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Que cidade São José quer ser
quando completar 300 anos?
Com passado rico, parte de sua história e patrimônio preservados, e por anos considerado
dormitório de Florianópolis, município assume o protagonismo como o 4º mais importante
do Estado, com economia vibrante e ações que começam a desenhar a cidade do
futuro, aquela que em 2050 será administrada pelas crianças e jovens de hoje
Segunda-feira,
18 de março
de 2024
FOTOS LEO MUNHOZ/ND
PMSJ/DIVULGAÇÃO/ND
FUNDADOR E PRESIDENTE EMÉRITO
GRUPO ND E GRUPO RIC
(IN MEMORIAM)
Mário J. Gonzaga Petrelli
				
PRESIDENTE GRUPO ND
Marcello Corrêa Petrelli
DIRETOR DE MERCADO
Gilberto Kleinübing
DIRETOR ADMINISTRATIVO
E FINANCEIRO
Albertino Zamarco Jr.
DIRETOR DE PLANEJAMENTO
Derly Massaud Anunciação
DIRETOR OPERACIONAL
Marcelo Campanholo
DIRETOR DE CONTEÚDO
Luís Meneghim
DIRETOR REGIONAL FLORIANÓPOLIS
Roberto Bertolin
GERENTE COMERCIAL
Andressa da Rosa Luz
GERENTE DE ASSINATURA E OPERAÇÕES
Catielle Parizotto
EDITOR-CHEFE ND
Rodrigo Lima
EDIÇÃO
Rosana Ritta
REDAÇÃO
Paulo Clóvis Schmitz
José Carlos Sá
REDAÇÃO PUBLIEDITORIAIS
Patrícia Peron
DIAGRAMAÇÃO
Gil Jesus
Elaine Coelho
REVISÃO
Angel Zamparette
IMPRESSÃO
Artes Gráficas Riosul Ltda
UMA PUBLICAÇÃO
DO GRUPO ND
2 segunda-feira, 18 de março de 2024
3/4/5
A saga iniciada por 182 casais
de imigrantes açorianos na
terra firme completa 274 anos
Manufaturas, entreposto
comercial e terminal portuário
marcaram ciclos econômicos.
14/15
A São José que as novas
gerações encontrarão em 2050
em números expressivos
O potencial da 4ª cidade mais
populosa e 5ª economia de SC
pavimenta o futuro promissor.
16/17
Especialistas traçam ações para
criar um ambiente favorável para
os negócios e a qualidade de vida
Curador do projeto São José 2050,
do Grupo ND, Neri dos Santos,
e arquiteto Ângelo Arruda
26/27
“Tenho a esperança
de uma cidade
ainda melhor.”
Prefeito Orvino de Ávila
foca na mobilidade e
no novo Plano Diretor
36/37
Cultura, turismo
e valiosos
patrimônios
Teatro mais
antigo do
Estado, o título
de Capital
das Louças de
Barros, uma
parte à beira-
mar e outras
preciosidades
colocam
cidade na rota
turística.
30/32/33
Crescimento
ordenado passa
pelo Plano Diretor
Interligado com leis
de parcelamento
e uso do solo, este
projeto é o que mais
desafia as lideranças
locais, e deve ser
votado até agosto.
LEO
MUNHOZ/ND
No livro “São José da Terra Firme”,
de 2007, Gilberto Gerlach e Osni
Machado deixaram um legado histórico
e iconográfico de altíssimo nível, onde
se pode conhecer toda a trajetória do
município da Grande Florianópolis, das
origens aos dias atuais. Ainda que tenha
havido tentativas de ocupação humana
em séculos anteriores, o ano de 1750 é
o marco da fundação da póvoa, após a
chegada de 182 casais de açorianos, quando
a capitania era governada pelo coronel
Manoel Escudeiro Ferreira de Souza.
O dia 19 de março daquele ano entrou
para a história como o marco zero
da história oficial da cidade, dando
andamento a um processo que começou na
Ilha de Santa Catarina em janeiro de 1748.
Em 1751 já havia uma pequena capela
no ponto onde hoje se encontra a igreja
matriz e começou a emergir o cultivo do
algodão e do linho, em especial na região
do Roçado, com os produtores pioneiros
montando pequenos teares. Uma provisão
régia de 1756 elevou São José da Terra
Firme à categoria de freguesia, com a
subsequente criação do Distrito de Paz.
A debandada de ilhéus acossados pelos
espanhóis, que invadiram a Ilha em 1777,
aumentou de forma aleatória a população
da freguesia. Segundo o historiador
Manoel Joaquim d’Almeida Coelho, na
“pasmosa precipitação para a terra firme”
a população assustada “abandonou seus
domicílios e fortunas” e “foi fazer alto
na margem esquerda do rio Cubatão”.
Conta o autor que uma senhora, no
desespero da fuga, chegou a esquecer na
igreja local uma filha recém-nascida...
A proibição, pela coroa portuguesa,
em 1785, do funcionamento de fábricas
e manufaturas (medida que atingiu
todo o território brasileiro), num tempo
em que havia 109 teares registrados,
foi um baque para São José.
Da fundação com
182 casais de açorianos ao
fim das primeiras manufaturas
De 1750, quando surgiu a
póvoa que marca o início da
história oficial do município,
aos dias de hoje, de expansão
imobiliária, São José
passou por altos e baixos,
perdeu grande extensão
territorial e viu o número
de habitantes crescer em
progressão geométrica
Em registro de 1926, a Igreja Matriz,
no mesmo local onde em 1751 já
tinha sido erguida uma capela
REPRODUÇÃO/ND
Desde a época dos carijós, um
entreposto comercial importante
Até o início do século 16, os
ocupantes originários da região
eram os índios guarani, que os
europeus chamavam de carijós.
Era um povo receptivo aos
forasteiros, que vivia do que
a natureza oferecia, mas que
desapareceu após pouco mais
de dois séculos de presença
do homem branco – não
apenas aqui, mas em todo o
litoral do Estado. Desde muito
cedo, nos primeiros anos de
ocupação pelos europeus,
São José foi um importante
entreposto comercial, graças,
especialmente, às condições
favoráveis para a navegação e
o transporte de mercadorias.
A ocupação do território
por imigrantes foi estimulada
e patrocinada pela coroa
portuguesa, interessada em
impedir que os espanhóis, já
presentes na bacia do rio da
Prata, tomassem conta da
região Sul do Brasil. Moradores
do arquipélago português
dos Açores, com problemas
de abastecimento e vítimas
de terremotos e epidemias,
foram atraídos pela aventura
de ocupar o Brasil meridional.
Até então, o litoral contava
apenas com os núcleos de
São Francisco do Sul, Nossa
Senhora do Desterro e Laguna.
São José da Terra Firme
recebeu 182 casais açorianos,
em pouco tempo já contava
com uma capela (1755),
ganhou o título de freguesia
e expandiu a ocupação pelo
litoral e vale do rio Maruim.
Baque com a perda
do Estreito e do seu
terminal portuário
Palhoça se emancipou de São
José em 1894, ficando com mais da
metade do território josefense na
época. Em 1913, foi ativada a primeira
usina hidrelétrica de Santa Catarina,
na região do Salto do Maruim, que
abasteceu São José e Florianópolis
até o início da década de 1970.
O período de pujança travou
a partir da década de 1930,
quando o Vale do Itajaí tirou o
protagonismo da região da Capital
em termos comerciais e a opção
pelo transporte rodoviário reduziu
a importância da posição portuária
de algumas cidades litorâneas.
Quando, em 1944, o distrito de João
Pessoa, atual Estreito, foi anexado a
Florianópolis, São José perdeu parte
de sua relevância, porque ali estava
um terminal portuário muito ativo e
um comércio igualmente próspero.
segunda-feira, 18 de março de 2024 3
O dilema entre subir a serra
ou ficar perto do mar
Depois do fechamento dos teares, uma das saídas
para manter a economia ativa foi a exploração
do vastíssimo território do continente, porque os
limites da freguesia se estendiam do Estreito até
os confins de Lages. Uma comitiva chefiada pelo
alferes Antônio José da Costa partiu em janeiro de
1787 em direção ao Planalto serrano, chegando à vila
fundada pelo paulista Correia Pinto dez anos antes.
A ocupação humana ao longo da picada original
aberta pelo alferes não avançou, porque os
descendentes de açorianos preferiam ficar perto do
mar, vivendo da pesca e do cultivo da mandioca, e
por causa dos imensos riscos que implicava uma
aventura pelo interior, seja por causa das feras,
seja pela presença de indígenas em todo o trajeto.
Com a construção de um caminho para o
Planalto no fim do século 18, a freguesia se tornou
um entreposto movimentado, porque tropeiros
alimentavam o comércio de gado e as vantagens de
atracação permitiam a comercialização de produtos a
partir da orla de São José com outras partes do Estado
e do país. Pessoas livres e escravizadas mantinham
atividades agrícolas de Barreiros até a Ponta de Baixo.
Em 1797, a freguesia de São José contava com 389
casas habitadas e uma população de 2.079 pessoas,
incluindo 412 escravos – 14 deles já libertos.
As migrações
e a primeira
expansão
imobiliária
A partir dos anos de
1950, São José começou a
receber migrantes de outras
regiões do Estado e também
do Rio Grande do Sul. Foi
quando surgiu a “cidade-
dormitório”, fenômeno que
tinha relação com o fato de
muitas pessoas morarem
na cidade e trabalharem na
Ilha de Santa Catarina.
A criação do distrito
(hoje bairro) de Barreiros
e a construção da BR-
101, já na década de 1960,
mudam a configuração
do município, com forte
expansão imobiliária. Com
as emancipações dos até
então distritos de Angelina e
Rancho Queimado, em 1961
e 1962, respectivamente,
São José perdeu mais
uma parte substancial de
seu imenso território.
Os loteamentos alteram
a paisagem também em
Campinas e Picadas. O
conjunto habitacional
Bela Vista foi um dos
empreendimentos que
ajudaram a mudar a paisagem
da região. Mais tarde surgiu
o conjunto habitacional
Forquilhinhas e, quase ao
mesmo tempo, onde operava
o Aeroclube de Santa Catarina,
emergiu o Kobrasol, por
obra da iniciativa privada.
Outros loteamentos foram
implantados no entorno
dos primeiros, formando os
bairros Ipiranga, Serraria e
Flor de Nápoles. A população
pulou de 31 mil habitantes na
década de 1960 para 97 mil
nos anos 1980. Hoje, é o quarto
município mais populoso
do Estado, com mais de 270
mil habitantes, segundo o
censo do IBGE (Instituto
Brasileiro de Geografia e
Estatística) de 2022.
Em foto de 1910, à direita, o solar da família Câmara,
que em 1845 recebeu o baile da comitiva imperial
Entrada da cidade em 1920,
à direita, rua Juca Silva
(hoje Vicente de Carvalho)
com fundos para o teatro
FOTOS
REPRODUÇÃO/ND
4/5 segunda-feira, 18 de março de 2024
A volta dos anos
de pujança
A partir do começo do século 19, com a independência
do Brasil, abriram-se as portas para a imigração,
vivamente estimulada pelo governo imperial. Em 1829,
famílias vindas da Alemanha ocuparam a colônia de
São Pedro de Alcântara, mas parte do contingente
original se manteve no Desterro e imediações.
Os alemães, com dificuldades de adaptação em
São Pedro, se espalharam pela região. São José,
com destaque para a praia Comprida, voltou a
crescer, com base na agricultura e no comércio.
Após se envolver indiretamente na contenda que
criou a República Juliana, São José recebeu a visita do
imperador Dom Pedro 2º e da imperatriz Teresa Cristina,
em 1845, a caminho de Caldas do Cubatão (depois
Caldas da Imperatriz). O casal imperial fez doações em
dinheiro para a Igreja Matriz e assistiu a uma corrida
de cavalos e o lançamento de bois em Campinas.
Com a província governada por Feliciano Nunes Pires,
São José – declarada cidade em 4 de maio de 1856 –
abarcava as freguesias de Garopaba, Santo Amaro do
Cubatão e Palhoça e, depois, Águas Mornas. Antes
disso, em 1854, foi inaugurado o Teatro Adolpho Mello,
o mais antigo do Estado ainda em funcionamento.
Àquela altura, São José exportava café, açúcar, tapioca,
farinha de mandioca, lenha, cachaça, algodão, produtos
de linho e de pesca. As olarias começaram a despontar e
passaram a fornecer um novo item para venda na região
e fora dela. As louças de barro se tornaram uma marca
registrada da cidade nas décadas e séculos seguintes.
Em 1866, a cidade contava com 20.602 habitantes.
O que o futuro reserva para
a São José de 2050? É esta
resposta que o Grupo ND
pretende buscar, dando um
direcionamento com esta
edição especial no momento
em que o município comple-
ta 274 anos. Antes vista mais
como uma cidade-dormitó-
rio cujos limites se confun-
dem com os da exuberante
capital catarinense, São José,
também com sua porção à
beira-mar, mas muito mais
terra firme, é muito mais do
que isso. E os números mos-
tram que a jornada rumo
aos 300 anos é promissora.
Com seus mais de 270 mil
habitantes, São José é o
quarto município mais po-
puloso de Santa Catarina,
atrás de Joinville, Florianópolis e
Blumenau. E também é o quar-
to mais antiga do Estado, com
uma história que em determi-
nados momentos se confun-
de com a de Santa Catarina.
No quesito cidades mais ricas,
figura em quinto lugar, com
PIB (Produto Interno Bruto) de
R$ 13,8 bilhões, segundo da-
dos do censo de 2021, quan-
do o mundo vivia em pande-
mia. E este crescimento, ainda
no momento pandêmico, foi
surpreendentemente de 20%
em relação a 2020. Embora o
setor de serviços seja predo-
minante, somando 57,2% do
PIB, a indústria também reve-
la sua versatilidade, com des-
taque para a construção civil.
O que a cidade perdeu em terri-
tórios ao longo das décadas – e
olha que não foi pouco, pois a
área que se estendia até a Ser-
ra catarinense foi reduzida em
nada menos do que nove mu-
nicípios. Hoje pertencentes à
região da Grande Florianópolis,
os até então distritos josefenses
de Palhoça, Angelina, Rancho
Queimado, Bom Retiro, San-
to Amaro da Imperatriz, Garo-
paba, Paulo Lopes, São Bonifácio
e São Pedro de Alcântara foram
gradualmente se emancipando.
São José da Terra Firme, se-
gundo conta a história, nasceu
oficialmente como uma vila em
uma serena e clara madrugada
de março de 1750, com a che-
gada de 182 casais vindos das
ilhas açorianas de Graciosa, São
Miguel e São Jorge, por deter-
minação do rei Dom João 6º.
Antes era habitada por indíge-
nas em uma história da qual há
raríssimos registros. A origem
do seu nome se deve à data de
fundação no Dia de São José, 19
de março, data em que os aço-
rianos chegaram com o obje-
tivo de defender a Terra Firme
contra iminentes invasões de
ingleses, franceses e espanhóis.
Mais de um século depois dos
açorianos, em 1856 foi a vez de
130 famílias de alemães che-
garem. Eles se instalaram na
região onde hoje se locali-
za São Pedro de Alcântara. Ao
longo de sua história recebeu
a contribuição de várias cultu-
ras, além dos indígenas nativos,
da açoriana, negra, espanhola,
francesa, árabe, entre outras.
Onde hoje localiza-se o bair-
ro Estreito, tempos atrás, eram
terras josefenses, local onde
ocorria o comércio bovino. No
quesito empreendimentos, re-
inventa-se desde sempre.
O maior crescimento populacio-
nal ocorreu nas décadas de 1970
e 1980, quando atraía as pes-
soas por sua proximidade com
a Capital. Foi nesta época que
começaram a ser delineadas as
suas próprias características. A
população duplicou e as indús-
trias começaram a se proliferar.
O Centro Histórico ainda conser-
va parte da história do muni-
cípio, enquanto bairros como
o cosmopolita Kobrasol dão
à cidade o ar de modernida-
de, com edificações mais altas
e uma vida noturna agitada.
Determinado a colaborar com o
município e suas lideranças de
poderes constituídos e em-
presariais para este impor-
tante passo rumo aos 300
anos, que serão comemo-
rados em 2050, o Grupo ND
mergulhou na história da
cidade, valorizando sua cul-
tura, suas tradições, e ouvin-
do especialistas, que orien-
tam os passos para que as
crianças que hoje estão nas-
cendo e as que ainda virão
possam conviver em har-
monia e com qualidade de
vida alinhada aos avanços
industriais e tecnológicos.
O novo Plano Diretor, en-
caminhado pela prefei-
tura para apreciação dos
vereadores, junto com leis
de uso e de parcelamen-
to do solo, é um dos maio-
res desafios da atual adminis-
tração, junto com as mudanças
estruturais para garantir mo-
bilidade, revela o atual pre-
feito, que reserva as melhores
expectativas para este futuro.
E como uma espécie de presen-
te para a cidade, o Grupo ND
promove no dia de seu aniver-
sário o seminário São José 2050,
onde gestores e especialistas
convidados discutirão e apon-
tarão ideias para o desenvolvi-
mento sustentável que os quase
400 mil habitantes prospecta-
dos do ano 300 encontrarão.
Esta edição traz também as
histórias e ações de algumas
das mais importantes corpo-
rações do município, incluin-
do a que figura em primeiro
lugar no ranking das maio-
res empresas do município. Um
documento para ler, refletir e
guardar em uma espécie de cáp-
sula do tempo para ser confe-
rido daqui a exatos 26 anos.
Na praça Prefeito Arnoldo Souza, no Centro Histórico, o Monumento aos Açorianos
São José da Terra Firme e sua
promissora jornada rumo aos 300
EDITORIAL
LEO
MUNHOZ/ND
6 segunda-feira, 18 de março de 2024
Inovação impulsiona desenvolvimento
de São José para o futuro
Fundada há 48 anos, a Intelbras cresceu e evoluiu junto com a cidade de São José e hoje está presente
em 98% dos municípios do Brasil com potencial de consumo de eletrônicos, além de exportar para
diversos países da América Latina.
FOTO
QUANTUM/DIVULGAÇÃO
ND
São José cresce em popu-
lação, no desempenho eco-
nômico e hoje se destaca
em Santa Catarina pela alta
regularidade das vendas,
empregos gerados e pelo ele-
vado potencial de consumo.
No último ano, o município
contabilizou saldo positivo de
3089 novos postos de traba-
lho. Na Grande Florianópolis,
este é o 2º melhor desem-
penho em termos absolutos.
Apenas em fevereiro deste
ano, 72 novas empresas se
instalaram no município, 17
destas com atuação pela in-
ternet. Em 2023, esse número
foi de 1.129 empreendimentos.
Uma das empresas que cola-
bora para esses resultados no
município e se sobressai nes-
te cenário é a Intelbras. Fun-
dada em 1976 por Diomício
Freitas, o negócio tornou-se
um símbolo do empreende-
dorismo e da inovação tec-
nológica, crescendo de uma
empresa que desenvolveu a
primeira central PABX com
tecnologia nacional tornan-
do-se referência em soluções
de inteligência artificial apli-
cadas em diversos segmentos.
De suas seis unidades, duas
estão localizadas em São José,
incluindo a matriz. A Intel-
bras não só consolidou sua
presença no município, mas
também contribuiu significa-
Intelbrasnopilardaeducação
Intelbras contribui para o desenvolvimento econômico e social do município e região
tivamente para seu desenvol-
vimento econômico e social.
Olhando para o futuro, a In-
telbras dedicará esforços
não apenas com a expan-
são dos negócios, mas com
o crescimento sustentável
e a responsabilidade social.
A empresa planeja conti-
nuar a trabalhar próxima
de seus parceiros e clientes,
desenvolvendo novos ne-
gócios e trazendo tecnolo-
gias avançadas ao mercado.
A Intelbras intensifica ain-
da seu engajamento com o
avanço tecnológico e a capa-
citação profissional por meio
da sua academia de conheci-
mento - Intelbras Itec, uma
iniciativa estratégica volta-
da a democratizar o aces-
so à educação de qualidade
no universo da tecnologia.
Com uma oferta de 760 cursos
gratuitos, tanto online quan-
to presenciais, o programa se
destina a capacitar desde in-
divíduos no início de sua jor-
nada tecnológica até aqueles
em busca de aprofundamento
em suas carreiras ou negócios.
As trilhas de aprendizagem do
programa são cuidadosamen-
te elaboradas para abranger
diversos níveis de expertise,
promovendo uma experiên-
cia de aprendizado prática e
engajadora, e preparando os
alunos para aplicarem ime-
diatamente os conhecimen-
tos adquiridos em novas
iniciativas ou no aprimora-
mento de serviços existentes.
Nascida em São José há 48 anos, a Intelbras é hoje
referência em tecnologia com soluções em inteligência
artificial aplicadas em diversos segmentos
OscursosdaIntelbrasItecpodemseracessados
peloportalhttps://cursos.intelbras.com.br/
Empresa intensifica seu engajamento com o avanço
tecnológico e a capacitação profissional
Inovação impulsiona desenvolvimento
de São José para o futuro
Fundada há 48 anos, a Intelbras cresceu e evoluiu junto com a cidade de São José e hoje está presente
em 98% dos municípios do Brasil com potencial de consumo de eletrônicos, além de exportar para
diversos países da América Latina.
FOTO
QUANTUM/DIVULGAÇÃO
ND
São José cresce em popu-
lação, no desempenho eco-
nômico e hoje se destaca
em Santa Catarina pela alta
regularidade das vendas,
empregos gerados e pelo ele-
vado potencial de consumo.
No último ano, o município
contabilizou saldo positivo de
3089 novos postos de traba-
lho. Na Grande Florianópolis,
este é o 2º melhor desem-
penho em termos absolutos.
Apenas em fevereiro deste
ano, 72 novas empresas se
instalaram no município, 17
destas com atuação pela in-
ternet. Em 2023, esse número
foi de 1.129 empreendimentos.
Uma das empresas que cola-
bora para esses resultados no
município e se sobressai nes-
te cenário é a Intelbras. Fun-
dada em 1976 por Diomício
Freitas, o negócio tornou-se
um símbolo do empreende-
dorismo e da inovação tec-
nológica, crescendo de uma
empresa que desenvolveu a
primeira central PABX com
tecnologia nacional tornan-
do-se referência em soluções
de inteligência artificial apli-
cadas em diversos segmentos.
De suas seis unidades, duas
estão localizadas em São José,
incluindo a matriz. A Intel-
bras não só consolidou sua
presença no município, mas
também contribuiu significa-
Intelbrasnopilardaeducação
Intelbras contribui para o desenvolvimento econômico e social do município e região
tivamente para seu desenvol-
vimento econômico e social.
Olhando para o futuro, a In-
telbras dedicará esforços
não apenas com a expan-
são dos negócios, mas com
o crescimento sustentável
e a responsabilidade social.
A empresa planeja conti-
nuar a trabalhar próxima
de seus parceiros e clientes,
desenvolvendo novos ne-
gócios e trazendo tecnolo-
gias avançadas ao mercado.
A Intelbras intensifica ain-
da seu engajamento com o
avanço tecnológico e a capa-
citação profissional por meio
da sua academia de conheci-
mento - Intelbras Itec, uma
iniciativa estratégica volta-
da a democratizar o aces-
so à educação de qualidade
no universo da tecnologia.
Com uma oferta de 760 cursos
gratuitos, tanto online quan-
to presenciais, o programa se
destina a capacitar desde in-
divíduos no início de sua jor-
nada tecnológica até aqueles
em busca de aprofundamento
em suas carreiras ou negócios.
As trilhas de aprendizagem do
programa são cuidadosamen-
te elaboradas para abranger
diversos níveis de expertise,
promovendo uma experiên-
cia de aprendizado prática e
engajadora, e preparando os
alunos para aplicarem ime-
diatamente os conhecimen-
tos adquiridos em novas
iniciativas ou no aprimora-
mento de serviços existentes.
Nascida em São José há 48 anos, a Intelbras é hoje
referência em tecnologia com soluções em inteligência
artificial aplicadas em diversos segmentos
OscursosdaIntelbrasItecpodemseracessados
peloportalhttps://cursos.intelbras.com.br/
Empresa intensifica seu engajamento com o avanço
tecnológico e a capacitação profissional
REPRODUÇÃO/ND
8 segunda-feira, 18 de março de 2024
Linha do tempo
1549
Ano em que teria fundeado no
porto de Vera ou Yurú-Mirim
(depois conhecido como Maruim)
o navegador Hans Staden.
1666 a 1692
Casais de açorianos migram para
o Desterro e São José da Terra
Firme, nas primeiras tentativas
de colonização por moradores
do arquipélago português.
1750
Fundação da póvoa, composta
por 182 casais de açorianos da
terceira leva de imigrantes.
1756
São José é elevada à
categoria de freguesia.
1787
Primeira tentativa de criar
uma ligação rodoviária com o
Planalto catarinense, a cargo do
alferes Antônio José da Costa.
1815
É anunciada a descoberta
de águas termais nas alturas
do rio Cubatão, em área que
pertencia então a São José.
1820
De passagem pela região do
Desterro, o célebre botânico
francês Auguste de Saint-Hilaire
descreve o fabrico de louças
de barro na Ponta de Baixo.
1826
O pintor francês Jean-Baptiste
Debret, que teria sido membro
da comitiva de Dom Pedro 1º
em viagem do Sul do país, deixa
três aquarelas sobre São José,
incluindo um panorama que
mostra o monte Cambirela,
a Ponta de Baixo, o largo da
Matriz e a Praia Comprida.
1829
Fundação da primeira colônia
alemã em SC, denominada
São Pedro de Alcântara, em
homenagem a D. Pedro 1º.
1833
São José passa de freguesia
para vila e são instaladas a
Câmara Municipal e a comarca.
1840
É construída a Bica da Carioca
(que existe até hoje), utilizada
para fornecer água potável aos
moradores e facilitar o trabalho
das lavadeiras da região.
1845
A caminho das Caldas, D. Pedro
2º e a imperatriz Teresa Cristina
passam por São José, onde
participam de solenidades e
são alvos de homenagens.
1852
Chega da Bahia a imagem do
Senhor do Bonfim, venerado
pela população e cuja capela
permanece de pé até hoje.
1854
Atendendo a uma demanda por
apresentações cênicas, inicia a
construção do Theatro Municipal
de São José (inaugurado em
1856), que hoje leva o nome
de Teatro Adolpho Mello.
1882
O distrito de Palhoça é elevado
à categoria de freguesia.
1883
São José festeja o anúncio da
construção da Estrada de Ferro
D. Pedro 1º, que ligaria o litoral
catarinense a Porto Alegre; o
projeto nunca foi executado.
1893
São José adere à Revolução
Federalista, em oposição ao
governo de Floriano Peixoto.
1903
Plantio de 12 palmeiras imperiais
no Largo da Matriz; parte delas
permanece no local até hoje.
1910
Surge a sociedade Liga Josephense,
com ampla programação
cultural, festas religiosas e,
mais tarde, fazendo exibições
cinematográficas e eventos.
1913
Surge o primeiro jornalzinho
impresso, “O Astro”, de circulação
semanal. No mesmo ano é
fundado o Clube Recreativo
1º de Junho, num sobrado da
praça central, e é inaugurado o
serviço de luz elétrica na cidade.
1927
Inauguração do Mercado.
1929
São Pedro de Alcântara, ainda
pertencente a São José, festeja o
centenário da colonização alemã.
1938
É fundado o Ipiranga Futebol
Clube, um dos mais importantes
clubes da história de São José
(desativado na década de 1980).
1950
Comemora 200 anos de fundação.
1994/95
Desmembrado de São José,
São Pedro de Alcântara torna-se
município, reduzindo a menos da
metade (114,7 k2) a área de São José.
2001
O antigo prédio da prefeitura
passa a abrigar a Câmara de
Vereadores. Inicia a construção
da avenida das Torres e da Beira-
Mar de São José, vias de acesso
mais amplas e rápidas que
tornaram o trânsito mais flexível.
2004/2005
Revisão do Plano Diretor de 1985.
2005
Criação da USJ (Universidade de
São José). O município tomba o
Teatro Adolpho Mello, a antiga
Casa de Câmara e Cadeia, o
casarão do Clube 1° de Junho,
o casarão do Arquivo Histórico,
a capela de Nosso Senhor do
Bonfim, a igreja e o cemitério de
Nosso Senhor Bom Jesus dos
Passos, a igreja de Nossa Senhora
de Fátima e Santa Filomena,
casarios, a Bica da Carioca e o
tanque de lavação de roupas,
a olaria da Escola de Oleiros, a
antiga ponte sobre o rio Maruim,
o Museu da Família Koerich no
Sertão do Maruim e o complexo
da Usina do Sertão do Maruim.
Tomada do Morro do
Bomfim, no início dos
anos 1900. Ao fundo, à
esq. a baía Sul; e à dir.,
o Pico do Cambirela
10 segunda-feira, 18 de março de 2024
SãoJosé cresceeavançacom inovação
e desenvolvimento sustentável
Rumo ao tricentenário do município, a AEMFLO e CDL-SJ renovam seu compromisso
com um futuro próspero para a cidade
FOTO
DIVULGAÇÃO/ND
Promover o desenvolvi-
mento sustentável, investir
em infraestrutura, educação
de qualidade, saúde e quali-
ficação profissional são algu-
mas frentes em que a AEMFLO
(Associação Empresarial da
Região Metropolitana de Flo-
rianópolis) e a CDL-SJ (Câ-
mara de Dirigentes Lojistas de
São José) atuam para promo-
ver o desenvolvimento e cres-
cimento de São José.
“Estamos comprometidos
em liderar a cidade rumo a um
futuro próspero, sustentável
e inovador,” ressalta o pre-
sidente da AEMFLO e da CDL
São José, Gilberto João Rech.
“Nossa meta é garantir que o
crescimento econômico da ci-
dade caminhe lado a lado com
a preservação ambiental e a
inclusão social”, acrescenta.
São José é hoje uma potên-
cia, um dos municípios que
mais crescem e geram empre-
gos no Estado. Segundo dados
do Censo 2022, do IBGE (Ins-
tituto Brasileiro de Geogra-
fia e Estatística), o município
está na quarta posição entre
os mais populosos do Estado,
com 270.295 habitantes.
A cidade conta também com
55.487 empresas ativas, se-
gundo os dados do Observató-
rio Jucesc, da Junta Comercial
do Estado de Santa Catarina.
É a quinta cidade catarinen-
se com o maior número de
negócios.
Para as entidades, um dos
fatores que contribui para es-
Expansãourbanadeforma
consciente
Investimentoem
infraestruturaurbana
Educação
dequalidade
Entre as ações estabelecidas pelas entidades para cum-
prir estes objetivos e estimular ainda mais o crescimento
do município, destaca-se o fomento à sustentabilidade
e à inovação. As entidades estimulam ecossistemas de
inovação, atraindo empresas de tecnologia, startups e
promovendo a digitalização dos serviços públicos. “Pla-
nejamos a expansão urbana de maneira consciente,
promovendo o uso de tecnologias limpas e a adoção de
práticas sustentáveis,” explica Rech.
As iniciativas, esclarece a AEMFLO/CDL-SJ, visam não
apenas proteger o meio ambiente, mas também assegu-
rar qualidade de vida para as futuras gerações.
A AEMFLO e a CDL São José estão comprometidas com o
desenvolvimento sustentável, atuando decisivamente para
planejar a expansão urbana de maneira responsável e am-
bientalmente consciente. Este compromisso se traduz em
esforços multifacetados para promover a preservação am-
biental e o uso eficiente dos recursos naturais, essenciais para
o bem-estar da comunidade.
Investimentos significativos, apontam as entidades, são
necessários para melhorar a infraestrutura urbana, incluin-
do a expansão de vias eficientes, o desenvolvimento de um
transporte público mais acessível e sustentável, a implemen-
tação de soluções de saneamento básico avançadas e a adoção
de tecnologias urbanas inovadoras.
“Estas iniciativas não somente pretendem aprimorar a
qualidade de vida dos cidadãos de São José, mas também ga-
rantir que o crescimento da cidade ocorra de forma equili-
brada, assegurando um futuro próspero e sustentável para as
geraçõesatuaisefuturas”,explicaopresidentedasentidades.
A educação de quali-
dade é outro pilar fun-
damental para a visão
de futuro da Aemflo e da
CDL-SJ. “Consideramos
a educação a chave para
um futuro promissor. In-
vestimos na capacitação
profissional, tanto para a
reciclagem quanto a for-
mação de líderes, para
preparar nossa comuni-
dade para o novo mer-
cado de trabalho que se
projeta”, salienta Gilber-
to Rech.
O apoio ao empreende-
dorismo local, com ênfa-
se na economia criativa, é
uma das estratégias para
diversificar a economia
de São José e estimular
a geração de empregos.
“Por meio do Programa
Empreender e dos Nú-
cleos Empresariais, por
exemplo, estimulamos
a colaboração entre os
empresários, fortale-
cendo o tecido econômi-
co da cidade,” destaca o
presidente.
A saúde pública tam-
bém ocupa um lugar cen-
tral nesta visão de futuro,
assim como a qualidade
de vida e o investimento
em cultura e lazer.
Para Rech, a colabo-
ração entre os setores
público e privado e a go-
vernança participativa,
são fundamentais para o
sucesso das iniciativas de
desenvolvimento. “Par-
cerias público-privadas
são o motor que impul-
siona a inovação e o de-
senvolvimento em nossa
cidade. Promover a par-
ticipação ativa dos cida-
dãos nas decisões locais
é também essencial para
uma gestão transparen-
te e responsiva”, afirma
o presidente. “Isso as-
segura que nossas ações
estejam alinhadas com as
necessidades reais da co-
munidade”, conclui Gil-
berto Rech.
AEMFLO e CDL São José: atuação em diversas frentes no município
tes resultados é a localização
privilegiada no litoral catari-
nense, que atrai uma série de
pessoas para a região. Além
disso, a cidade compõe a região
metropolitana e está próxima
de portos e aeroportos. “São
José tem no povo trabalhador
uma de suas principais virtu-
des. As empresas se instalam
aqui com o intuito de unir a
facilidade logística e o acesso
a diversificada mão de obra.
Todos esses elementos fazem
de São José uma das mais mais
destacadas em termos de de-
senvolvimento econômico do
Estado”, afirma Rech.
Gilberto João Rech, presidente AEMFLO E CDL-SJ
12 segunda-feira, 18 de março de 2024
Quatro décadas construindo
o sonho de morar bem
Fundada em 1983, a RDO tem sido uma peça fundamental no desenvolvimento urbano e na verticalização do município
FOTOS
DIVULGAÇÃO/ND
São 40 anos de uma história
marcada pelo desenvolvimen-
to e pela inovação em São José,
cidade que tem acompanhado
de perto a trajetória de suces-
so da RDO. Com as segunda
e terceira gerações atuantes,
a empresa familiar possui 70
empreendimentos em seu his-
tórico de entregas pontuais,
sendo 40 distribuídos pelos
bairros Kobrasol, Campinas,
Barreiros e Floresta, e apro-
ximadamente 2.500 unida-
des familiares contempladas
nestas mesmas regiões. Com
sede na rua Koesa, a empresa
que nasceu na avenida Lédio
João Martins, acompanhou
de perto o crescimento da ci-
dade e a evolução das opções
de moradia, e hoje possui um
rico portfólio de imóveis, com
apartamentos de diferentes
configurações.
A posição estratégica de São
José, situada entre a capital
catarinense e as principais
vias rodoviárias, tem contri-
buído significativamente para
a valorização imobiliária e
atração de novos residentes.
Atualmente, São José abri-
ga aproximadamente 270 mil
habitantes, com 40% dessa
população residindo em pré-
dios. A demanda por moradias
que combinem comodidade
RDOImpulsionaInovaçãoe
SustentabilidadeemSãoJosé
Com uma visão de futuro focada na inovação e no uso das
mais recentes tecnologias, a RDO tem se destacado no setor
da construção civil em São José, investindo não apenas em
ampliar a qualidade das obras, mas também em construir
novos padrões para o mercado imobiliário. “Nosso compro-
misso com inovação é a chave para construirmos o futuro
da construção civil na região”, destaca Roberto Deschamps,
diretor presidente da RDO. “Estamos empenhados em intro-
duzir soluções que não apenas melhorem a eficiência e sus-
tentabilidade de nossos projetos, mas também enriqueçam a
qualidade de vida dos nossos clientes.”
Essas ações possibilitam à RDO criar uma sinergia úni-
ca entre tradição e modernidade, enquanto se posiciona na
vanguarda das tendências do setor. Com o auxílio de uma
forte rede de fornecedores e prestadores de serviços, a em-
presa também movimenta a economia local e é uma forte
geradora de empregos no município.
e acessibilidade direciona o
crescimento da cidade, com
destaque aos bairros Kobrasol
e Campinas pela ampla oferta
de serviços essenciais, além
de opções de lazer, cultura e
entretenimento.
“A qualidade dos empreen-
dimentos aqui da região tem
nível igual ou superior ao que
se vê na ilha de Santa Catarina,
um melhor custo x benefício”,
afirma Nestor Deschamps,
sócio-proprietário e integran-
te da segunda geração atuan-
te da empresa.“Aqui há um
descolamento, uma indepen-
dência, em relação à Florianó-
polis, em termos de comércio,
serviços, escolas e universida-
A RDO optou por investir em uma região com grande
potencial de expansão e cada vez mais verticalizada
Portfólioparatodosospúblicos
Com quatro empreendimen-
tos em obras na cidade, o úl-
timo lançamento da empresa
ocorrido em Outubro/23 aten-
deu um novo estilo de moradia,
os apartamentos “studios”. O
Rivière Pétrusse Home Studios
“foi um sucesso absoluto de
vendas, que superou as nos-
sas expectativas”, diz Nestor
Deschamps. A empresa iden-
tificou neste lançamento, uma
demanda que o próprio bairro
do Kobrasol apresentava e que
tem a ver com o perfil e estilo
de vida de uma parcela dos no-
vos compradores e moradores.
Desta forma, a empresa ofe-
rece um vasto portfólio de
produtos para atender as mais
diferentes necessidades das fa-
mílias, ou seja de prédios com
studios de metragens meno-
res a unidades com dois e três
dormitórios, uma, duas ou três
suítes em condomínios igual-
mente completos de lazer, di-
versas comodidades e opções
de plantas, além das localiza-
ções para você bem viver São
José.
O Ville de Luxembourg, lo-
calizado na Rua Brasilpinho,
com uma fachada imponente
e requintada, é uma referência
na região. Entregue em 2022,
possui quatro apartamentos
por andar, com unidades de
três suítes, uma área de lazer
completa com piscina aqueci-
da e facilidades para uma vida
repleta de exclusividade e qua-
lidade de vida.
Dada a complexidade do mer-
cado imobiliário, estar aten-
to a estas demandas tornam o
próprio negócio mais atrativo.
Para isso, a empresa pesquisa
novas tendências e acompanha
eventos, mesmo sabendo que
do projeto à conclusão de uma
obra, um período médio de cin-
co anos, muita coisa acontece
na área da construção. Neste
sentido, a experiência dos três
irmãos sócios ganha com a
curiosidade e a ousadia da nova
geração da família.
Hoje, as áreas comuns dos
prédios possuem novas confi-
gurações, como espaço busi-
ness, mercadinho, espaço pet
e outras comodidades que faci-
litam a vida das pessoas, além
de tecnologias que aumentam
a segurança e o conforto dos
moradores. Em todos os proje-
tos há também o cuidado com
práticas ambientalmente po-
sitivas, como a eficiência ener-
gética e o aproveitamento da
água da chuva.
Riqueza nos detalhes e excelência no padrão destacam
o empreendimento Ville de Luxembourg no município
“Nós trabalhamos para gerar satisfação nas pessoas, o que
também nos satisfaz. Queremos que realizem seus sonhos.
Nos sentimos privilegiados em proporcionar isso a elas”.
Nestor Deschamps, empresário
São José - Em obras:
Rivière Pétrusse Home Studios – Kobrasol
Lyon Residence – Kobrasol | 2 e 3 dorm sendo 1, 2 ou 3
suítes
Saint Michel Residence – Kobrasol | 2 dorm sendo 1 ou 2
suítes
Trémont Residence – Floresta | 2 e 3 dorm sendo 1 suíte
São José – Prontos para morar:
Vancouver Residencial – Kobrasol | 2 e 3 dom sendo 1 ou 2
suítes
Ville de Luxembourg – Kobrasol | 3 suítes
Áster Residence – Kobrasol | studios e 2 dorm sendo 1 suíte
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Acompanhe as novidades @rdoempreendimentos
des”, reforça a arquiteta Luise
Deschamps, integrante da ter-
ceira geração da família que
conduz a empresa.
A escolha de São José como
um dos municípios catari-
nenses de maior crescimen-
to e geração de empregos se
deve, em grande parte, às
oportunidades que a cidade
oferece em diversos setores
da economia. “A cadeia pro-
dutiva de São José é rica e
diversificada, e na construção
civil isso não é diferente. Ge-
ramos cerca de 300 empregos
diretos e muitos mais indire-
tos, contribuindo para o dina-
mismo econômico da cidade,”
afirma a empresa.
14/15 segunda-feira, 18 de março de 2024
Município
em expansão já
planeja a vida
de quem ainda
nem nasceu
Aliado aos desafios da cidade que desponta como
uma das maiores de Santa Catarina, o Grupo
ND preparou cobertura especial e um seminário
onde lideranças políticas, empresariais e até
um futurista discutirão a São José de 2050
270.299
habitantes
segundo o Censo do IBGE de 2022
4º município
mais populoso do Estado
R$ 54.544,43
é a renda per capita no município,
mais do que o dobro de uma dé-
cada atrás, quando era R$ 24.299
5ª maior economia
de Santa Catarina
46.875 empresas ativas
segundo dados atualiza-
dos em fevereiro deste ano
3º maior gerador
de empregos
em Santa Catarina em 2021
+ de 10.000
novas empresas
criadas em 2023
78 mil pessoas
trabalham no setor de serviços,
segundo dados atuais do Caged
27 mil
trabalham no comércio
13 mil
trabalham na indústria
7ª cidade brasileira
em verticalização
2ª cidade catarinense
em verticalização, perden-
do para Balneário Camboriú
41,05% da
população
mora em prédios
SÃO JOSÉ EM NÚMEROS
São José está completando 274
anos como cidade, teve uma im-
portância que rivalizou com a ca-
pital Desterro, hoje Florianópolis,
em determinados momentos de sua
história, viu parte de seu território
transferido para a vizinha políti-
ca e economicamente poderosa na
década de 1940 e agora vem ga-
nhando cada vez mais protagonismo
como polo geográfico da região.
Nas últimas décadas, evoluiu de
uma cidade-dormitório onde mora-
vam milhares de pessoas que tra-
balhavam no outro lado das pontes
para um lugar empreendedor, com
vida social e econômica própria,
que cresce em ritmo acelerado e já
ostenta a posição de quinta econo-
mia do Estado de Santa Catarina.
Como as transformações são hoje
muito mais rápidas e os desafios se
acumulam na mesma proporção, o
que o Grupo ND propõe é a discus-
são sobre o futuro, que é gestado no
presente. O que será, ou o que quer
ser, São José em 2050, quando o
município vai completar 300 anos?
A resposta pode ser dada pelos pla-
nejadores, porém é comum as ges-
tões públicas pensarem apenas nas
ações de curto prazo. São José foge
a essa regra, porque para todos os
lados que se olhe é possível ver obras
estruturantes mudando a configura-
ção da cidade. São investimentos em
infraestrutura, educação, tecnologia
e inovação, sustentabilidade, saú-
de e segurança, turismo e cultura.
Se o município tem números pu-
jantes, empresas fortes e uma grande
vocação empreendedora, um dos de-
safios a serem superados é fazer com
que a população e as lideranças polí-
ticas e empresariais tenham uma no-
ção mais precisa do poderio da cidade.
Diante do tamanho e da importância
de Florianópolis, que também cresceu
de forma inédita de meio século para
cá, muitos moradores ainda conside-
ram São José um apêndice da Capital.
Há motivos para tudo ser diferen-
te. Além dos fatores acima citados,
o comércio do município é forte,
existem empresas de grande porte
(convivendo com milhares de pe-
quenos e médios negócios), bons
investimentos públicos, condições
logísticas melhores que nas cida-
des vizinhas e segurança jurídica
para empreender e fazer negócios.
Com população de 270.299 ha-
bitantes, segundo o Censo do IBGE
de 2022, São José viu crescer a ren-
da per capita de R$ 24.299 para R$
54.544,43 em uma década. Quinta
maior economia de Santa Catari-
na, o município foi o terceiro maior
gerador de empregos em Santa
Catarina no ano de 2021. Em 2023,
mais de 10 mil novas empresas – de
todos os portes – foram criadas.
COISAS QUE ORGULHAM SÃO JOSÉ
RANKING DAS 15
MAIORES EMPRESAS
1 – Intelbras
A maior empresa do município
ocupa com folga a 1ª colocação
nesta lista, pois seu capital é mais do
que o triplo da segunda colocada
2 - Empresas Cassol
Participações S.A
3 - Sirona Dental Ltda
4 - Empreendimentos
Imobiliários Zita S/A
5 - Dental Speed Graph
6 - Kayros Mining And
Agrobusines Company
7 – Baobá Participações
Societárias Ltda
8 – Jatobá Participações
Societárias Ltda
9 - C - Pack Creative
Packaging S/A
10 - EQS Engenharia
11 - Pamela Lopes
Marques Grimm
12 - J.N.S Empreendimentos
Imobiliários e Participações Ltda
13 - Calcred S.A. Crédito,
Financiamento e Investimento
14 - Casas da Água
15 - Kobrasol Empreendimentos
Imobiliários Ltda
Grupo ND, parceiro
nessa empreitada
Com uma pauta propositiva, o projeto
São José 2050 busca sugerir caminhos
e possibilidades para as próximas duas
décadas e meia, até quando o município
completar 300 anos. Um instrumento
para isso é o seminário marcado para
este dia 18, véspera do 274º aniversá-
rio da cidade, na sede da Aemflo e CD,
com lideranças do município e espe-
cialistas de diferentes segmentos.
A NDTV – Record produziu dez epi-
sódios exibidos no programa “Balanço
Geral” que falam da história de São José,
das etapas que marcaram seu desen-
volvimento e do que o município pre-
cisa fazer nos próximos 26 anos, até
completar seu 300º aniversário. Esse
conteúdo foi disponibilizado no por-
tal de notícias online do grupo, e no
dia do aniversário, 19 de março, o “Ba-
lanço Geral” terá transmissão ao vivo
direto da praça do Centro Histórico.
Um passeio ciclístico foi realizado
na semana que antecedeu o aniversá-
rio, percorrendo o Centro Histórico e a
avenida Beira-Mar (com ida e volta),
e o projeto Música nas Igrejas, que fez
grande sucesso em 2023 em Floria-
nópolis, foi trazido para São José.
BICA DA CARIOCA
Construída em 1840 pela Câmara Municipal,
foi durante muitas décadas a principal fonte
de fornecimento de água para a população
e funcionava como um ponto de encontro
dos moradores do Centro Histórico. Também
era onde os chamados aguaceiros, que
circulavam com suas carroças e animais,
pegavam água para distribuir aos moradores.
GILBERTO GERLACH E OSNI MACHADO
O escritor e historiador Osni Machado (foto)
é uma das figuras mais conhecidas de São
José, com vários livros publicados
e um grande acervo de
livros, fotos e documentos
sobre a história da
cidade. Outro nome
de grande destaque
é Gilberto Gerlach,
pesquisador e cinéfilo
nascido e criado em São
José, que foi um pioneiro
no cineclubismo na Grande Florianópolis
e publicou livros importantes sobre a
história da cidade, de Florianópolis e de
Blumenau. Ele morreu em maio de 2021.
ÁGUA E SANEAMENTO
Cerca de 42% dos moradores de São
José tem acesso à rede coletora de
esgoto, e 100% têm água encanada.
Esses percentuais superam em muito a
média dos demais municípios do Estado,
incluindo Florianópolis. No caso do esgoto,
grande parte dos habitantes não atendida
por rede pública reside em edifícios
com tratamento próprio de resíduos.
EMPRESA DE PONTA
Entre as muitas empresas que orgulham
o município de São José está a C-Pack, líder
na América Latina na fabricação de bisnagas
e embalagens plásticas para indústrias
farmacêuticas e de cosméticos. Fornecedora
de produtos para a Natura, Gessy Lever,
Avon, Boticário, Johnson & Johnson, Mary
Kay, L’Oréal Brasil e L’Occitane au Brésil,
entre outras marcas, a C-Pack tem 500
colaboradores e vai abrir este ano uma
unidade na cidade de Bragança, em Portugal.
O PRIMEIRO SHOPPING
Criado há mais de 40 anos, o Shopping
Itaguaçu foi o primeiro empreendimento do
gênero no Sul do Brasil e costumava atrair
clientes de toda a Grande Florianópolis
quando, por muitos anos, foi o único
shopping da região. Hoje, São José conta
também com o Continente Shopping,
o maior centro comercial do Estado.
SEDE DO AEROCLUBE
O Aeroclube de Santa Catarina funcionou
numa área onde se encontra o bairro
Kobrasol, e atualmente está localizado
no Sertão do Maruim. Ali, forma pilotos e
treina mecânicos de aviões. Além de ser
frequentado por amantes da aviação, ajuda
no transporte emergencial de órgãos e
tecidos humanos para transplantes.
OLARIAS E ESCOLA DE OLEIROS
São José tem grande tradição na produção
de peças de barro de caráter artístico e
utilitário. A região da Ponta de Baixo sempre
reuniu muitos artesãos da argila, que era
– e ainda é – vendida na região e chegou
a ser levada para fora do Estado e do país.
Tem a única escola de oleiros da América
Latina em plena atividade, reproduzindo
o conhecimento. Já foi considerada a
Capital das Louças de Barro no Brasil.
USINA MARUIM
Inaugurada em 1910, a usina foi durante
muitos anos a principal fornecedora de
energia elétrica para São José, Florianópolis
e Biguaçu. No momento, está sendo
revitalizada pela Celesc e, além de se tornar
uma atração turística, voltará a gerar energia
52 anos depois de encerrar suas atividades.
TEATRO ADOLPHO MELLO
Casa de espetáculos é a mais antiga
de Santa Catarina e a terceira em tempo
de atividade no Brasil. Inaugurada em
1854, também foi usada como cineclube
na década de 1980 e já passou por
várias restaurações. Tombada como
patrimônio cultural do município em
2005, sedia cursos de artes cênicas.
16/17 segunda-feira, 18 de março de 2024
Professor sênior do Programa de Pós-Gra-
duação em Engenharia e Gestão do Conhe-
cimento da UFSC (Universidade Federal de
Santa Catarina), Neri dos Santos é curador do
projeto São José 2050, que o Grupo ND vem
desenvolvendo para marcar o aniversário,
em 19 de março deste ano, e projetar o futuro
do município. Com o arquiteto e urbanista
Ângelo Arruda, professor aposentado pela
UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso
do Sul), ele usa sua experiência nas áreas
da transformação digital, na engenharia e
gestão do conhecimento para sugerir ações e
projetos que façam São José aproveitar seus
potenciais para crescer de forma sustentável.
Neri elaborou uma lista com 166 ações
estratégicas, divididas em dez pautas distin-
tas, que “promovam um ambiente favorável
aos negócios, bem como uma qualidade de
vida atrativa para os residentes”. Ali estão
sugestões para tornar a cidade mais aco-
lhedora (para os turistas e os investidores),
mais empreendedora (com as ferramentas
do empreendedorismo e da inovação), mais
cultural (com a valorização do patrimônio
e das artes), mais sustentável (promoven-
do o crescimento com responsabilidade
ambiental), mais inteligente (para que o
conjunto dos moradores possam usufruir da
elevação da qualidade de vida), mais tecno-
lógica (pela adoção de tecnologias de ponta
na própria gestão pública), mais planejada
(a partir de programas e projetos pensados
com critério e preocupação social) e mais
conectada (com conectividade para uso do
maior número possível de moradores).
Como centro geográfico e logístico da
Grande Florianópolis, os desafios de São José
parecem difíceis de enfrentar, mas a cidade
já conta com indústrias importantes, co-
mércio e serviços fortes, um grande número
de empreendedores de micro, pequeno e
médio portes e vontade política para facili-
tar a vida dos investidores. Isso implica em
desburocratizar os processos de criação de
novas empresas, investir numa educação
de qualidade e qualificar a mão de obra.
Estratégias para tornar
a cidade mais inteligente,
inovadora e acolhedora
Uma lista com 166 ações traz
sugestões para que o futuro
comece a ser implementado
agora, criando um
ambiente favorável para
os negócios e a qualidade
de vida dos cada vez mais
exigentes moradores
O QUE O
CAMINHO ATÉ
2050 PEDE
Digitalização total
dos serviços públicos
Acesso público
à internet
Infraestrutura de rede
de alta velocidade
Inovação em
empreendedorismo
digital
Segurança cibernética
Mais áreas verdes
e espaços de lazer
Incentivos à
construção sustentável
Planejamento
de uso do solo
Requalificação urbana
Educação ambiental
Gestão participativa
de resíduos
Economia circular
Governança eficiente
Infraestrutura
cultural e turística
FOTOS
LEO
MUNHOZ/ND
Incentivo às bicicletas como meio de transporte e mais faixas exclusivas para ciclistas devem aumentar
Entre os temas fundamentais
que São José precisa e vai discutir
está o abastecimento de água,
que diz respeito também a
outros municípios de Grande
Florianópolis. Com a Capital, a
cidade deverá crescer a ponto
de ultrapassar a capacidade de
atendimento pelo rio Cubatão, hoje
o principal fornecedor da região.
“Em 2030, será preciso usar a
água do rio Tijucas para abastecer
as duas maiores cidades da área
metropolitana”, prevê o professor.
Outra demanda é a
macrodrenagem, para a retirada do
excesso de água do solo, problema
que potencializa os riscos de
alagamentos e o desmoronamento
de morros e encostas. Sem o
acúmulo de líquido em grandes
extensões de terra, os períodos de
chuvas intensas costumam trazer
problemas, especialmente para
moradores de áreas de risco. Galerias
precisam ser construídas para
absorver a água das enxurradas,
criando um sistema de drenagem
que previna as inundações. Não
são obras baratas, mas sem elas os
municípios continuarão a sofrer
com as enchentes e os temporais.
Abastecimento de água, uma preocupação
Dividido pela BR-101, município busca soluções para evitar os gargalos
Cuidado
com o
ambiente
Ainda distante de
muitos programas
de desenvolvimento,
a preservação
ambiental se impõe
como fator cada
vez mais presente
nas estratégias de
crescimento das
cidades brasileiras.
Uma das sugestões
do professor Neri
dos Santos é o
estímulo do poder
público à adoção de
energias renováveis
– solar, eólica e
de biomassa – em
edifícios públicos e
privados. Ele sugere,
por exemplo, a
instalação de painéis
solares em escolas,
hospitais e prédios
governamentais.
Além da economia,
essa iniciativa
geraria energia
limpa e serviria
de estímulo para
que a população
seguisse o exemplo
e adotasse o mesmo
comportamento.
Outra ação nesta
área pode ser
o reforço de
programas de coleta
seletiva, reciclagem e
compostagem, assim
como campanhas
de conscientização
sobre a importância
de reduzir o
desperdício e de
fazer o descarte
correto dos resíduos.
AÇÕES ESPECÍFICAS QUE PODEM SER IMPLEMENTADAS
DESENVOLVIMENTO
SUSTENTÁVEL:
Implantar um sistema de
abastecimento de água potável
e de rede de esgotamento
sanitário que atenda 100%
da população até 2050.
Investir em energias renováveis
e reduzir a dependência de
combustíveis fósseis.
Implementar políticas
de eficiência energética e
transporte público sustentável.
Promover práticas
agrícolas sustentáveis e
proteção ambiental.
INCLUSÃO SOCIAL:
Implementar programas
de capacitação e geração
de emprego.
Melhorar o acesso à educação
de qualidade para todos.
Promover a igualdade de
gênero e inclusão de minorias.
Implementar um sistema
de segurança pública e de
redução da criminalidade.
CULTURA E TURISMO:
Investir em infraestrutura
cultural e turística.
Incentivar a criação de
eventos e festivais culturais.
Valorizar a história
e cultura local.
GOVERNANÇA EFICIENTE:
Reforçar a transparência
e prestação de contas.
Fomentar a participação cidadã
e o diálogo com a sociedade civil.
Priorizar políticas de longo
prazo e planejamento estratégico.
Uma alternativa para resolver o
problema do transporte coletivo
não só em São José, mas na Grande
Florianópolis, é criar um sistema
que contemple toda a região. Esta
é a opinião do professor Neri.
Isoladamente, nenhuma cidade
poderá apontar soluções factíveis.
O transporte intermunicipal pede
corredores exclusivos para ônibus,
ligando a Capital com os demais
municípios e entre estes, uma vez que
muitas linhas não entram na Ilha.
Para Neri dos Santos, o futuro
será dos ônibus elétricos, menos
poluentes. Além dessa possibilidade,
que contempla a energia limpa,
outras soluções são possíveis,
algumas de longo prazo, integrando
os transportes coletivo, individual e
de cargas. É o caso do estímulo ao uso
da bicicleta, implantando ciclovias
seguras em pontos específicos.
Outras opções são as caronas
compartilhadas, inclusive de
bicicletas, e a criação de corredores
verdes, ou seja, parques lineares ao
longo de corredores de transporte.
“Isso proporcionaria a criação de
áreas de lazer e recreação e protegeria
habitats naturais e ecossistemas
adjacentes”, ressalta o professor.
Enquanto essas novidades
não vêm, uma saída de caráter
regional, abrangendo vários
municípios, é a integração de
modais de transporte, facilitando a
transferência entre ônibus, metrô,
bicicletas compartilhadas e outros
meios de transporte. Também
as tarifas seriam integradas,
facilitando a vida dos usuários.
Na visão do professor, aplicativos
móveis poderiam ser desenvolvidos
para oferecer informações sobre
opções de transporte público e
compartilhamento de viagens,
incluindo os táxis e caronas. Sistemas
de estacionamento inteligentes
seriam igualmente úteis, ajudando
os motoristas a encontrarem vagas
de forma rápida, o que reduziria
o tempo de procura por vagas e
o congestionamento das ruas.
Um sistema de transporte
inteligente também repassaria
informações em tempo real sobre
tráfego, condições climáticas,
horários de transporte público e
outros dados de grande valia para
quem está no trânsito. A instalação
de mais pontos de recarga em locais
estratégicos estimularia o uso de
veículos elétricos e híbridos. Esses
pontos teriam muita eficácia se
instalados em praças públicas e
centros comerciais, por exemplo.
“Ao adotar essas iniciativas,
São José poderia melhorar
significativamente a mobilidade
urbana de sua população, reduzindo
os congestionamentos, a poluição do
ar e os tempos de deslocamento, ao
mesmo tempo em que promoveria
um estilo de vida mais saudável
e sustentável para seus cidadãos,
posicionando-se como uma cidade
líder em digitalização, conectividade
e mobilidade urbana e promovendo
o desenvolvimento socioeconômico
de forma sustentável”,
finaliza o professor Neri.
Para onde caminha o transporte coletivo
Habitação social, uma
ideia para o futuro
No ano de 2050, São José e Florianópo-
lis terão mais de um milhão de habitantes,
daí a necessidade de planejar o crescimen-
to. “A partir daí, deve começar a diminuir”,
calcula o professor Neri dos Santos. Mas a
migração de brasileiros de todas as regiões
para São José é fenômeno corrente e que não
perderá força tão cedo. Premida por limita-
ções de ordem ambiental, a própria Capital
já vem transferindo moradores para o mu-
nicípio vizinho e isso vai se potencializar.
Como 39% do perímetro de São José corres-
pondem a áreas rurais, surge a oportunidade
para a criação de um cinturão verde de abaste-
cimento de toda a região, como já ocorre com
Antônio Carlos e Águas Mornas. “São José tem
a área mais densamente povoada e também a
mais densamente preservada”, diz o arquiteto
Ângelo Arruda. Isso abre também a possibi-
lidade de projetos turísticos, com empreen-
dimentos como pousadas e o turismo rural.
O adensamento populacional tende a tornar
a terra mais cara, o que aumenta os desa-
fios na área da moradia. “A habitação social
é uma saída para enfrentar esse problema”,
ressalta o professor Neri. Pequenos conjun-
tos habitacionais podem ajudar, reduzindo
o número de pessoas que precisam morar
longe do local de trabalho, porque não con-
seguem adquirir imóveis onde gostariam.
Isso também explica por que São José é a
segunda cidade mais verticalizada do Esta-
do, atrás apenas de Balneário Camboriú.
Transporte intermunicipal integrado e corredores exclusivos: necessidade
Professor Neri dos Santos pensa o futuro
18 segunda-feira, 18 de março de 2024
Quantum Engenharia vive São José muito
além da modernização da iluminação pública
Empresa tem sua matriz no município e mais de 30 anos de inserção na comunidade
com diversos projetos sociais, ambientais e culturais
FOTO
QUANTUM/DIVULGAÇÃO
ND
Ruas mais iluminadas e se-
guras à noite com uma luz
branca confortável aos olhos,
praças e parques mais bonitos
com iluminação cênica espe-
cial. Assim é a Beira-mar de
São José e centenas de outras
vias e espaços municipais, que
estão tendo a iluminação pú-
blica modernizada pela Quan-
tum Engenharia. Das cerca de
26.100 luminárias que com-
põem o parque de iluminação
pública josefense, 18.500 (71%)
já foram modernizadas para
LED, o que confere ar de mo-
dernidade à cidade, com mais
segurança, economia, beleza e
sustentabilidade.
Só em 2023 foram substituí-
das aproximadamente 5.500
luminárias equipadas com
lâmpada vapor metálica e va-
por de sódio por luminárias de
LED, nos bairros Distrito In-
dustrial, Flor De Nápoles, Praia
Comprida, Fazenda Santo An-
tônio, Ipiranga, São Luiz, Real
Parque, Roçado, Jardim Cidade
de Florianópolis e Potecas. E
tem muito mais trabalho para
2024, quando será moderni-
zada a iluminação pública em
outros bairros, como Areias,
Forquilhas, Potecas, Real Par-
que e Sertão do Maruim.
Conforme explica o diretor-
-presidente da Quantum, Gil-
berto Vieira Filho, trabalhar
com iluminação pública resul-
ta em vantagens significativas
aos cidadãos, turistas e em-
presários locais, abrangendo
segurança pública, conforto
urbano e eficiência econômica.
Açõessociaiseambientais
andamjuntas
Hortaparacolaboradores
ecomunidade
Eficiênciacom
economiae
segurança
Praça da Orla do Centro Histórico de São José
“A adoção de tecnologias como
LED prepara essas localidades
para o futuro. São José é um
grande exemplo de cidade que
está caminhando a passos lar-
gos para o rol das smart cities
(cidades inteligentes)”, sa-
lienta Gilberto.
A Quantum está há muito
tempo ligada à cidade, afi-
nal, é nela que mantém sua
matriz, com mais de 30 anos
de inserção na comunidade
com diversos projetos sociais
e ambientais, além de gerar
emprego e renda direta e in-
diretamente, mantendo 170
colaboradores alocados na
unidade.
Referência no setor de ilu-
minação pública com soluções
inovadoras e tecnologica-
mente avançadas, a Quantum
Engenharia instala lâmpadas
LED, que emitem luz branca
com índice de 70% da percep-
ção das cores, contra 30% das
lâmpadas comuns. Ou seja,
ampliam a visibilidade nos es-
paços, gerando mais seguran-
ça à noite.
Além disso, as lâmpadas
LED consomem 50% menos
energia elétrica do que as tra-
dicionais, duram cerca de 5x
mais e são ecologicamente
responsáveis, tendo 98% de
seus componentes reciclá-
veis, o que contribui para a
preservação ambiental. Tam-
bém não possuem elementos
tóxicos em sua composição,
ao contrário das lâmpadas de
descargas, que possuem mer-
cúrio, material altamente po-
luente e prejudicial à vida.
Conforme explica a ana-
lista ambiental da Quantum
Engenharia, engenheira am-
biental e sanitarista Amanda
Conrado, muito além do que
a tecnologia e as soluções de
engenharia elétrica pratica-
das pela Quantum está a preo-
cupação e a importância de
conduzir suas atividades prio-
rizando a sustentabilidade e
os desdobramentos quanto ao
meio ambiente, ao aspecto so-
cial e a transparência em seus
negócios, caracterizando am-
plamente a adoção dos princí-
pios ESG.
A Quantum Engenharia faz questão de participar das ações
realizadas nas cidades onde presta seus serviços, mantendo
constante preocupação pelo engajamento nas comunidades,
seja com ações ambientais, sociais e até culturais. Por exem-
plo, anualmente, participa de campanhas do agasalho e do
projeto “Eleve Sua Energia”, que leva música popular bra-
sileira e erudita para as ruas e praças, além de fazer doações
sistemáticas para ONGs e entidades assistenciais.
Além disso, mantém vários projetos de sustentabilida-
de, como a Central de Resíduos junto à Matriz, no Distrito
Industrial de São José, com protocolos legais de gestão de
resíduos sólidos, evitando impacto ambiental negativo e
promovendo a conscientização dos colaboradores com apli-
cação de um programa de coleta seletiva na rotina admi-
nistrativa. E mais: mantém ótimas parcerias com empresas
locais de reciclagem, o que também gera emprego e renda
especialmente para a população mais carente.
Outro exemplo de engajamento comunitário foi a ação
“Orla + Limpa”, realizada juntamente com a Prefeitura às
margens da Beira-Mar de São José em setembro de 2023,
para conscientizar a população sobre a responsabilidade
ambiental que cada um de nós possui em relação à região em
que vivemos.
“O ano de 2023 foi muito importante para a Quantum, pois
buscou ainda mais a implementação dos princípios e con-
ceitos de sustentabilidade em cada obra, processo, atividade
e parceria. Foi um ano em que o aprimoramento no geren-
ciamento de resíduos trouxe ainda mais impactos positivos
ambientais, sociais e econômicos, e no qual buscamos trazer
toda a equipe Quantum para movimentos em prol do meio
ambiente, social e governança, alcançando resultados posi-
tivos em relação à conscientização dos colaboradores”, frisa
a analista ambiental Amanda Conrado. “Com muitos obje-
tivos e metas alcançadas, conseguimos traçar um novo ce-
nário ainda maior e desafiador para o futuro sustentável do
Grupo Quantum”, conclui.
Unindo conceitos de reaproveitamento de restos de comida,
conscientização para preservação ambiental e cuidados para
uma vida mais saudável por meio de uma alimentação melhor,
a Quantum Engenharia implantou uma composteira na sua
matriz, no Distrito Industrial de São José. Mas a proposta de
reciclagem dos resíduos orgânicos evoluiu e virou uma horta
para os colaboradores, oferecendo saladas, temperos, chás e
frutas.
E agora está levando esse pensamento adiante. Neste mês de
fevereiro de 2024, a empresa formalizou uma parceria com a
Prefeitura de São José para ser uma das patrocinadoras na cria-
ção de uma Horta Solidária no bairro Lisboa. Serão aproxima-
damente 2.230 metros quadrados, com 25 canteiros - sendo 23
tradicionais e 2 com acessibilidade para cadeirantes e deficien-
tes visuais -, numa ação que beneficiará 50 famílias da região.
Horta para funcionários tem
verduras, chás e frutas
ÂNGELO MARCOS ARRUDA
Arquiteto e urbanista
22/23 segunda-feira, 18 de março de 2024
Uma cidade que tem
localização estratégica dentro da
região metropolitana, sendo o centro
geográfico dela; uma cidade que
ainda tem 39% do seu perímetro ur-
bano de 150 quilômetros quadrados
como área rural; que tem a ocupa-
ção espacial do seu território urbano
muito compacta formando uma
mancha urbanizada contínua, desde
a Ponta de Baixo, no extremo sul, até
a Serraria, no extremo norte; uma
cidade que cresceu 1.400% em 70
anos e nos últimos 22 anos ganhou
100 mil habitantes. Esses são alguns
dados do município de São José.
Cidade que tem nome de santo, o
pai de Jesus, só podia ser abençoada.
Segundo o IBGE, em 2022 tinha uma
população de 270.299 habitantes e
densidade urbana de 43 habitantes
por hectare, considerada boa, mas
ainda com espaços urbanos para
chegar a 120 hab/ha, que os espe-
cialistas veem como um número
excelente de qualidade de vida.
São José tem economia muito
diversificada, com atividades de
comércio, serviços, indústria (tec-
nologia, alimentos, farmacêutica,
metalmecânica, telecomunicações,
dentre outras), e nos últimos anos
tem se destacado por crescen-
tes taxas de reajuste de aluguel,
de busca por novas moradias.
E isso está no radar do novo
Plano Diretor e demais leis urba-
nísticas que se encontram, desde
dezembro de 2023, na Câmara
de Vereadores para aprovação.
Fundada em 19 de abril de 1750
por 182 açorianos, São José da Terra
Firme era ocupada por carijós e tem
uma linda história de urbanização.
Já foi entreposto comercial e seu
território ia até onde hoje se encon-
tra Lages. Em 1913 foi instalada a
Usina Hidrelétrica Gustavo Richard.
Aí começa a urbanização. Vem
a Colônia Santana em 1941, mas
em 1944 o município perde a hoje
parte continental de Florianópolis,
os bairros de Coqueiros e Estreito,
Ao mesmo tempo, se emancipam
os distritos que hoje são Palhoça,
Santo Amaro da Imperatriz e An-
gelina. Em 1950, segundo o IBGE, o
município tinha 22 mil habitantes,
saltando para 31 mil em 1960, 42 mil
em 1970 e progressivamente che-
gou a 270.299 habitantes em 2022,
um grande salto populacional.
Com Biguaçu, Palhoça e Floria-
nópolis, a população soma 1.106.838
habitantes, ou seja, uma metrópole
de verdade, com um território imenso
a ser desbravado e urbanizado.
O futuro é logo ali!
O QUE DIZEM AS NOVAS LEIS
As novas leis urbanísticas entregues ao Poder Legislativo em 2023
– Plano Diretor, Lei de Uso do Solo e de Parcelamento do Solo –
propõem novas diretrizes importantes. É o que se espera. Vejamos.
E em 2050, como será?
A projeção da população residente,
urbana e rural, elaborada para os Estu-
dos da Grande Florianópolis em abril de
2015, aponta que São José terá 393 mil
habitantes em 2050, mantidas as ten-
dências de crescimento dos últimos 30
anos, com alguma taxa de ponderação.
Essas mesmas projeções apontam que
os bairros de Serraria, Forquilhas e Bar-
reiros serão os mais populosos, com mais
de 100 mil pessoas na soma dos três.
A próxima década
São prioridades para os pró-
ximos dez anos: o Desenvol-
vimento Urbano, Transporte
e Mobilidade Urbana, Meio
Ambiente, Saneamento Básico,
Desenvolvimento Econômico,
Habitação e Regularização
Fundiária, Preservação e Con-
servação do Patrimônio Cul-
tural e a Política Municipal da
Paisagem e dos Espaços Livres.
a) uma cidade que crescerá para dentro das suas linhas
b) uma cidade que será o centro geoeconômico da RMF
c) uma cidade que precisa produzir moradias para todos os que chegam
d) uma cidade que precisa preservar seu meio ambiente e suas tradições
e) uma cidade que deve garantir a mobilidade interbairros
f) uma cidade aconchegante, empreendedora, cultural, conectada
e sustentável, inovadora e inteligente , tecnológica e planejada.
TRILHAS PRONTAS PARA O FUTURO
Com o planejamento urbano em leis aprovadas em 2024, vai ser preciso
um Instituto de Planejamento Urbano para estudar a cidade e acompanhar
seu desenvolvimento. Isso é uma prioridade institucional para tocar as
fases de projeto de urbanismo para a São José do Futuro. Nesse tempo,
o que acontecerá com São José e como o município chega em 2050:
I – são apresentados como
instrumentos urbanísticos
algumas inovações, como os
“incentivos urbanísticos” da
fruição pública, da fachada
ativa, do uso misto, da doação
da calçada, do embasamento
flexível e suas combinações...
II – a habitação de interesse
social, aquela compreendida
como destinada à população
com renda mensal familiar de
até cinco salários-mínimos,
fica autorizada em todo
o território municipal;
III – a nomenclatura das
macrozonas, zonas e áreas
de especial interesse foi
simplificada visando à
compreensão mais clara
de toda a população;
IV – houve ajustes no
desenho da macrozona e
do zoneamento na área de
entorno do entroncamento da
SC-281 e do contorno viário da
Grande Florianópolis, que, no
futuro, será um grande polo de
desenvolvimento do município;
V – ... criando uma área
de amortecimento de 300
metros de cada lado da
rodovia, para que tenha seu
ordenamento planejado.
ZONEAMENTO DO MUNICÍPIO DE SÃO JOSÉ
FONTE: PREFEITURA DE SÃO JOSÉ
FONTE: PREFEITURA DE SÃO JOSÉ
No
mapa, a
área verde
é zona
rural, a
cinza mista
rururbana,
roxa de
desenvol-
vimento
econômico
easdemais
de qualifi-
cação ur-
bana, com
a rosa, de
contenção
Dados do Censo 2022 do IBGE (Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística)
divulgados em fevereiro deste ano
revelaram que São José desponta como
a sétima cidade brasileira, e a segunda
catarinense, com maior número de
moradores em apartamentos. Isso
significa 41,05% da população.
Santa Catarina figura como um dos
Estados mais impactados com esta
mudança na configuração das moradias
urbanas, com quatro de suas cidades
entre as dez com maior percentual de
apartamentos no país. Balneário Camboriú
lidera o ranking catarinense, seguido
por São José, Itapema e Florianópolis.
“Essa verticalização é uma resposta
ao adensamento populacional,
principalmente nas áreas metropolitanas e
nos centros urbanos”, explicou o analista
da pesquisa, Bruno Perez, em reportagem
publicada em 29 de fevereiro no portal ND.
E uma das formas dos poderes
constituídos se prepararem para uma
expansão ainda maior da verticalização
está justamente no projeto do novo
Plano Diretor, atualmente em análise
na Câmara de Vereadores. Ele prevê
a construção de prédios com até 25
pavimentos em determinadas regiões.
Além do impacto social e urbano, a
verticalização também tem implicações
econômicas significativas. Em dezembro
de 2023, a cidade foi reconhecida com
a maior valorização de imóveis no
país, segundo o índice Fipezap+.
E a indústria da construção civil aposta
neste mercado enquanto muda a paisagem
urbana com seus empreendimentos,
alguns deles verdadeiras obras de
arte, onde uso de novas tecnologias se
une à busca de soluções de moradia e
trabalho que aliem a qualidade de vida
ao desenvolvimento sustentável.
A verticalização
surpreende e traz valorização
ao mercado da construção
Município tem entre suas
empresas mais expressivas
construtoras que surgiram
nas décadas de 1970 e 1980
e acompanham o bom
momento econômico com
tecnologias inovadoras
Para qualquer lugar que você olhar vai encontrar
prédios com marcas reconhecidas do mercado local
LEO
MUNHOZ/ND
Mais tecnologia, conforto e pelo menos 20 anos para crescer
Outra empresa cuja trajetória se
confunde com a história recente
da cidade é a AM Construções
e Incorporações. Há 45 anos a
empresa criada pelo empresário
Antonio Hillesheim ergue
prédios nas regiões de Campinas
e Kobrasol, embora também
tenha investido em Florianópolis
e Palhoça. São mais de 50
empreendimentos e 5.000 unidades.
No momento, quatro obras
estão em andamento no município
onde a empresa nasceu e tem
sua sede administrativa. “Todo
mundo quer morar bem, e no
Kobrasol e Campinas as pessoas
podem se deslocar a pé, chegando
rapidamente ao seu destino”,
diz o diretor comercial, Douglas
Hillesheim. Há comércio e serviços
à disposição e a avenida Beira-
Mar de São José oferece lazer às
famílias, o que funciona como um
atrativo a mais para quem deseja
morar ou investir na região.
Além do desejo crescente por
conforto e segurança, também a
agregação de novas tecnologias
elevou os custos dos imóveis. São
comodidades que têm a ver com
o uso de recursos eletrônicos de
acesso e espaços de lazer que
dispensam a necessidade de sair de
casa para ir a uma sauna ou jogar
com os amigos. A automatização
chegou para ficar e a opção
crescente pelo home-office criou
necessidades que as construtoras
estão tentando atender.
Com 130 funcionários fixos e 200
terceirizados, Douglas Hillesheim
entende que há ainda grande
potencial no ramo imobiliário
em São José, com crescimento
garantido pelos próximos 20
anos, pelo menos. Vê como uma
das tendências a substituição
de moradias unifamiliares
por prédios, especialmente
na região de Campinas.
Fenômeno proporciona surgimento de potências locais
Um fenômeno também identificado
em São José é que o boom econômico
impulsionado na década de 1980
proporcionou o surgimento de
empresas que estão crescendo
junto com a cidade. É o caso da RDO
Empreendimentos Imobiliários,
construtora familiar que concentra
seus negócios em São José e em
quatro décadas de trabalho entregou
70 obras, com mais de 4.000
apartamentos e 584 mil metros de
área construída. Uma potência que
teve origem na ousadia do patriarca
Osvaldo Deschamps, que com
três de seus oito filhos começou a
construir residências e hoje já conta
com a atuação dos netos, além de
empregar mais de 300 pessoas.
Hoje, os integrantes da segunda
geração (Nestor, Roberto e Odécio)
e cinco netos de Osvaldo dão
continuidade à saga dos pioneiros
e ajudam a construir a história de
uma das cidades que mais crescem
em Santa Catarina. “Estamos numa
área com acesso a tudo”, ressalta
Nestor Deschamps, um dos sócios-
proprietários. Ele também garante que
a qualidade dos empreendimentos
tem nível igual ou superior ao que
se vê na Ilha de Santa Catarina, com
a vantagem de serem, em média,
20% mais baratos. “Aqui há um
descolamento, uma independência
em relação a Florianópolis, em termos
de comércio, serviços, escolas e
universidades”, reforça a arquiteta
Luise Deschamps, integrante da
terceira geração da família na empresa.
Pensando no futuro, o empresário
entende que a cidade também precisa
resolver problemas pontuais, como
as calçadas irregulares, a falta de
ciclovias e o crescente número de
moradores de rua, além da opção
pelas moradias sociais, que já vêm
sendo adotadas por outras cidades.
R$ 7.030
É O VALOR ATINGIDO POR M2
NOS
IMÓVEIS NOVOS EM NOVEMBRO DE 2023
24 segunda-feira, 18 de março de 2024
Empresa josefense
entre as maiores
do país.
FOTOS
DIVULGAÇÃO/ND
Desde 1995, o grupo Liderança Serviços
têm uma relação de amor e respeito por
São José. A empresa de facilities nasceu
no município há quase 30 anos e desde
então, criou raízes nesta terra firme.
Maior empresa da região Sul em recei-
ta líquida e uma das maiores do país, a
Liderança oferece serviços relacionados
às atividades meio de seus mais de 1500
clientes em todo o Brasil, onde está po-
sicionada com o slogan “Compromisso
com seu bem-estar”.
Terceirizar os serviços complemen-
tares ao negócio principal das empresas
que atende é o objetivo, pois acredita que
se o empreendedor focar em seu negócio
e deixar a preocupação dos demais servi-
ços com quem entende do assunto, o ca-
minho para melhores resultados é muito
mais assertivo.
Especialistas
Tecnologia
ESGeoamorporSãoJosé
A equipe do grupo Liderança é constantemente qualificada e treina-
da, passando por reciclagens e com atendimento padronizado. Além
disso, cada cliente possui um cronograma de atividades, que é rigo-
rosamente seguido pelos colaboradores, que assim atuam nos postos
designados. Seja nas áreas de limpeza, segurança ou serviços de apoio
administrativo, logístico e operacional, o time do grupo Liderança está
Além do sistema de ponto de frequência com leitura de QRCode, o
grupo Liderança criou a LIA, a “Liderança Inteligência Artificial”, uma
atendente virtual que responde as principais questões de interesse dos
funcionários. A empresa também é especialista em gestão de contra-
tos à distância, embora conte com estruturas de filiais e escritórios em
todas os estados do país, que auxiliam na gestão dos cerca de 30 mil
colaboradores diretos.
O grupo Liderança possui um comitê
de ações de responsabilidade social des-
de 2016, buscando contribuir com a so-
ciedade e com a comunidade no entorno
da empresa. Nesses mais de 5 anos, ações
solidárias já ajudaram milhares de pes-
soas com alimentos, roupas e atendi-
mento em saúde. Além disso, alinhada às
práticas ESG, o meio ambiente também é
pauta. Rotinas de cuidados ambientais,
como a reciclagem dos papéis utilizados
pelos setores, recolhimento de tampi-
nhas plásticas e cuidados com o uso de
energia estão entre as principais ações.
Reconhecida pela permanente atenção
com clientes, colaboradores, fornecedo-
res e com toda a comunidade josefense,
o grupo Liderança reforça sua marca de
compromisso com o bem-estar de todos,
e de seu amor e cuidado com São José.
Grupo Liderança : atuação em todo país.
Grupo Liderança: líder em terceirização de serviços
Francisco Aguiar, Diretor Liderança Serviços Grupo Liderança: qualidade na prestação de serviços
26/27 segunda-feira, 18 de março de 2024
A inauguração de dezenas de obras que fa-
cilitam a mobilidade em São José juntamente
com a entrega de um conjunto residencial
e a UBS (Unidade Básica de Saúde) Santos
Saraiva (comunidade de mesmo nome que
fica no bairro São Luiz) marcam as come-
morações dos 274 anos do município.
A cidade está em pleno desenvolvimento
e com uma população crescente, conforme
o Censo 2022 do IBGE (Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística), que lhe conferiu
a quarta colocação entre as maiores cidades
de Santa Catarina, com 270.295 habitantes.
O prefeito Orvino Coelho (PSD) pre-
vê uma cidade que será cada vez melhor,
com o ordenamento de seu crescimen-
to em direção ao interior do município, a
partir da BR-101. Para isso, a prefeitura se
empenhou em preparar um Plano Diretor
que atenda à necessidade de dotar a cida-
de de uma legislação moderna e eficaz.
Em entrevista ao ND, Orvino destaca os
pontos de sua administração em um balanço
do que fez durante o seu mandato e o que
está planejado para o futuro. A mobilidade
urbana é a principal bandeira de administra-
ção, para que a cidade não pare no trânsito.
“Tenho a
esperança de uma
cidade ainda melhor”,
diz Orvino sobre
a São José de 2050
Enquanto aguarda a apreciação do novo
Plano Diretor pelos vereadores, o prefeito
destaca as obras implementadas para garantir
a mobilidade e o bom relacionamento que
mantém com os servidores públicos
Quais os desafios que sua ad-
ministração enfrenta e o que tem
sido feito para enfrentá-los?
Em toda grande cidade não é
diferente, e nas cidades antigas
o grande desafio é a mobilidade.
Foram fazendo loteamentos que
não ligam um com o outro e este
é o grande esforço que estamos
fazendo. A cidade está crescendo
do trevo da Forquilhinha para
dentro - hoje tem cerca de cem
mil pessoas lá - e isso causa
um transtorno louco. Para se
ter uma ideia, passam 60 mil
veículos/dia só na rua Verea-
dor Arthur Manoel Mariano.
Então estamos fazendo a Bei-
ra-Rio, que vai desafogar nove
bairros e facilitar a vida dessa
população. No bairro Serraria,
abrimos uma alça de contor-
no dali da rua Maria Oliveira
- que foi asfaltada -, seguimos
pela Milton Ferreira e abrimos
uma via entre a avenida Osval-
do José do Amaral, a popular
Avenida das Torres, para sair
na rua João José Martins, fa-
zendo uma rotatória em frente
à entrada do Jardim Botânico,
que hoje às seis horas da ma-
nhã, ou antes, já tem fila.
Também abrimos uma nova
avenida que liga o [loteamen-
to] Recanto da Natureza com o
Lisboa 1, que consequentemente
vai interligar cinco loteamentos:
o Recanto da Natureza, com o
Lisboa 1, Lisboa 2, o Los Ange-
les e o Vista Alegre. Chegando
aqui na Nova São José tem uma
avenida - a avenida Central -
que acaba num buraco. Nós a
estamos ligando com o Alto da
Colina, que vai sair no CTG e,
consequentemente, aprovei-
tar a ligação com a Beira-Rio.
Esse é o esforço para desafo-
gar, com uma ligação direta da
lateral da BR-101, ali por perto
do Golden Hotel até na SC-281,
isso vai dar mais celeridade,
mais mobilidade, que é o gran-
de o nosso grande desafio.
Na saúde ampliamos os horá-
rios de atendimento dos postos.
Na educação temos trabalhado
bastante para atender à de-
manda por vagas, que aumenta
a cada ano. O que não é possí-
vel atender na rede [pública]
é absorvido pelas parcerias
com as entidades. Então, en-
tendemos que a mobilidade é
o maior desafio e a maior ne-
cessidade que temos hoje.
Como o transporte coleti-
vo está sendo resolvido pela
sua gestão? E o transporte
marítimo é uma solução?
Esse é um dos grandes pro-
blemas da região, que é tratado
pelo governo do Estado, e temos
acompanhado pela associação
[Granfpolis – Associação dos
Municípios da Região da Grande
Florianópolis]. São José está no
coração, as empresas de ônibus
passam por aqui e é um proble-
ma que não é só nosso. Mesmo
Florianópolis pagando um subsí-
dio de mais de R$ 10 milhões por
mês tem problemas. Nós já apre-
sentamos um projeto na Câmara
de Vereadores para tentar fazer
uma parceria com as empresas e,
se for necessário, dar um subsí-
dio de até R$ 1,5 milhão por ano,
Prefeito Orvino Coelho de
Ávila destaca o esforço em
garantir a mobilidade enquanto
aguarda que a Câmara aprove
o novo Plano Diretor
São José é uma grande
cidade, uma cidade
acolhedora, que recebe a
todos nós e é por isso que
venho desprendendo tanto
esforço para resolver a
questão mobilidade... Então
espero que eles encontrem
uma cidade melhor.”
Eu prometi muita
vontade e trabalho e isso
não tem faltado, e a população
sabe disso. Tenho atendido as
categorias de funcionários da
prefeitura, que é o primeiro passo
de um bom atendimento.”
... nas cidades antigas o grande desafio é
a mobilidade. Foram fazendo loteamentos
que não ligam um com o outro e este é o
grande esforço que estamos fazendo.”
SECOM/PMSJ/ND
o que está dentro da reali-
dade, pois as nossas empre-
sas acabaram sucateadas.
Quanto ao transporte ma-
rítimo, Florianópolis, que
acho é a única capital com
essa condição de aproveitar
esse marzão que está aí e
até hoje não usa. Eu espero
que se resolva, mas desde o
meu tempo de Câmara eu já
ouvi tantas conversas, mas
espero que se materialize.
Sobre o Plano Diretor
de São José, que foi enca-
minhado para a Câmara
no fim do ano passado,
o que o senhor espera?
Eu espero que [o Pla-
no] volte o que foi para a
Câmara. Ele foi amplamente
discutido com a socieda-
de, foi amplamente tra-
balhado, houve inúmeras
ações, nós passamos por
todas as etapas, o Judi-
ciário acompanhou a par e
passo, as entidades, como
o Sinduscon, como o Crea.
Todas as entidades inte-
ressadas participaram das
audiências públicas, e era
o que a gente podia fazer.
O senhor conseguiu
cumprir os compromis-
sos assumidos na cam-
panha eleitoral?
Olha, quanto a isso estou
tranquilo. Eu prometi muito
pouca coisa, até porque não
se acredita em políticos, com
uma certa razão; e, segun-
do, é uma das únicas coisas
que você faz na vida em que
a experiência acaba não te
ajudando. Eu prometi muita
vontade e trabalho e isso não
tem faltado, e a população
sabe disso. Tenho atendido as
categorias de funcionários da
prefeitura, que é o primeiro
passo de um bom atendimen-
to. O servidor público que vai
receber a população tem que
estar minimamente motiva-
do, satisfeito e a gente tem
avançado aos poucos para que
se tenha uma equipe qualifi-
cada, uma equipe com von-
tade e isso nós temos feito.
Qual a São José que o se-
nhor espera que os seus netos
encontrem em 2050, quando
a cidade completar 300 anos?
Tenho a esperança de uma
cidade ainda melhor! São José
é uma grande cidade, uma
cidade acolhedora, que recebe
a todos nós e é por isso que
venho desprendendo tanto es-
forço para resolver a questão
mobilidade, para o ir e vir das
pessoas ficar mais fácil. Então
espero que eles encontrem
uma cidade melhor, eu que
acompanhei por tanto tempo
e vi o crescimento enorme
da cidade. Eu fui funcionário
da [loteadora] Kobrasol, que
implantou os bairros Kobra-
sol, Kobrasol 2, Floresta, ali
na região da Leoberto Leal,
então eu acompanhei todo
esse crescimento da cidade e
tenho certeza que vamos ter
uma São José muito melhor.
LEO
MUNHOZ/ND
Avenida Leoberto Leal, uma das vias mais movimentadas e acesso alternativo a Florianópolis
LEO
MUNHOZ/ND
Obra de nova via de acesso à avenida das Torres
está concluída e será inaugurada no sábado, dia 23
LEO
MUNHOZ/ND
Novas vias facilitarão acesso de moradores do Vista
Alegre, que será entregue no aniversário da cidade, dia 19
28 segunda-feira, 18 de março de 2024
FortAtacadistamovimenta economia
e impulsiona o desenvolvimento
de São José
Aocelebraroaniversáriodacidade,empresareafirmaseucompromissocomocrescimentolocal
e sustentável por meio de investimentos estratégicos e inovações ambientais
Neste aniversário de 274
anos de São José, o Fort Ataca-
dista se destaca pelo impulso
ao desenvolvimento econô-
mico e social da região. Des-
de a chegada da empresa no
município, em 2007, o Grupo
Pereira, originário de Santa
Catarina, reforça seu com-
promisso com o município,
onde tem hoje três unidades
em operação. “Chegamos na
década de 80 e há 17 anos es-
tabelecemos o Fort Atacadista
na cidade. Desde então, temos
crescido juntos” compartilha
Lucas Pereira, diretor do Gru-
po Pereira.
A empresa escolheu São José
para abrigar uma das princi-
pais lojas do grupo no Brasil,
além da sua central comercial,
investindo no crescimento,
desenvolvimento sustentá-
vel e potencial de São José. A
loja do bairro Areias, recen-
temente revitalizada, é con-
siderada a mais completa da
rede, oferecendo uma expe-
riência de compra diversifica-
da com restaurante, a maior
adega de vinhos da região, ca-
feteria, açougue e a Farmácia
SempreFort.
Já a unidade no Kobrasol
destaca-se por ser pioneira na
introdução de novidades, res-
saltando a importância de São
José para a inovação dentro
da empresa, ressalta Pereira.
Com mais de 100 mil clientes
atendidos mensalmente nas
unidades da cidade, o Fort
Atacadista tem movimentado
a economia local, hoje a quinta
maior de Santa Catarina.
O grupo também escolheu
São José para sediar seu es-
critório regional, responsável
pela gestão das operações do
Fort Atacadista em outros seis
Estados. “Empregamos mais
de 800 colaboradores diretos
em São José, reforçando nosso
papel como um dos principais
empregadores e promotores
do desenvolvimento local,”
acrescenta Lucas Pereira.
Grupopretendedobraratividades
nospróximoscincoanos
Olhando para o futuro, o Fort Atacadista tem planos ambiciosos.
“Nos últimos cinco anos, dobramos de tamanho e temos planos de
dobrar novamente nos próximos cinco. Até 2050 vamos investir
em várias cidades, e São José, sem dúvida, vai ser uma das que vai
continuar recebendo investimento do Grupo Pereira e do Fort Ata-
cadista, seja com inaugurações, modernização de lojas, novas ope-
rações complementando o mix de compra do cliente - tudo sempre
com o olhar no que o cliente necessita, seja para atender o seu lar
ou o seu negócio, seja como transformador ou como comerciante”,
prevê Lucas.
O objetivo é sempre atender às necessidades dos clientes, seja
para o consumo doméstico ou para negócios, adaptando-se às de-
mandas futuras e contribuindo para o crescimento sustentável de
São José.
“Com essas ações, o Grupo Pereira não apenas celebra o presente
de São José, mas também se compromete em continuar construin-
do um futuro próspero para a cidade”, acrescenta o empresário.
Fort Atacadista possui três unidades em São José,
sendo uma delas a central comercial da rede
Focoemaçõessustentáveis
A sustentabilidade é outra prioridade do grupo, que tem
adotado uma postura ativa em suas práticas ambientais, evi-
denciada pela implementação dos PEVs (Pontos de Entrega
Voluntária) de materiais recicláveis em várias de suas lo-
jas. As unidades localizadas em São José, Kobrasol, Palhoça,
Passa Vinte, São José Barreiros, Campeche e Biguaçu já con-
tam com estações de PEV, focando na coleta de embalagens
plásticas.
“A iniciativa reforça o compromisso do Fort com a im-
portância da responsabilidade ambiental ao facilitar para os
consumidores a prática da reciclagem e ao contribuir para a
diminuição do impacto ambiental dos resíduos plásticos”,
acrescenta o diretor.
Além disso, a estratégia adotada pelo Fort Atacadista em
relação à logística reversa possibilita uma abordagem holís-
tica para o desenvolvimento econômico e social sustentável.
Este conjunto de ações, destinado a facilitar a coleta e a reu-
tilização de resíduos sólidos recicláveis, reforça não apenas a
sustentabilidade ambiental, mas também promove benefí-
cios econômicos e sociais para as comunidades locais.
Ao devolver os materiais recicláveis aos comerciantes ou
distribuidores, os consumidores desempenham um papel
ativo neste ciclo virtuoso, apoiando diretamente as coo-
perativas locais e incentivando práticas de negócios mais
sustentáveis.
Diversidade
Ainda no quesito respon-
sabilidade social, em todas
as unidades de negócios do
Grupo Pereira há um atento
olhar para os mais diver-
sos públicos por parte do
time de Recursos Humanos,
para recrutar um time cada
vez mais plural. Só como
exemplo, o Grupo foi o pri-
meiro varejista brasileiro a
ser contemplado com o selo
CAFE (Certified Age Friendly
Employer), concedido pelo
norte-americano Age Frien-
dly Institute a empresas que
promovem a contratação
e retenção de funcionários
50+. Diferente do restan-
te do mercado nacional, em
que a média de contratação
de profissionais com mais de
50 anos é de 2 a 3%, nas lojas
do Fort Atacadista e demais
negócios do Grupo Pereira
esse percentual chega a 13%.
Além dos profissionais 50+,
também há uma atenção es-
pecial para dar oportunidade
para imigrantes.
Outro projeto que se des-
taca é o Troco Solidário, que
já beneficiou nos últimos 16
anos mais de 650 institui-
ções em todos os estados
em que o Grupo Pereira está
presente, destinando mais
de R$19 milhões, promo-
vendo a melhoria da quali-
dade de vida de milhares de
pessoas.
Para o futuro,
planos da
empresa são
de expansão e
investimentos
em São José
Lucas Pereira,
diretor do
Grupo Pereira
30 segunda-feira, 18 de março de 2024
CRESCER É GERAR OPORTUNI-
DADES, DIZ VEREADOR
Dentro de sua responsabilidade, a
Câmara de Vereadores tem participado de
discussões que envolvem o interesse dos
josefenses. As obras do Contorno Viário da
Grande Florianópolis, obra que poderá ter
grande impacto na mobilidade da região,
têm sido objeto de visitas e reuniões de
vereadores. Há também o cuidado de analisar
a execução de obras de infraestrutura
que encurtam distâncias e eliminam
gargalos entre os bairros do município.
A aprovação unânime do projeto
que institui o programa de internação
involuntária de dependentes químicos
teve grande repercussão no município,
porque leva em conta a multiplicação
dos moradores em situação de rua e
os riscos a que se submetem pelo uso
de substâncias perigosas à saúde.
Em relação ao futuro, o vereador está
convencido de que “o município está sendo
preparado” para as próximas décadas.
“Somos o centro estratégico da região e
devemos nos preparar para receber grandes
investimentos”, afirma. “A Prefeitura deve
ser encarada como uma empresa, sendo que
o cidadão é o seu maior cliente. Temos boas
escolas, clínicas, hospitais e universidades,
e somos uma cidade organizada, planejada,
com nível educacional acima da média no
Estado. Crescer é gerar oportunidades e
oferecer serviços de qualidade à população”.
O presidente da Câmara de Vereadores
de São José, Matson Luis Cé, coloca o
projeto do novo Plano Diretor como o
grande vetor de desenvolvimento do
município, porque vai dar diretrizes
definitivas para o uso da terra e ampliar
os gabaritos das edificações, de acordo
com critérios específicos para cada
área da cidade. O novo documento
também poderá elevar a arrecadação
municipal e atrair novos investidores,
seja na construção civil, seja no comércio,
seja na área de serviços. “Teremos
um ordenamento capaz de dar mais
segurança para todos”, afirma ele.
A discussão sobre o Plano Diretor
está em andamento, novas audiências
públicas serão realizadas e a previsão é
de que boa parte do ano de 2024 ainda
seja dedicada ao assunto, dentro e fora da
Câmara, por causa de prováveis emendas
que serão feitas pelos vereadores. Eles
também estão analisando os projetos
de parcelamento e de ordenamento do
uso e da ocupação do solo urbano no
município. Na prática, são três leis em
uma só, porque são interconectadas.
A expectativa do presidente é de que
até agosto tudo esteja concluído.
Além desse passo, São José executa no
momento obras estruturantes, como a
requalificação da avenida Leoberto Leal,
em Barreiros, a construção da avenida
Beira-Rio Forquilhas, que será conectada
com a rua Antônio Jovita Duarte, uma
das mais importantes da cidade, e dará
acesso direto à avenida das Torres. Já
a Beira-Rio terá conexão com a SC-
281, que leva ao interior do município
e se interligará com a via de Contorno
Viário, em fase final de implantação.
Com isso, as autoridades municipais
esperam que seja desafogado
parcialmente o trânsito local na BR-101,
cuja vocação é ser uma via urbana, sem o
tráfego pesado e a sobrecarga atual. Outro
projeto caro ao município será a Beira-
Mar de Barreiros, que se encontra em fase
de aprovação do financiamento externo.
Novas
condições para a cidade
crescer sem amarras
Um dos maiores desafios
do Legislativo josefense
neste ano está em
torno das discussões
e avaliações do novo
Plano Diretor, mas as
expectativas são positivas
Em 18 de dezembro do ano passado, prefeito Orvino entregou o novo projeto do Plano Diretor aos vereadores
CMSJ/DIVULGAÇÃO/ND
Soluções para o transporte
coletivo e a habitação
Entre os desafios a serem enfrentados com prioridade
pelo município estão a segurança, embora essa questão
diga mais respeito ao governo do Estado, e a saúde, que
conta com boa estrutura, mas tem demanda crescente
por conta da migração de famílias de outras regiões e
Estados para São José. Como o crescimento da população
provoca maior demanda por serviços públicos, o
Legislativo municipal tem oferecido assistência gratuita,
buscando uma aproximação com a população.
No transporte coletivo, as soluções passam por
ações integradas entre os municípios da Grande
Florianópolis, segundo o presidente da Câmara. Com
as dificuldades de obter consensos regionais, cada
cidade vem buscando alternativas próprias para
melhorar a qualidade dos serviços no setor. O vereador
Matson Cé defende que terminais sejam instalados
nos bairros, já que o projeto da Região Metropolitana
de Florianópolis, que poderia propor saídas para o
impasse, foi engavetado pelo governo estadual.
O município se ressente da falta de um programa de
habitação que reduza o custo da aquisição e aluguel
de imóveis, o que prejudica quem encontra trabalho
e precisa de um lugar para morar e, em algumas
regiões, acaba estimulando as invasões irregulares.
Presidente do
Legislativo,
Matson Luis Cé
acredita que
novo plano e
leis interligadas
sejam votados
até agosto
CMSJ/DIVULGAÇÃO/ND
SÃO JOSÉ 2050 OLHANDO PARA O FUTURONOS SEUS 300 ANOS
SÃO JOSÉ 2050 OLHANDO PARA O FUTURONOS SEUS 300 ANOS
SÃO JOSÉ 2050 OLHANDO PARA O FUTURONOS SEUS 300 ANOS
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SÃO JOSÉ 2050 OLHANDO PARA O FUTURONOS SEUS 300 ANOS

  • 1. Que cidade São José quer ser quando completar 300 anos? Com passado rico, parte de sua história e patrimônio preservados, e por anos considerado dormitório de Florianópolis, município assume o protagonismo como o 4º mais importante do Estado, com economia vibrante e ações que começam a desenhar a cidade do futuro, aquela que em 2050 será administrada pelas crianças e jovens de hoje Segunda-feira, 18 de março de 2024 FOTOS LEO MUNHOZ/ND PMSJ/DIVULGAÇÃO/ND
  • 2. FUNDADOR E PRESIDENTE EMÉRITO GRUPO ND E GRUPO RIC (IN MEMORIAM) Mário J. Gonzaga Petrelli PRESIDENTE GRUPO ND Marcello Corrêa Petrelli DIRETOR DE MERCADO Gilberto Kleinübing DIRETOR ADMINISTRATIVO E FINANCEIRO Albertino Zamarco Jr. DIRETOR DE PLANEJAMENTO Derly Massaud Anunciação DIRETOR OPERACIONAL Marcelo Campanholo DIRETOR DE CONTEÚDO Luís Meneghim DIRETOR REGIONAL FLORIANÓPOLIS Roberto Bertolin GERENTE COMERCIAL Andressa da Rosa Luz GERENTE DE ASSINATURA E OPERAÇÕES Catielle Parizotto EDITOR-CHEFE ND Rodrigo Lima EDIÇÃO Rosana Ritta REDAÇÃO Paulo Clóvis Schmitz José Carlos Sá REDAÇÃO PUBLIEDITORIAIS Patrícia Peron DIAGRAMAÇÃO Gil Jesus Elaine Coelho REVISÃO Angel Zamparette IMPRESSÃO Artes Gráficas Riosul Ltda UMA PUBLICAÇÃO DO GRUPO ND 2 segunda-feira, 18 de março de 2024 3/4/5 A saga iniciada por 182 casais de imigrantes açorianos na terra firme completa 274 anos Manufaturas, entreposto comercial e terminal portuário marcaram ciclos econômicos. 14/15 A São José que as novas gerações encontrarão em 2050 em números expressivos O potencial da 4ª cidade mais populosa e 5ª economia de SC pavimenta o futuro promissor. 16/17 Especialistas traçam ações para criar um ambiente favorável para os negócios e a qualidade de vida Curador do projeto São José 2050, do Grupo ND, Neri dos Santos, e arquiteto Ângelo Arruda 26/27 “Tenho a esperança de uma cidade ainda melhor.” Prefeito Orvino de Ávila foca na mobilidade e no novo Plano Diretor 36/37 Cultura, turismo e valiosos patrimônios Teatro mais antigo do Estado, o título de Capital das Louças de Barros, uma parte à beira- mar e outras preciosidades colocam cidade na rota turística. 30/32/33 Crescimento ordenado passa pelo Plano Diretor Interligado com leis de parcelamento e uso do solo, este projeto é o que mais desafia as lideranças locais, e deve ser votado até agosto. LEO MUNHOZ/ND
  • 3. No livro “São José da Terra Firme”, de 2007, Gilberto Gerlach e Osni Machado deixaram um legado histórico e iconográfico de altíssimo nível, onde se pode conhecer toda a trajetória do município da Grande Florianópolis, das origens aos dias atuais. Ainda que tenha havido tentativas de ocupação humana em séculos anteriores, o ano de 1750 é o marco da fundação da póvoa, após a chegada de 182 casais de açorianos, quando a capitania era governada pelo coronel Manoel Escudeiro Ferreira de Souza. O dia 19 de março daquele ano entrou para a história como o marco zero da história oficial da cidade, dando andamento a um processo que começou na Ilha de Santa Catarina em janeiro de 1748. Em 1751 já havia uma pequena capela no ponto onde hoje se encontra a igreja matriz e começou a emergir o cultivo do algodão e do linho, em especial na região do Roçado, com os produtores pioneiros montando pequenos teares. Uma provisão régia de 1756 elevou São José da Terra Firme à categoria de freguesia, com a subsequente criação do Distrito de Paz. A debandada de ilhéus acossados pelos espanhóis, que invadiram a Ilha em 1777, aumentou de forma aleatória a população da freguesia. Segundo o historiador Manoel Joaquim d’Almeida Coelho, na “pasmosa precipitação para a terra firme” a população assustada “abandonou seus domicílios e fortunas” e “foi fazer alto na margem esquerda do rio Cubatão”. Conta o autor que uma senhora, no desespero da fuga, chegou a esquecer na igreja local uma filha recém-nascida... A proibição, pela coroa portuguesa, em 1785, do funcionamento de fábricas e manufaturas (medida que atingiu todo o território brasileiro), num tempo em que havia 109 teares registrados, foi um baque para São José. Da fundação com 182 casais de açorianos ao fim das primeiras manufaturas De 1750, quando surgiu a póvoa que marca o início da história oficial do município, aos dias de hoje, de expansão imobiliária, São José passou por altos e baixos, perdeu grande extensão territorial e viu o número de habitantes crescer em progressão geométrica Em registro de 1926, a Igreja Matriz, no mesmo local onde em 1751 já tinha sido erguida uma capela REPRODUÇÃO/ND Desde a época dos carijós, um entreposto comercial importante Até o início do século 16, os ocupantes originários da região eram os índios guarani, que os europeus chamavam de carijós. Era um povo receptivo aos forasteiros, que vivia do que a natureza oferecia, mas que desapareceu após pouco mais de dois séculos de presença do homem branco – não apenas aqui, mas em todo o litoral do Estado. Desde muito cedo, nos primeiros anos de ocupação pelos europeus, São José foi um importante entreposto comercial, graças, especialmente, às condições favoráveis para a navegação e o transporte de mercadorias. A ocupação do território por imigrantes foi estimulada e patrocinada pela coroa portuguesa, interessada em impedir que os espanhóis, já presentes na bacia do rio da Prata, tomassem conta da região Sul do Brasil. Moradores do arquipélago português dos Açores, com problemas de abastecimento e vítimas de terremotos e epidemias, foram atraídos pela aventura de ocupar o Brasil meridional. Até então, o litoral contava apenas com os núcleos de São Francisco do Sul, Nossa Senhora do Desterro e Laguna. São José da Terra Firme recebeu 182 casais açorianos, em pouco tempo já contava com uma capela (1755), ganhou o título de freguesia e expandiu a ocupação pelo litoral e vale do rio Maruim. Baque com a perda do Estreito e do seu terminal portuário Palhoça se emancipou de São José em 1894, ficando com mais da metade do território josefense na época. Em 1913, foi ativada a primeira usina hidrelétrica de Santa Catarina, na região do Salto do Maruim, que abasteceu São José e Florianópolis até o início da década de 1970. O período de pujança travou a partir da década de 1930, quando o Vale do Itajaí tirou o protagonismo da região da Capital em termos comerciais e a opção pelo transporte rodoviário reduziu a importância da posição portuária de algumas cidades litorâneas. Quando, em 1944, o distrito de João Pessoa, atual Estreito, foi anexado a Florianópolis, São José perdeu parte de sua relevância, porque ali estava um terminal portuário muito ativo e um comércio igualmente próspero. segunda-feira, 18 de março de 2024 3
  • 4. O dilema entre subir a serra ou ficar perto do mar Depois do fechamento dos teares, uma das saídas para manter a economia ativa foi a exploração do vastíssimo território do continente, porque os limites da freguesia se estendiam do Estreito até os confins de Lages. Uma comitiva chefiada pelo alferes Antônio José da Costa partiu em janeiro de 1787 em direção ao Planalto serrano, chegando à vila fundada pelo paulista Correia Pinto dez anos antes. A ocupação humana ao longo da picada original aberta pelo alferes não avançou, porque os descendentes de açorianos preferiam ficar perto do mar, vivendo da pesca e do cultivo da mandioca, e por causa dos imensos riscos que implicava uma aventura pelo interior, seja por causa das feras, seja pela presença de indígenas em todo o trajeto. Com a construção de um caminho para o Planalto no fim do século 18, a freguesia se tornou um entreposto movimentado, porque tropeiros alimentavam o comércio de gado e as vantagens de atracação permitiam a comercialização de produtos a partir da orla de São José com outras partes do Estado e do país. Pessoas livres e escravizadas mantinham atividades agrícolas de Barreiros até a Ponta de Baixo. Em 1797, a freguesia de São José contava com 389 casas habitadas e uma população de 2.079 pessoas, incluindo 412 escravos – 14 deles já libertos. As migrações e a primeira expansão imobiliária A partir dos anos de 1950, São José começou a receber migrantes de outras regiões do Estado e também do Rio Grande do Sul. Foi quando surgiu a “cidade- dormitório”, fenômeno que tinha relação com o fato de muitas pessoas morarem na cidade e trabalharem na Ilha de Santa Catarina. A criação do distrito (hoje bairro) de Barreiros e a construção da BR- 101, já na década de 1960, mudam a configuração do município, com forte expansão imobiliária. Com as emancipações dos até então distritos de Angelina e Rancho Queimado, em 1961 e 1962, respectivamente, São José perdeu mais uma parte substancial de seu imenso território. Os loteamentos alteram a paisagem também em Campinas e Picadas. O conjunto habitacional Bela Vista foi um dos empreendimentos que ajudaram a mudar a paisagem da região. Mais tarde surgiu o conjunto habitacional Forquilhinhas e, quase ao mesmo tempo, onde operava o Aeroclube de Santa Catarina, emergiu o Kobrasol, por obra da iniciativa privada. Outros loteamentos foram implantados no entorno dos primeiros, formando os bairros Ipiranga, Serraria e Flor de Nápoles. A população pulou de 31 mil habitantes na década de 1960 para 97 mil nos anos 1980. Hoje, é o quarto município mais populoso do Estado, com mais de 270 mil habitantes, segundo o censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de 2022. Em foto de 1910, à direita, o solar da família Câmara, que em 1845 recebeu o baile da comitiva imperial Entrada da cidade em 1920, à direita, rua Juca Silva (hoje Vicente de Carvalho) com fundos para o teatro FOTOS REPRODUÇÃO/ND 4/5 segunda-feira, 18 de março de 2024 A volta dos anos de pujança A partir do começo do século 19, com a independência do Brasil, abriram-se as portas para a imigração, vivamente estimulada pelo governo imperial. Em 1829, famílias vindas da Alemanha ocuparam a colônia de São Pedro de Alcântara, mas parte do contingente original se manteve no Desterro e imediações. Os alemães, com dificuldades de adaptação em São Pedro, se espalharam pela região. São José, com destaque para a praia Comprida, voltou a crescer, com base na agricultura e no comércio. Após se envolver indiretamente na contenda que criou a República Juliana, São José recebeu a visita do imperador Dom Pedro 2º e da imperatriz Teresa Cristina, em 1845, a caminho de Caldas do Cubatão (depois Caldas da Imperatriz). O casal imperial fez doações em dinheiro para a Igreja Matriz e assistiu a uma corrida de cavalos e o lançamento de bois em Campinas. Com a província governada por Feliciano Nunes Pires, São José – declarada cidade em 4 de maio de 1856 – abarcava as freguesias de Garopaba, Santo Amaro do Cubatão e Palhoça e, depois, Águas Mornas. Antes disso, em 1854, foi inaugurado o Teatro Adolpho Mello, o mais antigo do Estado ainda em funcionamento. Àquela altura, São José exportava café, açúcar, tapioca, farinha de mandioca, lenha, cachaça, algodão, produtos de linho e de pesca. As olarias começaram a despontar e passaram a fornecer um novo item para venda na região e fora dela. As louças de barro se tornaram uma marca registrada da cidade nas décadas e séculos seguintes. Em 1866, a cidade contava com 20.602 habitantes.
  • 5. O que o futuro reserva para a São José de 2050? É esta resposta que o Grupo ND pretende buscar, dando um direcionamento com esta edição especial no momento em que o município comple- ta 274 anos. Antes vista mais como uma cidade-dormitó- rio cujos limites se confun- dem com os da exuberante capital catarinense, São José, também com sua porção à beira-mar, mas muito mais terra firme, é muito mais do que isso. E os números mos- tram que a jornada rumo aos 300 anos é promissora. Com seus mais de 270 mil habitantes, São José é o quarto município mais po- puloso de Santa Catarina, atrás de Joinville, Florianópolis e Blumenau. E também é o quar- to mais antiga do Estado, com uma história que em determi- nados momentos se confun- de com a de Santa Catarina. No quesito cidades mais ricas, figura em quinto lugar, com PIB (Produto Interno Bruto) de R$ 13,8 bilhões, segundo da- dos do censo de 2021, quan- do o mundo vivia em pande- mia. E este crescimento, ainda no momento pandêmico, foi surpreendentemente de 20% em relação a 2020. Embora o setor de serviços seja predo- minante, somando 57,2% do PIB, a indústria também reve- la sua versatilidade, com des- taque para a construção civil. O que a cidade perdeu em terri- tórios ao longo das décadas – e olha que não foi pouco, pois a área que se estendia até a Ser- ra catarinense foi reduzida em nada menos do que nove mu- nicípios. Hoje pertencentes à região da Grande Florianópolis, os até então distritos josefenses de Palhoça, Angelina, Rancho Queimado, Bom Retiro, San- to Amaro da Imperatriz, Garo- paba, Paulo Lopes, São Bonifácio e São Pedro de Alcântara foram gradualmente se emancipando. São José da Terra Firme, se- gundo conta a história, nasceu oficialmente como uma vila em uma serena e clara madrugada de março de 1750, com a che- gada de 182 casais vindos das ilhas açorianas de Graciosa, São Miguel e São Jorge, por deter- minação do rei Dom João 6º. Antes era habitada por indíge- nas em uma história da qual há raríssimos registros. A origem do seu nome se deve à data de fundação no Dia de São José, 19 de março, data em que os aço- rianos chegaram com o obje- tivo de defender a Terra Firme contra iminentes invasões de ingleses, franceses e espanhóis. Mais de um século depois dos açorianos, em 1856 foi a vez de 130 famílias de alemães che- garem. Eles se instalaram na região onde hoje se locali- za São Pedro de Alcântara. Ao longo de sua história recebeu a contribuição de várias cultu- ras, além dos indígenas nativos, da açoriana, negra, espanhola, francesa, árabe, entre outras. Onde hoje localiza-se o bair- ro Estreito, tempos atrás, eram terras josefenses, local onde ocorria o comércio bovino. No quesito empreendimentos, re- inventa-se desde sempre. O maior crescimento populacio- nal ocorreu nas décadas de 1970 e 1980, quando atraía as pes- soas por sua proximidade com a Capital. Foi nesta época que começaram a ser delineadas as suas próprias características. A população duplicou e as indús- trias começaram a se proliferar. O Centro Histórico ainda conser- va parte da história do muni- cípio, enquanto bairros como o cosmopolita Kobrasol dão à cidade o ar de modernida- de, com edificações mais altas e uma vida noturna agitada. Determinado a colaborar com o município e suas lideranças de poderes constituídos e em- presariais para este impor- tante passo rumo aos 300 anos, que serão comemo- rados em 2050, o Grupo ND mergulhou na história da cidade, valorizando sua cul- tura, suas tradições, e ouvin- do especialistas, que orien- tam os passos para que as crianças que hoje estão nas- cendo e as que ainda virão possam conviver em har- monia e com qualidade de vida alinhada aos avanços industriais e tecnológicos. O novo Plano Diretor, en- caminhado pela prefei- tura para apreciação dos vereadores, junto com leis de uso e de parcelamen- to do solo, é um dos maio- res desafios da atual adminis- tração, junto com as mudanças estruturais para garantir mo- bilidade, revela o atual pre- feito, que reserva as melhores expectativas para este futuro. E como uma espécie de presen- te para a cidade, o Grupo ND promove no dia de seu aniver- sário o seminário São José 2050, onde gestores e especialistas convidados discutirão e apon- tarão ideias para o desenvolvi- mento sustentável que os quase 400 mil habitantes prospecta- dos do ano 300 encontrarão. Esta edição traz também as histórias e ações de algumas das mais importantes corpo- rações do município, incluin- do a que figura em primeiro lugar no ranking das maio- res empresas do município. Um documento para ler, refletir e guardar em uma espécie de cáp- sula do tempo para ser confe- rido daqui a exatos 26 anos. Na praça Prefeito Arnoldo Souza, no Centro Histórico, o Monumento aos Açorianos São José da Terra Firme e sua promissora jornada rumo aos 300 EDITORIAL LEO MUNHOZ/ND
  • 6. 6 segunda-feira, 18 de março de 2024 Inovação impulsiona desenvolvimento de São José para o futuro Fundada há 48 anos, a Intelbras cresceu e evoluiu junto com a cidade de São José e hoje está presente em 98% dos municípios do Brasil com potencial de consumo de eletrônicos, além de exportar para diversos países da América Latina. FOTO QUANTUM/DIVULGAÇÃO ND São José cresce em popu- lação, no desempenho eco- nômico e hoje se destaca em Santa Catarina pela alta regularidade das vendas, empregos gerados e pelo ele- vado potencial de consumo. No último ano, o município contabilizou saldo positivo de 3089 novos postos de traba- lho. Na Grande Florianópolis, este é o 2º melhor desem- penho em termos absolutos. Apenas em fevereiro deste ano, 72 novas empresas se instalaram no município, 17 destas com atuação pela in- ternet. Em 2023, esse número foi de 1.129 empreendimentos. Uma das empresas que cola- bora para esses resultados no município e se sobressai nes- te cenário é a Intelbras. Fun- dada em 1976 por Diomício Freitas, o negócio tornou-se um símbolo do empreende- dorismo e da inovação tec- nológica, crescendo de uma empresa que desenvolveu a primeira central PABX com tecnologia nacional tornan- do-se referência em soluções de inteligência artificial apli- cadas em diversos segmentos. De suas seis unidades, duas estão localizadas em São José, incluindo a matriz. A Intel- bras não só consolidou sua presença no município, mas também contribuiu significa- Intelbrasnopilardaeducação Intelbras contribui para o desenvolvimento econômico e social do município e região tivamente para seu desenvol- vimento econômico e social. Olhando para o futuro, a In- telbras dedicará esforços não apenas com a expan- são dos negócios, mas com o crescimento sustentável e a responsabilidade social. A empresa planeja conti- nuar a trabalhar próxima de seus parceiros e clientes, desenvolvendo novos ne- gócios e trazendo tecnolo- gias avançadas ao mercado. A Intelbras intensifica ain- da seu engajamento com o avanço tecnológico e a capa- citação profissional por meio da sua academia de conheci- mento - Intelbras Itec, uma iniciativa estratégica volta- da a democratizar o aces- so à educação de qualidade no universo da tecnologia. Com uma oferta de 760 cursos gratuitos, tanto online quan- to presenciais, o programa se destina a capacitar desde in- divíduos no início de sua jor- nada tecnológica até aqueles em busca de aprofundamento em suas carreiras ou negócios. As trilhas de aprendizagem do programa são cuidadosamen- te elaboradas para abranger diversos níveis de expertise, promovendo uma experiên- cia de aprendizado prática e engajadora, e preparando os alunos para aplicarem ime- diatamente os conhecimen- tos adquiridos em novas iniciativas ou no aprimora- mento de serviços existentes. Nascida em São José há 48 anos, a Intelbras é hoje referência em tecnologia com soluções em inteligência artificial aplicadas em diversos segmentos OscursosdaIntelbrasItecpodemseracessados peloportalhttps://cursos.intelbras.com.br/ Empresa intensifica seu engajamento com o avanço tecnológico e a capacitação profissional Inovação impulsiona desenvolvimento de São José para o futuro Fundada há 48 anos, a Intelbras cresceu e evoluiu junto com a cidade de São José e hoje está presente em 98% dos municípios do Brasil com potencial de consumo de eletrônicos, além de exportar para diversos países da América Latina. FOTO QUANTUM/DIVULGAÇÃO ND São José cresce em popu- lação, no desempenho eco- nômico e hoje se destaca em Santa Catarina pela alta regularidade das vendas, empregos gerados e pelo ele- vado potencial de consumo. No último ano, o município contabilizou saldo positivo de 3089 novos postos de traba- lho. Na Grande Florianópolis, este é o 2º melhor desem- penho em termos absolutos. Apenas em fevereiro deste ano, 72 novas empresas se instalaram no município, 17 destas com atuação pela in- ternet. Em 2023, esse número foi de 1.129 empreendimentos. Uma das empresas que cola- bora para esses resultados no município e se sobressai nes- te cenário é a Intelbras. Fun- dada em 1976 por Diomício Freitas, o negócio tornou-se um símbolo do empreende- dorismo e da inovação tec- nológica, crescendo de uma empresa que desenvolveu a primeira central PABX com tecnologia nacional tornan- do-se referência em soluções de inteligência artificial apli- cadas em diversos segmentos. De suas seis unidades, duas estão localizadas em São José, incluindo a matriz. A Intel- bras não só consolidou sua presença no município, mas também contribuiu significa- Intelbrasnopilardaeducação Intelbras contribui para o desenvolvimento econômico e social do município e região tivamente para seu desenvol- vimento econômico e social. Olhando para o futuro, a In- telbras dedicará esforços não apenas com a expan- são dos negócios, mas com o crescimento sustentável e a responsabilidade social. A empresa planeja conti- nuar a trabalhar próxima de seus parceiros e clientes, desenvolvendo novos ne- gócios e trazendo tecnolo- gias avançadas ao mercado. A Intelbras intensifica ain- da seu engajamento com o avanço tecnológico e a capa- citação profissional por meio da sua academia de conheci- mento - Intelbras Itec, uma iniciativa estratégica volta- da a democratizar o aces- so à educação de qualidade no universo da tecnologia. Com uma oferta de 760 cursos gratuitos, tanto online quan- to presenciais, o programa se destina a capacitar desde in- divíduos no início de sua jor- nada tecnológica até aqueles em busca de aprofundamento em suas carreiras ou negócios. As trilhas de aprendizagem do programa são cuidadosamen- te elaboradas para abranger diversos níveis de expertise, promovendo uma experiên- cia de aprendizado prática e engajadora, e preparando os alunos para aplicarem ime- diatamente os conhecimen- tos adquiridos em novas iniciativas ou no aprimora- mento de serviços existentes. Nascida em São José há 48 anos, a Intelbras é hoje referência em tecnologia com soluções em inteligência artificial aplicadas em diversos segmentos OscursosdaIntelbrasItecpodemseracessados peloportalhttps://cursos.intelbras.com.br/ Empresa intensifica seu engajamento com o avanço tecnológico e a capacitação profissional
  • 7. REPRODUÇÃO/ND 8 segunda-feira, 18 de março de 2024 Linha do tempo 1549 Ano em que teria fundeado no porto de Vera ou Yurú-Mirim (depois conhecido como Maruim) o navegador Hans Staden. 1666 a 1692 Casais de açorianos migram para o Desterro e São José da Terra Firme, nas primeiras tentativas de colonização por moradores do arquipélago português. 1750 Fundação da póvoa, composta por 182 casais de açorianos da terceira leva de imigrantes. 1756 São José é elevada à categoria de freguesia. 1787 Primeira tentativa de criar uma ligação rodoviária com o Planalto catarinense, a cargo do alferes Antônio José da Costa. 1815 É anunciada a descoberta de águas termais nas alturas do rio Cubatão, em área que pertencia então a São José. 1820 De passagem pela região do Desterro, o célebre botânico francês Auguste de Saint-Hilaire descreve o fabrico de louças de barro na Ponta de Baixo. 1826 O pintor francês Jean-Baptiste Debret, que teria sido membro da comitiva de Dom Pedro 1º em viagem do Sul do país, deixa três aquarelas sobre São José, incluindo um panorama que mostra o monte Cambirela, a Ponta de Baixo, o largo da Matriz e a Praia Comprida. 1829 Fundação da primeira colônia alemã em SC, denominada São Pedro de Alcântara, em homenagem a D. Pedro 1º. 1833 São José passa de freguesia para vila e são instaladas a Câmara Municipal e a comarca. 1840 É construída a Bica da Carioca (que existe até hoje), utilizada para fornecer água potável aos moradores e facilitar o trabalho das lavadeiras da região. 1845 A caminho das Caldas, D. Pedro 2º e a imperatriz Teresa Cristina passam por São José, onde participam de solenidades e são alvos de homenagens. 1852 Chega da Bahia a imagem do Senhor do Bonfim, venerado pela população e cuja capela permanece de pé até hoje. 1854 Atendendo a uma demanda por apresentações cênicas, inicia a construção do Theatro Municipal de São José (inaugurado em 1856), que hoje leva o nome de Teatro Adolpho Mello. 1882 O distrito de Palhoça é elevado à categoria de freguesia. 1883 São José festeja o anúncio da construção da Estrada de Ferro D. Pedro 1º, que ligaria o litoral catarinense a Porto Alegre; o projeto nunca foi executado. 1893 São José adere à Revolução Federalista, em oposição ao governo de Floriano Peixoto. 1903 Plantio de 12 palmeiras imperiais no Largo da Matriz; parte delas permanece no local até hoje. 1910 Surge a sociedade Liga Josephense, com ampla programação cultural, festas religiosas e, mais tarde, fazendo exibições cinematográficas e eventos. 1913 Surge o primeiro jornalzinho impresso, “O Astro”, de circulação semanal. No mesmo ano é fundado o Clube Recreativo 1º de Junho, num sobrado da praça central, e é inaugurado o serviço de luz elétrica na cidade. 1927 Inauguração do Mercado. 1929 São Pedro de Alcântara, ainda pertencente a São José, festeja o centenário da colonização alemã. 1938 É fundado o Ipiranga Futebol Clube, um dos mais importantes clubes da história de São José (desativado na década de 1980). 1950 Comemora 200 anos de fundação. 1994/95 Desmembrado de São José, São Pedro de Alcântara torna-se município, reduzindo a menos da metade (114,7 k2) a área de São José. 2001 O antigo prédio da prefeitura passa a abrigar a Câmara de Vereadores. Inicia a construção da avenida das Torres e da Beira- Mar de São José, vias de acesso mais amplas e rápidas que tornaram o trânsito mais flexível. 2004/2005 Revisão do Plano Diretor de 1985. 2005 Criação da USJ (Universidade de São José). O município tomba o Teatro Adolpho Mello, a antiga Casa de Câmara e Cadeia, o casarão do Clube 1° de Junho, o casarão do Arquivo Histórico, a capela de Nosso Senhor do Bonfim, a igreja e o cemitério de Nosso Senhor Bom Jesus dos Passos, a igreja de Nossa Senhora de Fátima e Santa Filomena, casarios, a Bica da Carioca e o tanque de lavação de roupas, a olaria da Escola de Oleiros, a antiga ponte sobre o rio Maruim, o Museu da Família Koerich no Sertão do Maruim e o complexo da Usina do Sertão do Maruim. Tomada do Morro do Bomfim, no início dos anos 1900. Ao fundo, à esq. a baía Sul; e à dir., o Pico do Cambirela
  • 8. 10 segunda-feira, 18 de março de 2024 SãoJosé cresceeavançacom inovação e desenvolvimento sustentável Rumo ao tricentenário do município, a AEMFLO e CDL-SJ renovam seu compromisso com um futuro próspero para a cidade FOTO DIVULGAÇÃO/ND Promover o desenvolvi- mento sustentável, investir em infraestrutura, educação de qualidade, saúde e quali- ficação profissional são algu- mas frentes em que a AEMFLO (Associação Empresarial da Região Metropolitana de Flo- rianópolis) e a CDL-SJ (Câ- mara de Dirigentes Lojistas de São José) atuam para promo- ver o desenvolvimento e cres- cimento de São José. “Estamos comprometidos em liderar a cidade rumo a um futuro próspero, sustentável e inovador,” ressalta o pre- sidente da AEMFLO e da CDL São José, Gilberto João Rech. “Nossa meta é garantir que o crescimento econômico da ci- dade caminhe lado a lado com a preservação ambiental e a inclusão social”, acrescenta. São José é hoje uma potên- cia, um dos municípios que mais crescem e geram empre- gos no Estado. Segundo dados do Censo 2022, do IBGE (Ins- tituto Brasileiro de Geogra- fia e Estatística), o município está na quarta posição entre os mais populosos do Estado, com 270.295 habitantes. A cidade conta também com 55.487 empresas ativas, se- gundo os dados do Observató- rio Jucesc, da Junta Comercial do Estado de Santa Catarina. É a quinta cidade catarinen- se com o maior número de negócios. Para as entidades, um dos fatores que contribui para es- Expansãourbanadeforma consciente Investimentoem infraestruturaurbana Educação dequalidade Entre as ações estabelecidas pelas entidades para cum- prir estes objetivos e estimular ainda mais o crescimento do município, destaca-se o fomento à sustentabilidade e à inovação. As entidades estimulam ecossistemas de inovação, atraindo empresas de tecnologia, startups e promovendo a digitalização dos serviços públicos. “Pla- nejamos a expansão urbana de maneira consciente, promovendo o uso de tecnologias limpas e a adoção de práticas sustentáveis,” explica Rech. As iniciativas, esclarece a AEMFLO/CDL-SJ, visam não apenas proteger o meio ambiente, mas também assegu- rar qualidade de vida para as futuras gerações. A AEMFLO e a CDL São José estão comprometidas com o desenvolvimento sustentável, atuando decisivamente para planejar a expansão urbana de maneira responsável e am- bientalmente consciente. Este compromisso se traduz em esforços multifacetados para promover a preservação am- biental e o uso eficiente dos recursos naturais, essenciais para o bem-estar da comunidade. Investimentos significativos, apontam as entidades, são necessários para melhorar a infraestrutura urbana, incluin- do a expansão de vias eficientes, o desenvolvimento de um transporte público mais acessível e sustentável, a implemen- tação de soluções de saneamento básico avançadas e a adoção de tecnologias urbanas inovadoras. “Estas iniciativas não somente pretendem aprimorar a qualidade de vida dos cidadãos de São José, mas também ga- rantir que o crescimento da cidade ocorra de forma equili- brada, assegurando um futuro próspero e sustentável para as geraçõesatuaisefuturas”,explicaopresidentedasentidades. A educação de quali- dade é outro pilar fun- damental para a visão de futuro da Aemflo e da CDL-SJ. “Consideramos a educação a chave para um futuro promissor. In- vestimos na capacitação profissional, tanto para a reciclagem quanto a for- mação de líderes, para preparar nossa comuni- dade para o novo mer- cado de trabalho que se projeta”, salienta Gilber- to Rech. O apoio ao empreende- dorismo local, com ênfa- se na economia criativa, é uma das estratégias para diversificar a economia de São José e estimular a geração de empregos. “Por meio do Programa Empreender e dos Nú- cleos Empresariais, por exemplo, estimulamos a colaboração entre os empresários, fortale- cendo o tecido econômi- co da cidade,” destaca o presidente. A saúde pública tam- bém ocupa um lugar cen- tral nesta visão de futuro, assim como a qualidade de vida e o investimento em cultura e lazer. Para Rech, a colabo- ração entre os setores público e privado e a go- vernança participativa, são fundamentais para o sucesso das iniciativas de desenvolvimento. “Par- cerias público-privadas são o motor que impul- siona a inovação e o de- senvolvimento em nossa cidade. Promover a par- ticipação ativa dos cida- dãos nas decisões locais é também essencial para uma gestão transparen- te e responsiva”, afirma o presidente. “Isso as- segura que nossas ações estejam alinhadas com as necessidades reais da co- munidade”, conclui Gil- berto Rech. AEMFLO e CDL São José: atuação em diversas frentes no município tes resultados é a localização privilegiada no litoral catari- nense, que atrai uma série de pessoas para a região. Além disso, a cidade compõe a região metropolitana e está próxima de portos e aeroportos. “São José tem no povo trabalhador uma de suas principais virtu- des. As empresas se instalam aqui com o intuito de unir a facilidade logística e o acesso a diversificada mão de obra. Todos esses elementos fazem de São José uma das mais mais destacadas em termos de de- senvolvimento econômico do Estado”, afirma Rech. Gilberto João Rech, presidente AEMFLO E CDL-SJ
  • 9. 12 segunda-feira, 18 de março de 2024 Quatro décadas construindo o sonho de morar bem Fundada em 1983, a RDO tem sido uma peça fundamental no desenvolvimento urbano e na verticalização do município FOTOS DIVULGAÇÃO/ND São 40 anos de uma história marcada pelo desenvolvimen- to e pela inovação em São José, cidade que tem acompanhado de perto a trajetória de suces- so da RDO. Com as segunda e terceira gerações atuantes, a empresa familiar possui 70 empreendimentos em seu his- tórico de entregas pontuais, sendo 40 distribuídos pelos bairros Kobrasol, Campinas, Barreiros e Floresta, e apro- ximadamente 2.500 unida- des familiares contempladas nestas mesmas regiões. Com sede na rua Koesa, a empresa que nasceu na avenida Lédio João Martins, acompanhou de perto o crescimento da ci- dade e a evolução das opções de moradia, e hoje possui um rico portfólio de imóveis, com apartamentos de diferentes configurações. A posição estratégica de São José, situada entre a capital catarinense e as principais vias rodoviárias, tem contri- buído significativamente para a valorização imobiliária e atração de novos residentes. Atualmente, São José abri- ga aproximadamente 270 mil habitantes, com 40% dessa população residindo em pré- dios. A demanda por moradias que combinem comodidade RDOImpulsionaInovaçãoe SustentabilidadeemSãoJosé Com uma visão de futuro focada na inovação e no uso das mais recentes tecnologias, a RDO tem se destacado no setor da construção civil em São José, investindo não apenas em ampliar a qualidade das obras, mas também em construir novos padrões para o mercado imobiliário. “Nosso compro- misso com inovação é a chave para construirmos o futuro da construção civil na região”, destaca Roberto Deschamps, diretor presidente da RDO. “Estamos empenhados em intro- duzir soluções que não apenas melhorem a eficiência e sus- tentabilidade de nossos projetos, mas também enriqueçam a qualidade de vida dos nossos clientes.” Essas ações possibilitam à RDO criar uma sinergia úni- ca entre tradição e modernidade, enquanto se posiciona na vanguarda das tendências do setor. Com o auxílio de uma forte rede de fornecedores e prestadores de serviços, a em- presa também movimenta a economia local e é uma forte geradora de empregos no município. e acessibilidade direciona o crescimento da cidade, com destaque aos bairros Kobrasol e Campinas pela ampla oferta de serviços essenciais, além de opções de lazer, cultura e entretenimento. “A qualidade dos empreen- dimentos aqui da região tem nível igual ou superior ao que se vê na ilha de Santa Catarina, um melhor custo x benefício”, afirma Nestor Deschamps, sócio-proprietário e integran- te da segunda geração atuan- te da empresa.“Aqui há um descolamento, uma indepen- dência, em relação à Florianó- polis, em termos de comércio, serviços, escolas e universida- A RDO optou por investir em uma região com grande potencial de expansão e cada vez mais verticalizada Portfólioparatodosospúblicos Com quatro empreendimen- tos em obras na cidade, o úl- timo lançamento da empresa ocorrido em Outubro/23 aten- deu um novo estilo de moradia, os apartamentos “studios”. O Rivière Pétrusse Home Studios “foi um sucesso absoluto de vendas, que superou as nos- sas expectativas”, diz Nestor Deschamps. A empresa iden- tificou neste lançamento, uma demanda que o próprio bairro do Kobrasol apresentava e que tem a ver com o perfil e estilo de vida de uma parcela dos no- vos compradores e moradores. Desta forma, a empresa ofe- rece um vasto portfólio de produtos para atender as mais diferentes necessidades das fa- mílias, ou seja de prédios com studios de metragens meno- res a unidades com dois e três dormitórios, uma, duas ou três suítes em condomínios igual- mente completos de lazer, di- versas comodidades e opções de plantas, além das localiza- ções para você bem viver São José. O Ville de Luxembourg, lo- calizado na Rua Brasilpinho, com uma fachada imponente e requintada, é uma referência na região. Entregue em 2022, possui quatro apartamentos por andar, com unidades de três suítes, uma área de lazer completa com piscina aqueci- da e facilidades para uma vida repleta de exclusividade e qua- lidade de vida. Dada a complexidade do mer- cado imobiliário, estar aten- to a estas demandas tornam o próprio negócio mais atrativo. Para isso, a empresa pesquisa novas tendências e acompanha eventos, mesmo sabendo que do projeto à conclusão de uma obra, um período médio de cin- co anos, muita coisa acontece na área da construção. Neste sentido, a experiência dos três irmãos sócios ganha com a curiosidade e a ousadia da nova geração da família. Hoje, as áreas comuns dos prédios possuem novas confi- gurações, como espaço busi- ness, mercadinho, espaço pet e outras comodidades que faci- litam a vida das pessoas, além de tecnologias que aumentam a segurança e o conforto dos moradores. Em todos os proje- tos há também o cuidado com práticas ambientalmente po- sitivas, como a eficiência ener- gética e o aproveitamento da água da chuva. Riqueza nos detalhes e excelência no padrão destacam o empreendimento Ville de Luxembourg no município “Nós trabalhamos para gerar satisfação nas pessoas, o que também nos satisfaz. Queremos que realizem seus sonhos. Nos sentimos privilegiados em proporcionar isso a elas”. Nestor Deschamps, empresário São José - Em obras: Rivière Pétrusse Home Studios – Kobrasol Lyon Residence – Kobrasol | 2 e 3 dorm sendo 1, 2 ou 3 suítes Saint Michel Residence – Kobrasol | 2 dorm sendo 1 ou 2 suítes Trémont Residence – Floresta | 2 e 3 dorm sendo 1 suíte São José – Prontos para morar: Vancouver Residencial – Kobrasol | 2 e 3 dom sendo 1 ou 2 suítes Ville de Luxembourg – Kobrasol | 3 suítes Áster Residence – Kobrasol | studios e 2 dorm sendo 1 suíte Conheça nosso portfólio e as diferentes opções de localizações do seu novo imóvel, acesse rdo.com.br Acompanhe as novidades @rdoempreendimentos des”, reforça a arquiteta Luise Deschamps, integrante da ter- ceira geração da família que conduz a empresa. A escolha de São José como um dos municípios catari- nenses de maior crescimen- to e geração de empregos se deve, em grande parte, às oportunidades que a cidade oferece em diversos setores da economia. “A cadeia pro- dutiva de São José é rica e diversificada, e na construção civil isso não é diferente. Ge- ramos cerca de 300 empregos diretos e muitos mais indire- tos, contribuindo para o dina- mismo econômico da cidade,” afirma a empresa.
  • 10. 14/15 segunda-feira, 18 de março de 2024 Município em expansão já planeja a vida de quem ainda nem nasceu Aliado aos desafios da cidade que desponta como uma das maiores de Santa Catarina, o Grupo ND preparou cobertura especial e um seminário onde lideranças políticas, empresariais e até um futurista discutirão a São José de 2050 270.299 habitantes segundo o Censo do IBGE de 2022 4º município mais populoso do Estado R$ 54.544,43 é a renda per capita no município, mais do que o dobro de uma dé- cada atrás, quando era R$ 24.299 5ª maior economia de Santa Catarina 46.875 empresas ativas segundo dados atualiza- dos em fevereiro deste ano 3º maior gerador de empregos em Santa Catarina em 2021 + de 10.000 novas empresas criadas em 2023 78 mil pessoas trabalham no setor de serviços, segundo dados atuais do Caged 27 mil trabalham no comércio 13 mil trabalham na indústria 7ª cidade brasileira em verticalização 2ª cidade catarinense em verticalização, perden- do para Balneário Camboriú 41,05% da população mora em prédios SÃO JOSÉ EM NÚMEROS São José está completando 274 anos como cidade, teve uma im- portância que rivalizou com a ca- pital Desterro, hoje Florianópolis, em determinados momentos de sua história, viu parte de seu território transferido para a vizinha políti- ca e economicamente poderosa na década de 1940 e agora vem ga- nhando cada vez mais protagonismo como polo geográfico da região. Nas últimas décadas, evoluiu de uma cidade-dormitório onde mora- vam milhares de pessoas que tra- balhavam no outro lado das pontes para um lugar empreendedor, com vida social e econômica própria, que cresce em ritmo acelerado e já ostenta a posição de quinta econo- mia do Estado de Santa Catarina. Como as transformações são hoje muito mais rápidas e os desafios se acumulam na mesma proporção, o que o Grupo ND propõe é a discus- são sobre o futuro, que é gestado no presente. O que será, ou o que quer ser, São José em 2050, quando o município vai completar 300 anos? A resposta pode ser dada pelos pla- nejadores, porém é comum as ges- tões públicas pensarem apenas nas ações de curto prazo. São José foge a essa regra, porque para todos os lados que se olhe é possível ver obras estruturantes mudando a configura- ção da cidade. São investimentos em infraestrutura, educação, tecnologia e inovação, sustentabilidade, saú- de e segurança, turismo e cultura. Se o município tem números pu- jantes, empresas fortes e uma grande vocação empreendedora, um dos de- safios a serem superados é fazer com que a população e as lideranças polí- ticas e empresariais tenham uma no- ção mais precisa do poderio da cidade. Diante do tamanho e da importância de Florianópolis, que também cresceu de forma inédita de meio século para cá, muitos moradores ainda conside- ram São José um apêndice da Capital. Há motivos para tudo ser diferen- te. Além dos fatores acima citados, o comércio do município é forte, existem empresas de grande porte (convivendo com milhares de pe- quenos e médios negócios), bons investimentos públicos, condições logísticas melhores que nas cida- des vizinhas e segurança jurídica para empreender e fazer negócios. Com população de 270.299 ha- bitantes, segundo o Censo do IBGE de 2022, São José viu crescer a ren- da per capita de R$ 24.299 para R$ 54.544,43 em uma década. Quinta maior economia de Santa Catari- na, o município foi o terceiro maior gerador de empregos em Santa Catarina no ano de 2021. Em 2023, mais de 10 mil novas empresas – de todos os portes – foram criadas.
  • 11. COISAS QUE ORGULHAM SÃO JOSÉ RANKING DAS 15 MAIORES EMPRESAS 1 – Intelbras A maior empresa do município ocupa com folga a 1ª colocação nesta lista, pois seu capital é mais do que o triplo da segunda colocada 2 - Empresas Cassol Participações S.A 3 - Sirona Dental Ltda 4 - Empreendimentos Imobiliários Zita S/A 5 - Dental Speed Graph 6 - Kayros Mining And Agrobusines Company 7 – Baobá Participações Societárias Ltda 8 – Jatobá Participações Societárias Ltda 9 - C - Pack Creative Packaging S/A 10 - EQS Engenharia 11 - Pamela Lopes Marques Grimm 12 - J.N.S Empreendimentos Imobiliários e Participações Ltda 13 - Calcred S.A. Crédito, Financiamento e Investimento 14 - Casas da Água 15 - Kobrasol Empreendimentos Imobiliários Ltda Grupo ND, parceiro nessa empreitada Com uma pauta propositiva, o projeto São José 2050 busca sugerir caminhos e possibilidades para as próximas duas décadas e meia, até quando o município completar 300 anos. Um instrumento para isso é o seminário marcado para este dia 18, véspera do 274º aniversá- rio da cidade, na sede da Aemflo e CD, com lideranças do município e espe- cialistas de diferentes segmentos. A NDTV – Record produziu dez epi- sódios exibidos no programa “Balanço Geral” que falam da história de São José, das etapas que marcaram seu desen- volvimento e do que o município pre- cisa fazer nos próximos 26 anos, até completar seu 300º aniversário. Esse conteúdo foi disponibilizado no por- tal de notícias online do grupo, e no dia do aniversário, 19 de março, o “Ba- lanço Geral” terá transmissão ao vivo direto da praça do Centro Histórico. Um passeio ciclístico foi realizado na semana que antecedeu o aniversá- rio, percorrendo o Centro Histórico e a avenida Beira-Mar (com ida e volta), e o projeto Música nas Igrejas, que fez grande sucesso em 2023 em Floria- nópolis, foi trazido para São José. BICA DA CARIOCA Construída em 1840 pela Câmara Municipal, foi durante muitas décadas a principal fonte de fornecimento de água para a população e funcionava como um ponto de encontro dos moradores do Centro Histórico. Também era onde os chamados aguaceiros, que circulavam com suas carroças e animais, pegavam água para distribuir aos moradores. GILBERTO GERLACH E OSNI MACHADO O escritor e historiador Osni Machado (foto) é uma das figuras mais conhecidas de São José, com vários livros publicados e um grande acervo de livros, fotos e documentos sobre a história da cidade. Outro nome de grande destaque é Gilberto Gerlach, pesquisador e cinéfilo nascido e criado em São José, que foi um pioneiro no cineclubismo na Grande Florianópolis e publicou livros importantes sobre a história da cidade, de Florianópolis e de Blumenau. Ele morreu em maio de 2021. ÁGUA E SANEAMENTO Cerca de 42% dos moradores de São José tem acesso à rede coletora de esgoto, e 100% têm água encanada. Esses percentuais superam em muito a média dos demais municípios do Estado, incluindo Florianópolis. No caso do esgoto, grande parte dos habitantes não atendida por rede pública reside em edifícios com tratamento próprio de resíduos. EMPRESA DE PONTA Entre as muitas empresas que orgulham o município de São José está a C-Pack, líder na América Latina na fabricação de bisnagas e embalagens plásticas para indústrias farmacêuticas e de cosméticos. Fornecedora de produtos para a Natura, Gessy Lever, Avon, Boticário, Johnson & Johnson, Mary Kay, L’Oréal Brasil e L’Occitane au Brésil, entre outras marcas, a C-Pack tem 500 colaboradores e vai abrir este ano uma unidade na cidade de Bragança, em Portugal. O PRIMEIRO SHOPPING Criado há mais de 40 anos, o Shopping Itaguaçu foi o primeiro empreendimento do gênero no Sul do Brasil e costumava atrair clientes de toda a Grande Florianópolis quando, por muitos anos, foi o único shopping da região. Hoje, São José conta também com o Continente Shopping, o maior centro comercial do Estado. SEDE DO AEROCLUBE O Aeroclube de Santa Catarina funcionou numa área onde se encontra o bairro Kobrasol, e atualmente está localizado no Sertão do Maruim. Ali, forma pilotos e treina mecânicos de aviões. Além de ser frequentado por amantes da aviação, ajuda no transporte emergencial de órgãos e tecidos humanos para transplantes. OLARIAS E ESCOLA DE OLEIROS São José tem grande tradição na produção de peças de barro de caráter artístico e utilitário. A região da Ponta de Baixo sempre reuniu muitos artesãos da argila, que era – e ainda é – vendida na região e chegou a ser levada para fora do Estado e do país. Tem a única escola de oleiros da América Latina em plena atividade, reproduzindo o conhecimento. Já foi considerada a Capital das Louças de Barro no Brasil. USINA MARUIM Inaugurada em 1910, a usina foi durante muitos anos a principal fornecedora de energia elétrica para São José, Florianópolis e Biguaçu. No momento, está sendo revitalizada pela Celesc e, além de se tornar uma atração turística, voltará a gerar energia 52 anos depois de encerrar suas atividades. TEATRO ADOLPHO MELLO Casa de espetáculos é a mais antiga de Santa Catarina e a terceira em tempo de atividade no Brasil. Inaugurada em 1854, também foi usada como cineclube na década de 1980 e já passou por várias restaurações. Tombada como patrimônio cultural do município em 2005, sedia cursos de artes cênicas.
  • 12. 16/17 segunda-feira, 18 de março de 2024 Professor sênior do Programa de Pós-Gra- duação em Engenharia e Gestão do Conhe- cimento da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), Neri dos Santos é curador do projeto São José 2050, que o Grupo ND vem desenvolvendo para marcar o aniversário, em 19 de março deste ano, e projetar o futuro do município. Com o arquiteto e urbanista Ângelo Arruda, professor aposentado pela UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), ele usa sua experiência nas áreas da transformação digital, na engenharia e gestão do conhecimento para sugerir ações e projetos que façam São José aproveitar seus potenciais para crescer de forma sustentável. Neri elaborou uma lista com 166 ações estratégicas, divididas em dez pautas distin- tas, que “promovam um ambiente favorável aos negócios, bem como uma qualidade de vida atrativa para os residentes”. Ali estão sugestões para tornar a cidade mais aco- lhedora (para os turistas e os investidores), mais empreendedora (com as ferramentas do empreendedorismo e da inovação), mais cultural (com a valorização do patrimônio e das artes), mais sustentável (promoven- do o crescimento com responsabilidade ambiental), mais inteligente (para que o conjunto dos moradores possam usufruir da elevação da qualidade de vida), mais tecno- lógica (pela adoção de tecnologias de ponta na própria gestão pública), mais planejada (a partir de programas e projetos pensados com critério e preocupação social) e mais conectada (com conectividade para uso do maior número possível de moradores). Como centro geográfico e logístico da Grande Florianópolis, os desafios de São José parecem difíceis de enfrentar, mas a cidade já conta com indústrias importantes, co- mércio e serviços fortes, um grande número de empreendedores de micro, pequeno e médio portes e vontade política para facili- tar a vida dos investidores. Isso implica em desburocratizar os processos de criação de novas empresas, investir numa educação de qualidade e qualificar a mão de obra. Estratégias para tornar a cidade mais inteligente, inovadora e acolhedora Uma lista com 166 ações traz sugestões para que o futuro comece a ser implementado agora, criando um ambiente favorável para os negócios e a qualidade de vida dos cada vez mais exigentes moradores O QUE O CAMINHO ATÉ 2050 PEDE Digitalização total dos serviços públicos Acesso público à internet Infraestrutura de rede de alta velocidade Inovação em empreendedorismo digital Segurança cibernética Mais áreas verdes e espaços de lazer Incentivos à construção sustentável Planejamento de uso do solo Requalificação urbana Educação ambiental Gestão participativa de resíduos Economia circular Governança eficiente Infraestrutura cultural e turística FOTOS LEO MUNHOZ/ND Incentivo às bicicletas como meio de transporte e mais faixas exclusivas para ciclistas devem aumentar Entre os temas fundamentais que São José precisa e vai discutir está o abastecimento de água, que diz respeito também a outros municípios de Grande Florianópolis. Com a Capital, a cidade deverá crescer a ponto de ultrapassar a capacidade de atendimento pelo rio Cubatão, hoje o principal fornecedor da região. “Em 2030, será preciso usar a água do rio Tijucas para abastecer as duas maiores cidades da área metropolitana”, prevê o professor. Outra demanda é a macrodrenagem, para a retirada do excesso de água do solo, problema que potencializa os riscos de alagamentos e o desmoronamento de morros e encostas. Sem o acúmulo de líquido em grandes extensões de terra, os períodos de chuvas intensas costumam trazer problemas, especialmente para moradores de áreas de risco. Galerias precisam ser construídas para absorver a água das enxurradas, criando um sistema de drenagem que previna as inundações. Não são obras baratas, mas sem elas os municípios continuarão a sofrer com as enchentes e os temporais. Abastecimento de água, uma preocupação Dividido pela BR-101, município busca soluções para evitar os gargalos
  • 13. Cuidado com o ambiente Ainda distante de muitos programas de desenvolvimento, a preservação ambiental se impõe como fator cada vez mais presente nas estratégias de crescimento das cidades brasileiras. Uma das sugestões do professor Neri dos Santos é o estímulo do poder público à adoção de energias renováveis – solar, eólica e de biomassa – em edifícios públicos e privados. Ele sugere, por exemplo, a instalação de painéis solares em escolas, hospitais e prédios governamentais. Além da economia, essa iniciativa geraria energia limpa e serviria de estímulo para que a população seguisse o exemplo e adotasse o mesmo comportamento. Outra ação nesta área pode ser o reforço de programas de coleta seletiva, reciclagem e compostagem, assim como campanhas de conscientização sobre a importância de reduzir o desperdício e de fazer o descarte correto dos resíduos. AÇÕES ESPECÍFICAS QUE PODEM SER IMPLEMENTADAS DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL: Implantar um sistema de abastecimento de água potável e de rede de esgotamento sanitário que atenda 100% da população até 2050. Investir em energias renováveis e reduzir a dependência de combustíveis fósseis. Implementar políticas de eficiência energética e transporte público sustentável. Promover práticas agrícolas sustentáveis e proteção ambiental. INCLUSÃO SOCIAL: Implementar programas de capacitação e geração de emprego. Melhorar o acesso à educação de qualidade para todos. Promover a igualdade de gênero e inclusão de minorias. Implementar um sistema de segurança pública e de redução da criminalidade. CULTURA E TURISMO: Investir em infraestrutura cultural e turística. Incentivar a criação de eventos e festivais culturais. Valorizar a história e cultura local. GOVERNANÇA EFICIENTE: Reforçar a transparência e prestação de contas. Fomentar a participação cidadã e o diálogo com a sociedade civil. Priorizar políticas de longo prazo e planejamento estratégico. Uma alternativa para resolver o problema do transporte coletivo não só em São José, mas na Grande Florianópolis, é criar um sistema que contemple toda a região. Esta é a opinião do professor Neri. Isoladamente, nenhuma cidade poderá apontar soluções factíveis. O transporte intermunicipal pede corredores exclusivos para ônibus, ligando a Capital com os demais municípios e entre estes, uma vez que muitas linhas não entram na Ilha. Para Neri dos Santos, o futuro será dos ônibus elétricos, menos poluentes. Além dessa possibilidade, que contempla a energia limpa, outras soluções são possíveis, algumas de longo prazo, integrando os transportes coletivo, individual e de cargas. É o caso do estímulo ao uso da bicicleta, implantando ciclovias seguras em pontos específicos. Outras opções são as caronas compartilhadas, inclusive de bicicletas, e a criação de corredores verdes, ou seja, parques lineares ao longo de corredores de transporte. “Isso proporcionaria a criação de áreas de lazer e recreação e protegeria habitats naturais e ecossistemas adjacentes”, ressalta o professor. Enquanto essas novidades não vêm, uma saída de caráter regional, abrangendo vários municípios, é a integração de modais de transporte, facilitando a transferência entre ônibus, metrô, bicicletas compartilhadas e outros meios de transporte. Também as tarifas seriam integradas, facilitando a vida dos usuários. Na visão do professor, aplicativos móveis poderiam ser desenvolvidos para oferecer informações sobre opções de transporte público e compartilhamento de viagens, incluindo os táxis e caronas. Sistemas de estacionamento inteligentes seriam igualmente úteis, ajudando os motoristas a encontrarem vagas de forma rápida, o que reduziria o tempo de procura por vagas e o congestionamento das ruas. Um sistema de transporte inteligente também repassaria informações em tempo real sobre tráfego, condições climáticas, horários de transporte público e outros dados de grande valia para quem está no trânsito. A instalação de mais pontos de recarga em locais estratégicos estimularia o uso de veículos elétricos e híbridos. Esses pontos teriam muita eficácia se instalados em praças públicas e centros comerciais, por exemplo. “Ao adotar essas iniciativas, São José poderia melhorar significativamente a mobilidade urbana de sua população, reduzindo os congestionamentos, a poluição do ar e os tempos de deslocamento, ao mesmo tempo em que promoveria um estilo de vida mais saudável e sustentável para seus cidadãos, posicionando-se como uma cidade líder em digitalização, conectividade e mobilidade urbana e promovendo o desenvolvimento socioeconômico de forma sustentável”, finaliza o professor Neri. Para onde caminha o transporte coletivo Habitação social, uma ideia para o futuro No ano de 2050, São José e Florianópo- lis terão mais de um milhão de habitantes, daí a necessidade de planejar o crescimen- to. “A partir daí, deve começar a diminuir”, calcula o professor Neri dos Santos. Mas a migração de brasileiros de todas as regiões para São José é fenômeno corrente e que não perderá força tão cedo. Premida por limita- ções de ordem ambiental, a própria Capital já vem transferindo moradores para o mu- nicípio vizinho e isso vai se potencializar. Como 39% do perímetro de São José corres- pondem a áreas rurais, surge a oportunidade para a criação de um cinturão verde de abaste- cimento de toda a região, como já ocorre com Antônio Carlos e Águas Mornas. “São José tem a área mais densamente povoada e também a mais densamente preservada”, diz o arquiteto Ângelo Arruda. Isso abre também a possibi- lidade de projetos turísticos, com empreen- dimentos como pousadas e o turismo rural. O adensamento populacional tende a tornar a terra mais cara, o que aumenta os desa- fios na área da moradia. “A habitação social é uma saída para enfrentar esse problema”, ressalta o professor Neri. Pequenos conjun- tos habitacionais podem ajudar, reduzindo o número de pessoas que precisam morar longe do local de trabalho, porque não con- seguem adquirir imóveis onde gostariam. Isso também explica por que São José é a segunda cidade mais verticalizada do Esta- do, atrás apenas de Balneário Camboriú. Transporte intermunicipal integrado e corredores exclusivos: necessidade Professor Neri dos Santos pensa o futuro
  • 14. 18 segunda-feira, 18 de março de 2024 Quantum Engenharia vive São José muito além da modernização da iluminação pública Empresa tem sua matriz no município e mais de 30 anos de inserção na comunidade com diversos projetos sociais, ambientais e culturais FOTO QUANTUM/DIVULGAÇÃO ND Ruas mais iluminadas e se- guras à noite com uma luz branca confortável aos olhos, praças e parques mais bonitos com iluminação cênica espe- cial. Assim é a Beira-mar de São José e centenas de outras vias e espaços municipais, que estão tendo a iluminação pú- blica modernizada pela Quan- tum Engenharia. Das cerca de 26.100 luminárias que com- põem o parque de iluminação pública josefense, 18.500 (71%) já foram modernizadas para LED, o que confere ar de mo- dernidade à cidade, com mais segurança, economia, beleza e sustentabilidade. Só em 2023 foram substituí- das aproximadamente 5.500 luminárias equipadas com lâmpada vapor metálica e va- por de sódio por luminárias de LED, nos bairros Distrito In- dustrial, Flor De Nápoles, Praia Comprida, Fazenda Santo An- tônio, Ipiranga, São Luiz, Real Parque, Roçado, Jardim Cidade de Florianópolis e Potecas. E tem muito mais trabalho para 2024, quando será moderni- zada a iluminação pública em outros bairros, como Areias, Forquilhas, Potecas, Real Par- que e Sertão do Maruim. Conforme explica o diretor- -presidente da Quantum, Gil- berto Vieira Filho, trabalhar com iluminação pública resul- ta em vantagens significativas aos cidadãos, turistas e em- presários locais, abrangendo segurança pública, conforto urbano e eficiência econômica. Açõessociaiseambientais andamjuntas Hortaparacolaboradores ecomunidade Eficiênciacom economiae segurança Praça da Orla do Centro Histórico de São José “A adoção de tecnologias como LED prepara essas localidades para o futuro. São José é um grande exemplo de cidade que está caminhando a passos lar- gos para o rol das smart cities (cidades inteligentes)”, sa- lienta Gilberto. A Quantum está há muito tempo ligada à cidade, afi- nal, é nela que mantém sua matriz, com mais de 30 anos de inserção na comunidade com diversos projetos sociais e ambientais, além de gerar emprego e renda direta e in- diretamente, mantendo 170 colaboradores alocados na unidade. Referência no setor de ilu- minação pública com soluções inovadoras e tecnologica- mente avançadas, a Quantum Engenharia instala lâmpadas LED, que emitem luz branca com índice de 70% da percep- ção das cores, contra 30% das lâmpadas comuns. Ou seja, ampliam a visibilidade nos es- paços, gerando mais seguran- ça à noite. Além disso, as lâmpadas LED consomem 50% menos energia elétrica do que as tra- dicionais, duram cerca de 5x mais e são ecologicamente responsáveis, tendo 98% de seus componentes reciclá- veis, o que contribui para a preservação ambiental. Tam- bém não possuem elementos tóxicos em sua composição, ao contrário das lâmpadas de descargas, que possuem mer- cúrio, material altamente po- luente e prejudicial à vida. Conforme explica a ana- lista ambiental da Quantum Engenharia, engenheira am- biental e sanitarista Amanda Conrado, muito além do que a tecnologia e as soluções de engenharia elétrica pratica- das pela Quantum está a preo- cupação e a importância de conduzir suas atividades prio- rizando a sustentabilidade e os desdobramentos quanto ao meio ambiente, ao aspecto so- cial e a transparência em seus negócios, caracterizando am- plamente a adoção dos princí- pios ESG. A Quantum Engenharia faz questão de participar das ações realizadas nas cidades onde presta seus serviços, mantendo constante preocupação pelo engajamento nas comunidades, seja com ações ambientais, sociais e até culturais. Por exem- plo, anualmente, participa de campanhas do agasalho e do projeto “Eleve Sua Energia”, que leva música popular bra- sileira e erudita para as ruas e praças, além de fazer doações sistemáticas para ONGs e entidades assistenciais. Além disso, mantém vários projetos de sustentabilida- de, como a Central de Resíduos junto à Matriz, no Distrito Industrial de São José, com protocolos legais de gestão de resíduos sólidos, evitando impacto ambiental negativo e promovendo a conscientização dos colaboradores com apli- cação de um programa de coleta seletiva na rotina admi- nistrativa. E mais: mantém ótimas parcerias com empresas locais de reciclagem, o que também gera emprego e renda especialmente para a população mais carente. Outro exemplo de engajamento comunitário foi a ação “Orla + Limpa”, realizada juntamente com a Prefeitura às margens da Beira-Mar de São José em setembro de 2023, para conscientizar a população sobre a responsabilidade ambiental que cada um de nós possui em relação à região em que vivemos. “O ano de 2023 foi muito importante para a Quantum, pois buscou ainda mais a implementação dos princípios e con- ceitos de sustentabilidade em cada obra, processo, atividade e parceria. Foi um ano em que o aprimoramento no geren- ciamento de resíduos trouxe ainda mais impactos positivos ambientais, sociais e econômicos, e no qual buscamos trazer toda a equipe Quantum para movimentos em prol do meio ambiente, social e governança, alcançando resultados posi- tivos em relação à conscientização dos colaboradores”, frisa a analista ambiental Amanda Conrado. “Com muitos obje- tivos e metas alcançadas, conseguimos traçar um novo ce- nário ainda maior e desafiador para o futuro sustentável do Grupo Quantum”, conclui. Unindo conceitos de reaproveitamento de restos de comida, conscientização para preservação ambiental e cuidados para uma vida mais saudável por meio de uma alimentação melhor, a Quantum Engenharia implantou uma composteira na sua matriz, no Distrito Industrial de São José. Mas a proposta de reciclagem dos resíduos orgânicos evoluiu e virou uma horta para os colaboradores, oferecendo saladas, temperos, chás e frutas. E agora está levando esse pensamento adiante. Neste mês de fevereiro de 2024, a empresa formalizou uma parceria com a Prefeitura de São José para ser uma das patrocinadoras na cria- ção de uma Horta Solidária no bairro Lisboa. Serão aproxima- damente 2.230 metros quadrados, com 25 canteiros - sendo 23 tradicionais e 2 com acessibilidade para cadeirantes e deficien- tes visuais -, numa ação que beneficiará 50 famílias da região. Horta para funcionários tem verduras, chás e frutas
  • 15. ÂNGELO MARCOS ARRUDA Arquiteto e urbanista 22/23 segunda-feira, 18 de março de 2024 Uma cidade que tem localização estratégica dentro da região metropolitana, sendo o centro geográfico dela; uma cidade que ainda tem 39% do seu perímetro ur- bano de 150 quilômetros quadrados como área rural; que tem a ocupa- ção espacial do seu território urbano muito compacta formando uma mancha urbanizada contínua, desde a Ponta de Baixo, no extremo sul, até a Serraria, no extremo norte; uma cidade que cresceu 1.400% em 70 anos e nos últimos 22 anos ganhou 100 mil habitantes. Esses são alguns dados do município de São José. Cidade que tem nome de santo, o pai de Jesus, só podia ser abençoada. Segundo o IBGE, em 2022 tinha uma população de 270.299 habitantes e densidade urbana de 43 habitantes por hectare, considerada boa, mas ainda com espaços urbanos para chegar a 120 hab/ha, que os espe- cialistas veem como um número excelente de qualidade de vida. São José tem economia muito diversificada, com atividades de comércio, serviços, indústria (tec- nologia, alimentos, farmacêutica, metalmecânica, telecomunicações, dentre outras), e nos últimos anos tem se destacado por crescen- tes taxas de reajuste de aluguel, de busca por novas moradias. E isso está no radar do novo Plano Diretor e demais leis urba- nísticas que se encontram, desde dezembro de 2023, na Câmara de Vereadores para aprovação. Fundada em 19 de abril de 1750 por 182 açorianos, São José da Terra Firme era ocupada por carijós e tem uma linda história de urbanização. Já foi entreposto comercial e seu território ia até onde hoje se encon- tra Lages. Em 1913 foi instalada a Usina Hidrelétrica Gustavo Richard. Aí começa a urbanização. Vem a Colônia Santana em 1941, mas em 1944 o município perde a hoje parte continental de Florianópolis, os bairros de Coqueiros e Estreito, Ao mesmo tempo, se emancipam os distritos que hoje são Palhoça, Santo Amaro da Imperatriz e An- gelina. Em 1950, segundo o IBGE, o município tinha 22 mil habitantes, saltando para 31 mil em 1960, 42 mil em 1970 e progressivamente che- gou a 270.299 habitantes em 2022, um grande salto populacional. Com Biguaçu, Palhoça e Floria- nópolis, a população soma 1.106.838 habitantes, ou seja, uma metrópole de verdade, com um território imenso a ser desbravado e urbanizado. O futuro é logo ali! O QUE DIZEM AS NOVAS LEIS As novas leis urbanísticas entregues ao Poder Legislativo em 2023 – Plano Diretor, Lei de Uso do Solo e de Parcelamento do Solo – propõem novas diretrizes importantes. É o que se espera. Vejamos. E em 2050, como será? A projeção da população residente, urbana e rural, elaborada para os Estu- dos da Grande Florianópolis em abril de 2015, aponta que São José terá 393 mil habitantes em 2050, mantidas as ten- dências de crescimento dos últimos 30 anos, com alguma taxa de ponderação. Essas mesmas projeções apontam que os bairros de Serraria, Forquilhas e Bar- reiros serão os mais populosos, com mais de 100 mil pessoas na soma dos três. A próxima década São prioridades para os pró- ximos dez anos: o Desenvol- vimento Urbano, Transporte e Mobilidade Urbana, Meio Ambiente, Saneamento Básico, Desenvolvimento Econômico, Habitação e Regularização Fundiária, Preservação e Con- servação do Patrimônio Cul- tural e a Política Municipal da Paisagem e dos Espaços Livres. a) uma cidade que crescerá para dentro das suas linhas b) uma cidade que será o centro geoeconômico da RMF c) uma cidade que precisa produzir moradias para todos os que chegam d) uma cidade que precisa preservar seu meio ambiente e suas tradições e) uma cidade que deve garantir a mobilidade interbairros f) uma cidade aconchegante, empreendedora, cultural, conectada e sustentável, inovadora e inteligente , tecnológica e planejada. TRILHAS PRONTAS PARA O FUTURO Com o planejamento urbano em leis aprovadas em 2024, vai ser preciso um Instituto de Planejamento Urbano para estudar a cidade e acompanhar seu desenvolvimento. Isso é uma prioridade institucional para tocar as fases de projeto de urbanismo para a São José do Futuro. Nesse tempo, o que acontecerá com São José e como o município chega em 2050: I – são apresentados como instrumentos urbanísticos algumas inovações, como os “incentivos urbanísticos” da fruição pública, da fachada ativa, do uso misto, da doação da calçada, do embasamento flexível e suas combinações... II – a habitação de interesse social, aquela compreendida como destinada à população com renda mensal familiar de até cinco salários-mínimos, fica autorizada em todo o território municipal; III – a nomenclatura das macrozonas, zonas e áreas de especial interesse foi simplificada visando à compreensão mais clara de toda a população; IV – houve ajustes no desenho da macrozona e do zoneamento na área de entorno do entroncamento da SC-281 e do contorno viário da Grande Florianópolis, que, no futuro, será um grande polo de desenvolvimento do município; V – ... criando uma área de amortecimento de 300 metros de cada lado da rodovia, para que tenha seu ordenamento planejado. ZONEAMENTO DO MUNICÍPIO DE SÃO JOSÉ FONTE: PREFEITURA DE SÃO JOSÉ FONTE: PREFEITURA DE SÃO JOSÉ No mapa, a área verde é zona rural, a cinza mista rururbana, roxa de desenvol- vimento econômico easdemais de qualifi- cação ur- bana, com a rosa, de contenção
  • 16. Dados do Censo 2022 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgados em fevereiro deste ano revelaram que São José desponta como a sétima cidade brasileira, e a segunda catarinense, com maior número de moradores em apartamentos. Isso significa 41,05% da população. Santa Catarina figura como um dos Estados mais impactados com esta mudança na configuração das moradias urbanas, com quatro de suas cidades entre as dez com maior percentual de apartamentos no país. Balneário Camboriú lidera o ranking catarinense, seguido por São José, Itapema e Florianópolis. “Essa verticalização é uma resposta ao adensamento populacional, principalmente nas áreas metropolitanas e nos centros urbanos”, explicou o analista da pesquisa, Bruno Perez, em reportagem publicada em 29 de fevereiro no portal ND. E uma das formas dos poderes constituídos se prepararem para uma expansão ainda maior da verticalização está justamente no projeto do novo Plano Diretor, atualmente em análise na Câmara de Vereadores. Ele prevê a construção de prédios com até 25 pavimentos em determinadas regiões. Além do impacto social e urbano, a verticalização também tem implicações econômicas significativas. Em dezembro de 2023, a cidade foi reconhecida com a maior valorização de imóveis no país, segundo o índice Fipezap+. E a indústria da construção civil aposta neste mercado enquanto muda a paisagem urbana com seus empreendimentos, alguns deles verdadeiras obras de arte, onde uso de novas tecnologias se une à busca de soluções de moradia e trabalho que aliem a qualidade de vida ao desenvolvimento sustentável. A verticalização surpreende e traz valorização ao mercado da construção Município tem entre suas empresas mais expressivas construtoras que surgiram nas décadas de 1970 e 1980 e acompanham o bom momento econômico com tecnologias inovadoras Para qualquer lugar que você olhar vai encontrar prédios com marcas reconhecidas do mercado local LEO MUNHOZ/ND Mais tecnologia, conforto e pelo menos 20 anos para crescer Outra empresa cuja trajetória se confunde com a história recente da cidade é a AM Construções e Incorporações. Há 45 anos a empresa criada pelo empresário Antonio Hillesheim ergue prédios nas regiões de Campinas e Kobrasol, embora também tenha investido em Florianópolis e Palhoça. São mais de 50 empreendimentos e 5.000 unidades. No momento, quatro obras estão em andamento no município onde a empresa nasceu e tem sua sede administrativa. “Todo mundo quer morar bem, e no Kobrasol e Campinas as pessoas podem se deslocar a pé, chegando rapidamente ao seu destino”, diz o diretor comercial, Douglas Hillesheim. Há comércio e serviços à disposição e a avenida Beira- Mar de São José oferece lazer às famílias, o que funciona como um atrativo a mais para quem deseja morar ou investir na região. Além do desejo crescente por conforto e segurança, também a agregação de novas tecnologias elevou os custos dos imóveis. São comodidades que têm a ver com o uso de recursos eletrônicos de acesso e espaços de lazer que dispensam a necessidade de sair de casa para ir a uma sauna ou jogar com os amigos. A automatização chegou para ficar e a opção crescente pelo home-office criou necessidades que as construtoras estão tentando atender. Com 130 funcionários fixos e 200 terceirizados, Douglas Hillesheim entende que há ainda grande potencial no ramo imobiliário em São José, com crescimento garantido pelos próximos 20 anos, pelo menos. Vê como uma das tendências a substituição de moradias unifamiliares por prédios, especialmente na região de Campinas. Fenômeno proporciona surgimento de potências locais Um fenômeno também identificado em São José é que o boom econômico impulsionado na década de 1980 proporcionou o surgimento de empresas que estão crescendo junto com a cidade. É o caso da RDO Empreendimentos Imobiliários, construtora familiar que concentra seus negócios em São José e em quatro décadas de trabalho entregou 70 obras, com mais de 4.000 apartamentos e 584 mil metros de área construída. Uma potência que teve origem na ousadia do patriarca Osvaldo Deschamps, que com três de seus oito filhos começou a construir residências e hoje já conta com a atuação dos netos, além de empregar mais de 300 pessoas. Hoje, os integrantes da segunda geração (Nestor, Roberto e Odécio) e cinco netos de Osvaldo dão continuidade à saga dos pioneiros e ajudam a construir a história de uma das cidades que mais crescem em Santa Catarina. “Estamos numa área com acesso a tudo”, ressalta Nestor Deschamps, um dos sócios- proprietários. Ele também garante que a qualidade dos empreendimentos tem nível igual ou superior ao que se vê na Ilha de Santa Catarina, com a vantagem de serem, em média, 20% mais baratos. “Aqui há um descolamento, uma independência em relação a Florianópolis, em termos de comércio, serviços, escolas e universidades”, reforça a arquiteta Luise Deschamps, integrante da terceira geração da família na empresa. Pensando no futuro, o empresário entende que a cidade também precisa resolver problemas pontuais, como as calçadas irregulares, a falta de ciclovias e o crescente número de moradores de rua, além da opção pelas moradias sociais, que já vêm sendo adotadas por outras cidades. R$ 7.030 É O VALOR ATINGIDO POR M2 NOS IMÓVEIS NOVOS EM NOVEMBRO DE 2023
  • 17. 24 segunda-feira, 18 de março de 2024 Empresa josefense entre as maiores do país. FOTOS DIVULGAÇÃO/ND Desde 1995, o grupo Liderança Serviços têm uma relação de amor e respeito por São José. A empresa de facilities nasceu no município há quase 30 anos e desde então, criou raízes nesta terra firme. Maior empresa da região Sul em recei- ta líquida e uma das maiores do país, a Liderança oferece serviços relacionados às atividades meio de seus mais de 1500 clientes em todo o Brasil, onde está po- sicionada com o slogan “Compromisso com seu bem-estar”. Terceirizar os serviços complemen- tares ao negócio principal das empresas que atende é o objetivo, pois acredita que se o empreendedor focar em seu negócio e deixar a preocupação dos demais servi- ços com quem entende do assunto, o ca- minho para melhores resultados é muito mais assertivo. Especialistas Tecnologia ESGeoamorporSãoJosé A equipe do grupo Liderança é constantemente qualificada e treina- da, passando por reciclagens e com atendimento padronizado. Além disso, cada cliente possui um cronograma de atividades, que é rigo- rosamente seguido pelos colaboradores, que assim atuam nos postos designados. Seja nas áreas de limpeza, segurança ou serviços de apoio administrativo, logístico e operacional, o time do grupo Liderança está Além do sistema de ponto de frequência com leitura de QRCode, o grupo Liderança criou a LIA, a “Liderança Inteligência Artificial”, uma atendente virtual que responde as principais questões de interesse dos funcionários. A empresa também é especialista em gestão de contra- tos à distância, embora conte com estruturas de filiais e escritórios em todas os estados do país, que auxiliam na gestão dos cerca de 30 mil colaboradores diretos. O grupo Liderança possui um comitê de ações de responsabilidade social des- de 2016, buscando contribuir com a so- ciedade e com a comunidade no entorno da empresa. Nesses mais de 5 anos, ações solidárias já ajudaram milhares de pes- soas com alimentos, roupas e atendi- mento em saúde. Além disso, alinhada às práticas ESG, o meio ambiente também é pauta. Rotinas de cuidados ambientais, como a reciclagem dos papéis utilizados pelos setores, recolhimento de tampi- nhas plásticas e cuidados com o uso de energia estão entre as principais ações. Reconhecida pela permanente atenção com clientes, colaboradores, fornecedo- res e com toda a comunidade josefense, o grupo Liderança reforça sua marca de compromisso com o bem-estar de todos, e de seu amor e cuidado com São José. Grupo Liderança : atuação em todo país. Grupo Liderança: líder em terceirização de serviços Francisco Aguiar, Diretor Liderança Serviços Grupo Liderança: qualidade na prestação de serviços
  • 18. 26/27 segunda-feira, 18 de março de 2024 A inauguração de dezenas de obras que fa- cilitam a mobilidade em São José juntamente com a entrega de um conjunto residencial e a UBS (Unidade Básica de Saúde) Santos Saraiva (comunidade de mesmo nome que fica no bairro São Luiz) marcam as come- morações dos 274 anos do município. A cidade está em pleno desenvolvimento e com uma população crescente, conforme o Censo 2022 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que lhe conferiu a quarta colocação entre as maiores cidades de Santa Catarina, com 270.295 habitantes. O prefeito Orvino Coelho (PSD) pre- vê uma cidade que será cada vez melhor, com o ordenamento de seu crescimen- to em direção ao interior do município, a partir da BR-101. Para isso, a prefeitura se empenhou em preparar um Plano Diretor que atenda à necessidade de dotar a cida- de de uma legislação moderna e eficaz. Em entrevista ao ND, Orvino destaca os pontos de sua administração em um balanço do que fez durante o seu mandato e o que está planejado para o futuro. A mobilidade urbana é a principal bandeira de administra- ção, para que a cidade não pare no trânsito. “Tenho a esperança de uma cidade ainda melhor”, diz Orvino sobre a São José de 2050 Enquanto aguarda a apreciação do novo Plano Diretor pelos vereadores, o prefeito destaca as obras implementadas para garantir a mobilidade e o bom relacionamento que mantém com os servidores públicos Quais os desafios que sua ad- ministração enfrenta e o que tem sido feito para enfrentá-los? Em toda grande cidade não é diferente, e nas cidades antigas o grande desafio é a mobilidade. Foram fazendo loteamentos que não ligam um com o outro e este é o grande esforço que estamos fazendo. A cidade está crescendo do trevo da Forquilhinha para dentro - hoje tem cerca de cem mil pessoas lá - e isso causa um transtorno louco. Para se ter uma ideia, passam 60 mil veículos/dia só na rua Verea- dor Arthur Manoel Mariano. Então estamos fazendo a Bei- ra-Rio, que vai desafogar nove bairros e facilitar a vida dessa população. No bairro Serraria, abrimos uma alça de contor- no dali da rua Maria Oliveira - que foi asfaltada -, seguimos pela Milton Ferreira e abrimos uma via entre a avenida Osval- do José do Amaral, a popular Avenida das Torres, para sair na rua João José Martins, fa- zendo uma rotatória em frente à entrada do Jardim Botânico, que hoje às seis horas da ma- nhã, ou antes, já tem fila. Também abrimos uma nova avenida que liga o [loteamen- to] Recanto da Natureza com o Lisboa 1, que consequentemente vai interligar cinco loteamentos: o Recanto da Natureza, com o Lisboa 1, Lisboa 2, o Los Ange- les e o Vista Alegre. Chegando aqui na Nova São José tem uma avenida - a avenida Central - que acaba num buraco. Nós a estamos ligando com o Alto da Colina, que vai sair no CTG e, consequentemente, aprovei- tar a ligação com a Beira-Rio. Esse é o esforço para desafo- gar, com uma ligação direta da lateral da BR-101, ali por perto do Golden Hotel até na SC-281, isso vai dar mais celeridade, mais mobilidade, que é o gran- de o nosso grande desafio. Na saúde ampliamos os horá- rios de atendimento dos postos. Na educação temos trabalhado bastante para atender à de- manda por vagas, que aumenta a cada ano. O que não é possí- vel atender na rede [pública] é absorvido pelas parcerias com as entidades. Então, en- tendemos que a mobilidade é o maior desafio e a maior ne- cessidade que temos hoje. Como o transporte coleti- vo está sendo resolvido pela sua gestão? E o transporte marítimo é uma solução? Esse é um dos grandes pro- blemas da região, que é tratado pelo governo do Estado, e temos acompanhado pela associação [Granfpolis – Associação dos Municípios da Região da Grande Florianópolis]. São José está no coração, as empresas de ônibus passam por aqui e é um proble- ma que não é só nosso. Mesmo Florianópolis pagando um subsí- dio de mais de R$ 10 milhões por mês tem problemas. Nós já apre- sentamos um projeto na Câmara de Vereadores para tentar fazer uma parceria com as empresas e, se for necessário, dar um subsí- dio de até R$ 1,5 milhão por ano, Prefeito Orvino Coelho de Ávila destaca o esforço em garantir a mobilidade enquanto aguarda que a Câmara aprove o novo Plano Diretor São José é uma grande cidade, uma cidade acolhedora, que recebe a todos nós e é por isso que venho desprendendo tanto esforço para resolver a questão mobilidade... Então espero que eles encontrem uma cidade melhor.”
  • 19. Eu prometi muita vontade e trabalho e isso não tem faltado, e a população sabe disso. Tenho atendido as categorias de funcionários da prefeitura, que é o primeiro passo de um bom atendimento.” ... nas cidades antigas o grande desafio é a mobilidade. Foram fazendo loteamentos que não ligam um com o outro e este é o grande esforço que estamos fazendo.” SECOM/PMSJ/ND o que está dentro da reali- dade, pois as nossas empre- sas acabaram sucateadas. Quanto ao transporte ma- rítimo, Florianópolis, que acho é a única capital com essa condição de aproveitar esse marzão que está aí e até hoje não usa. Eu espero que se resolva, mas desde o meu tempo de Câmara eu já ouvi tantas conversas, mas espero que se materialize. Sobre o Plano Diretor de São José, que foi enca- minhado para a Câmara no fim do ano passado, o que o senhor espera? Eu espero que [o Pla- no] volte o que foi para a Câmara. Ele foi amplamente discutido com a socieda- de, foi amplamente tra- balhado, houve inúmeras ações, nós passamos por todas as etapas, o Judi- ciário acompanhou a par e passo, as entidades, como o Sinduscon, como o Crea. Todas as entidades inte- ressadas participaram das audiências públicas, e era o que a gente podia fazer. O senhor conseguiu cumprir os compromis- sos assumidos na cam- panha eleitoral? Olha, quanto a isso estou tranquilo. Eu prometi muito pouca coisa, até porque não se acredita em políticos, com uma certa razão; e, segun- do, é uma das únicas coisas que você faz na vida em que a experiência acaba não te ajudando. Eu prometi muita vontade e trabalho e isso não tem faltado, e a população sabe disso. Tenho atendido as categorias de funcionários da prefeitura, que é o primeiro passo de um bom atendimen- to. O servidor público que vai receber a população tem que estar minimamente motiva- do, satisfeito e a gente tem avançado aos poucos para que se tenha uma equipe qualifi- cada, uma equipe com von- tade e isso nós temos feito. Qual a São José que o se- nhor espera que os seus netos encontrem em 2050, quando a cidade completar 300 anos? Tenho a esperança de uma cidade ainda melhor! São José é uma grande cidade, uma cidade acolhedora, que recebe a todos nós e é por isso que venho desprendendo tanto es- forço para resolver a questão mobilidade, para o ir e vir das pessoas ficar mais fácil. Então espero que eles encontrem uma cidade melhor, eu que acompanhei por tanto tempo e vi o crescimento enorme da cidade. Eu fui funcionário da [loteadora] Kobrasol, que implantou os bairros Kobra- sol, Kobrasol 2, Floresta, ali na região da Leoberto Leal, então eu acompanhei todo esse crescimento da cidade e tenho certeza que vamos ter uma São José muito melhor. LEO MUNHOZ/ND Avenida Leoberto Leal, uma das vias mais movimentadas e acesso alternativo a Florianópolis LEO MUNHOZ/ND Obra de nova via de acesso à avenida das Torres está concluída e será inaugurada no sábado, dia 23 LEO MUNHOZ/ND Novas vias facilitarão acesso de moradores do Vista Alegre, que será entregue no aniversário da cidade, dia 19
  • 20. 28 segunda-feira, 18 de março de 2024 FortAtacadistamovimenta economia e impulsiona o desenvolvimento de São José Aocelebraroaniversáriodacidade,empresareafirmaseucompromissocomocrescimentolocal e sustentável por meio de investimentos estratégicos e inovações ambientais Neste aniversário de 274 anos de São José, o Fort Ataca- dista se destaca pelo impulso ao desenvolvimento econô- mico e social da região. Des- de a chegada da empresa no município, em 2007, o Grupo Pereira, originário de Santa Catarina, reforça seu com- promisso com o município, onde tem hoje três unidades em operação. “Chegamos na década de 80 e há 17 anos es- tabelecemos o Fort Atacadista na cidade. Desde então, temos crescido juntos” compartilha Lucas Pereira, diretor do Gru- po Pereira. A empresa escolheu São José para abrigar uma das princi- pais lojas do grupo no Brasil, além da sua central comercial, investindo no crescimento, desenvolvimento sustentá- vel e potencial de São José. A loja do bairro Areias, recen- temente revitalizada, é con- siderada a mais completa da rede, oferecendo uma expe- riência de compra diversifica- da com restaurante, a maior adega de vinhos da região, ca- feteria, açougue e a Farmácia SempreFort. Já a unidade no Kobrasol destaca-se por ser pioneira na introdução de novidades, res- saltando a importância de São José para a inovação dentro da empresa, ressalta Pereira. Com mais de 100 mil clientes atendidos mensalmente nas unidades da cidade, o Fort Atacadista tem movimentado a economia local, hoje a quinta maior de Santa Catarina. O grupo também escolheu São José para sediar seu es- critório regional, responsável pela gestão das operações do Fort Atacadista em outros seis Estados. “Empregamos mais de 800 colaboradores diretos em São José, reforçando nosso papel como um dos principais empregadores e promotores do desenvolvimento local,” acrescenta Lucas Pereira. Grupopretendedobraratividades nospróximoscincoanos Olhando para o futuro, o Fort Atacadista tem planos ambiciosos. “Nos últimos cinco anos, dobramos de tamanho e temos planos de dobrar novamente nos próximos cinco. Até 2050 vamos investir em várias cidades, e São José, sem dúvida, vai ser uma das que vai continuar recebendo investimento do Grupo Pereira e do Fort Ata- cadista, seja com inaugurações, modernização de lojas, novas ope- rações complementando o mix de compra do cliente - tudo sempre com o olhar no que o cliente necessita, seja para atender o seu lar ou o seu negócio, seja como transformador ou como comerciante”, prevê Lucas. O objetivo é sempre atender às necessidades dos clientes, seja para o consumo doméstico ou para negócios, adaptando-se às de- mandas futuras e contribuindo para o crescimento sustentável de São José. “Com essas ações, o Grupo Pereira não apenas celebra o presente de São José, mas também se compromete em continuar construin- do um futuro próspero para a cidade”, acrescenta o empresário. Fort Atacadista possui três unidades em São José, sendo uma delas a central comercial da rede Focoemaçõessustentáveis A sustentabilidade é outra prioridade do grupo, que tem adotado uma postura ativa em suas práticas ambientais, evi- denciada pela implementação dos PEVs (Pontos de Entrega Voluntária) de materiais recicláveis em várias de suas lo- jas. As unidades localizadas em São José, Kobrasol, Palhoça, Passa Vinte, São José Barreiros, Campeche e Biguaçu já con- tam com estações de PEV, focando na coleta de embalagens plásticas. “A iniciativa reforça o compromisso do Fort com a im- portância da responsabilidade ambiental ao facilitar para os consumidores a prática da reciclagem e ao contribuir para a diminuição do impacto ambiental dos resíduos plásticos”, acrescenta o diretor. Além disso, a estratégia adotada pelo Fort Atacadista em relação à logística reversa possibilita uma abordagem holís- tica para o desenvolvimento econômico e social sustentável. Este conjunto de ações, destinado a facilitar a coleta e a reu- tilização de resíduos sólidos recicláveis, reforça não apenas a sustentabilidade ambiental, mas também promove benefí- cios econômicos e sociais para as comunidades locais. Ao devolver os materiais recicláveis aos comerciantes ou distribuidores, os consumidores desempenham um papel ativo neste ciclo virtuoso, apoiando diretamente as coo- perativas locais e incentivando práticas de negócios mais sustentáveis. Diversidade Ainda no quesito respon- sabilidade social, em todas as unidades de negócios do Grupo Pereira há um atento olhar para os mais diver- sos públicos por parte do time de Recursos Humanos, para recrutar um time cada vez mais plural. Só como exemplo, o Grupo foi o pri- meiro varejista brasileiro a ser contemplado com o selo CAFE (Certified Age Friendly Employer), concedido pelo norte-americano Age Frien- dly Institute a empresas que promovem a contratação e retenção de funcionários 50+. Diferente do restan- te do mercado nacional, em que a média de contratação de profissionais com mais de 50 anos é de 2 a 3%, nas lojas do Fort Atacadista e demais negócios do Grupo Pereira esse percentual chega a 13%. Além dos profissionais 50+, também há uma atenção es- pecial para dar oportunidade para imigrantes. Outro projeto que se des- taca é o Troco Solidário, que já beneficiou nos últimos 16 anos mais de 650 institui- ções em todos os estados em que o Grupo Pereira está presente, destinando mais de R$19 milhões, promo- vendo a melhoria da quali- dade de vida de milhares de pessoas. Para o futuro, planos da empresa são de expansão e investimentos em São José Lucas Pereira, diretor do Grupo Pereira
  • 21. 30 segunda-feira, 18 de março de 2024 CRESCER É GERAR OPORTUNI- DADES, DIZ VEREADOR Dentro de sua responsabilidade, a Câmara de Vereadores tem participado de discussões que envolvem o interesse dos josefenses. As obras do Contorno Viário da Grande Florianópolis, obra que poderá ter grande impacto na mobilidade da região, têm sido objeto de visitas e reuniões de vereadores. Há também o cuidado de analisar a execução de obras de infraestrutura que encurtam distâncias e eliminam gargalos entre os bairros do município. A aprovação unânime do projeto que institui o programa de internação involuntária de dependentes químicos teve grande repercussão no município, porque leva em conta a multiplicação dos moradores em situação de rua e os riscos a que se submetem pelo uso de substâncias perigosas à saúde. Em relação ao futuro, o vereador está convencido de que “o município está sendo preparado” para as próximas décadas. “Somos o centro estratégico da região e devemos nos preparar para receber grandes investimentos”, afirma. “A Prefeitura deve ser encarada como uma empresa, sendo que o cidadão é o seu maior cliente. Temos boas escolas, clínicas, hospitais e universidades, e somos uma cidade organizada, planejada, com nível educacional acima da média no Estado. Crescer é gerar oportunidades e oferecer serviços de qualidade à população”. O presidente da Câmara de Vereadores de São José, Matson Luis Cé, coloca o projeto do novo Plano Diretor como o grande vetor de desenvolvimento do município, porque vai dar diretrizes definitivas para o uso da terra e ampliar os gabaritos das edificações, de acordo com critérios específicos para cada área da cidade. O novo documento também poderá elevar a arrecadação municipal e atrair novos investidores, seja na construção civil, seja no comércio, seja na área de serviços. “Teremos um ordenamento capaz de dar mais segurança para todos”, afirma ele. A discussão sobre o Plano Diretor está em andamento, novas audiências públicas serão realizadas e a previsão é de que boa parte do ano de 2024 ainda seja dedicada ao assunto, dentro e fora da Câmara, por causa de prováveis emendas que serão feitas pelos vereadores. Eles também estão analisando os projetos de parcelamento e de ordenamento do uso e da ocupação do solo urbano no município. Na prática, são três leis em uma só, porque são interconectadas. A expectativa do presidente é de que até agosto tudo esteja concluído. Além desse passo, São José executa no momento obras estruturantes, como a requalificação da avenida Leoberto Leal, em Barreiros, a construção da avenida Beira-Rio Forquilhas, que será conectada com a rua Antônio Jovita Duarte, uma das mais importantes da cidade, e dará acesso direto à avenida das Torres. Já a Beira-Rio terá conexão com a SC- 281, que leva ao interior do município e se interligará com a via de Contorno Viário, em fase final de implantação. Com isso, as autoridades municipais esperam que seja desafogado parcialmente o trânsito local na BR-101, cuja vocação é ser uma via urbana, sem o tráfego pesado e a sobrecarga atual. Outro projeto caro ao município será a Beira- Mar de Barreiros, que se encontra em fase de aprovação do financiamento externo. Novas condições para a cidade crescer sem amarras Um dos maiores desafios do Legislativo josefense neste ano está em torno das discussões e avaliações do novo Plano Diretor, mas as expectativas são positivas Em 18 de dezembro do ano passado, prefeito Orvino entregou o novo projeto do Plano Diretor aos vereadores CMSJ/DIVULGAÇÃO/ND Soluções para o transporte coletivo e a habitação Entre os desafios a serem enfrentados com prioridade pelo município estão a segurança, embora essa questão diga mais respeito ao governo do Estado, e a saúde, que conta com boa estrutura, mas tem demanda crescente por conta da migração de famílias de outras regiões e Estados para São José. Como o crescimento da população provoca maior demanda por serviços públicos, o Legislativo municipal tem oferecido assistência gratuita, buscando uma aproximação com a população. No transporte coletivo, as soluções passam por ações integradas entre os municípios da Grande Florianópolis, segundo o presidente da Câmara. Com as dificuldades de obter consensos regionais, cada cidade vem buscando alternativas próprias para melhorar a qualidade dos serviços no setor. O vereador Matson Cé defende que terminais sejam instalados nos bairros, já que o projeto da Região Metropolitana de Florianópolis, que poderia propor saídas para o impasse, foi engavetado pelo governo estadual. O município se ressente da falta de um programa de habitação que reduza o custo da aquisição e aluguel de imóveis, o que prejudica quem encontra trabalho e precisa de um lugar para morar e, em algumas regiões, acaba estimulando as invasões irregulares. Presidente do Legislativo, Matson Luis Cé acredita que novo plano e leis interligadas sejam votados até agosto CMSJ/DIVULGAÇÃO/ND