de
balanças aferidas (INMETRO), copos graduados, baldes e funis específicos para o
preparo da calda. Nunca utilizar esses mesmos equipamentos para outras
atividades, fazer a lavagem da embalagem vazia logo após o esvaziamento da
embalagem, longe de locais que provoquem contaminações ambientais e causem
riscos à saúde das pessoas, após o preparo da calda, lavar os utensílios e secá-los
ao sol (EMBRAPA, 2003).
Usar apenas o agitador do pulverizador para misturar a calda, utilizar sempre
água limpa para preparar a calda e evitar o entupimento dos bicos do pulverizador,
fazer a verificar o PH da água e corrigir caso necessário, seguindo as instruções do
fabricante do agrotóxico que será aplicado e verificar se todas as embalagens
usadas estão fechadas e guarde-as no depósito, mantendo os equipamentos
aplicadores sempre bem conservados.
Fazer a revisão e manutenção periódica nos pulverizadores substituindo as
mangueiras furadas e bicos com diferenças de vazões acima de 10%,lavar o
equipamento e verifique o seu funcionamento após cada dia de trabalho, jamais
utilizar equipamentos com defeitos vazamentos ou em condições inadequadas de
uso e, se necessário substitua-os Ler o manual de instruções do fabricante do
equipamento pulverizador e saber como calibrá-lo corretamente a pressão excessiva
na bomba causa deriva e perda da calda de pulverização e jamais misturar no
tanque produtos incompatíveis e observe a legislação local (EMBRAPA, 2003).
5.4 Cuidados com embalagens de agroquímicos
É obrigatório fazer a tríplice lavagem e a inutilização das embalagens, após a
utilização dos produtos, não permitindo que possam ser utilizadas para outros fins. É
necessário observar a legislação para o descarte de embalagens. As embalagens,
após tríplice lavagem, devem ser destinadas a uma central de recolhimento para
24
reciclagem. A legislação brasileira obriga o agricultor a devolver todas as
embalagens vazias dos produtos na unidade de recebimento de embalagens
indicada pelo revendedor. Antes de devolver, o agricultor deverá preparar as
embalagens, ou seja, separar as embalagens lavadas das embalagens
contaminadas. O agricultor que não devolver as embalagens ou não prepará-las
adequadamente poderá ser multado, além de ser enquadrado na Lei de Crimes
Ambientais.
Fig. nº 09: Embalagem
Fonte: Dados da pesquisa/Anderson de Souza (2014)
A lavagem das embalagens vazias é uma prática realizada no mundo inteiro
para reduzir os riscos de contaminação das pessoas (SEGURANÇA), protegerem a
natureza (AMBIENTE) e aproveitar o produto até a última gota (ECONOMIA).
5.5 Cuidados no armazenamento de agrotóxicos na propriedade
O depósito deve ficar num local livre de inundações e separado de outras
construções, como residências e instalações para animais. A construção deve ser de
alvenaria, com boa ventilação e iluminação natural, piso deve ser cimentado e o
telhado sem goteiras para permitir que o depósito fique sempre seco, instalações
elétricas devem estar em bom estado de conservação para evitar curto-circuito e
incêndios, depósito deve estar sinalizado com uma placa “cuidada veneno", portas
25
devem permanecer trancadas para evitar a entrada de crianças, animais e pessoas
não autorizadas, produtos devem estar armazenados de forma organizada,
separados de alimentos, rações animais, medicamentos e sementes.
Não é recomendável armazenar estoques de produtos além das quantidades
para uso a curto prazo (no máximo para uma safra). Mantenha sempre os produtos
ou restos em suas embalagens originais e nunca armazene restos de produtos em
embalagens sem tampa ou com vazamentos.
5.6 PRIMEIROS SOCORROS EM CASO DE ACIDENTES
Via de regra os casos de contaminação são resultado de erros cometidos
durante as etapas de manuseio ou aplicação de produtos fitossanitários e são
causados principalmente pela falta de informação ou displicência do operador. Antes
de mais nada é importante conhecer as instruções dos primeiros socorros do rótulo
ou da bula do produto. Devem-se descontaminar as partes atingidas por meio de um
banho com o objetivo de eliminar a absorção do produto pelo corpo e vista a vítima
com roupas limpas, antes de levar a vítima para o hospital. Ligue para o telefone de
emergência do fabricante, informando o nome e idade do paciente, o nome do
médico e o telefone do hospital (EMBRAPA, 2003).
Fig. nº 010: Equipamento de primeiro socorros e equipamento para lavagem rápida
Fonte: Dados da pesquisa/ Anderson de Souza (2014)
26
5.7 Cuidados com a higiene
Contaminações podem ser evitadas com hábitos simples de higiene, os
produtos químicos normalmente penetram no corpo do aplicador através do contato
com a pele. Roupas ou equipamentos contaminados deixam a pele do trabalhador
em contato direto com o produto e aumentam a absorção pelo corpo. Outra via de
contaminação é através da boca, quando se manuseiam alimentos, bebidas ou
cigarros com as mãos contaminadas.
Após o manuseio de produtos fitossanitários é importante lavar bem as mãos
e o rosto antes de comer, beber ou fumar. As roupas usadas na aplicação, no final
do dia de trabalho, devem ser lavadas separadamente das outras roupas de uso da
família. Também é importante tomar banho com bastante água e sabonete, lavando
bem o couro cabeludo, axilas, unhas e regiões genitais e usar sempre roupas limpas
(EMBRAPA, 2003).
5.8 Cuidados com a lavagem dos EPIs
Fig. nº 11: EPI’s lavados
Fonte: Dados da pesquisa/ Anderson de Souza (2014)
Os EPI devem ser lavados separadamente das roupas comuns, as roupas e
aventais de proteção devem ser enxaguadas com bastante água corrente para diluir
e remover os resíduos da calda de pulverização. A lavagem deve ser feita de forma
cuidadosa com sabão neutro (sabão de coco), a fim de evitar o desgaste e o
rompimento das mesmas. As roupas não devem ficar de molho. Em seguida, as
27
peças devem ser bem enxaguadas para remover todo sabão, não use alvejantes,
pois poderá danificar a resistência das vestimentas, as botas, as luvas e a viseira
devem ser enxaguadas com água abundante após cada uso, o EPI deve ser
separado da roupa comum para evitar contaminação, e se over EPIs danificados
devem ser Substituído (EMBRAPA, 2003).
5.9 Períodos de carência ou intervalo de segurança
É o número de dias que deve ser respeitado entre a última aplicação e a
colheita. O período de carência vem escrito na bula do produto. Este prazo é
importante para garantir que o alimento colhido não possua resíduo acima do limite
máximo permitido.
28
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O nosso trabalho foi baseado em trazer para o público a maneira correta e
segura de manusear agrotóxicos no serviço agropecuário, com o objetivo avaliar e
controlar o impacto do uso de agrotóxico ao meio ambiente, o uso de agrotóxicos
sem nenhum controle, proteção ou informações, tem como causa no organismo
humano vômito, febre, diarreia, entre outros sintomas. O uso de equipamentos para
auxiliar na operação pode vir a contribuir para a melhor eficiência dos agrotóxicos.
A aplicação de defensivos agrícolas ou de qualquer método de controle, só é
válida e adequada se realmente existe o referido problema. Cabe aos técnicos, a
grande responsabilidade de identificar e orientar os agricultores quando a presença
de insetos, fungos, plantas daninhas, etc. Podendo ocasionar um problema a o
agricultor com danos econômicos.
O fator que mais preocupa é a falta do uso de EPI por falta de conhecimento
do trabalhador rural que por sua vez é leigo no assunto. O conhecimento em
trabalhos com agrotóxicos é muito importante e salva vidas, pelo simples fato de ser
um trabalho muito perigoso e arriscado. Por outro lado, quando usado de forma
indevida, pode trazer danos para a saúde tanto do trabalhador quanto a do
consumidor.
Através de cursos, palestras, reuniões, visitas, divulgações, será possível
acelerar e ampliar o objetivo deste trabalho, conscientizando o trabalhador para q
não haja uma contaminação dele com o agrotóxico e também das pessoas que
consome o produto.
29
7. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Fina, Biotecnologia e suas Especialidades. Disponível em: <http://www.abifina.org.br/noticiaSecao.
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Maravilha/Boqueirão – PB. : Seminário internacional sobre uso de agrotóxicos. João Pessoa;
UFPB. 1 CD-ROM, 2000.
ADISSI, P. J; PINHEIRO, F.A.Avaliação de risco ocupacional na aplicação manual de
agrotóxicos. XXVII Encontro Nacional de Engenharia de Produção. Foz do Iguaçu, PR, Brasil, 09 a
11 de outubro de 2007.
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ANDREI, E. (Coord.). Compêndio de defensivos agrícolas. 7.ed. São Paulo: Andrei, 2005.
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agrotóxicos em alimentos: relatório anual 04/06/2001 – 30/06/2002. Brasília, DF 2002.
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proteção a população. Brasília,DF. Publicado em 2 de abril 2009. Disponível em:
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ANVISA, Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Divulgado o monitoramento de agrotóxicos em
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BOLIANI, A.C.; CORRÊA, L.S. Cultura de uvas de mesa do plantio à comercialização. 2001.
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BOTTON, M. HICKEL, E. R.; SORIA, S. J. Pragas. p. 82-107. In: FAJARDO, T. V. M. (Ed.). Uvas
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BRASIL. Lei: 6.514/77. Portaria: 3.214/78 - Segurança e saúde no trabalho na agricultura,
Pecuária, Silvicultura, Exploração Florestal e Aquicultura – Norma Regulamentadora NR 31, Item
31.8 Ed. Atlas 72° EDIÇÃO. Rio de Janeiro. 2013. Visitado 09/05/2014.
BRASIL. Lei: 7.802/1989 - Que dispõe sobre a pesquisa, a experimentação, a produção a
comercialização, a propaganda comercial, a utilização, a importação e exportação, o destino
final dos resíduos e embalagens, o registro, a classificação, o controle, o controle, a inspeção
e a fiscalização de agrotóxicos, seus componentes e afins, e da outras providências. Visitado
09/05/2014.
BRASIL. Decreto 4.074/2002. Art. 72- Ações de inspeção e fiscalização terão caráter
permanente, constituindo-se em atividade rotineira. Visitado 09/05/2014.
30
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Norma iso 14001
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Manual laia
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Manual de Agrotóxicos

  • 1. SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL – SENAI DEPARTAMENTO REGIONAL DE MATO GROSSO UNIDADE SENAI CUIABÁ TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO TÉCNICO EM SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO ANDERSON DE SOUZA FRANCA KELLEN CHRISTIANE DE SOUZA LOBO MARCUS WINICIUS DA SILVA LUQUES Orientador: Prof. Esp. Márcio Aurélio Freire - Biólogo ÁREA: SEGURANÇA DO TRABALHO CUIABÁ - MT 2014
  • 2. II ANDERSON DE SOUZA FRANCA KELLEN CHRISTIANE DE SOUZA LOBO MARCUS WINICIUS DA SILVA LUQUES MANUAL DE MANUSEIO E NORMAS TECNICAS PARA APLICAÇÃO DE AGROTÓXICOS Trabalho de Conclusão de Curso apresentado pelos alunos Anderson de Souza franca, Kellen Christiane de Souza Lobo e Marcus Winicius da Silva Luques do Curso Técnico em Segurança do Trabalho ao Orientador Professor Esp. Márcio Aurélio Freire - Biólogo do Curso Técnico em Meio Ambiente em prol da solicitação da Gerência da Unidade SENAI Cuiabá. Professor orientador: Prof. Esp. Márcio Aurélio Freire - Biólogo CUIABÁ - MT 2014
  • 3. RELATÓRIO TÉCNICO PARA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO Anderson de Souza Franca Kellen Christiane de Souza Lobo Marcus Winicius da Silva Luques APROVADO(S) EM: ___/____/_____ BANCA EXAMINADORA ________________________________________ Prof. Esp. Márcio Aurélio Freire- Biólogo ________________________________________ Prof. Esp. Eder Cebalho – Técnico de Segurança no Trabalho ________________________________________ Prof. Esp. Mario Lemos – Administrador Conceito Final:__________________ Correções necessárias:
  • 4. IV RESUMO A introdução dos agrotóxicos no país foi feita de forma desorganizada, acompanhada de pacotes tecnológicos que introduzia a mecanização em larga escala, associada a outros fatores de produção. Neste quadro, o enfoque básico é o aumento da produtividade sem considerar riscos à saúde ou ao meio ambiente. Ao longo do tempo, foram observados diversos casos de contaminação ambiental e de problemas de saúde pública, intoxicações de trabalhadores rurais e resíduos em alimentos. Esses fatores desencadearam o reconhecimento dos riscos decorrentes do uso abusivo dos agrotóxicos. Dentre todos os casos de impactos sobre organismos específicos, os seres humanos são os mais afetados, pois a contaminação de águas e solo, bem como o impacto direto na biodiversidade interfere diretamente na qualidade de vida humana, também existem resíduos presentes nos alimentos e na água potável, fatores que podem tornar-se carcinogênicos. O referido trabalho foi realizado através de pesquisas e/ou revisões bibliográficas, com acessos a sites, livros, periódicos, artigos e trabalhos disponíveis em PDF, visitas no laboratório de informática e na fazenda Bragança com o conhecimento adquirido no decorrer do Curso Técnico em Segurança do trabalho. O projeto foi realizado relatando as formas de como utilizar o agrotóxico, incluindo os principais procedimentos de manuseio da calda, uso de EPI’s e na reciclagem da embalagem do agrotóxico. O século XX caracterizou-se, entre outros aspectos, por um intenso e contínuo processo de mudanças tecnológicas e organizacionais, que atingiram de forma contundente, o mundo da produção, acarretando grandes transformações nas formas, nos processos e nas relações de trabalho, neste sentido, o processo de produção agrícola tem passado por importantes mudanças tecnológicas e organizacionais, cujo resultado final tem sido, entre outros aspectos, o aumento da produtividade. Palavras chave: Agrotóxicos, Lavoura, Colheita, Cuidados e Tecnologia.
  • 5. V DEDICATÓRIA Dedicamos nosso trabalho ao Professor Márcio Aurélio Freire que esteve nos apoiando sempre que preciso a mãe do Anderson de Souza que esteve sempre nos disponibilizando a residência dela para desenvolvermos nosso TCC, dedicamos ao Srº Jose Everaldo que nos disponibilizou sua residência em Lucas do Rio Verde - MT em nossa pesquisa de campo e dedicamos a mãe da Kellen Christiane que liberou a ida dela para nossa pesquisa de campo e dedicamos a todos os nossos colegas de turma.
  • 6. VI AGRADECIMENTO Agradecemos primeiramente a Deus, a todos os professores em especial ao professor Márcio Aurélio Freire que foi sempre atencioso e prestativo nos orientando na confecção do projeto. Queremos agradecer a Eliane Paco pelo apoio concedido em nosso trabalho.
  • 7. VII EPÍGRAFE “O futuro pertence àqueles que acreditam na beleza de seus sonhos.” (Elleanor Roosevelt)
  • 8. VIII SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO................................................................................................ 1 2. REVISÃO DE BIBLIOGRAFICA.................................................................... 3 2.1 Agrotóxico e Aspectos Históricos....................................................... 3 2.2 Definições de Agrotóxico.................................................................... 6 2.3 Tipos e Composições Químicas dos Diversos Agrotóxicos............... 7 2.3.1 Grupo Químico – Organoclorado.................................................... 7 2.3.2 Grupo Químico – Organofosforados............................................... 7 2.3.3 Grupos Químicos – Carbamatos..................................................... 7 2.3.4 Grupos Químicos – Piretróides........................................................ 8 2.3.5 Grupos Químicos – Dipiridilos......................................................... 8 2.3.6 Grupos químicos - Dinitrofenóis e Clorofenóis................................ 8 2.4 Composições Químicas dos Agrotóxicos........................................... 9 2.5 Malefícios do uso dos Defensivos/Agrotóxicos aos Seres Humanos.............................................................................................................. 10 3. LEIS PERTINENTES AO SETOR…….......................…................................. 12 4. METODOLOGIA............................................................................................. 17 5. RESULTADOS E DISCUSSÃO...................................................................... 18 5.1 Calibração........................................................................................... 20 5.2 Preparo da Calda................................................................................ 21 5.3 Cuidados Durante o Preparo e Aplicação dos Produtos Fitossanitários...................................................................................................... 22 5.4 Cuidados com Embalagens de Agroquímicos.................................... 23 5.5 Cuidados no Armazenamento de Agrotóxicos na Propriedade.......... 24 5.6 Primeiros Socorros em Caso de Acidentes........................................ 25 5.7 Cuidados com a Higiene.................................................................... 25 5.8 Cuidados com a Lavagem dos EPIs ................................................. 26 5.9 Períodos de Carência ou Intervalo de Segurança............................. 27 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................... 29 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.............................................................. 3f0
  • 9. IX LISTA FIGURAS Figura Nº 01: Responsabilidade do empregador............................................................................14 Figura N° 02 Explicação do manuseio do agrotóxico com tec. Elimar............................................19 Figura N° 03 Local do manuseio de agrotóxico e Aguar.................................................................19 Figura N° 04 Plantação de milho.....................................................................................................20 Figura N° 05 Pulverizador................................................................................................................21 Figura N° 06 Entrada do veneno e saída do veneno.......................................................................21 Figura N° 07 Caldeira......................................................................................................................21 Figura N° 08 Dentro da Caldeira......................................................................................................22 Figura N° 09 Embalagem.................................................................................................................24 Figura N° 10 Equipamento de primeiro socorros e equipamento para lavagem rápida................................................................................................................................................25 Figura N° 11 EPI’s lavados..............................................................................................................26
  • 10. X LISTA DE QUADRO QUADRO N° 01 Nível de Periculosidade da Classificação dos Agrotóxicos..... 6 QUADRO N° 02 Classificação dos Agrotóxicos de acordo com os efeitos à saúde humana.................................................................................................... 11
  • 11. 1 1. INTRODUÇÃO A introdução dos agrotóxicos no país foi feita de forma desorganizada, acompanhada de pacotes tecnológicos que introduzia a mecanização em larga escala, associada a outros fatores de produção. Neste quadro, o enfoque básico é o aumento da produtividade sem considerar riscos à saúde ou ao meio ambiente, ao longo do tempo, foram observados diversos casos de contaminação ambiental e de problemas de saúde pública, intoxicações de trabalhadores rurais e resíduos em alimentos. Esses fatores desencadearam o reconhecimento dos riscos decorrentes do uso abusivo dos agrotóxicos (NOVATO - SILVA, et al., 2004) apud (LUNA, [200-] ALVES FILHO, 2002; SOBREIRA, ADISSI, 2003). O século XX caracterizou-se, entre outros aspectos, por um intenso e contínuo processo de mudanças tecnológicas e organizacionais, que atingiram de forma contundente, o mundo da produção, acarretando grandes transformações nas formas, nos processos e nas relações de trabalho. Por trás desta mudança, está a necessidade de alimentar um contingente populacional cada vez maior, que segundo a Organização das Nações Unidas será de 7,9 bilhões de pessoas em 2025, de acordo Silva, et al., (2005) apud (OIT, 2001). Neste sentido, o processo de produção agrícola tem passado por importantes mudanças tecnológicas e organizacionais, cujo resultado final tem sido, entre outros aspectos, o aumento da produtividade. A segunda mudança foi a introdução, a partir de 1930, dos agroquímicos no campo, em especial os agrotóxicos, intensificando-se sua utilização a partir da Segunda Guerra Mundial. Finalmente, a terceira e importante mudança é a introdução da biotecnologia, destacando-se os organismos geneticamente modificados – os transgênicos Silva, et al., (2005) apud (ABRAMOVAY, 1992; OIT, 2001). O mundo vem sofrendo bastantes transformações nas últimas décadas, e inovações tecnológicas, vários setores da economia foram os mais influenciados por estas inovações e a agricultura não foi exceção, tendo sido impulsionada pelos avanços da indústria química, com a utilização de agrotóxicos e fertilizantes (CHAIM.1999) As publicações mais recentes da Organização Internacional do Trabalho/ Organização Mundial da Saúde (OIT/OMS) estimam que, entre trabalhadores de países em desenvolvimento, os agrotóxicos causam anualmente 70 mil intoxicações
  • 12. 2 agudas e crônicas que evoluem para óbito. E pelo menos 7,0 milhões de doenças agudas e crônicas não fatais, devido aos pesticidas (ILO, 2005). Estudos brasileiros e em outros países têm destacado os elevados custos para a saúde humana, ambiental e mesmo perdas econômicas na agricultura, devido ao uso de pesticidas (GARCIA, 1998; SOARES, et al., 2002). A segurança do trabalho com agrotóxicos surge como uma necessidade consequente da toxicidade intrínseca nos compostos aplicados para o controle químicos danosos à exploração agrícola do homem. Além dos organismos indesejados, os agrotóxicos causam intoxicações em qualquer organismo vivo que de alguma forma seja exposto, a qualidade na aplicação de agrotóxicos está intimamente relacionados a assuntos de segurança de importância para o aplicador, a população rural próxima, o consumidor final e o ambiente em geral. (GARCIA, 1998; SOARES, et al., 2002). No Brasil, o consumo de agrotóxicos cresceu bastante nas últimas décadas, transformando o país em um dos líderes mundiais no consumo de agrotóxicos. Entre 1972 e 1998, a quantidade de ingrediente ativo vendido cresceu 4,3 vezes, passando de 28.043 toneladas para 121.100 toneladas/ano. A importância econômica deste mercado é evidente: segundo a ABIFINA (Associação Brasileira das Indústrias de Química Fina, Biotecnologia e suas Especialidades), o faturamento do segmento agroquímico saltou de 1,2 bilhão em 2002 para 4,4 bilhões em 2004. Em relação às classes de uso, em 2004, 40% dos produtos vendidos eram herbicidas, 31% fungicidas, 24% inseticidas e 5% outros, quantifica-se a segurança das condições de trabalho com agrotóxicos através da avaliação do risco de intoxicação, cuja intensidade está em função de dois fatores principais: toxidade e exposição. Eles expressam os efeitos de inúmeros fatores influentes no risco de intoxicação nas condições especificas de trabalho. Entre estes, destacam-se o tipo de formulação, método de aplicação, tempo de exposição, tipo de atividade, intensidade do vento, atitudes do trabalhador, frequência das exposições, medidas de segurança, proteção e higiene adotadas, destaca-se o tipo de equipamento, que proporcionam níveis de diferenciais de exposição (MACHADO NETO, 1997).
  • 13. 3 2. REVISÃO DE LITERATURA 2.1 Agrotóxico e Aspectos Históricos A utilização de produtos visando ao combate de pragas e doenças presentes na agricultura não é recente, civilizações antigas usavam enxofre, arsênico e calcário, que destruíam plantações e alimentos armazenados, também eram utilizadas substâncias orgânicas, como a nicotina extraída do fumo e do pyrethrum (GARCIA, 1996). O intenso desenvolvimento da indústria química a partir da revolução industrial determinou o incremento na pesquisa e produção dos produtos agrotóxicos, sua produção em escala industrial teve início em 1930, intensificando- se a partir de 1940 (MEIRELLES, 1996). A utilização de substâncias químicas como formas de controle ou eliminação dos problemas decorrentes dos ataques de pragas e doenças nas plantas cultivadas e nos animais de criação podem ser identificadas em registros que remontam à antiguidade clássica, registros entre os escritos gregos e romanos de mais de 3.000 anos. Compostos orgânicos naturais como a piretrina, obtida das flores de crisântemos eram utilizados pelos chineses cerca de 2000 anos atrás. Povos do deserto protegiam suas tendas de armazenamento de cereais acrescentando pó de piretro sobre os grãos ou pendurando feixes dessas flores na entrada das tendas, os quais serviam ainda como repelentes de moscas e mosquitos (ALVES FILHO, 2002). Porém, em 1920 já havia relatos do início ainda que eram pouco conhecidos do ponto de vista toxicológico, pois durante a segunda guerra mundial foram utilizados como arma química, tendo seu uso se expandido enormemente a partir de então, chegando à produção industrial mundial a atingir 2,0 milhões de toneladas de agrotóxicos por ano, citado por (OPAS/OMS, 2000; OIT 2001). Nas duas décadas após a segunda guerra mundial, organoclorados foram largamente utilizados na agricultura, e também nos programas de combate a vetores transmissores de endemias como malária e doença de chagas, inseticidas que se acumulam no meio ambiente e nos sistemas biológicos (GONÇALVES, 2004). A difusão das novas tecnologias agrícolas deu-se primeiramente nos países desenvolvidos, sendo também adotadas nos chamados países em desenvolvimento,
  • 14. 4 através da globalização econômica, ocorrida a partir do início da década de 60 do século XX (SANCHES, 2003). No Brasil, foram primeiramente utilizados em programas de saúde pública, no combate a vetores a controle de parasitas, passando a ser utilizados mais intensivamente na agricultura a partir da década de 1960. Na década de 1960, países industrializados impuseram aos países da América Latina a chamada Revolução Verde, que trazia em seu bojo a ideia de se adaptar plantas de clima temperado às regiões tropicais e subtropicais por meio da utilização de insumos industrializados, irrigação e mecanização agrícola, fomentada pelo alarde de uma crise mundial na produção de grãos alimentícios, forte aumento da população mundial e uma possível redenção econômica dos países do terceiro mundo por meio da exportação em massa desses grãos (MOREIRA, et al, 2002). Aquela política de crédito integrou o movimento a revolução, iniciado nos Estados Unidos, com o objetivo de aumentar a produtividade agrícola a partir do incremento da utilização de agroquímicos, da expansão das fronteiras agrícolas e do aumento da mecanização da produção, mostrado por (SILVA, et al, 2005). No Brasil, a revolução verde se deu através do aumento da importação de produtos químicos, da instalação de indústrias produtoras e formuladoras de agrotóxicos e do estímulo do governo, através do crédito rural, para o consumo de agrotóxicos e fertilizantes (MEIRELLES, 1996). A entrada dos agrotóxicos no Brasil a partir da década de 1960 colocou-os definitivamente no cotidiano dos trabalhadores rurais, aumentando, assim, os riscos de adoecer e morrer, aos quais já estavam expostos (MOREIRA, et al, 2002). Essa Revolução trouxe profundas mudanças no processo tradicional de trabalho na agricultura bem como em seus impactos sobre o ambiente e a saúde humana. Novas tecnologias, muitas delas baseadas no uso intensivo de agentes químicos (agrotóxicos e fertilizantes), foram disponibilizadas para o controle de doenças, aumento da produtividade e proteção contra insetos e outras pragas. Entretanto, essas novas facilidades não foram acompanhadas pela implementação de programas de qualificação da força de trabalho, sobretudo nos países em desenvolvimento, expondo as comunidades rurais a um conjunto de riscos ainda desconhecidos, originados pelo uso intensivo de um grande número de substâncias químicas perigosas e agravadas por uma série de determinantes de ordem social (MOREIRA, et al, 2002).
  • 15. 5 A realidade desse processo foi o surgimento das desigualdades sociais e o aparecimento de problemas irreversíveis no tocante à sustentabilidade econômica e ecológica da produção agrícola no longo prazo (OLIVEIRA, 2005). Em 1975, o Plano Nacional de Desenvolvimento (PND), responsável pela abertura do Brasil ao comércio de agrotóxicos, condiciona o agricultor a comprar o veneno com recursos do crédito rural, ao instituir a inclusão de uma cota definida de agrotóxico para cada financiamento requerido (OPAS/OMS, 2000). Nos termos do PND, o agricultor estava obrigado a comprar tais produtos para obter recursos do crédito rural. Em cada financiamento requerido, era obrigatoriamente incluída uma cota definida de agrotóxicos e essa obrigatoriedade, somada à propaganda dos fabricantes, determinou o enorme incremento e disseminação da utilização dos agrotóxicos no Brasil que é atualmente um dos maiores consumidores mundiais, do que resultam inúmeros problemas, tanto de saúde da população como do meio ambiente. Muitos desses produtos não possuem antídotos e são proibidos em seus países de origem (SAYAD, 1984, TRAPÉ, 1993; GARCIA, 1996; MEIRELLES, 1996). A principal estratégia utilizada no Brasil para o meio rural foi á modernização da agricultura e a utilização intensiva de agrotóxicos para aumento da produtividade (RAMALHO, et al, 2000). As agências e programas de extensão rural (ABICAR, depois EMATER) tiveram também um papel importante na introdução, disseminação e consolidação destes novos modos de produção, de saberes e de tecnologias rurais, dentre estas o uso de agrotóxicos (PINHEIRO, et al, 1985). Atualmente existem no mundo cerca de 20 grandes indústrias com um volume de vendas da ordem de 20 bilhões de dólares/ano e uma produção de 2,5 milhões de toneladas de agrotóxicos, sendo 39% de herbicidas, 33% de inseticidas, 22% de fungicidas e 6% de outros grupos químicos. No Brasil, o volume de vendas é de 2,5 bilhões de dólares por ano, com uma produção de 250 mil toneladas de agrotóxicos (SINDAG, 2010).
  • 16. 6 2.2 Definições de Agrotóxico Agrotóxicos, defensivos agrícolas, pesticidas, praguicidas, remédios de planta ou veneno: são inúmeras as denominações relacionadas a um grupo de substâncias químicas utilizadas no controle de pragas e doenças de plantas, segundo Braibante et al, (2011, 2012) apud (Peres e Moreira, 2003). Entende-se por agrotóxicos as substâncias ou misturas de substâncias de natureza química quando destinadas a prevenir, destruir ou repelir, direta ou indiretamente, qualquer forma de agente patogênico ou de vida animal ou vegetal que seja nociva às plantas e animais úteis, seus produtos e subprodutos e ao homem. Serão considerados produtos afins os hormônios, reguladores de crescimento e produtos químicos bioquímicos/veterinário, conforme ibidem et al, (2011, 2012) apud (Peres e Moreira, 2003). Quadro nº 01: Nível de Periculosidade da Classificação dos Agrotóxicos Fonte: Peres, 2003 A classificação dos agrotóxicos segundo o seu grau de toxicidade para o ser humano é fundamental, pois fornece a toxicidade desses produtos relacionados com a Dose Letal 50 (DL50). A Lei nº 7.802/1989 dispõe que os rótulos deverão conter uma faixa colorida indicativa de sua classificação toxicológica. A ação do ingrediente ativo no organismo alvo ou à natureza da praga combatida, os agrotóxicos são classificados como inseticidas, fungicidas, herbicidas, rodenticidas e/ou raticidas, acaricidas, nematicidas, fumigantes, moluscicidas etc. (ANDREI, 2005, apud, LARINI,1999). Classe Toxicológica Toxicidade Dose Letal (50%) Faixa Colorida I II III IV Extremamente tóxico Altamente tóxico Medianamente tóxico Pouco tóxico < 5 mg/kg entre 5 e 50 mg/kg entre 50 e 500 mg/kg entre 500 e 5000 mg/kg Vermelha Amarela Azul Verde
  • 17. 7 2.3 Tipos e Composições Químicas dos Diversos Agrotóxicos 2.3.1 Grupo Químico – Organoclorado A maioria dos inseticidas organoclorados é persistente no ambiente e pode afetar os animais silvestres. Por esse motivo seu uso tem sido restringido ou proibido em vários países. Os inseticidas organoclorados constituem um grupo importante, seus compostos apresentam as seguintes características:- Orgânicos com cloro na molécula; estrutura cíclica; lipossolúveis; acumulativos nos organismos e na cadeia alimentar; persistentes no ambiente. Os principais inseticidas organoclorados, em ordem crescente de toxidade aguda são representados pelos seguintes inseticidas: Endrin (Endrex); - Dieldrin; - Aldrin (Aldrex); - Lindano; - HCH ou BHC; - Heptacloro; - DDT; - Mirex ou Dodecacloro; - Clordano (não registrado no Brasil). Alguns inseticidas e acaricidas orgânicos com cloro na molécula não apresentam todas as características descritas anteriormente, são eles: - Endossulfan (Thiiodan); - Canfecloro (Toxafeno); - Dicofol (Kelthane); - Clorobenzilato (Akar); - Metoxicloro, (CARRARO, 1997). 2.3.2 Grupo Químico – Organofosforados Os inseticidas organofosforados são menos persistentes no ambiente e não se acumulam no organismo, mas sua toxidade aguda é maior. Estes estão substituindo os inseticidas organoclorados. Os compostos seguintes fazem parte da seleção de alguns princípios ativos em ordem crescente de toxidade aguda: - Paration (FOLIDOL, RHODIATOX); - Metil Paration (FOLIDOL-M); - Metamidofós (TAMARON, ORTH, HAMIDOP); -Diclorvos (DDVP); -Dimetoato (ROGOR, ROXION, PERFEKTHION); - Diazinon; - Fention (LEBAYCID); - Fenitrotion (SUMITHION, FOLITHION); - Triclorfon (DIPTEREX, NEGUVON); - Malation (MALATOL).74, (CARRARO, 1997). 2.3.3 Grupos Químicos – Carbamatos O grupo dos carbamatos apresentam semelhanças características aos inseticidas organofosforados. Os compostos seguintes constituem a seleção de alguns princípios ativos em ordem crescente de toxidade aguda: - Aldicarb (TEMIC*);
  • 18. 8 - Carbofuram (FURADAM*); - Metomil (LANATE*); - Propoxur (BAYGON*); - Carbaril (SEVIN*), (CARRARO, 1997). 2.3.4 Grupos Químicos – Piretróides As piretrinas são inseticidas de origem vegetal. Os piretróides, produtos semelhantes, são obtidos sinteticamente. Os compostos não se acumulam no organismo e não são persistentes no ambiente. São eles: - Aletrina; - Bioresmetrina; - Cipermetrina (CYMBUSH*, ARRIVOS*); - Deltametrina (DECAMETRINA*, DECIS*, K-OTHRINE*); - Fenvalerato (BELMARK*, SUMICIDIUN*); - Permetrina (ANBUSH*, POUNCE*); - Resmetrina, (CARRARO, 1997). 2.3.5 Grupos Químicos – Dipiridilos Os dipiridilos são, principalmente, herbicidas. Os dipiridilos mais importantes são: - Paraquat (GRAMOXONE*); - Diquat (REGLONE*). GRUPOS QUÍMICOS - FENOXI-ACÉTICOS - Os ácidos fenoxi - acéticos são usados como herbicidas. Estes herbicidas são comercializados como sais, ésteres e aminas, alguns destes são altamente voláteis. - Ácido diclorofenoxi-acético ou 2,4-D; - ÁcidoTriclorofenoxi- acético ou 2,4,5-T, (CARRARO, 1997). 2.3.6 Grupos Químicos - Dinitrofenóis e Clorofenóis Há outro grupo de agrotóxicos usados como herbicidas desfolhantes e também para combater fungos e cupins em madeira. São dinitrofenóis e clorofenóis. O mais conhecido é o pentaclorofenato de sódio (PENTACLOROFENOL*, PENTA*, PENTOX*, NITROSIN*, PENETROL*); - Dinitrocresol (NDOC*); - Diniseb (DNBP*, DNOSBP*, PREMERGE*); - Dinibuton ACREX*), - Dinocap(Karathane), (CARRARO, 1997).
  • 19. 9 2.4 Composições Químicas dos Agrotóxico Inseticidas Organofosforados Classe: Inseticida Grupo Químico: Organofosforados Ingrediente Ativo: Clorpirifós Fórmula Molecular: C9H11Cl2NO3PS Concentração: 480 g de i.a. / Litro Registro no M.S. 3.1834.0012.001 - 7 Número do CAS: 2921-88-2 Inseticidas Organoclorados Classe: Inseticida Grupo Químico: Organoclorados Ingrediente ativo: Endosulfan Fórmula Molecular: C9H6Cl6O3S Concentração: 350 G/L ou 35 %M/V Número do CAS: 115-29-7 Inseticidas Piretróides Classe: Inseticida Grupo Químico: piretróide Ingrediente Ativo: CIPERMETRINA Formula molecular: C22H19Cl2NO3 Concentração: 300 g / Litro Registro no M.S: 3.1834.0033.001-1 Número do CAS: 52315-07-8 Fungicidas Ditiocarbamatos Classe: Fungicidas Grupo Químico: ditiocarbamatos Ingrediente Ativo: METIRAM Formula molecular: C16H33N11S16Zn3 Concentração: 210 g/hl Número do CAS: 9006-42-2 Herbicidas Fenoxiacéticos Classe: Herbicidas Grupo Químico: fenoxiacéticos Ingrediente Ativo: amina Formula molecular: C10H13Cl2NO3 Concentração: 480 G/L ou 48 %M/V Número do CAS: 2008-39-1 Herbicidas Dipiridilos Classe: Herbicidas Grupo Químico: dipiridilos Ingrediente Ativo: Pentaclorofenato de Sódio Formula molecular: C6Cl5OH Concentração: 1 e 10µg de PCF/m3 Número do CAS: 87-86-5 Fumigantes Brometo de Metila Classe: Fumigantes Grupo Químico: Alifático Halogenado Ingrediente Ativo: Brometo de Metila Formula molecular: CH3Br Concentração:Brometo de Metila 98% Número do CAS: 74-83-9 Fumigantes Fosfeto de Alumínio Classe: Fumigantes Grupo Químico: Aluminiumphosphide Ingrediente Ativo: Fosfeto de Alumínio Formula molecular: Na4P2O7 Concentração: 570g/kg (57%m/m) Número do CAS: 7722-8
  • 20. 10 2.5 MALEFÍCIOS DO USO DOS DEFENSIVO-AGROTÓXICOS AOS SERES HUMANOS Dentre todos os casos de impactos sobre organismos específicos, os seres humanos são os mais afetados, pois a contaminação de águas e solo, bem como o impacto direto na biodiversidade interfere diretamente na qualidade de vida humana. Também existem resíduos presentes nos alimentos e na água potável, fatores que podem tornar-se carcinogênicos. Existem diversos relatos de doenças e óbitos causados por pesticidas, Edwards (1993) numera cerca de 20 mil mortes/ano. No Brasil, a segunda principal causa de intoxicação é por agrotóxicos, depois de medicamentos, entretanto, a morte dos intoxicados ocorre com maior incidência entre os que tiveram contato com agrotóxicos (ANVISA, 2009). Os efeitos sobre a saúde podem ser de dois tipos: 1) Efeitos agudos - ou aqueles que resultam da exposição a concentrações de um ou mais agentes tóxicos, capazes de causar dano efetivo aparente em um período de 24 horas; 2) Efeitos crônicos - ou aqueles que resultam de uma exposição continuada a doses relativamente baixas de um ou mais produtos. Produtores e aplicadores também estão diretamente expostos à contaminação por pesticidas. A exposição acidental a esses químicos é muito comum, e o número de casos é bem maior do que o relatado, já que muitos acidentes não são notificados. Casos de desastres em grandes proporções são relatados como o de Bhopal, na Índia, onde ouve entre 2000 a 5000 mortes e 50 mil feridos devido à exposição ao isocianato (NUVEM, 1984); na Itália ocorreu um acidente com TCDD (tetraclorodibenzo-dioxina), 32 mil pessoas foram afetadas e 459 pessoas morreram; ainda há o registro de 6070 casos de doença causados pela ingestão de grãos contaminados com pesticidas (HAYES; LAWES, 1991).
  • 21. 11 Quadro nº 02: Classificação dos Agrotóxicos de acordo com os efeitos à saúde humana CLASSIFICAÇÃO GRUPO QUÍMICO INTOXICAÇÃO AGUDA INTOXICAÇÃO CRÔNICA Inseticidas Organo fosforados e Carabomatos Fraqueza, Cólica abdominal, Vômito, Espasmos Musculares, Convulsão. Efeito Neurológico retardado, Alterações, cromossomais, Dermatites de contato. Organo clorados Náuseas, Vómito, Contrações musculares involuntárias. Arritmia cardíaca, Lesões renais, Neuropatias, Periféricas. Piretróides sintéticos Irritação da conjuntiva, Espirros, Excitação, Convulsão. Alergias, Asma Brânquia, Irritação das mucosas, Hipersensibilidade. Fungicidas Ditio carbamato Tonteira, Vômito Tremores musculares, Dor de cabeça. Alergia Respiratória, Dermatites, Doença de Parkinson, Cânceres. Fentalamidas - Teratogênese Dinitrofenóis e Pentaclorofeno l Dificuldade respiratória, Hipotermia, convulsão. Cânceres, Cloroaenes Herbicidas Fenoxiacéticos Perda de apetite, Enjoo, Vômito, Faseiculação muscular. Indução da produção de enzimas hepáticas, Cânceres, teratogênese. Dipiridolos Sangramento Nasal, Fraqueza, Desmaio, Conjuntivite. Lesões Hepáticas, Dermatite de contato, Fibrose pulmonar. Fonte: WHO, 1990; OPS/WHO, 1996 Apud (PERES, 1999).
  • 22. 12 3. LEIS PERTINENTES AO SETOR Com a promulgação da Lei 7.802/1989, regulamentada pelo Decreto 4.074, de 04 de janeiro de 2002, pode-se dizer que o Brasil deu o passo definitivo no sentido de alinharem-se as exigências de qualidade para produtos agrícolas reclamadas em âmbito doméstico e internacional. A classificação dos produtos agrotóxicos é apresentada no parágrafo único do art. 2º, sendo classificados de acordo com a toxicidade em. O art. 72 trata das responsabilidades para todos os envolvidos no setor. São responsáveis, administrativa, civil e penalmente, pelos danos causados à saúde das pessoas e ao meio ambiente, quando a produção, a comercialização, a utilização e o transporte, cumprirem o disposto na legislação em vigor, na sua regulamentação e nas legislações estaduais e municipais, as seguintes pessoas. A Portaria Normativa IBAMA N° 84, de 15 de outubro de 1996, no seu Art. 3° classifica os agrotóxicos quanto ao potencial de periculosidade ambiental baseando- se nos parâmetros bioacumulação, persistência, transporte, toxicidade a diversos organismos, potencial mutagênico, teratogênico, carcinogênico, obedecendo ao seguinte graduado: Classe I - Produto Altamente Perigoso; Classe II - Produto Muito Perigoso; Classe III - Produto Perigoso; Classe IV - Produto Pouco Perigoso (EMBRAPA, 2003). De acordo com a NR 31 são considerados: a) trabalhadores em exposição direta, os que manipulam os agrotóxicos e produtos afins, em qualquer uma das etapas de armazenamento, transporte, preparo, aplicação, descarte, e descontaminação de equipamentos e vestimentas; b) trabalhadores em exposição indireta, os que não manipulam diretamente os agrotóxicos, adjuvantes e produtos afins, mas circulam e desempenham suas atividades de trabalho em áreas vizinhas aos locais onde se faz a manipulação dos agrotóxicos em qualquer uma das etapas de armazenamento, transporte, preparo, aplicação e descarte, e descontaminação de equipamentos e vestimentas, e ou ainda os que desempenham atividades de trabalho em áreas recém-tratadas, conforme a (NR 31, 2005).
  • 23. 13 É vedada a manipulação de quaisquer agrotóxicos, adjuvantes e produtos afins que não estejam registrados e autorizados pelos órgãos governamentais competentes, por menores de dezoito anos, maiores de sessenta anos e por gestantes e nos ambientes de trabalho, em desacordo com a receita e as indicações do rótulo e bula, previstos em legislação vigente. O empregador rural ou equiparado afastará a gestante das atividades com exposição direta ou indireta a agrotóxicos imediatamente após ser informado da gestação, além de fornecer instruções suficientes aos que manipulam agrotóxicos, adjuvantes e afins, e aos que desenvolvam qualquer atividade em áreas onde possa haver exposição direta ou indireta a esses produtos, garantindo os requisitos de segurança previstos nesta norma e deve proporcionar capacitação sobre prevenção de acidentes com agrotóxicos a todos os trabalhadores expostos diretamente. É vedado o trabalho em áreas recém-tratadas, antes do término do intervalo de reentrada estabelecido nos rótulos dos produtos, salvo com o uso de equipamento de proteção recomendado, bem com a entrada e permanência de qualquer pessoa na área a ser tratada durante a pulverização aérea. A capacitação prevista nesta norma deve ser proporcionada aos trabalhadores em exposição direta mediante programa, com carga horária mínima de vinte horas, distribuídas em no máximo oito horas diárias, durante o expediente normal de trabalho, com o seguinte conteúdo mínimo: a) conhecimento das formas de exposição direta e indireta aos agrotóxicos; b) conhecimento de sinais e sintomas de intoxicação e medidas de primeiros socorros; c) rotulagem e sinalização de segurança; d) medidas higiênicas durante e após o trabalho; e) uso de vestimentas e equipamentos de proteção pessoal; f) limpeza e manutenção das roupas, vestimentas e equipamentos de proteção pessoal. O programa de capacitação deve ser desenvolvido a partir de materiais escritos ou audiovisuais e apresentado em linguagem adequada aos trabalhadores e assegurada a atualização de conhecimentos para os trabalhadores já capacitados (NR 31, 2005).
  • 24. 14 São considerados válidos os programas de capacitação desenvolvidos por órgãos e serviços oficiais de extensão rural, instituições de ensino de nível médio e superior em ciências agrárias e Serviço Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR, entidades sindicais, associações de produtores rurais, cooperativas de produção agropecuária ou florestal e associações de profissionais, desde que obedecidos os critérios estabelecidos por esta norma, garantindo-se a livre escolha de quaisquer destes pelo empregador (NR 31, 2005). O empregador rural ou equiparado deve complementar ou realizar novo programa quando comprovada a insuficiência da capacitação proporcionada ao trabalhador. O empregador rural ou equiparado deve adotar, no mínimo, as seguintes medidas: Fig. nº 01: Responsabilidade do empregador. Fonte: Tirado da Nr 31.
  • 25. 15 Empregador rural ou equiparado deve disponibilizar a todos os trabalhadores informações sobre o uso de agrotóxicos no estabelecimento, abordando os seguintes aspectos: a) área tratada: descrição das características gerais da área da localização, e do tipo de aplicação a ser feita, incluindo o equipamento a ser utilizado; b) nome comercial do produto utilizado; c) classificação toxicológica; d) data e hora da aplicação; e) intervalo de reentrada; f) intervalo de segurança/período de carência; g) medidas de proteção necessárias aos trabalhadores em exposição direta e indireta; h) medidas a serem adotadas em caso de intoxicação (NR 31, 2005). O empregador rural ou equiparado deve sinalizar as áreas tratadas, informando o período de reentrada. O trabalhador que apresentar sintomas de intoxicação deve ser imediatamente afastado das atividades e transportado para atendimento médico, juntamente com as informações contidas nos rótulos e bulas dos agrotóxicos aos quais tenha sido exposto. Os equipamentos de aplicação dos agrotóxicos, adjuvantes e produtos afins, devem ser: a) mantidos em perfeito estado de conservação e funcionamento; b) inspecionados antes de cada aplicação; c) utilizados para a finalidade indicada; d) operados dentro dos limites, especificações e orientações técnicas. A conservação, manutenção, limpeza e utilização dos equipamentos só poderão ser realizadas por pessoas previamente treinadas e protegidas. A limpeza dos equipamentos será executada de forma a não contaminar poços, rios, córregos e quaisquer outras coleções de água. Os produtos devem ser mantidos em suas embalagens originais, com seus rótulos e bulas (NR 31, 2005). É vedada a reutilização, para qualquer fim, das embalagens vazias de agrotóxicos, adjuvantes e produtos afins, cuja destinação final deve atender à legislação vigente. É vedada a armazenagem de agrotóxicos, adjuvantes e produtos afins a céu aberto. As edificações destinadas ao armazenamento de agrotóxicos, adjuvantes e produtos afins devem: a) ter paredes e cobertura resistentes; b) ter acesso restrito aos trabalhadores devidamente capacitados a manusear os referidos produtos; c) possuir ventilação, comunicando-se exclusivamente com o exterior e
  • 26. 16 dotada de proteção que não permita o acesso de animais; d) ter afixadas placas ou cartazes com símbolos de perigo; e) estar situadas a mais de trinta metros das habitações e locais onde são conservados ou consumidos alimentos, medicamentos ou outros materiais, e de fontes de água; f) possibilitar limpeza e descontaminação. O armazenamento deve obedecer, as normas da legislação vigente, as especificações do fabricante constantes dos rótulos e bulas, e as seguintes recomendações básicas: a) as embalagens devem ser colocadas sobre estrados, evitando contato com o piso, com as pilhas estáveis e afastadas das paredes e do teto; b) os produtos inflamáveis serão mantidos em local ventilado, protegido contra centelhas e outras fontes de combustão. Os agrotóxicos, adjuvantes e produtos afins devem ser transportados em recipientes rotulados, resistentes e hermeticamente fechados. É vedado transportar agrotóxicos, adjuvantes e produtos afins, em um mesmo compartimento que contenha alimentos, rações, forragens, utensílios de uso pessoal e doméstico. Os veículos utilizados para transporte de agrotóxicos, adjuvantes e produtos afins, devem ser higienizados e descontaminados, sempre que forem destinados para outros fins. É vedada a lavagem de veículos transportadores de agrotóxicos em coleções de água. É vedado transportar simultaneamente trabalhadores e agrotóxicos, em veículos que não possuam compartimentos estanques projetados para tal fim (NR 31, 2005).
  • 27. 17 4. METODOLOGIA O referido trabalho foi realizado através de pesquisas e/ou revisões bibliográficas, com acessos a sites, livros, periódicos, artigos e trabalhos disponíveis em PDF, visitas no laboratório de informática e na fazenda Bragança com o conhecimento adquirido no decorrer do Curso Técnico em Segurança do trabalho. O projeto foi realizado relatando as formas de como utilizar o agrotóxico, incluindo os principais procedimentos de manuseio da calda, uso de EPI’s e na reciclagem da embalagem do agrotóxico. O ambiente escolhido para a realização deste trabalho foi a fazenda Bragança que fica situada na BR 163 próximo de Nova Mutum, umas da sua sede fica em Lucas do Rio verde na Rua A, Bairro Pioneiro. É de extrema importância à proteção dos operários que os manipulam e aplicam, dos consumidores, dos animais de criação, de abelhas, peixes, enfim, do meio ambiente, se não tomar o devido cuidado chegando a óbito o trabalhador ou animais que ficam na região, o controle de pragas ofereceu um grande processo evolutivo no meio da agricultura, e graças aos agrotóxicos, atualmente há uma grande variedade de frutas e verduras como alface, tomate, maça etc. E conforme regras estabelecidas pelo SENAI - Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial de Mato Grosso baseadas nas normas técnicas (ABNT), para elaboração do trabalho de conclusão de curso (TCC) e dividido as etapas, tarefas e consolidação de revisão para a execução do referido trabalho, realizada nas instalações da empresa SEBRAE foi uma técnica de coleta de dados para conseguir informações e esclarecer dúvidas.
  • 28. 18 5. RESULTADOS E DISCUSSOES De acordo com o órgão EMBRAPA (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), os defensivos agrícolas são produtos de ação biológica e visam, a defender as plantas de agentes nocivos, alguns, como os inseticidas, têm por fim combater formas de vida animal e, por consequência, tendem a ser mais perigosos para o homem. Fig. nº 02: Explicação do manuseio do agrotóxico com tec. Elimar. Fonte: Dados da pesquisa/Anderson de Souza (2014) A avaliação toxicológica efetuada pelo Ministério da Saúde antes do registro do produto visa a permitir a comercialização daqueles que, usados de forma adequada, não causem danos à saúde nem deixem resíduos perigosos sobre os alimentos. O conceito que as pessoas, geralmente, possuem do assunto é de que a toxicidade oral aguda é o dado mais importante.
  • 29. 19 Fig. nº 03: Local do manuseio de agrotóxico e hangar. Fonte: Dados da pesquisa/Anderson de Souza (2014) Isso não corresponde à realidade, pois raramente alguém ingere um produto. Na realidade, os maiores riscos de intoxicação estão relacionados ao contato do produto ou da calda com a pele. A via mais rápida de absorção é pelos pulmões; daí, a inalação constituir-se em grande fator de risco. O crescente aumento nos custos dos produtos químicos, da mão-de-obra e da energia, e a preocupação cada vez maior em relação à poluição ambiental, têm realçado a necessidade de uma tecnologia mais acurada na colocação do produto químico, bem como nos procedimentos e equipamentos adequados à maior proteção ao trabalho (EMBRAPA, 2003). Fig. nº 04: Plantação de milho Fonte: Dados da pesquisa/Anderson de Souza (2014)
  • 30. 20 5.1 Calibração Os equipamentos de aplicação de agrotóxicos devem ser regularmente revisados e calibrados, o uso dos mesmos deve ser no momento certo e com mão de obra treinada. Para melhorar a qualidade e eficiência dos tratamentos e reduzir o desperdício de produtos e contaminação do ambiente, os pulverizadores devem ser calibrados periodicamente, utilizando-se equipamentos e métodos reconhecidos internacionalmente. Fig. nº 05: Pulverizador. Fonte: Dados da pesquisa/Anderson de Souza (2014) A calibração é fundamental para a correta aplicação de defensivos agrícolas, uma vez acoplado o pulverizador e abastecido com água, deve-se verificar funcionamento da máquina, se não há eventuais vazamentos, e se os componentes estão funcionando a contento, equipar o pulverizador com bicos apropriados é um dos pontos mais cruciais nesta fase. O pulverizador deve ser levado até o local de trabalho e várias opções de bicos devem ser testadas para se decidir por aquele que melhor atenda aos requisitos do tratamento, isto é, o que melhor coloca o produto no alvo, sem perda por escorrimento nem por deriva.
  • 31. 21 Fig. nº 06: Entrada do veneno e saída do veneno. Fonte: Dados da pesquisa/Anderson de Souza (2014) 5.2 Preparo da Calda O preparo da calda pode ser realizado pela adição direta do produto no tanque, ou através de pré-diluição. Quando são utilizados produtos na formulação líquida, podem ser adicionados diretamente no tanque com a quantidade da água desejada. Para produtos na formulação de pó molhável, é recomendado fazer pré- mistura, seguindo as etapas: Dissolver o produto em pequena quantidade de água, agitando-se até a completa suspensão do produto; despejar a suspensão no tanque, contendo aproximadamente dois terços do volume de água a ser utilizada. Fig. nº 07: Caldeira Fonte: Dados da pesquisa/Anderson de Souza (2014)
  • 32. 22 Após, completar o volume. Quando usado mais de um produto, deve ser seguida a recomendação para cada produto, individualmente. Em alguns casos, a associação de produtos permite a redução de dosagens dos mesmos (EMBRAPA, 2003). Fig. nº 08: Dentro da Caldeira Fonte: Dados da pesquisa/Anderson de Souza (2014) 5.3 Cuidados durante o preparo e aplicação dos produtos fitossanitários Evitar a contaminação ambiental com a utilização do equipamento de proteção individual - EPI (macacão de PVC, luvas e botas de borracha, óculos protetores e máscara contra eventuais vapores). Em caso de contaminação substituí-lo imediatamente não e permitido o trabalhador trabalhar sozinho quando manusear produtos tóxicos e também não e permitir a presença de crianças e pessoas estranhas ao local de trabalho (EMBRAPA, 2003). A preparação do produto em local fresco e ventilado, nunca ficando à frente do vento, ler atentamente e seguir as instruções e recomendações indicadas no rótulo dos produtos evitando a inalação, respingo e contato com os produtos, não beber, comer ou fumar durante o manuseio e a aplicação dos tratamentos e preparar somente a quantidade de calda necessária à aplicação a ser consumido numa mesma jornada de trabalho, aplicando sempre as doses recomendadas, evitar pulverizar nas horas quentes do dia, contra o vento e em dias de vento forte ou chuvosos, não desentupir bicos, orifícios, válvulas, tubulações com a boca, não
  • 33. 23 reutilizar as embalagens vazias e não aplicar produtos próximos à fonte de água, riachos, lagos, etc.. O preparo da calda exige muito cuidado, pois é o momento em que o trabalhador está manuseando o produto concentrado, a embalagem deverá ser aberta com cuidado para evitar derramamento do produto, fazer a utilização de balanças aferidas (INMETRO), copos graduados, baldes e funis específicos para o preparo da calda. Nunca utilizar esses mesmos equipamentos para outras atividades, fazer a lavagem da embalagem vazia logo após o esvaziamento da embalagem, longe de locais que provoquem contaminações ambientais e causem riscos à saúde das pessoas, após o preparo da calda, lavar os utensílios e secá-los ao sol (EMBRAPA, 2003). Usar apenas o agitador do pulverizador para misturar a calda, utilizar sempre água limpa para preparar a calda e evitar o entupimento dos bicos do pulverizador, fazer a verificar o PH da água e corrigir caso necessário, seguindo as instruções do fabricante do agrotóxico que será aplicado e verificar se todas as embalagens usadas estão fechadas e guarde-as no depósito, mantendo os equipamentos aplicadores sempre bem conservados. Fazer a revisão e manutenção periódica nos pulverizadores substituindo as mangueiras furadas e bicos com diferenças de vazões acima de 10%,lavar o equipamento e verifique o seu funcionamento após cada dia de trabalho, jamais utilizar equipamentos com defeitos vazamentos ou em condições inadequadas de uso e, se necessário substitua-os Ler o manual de instruções do fabricante do equipamento pulverizador e saber como calibrá-lo corretamente a pressão excessiva na bomba causa deriva e perda da calda de pulverização e jamais misturar no tanque produtos incompatíveis e observe a legislação local (EMBRAPA, 2003). 5.4 Cuidados com embalagens de agroquímicos É obrigatório fazer a tríplice lavagem e a inutilização das embalagens, após a utilização dos produtos, não permitindo que possam ser utilizadas para outros fins. É necessário observar a legislação para o descarte de embalagens. As embalagens, após tríplice lavagem, devem ser destinadas a uma central de recolhimento para
  • 34. 24 reciclagem. A legislação brasileira obriga o agricultor a devolver todas as embalagens vazias dos produtos na unidade de recebimento de embalagens indicada pelo revendedor. Antes de devolver, o agricultor deverá preparar as embalagens, ou seja, separar as embalagens lavadas das embalagens contaminadas. O agricultor que não devolver as embalagens ou não prepará-las adequadamente poderá ser multado, além de ser enquadrado na Lei de Crimes Ambientais. Fig. nº 09: Embalagem Fonte: Dados da pesquisa/Anderson de Souza (2014) A lavagem das embalagens vazias é uma prática realizada no mundo inteiro para reduzir os riscos de contaminação das pessoas (SEGURANÇA), protegerem a natureza (AMBIENTE) e aproveitar o produto até a última gota (ECONOMIA). 5.5 Cuidados no armazenamento de agrotóxicos na propriedade O depósito deve ficar num local livre de inundações e separado de outras construções, como residências e instalações para animais. A construção deve ser de alvenaria, com boa ventilação e iluminação natural, piso deve ser cimentado e o telhado sem goteiras para permitir que o depósito fique sempre seco, instalações elétricas devem estar em bom estado de conservação para evitar curto-circuito e incêndios, depósito deve estar sinalizado com uma placa “cuidada veneno", portas
  • 35. 25 devem permanecer trancadas para evitar a entrada de crianças, animais e pessoas não autorizadas, produtos devem estar armazenados de forma organizada, separados de alimentos, rações animais, medicamentos e sementes. Não é recomendável armazenar estoques de produtos além das quantidades para uso a curto prazo (no máximo para uma safra). Mantenha sempre os produtos ou restos em suas embalagens originais e nunca armazene restos de produtos em embalagens sem tampa ou com vazamentos. 5.6 PRIMEIROS SOCORROS EM CASO DE ACIDENTES Via de regra os casos de contaminação são resultado de erros cometidos durante as etapas de manuseio ou aplicação de produtos fitossanitários e são causados principalmente pela falta de informação ou displicência do operador. Antes de mais nada é importante conhecer as instruções dos primeiros socorros do rótulo ou da bula do produto. Devem-se descontaminar as partes atingidas por meio de um banho com o objetivo de eliminar a absorção do produto pelo corpo e vista a vítima com roupas limpas, antes de levar a vítima para o hospital. Ligue para o telefone de emergência do fabricante, informando o nome e idade do paciente, o nome do médico e o telefone do hospital (EMBRAPA, 2003). Fig. nº 010: Equipamento de primeiro socorros e equipamento para lavagem rápida Fonte: Dados da pesquisa/ Anderson de Souza (2014)
  • 36. 26 5.7 Cuidados com a higiene Contaminações podem ser evitadas com hábitos simples de higiene, os produtos químicos normalmente penetram no corpo do aplicador através do contato com a pele. Roupas ou equipamentos contaminados deixam a pele do trabalhador em contato direto com o produto e aumentam a absorção pelo corpo. Outra via de contaminação é através da boca, quando se manuseiam alimentos, bebidas ou cigarros com as mãos contaminadas. Após o manuseio de produtos fitossanitários é importante lavar bem as mãos e o rosto antes de comer, beber ou fumar. As roupas usadas na aplicação, no final do dia de trabalho, devem ser lavadas separadamente das outras roupas de uso da família. Também é importante tomar banho com bastante água e sabonete, lavando bem o couro cabeludo, axilas, unhas e regiões genitais e usar sempre roupas limpas (EMBRAPA, 2003). 5.8 Cuidados com a lavagem dos EPIs Fig. nº 11: EPI’s lavados Fonte: Dados da pesquisa/ Anderson de Souza (2014) Os EPI devem ser lavados separadamente das roupas comuns, as roupas e aventais de proteção devem ser enxaguadas com bastante água corrente para diluir e remover os resíduos da calda de pulverização. A lavagem deve ser feita de forma cuidadosa com sabão neutro (sabão de coco), a fim de evitar o desgaste e o rompimento das mesmas. As roupas não devem ficar de molho. Em seguida, as
  • 37. 27 peças devem ser bem enxaguadas para remover todo sabão, não use alvejantes, pois poderá danificar a resistência das vestimentas, as botas, as luvas e a viseira devem ser enxaguadas com água abundante após cada uso, o EPI deve ser separado da roupa comum para evitar contaminação, e se over EPIs danificados devem ser Substituído (EMBRAPA, 2003). 5.9 Períodos de carência ou intervalo de segurança É o número de dias que deve ser respeitado entre a última aplicação e a colheita. O período de carência vem escrito na bula do produto. Este prazo é importante para garantir que o alimento colhido não possua resíduo acima do limite máximo permitido.
  • 38. 28 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS O nosso trabalho foi baseado em trazer para o público a maneira correta e segura de manusear agrotóxicos no serviço agropecuário, com o objetivo avaliar e controlar o impacto do uso de agrotóxico ao meio ambiente, o uso de agrotóxicos sem nenhum controle, proteção ou informações, tem como causa no organismo humano vômito, febre, diarreia, entre outros sintomas. O uso de equipamentos para auxiliar na operação pode vir a contribuir para a melhor eficiência dos agrotóxicos. A aplicação de defensivos agrícolas ou de qualquer método de controle, só é válida e adequada se realmente existe o referido problema. Cabe aos técnicos, a grande responsabilidade de identificar e orientar os agricultores quando a presença de insetos, fungos, plantas daninhas, etc. Podendo ocasionar um problema a o agricultor com danos econômicos. O fator que mais preocupa é a falta do uso de EPI por falta de conhecimento do trabalhador rural que por sua vez é leigo no assunto. O conhecimento em trabalhos com agrotóxicos é muito importante e salva vidas, pelo simples fato de ser um trabalho muito perigoso e arriscado. Por outro lado, quando usado de forma indevida, pode trazer danos para a saúde tanto do trabalhador quanto a do consumidor. Através de cursos, palestras, reuniões, visitas, divulgações, será possível acelerar e ampliar o objetivo deste trabalho, conscientizando o trabalhador para q não haja uma contaminação dele com o agrotóxico e também das pessoas que consome o produto.
  • 39. 29 7. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABIFINA. Defensivos Agrícolas - notícias. In: Associação Brasileira das Indústrias de Química Fina, Biotecnologia e suas Especialidades. Disponível em: <http://www.abifina.org.br/noticiaSecao. asp?secao=1&noticia=76>. ADISSI, P. J. Riscos e Desgastes no Trabalho com Agrotóxicos: o Caso de Maravilha/Boqueirão – PB. : Seminário internacional sobre uso de agrotóxicos. João Pessoa; UFPB. 1 CD-ROM, 2000. ADISSI, P. J; PINHEIRO, F.A.Avaliação de risco ocupacional na aplicação manual de agrotóxicos. XXVII Encontro Nacional de Engenharia de Produção. Foz do Iguaçu, PR, Brasil, 09 a 11 de outubro de 2007. AGROW, 1999.World Crop Protect News, Mrch 26, 1999 and April 16, 1999. In Pesticide Action Network Updates May 8, 1999. ALAVANJA, M. C. R.; HOPPIN J. Á.; KAMEL, F. Health effects of chronic pesticide exposure: cancer and neurotoxity. Annu.Rev. Public Health.25:157-197. 2004. AMORIM, L.; KUNIYUKI, H. Doenças da videira. In: KIMATI, H.; AMORIM, L.; BERGAMIN FILHO, A.; CAMARGO, L.E.A., REZENDE, J.A.M. (eds.) Manual de fitopatologia: doenças das plantas cultivadas. 3. ed. São Paulo: Agronômica Ceres, 1997. v.2. p. 736-757. ANDEF. Manual de uso correto e seguro de produtos fitossanitários / agrotóxicos. www.andef.com.br/uso seguro. Consulta em 13 de outubro de 2005. ANDREI, E. (Coord.). Compêndio de defensivos agrícolas. 7.ed. São Paulo: Andrei, 2005. ANVISA, Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Programa de análise de resíduos de agrotóxicos em alimentos: relatório anual 04/06/2001 – 30/06/2002. Brasília, DF 2002. ANVISA, Agência Nacional de Vigilância a Sanitária. Reavaliação dos agrotóxicos 10 anos de proteção a população. Brasília,DF. Publicado em 2 de abril 2009. Disponível em: <http://www.anvisa.gov.br/divulga/noticias> ANVISA, Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Divulgado o monitoramento de agrotóxicos em alimentos. Brasília, DF. Publicado em 15 de abril de 2009. Disponível em: <http://www.anvisa.gov.br/divulga/ noticias> BOLIANI, A.C.; CORRÊA, L.S. Cultura de uvas de mesa do plantio à comercialização. 2001. 328p. BOTTON, M. HICKEL, E. R.; SORIA, S. J. Pragas. p. 82-107. In: FAJARDO, T. V. M. (Ed.). Uvas para processamento: fitossanidade. Brasília, DF: Embrapa Informação Tecnológica, 2003. 131 p. (Embrapa. Frutas do Brasil, 35). BRASIL. Lei: 6.514/77. Portaria: 3.214/78 - Segurança e saúde no trabalho na agricultura, Pecuária, Silvicultura, Exploração Florestal e Aquicultura – Norma Regulamentadora NR 31, Item 31.8 Ed. Atlas 72° EDIÇÃO. Rio de Janeiro. 2013. Visitado 09/05/2014. BRASIL. Lei: 7.802/1989 - Que dispõe sobre a pesquisa, a experimentação, a produção a comercialização, a propaganda comercial, a utilização, a importação e exportação, o destino final dos resíduos e embalagens, o registro, a classificação, o controle, o controle, a inspeção e a fiscalização de agrotóxicos, seus componentes e afins, e da outras providências. Visitado 09/05/2014. BRASIL. Decreto 4.074/2002. Art. 72- Ações de inspeção e fiscalização terão caráter permanente, constituindo-se em atividade rotineira. Visitado 09/05/2014.
  • 40. 30 BRASIL Portaria Normativa IBAMA N° 84/1996. Art. 3° - A classificação quanto ao potencial de periculosidade ambiental baseia-se nos parâmetros bioacumulação, persistência, transporte, toxicidade a diversos organismos, potencial mutagênico, teratogênico, carcinogênico, obedecendo a seguinte graduado. Visitado 09/05/2014. CARRARO, G. Agrotóxico e Meio ambiente: Uma Proposta de Ensino de Ciências e de Química. 1997. 95 f. (Especialização em Educação Química ) – UFRGS, Porto Alegre, 1997. CHAIM, A.; PESSOA, M.C Y.; FERRACINI V. L. Eficiência de deposição de pulverização em videira, comparando bicos e pulverizadores. Pesticidas: Revista de Ecotoxicologia e Meio Ambiente. Curitiba: v.14, p.39 - 46, 2004. CHAIM, A.; CASTRO, V.L; CORRALES, F.; GALVÃO, J.A.H.; CABRAL, O.M.R.Método para monitorar perdas na aplicação de agrotóxicos na cultura do tomate. PesquisaAgropecuária Brasileira. Brasília, v.34, n.5, p.741-747, 1999. CHAIM, A.; CAPALBO, M.F.; CABRAL, O.M.R.; GALVÃO, H.A.H. Validação de método para estudo de deposição de inseticidas biológicos em florestas. Jaguariúna:Embrapa Meio Ambiente, 1999b. 21p. (Embrapa Meio Ambiente, Boletim de Pesquisa, 4) CHAIM, A., LARANJEIRO, A.J.; CAPALBO, D.M.F. Bico pneumático eletrostático para aplicação de inseticidas biológicos em floresta de eucalipto. Jaguariúna: Embrapa CHOUDHURY, M.M. Uva de Mesa: pós-colheita. Brasília: Embrapa Informação Tecnológica, 2001. 55p. (Frutas do Brasil, 12). CHRISTOFOLETTI, J. C. Considerações sobre deriva na pulverização. Boletim Técnico BT- 04/99 - TeeJet South América, 1999. 15p. CONSOLARO, M.; ALVES, S.B. Estudo da biologia de Heilipodusnaevulus Mann, 1836. Ecossistema, v.3, n.3, p.72, 1978. DAL BÓ, M.A.; CRESTANI, O. Controle de margarodes: tratamento das mudas evita disseminação. Agropecuária Catarinense, Florianópolis, v.1, n.1, p.10-11, 1988. EMBRAPA, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Uvas Viníferas para Processamento em Regiões de Clima Temperado. Disponível no site http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Uva/UvasViniferasRegioesClimaTempera do/agrotoxi.htm#legislacao. Publicado em 2003, Visitado 10/04/2014. EMBRAPA MEIO AMBIENTE Como reduzir o uso de agrotóxicos em videira. www.cnpma.embrapa.br. Junho, 2004. FRIEDRICH, T. Qualidade em tecnologia de aplicação. In: III SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE AGROTÓXICOS, 2004, Botucatu. Palestras. 2004. p. 94-109. FUNDACENTRO. Prevenção de acidentes no trabalho com agrotóxicos: segurança e saúde no trabalho, n. 3. São Paulo: Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho, Ministério do Trabalho, 1998. GARCIA, J. E. Acute poisoning from pesticides: human and economic costs. Rev Panam Salud Publica. 4(6):383-7. 1998. GARCIA, E. G. Segurança e Saúde no trabalho rural com agrotóxicos: contribuição para uma abordagem mais abrangente. Dissertação (Mestrado). Faculdade de Saúde Pública, Universidade de São Paulo, São Paulo. 1996. GARCIA, E. G. Segurança e saúde no trabalho rural: a questão dos agrotóxicos. São Paulo. FUNDACENTRO, 2001. 182 p.
  • 41. 31 GARCIA, E. G.; ALVES FILHO, J. P. Aspectos de prevenção e controle de acidentes no trabalho com agrotóxicos. São Paulo. FUNDACENTRO, 2005. p 52 GALLO, D.; NAKANO, O.; SILVEIRA NETO, S.; CARVALHO, R. P. L.; BATISTA, G. C.; BERTI FILHO, E.; PARRA, J. R. P.; ZUCCHI, R. A.; ALVES, S. B.; VENDRAMIN, J. D.; MARCHINI, L. C.; LOPES, J. R. S.; OMOTO, C. Entomologia agrícola. Piracicaba: FEALQ, 2002. 920 p. GALLO, D.; NAKANO, O.; WIENDEL, F.M.; SILVEIRA NETO, S.; CARVALHO, R.P.L; BATISTA, G.C.de; BERTI FILHO, E.; PARA, J.R.P.; ZUCCHI, R.A.; ALVES, S.B.; VENDRAMIN, J.D. Manual de entomologia agrícola. São Paulo: Agronômica Ceres, 1988. 649 p. GALLOTTI, G.J.M. Causas do declínio da videira. Agropecuária Catarinense, Florianópolis, v.2, n.4, p.19-21, 1989. GOBBATO, C. Manual do vitivinicultor brasileiro. 4. ed.,1940. v.1. GONZALEZ, R.H. Manejo de pragas de la vid. Santiago: Universidad de Chile, 1983. 115p. HAJI, F. N. P.; ALENCAR, J. A. Pragas da videira e alternativas de controle. In: A viticultura no semiárido brasileiro. Petrolina: Embrapa Semiárido, 2000. p. 273-291. HAYES, W.J.JR.; LAWES, E.R. Handbook New York: Academic Press, 1991. 3v. HICKEL, E.R. Pragas da videira e seu controle no Estado de Santa Catarina. Florianópolis: EPAGRI, 1996. 52p. (EPAGRI. Boletim Técnico, 77). HICKEL, E.R.; SCHUCK, E. Vespas e abelhas atacando uva no Alto Vale do Rio do Peixe. Agropecuária Catarinense, Florianópolis, v.8, n.1, 38-40, 1995. KOGAN, M.; PÉREZ JONES, A. Herbicidas - Fundamentos fisiológicos y bioquimicosdel modo de acción. EdicionesUniversidad Católica de Chile, 2003. 331 p. KUHUN, G.B.; LOVATEL, J.L.; PREZOTTO, O.P.; RIVALDO, O.F. MANDELLI, F.; SÔNEGO, O.R. O cultivo da videira: informações básicas. 2.ed. Bento Gonçalves: EMBRAPA-CNPUV, 1996. 60p. (EMBRAPA-CNPUV. Circular Técnica, 10). LARINI, L. (Ed.). Toxicologia dos praguicidas. São Paulo: Editora Manole, 1999. 230p. LOURENÇÃO, A.L.; MARTINS, F.P.; NAVIA, D.Insetos e ácaros da videira. p.616-633. In: POMMER, C.V. (ed.). Uva: tecnologia de produção, pós-colheita, mercado. Porto Alegre: Cinco Continentes, 2003. 778p. MACHADO NETO, J. O. Segurança do trabalho com agrotóxicos - Situação do Cone Sul. Simpósio Internacional de Aplicação de Agroquímicos: Eficiência, Economia e Preservação da Saúde Humana e do Ambiente. 1, Águas de Lindóia, 26 a 29 de março, 1996. Anais. Jaboticabal, 1997. 183 p. MANUAL DE SEGURANÇA E QUALIDADE PARA A CULTURA DA UVA DE MESA. Brasília, DF: CampoPAS, 2004. 51p. (Série qualidade e segurança dos alimentos). MATOS, C.S.; SCHUCK, E. Controle de pragas na videira. Agropecuária Catarinense, Florianópolis, v.1, n.2, p.12-14, 1988. MATUO, T. Fundamentos da tecnologia de aplicação de agrotóxicos. In: TECNOLOGIA E SEGURANÇA NA APLICAÇÃO DE AGROTÓXICOS: NOVAS TECNOLOGIAS, 2, 1998. Santa Maria: Departamento de Defesa Fitossanitária; Sociedade de Agronomia de Santa Maria, 1998. p. 95-1. MAPA, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Agrofit. www.agricultura.gov.br. Outubro, 2005. NACHTIGAL, J.C.; CAMARGO, U.A.; CONCEIÇÃO, M.A.F. Sistemas de produção de uvas sem sementes: cultivares BRS Morena, BRS Clara e BRS Linda. Bento Gonçalves, RS. 90p. (Sistemas de Produção, 1).
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