SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 38
Neurociências e Comportamento I Thiago Lemos [email_address] CÉLULAS DO SISTEMA NERVOSO POTENCIAIS DE MEMBRANA SINAPSE E TRANSMISSÃO SINÁPTICA
   A teoria celular de Cajal (II, à direita) contrapunha-se à teoria reticular de Golgi (I, à esquerda). A = eferentes motores; B = aferentes sensoriais.
O histologista espanhol Santiago Ramón y Cajal foi um dos primeiros a identificar os diferentes tipos de neurônios, utilizando o método desenvolvido por seu contemporâneo Camilo Golgi (1844-1926), e desenhando ele mesmo as células ao microscópio. O desenho em A representa as células nervosas do córtex cerebral de um gato. As células A, B, C, F e G são piramidais de diferentes tamanhos, enquanto E, L e M são estreladas. Os axônios estão assinalados por diminutas letras a, e algumas das camadas corticais estão indicadas pelos números à esquerda. A fotografia em B mostra um neurônio piramidal de rato, corado pelo método de Golgi.
 
UNIDADES SINALIZADORAS (MORFOFUNCIONAL) DO SISTEMA NERVOSO O NEURÔNIO ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
Os microtúbulos são componentes do citoesqueleto do neurônio, que desempenham papel importante no transporte de organelas e substâncias ao longo do axônio, nos dois sentidos: do soma ao terminal (transporte anterógrado), e vice-versa (transporte retrógrado). Na ponta do terminal axônico ocorre a liberação de neuromediadores, por meio de um mecanismo que envolve a reciclagem da membrana. Os componentes necessários para essa reciclagem chegam ao terminal por meio do fluxo anterógrado. O detalhe à esquerda mostra vesículas sendo transportadas ao longo dos microtúbulos pela ação de uma proteína motora associada a eles, a cinesina.
Há muitos tipos de neurônios. A figura mostra apenas dois exemplos: um neurônio piramidal (A), e um neurônio estrelado (B) do córtex cerebral de um macaco e de um rato, respectivamente. Em B, pode-se ver também um capilar cerebral, na metade inferior da ilustração.
Os neurônios só podem ser vistos ao microscópio, geralmente depois que se retira um pequeno pedaço do encéfalo (acima, à esquerda), levando-o ao micrótomo para obter cortes bem finos. Estes podem ser corados com substâncias fluorescentes ou corantes visíveis a iluminação comum, para mostrar os neurônios com suas formas variadas na disposição dos dendritos e do axônio (acima, à direita). Os desenhos representam neurônios de diversos tipos morfológicos, localizados em diferentes regiões do sistema nervoso: pseudounipolar (A), estrelado (B), de Purkinje (C), unipolar (D) e piramidal (E).
Da mesma forma que os neurônios, os gliócitos também apresentam formas variadas quando vistos ao microscópio.  Os astrócitos e os oligodendrócitos têm somas maiores, e por isso fazem parte da chamada macroglia.  Os oligodendrócitos têm poucos prolongamentos, e cada um deles forma uma espiral de membrana em torno dos axônios, a bainha de mielina. Os microgliócitos – em conjunto, chamados microglia – são os representantes do sistema imunitário no sistema nervoso. CÉLULAS GLIAIS OU NEUROGLIA
FUNÇÃO E RELAÇÃO DAS CÉLULAS GLIAIS E NEURÔNIOS
 
COM SE DÁ A COMUNICAÇÃO ENTRE OS DIFERENTES ELEMENTOS DO SISTEMA NERVOSO?
EXEMPLO DE FUNÇÃO DO SISTEMA NERVOSO –  reflexo de retirada (ou reflexo flexor ou reflexo doloroso)
O CONCEITO DE BIOELETROGÊNESE BIOELETROGÊNESE = a capacidade que as células vivas possuem de  GERAR SINAIS ELÉTRICOS. TODAS as células do organismo apresentam uma  DIFERENÇA DE POTENCIAL ELÉTRICO  através da membrana plasmática. O lado da membrana voltado para o meio intracelular acumula cargas negativas. A face extracelular acumula cargas positivas. Este é o chamado  POTENCIAL DE REPOUSO. Para medirmos esta diferença de potencial, é necessário equipamento adequado que inclui MICROELETRÓDIO, AMPLIFICADOR de sinal, e VOLTÍMETRO
DIFERENÇAS NA COMPOSIÇÃO IÔNICA DO LÍQUIDO INTRACELULAR (CITOPLASMA) EM COMPARAÇÃO COM O MEIO EXTRACELULAR.   O QUE GERA ESSA DIFERENÇA? SOBRE O POTENCIAL DE REPOUSO DA DISTRIBUIÇÃO ASSIMÉTRICA DE CARGAS ELÉTRICAS ATRAVÉS DA MEMBRANA
A membrana plasmática é composta por uma  BICAMADA LIPÍDICA  impermeável a íons. Principais componentes lipídicos da membrana: - FOSFOLIPÍDIOS - COLESTEROL SOBRE O POTENCIAL DE REPOUSO MEMBRANA PLASMÁTICA = BARREIRA SELETIVA
PROTEÍNAS  constituintes da membrana = muitas delas são  CANAIS IÔNICOS. A membrana  NÃO É TOTALMENTE IMPERMEÁVEL A ÍONS .  Existem vários tipos diferentes de canais iônicos. Cada tipo corresponde a uma proteína diferente e é ESPECÍFICO PARA UM DETERMINADO ÍON (ou classe de íons). SOBRE O POTENCIAL DE REPOUSO POROS SELETIVOS (ou nâo) NA MEMBRANA PLASMÁTICA
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],ALGUNS DOS DIFERENTES TIPOS DE CANAIS IÔNICOS
OUTRAS PROTEÍNAS DE MEMBRANA A BOMBA DE Na+ E K+ A  BOMBA DE Na +  + K +   - retira 3 ÍONS NA+ para o meio extracelular  E  joga para o citoplasma 2 ÍONS K+.  ELETROGÊNICA - gera  UMA CONCENTRAÇÃO ALTA DE K+ E BAIXA DE NA+  no citoplasma.
SOBRE O POTENCIAL DE AÇÃO ETAPAS DA TRANSMISSÃO DA INFORMAÇÃO ESTÍMULO
SOBRE O POTENCIAL DE AÇÃO ESTÍMULOS INFRA- E SUPRALIMIAR
SOBRE O POTENCIAL DE AÇÃO EVENTOS ELETROQUÍMICOS
SOBRE O POTENCIAL DE AÇÃO PROPAGAÇÃO AO LONGO DO AXÔNIO
SOBRE O POTENCIAL DE AÇÃO PROPAGAÇÃO AO LONGO DO AXÔNIO
SOBRE O POTENCIAL DE AÇÃO FUNÇÃO DA BAINHA DE MIELINA
SOBRE O POTENCIAL DE AÇÃO FLUXO POLARIZADO DE INFORMAÇÃO
EXEMPLO DE FUNÇÃO DO SISTEMA NERVOSO –  reflexo de retirada (ou reflexo flexor ou reflexo doloroso) 1. geração do potencial de ação (receptor sensorial) 2. propagação do potencial de ação (axônio do neurônio sensorial) 3. transmissão sináptica  (de um neurônio para outro, que passa a gerar seu próprio potencial de ação) 4. A transmissão sináptica do neurônio motor para a célula muscular resulta na  CONTRAÇÃO MUSCULAR
COMUNICAÇÃO NEURONAL SINAPSE
Contatos entre neurônios diferentes em pontos onde a informação neural é repassada de uma célula para outra. CONCEITO DE SINAPSE
ESTRUTURA DE UMA SINAPSE (elétrica)
ESTRUTURA DE UMA SINAPSE (química)
ETAPAS DA TRANSMISSÃO SINÁPTICA
ETAPAS DA TRANSMISSÃO SINÁPTICA
ETAPAS DA TRANSMISSÃO SINÁPTICA
POTENCIAIS PÓS-SINÁPTICOS EXCITATÓRIOS
POTENCIAIS PÓS-SINÁPTICOS INIBITÓRIOS
ETAPAS DA TRANSMISSÃO SINÁPTICA resumo 1) O potencial de ação, propagado ao longo do axônio, chega ao terminal sináptico, que é despolarizado. 2) A despolarização do terminal sináptico leva à abertura de canais de Ca++ dependentes de voltagem. 3) O Ca++ entra no terminal sináptico porque sua concentração no meio extracelular é muito maior. 4) O Ca++ dentro do citoplasma do terminal sináptico promove a fusão das vesículas sinápticas com a  membrana do terminal (membrana pré-sinaptica), promovendo a EXOCITOSE DAS VESÍCULAS 5) Com a exocitose das vesículas, as moléculas de  neurotransmissores  são liberadas na FENDA SINÁPTICA. 6) O neurotransmissor atravessa a fenda sináptica e se liga a RECEPTORES da MEMBRANA PÓS-SINÁPTICA. Muitos destes receptores são  canais dependentes de estímulo químico  ou seja, são canais iônicos que possuem uma comporta que só se abre ao se ligarem com a molécula neurotransmissora. 7) A abertura do canal/receptor permite, por exemplo, a entrada de íons Na+, causando a despolarização da célula seguinte (o neurônio pós-sináptico). 8) Se a despolarização for intensa o suficiente, os  canais de Na+ dependentes de voltagem  irão se abrir, provocando um potencial de ação na célula pós-sináptica. ATENÇÃO: Há vários tipos diferentes de RECEPTORES PÓS-SINÁPTICOS. Dependendo do receptor, pode haver INIBIÇÃO do neurônio pós-sináptico. Neste caso, o efeito da ação sináptica será tornar mais difícil a deflagração do potencial de ação.
 

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Neuro 1 aula 4 290311 bioeletrogênese
Neuro 1 aula 4 290311 bioeletrogêneseNeuro 1 aula 4 290311 bioeletrogênese
Neuro 1 aula 4 290311 bioeletrogêneseThiago Lemos
 
2 músculos da face
2 músculos da face2 músculos da face
2 músculos da facePaulo Barros
 
Pele e anexos alides
Pele e anexos alidesPele e anexos alides
Pele e anexos alidesOlavo Duarte
 
Sinapse química e elétrica #4
Sinapse química e elétrica #4Sinapse química e elétrica #4
Sinapse química e elétrica #4icsanches
 
As bases fisicas da função neuronal
As bases fisicas da função neuronalAs bases fisicas da função neuronal
As bases fisicas da função neuronalThuane Sales
 
Aula01: FISIOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO
Aula01: FISIOLOGIA DO SISTEMA NERVOSOAula01: FISIOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO
Aula01: FISIOLOGIA DO SISTEMA NERVOSOLeonardo Delgado
 
Fisiologia - Sistema Digestorio
Fisiologia - Sistema DigestorioFisiologia - Sistema Digestorio
Fisiologia - Sistema DigestorioPedro Miguel
 
Memb. e Transporte
Memb. e TransporteMemb. e Transporte
Memb. e TransporteClaraVinhas
 
Retina e Retinose Pigmentar
Retina e Retinose PigmentarRetina e Retinose Pigmentar
Retina e Retinose PigmentarBruno Catão
 
Tecido Nervoso Pris
Tecido Nervoso PrisTecido Nervoso Pris
Tecido Nervoso PrisNatalianeto
 
Neurofisiologia: potencial de repouso e ação
Neurofisiologia: potencial de repouso e açãoNeurofisiologia: potencial de repouso e ação
Neurofisiologia: potencial de repouso e açãoVanessa Cunha
 
Membrana plasmatica
Membrana plasmaticaMembrana plasmatica
Membrana plasmaticaemanuel
 
Fisiologia Cap 25 Guyton
Fisiologia Cap 25 GuytonFisiologia Cap 25 Guyton
Fisiologia Cap 25 GuytonAndressa Rondon
 

Mais procurados (20)

Neuro 1 aula 4 290311 bioeletrogênese
Neuro 1 aula 4 290311 bioeletrogêneseNeuro 1 aula 4 290311 bioeletrogênese
Neuro 1 aula 4 290311 bioeletrogênese
 
2 músculos da face
2 músculos da face2 músculos da face
2 músculos da face
 
Difusão
DifusãoDifusão
Difusão
 
Pele e anexos alides
Pele e anexos alidesPele e anexos alides
Pele e anexos alides
 
Neurofisiologia 1
Neurofisiologia 1Neurofisiologia 1
Neurofisiologia 1
 
Sinapse química e elétrica #4
Sinapse química e elétrica #4Sinapse química e elétrica #4
Sinapse química e elétrica #4
 
As bases fisicas da função neuronal
As bases fisicas da função neuronalAs bases fisicas da função neuronal
As bases fisicas da função neuronal
 
Aula01: FISIOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO
Aula01: FISIOLOGIA DO SISTEMA NERVOSOAula01: FISIOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO
Aula01: FISIOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO
 
Neurônio
NeurônioNeurônio
Neurônio
 
Tecido nervoso
Tecido nervosoTecido nervoso
Tecido nervoso
 
Pele e anexos2012
Pele e anexos2012Pele e anexos2012
Pele e anexos2012
 
Fisiologia - Sistema Digestorio
Fisiologia - Sistema DigestorioFisiologia - Sistema Digestorio
Fisiologia - Sistema Digestorio
 
Memb. e Transporte
Memb. e TransporteMemb. e Transporte
Memb. e Transporte
 
Contracao muscular
Contracao muscularContracao muscular
Contracao muscular
 
Aula Tecido Ósseo
Aula Tecido ÓsseoAula Tecido Ósseo
Aula Tecido Ósseo
 
Retina e Retinose Pigmentar
Retina e Retinose PigmentarRetina e Retinose Pigmentar
Retina e Retinose Pigmentar
 
Tecido Nervoso Pris
Tecido Nervoso PrisTecido Nervoso Pris
Tecido Nervoso Pris
 
Neurofisiologia: potencial de repouso e ação
Neurofisiologia: potencial de repouso e açãoNeurofisiologia: potencial de repouso e ação
Neurofisiologia: potencial de repouso e ação
 
Membrana plasmatica
Membrana plasmaticaMembrana plasmatica
Membrana plasmatica
 
Fisiologia Cap 25 Guyton
Fisiologia Cap 25 GuytonFisiologia Cap 25 Guyton
Fisiologia Cap 25 Guyton
 

Destaque

Sistema nervoso2
Sistema nervoso2Sistema nervoso2
Sistema nervoso2mariabraz
 
Neurociências em benefício da educação! neuropsicopedagogia clínica
Neurociências em benefício da educação!  neuropsicopedagogia clínicaNeurociências em benefício da educação!  neuropsicopedagogia clínica
Neurociências em benefício da educação! neuropsicopedagogia clínicaAndre Silva
 
Neuronios grupo 1 12 b
Neuronios   grupo 1 12 bNeuronios   grupo 1 12 b
Neuronios grupo 1 12 bprincessbabs
 
Potencial de ação das membranas
Potencial de ação das membranasPotencial de ação das membranas
Potencial de ação das membranasNatha Fisioterapia
 
Visao geral do sistema nervoso
Visao geral do sistema nervosoVisao geral do sistema nervoso
Visao geral do sistema nervosoNatha Fisioterapia
 
Anatomia - Sistema Nervoso
Anatomia - Sistema NervosoAnatomia - Sistema Nervoso
Anatomia - Sistema NervosoPedro Miguel
 
Sistema nervoso 8ano
Sistema nervoso 8anoSistema nervoso 8ano
Sistema nervoso 8anorobioprof
 
Sistema nervoso slides
Sistema nervoso slidesSistema nervoso slides
Sistema nervoso slidesFabiano Reis
 
Sistema Nervoso Autônomo
Sistema Nervoso AutônomoSistema Nervoso Autônomo
Sistema Nervoso AutônomoOlavo Valente
 
SISTEMA NERVOSO HUMANO
SISTEMA NERVOSO HUMANOSISTEMA NERVOSO HUMANO
SISTEMA NERVOSO HUMANOcarreiralopes
 
14 o sistema nervoso
14   o sistema nervoso14   o sistema nervoso
14 o sistema nervosoRebeca Vale
 

Destaque (20)

Sistema nervoso2
Sistema nervoso2Sistema nervoso2
Sistema nervoso2
 
Neurociências em benefício da educação! neuropsicopedagogia clínica
Neurociências em benefício da educação!  neuropsicopedagogia clínicaNeurociências em benefício da educação!  neuropsicopedagogia clínica
Neurociências em benefício da educação! neuropsicopedagogia clínica
 
693153
693153693153
693153
 
Capítulo 2 arrumando a casa
Capítulo 2 arrumando a casaCapítulo 2 arrumando a casa
Capítulo 2 arrumando a casa
 
Neuronios grupo 1 12 b
Neuronios   grupo 1 12 bNeuronios   grupo 1 12 b
Neuronios grupo 1 12 b
 
Células de schwann
Células de schwannCélulas de schwann
Células de schwann
 
Fisiologia - Sinapse
Fisiologia - SinapseFisiologia - Sinapse
Fisiologia - Sinapse
 
Sistema nervoso
Sistema nervosoSistema nervoso
Sistema nervoso
 
Potencial de ação das membranas
Potencial de ação das membranasPotencial de ação das membranas
Potencial de ação das membranas
 
Visao geral do sistema nervoso
Visao geral do sistema nervosoVisao geral do sistema nervoso
Visao geral do sistema nervoso
 
Sistema Nervoso
Sistema NervosoSistema Nervoso
Sistema Nervoso
 
Filogenese do Sistema Nervoso
Filogenese do Sistema NervosoFilogenese do Sistema Nervoso
Filogenese do Sistema Nervoso
 
Anatomia - Sistema Nervoso
Anatomia - Sistema NervosoAnatomia - Sistema Nervoso
Anatomia - Sistema Nervoso
 
Nervos cranianos
Nervos cranianosNervos cranianos
Nervos cranianos
 
Sistema nervoso 8ano
Sistema nervoso 8anoSistema nervoso 8ano
Sistema nervoso 8ano
 
Sistema nervoso slides
Sistema nervoso slidesSistema nervoso slides
Sistema nervoso slides
 
Sistema Nervoso Autônomo
Sistema Nervoso AutônomoSistema Nervoso Autônomo
Sistema Nervoso Autônomo
 
SISTEMA NERVOSO HUMANO
SISTEMA NERVOSO HUMANOSISTEMA NERVOSO HUMANO
SISTEMA NERVOSO HUMANO
 
14 o sistema nervoso
14   o sistema nervoso14   o sistema nervoso
14 o sistema nervoso
 
Sistema Nervoso
Sistema NervosoSistema Nervoso
Sistema Nervoso
 

Semelhante a Neuro 1 aula 2 280311 barra

Fisiologia das sinapses
Fisiologia das sinapsesFisiologia das sinapses
Fisiologia das sinapsesNathalia Fuga
 
Transportes e Impulso nervoso.pptx
Transportes e Impulso nervoso.pptxTransportes e Impulso nervoso.pptx
Transportes e Impulso nervoso.pptxCarinaCardoso25
 
Fisiologia das sinapses
Fisiologia das sinapsesFisiologia das sinapses
Fisiologia das sinapsesNathalia Fuga
 
MAPAS Fisiologia HELENA BEATRIZ SOBRAL.pdf
MAPAS Fisiologia HELENA BEATRIZ SOBRAL.pdfMAPAS Fisiologia HELENA BEATRIZ SOBRAL.pdf
MAPAS Fisiologia HELENA BEATRIZ SOBRAL.pdfhbeatrizsobral
 
Aula 7 Sistema Nervoso
Aula 7 Sistema NervosoAula 7 Sistema Nervoso
Aula 7 Sistema NervosoMarco Antonio
 
Equilíbrio Iônico e Potencial de Ação
Equilíbrio Iônico e Potencial de AçãoEquilíbrio Iônico e Potencial de Ação
Equilíbrio Iônico e Potencial de AçãoJoão Felix
 
Slides da unidade 1 - Fisiologia Humana - slide1.pptx
Slides da unidade 1 - Fisiologia Humana -  slide1.pptxSlides da unidade 1 - Fisiologia Humana -  slide1.pptx
Slides da unidade 1 - Fisiologia Humana - slide1.pptxJosianeFigueiredo2
 
SNC - Sistema Nervoso Central
SNC - Sistema Nervoso CentralSNC - Sistema Nervoso Central
SNC - Sistema Nervoso CentralRevila Santos
 
36804136 10-biologia-e-geologia-10º-ano-regulacao-nos-seres-vivos
36804136 10-biologia-e-geologia-10º-ano-regulacao-nos-seres-vivos36804136 10-biologia-e-geologia-10º-ano-regulacao-nos-seres-vivos
36804136 10-biologia-e-geologia-10º-ano-regulacao-nos-seres-vivosPelo Siro
 
Neuronios e potencial de accao
Neuronios e potencial de accaoNeuronios e potencial de accao
Neuronios e potencial de accaoMariana Ferreira
 
Bases biológicas da neuroplasticidade
Bases biológicas da neuroplasticidadeBases biológicas da neuroplasticidade
Bases biológicas da neuroplasticidadeThuane Sales
 
Neuro 1 aula 3 280311 células neurais
Neuro 1 aula 3 280311 células neuraisNeuro 1 aula 3 280311 células neurais
Neuro 1 aula 3 280311 células neuraisThiago Lemos
 

Semelhante a Neuro 1 aula 2 280311 barra (20)

Fisiologia das sinapses
Fisiologia das sinapsesFisiologia das sinapses
Fisiologia das sinapses
 
Transportes e Impulso nervoso.pptx
Transportes e Impulso nervoso.pptxTransportes e Impulso nervoso.pptx
Transportes e Impulso nervoso.pptx
 
Neuroanatomia
NeuroanatomiaNeuroanatomia
Neuroanatomia
 
Fisiologia das sinapses
Fisiologia das sinapsesFisiologia das sinapses
Fisiologia das sinapses
 
MAPAS Fisiologia HELENA BEATRIZ SOBRAL.pdf
MAPAS Fisiologia HELENA BEATRIZ SOBRAL.pdfMAPAS Fisiologia HELENA BEATRIZ SOBRAL.pdf
MAPAS Fisiologia HELENA BEATRIZ SOBRAL.pdf
 
Aula 7 Sistema Nervoso
Aula 7 Sistema NervosoAula 7 Sistema Nervoso
Aula 7 Sistema Nervoso
 
TECIDO NERVOSO
TECIDO NERVOSOTECIDO NERVOSO
TECIDO NERVOSO
 
Equilíbrio Iônico e Potencial de Ação
Equilíbrio Iônico e Potencial de AçãoEquilíbrio Iônico e Potencial de Ação
Equilíbrio Iônico e Potencial de Ação
 
99257205 tecido-nervoso
99257205 tecido-nervoso99257205 tecido-nervoso
99257205 tecido-nervoso
 
Slides da unidade 1 - Fisiologia Humana - slide1.pptx
Slides da unidade 1 - Fisiologia Humana -  slide1.pptxSlides da unidade 1 - Fisiologia Humana -  slide1.pptx
Slides da unidade 1 - Fisiologia Humana - slide1.pptx
 
Sistema nervoso
Sistema nervoso Sistema nervoso
Sistema nervoso
 
SNC - Sistema Nervoso Central
SNC - Sistema Nervoso CentralSNC - Sistema Nervoso Central
SNC - Sistema Nervoso Central
 
36804136 10-biologia-e-geologia-10º-ano-regulacao-nos-seres-vivos
36804136 10-biologia-e-geologia-10º-ano-regulacao-nos-seres-vivos36804136 10-biologia-e-geologia-10º-ano-regulacao-nos-seres-vivos
36804136 10-biologia-e-geologia-10º-ano-regulacao-nos-seres-vivos
 
Sist. nervoso
Sist. nervosoSist. nervoso
Sist. nervoso
 
Neuronio
NeuronioNeuronio
Neuronio
 
Snc
SncSnc
Snc
 
Neuronios e potencial de accao
Neuronios e potencial de accaoNeuronios e potencial de accao
Neuronios e potencial de accao
 
Bases biológicas da neuroplasticidade
Bases biológicas da neuroplasticidadeBases biológicas da neuroplasticidade
Bases biológicas da neuroplasticidade
 
CóPia De NeurôNio 3
CóPia De NeurôNio 3CóPia De NeurôNio 3
CóPia De NeurôNio 3
 
Neuro 1 aula 3 280311 células neurais
Neuro 1 aula 3 280311 células neuraisNeuro 1 aula 3 280311 células neurais
Neuro 1 aula 3 280311 células neurais
 

Neuro 1 aula 2 280311 barra

  • 1. Neurociências e Comportamento I Thiago Lemos [email_address] CÉLULAS DO SISTEMA NERVOSO POTENCIAIS DE MEMBRANA SINAPSE E TRANSMISSÃO SINÁPTICA
  • 2. A teoria celular de Cajal (II, à direita) contrapunha-se à teoria reticular de Golgi (I, à esquerda). A = eferentes motores; B = aferentes sensoriais.
  • 3. O histologista espanhol Santiago Ramón y Cajal foi um dos primeiros a identificar os diferentes tipos de neurônios, utilizando o método desenvolvido por seu contemporâneo Camilo Golgi (1844-1926), e desenhando ele mesmo as células ao microscópio. O desenho em A representa as células nervosas do córtex cerebral de um gato. As células A, B, C, F e G são piramidais de diferentes tamanhos, enquanto E, L e M são estreladas. Os axônios estão assinalados por diminutas letras a, e algumas das camadas corticais estão indicadas pelos números à esquerda. A fotografia em B mostra um neurônio piramidal de rato, corado pelo método de Golgi.
  • 4.  
  • 5.
  • 6. Os microtúbulos são componentes do citoesqueleto do neurônio, que desempenham papel importante no transporte de organelas e substâncias ao longo do axônio, nos dois sentidos: do soma ao terminal (transporte anterógrado), e vice-versa (transporte retrógrado). Na ponta do terminal axônico ocorre a liberação de neuromediadores, por meio de um mecanismo que envolve a reciclagem da membrana. Os componentes necessários para essa reciclagem chegam ao terminal por meio do fluxo anterógrado. O detalhe à esquerda mostra vesículas sendo transportadas ao longo dos microtúbulos pela ação de uma proteína motora associada a eles, a cinesina.
  • 7. Há muitos tipos de neurônios. A figura mostra apenas dois exemplos: um neurônio piramidal (A), e um neurônio estrelado (B) do córtex cerebral de um macaco e de um rato, respectivamente. Em B, pode-se ver também um capilar cerebral, na metade inferior da ilustração.
  • 8. Os neurônios só podem ser vistos ao microscópio, geralmente depois que se retira um pequeno pedaço do encéfalo (acima, à esquerda), levando-o ao micrótomo para obter cortes bem finos. Estes podem ser corados com substâncias fluorescentes ou corantes visíveis a iluminação comum, para mostrar os neurônios com suas formas variadas na disposição dos dendritos e do axônio (acima, à direita). Os desenhos representam neurônios de diversos tipos morfológicos, localizados em diferentes regiões do sistema nervoso: pseudounipolar (A), estrelado (B), de Purkinje (C), unipolar (D) e piramidal (E).
  • 9. Da mesma forma que os neurônios, os gliócitos também apresentam formas variadas quando vistos ao microscópio. Os astrócitos e os oligodendrócitos têm somas maiores, e por isso fazem parte da chamada macroglia. Os oligodendrócitos têm poucos prolongamentos, e cada um deles forma uma espiral de membrana em torno dos axônios, a bainha de mielina. Os microgliócitos – em conjunto, chamados microglia – são os representantes do sistema imunitário no sistema nervoso. CÉLULAS GLIAIS OU NEUROGLIA
  • 10. FUNÇÃO E RELAÇÃO DAS CÉLULAS GLIAIS E NEURÔNIOS
  • 11.  
  • 12. COM SE DÁ A COMUNICAÇÃO ENTRE OS DIFERENTES ELEMENTOS DO SISTEMA NERVOSO?
  • 13. EXEMPLO DE FUNÇÃO DO SISTEMA NERVOSO – reflexo de retirada (ou reflexo flexor ou reflexo doloroso)
  • 14. O CONCEITO DE BIOELETROGÊNESE BIOELETROGÊNESE = a capacidade que as células vivas possuem de GERAR SINAIS ELÉTRICOS. TODAS as células do organismo apresentam uma DIFERENÇA DE POTENCIAL ELÉTRICO através da membrana plasmática. O lado da membrana voltado para o meio intracelular acumula cargas negativas. A face extracelular acumula cargas positivas. Este é o chamado POTENCIAL DE REPOUSO. Para medirmos esta diferença de potencial, é necessário equipamento adequado que inclui MICROELETRÓDIO, AMPLIFICADOR de sinal, e VOLTÍMETRO
  • 15. DIFERENÇAS NA COMPOSIÇÃO IÔNICA DO LÍQUIDO INTRACELULAR (CITOPLASMA) EM COMPARAÇÃO COM O MEIO EXTRACELULAR. O QUE GERA ESSA DIFERENÇA? SOBRE O POTENCIAL DE REPOUSO DA DISTRIBUIÇÃO ASSIMÉTRICA DE CARGAS ELÉTRICAS ATRAVÉS DA MEMBRANA
  • 16. A membrana plasmática é composta por uma BICAMADA LIPÍDICA impermeável a íons. Principais componentes lipídicos da membrana: - FOSFOLIPÍDIOS - COLESTEROL SOBRE O POTENCIAL DE REPOUSO MEMBRANA PLASMÁTICA = BARREIRA SELETIVA
  • 17. PROTEÍNAS constituintes da membrana = muitas delas são CANAIS IÔNICOS. A membrana NÃO É TOTALMENTE IMPERMEÁVEL A ÍONS . Existem vários tipos diferentes de canais iônicos. Cada tipo corresponde a uma proteína diferente e é ESPECÍFICO PARA UM DETERMINADO ÍON (ou classe de íons). SOBRE O POTENCIAL DE REPOUSO POROS SELETIVOS (ou nâo) NA MEMBRANA PLASMÁTICA
  • 18.
  • 19. OUTRAS PROTEÍNAS DE MEMBRANA A BOMBA DE Na+ E K+ A BOMBA DE Na + + K + - retira 3 ÍONS NA+ para o meio extracelular E joga para o citoplasma 2 ÍONS K+. ELETROGÊNICA - gera UMA CONCENTRAÇÃO ALTA DE K+ E BAIXA DE NA+ no citoplasma.
  • 20. SOBRE O POTENCIAL DE AÇÃO ETAPAS DA TRANSMISSÃO DA INFORMAÇÃO ESTÍMULO
  • 21. SOBRE O POTENCIAL DE AÇÃO ESTÍMULOS INFRA- E SUPRALIMIAR
  • 22. SOBRE O POTENCIAL DE AÇÃO EVENTOS ELETROQUÍMICOS
  • 23. SOBRE O POTENCIAL DE AÇÃO PROPAGAÇÃO AO LONGO DO AXÔNIO
  • 24. SOBRE O POTENCIAL DE AÇÃO PROPAGAÇÃO AO LONGO DO AXÔNIO
  • 25. SOBRE O POTENCIAL DE AÇÃO FUNÇÃO DA BAINHA DE MIELINA
  • 26. SOBRE O POTENCIAL DE AÇÃO FLUXO POLARIZADO DE INFORMAÇÃO
  • 27. EXEMPLO DE FUNÇÃO DO SISTEMA NERVOSO – reflexo de retirada (ou reflexo flexor ou reflexo doloroso) 1. geração do potencial de ação (receptor sensorial) 2. propagação do potencial de ação (axônio do neurônio sensorial) 3. transmissão sináptica (de um neurônio para outro, que passa a gerar seu próprio potencial de ação) 4. A transmissão sináptica do neurônio motor para a célula muscular resulta na CONTRAÇÃO MUSCULAR
  • 29. Contatos entre neurônios diferentes em pontos onde a informação neural é repassada de uma célula para outra. CONCEITO DE SINAPSE
  • 30. ESTRUTURA DE UMA SINAPSE (elétrica)
  • 31. ESTRUTURA DE UMA SINAPSE (química)
  • 37. ETAPAS DA TRANSMISSÃO SINÁPTICA resumo 1) O potencial de ação, propagado ao longo do axônio, chega ao terminal sináptico, que é despolarizado. 2) A despolarização do terminal sináptico leva à abertura de canais de Ca++ dependentes de voltagem. 3) O Ca++ entra no terminal sináptico porque sua concentração no meio extracelular é muito maior. 4) O Ca++ dentro do citoplasma do terminal sináptico promove a fusão das vesículas sinápticas com a membrana do terminal (membrana pré-sinaptica), promovendo a EXOCITOSE DAS VESÍCULAS 5) Com a exocitose das vesículas, as moléculas de neurotransmissores são liberadas na FENDA SINÁPTICA. 6) O neurotransmissor atravessa a fenda sináptica e se liga a RECEPTORES da MEMBRANA PÓS-SINÁPTICA. Muitos destes receptores são canais dependentes de estímulo químico ou seja, são canais iônicos que possuem uma comporta que só se abre ao se ligarem com a molécula neurotransmissora. 7) A abertura do canal/receptor permite, por exemplo, a entrada de íons Na+, causando a despolarização da célula seguinte (o neurônio pós-sináptico). 8) Se a despolarização for intensa o suficiente, os canais de Na+ dependentes de voltagem irão se abrir, provocando um potencial de ação na célula pós-sináptica. ATENÇÃO: Há vários tipos diferentes de RECEPTORES PÓS-SINÁPTICOS. Dependendo do receptor, pode haver INIBIÇÃO do neurônio pós-sináptico. Neste caso, o efeito da ação sináptica será tornar mais difícil a deflagração do potencial de ação.
  • 38.