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Detecção de Talentos no Futebol: A spectos Psicológicos do
Guarda-R edes
José Alves1
Carlos Sacadura2
1 Centro de Investigação em Desporto, Saúde e Desenvolvimento Humano
2 Federação Portuguesa de Futebol e Instituto Politécnico da Guarda
O bambú chinês leva 6 anos para crescer 15 cm.
Em seguida, em 6 meses ele cresce 3 metros.
Questão: Ele cresce 3 m em 6 meses
ou 3,15 m em 6 anos e seis meses?
Introdução
O Futebol, nos dias de hoje, transformou-se num fenómeno de massas e
num negócio altamente lucrativo. O grande interesse e consequentemente a
contínua evolução da competitividade deste desporto obriga a iniciar cada vez
mais cedo a preparação dos seus praticantes, para que estes venham a adquirir
as exigentes competências requeridas pela modalidade no máximo do seu
expoente competitivo.
A transformação de jovens dotados em “activos” é uma preocupação para
as organizações profissionais, daí que, face aos avultados investimentos, elevado
tempo de espera e prováveis erros de opções, se torne necessário diminuir os
riscos aquando da selecção de jovens praticantes que vão ser conduzidos para o
processo de treino, com vista ao alto rendimento.
Garganta, Maia e Seabra (2004: 40) entendem a «detecção de talentos»
como “a possibilidade de efectuar um prognóstico a longo prazo de um sujeito que
evidencia atributos e capacidades necessárias para fazer parte integrante de uma
população de atletas de excelência desportiva”. Hebbelinck (1989) define talento
como um sujeito que, identificado por especialistas qualificados, é capaz de
performances elevadas, em virtude das suas capacidades excepcionais.
Na detecção e selecção de talentos no Futebol têm sido utilizados alguns
critérios que são considerados como indicadores de talento. No entanto, esta
2
actividade é frequentemente realizada de forma intuitiva, empírica e sem critérios
objectivos pelos designados «olheiros»1.
Os factores de rendimento não se limitam aos aspectos hereditários,
morfológicos e fisiológicos, mas também às características psicossociais, que são
parte indissociável do talento desportivo, capaz em muitos casos de compensar
algumas carências dos outros factores. Assim, no processo de detecção e
selecção de talentos, devemos ter em conta a personalidade do atleta,
motivações, interesses e o meio social e familiar de onde ele provém.
Sobre os factores psicológicos, em nossa opinião, a detecção de talentos
no futebol restringe-se na maior parte dos casos aos comportamentos observáveis
na competição. Não existem critérios e factores específicos claramente definidos,
de forma a levá-los em consideração aquando da observação e selecção de
atletas. Alguns observadores, fruto da sua experiência, são mais eficazes nas
suas observações, porque sabem com maior exactidão o que procurar. Isto deve-
se ao facto de possuírem uma melhor capacidade de assimilar, organizar e
efectuar uma validação consensual entre os diversos aspectos observados.
Assim, os testes psicológicos podem ser um complemento à informação
recolhida pela observação directa e o contacto diário com o atleta (história do
passado do atleta, observação de comportamentos, diálogo com os atletas e
opinião de outros). Com a realização de testes, podemos complementar a
informação já retirada e realizar uma validação consensual. Isto é, verificar se a
informação obtida através de uma fonte (observação directa durante o dia-a-dia)
está de acordo com a informação retirada através de outra fonte (testes) (Nideffer
& Sagal, 2001).
De acordo com os autores anteriormente referidos (2001), a utilização de
testes no processo de avaliação poupa tempo, contribui para a clareza e
honestidade do processo de avaliação e ajuda a melhorar a performance. Poupa
tempo se for escolhido um conjunto de instrumentos que avalie as variáveis
relevantes para a performance, de tal forma que as variáveis consideradas
pertinentes poderão ser avaliadas quase de imediato e não estar à espera que
estas ocorram ao longo do tempo para ser avaliadas.
1 Antigos jogadores ou treinadores experientes que observam as competições e «escolhem» os
indivíduos que no escalão etário melhor resolvem as exigências da competição.
3
Definição de talento desportivo
Talento no desporto aparenta ser uma palavra com muitas interpretações.
Quando se procura definir talento rapidamente se entra na discussão sobre a
natureza do talento, nomeadamente do que é genético ou inato em contraponto
com os factores ambientais e a prática intencional. Muitas definições têm sido
avançadas ao longo dos tempos, no entanto não foi ainda aceite um critério
universal para caracterizar o conceito (Durand-Bush & Salmela, 2001).
Howe, Davidson & Sloboda (1998), defendem que as altas performances
resultam mais de factores ambientais (treino intenso) do que de habilidades
inatas. Também Salmela (1997b) atribui pouca importância ao inato, dando ênfase
ao processo de treino. Este autor substitui o termo “talento” ou “superdotado” pelo
de “expert”, entendido este como a pessoa que através da experiência e do treino
apresenta uma grande habilidade para uma determinada tarefa.
Dosil (2001) afirma que o factor genético é imprescindível quando nos
referimos aos talentos desportivos, sendo a sua detecção precoce, fundamental
para poder desenvolver o seu potencial. No entanto, considera que os factores
ambientais são os que permitem que cada desportista desenvolva e cristalize o
seu talento.
De acordo com Manso et al. (2003), ninguém, por mais talentoso que seja,
poderá chegar ao máximo do seu potencial se não o desenvolver eficazmente
durante um largo período de tempo. A reforçar esta ideia está o princípio dos “10-
years role” ou 10 000 horas de prática deliberada (Ericsson, 1996).
Por outro lado, de acordo com Durand-Bush e Salmela (2001), a crença de
que o talento inato é a base para performances excepcionais é reforçada em
quase todas as publicações desportivas. No entanto, os autores afirmam que as
novas investigações argumentam o contrário, isto é, as performances
excepcionais são mais resultado de uma prática de alta qualidade, em que as
habilidades inatas têm um papel mínimo.
Numa revisão sobre a temática dos talentos desportivos Durand-Bush &
Salmela (2001) concluíram que o talento não é um fenómeno de “tudo ou nada”,
tratando-se antes de uma manifestação dinâmica que parece ser determinada por
factores inatos e ambientais. Segundo os autores, não podemos mudar o
património genético, mas podemos alterar o meio envolvente de forma a
promovermos o mais possível a obtenção da performance. A prática deliberada, o
4
apoio familiar, treinadores ou professores competentes e adequados recursos
físicos desempenham um papel importante no futuro rendimento desportivo. Ainda
segundo os mesmos autores, investigadores e treinadores devem procurar
determinar como estes factores podem ser maximizados na vida dos atletas para
desenvolver ao máximo todo o seu potencial, em vez de centrarem a sua atenção
em provarem a mera existência de talento inato.
A revisão das pesquisas empíricas sobre os talentos desportivos e a
consideração de certos mitos sugerem-nos que: “a influência do inato, das
capacidades específicas de base («talento») sobre a performance dos experts é
fraca, provavelmente negligenciável” (Ericsson & Lehmann, 1996).
O processo de detecção de talentos desportivos
A detecção de talentos desportivos consiste num prognóstico a longo prazo
da performance desportiva numa determinada disciplina (Sobral, 1982; Réginer,
Salmela e Russel, 1993; Manso et al, 2003).
Manso et al (2003), Carzola (1983), Salmela e Reginer (1986), Bompa
(1985) e Lorenzo (2001) consideram a detecção de talentos como um processo
sistemático, planeado a médio e longo prazo, apresentando-se esta detecção
como um elemento próprio da organização desportiva.
Este processo começa com a definição das exigências da modalidade, ao
seu mais alto nível, para depois descobrir entre os jovens os que revelam possuir
as competências ou aptidões necessárias para atingir as performances ao nível da
elite, fruto de um processo de prática intencional ao longo de vários anos.
Carzola (1983) e Hebbelink (1988) consideram a detecção de talentos
desportivos como um processo contínuo, em que o desenvolvimento do talento se
converte na parte principal do processo.
Segundo Ericsson & Charness (1994), os atributos biológicos evidentes,
mascaram, muitas vezes, a aprendizagem das habilidades motoras, que são os
melhores indicadores da performance excepcional.
No processo de detecção de talentos, deve-se ter em conta as capacidades
motoras, somáticas e psicológicas (Alves e Costa, 1990), aspectos hereditários,
morfológicos, fisiológicos e as características psicossociais.
De acordo com Carzola (1983), a detecção de talentos desportivos deveria
abranger diversos campos, como a análise das exigências de um determinado
5
desporto, as condições materiais, psicológicas, sociológicas e biológicas da
modalidade ao seu mais alto nível, o planeamento racional de um programa de
detecção elaborado por fases de desenvolvimento, programas de treino e de
formação dos talentos identificados.
Desde sempre, “identificar as variáveis que fazem de um atleta o melhor
entre os melhores tem sido uma das preocupações centrais daqueles que se
dedicam ao desenvolvimento das capacidades atléticas dos jovens” (Vasconcelos-
Raposo, 1993: 14).
Como referem Alves e Costa (1990) uma descoberta atempada do talento
permitirá uma maior rentabilidade do rendimento desportivo por um lado, evitando,
por outro, muitas frustrações devido a carreiras desportivas mal orientadas.
Na detecção de talentos, umas das primeiras preocupações será a de
definir o “perfil ideal” (modelo) do atleta para determinada modalidade e dentro
desta para desempenhar determinadas tarefas e funções, o que pressupõe a
análise das características morfológicas, das capacidades funcionais e do seu
potencial psicológico.
Araújo (1985) refere que não são apenas os indivíduos que inicialmente
revelam grandes performances que chegam à excelência, como também outros
que no princípio “se mostram inferiores dentro de certos limites médios” podem
conseguir através do processo de treino melhorar o seu rendimento e chegar à
excelência.
Nas idades mais jovens, a quantidade e a qualidade do treino influencia
directamente o rendimento imediato, pelo que em determinadas situações
escolher os melhores, no momento, não significa que sejam estes os que vão ser
os melhores no futuro. Nos escalões de formação, quando o treinador escolhe uns
atletas em detrimento de outros, está a efectuar uma selecção. Esta selecção, se
não for criteriosa, pode levar a que sejam proporcionadas oportunidades a um
conjunto de jovens deixando de fora outros, potencialmente com as mesmas
capacidades e que poderão no futuro obter um rendimento superior.
Em suma, na busca da excelência, a detecção precoce do potencial talento
é um factor importante. No entanto, aliado a este aspecto, resulta imprescindível a
selecção dos sujeitos e a consequente promoção do respectivo potencial, através
de um adequado processo formativo a longo prazo, sem o qual o sujeito, e só por
si, não seria capaz de atingir as performances da elite.
6
Metodologia
Deste modo, é objectivo da presente investigação procurar identificar que
factores psicológicos descriminam os jovens guarda-redes que, segundo os
técnicos, apresentam um rendimento desportivo superior em relação a guarda-
redes menos bem sucedidos.
Amostra
A amostra foi constituída por 52 jovens guarda-redes do sexo masculino,
oriundos de todo os distritos do país, com idades compreendidas entre os 14 e os
17 anos, com uma média de 14,48 anos. Os atletas pertencem às Selecções
Distritais ou Nacionais de Futebol. Os jogadores foram divididos em dois grupos:
“Não Elite” – 44 jogadores de 13 a 15 anos de idade, com uma média de
14,3 anos, e pertencentes às Selecções Distritais “Sub-15” dos vários distritos de
Portugal (2 por distrito).
“Elite” – 8 jogadores de 14 a 17 anos de idade, com uma média de 15,5
anos e pertencentes às Selecções Nacionais de “Sub-16” (6 atletas) e “Sub-17” (2
atletas).
Instrumentos
Para a recolha de dados utilizámos testes de papel e lápis e testes
laboratoriais.
1. Inventário de Competências Psicológicas para o Desporto (PSIS/ICPD) de
M. Mahoney, T. Gabriel & S. Perkins (1987); adaptação de S. Serpa, A.
Severo, J. Ramos e S. Domingues (s/d)
2. Inventário do estado de ansiedade competitiva - “Competitive State
Anxiety Inventory – 2 (CSAI-2)” de R. Martens, D. Burton, R. Vealey, L.
Bump & D. Smith (1990); adaptação de A. Santos e S. Serpa & (1991)
3. Questionário de ansiedade em competição - “Sport Competition Anxiety
Test (SCAT)” de R. Martens (1990); adaptação de S. Serpa, F. Pereira & M.
Freitas (1991)
4. Teste de percepção visual - Teste de Figuras Idênticas (FI) de L.L.
Thurstone (1938); adaptado para a população portuguesa pelo CEPE (Centro
de Estudos Psicométricos do Exército).
5. TAIS – Teste de atenção e estilo interpessoal versão reduzida, de Nideffer
(1977); adaptado para a população portuguesa por Alves (s/d)
7
6. Teste de atenção concentrada - Teste de Touluse e Piéron (TP) (1986);
adaptado para a população portuguesa por Agostinho Pereira (s/d)
7. Teste de memória visual – MENVIS-A (s/d); adaptado para a população
portuguesa pelo CPFA (Centro Psicoténico da Força Aérea) (s/d)
8. Testes psicomotores – Polireacciómetro para Windows de P. Sobreiro e J.
Alves (2005).
Procedimentos
A recolha de dados do grupo da amostra “Não Elite” foi feita numa sala de
aula normal e em condições estandardizadas. Os testes de reaciometria foram
realizados individualmente numa secretária de um gabinete.
A recolha de dados do grupo da amostra “Elite” teve lugar durante um
estágio das Selecções Nacionais em condições idênticas às do grupo “Não Elite”.
Técnicas Estatísticas Utilizadas
As características dos grupos foram analisadas através da estatística
descritiva, tendo sido utilizadas as medidas de tendência central e dispersão.
Para efectuar a comparação entre grupos, recorremos ao teste T-Student.
Para determinar as variáveis que melhor discriminam as diferenças entre os
grupos e prever a “performance” futura, em função das suas características
discriminantes, realizámos uma Análise Discriminante “Stepwise.
Para todas as análises, foi considerado o nível de significância p = 0,05
como limite.
Resultados
Análise descritiva e comparação entre grupos
Personalidade
Os resultados obtidos permitem verificar que em nenhuma das dimensões
se verificaram diferenças estatisticamente significativas.
Os resultados confirmam a literatura revista. Singer e Haase (1977)
afirmam que nem os campeões nem os aspirantes a sê-lo, têm um perfil de
personalidade determinado, e indivíduos com diferentes personalidades podem
atingir a excelência na mesma modalidade.
8
Assim sendo, a análise destes dados leva-nos a pensar que os factores da
personalidade por nós estudados não foram tidos em conta, ou “pesaram” muito
pouco, na selecção dos sujeitos. Ou, como sugerem alguns autores (Bloom, 1985;
Carlson, 1992; Cote, 1999; Ericsson, 1996, 2001; Williams & Fraks, 1998; citados
por Samulski, 2003; Salmela & Moraes, 2001), é a pratica intencional, orientada
por bons técnicos, com o devido apoio familiar e um meio ambiente favorável que
levam os sujeitos a desenvolver as habilidades psicológicas mais facilitadoras
para a obtenção do rendimento.
Na literatura e no nosso estudo, não foram encontradas diferenças nestas
características psicológicas havendo necessidade de maior investigação para
identificar as características que fazem a diferença entre guarda-redes de elite e
não elite
Ansiedade
Os resultados encontrados permitem verificar que nenhuma das três
dimensões da ansiedade estado, evidenciou diferenças estatisticamente
significativas, apresentando os dois grupos resultados muito idênticos.
A ansiedade é uma dimensão multifacetada e interage com os outros
aspectos da personalidade do sujeito. Combinações particulares destas
dimensões podem maximizar ou minimizar a percepção de ameaça e,
consequentemente, a experiência de stress e de ansiedade na competição
desportiva (Cruz, 1997).
A ansiedade competitiva parece estar associada à personalidade do sujeito.
“Nunca é fácil dormir antes de um grande jogo.”
Inácio (in Pacheco, 2005: 100)
“A pressão para mim é um prazer e não me incomoda, acho até que tem um efeito
diferente, porque me entusiasma.”
Raul (in Pacheco, 2005: 101)
“Os jogos especiais não deixam ninguém indiferente. Há sempre um desconforto e uma
angústia muito grande. São minutos difíceis de ultrapassar. Para mim prolongava-se
durante todo o jogo. Nunca tirei prazer de jogar à bola. Não tenho saudades nenhumas
desses tempos.”
Rui Águas (in Pacheco, 2005: 105)
Através do treino e da prática intencional os jogadores poderão, ou
deverão, encontrar o seu nível óptimo, diferente de sujeito para sujeito, de forma a
optimizarem o seu rendimento desportivo.
9
Velocidade Perceptiva
Segundo alguns autores (Williams & Reilly, 2000; Williams, 2002; Williams
& Ward, 2003), os «experts» realizam uma captação da informação mais eficaz,
sendo nos desportos informacionais como o futebol as habilidades perceptivo-
cognitivas mais discriminantes do que as características técnicas e físicas.
Os «experts», ao apresentarem estratégias de recolha da informação mais
pertinentes, reduzem a quantidade de informação a tratar, reduzindo assim
também a complexidade. Por sua vez, aumentam também a eficiência da busca
visual e facilitam o tratamento da memória a longo termo na selecção da resposta
(Tenenbaum, 2003; Alves, 2004).
. A recolha eficiente de informação é melhorada com a experiência e com o
conhecimento táctico. O conhecimento táctico, em reciprocidade com a
percepção, vão permitir a tomada de decisão mais adequada, traduzida numa
acção motora ajustada ao momento situacional do jogo (Samulski, 2002).
No entanto, neste estudo, contrariamente ao que seria de esperar,
constatamos que não existem diferenças significativas no que respeita à
velocidade perceptiva entre os sujeitos, o que nos leva a acreditar que, a existirem
no futuro, estas diferenças resultarão da quantidade e qualidade da prática
intencional realizada, nomeadamente através da adopção de estratégias de
recolha de informação mais eficientes que ainda não estão presentes nestas
idades.
Assim sendo, para optimizar ao máximo as tomadas de decisão dos atletas
em cada situação do jogo, o processo de treino deverá incidir desde cedo sobre o
conhecimento táctico. A prática simulada acompanhada de instruções específicas
e pertinentes pode também ser útil no desenvolvimento das habilidades
perceptivas e cognitivas (Alves, 2004).
Atenção
Também no foco atencional, medido pelo teste TAIS, em nenhuma das
variáveis se verificou uma diferença estatisticamente significativa. No entanto, o
tipo de foco atencional, medido através do TAIS, apresenta um tipo de foco em
que o nível de significância foi quase atingido – o foco amplo interno (BIT)
(p=0,078)
10
De salientar, no entanto, que os dois grupos apresentam um perfil idêntico
ao proposto como “ideal” por Niderfer, ainda que com valores dos factores
considerados ineficientes, um pouco mais elevados (gráfico 1).
3
3,5
4
4,5
5
5,5
6
6,5
7
7,5
BET OET BIT OIT NAR RED
"Não Elite"
"Elite"
Ideal -
Nideffer
Gráfico 1 - Diferenças entre grupos, relativamente ao estilo de atenção
Segundo Rippol (2003), ao nível perceptivo, os desportistas especializados
em desportos informacionais têm um campo atencional mais difuso, que lhe
permite detectar mais facilmente o essencial, o principal das informações
presentes num espaço amplo. Por outro lado, estes indivíduos são mais flexíveis,
variam mais facilmente de foco atencional, têm um «varrimento» mais rápido, o
que lhes permite trocar entre informações gerais e pertinentes com uma melhor
relação «custos/ benefícios», que é medida pelo tempo de resposta motora.
Assim, estes resultados não confirmam a literatura e investigações
anteriores no que respeita aos estilos de atenção, levando-nos a pensar que será
com a continuação do treino e da prática deliberada que aumentará o
conhecimento do jogo e consequente pertinência da informação retirada, aliada a
uma boa capacidade antecipatória, que poderá levar os sujeitos a melhorar os
seus estilos de atenção, de forma a optimizarem o rendimento.
Memória Visual
Também, nesta variável as diferenças, entre os grupos, se revelaram
estatisticamente não significativas.
Os resultados estão de acordo com os autores consultados (Rippol, 2003;
Alves, 2004), que consideram que a diferença existente entre os «expert» e os
«não-expert» resulta essencialmente de uma maior eficácia nas estratégias de
procura da informação (mais focalizadas no contexto do que na memória),
contribuindo para o efeito a quantidade e a qualidade das vivências, ou seja, a
prática deliberada.
11
Tempo de reacção e decisão
Os testes psicomotores por nós realizados tiveram como objectivo avaliar a
velocidade de reacção simples e de reacção de escolha dos guarda-redes, bem
como o tempo de decisão. O tempo de resposta é expresso em milésimos de
segundo (ms).
Quadro 1 - Diferenças entre grupos, relativamente ao tempo de reacção e decisão
Grupo Média Desvio
Padrão
t p
TRS
“Não Elite” 432,27 53,817
3,131 ,003
“Elite” 362,10 53,157
TRE2
“Não Elite” 502,95 68,171
3,237 ,003
“Elite” 410,11 71,582
TRE4
“Não Elite” 584,17 73,636
3,137 ,003
“Elite” 487,25 76,105
TD
“Não Elite” 111,29 39,748
1,532 ,134
“Elite” 86,58 35,856
Os resultados apresentados evidenciam diferenças estatisticamente
significativas no que diz respeito ao tempo de reacção simples e escolha, ou seja,
os guarda-redes considerados como de nível de rendimento superior
apresentaram tempos de reacção inferiores aos restantes guarda-redes.
Os resultados levam-nos a concluir que o tempo de reacção é, entre outros,
um dos factores determinantes para a detecção de talentos no guarda-redes de
futebol.
Quanto ao tempo de decisão (TD), as diferenças entre os grupos
revelaram-se estatisticamente não significativas.
Através da análise dos dados constatamos, que para ambos os grupos o
tempo gasto para produzir uma resposta aumenta, com o aumento de
complexidade da tarefa. Estes resultados evidenciam estar em conformidade com
a lei de Hick-Hyman (1953), que postula que o TRE aumenta linearmente com o
aumento da quantidade de informação transmitida (Alves, 1995,1999).
As diferenças encontradas entre os grupos, no que respeita ao tempo de
reacção (simples e escolha), estão também de acordo com Alves (1985), que
referem que os atletas mais experientes são mais eficazes que os menos
experientes, no processamento da informação, em situações de maior
complexidade, em tarefas de tempo de reacção.
12
Alves (1985) concluiu que o tempo de reacção é influenciado pela prática
desportiva, sendo os atletas dos desportos colectivos mais rápidos em termos de
TRS, TRE e TRD. Tavares (1991) chegou a conclusões semelhantes às do autor
anterior, nomeadamente no que se refere ao TRE.
Os resultados levam-nos a concluir que o tempo de reacção é, entre outros,
um dos factores determinantes para a detecção de talentos no guarda-redes de
futebol. Assim sendo, os testes psicomotores por nós utilizados podem ser uma
ferramenta bastante útil para ajudar no complexo processo de detecção e
selecção de talentos.
Análise discriminante “stepwise”
Através da análise discriminante “stepwise”, pretendemos identificar as
variáveis que melhor identificam ou “discriminam” os indivíduos que pertencem a
cada um dos grupos (“Não Elite” e “Elite”).
Para a realização da análise discriminante “stepwise” foram verificados
todos os pressupostos necessários à sua realização.
A amostra para a avaliação das variáveis discriminantes foi constituída por
24 sujeitos, sendo 17 pertencentes ao grupo “Não Elite” e 7 ao grupo “Elite”. A
redução da amostra nesta análise resulta do facto de terem sido excluídos os
sujeitos em que faltava algum resultado das variáveis discriminantes.
Os resultados demonstraram que apenas duas das 23 variáveis utilizadas
contribuíram para maximizar a diferença entre grupos, isto é, as variáveis TRS
(tempo de reacção simples) e BIT (focalização efectiva ampla-interna) foram as
que mais contribuíram para discriminar e diferenciar os dois grupos. A variável
TRS predomina na função discriminante de acordo com os coeficientes
discriminantes standardizados (TRS = 0,825 e BIT = 0,720).
Os resultados da classificação, com 81% dos atletas considerados
classificados correctamente (84,2% dos atletas do grupo “Não Elite” e 71,4% dos
atletas do grupo “Elite”), mostram que os atletas do grupo “Elite” podem ser
distinguidos dos restantes atletas por uma combinação específica de variáveis
relacionadas com o tempo de reacção simples e com o tipo de foco atencional
amplo-interno (BIT).
Alves (1995) refere que, em termos da velocidade de reacção, um indivíduo
será tanto mais rápido quanto mais se focalizar no programa motor e menos no
13
estímulo, o que pode explicar o facto de estas duas variáveis serem
potencialmente boas preditoras da colocação dos sujeitos nos respectivos grupos
e servirem no futuro para a selecção dos bons guarda redes.
Conclusões
O debate acerca a detecção de talentos tem-se centrado sobre o que é
genético e o que é adquirido, ou seja, a importância do meio e da prática
deliberada.
Neste sentido, o problema que colocámos à partida era o de saber se na
fase de detecção de talentos no futebol português (14-16 anos) existiam alguns
factores psicológicos que pudessem ajudar a essa detecção entre os guarda-
redes.
Assim, de todas as variáveis analisadas, só as variáveis ligadas à
velocidade de reacção (simples e de escolha), apresentaram diferenças
estatisticamente significativas, entre os dois grupos estudados.
Estes resultados levam-nos, portanto a concluir que, como a revisão da
literatura refere, a maioria das variáveis que a literatura considera como
descriminantes nos experts, mas ainda não presentes nestes jovens jogadores,
devem continuar o seu desenvolvimento através do treino e da prática deliberada
realizada, ou seja “the 10-year period of gestation and developement” (Durand-
Bush e Salmela, 2001: 269) ou as 10 000 horas de prática deliberada (Ericsson,
1996).
Segundo Tamorri (1999) e Singer e Haase (1977) os expert numa
determinada modalidade, não têm uma personalidade “tipo”. No entanto,
apresentam algumas habilidades psicológicas que lhes favorecem o rendimento,
nomeadamente uma maior autoconfiança (Cruz, 1997) e uma maior capacidade
cognitiva (percepção, antecipação, pensamento, atenção, tomada de decisão)
(Samulski, 2003). Estas habilidades não têm um carácter genético, mas são fruto
da prática deliberada com a orientação de bons técnicos («coach-expert»), das
oportunidades do meio ambiente e do apoio familiar (Bloom, 1985; Carlson, 1992;
Cotê, 1999; Ericsson, 1996, 2001; Salmela & Moraes, 2001).
Concluímos, também, que do conjunto de variáveis analisadas (23), uma
combinação de duas delas - o tempo de reacção (tempo de reacção simples) e o
estilo interpessoal de atenção (focalização efectiva ampla-interna) – parecem
14
discriminar adequadamente os jogadores dos dois grupos considerados (“Não
Elite” e “Elite”).
O tempo de reacção e o estilo atencional, identificados no presente estudo,
aliado a outros factores mencionados na literatura, como por exemplo os
antropométricos, físicos, psicológicos e técnico-tácticos, parecem ser factores a
ter em conta, aquando da detecção de talentos como guarda-redes de futebol.
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Detecção de talentos no futebol: aspectos psicológicos do guarda-redes

  • 1. Detecção de Talentos no Futebol: A spectos Psicológicos do Guarda-R edes José Alves1 Carlos Sacadura2 1 Centro de Investigação em Desporto, Saúde e Desenvolvimento Humano 2 Federação Portuguesa de Futebol e Instituto Politécnico da Guarda O bambú chinês leva 6 anos para crescer 15 cm. Em seguida, em 6 meses ele cresce 3 metros. Questão: Ele cresce 3 m em 6 meses ou 3,15 m em 6 anos e seis meses? Introdução O Futebol, nos dias de hoje, transformou-se num fenómeno de massas e num negócio altamente lucrativo. O grande interesse e consequentemente a contínua evolução da competitividade deste desporto obriga a iniciar cada vez mais cedo a preparação dos seus praticantes, para que estes venham a adquirir as exigentes competências requeridas pela modalidade no máximo do seu expoente competitivo. A transformação de jovens dotados em “activos” é uma preocupação para as organizações profissionais, daí que, face aos avultados investimentos, elevado tempo de espera e prováveis erros de opções, se torne necessário diminuir os riscos aquando da selecção de jovens praticantes que vão ser conduzidos para o processo de treino, com vista ao alto rendimento. Garganta, Maia e Seabra (2004: 40) entendem a «detecção de talentos» como “a possibilidade de efectuar um prognóstico a longo prazo de um sujeito que evidencia atributos e capacidades necessárias para fazer parte integrante de uma população de atletas de excelência desportiva”. Hebbelinck (1989) define talento como um sujeito que, identificado por especialistas qualificados, é capaz de performances elevadas, em virtude das suas capacidades excepcionais. Na detecção e selecção de talentos no Futebol têm sido utilizados alguns critérios que são considerados como indicadores de talento. No entanto, esta
  • 2. 2 actividade é frequentemente realizada de forma intuitiva, empírica e sem critérios objectivos pelos designados «olheiros»1. Os factores de rendimento não se limitam aos aspectos hereditários, morfológicos e fisiológicos, mas também às características psicossociais, que são parte indissociável do talento desportivo, capaz em muitos casos de compensar algumas carências dos outros factores. Assim, no processo de detecção e selecção de talentos, devemos ter em conta a personalidade do atleta, motivações, interesses e o meio social e familiar de onde ele provém. Sobre os factores psicológicos, em nossa opinião, a detecção de talentos no futebol restringe-se na maior parte dos casos aos comportamentos observáveis na competição. Não existem critérios e factores específicos claramente definidos, de forma a levá-los em consideração aquando da observação e selecção de atletas. Alguns observadores, fruto da sua experiência, são mais eficazes nas suas observações, porque sabem com maior exactidão o que procurar. Isto deve- se ao facto de possuírem uma melhor capacidade de assimilar, organizar e efectuar uma validação consensual entre os diversos aspectos observados. Assim, os testes psicológicos podem ser um complemento à informação recolhida pela observação directa e o contacto diário com o atleta (história do passado do atleta, observação de comportamentos, diálogo com os atletas e opinião de outros). Com a realização de testes, podemos complementar a informação já retirada e realizar uma validação consensual. Isto é, verificar se a informação obtida através de uma fonte (observação directa durante o dia-a-dia) está de acordo com a informação retirada através de outra fonte (testes) (Nideffer & Sagal, 2001). De acordo com os autores anteriormente referidos (2001), a utilização de testes no processo de avaliação poupa tempo, contribui para a clareza e honestidade do processo de avaliação e ajuda a melhorar a performance. Poupa tempo se for escolhido um conjunto de instrumentos que avalie as variáveis relevantes para a performance, de tal forma que as variáveis consideradas pertinentes poderão ser avaliadas quase de imediato e não estar à espera que estas ocorram ao longo do tempo para ser avaliadas. 1 Antigos jogadores ou treinadores experientes que observam as competições e «escolhem» os indivíduos que no escalão etário melhor resolvem as exigências da competição.
  • 3. 3 Definição de talento desportivo Talento no desporto aparenta ser uma palavra com muitas interpretações. Quando se procura definir talento rapidamente se entra na discussão sobre a natureza do talento, nomeadamente do que é genético ou inato em contraponto com os factores ambientais e a prática intencional. Muitas definições têm sido avançadas ao longo dos tempos, no entanto não foi ainda aceite um critério universal para caracterizar o conceito (Durand-Bush & Salmela, 2001). Howe, Davidson & Sloboda (1998), defendem que as altas performances resultam mais de factores ambientais (treino intenso) do que de habilidades inatas. Também Salmela (1997b) atribui pouca importância ao inato, dando ênfase ao processo de treino. Este autor substitui o termo “talento” ou “superdotado” pelo de “expert”, entendido este como a pessoa que através da experiência e do treino apresenta uma grande habilidade para uma determinada tarefa. Dosil (2001) afirma que o factor genético é imprescindível quando nos referimos aos talentos desportivos, sendo a sua detecção precoce, fundamental para poder desenvolver o seu potencial. No entanto, considera que os factores ambientais são os que permitem que cada desportista desenvolva e cristalize o seu talento. De acordo com Manso et al. (2003), ninguém, por mais talentoso que seja, poderá chegar ao máximo do seu potencial se não o desenvolver eficazmente durante um largo período de tempo. A reforçar esta ideia está o princípio dos “10- years role” ou 10 000 horas de prática deliberada (Ericsson, 1996). Por outro lado, de acordo com Durand-Bush e Salmela (2001), a crença de que o talento inato é a base para performances excepcionais é reforçada em quase todas as publicações desportivas. No entanto, os autores afirmam que as novas investigações argumentam o contrário, isto é, as performances excepcionais são mais resultado de uma prática de alta qualidade, em que as habilidades inatas têm um papel mínimo. Numa revisão sobre a temática dos talentos desportivos Durand-Bush & Salmela (2001) concluíram que o talento não é um fenómeno de “tudo ou nada”, tratando-se antes de uma manifestação dinâmica que parece ser determinada por factores inatos e ambientais. Segundo os autores, não podemos mudar o património genético, mas podemos alterar o meio envolvente de forma a promovermos o mais possível a obtenção da performance. A prática deliberada, o
  • 4. 4 apoio familiar, treinadores ou professores competentes e adequados recursos físicos desempenham um papel importante no futuro rendimento desportivo. Ainda segundo os mesmos autores, investigadores e treinadores devem procurar determinar como estes factores podem ser maximizados na vida dos atletas para desenvolver ao máximo todo o seu potencial, em vez de centrarem a sua atenção em provarem a mera existência de talento inato. A revisão das pesquisas empíricas sobre os talentos desportivos e a consideração de certos mitos sugerem-nos que: “a influência do inato, das capacidades específicas de base («talento») sobre a performance dos experts é fraca, provavelmente negligenciável” (Ericsson & Lehmann, 1996). O processo de detecção de talentos desportivos A detecção de talentos desportivos consiste num prognóstico a longo prazo da performance desportiva numa determinada disciplina (Sobral, 1982; Réginer, Salmela e Russel, 1993; Manso et al, 2003). Manso et al (2003), Carzola (1983), Salmela e Reginer (1986), Bompa (1985) e Lorenzo (2001) consideram a detecção de talentos como um processo sistemático, planeado a médio e longo prazo, apresentando-se esta detecção como um elemento próprio da organização desportiva. Este processo começa com a definição das exigências da modalidade, ao seu mais alto nível, para depois descobrir entre os jovens os que revelam possuir as competências ou aptidões necessárias para atingir as performances ao nível da elite, fruto de um processo de prática intencional ao longo de vários anos. Carzola (1983) e Hebbelink (1988) consideram a detecção de talentos desportivos como um processo contínuo, em que o desenvolvimento do talento se converte na parte principal do processo. Segundo Ericsson & Charness (1994), os atributos biológicos evidentes, mascaram, muitas vezes, a aprendizagem das habilidades motoras, que são os melhores indicadores da performance excepcional. No processo de detecção de talentos, deve-se ter em conta as capacidades motoras, somáticas e psicológicas (Alves e Costa, 1990), aspectos hereditários, morfológicos, fisiológicos e as características psicossociais. De acordo com Carzola (1983), a detecção de talentos desportivos deveria abranger diversos campos, como a análise das exigências de um determinado
  • 5. 5 desporto, as condições materiais, psicológicas, sociológicas e biológicas da modalidade ao seu mais alto nível, o planeamento racional de um programa de detecção elaborado por fases de desenvolvimento, programas de treino e de formação dos talentos identificados. Desde sempre, “identificar as variáveis que fazem de um atleta o melhor entre os melhores tem sido uma das preocupações centrais daqueles que se dedicam ao desenvolvimento das capacidades atléticas dos jovens” (Vasconcelos- Raposo, 1993: 14). Como referem Alves e Costa (1990) uma descoberta atempada do talento permitirá uma maior rentabilidade do rendimento desportivo por um lado, evitando, por outro, muitas frustrações devido a carreiras desportivas mal orientadas. Na detecção de talentos, umas das primeiras preocupações será a de definir o “perfil ideal” (modelo) do atleta para determinada modalidade e dentro desta para desempenhar determinadas tarefas e funções, o que pressupõe a análise das características morfológicas, das capacidades funcionais e do seu potencial psicológico. Araújo (1985) refere que não são apenas os indivíduos que inicialmente revelam grandes performances que chegam à excelência, como também outros que no princípio “se mostram inferiores dentro de certos limites médios” podem conseguir através do processo de treino melhorar o seu rendimento e chegar à excelência. Nas idades mais jovens, a quantidade e a qualidade do treino influencia directamente o rendimento imediato, pelo que em determinadas situações escolher os melhores, no momento, não significa que sejam estes os que vão ser os melhores no futuro. Nos escalões de formação, quando o treinador escolhe uns atletas em detrimento de outros, está a efectuar uma selecção. Esta selecção, se não for criteriosa, pode levar a que sejam proporcionadas oportunidades a um conjunto de jovens deixando de fora outros, potencialmente com as mesmas capacidades e que poderão no futuro obter um rendimento superior. Em suma, na busca da excelência, a detecção precoce do potencial talento é um factor importante. No entanto, aliado a este aspecto, resulta imprescindível a selecção dos sujeitos e a consequente promoção do respectivo potencial, através de um adequado processo formativo a longo prazo, sem o qual o sujeito, e só por si, não seria capaz de atingir as performances da elite.
  • 6. 6 Metodologia Deste modo, é objectivo da presente investigação procurar identificar que factores psicológicos descriminam os jovens guarda-redes que, segundo os técnicos, apresentam um rendimento desportivo superior em relação a guarda- redes menos bem sucedidos. Amostra A amostra foi constituída por 52 jovens guarda-redes do sexo masculino, oriundos de todo os distritos do país, com idades compreendidas entre os 14 e os 17 anos, com uma média de 14,48 anos. Os atletas pertencem às Selecções Distritais ou Nacionais de Futebol. Os jogadores foram divididos em dois grupos: “Não Elite” – 44 jogadores de 13 a 15 anos de idade, com uma média de 14,3 anos, e pertencentes às Selecções Distritais “Sub-15” dos vários distritos de Portugal (2 por distrito). “Elite” – 8 jogadores de 14 a 17 anos de idade, com uma média de 15,5 anos e pertencentes às Selecções Nacionais de “Sub-16” (6 atletas) e “Sub-17” (2 atletas). Instrumentos Para a recolha de dados utilizámos testes de papel e lápis e testes laboratoriais. 1. Inventário de Competências Psicológicas para o Desporto (PSIS/ICPD) de M. Mahoney, T. Gabriel & S. Perkins (1987); adaptação de S. Serpa, A. Severo, J. Ramos e S. Domingues (s/d) 2. Inventário do estado de ansiedade competitiva - “Competitive State Anxiety Inventory – 2 (CSAI-2)” de R. Martens, D. Burton, R. Vealey, L. Bump & D. Smith (1990); adaptação de A. Santos e S. Serpa & (1991) 3. Questionário de ansiedade em competição - “Sport Competition Anxiety Test (SCAT)” de R. Martens (1990); adaptação de S. Serpa, F. Pereira & M. Freitas (1991) 4. Teste de percepção visual - Teste de Figuras Idênticas (FI) de L.L. Thurstone (1938); adaptado para a população portuguesa pelo CEPE (Centro de Estudos Psicométricos do Exército). 5. TAIS – Teste de atenção e estilo interpessoal versão reduzida, de Nideffer (1977); adaptado para a população portuguesa por Alves (s/d)
  • 7. 7 6. Teste de atenção concentrada - Teste de Touluse e Piéron (TP) (1986); adaptado para a população portuguesa por Agostinho Pereira (s/d) 7. Teste de memória visual – MENVIS-A (s/d); adaptado para a população portuguesa pelo CPFA (Centro Psicoténico da Força Aérea) (s/d) 8. Testes psicomotores – Polireacciómetro para Windows de P. Sobreiro e J. Alves (2005). Procedimentos A recolha de dados do grupo da amostra “Não Elite” foi feita numa sala de aula normal e em condições estandardizadas. Os testes de reaciometria foram realizados individualmente numa secretária de um gabinete. A recolha de dados do grupo da amostra “Elite” teve lugar durante um estágio das Selecções Nacionais em condições idênticas às do grupo “Não Elite”. Técnicas Estatísticas Utilizadas As características dos grupos foram analisadas através da estatística descritiva, tendo sido utilizadas as medidas de tendência central e dispersão. Para efectuar a comparação entre grupos, recorremos ao teste T-Student. Para determinar as variáveis que melhor discriminam as diferenças entre os grupos e prever a “performance” futura, em função das suas características discriminantes, realizámos uma Análise Discriminante “Stepwise. Para todas as análises, foi considerado o nível de significância p = 0,05 como limite. Resultados Análise descritiva e comparação entre grupos Personalidade Os resultados obtidos permitem verificar que em nenhuma das dimensões se verificaram diferenças estatisticamente significativas. Os resultados confirmam a literatura revista. Singer e Haase (1977) afirmam que nem os campeões nem os aspirantes a sê-lo, têm um perfil de personalidade determinado, e indivíduos com diferentes personalidades podem atingir a excelência na mesma modalidade.
  • 8. 8 Assim sendo, a análise destes dados leva-nos a pensar que os factores da personalidade por nós estudados não foram tidos em conta, ou “pesaram” muito pouco, na selecção dos sujeitos. Ou, como sugerem alguns autores (Bloom, 1985; Carlson, 1992; Cote, 1999; Ericsson, 1996, 2001; Williams & Fraks, 1998; citados por Samulski, 2003; Salmela & Moraes, 2001), é a pratica intencional, orientada por bons técnicos, com o devido apoio familiar e um meio ambiente favorável que levam os sujeitos a desenvolver as habilidades psicológicas mais facilitadoras para a obtenção do rendimento. Na literatura e no nosso estudo, não foram encontradas diferenças nestas características psicológicas havendo necessidade de maior investigação para identificar as características que fazem a diferença entre guarda-redes de elite e não elite Ansiedade Os resultados encontrados permitem verificar que nenhuma das três dimensões da ansiedade estado, evidenciou diferenças estatisticamente significativas, apresentando os dois grupos resultados muito idênticos. A ansiedade é uma dimensão multifacetada e interage com os outros aspectos da personalidade do sujeito. Combinações particulares destas dimensões podem maximizar ou minimizar a percepção de ameaça e, consequentemente, a experiência de stress e de ansiedade na competição desportiva (Cruz, 1997). A ansiedade competitiva parece estar associada à personalidade do sujeito. “Nunca é fácil dormir antes de um grande jogo.” Inácio (in Pacheco, 2005: 100) “A pressão para mim é um prazer e não me incomoda, acho até que tem um efeito diferente, porque me entusiasma.” Raul (in Pacheco, 2005: 101) “Os jogos especiais não deixam ninguém indiferente. Há sempre um desconforto e uma angústia muito grande. São minutos difíceis de ultrapassar. Para mim prolongava-se durante todo o jogo. Nunca tirei prazer de jogar à bola. Não tenho saudades nenhumas desses tempos.” Rui Águas (in Pacheco, 2005: 105) Através do treino e da prática intencional os jogadores poderão, ou deverão, encontrar o seu nível óptimo, diferente de sujeito para sujeito, de forma a optimizarem o seu rendimento desportivo.
  • 9. 9 Velocidade Perceptiva Segundo alguns autores (Williams & Reilly, 2000; Williams, 2002; Williams & Ward, 2003), os «experts» realizam uma captação da informação mais eficaz, sendo nos desportos informacionais como o futebol as habilidades perceptivo- cognitivas mais discriminantes do que as características técnicas e físicas. Os «experts», ao apresentarem estratégias de recolha da informação mais pertinentes, reduzem a quantidade de informação a tratar, reduzindo assim também a complexidade. Por sua vez, aumentam também a eficiência da busca visual e facilitam o tratamento da memória a longo termo na selecção da resposta (Tenenbaum, 2003; Alves, 2004). . A recolha eficiente de informação é melhorada com a experiência e com o conhecimento táctico. O conhecimento táctico, em reciprocidade com a percepção, vão permitir a tomada de decisão mais adequada, traduzida numa acção motora ajustada ao momento situacional do jogo (Samulski, 2002). No entanto, neste estudo, contrariamente ao que seria de esperar, constatamos que não existem diferenças significativas no que respeita à velocidade perceptiva entre os sujeitos, o que nos leva a acreditar que, a existirem no futuro, estas diferenças resultarão da quantidade e qualidade da prática intencional realizada, nomeadamente através da adopção de estratégias de recolha de informação mais eficientes que ainda não estão presentes nestas idades. Assim sendo, para optimizar ao máximo as tomadas de decisão dos atletas em cada situação do jogo, o processo de treino deverá incidir desde cedo sobre o conhecimento táctico. A prática simulada acompanhada de instruções específicas e pertinentes pode também ser útil no desenvolvimento das habilidades perceptivas e cognitivas (Alves, 2004). Atenção Também no foco atencional, medido pelo teste TAIS, em nenhuma das variáveis se verificou uma diferença estatisticamente significativa. No entanto, o tipo de foco atencional, medido através do TAIS, apresenta um tipo de foco em que o nível de significância foi quase atingido – o foco amplo interno (BIT) (p=0,078)
  • 10. 10 De salientar, no entanto, que os dois grupos apresentam um perfil idêntico ao proposto como “ideal” por Niderfer, ainda que com valores dos factores considerados ineficientes, um pouco mais elevados (gráfico 1). 3 3,5 4 4,5 5 5,5 6 6,5 7 7,5 BET OET BIT OIT NAR RED "Não Elite" "Elite" Ideal - Nideffer Gráfico 1 - Diferenças entre grupos, relativamente ao estilo de atenção Segundo Rippol (2003), ao nível perceptivo, os desportistas especializados em desportos informacionais têm um campo atencional mais difuso, que lhe permite detectar mais facilmente o essencial, o principal das informações presentes num espaço amplo. Por outro lado, estes indivíduos são mais flexíveis, variam mais facilmente de foco atencional, têm um «varrimento» mais rápido, o que lhes permite trocar entre informações gerais e pertinentes com uma melhor relação «custos/ benefícios», que é medida pelo tempo de resposta motora. Assim, estes resultados não confirmam a literatura e investigações anteriores no que respeita aos estilos de atenção, levando-nos a pensar que será com a continuação do treino e da prática deliberada que aumentará o conhecimento do jogo e consequente pertinência da informação retirada, aliada a uma boa capacidade antecipatória, que poderá levar os sujeitos a melhorar os seus estilos de atenção, de forma a optimizarem o rendimento. Memória Visual Também, nesta variável as diferenças, entre os grupos, se revelaram estatisticamente não significativas. Os resultados estão de acordo com os autores consultados (Rippol, 2003; Alves, 2004), que consideram que a diferença existente entre os «expert» e os «não-expert» resulta essencialmente de uma maior eficácia nas estratégias de procura da informação (mais focalizadas no contexto do que na memória), contribuindo para o efeito a quantidade e a qualidade das vivências, ou seja, a prática deliberada.
  • 11. 11 Tempo de reacção e decisão Os testes psicomotores por nós realizados tiveram como objectivo avaliar a velocidade de reacção simples e de reacção de escolha dos guarda-redes, bem como o tempo de decisão. O tempo de resposta é expresso em milésimos de segundo (ms). Quadro 1 - Diferenças entre grupos, relativamente ao tempo de reacção e decisão Grupo Média Desvio Padrão t p TRS “Não Elite” 432,27 53,817 3,131 ,003 “Elite” 362,10 53,157 TRE2 “Não Elite” 502,95 68,171 3,237 ,003 “Elite” 410,11 71,582 TRE4 “Não Elite” 584,17 73,636 3,137 ,003 “Elite” 487,25 76,105 TD “Não Elite” 111,29 39,748 1,532 ,134 “Elite” 86,58 35,856 Os resultados apresentados evidenciam diferenças estatisticamente significativas no que diz respeito ao tempo de reacção simples e escolha, ou seja, os guarda-redes considerados como de nível de rendimento superior apresentaram tempos de reacção inferiores aos restantes guarda-redes. Os resultados levam-nos a concluir que o tempo de reacção é, entre outros, um dos factores determinantes para a detecção de talentos no guarda-redes de futebol. Quanto ao tempo de decisão (TD), as diferenças entre os grupos revelaram-se estatisticamente não significativas. Através da análise dos dados constatamos, que para ambos os grupos o tempo gasto para produzir uma resposta aumenta, com o aumento de complexidade da tarefa. Estes resultados evidenciam estar em conformidade com a lei de Hick-Hyman (1953), que postula que o TRE aumenta linearmente com o aumento da quantidade de informação transmitida (Alves, 1995,1999). As diferenças encontradas entre os grupos, no que respeita ao tempo de reacção (simples e escolha), estão também de acordo com Alves (1985), que referem que os atletas mais experientes são mais eficazes que os menos experientes, no processamento da informação, em situações de maior complexidade, em tarefas de tempo de reacção.
  • 12. 12 Alves (1985) concluiu que o tempo de reacção é influenciado pela prática desportiva, sendo os atletas dos desportos colectivos mais rápidos em termos de TRS, TRE e TRD. Tavares (1991) chegou a conclusões semelhantes às do autor anterior, nomeadamente no que se refere ao TRE. Os resultados levam-nos a concluir que o tempo de reacção é, entre outros, um dos factores determinantes para a detecção de talentos no guarda-redes de futebol. Assim sendo, os testes psicomotores por nós utilizados podem ser uma ferramenta bastante útil para ajudar no complexo processo de detecção e selecção de talentos. Análise discriminante “stepwise” Através da análise discriminante “stepwise”, pretendemos identificar as variáveis que melhor identificam ou “discriminam” os indivíduos que pertencem a cada um dos grupos (“Não Elite” e “Elite”). Para a realização da análise discriminante “stepwise” foram verificados todos os pressupostos necessários à sua realização. A amostra para a avaliação das variáveis discriminantes foi constituída por 24 sujeitos, sendo 17 pertencentes ao grupo “Não Elite” e 7 ao grupo “Elite”. A redução da amostra nesta análise resulta do facto de terem sido excluídos os sujeitos em que faltava algum resultado das variáveis discriminantes. Os resultados demonstraram que apenas duas das 23 variáveis utilizadas contribuíram para maximizar a diferença entre grupos, isto é, as variáveis TRS (tempo de reacção simples) e BIT (focalização efectiva ampla-interna) foram as que mais contribuíram para discriminar e diferenciar os dois grupos. A variável TRS predomina na função discriminante de acordo com os coeficientes discriminantes standardizados (TRS = 0,825 e BIT = 0,720). Os resultados da classificação, com 81% dos atletas considerados classificados correctamente (84,2% dos atletas do grupo “Não Elite” e 71,4% dos atletas do grupo “Elite”), mostram que os atletas do grupo “Elite” podem ser distinguidos dos restantes atletas por uma combinação específica de variáveis relacionadas com o tempo de reacção simples e com o tipo de foco atencional amplo-interno (BIT). Alves (1995) refere que, em termos da velocidade de reacção, um indivíduo será tanto mais rápido quanto mais se focalizar no programa motor e menos no
  • 13. 13 estímulo, o que pode explicar o facto de estas duas variáveis serem potencialmente boas preditoras da colocação dos sujeitos nos respectivos grupos e servirem no futuro para a selecção dos bons guarda redes. Conclusões O debate acerca a detecção de talentos tem-se centrado sobre o que é genético e o que é adquirido, ou seja, a importância do meio e da prática deliberada. Neste sentido, o problema que colocámos à partida era o de saber se na fase de detecção de talentos no futebol português (14-16 anos) existiam alguns factores psicológicos que pudessem ajudar a essa detecção entre os guarda- redes. Assim, de todas as variáveis analisadas, só as variáveis ligadas à velocidade de reacção (simples e de escolha), apresentaram diferenças estatisticamente significativas, entre os dois grupos estudados. Estes resultados levam-nos, portanto a concluir que, como a revisão da literatura refere, a maioria das variáveis que a literatura considera como descriminantes nos experts, mas ainda não presentes nestes jovens jogadores, devem continuar o seu desenvolvimento através do treino e da prática deliberada realizada, ou seja “the 10-year period of gestation and developement” (Durand- Bush e Salmela, 2001: 269) ou as 10 000 horas de prática deliberada (Ericsson, 1996). Segundo Tamorri (1999) e Singer e Haase (1977) os expert numa determinada modalidade, não têm uma personalidade “tipo”. No entanto, apresentam algumas habilidades psicológicas que lhes favorecem o rendimento, nomeadamente uma maior autoconfiança (Cruz, 1997) e uma maior capacidade cognitiva (percepção, antecipação, pensamento, atenção, tomada de decisão) (Samulski, 2003). Estas habilidades não têm um carácter genético, mas são fruto da prática deliberada com a orientação de bons técnicos («coach-expert»), das oportunidades do meio ambiente e do apoio familiar (Bloom, 1985; Carlson, 1992; Cotê, 1999; Ericsson, 1996, 2001; Salmela & Moraes, 2001). Concluímos, também, que do conjunto de variáveis analisadas (23), uma combinação de duas delas - o tempo de reacção (tempo de reacção simples) e o estilo interpessoal de atenção (focalização efectiva ampla-interna) – parecem
  • 14. 14 discriminar adequadamente os jogadores dos dois grupos considerados (“Não Elite” e “Elite”). O tempo de reacção e o estilo atencional, identificados no presente estudo, aliado a outros factores mencionados na literatura, como por exemplo os antropométricos, físicos, psicológicos e técnico-tácticos, parecem ser factores a ter em conta, aquando da detecção de talentos como guarda-redes de futebol. Bibliografia 1. Alves, J. (1982) – A reaciometria e as suas possibilidades. Ludens, vol. 6, nº 3,.34-38. 2. Alves, J. (1983). Perfil psicológico de uma equipa de jovens adolescentes. Ludens Vol. 8, nº1, 20-24. 3. Alves, J. (1985a). Tempo de Reacção e Tipo de Desporto Praticado (Individual ou Colectivo). Provas de Aptidão Pedagógica e Capacidade Científica. Lisboa: ISEF. 4. Alves, J. (1985b) – O tempo de reacção. Provas Curriculares. Provas Académicas. Documento não publicado. Lisboa: ISEF. 5. Alves, J. (1990) – Inteligência e velocidade de processamento da informação: Contributo para a identificação das fases de processamento da informação mais influenciadas pela inteligência. Documento não publicado. Dissertação de Doutoramento, Lisboa: FMH. 6. Alves, J. (1995). Processamento da informação e inteligência. Lisboa: FMH. 7. Alves, J. (1999). Tempo de reacção e inteligência. In J. Alves, M. Serra e N. Casanova (Eds.), Aprendizagem motora e tomada de decisão no desporto – Actas das VI jornadas de psicologia do desporto (pp.49-83). Guarda: IPG. 8. Alves, J. (2003). A visualização mental. Mestrado em Psicologia do Desporto e Exercício – UTAD/ ESDRM. Apontamentos das aulas (Documento não publicado). 9. Alves, J. (2004). Expertise e rendimento desportivo: magia ou ciência. In J. Dosíl, J. e D. Garcia-Prieto, D. (Eds.), Actas do 1º Congresso Galego-Português de Psicologia da Actividade Física e do Desporto. Pontevedra: Cd-rom. 10. Alves, J. e Araújo, D. (1996). Processamento da informação e tomada de decisão no desporto. In José J. Cruz (Ed.), Manual de Psicologia do Desporto (pp. 361-388). Braga: Editora SHO. 11. Alves, J. e Bento, A. (1999). Inteligência e programação motora. In J. Alves, M. Serra e N. Casanova (Eds.), Aprendizagem motora e tomada de decisão no desporto – Actas das VI jornadas de psicologia do desporto (pp. 97-113). Guarda: IPG. 12. Alves, J. e Martins, F. (2003). Information processing and intelligence: Inter-stimulos interval and uncertainty in the reponse. Int. Journal of Sport Psychologi, 34 (4), 329- 339. 13. Alves, J., Brito, A. P. e Proteau, L. (1994). Intelligence et rapidité du traittement de l’informacion. Bulletin de Psychologie, vol. 68, nº 418, 140-159. 14. Alves, J., Figueiredo, I. e Brandão, L. (1985). Evolução do Tempo de Reacção: estudo comparativo entre crianças praticantes e não praticantes desportivos”. Motricidade Humana, Vol. 1 (1), 64-72. 15. Alves. J. A. e Costa, J.M. e (1990). O tempo de reacção e a detecção de talentos no andebol. Ludens, Vol-12, nº2, 43-46. 16. Amido, S. (1996) – Memória e velocidade de reacção: Estudo da relação entre memória verbal, motora e velocidade de reacção. Dissertação de Mestrado. Documento não publicado. Lisboa: FMH. 17. Año, V. (1997). Planificacion y organización del entrenamiento juvenil. Madrid: Gimnos. 18. Araújo, D., Rocha, S. e Serpa, S. (1999) – Relação entre o perfil psicológico e a tomada de decisão em vela de alta competição. In J. Alves, M. Serra e N. Casanova (Eds.), Aprendizagem Motora e Tomada de Decisão no Desporto, (pp.151-173). Guarda: IPG. 19. Araújo, J. (1985). Selecção de talentos Desportivos. In Horizonte, vol. 1, nº6, (pp 186-
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