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INTRODUÇÃO
Esta pesquisa tem o objetivo de abordar sobre o bairro do Brás, destacando sua
historia, crescimento, valorização do espaço, comercio e seus principais ramos,
imigração(destacando a de estrangeiros árabes) e a cultura, religião, costumes e
gastronomia destes, além do suposto potencial da região para tematização.
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BAIRRO DO BRÁS
HISTÓRIA
O bairro do Brás, situado na região central de São Paulo, está ligada à figura do
português José Brás, que era proprietário de umas das chácaras da região, teria
construído a igreja do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, ao redor da qual se
desenvolveu um povoado que daria origem ao bairro do Brás. A região era
conhecida como paragem do Brás, pois servia de parada para os que se dirigiam da
freguesia da Sé à freguesia de Nossa Senhora da Penha, onde já existia um
povoamento desde o século 17. Esse caminho de 1,5 léguas, conhecido como
estrada da Penha, compreende hoje as avenidas Rangel Pestana e Celso Garcia.
Pelos registros históricos, havia, pelo menos desde 1744, procissões que conduziam
a imagem de Nossa Senhora da Penha de França da igreja da Penha até a igreja da
Sé, no centro, usando a estrada da Penha. Com a sua construção, a igreja do
Senhor Bom Jesus de Matosinhos, na paragem do Brás, passou a ser ponto de
parada obrigatória dessas procissões, o que contribuiu para o desenvolvimento da
região.
Gente humilde construía suas casas de taipa ao lado de chácaras de famílias ricas.
Viajantes descreviam o bairro como um conjunto de "elegantes casas de campo e
chácaras", onde residiam famílias abastadas, ao lado de "casebres e ranchos menos
aristocráticos".
A partir da segunda metade do século 19, a cultura do café impulsionou a
urbanização e industrialização da cidade de São Paulo. Chegaram à cidade os
trilhos da São Paulo Railway, que ligava Santos a Jundiaí. A estação do Brás foi
inaugurada em 1867 e, ao longo desses trilhos, desenvolveu-se a indústria e o
pequeno comércio. Com seus terrenos baratos e sujeitos a inundações, Brás e
Mooca tornaram-se o principal destino da maioria dos trabalhadores que chegavam
à cidade. Os que chegavam da Europa e de outros lugares ao porto de Santos eram
levados de trem até São Paulo e de lá encaminhados para a lavoura de café no
interior do Estado. Outros ficavam na cidade atraídos pela indústria e comércio.
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Para receber e dar abrigo provisório aos imigrantes começou a funcionar, em 1882,
no Bom Retiro, uma hospedaria. Como o local mostrou-se inadequado, foi
construída a Hospedaria de Imigrantes, localizada no Brás, para substituir a antiga
edificação. Construída ao lado dos trilhos do trem, a Hospedaria de Imigrantes
recebeu seus primeiros "hóspedes" em 1887.
O Brás cresceu com a chegada dos imigrantes. Novas ruas e alamedas foram
abertas. Em 1903, uma nova e maior igreja do Senhor Bom Jesus de Matosinhos foi
inaugurada. A antiga, construída por José Brás e reformada em 1803 por José
Corrêa de Morais, seria demolida no ano seguinte. Entretanto, o bairro era humilde,
muitas ruas ainda eram intransitáveis e, durante a época das chuvas, as águas do
rio Tamanduateí tomavam as ruas do Brás. No século 20, o Brás mudou de feição, e
a partir da década de 40, o bairro passou a receber os milhares de migrantes
nordestinos que chegavam à cidade todos os dias a procura de uma vida melhor.
O reduto de italianos conheceu o crescimento desordenado e a decadência. Na
década de 70, com a construção das estações Brás, Pedro 2º e Bresser do Metrô,
centenas de casas foram desapropriadas e milhares de pessoas perderam suas
casas. Hoje, as ruas do bairro são sinônimas de comércio popular.
Como outros bairros paulistanos com fortes traços de imigração italiana, o Brás
também criou sua festa tradicional. É a festa de São Vito, comemorada nas ruas do
bairro desde 1919. Em 1895, um grupo de imigrantes italianos trouxe a imagem de
São Vito Mártir para o Brasil. O santo começou a ser reverenciado no bairro e, em
1940, foi criada a paróquia de São Vito.
IMIGRAÇÃO
A imigração árabe para o Brasil intensificou-se no início do século XX, com a
instabilidade política do Império Otomano. Motivos religiosos, econômicos e sociais
relacionados à estrutura agrária dos países de origem também contribuíram para a
emigração.
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No ano de 1886, mais de 12.000 imigrantes já estavam na cidade, mas a quantidade
de asiáticos e árabes ainda era muito pequena para que fosse feito algum censo
sobre eles. Em 1955 havia 7.089 mil libaneses; os sírios totalizavam 4.445 pessoas;
os palestinos somavam 1.131 indivíduos; os turcos 948, e os iraquianos constavam
com 51 imigrantes. Tendo no inicio que se adaptar ao novo idioma e a nova cultura
sem perder seus costumes e tradições.
Mesmo com essa mudança na paisagem e no perfil dos imigrantes do Brás, muitas
pessoas ainda veem o bairro como moradia de italianos e nordestinos, mas ao andar
por suas ruas, que são conhecidas no país inteiro pelo intenso comércio de roupas,
percebemos diversas características dos imigrantes árabes.
A região da 25 de março tem 147 anos de existência e a cerca de 132 anos a região
é um marco simbólico da imigração árabe em São Paulo, a concentração árabe na
região da 25 de Março e em suas adjacências como Ladeira Porto Geral, e as ruas
Cav. Basílio Jafet, Comendador Abdo Schahin, Barão de Duprat, Afonso
Kherlakhian, Senador Queiróz, Carlos de Souza Nazaré, fez com que fosse
identificada na cidade como a “rua dos árabes” a despeito das transformações
ocorridas, revelando uma forte vinculação identitária. Tal identificação levou à
criação em 2008 do Dia Nacional da Comunidade Árabe no Brasil a ser
comemorado no dia 25 de Março.
A concentração urbana remota marcou a inserção econômica vinculada à atividade
de mascateação. O imigrante árabe é identificado, ainda hoje, por sua vinculação à
atividade de mascateação e ao comércio popular e varejista, ligado ao setor de
armarinhos, tecidos e confecções, e mais recentemente ao setor moveleiro. A
ocupação dos bairros pelos membros da comunidade, em diferentes épocas, pode
ser explicada a partir do sucesso econômico obtido por esse grupo ao longo do
processo de consolidação na cidade.
Os muçulmanos sempre estiveram fortemente ligados ao comércio, e no Brás eles
estabeleceram uma relação onde os comerciantes mais antigos ajudam os iniciantes
até esses se adaptarem à língua local e a todo o processo que envolve a
mercadoria, o que explica também o número cada vez maior de árabes na região.
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CRESCIMENTO URBANO
OBrás foi o primeiro polo industrial da cidade e firmou-se desde então como um
bairro operário, formado inicialmente por imigrantes italianos, portugueses e
espanhóis. Depois vieram os gregos, libaneses e, mais recentemente, coreanos e
bolivianos.
Atualmente com 6 mil lojas, sendo 4 mil de fabricantes de roupas e peças jeans, a
economia do Brás gera R$ 7,5 bilhões por ano. Hoje, são produzidos 10 milhões de
peças jeans por mês, no bairro.Segundo dados da Alobrás (Associação dos Lojistas
do Brás), as fábricas e lojas de roupas ali instaladas são responsáveis pela geração
de 150 mil empregos diretos e 250 mil indiretos. A região chega a receber 500 mil
pessoas por dia na época do Natal.
O Brasil é um dos maiores polos de compras da América Latina. De lá os produtos
alcançam outros mercados, como Argentina, Chile, Paraguai, Uruguai, Venezuela,
México, Espanha, Canadá e até os Estados Unidos. A região conta também com um
Shopping de 80 mil m², que reúne 400 lojas e, ainda, um hotel com 136
apartamentos e um estacionamento, com capacidade para receber até 30 ônibus,
que vêm das mais diversas partes do país.
Até o presente momento foram relatadas situações rotineiras do Bairro do Brás,
como sendo apenas um centro comercial que permite o turismo de
compras.Portanto, para que ele se torne um atrativo desse porte, o subprefeito da
Mooca, Eduardo Odloak, iniciou um trabalho de conscientização e reestruturação
dessa área, ou seja, do espaço físico ocupado pelo comércio da região.
Uma das primeiras missões cumpridas foi no dia 20/01/2006, com a retirada das
barracas que ocupavam o Largo da Concórdia (situado no Bairro do Brás).Os
conflitos durante o ano ganharam força em outubro de 2006, após a subprefeitura
promover um recadastramento para quem quisesse regularizar sua situação. O
subprefeito da Mooca, anteriormente citado, afirmou na ocasião em entrevista ao
G1(site entrevistador), que mais de mil interessados pagaram taxas de inscrições
para trabalhar nas ruas do bairro. (www.G1.com.br - 03/03/2007 – 15h20).
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VALORIZAÇÂO DO ESPAÇO
De acordo com Harvey (1989), alguns tipos básicos de estratégias podem ser
apontados para vencer a competição interurbana ou apenas dinamizar sua
economia:
Disputa por funções de comando e de controle no campo das finanças, informações
e governo; Atração de consumidores através das inovações culturais, grandes
equipamentos comerciais e de lazer, novos estilos de arquitetura e "urban design", a
exploração de vantagens particulares para a produção de bens e serviços.
No primeiro caso, várias ações coordenadas tanto pelo poder público municipal,
quanto pela iniciativa privada, procuram dar nova cara à região do Brás, que se fixa,
ao lado do Bom Retiro, como importante polo têxtil da cidade de São Paulo,
sobretudo no que diz respeito às vendas no atacado, propiciando o chamado turismo
de compras, uma ramificação do turismo de negócios.
No segundo caso, destacam-se as atividades urbanas de uma maneira geral. Não
apenas os elementos destinados à visitação e à aquisição de conhecimento passam
a ser importante, como também o participar de atividades, da possibilidade de
vivenciar acontecimentos e adquirir mercadorias diferenciadas, além da
possibilidade e oportunidade de negócios e contatos.
No terceiro caso, incluem-se todas aquelas vantagens particulares, essenciais ao
desenvolvimento de uma atividade produtiva. De qualquer forma, convém, no
entanto, reforçar o prazer de consumir novo produto. É preciso informar o mercado
de sua existência e intervir no sentido de otimizar a atratividade da melhoria dos
serviços, dos equipamentos e da infraestrutura, valorizando o lugar.
Como prioridade da subprefeitura da Mooca e seu respectivo subprefeito Eduardo
Odloak, o Brás revigorou-se em termos de questão viária, pois, diariamente cerca de
150 ônibus, com lojistas e sacoleiros do Brasil, chegam ao bairro.
Num trabalho em conjunto com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), a
administração pública conseguiu disciplinar o fluxo de veículos, impedindo que eles
estacionassem irregularmente na região.
7. 11
Outras ações e medidas continuam sendo tomadas, pela subprefeitura da Mooca,
em conjunto com órgãos governamentais, para incrementar o turismo de compras na
cidade de São Paulo, através da revitalização do Bairro do Brás, que sem dúvida, é
a condição essencial para que o projeto tenha sua continuidade.
Figura 1: Localização do Brás
Fonte:http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/subprefeituras/mooca/mapas/index.
php?p=439
O bairro do Brás foi transformado num centro de comércio pela demande de
comerciantes a procura de produtos diferenciados e muitas vezes procuradas pelo
baixo custo e muito acessível ao consumidor.Os comerciantes foram moldando o
bairro conforme a demanda turística, perdendo, no entanto as características antigas
do bairro.
Cada vez mais, o espaço é transformado pela civilização comercial do bairro,
perdendo a essência de bairro e se transformando num espaço comercial.
O comércio passa uma imagem aos leigos em um bairro sem uma identidade, onde
só há comercialização durante a semana e nos fins de semana o bairro tem uma
característica vazio sem vida e perigoso, pois poucas pessoas transitam.Os donos
8. 12
dos comércios e moradores tematizando o bairro dando uma originalidade ao local
tende a atrair turistas nos fins de semana, e ajudando na melhoria visual do bairro.
Trazendo assim a atividade turística ao local, segundo Yázigi(Org., 1999)muitos
lugares que interessam pra serem vistos por possuírem características territoriais e
sociais diferentes, são transformados em lugares sociais iguais ou semelhante aos
da origem dos turistas. Altera-se, também, a concepção de natureza dos antigos
moradores das áreas ( re )produzidas pela indústria e consumo do turismo.
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COSTUMES E RELIGIÃO
LIBANESES
Do Brás saem roupas que são exportadas para todo o mundo pela influência dos
Libaneses. O bairro assumiu as tradições do Oriente Médio e é comum encontrar-se
homens fumando narguilés nas calçadas, da mesma forma que se podem ver
mulheres cobertas da cabeça aos pés com o tradicional Hijab (são os lenços que
cobrem as mulheres).A música embala a cultura libanesa, conhecida no Brasil por
meio de dança do ventre. As mulheres usam roupas especiais na dança, que para
os árabes tem valor mais que sensual.
Existentes no estado de São Paulo três Mesquitas de suma importância para os
muçulmanos, sendo elas a Mesquita do Brás, Mesquita da Liga da Juventude
Islâmica Beneficente do Brasil e a Mesquita Brasil, que são templos de oração
existentes e tão importantes para os seguidores do islamismo.
Nas mesquitas, os muçulmanos, estrangeiros ou brasileiros convertidos, têm além
do espaço para as orações, um ambiente onde podem se reunir e se sentir mais
próximos da cultura de seus países de origem, preservando muitas de suas
tradições e costumes. Mas é importante lembrar que o islã no Brasil nunca seria
exatamente como o islã do Líbano, do Paquistão, do Marrocos, da Síria, do Iraque
ou de nenhum dos países de origem desses imigrantes.
A identidade religiosa desse grupo aqui formado adquire características brasileiras
que, com certeza, acrescentam diferenças, além do fato de ser um país
predominantemente católico. Os muçulmanos têm de lidar com o desconhecimento
que grande parte da população tem em relação à religião, e com o preconceito de
muitos que ainda os vêem como um grupo homogêneo, onde a maioria é terrorista,
radical e impõe o alcorão a todos.
As mesquitas oferecem aulas de árabe, aulas de religião islâmica, artesanato e
outros cursos, tanto para muçulmanos quanto para pessoas simplesmente
interessadas em conhecer melhor a religião.
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GASTRONOMIA
Alguns costumes libaneses já estão inseridos nos costumes brasileiros, como a
culinária. Esta cozinha libanesa é extraordinariamente diversa e possui
especialidades próprias e adaptadas dos diferentes países ao seu redor, com
alimentos frescos e saborosos, os libaneses adaptaram o melhor da cozinha turca e
da árabe aqui em São Paulo, como o pão sírio/libanês, tabule,quibe cru, assado e
frito, kafta no espeto, charuto, esfihas, entre outros a comida libanesa não é mais
novidade e bem aceita ao paladar dos brasileiros. A cozinha libanesa é um exemplo
de como a cultura libanesa se tornou popular. Velhos armazéns no Brás oferecem o
Shawarma, um tipo de churrasco de carneiro como carro chefe.
Figura 2: Gastronomia Árabe
Fonte: Imagens Google
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ANÁLISE SWOT
PONTOS FORTES PONTOS FRACOS
Maior fluxo da demanda; Poucas vagas para estacionar na rua;
Fácil acesso ao público alvo; Falta de limpeza e segurança nas
Várias opções de transporte público; ruas;
Incentivo de política pública; Recursos financeiros limitados;
Análise
Opções da gastronomia árabe; Falta de mobilização da população
Interna Ocasião para aplicar o turismo local para com o projeto;
cultural e religioso; Falta de divulgação do novo local
Opções vastas para o turismo de tematizado;
compras; Pessoal não qualificado para atender
Estimular decisão de compras; a demanda, não hospitaleiros.
Preço acessível ao público;
Boa qualidade das refeições para o
Turismo Gastronômico.
OPORTUNIDADES AMEAÇAS
Expandir conhecimento; Maior circulação da demanda
Expandir mercado; podendo faltar mercadoria nos
Novo bairro tematizado de São Paulo; comércios;
Análise Nova demanda, tendo um novo Concorrência indireta dos outros
Externa destino para o turismo proposto; bairros tematizados de São Paulo;
Criar novas parcerias. Não conseguir atingir a demanda
potencial;
Super lotação nos transportes e
irritação dos visitantes.
Para que o todo e qualquer projeto tenha equilíbrio é necessário fazer seu ciclo de
vida e análise swot. Segundo RazzoliniFilho(2010), o ciclo de vida inicia no momento
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em que uma ideia é concebida, passando pelo seu desenvolvimento, que resulta em
sua transformação concreta em um produto lançado no mercado. A vida do produto
tem início com seu lançamento no mercado, dando seguimento a um período em
que este evolui, atingindo posteriormente a maturidade e, finalmente, o declínio e
sua consequente “morte”.
Até o presente momento a tematização no bairro do Brás dentro do ciclo de vida se
encontra apenas na ideia para o futuro lançamento, onde devem ser analisados
todos os pontos fortes e fracos, oportunidades e ameaças para viabilidade do projeto
para que ele ao final de seu ciclo de vida não tenha uma morte repentina.
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POTENCIAL PARA TEMATIZAÇÃO
De acordo com tudo o que foi pesquisado o grupo concluiu que o Brás tem potencial
para tematização pelo fato de existirem imigrantes árabes em grande número,
(inclusive foi descoberto que há mais Libaneses no Brasil do que no próprio Líbano),
além do bairro já ser referência em todo o Brasil quando se trata de turismo de
compras.
Com a tematização dessa região,poderão ser explorados outros segmentos, como o
gastronômico pela razão da variedade de comércios de comida árabe no bairro, uma
grande referência é o pão libanês feito pela panificadora Maxifour, que atrai muitos
moradores locais e visitantes pelo fato de ser a única que fabrica esse tipo de pão
na região.
Os turismos culturais e religiosos também têm potenciais, pelo fato de ali existir uma
mesquita e nela a população ter a oportunidade de descobrir sobre a cultuar e
religião islâmica, podendo qualquer pessoa islâmica ou não de fazer cursosdo
idioma árabe e sobre a cultura destes povos.
Através das aulas da professora Nizamar Oliveira, chegou-se no conceito do que é
política pública, conjunto de ações executadas pelo estado, nação ou município,
enquanto sujeito, dirigida a atender as necessidades de toda a sociedade. São
linhas de ações que buscam satisfazer ao interesse público.
Sendo assim, juntamente com o trabalho da Companhia de Engenharia de Tráfego
(CET) de impedir que estacionem irregularmente na região e ações tomadas, pela
subprefeitura da Mooca, em conjunto com órgãos governamentais, para incrementar
o turismo de compras na cidade de São Paulo, através da revitalização do Bairro do
Brás. Podemos entender que o Brás está em um projeto de política pública com o
intuito de melhor o bairro e aumentar cada vez mais o turismo de compras no bairro,
algo muito positivo para a tematização.
Segundo Varine- Bohan(apud Lemos), considera patrimônio cultural em três
categorias, sendo a primeira, que elementos pertencentes a natureza, ao meio
ambiente, ou seja a matéria primaque é transformada em material para o homem.
Fazendo com que a sociedade cresça e se expanda. A segunda envolve os
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elementos não tangíveis que compreende toda a capacidade de sobrevivência do
homem no seu meio ambiente, que vão desde ações simples na natureza até ações
super intelectuais como na descoberta do não descoberto pelo homem, ou seja, esta
categoria envolve o saber, o intelecto do homem. Sendo a mais importante, a
terceira categoria reúne os bens culturais, tendo a junção do meio ambiente e do
saber fazer e reunir os elementos certos para construir o desejado e
consequentemente evoluir a sociedade.
Essas três categorias fazem parte do patrimônio cultural dos libaneses que através
da tematização do bairro do Brás pode ser resgatada, pois o patrimônio cultural não
é somente bens tangíveis e valiosos, os bens intangíveis como o cotidiano,
costumes e pensamentos, seus valores culturais também fazem parte, sendo algo
muito presente no bairro do Brás, conforme descrito no capítulo Costumes e Religião
- Libaneses.
Portanto, com o forte comércio já existente, maior valorização e divulgação da
gastronomia, cultura e religião local, o Brás terá potencial em transformar-se em uma
"Liberdade Árabe" e tornar-se reconhecida como um reduto da comunidade do
Oriente Médio de São Paulo, resgatando assim uma das identidades do bairro.
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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
Lemos, Carlos A. C. O que é patrimônio histórico. São Paulo: Editora Brasiliense,
1987.
Razzolini Filho, Edelvino. Gerência de produtos para a gestão comercial: um
enfoque prático. Curitiba: Ibpex,2010.
Yázigi,Eduardo;AlessandriCarlos ,Ana Fani e Ariza da Cruz, Rita de Cássia.
Turismo: espaço, paisagem e cultura. São Paulo:Hucitec,1999.
REFERÊNCIAS ELETRÔNICAS
http://www.administradores.com.br/informe-se/producao-academica/turismo-de-
compras-revitalizacao-do-bairro-do-bras-na-cidade-de-sao-paulo/2880/
http://g1.globo.com/videos/sao-paulo/v/comida-arabe-e-tradicao-na-25-de-
marco/1640733/
http://almanaque.folha.uol.com.br/bairros_bras.htm
http://www.vitrine25demarco.com.br/noticia_detalhe.php?codeps=Mjd8NzQ0M3w=
http://www.pucsp.br/revistacordis/downloads/numero2/revista_cordis2_julia_pesquis
a
http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/subprefeituras/mooca/mapas/inde
x.php?p=439