Um peixinho dourado é levado para fora do mar por uma onda e quase morre na areia. Quatro crianças o salvam e o devolvem ao mar, ajudando-o a escapar de um tubarão. As crianças conhecem os pais do peixinho e recebem um presente mágico que lhes permite respirar debaixo de água.
2. Num sábado de verão, a Mafalda e o Duarte foram à praia
com dois amigos, o Pedro e a Tatiana. Quando chegaram à
praia ficaram espantados com a beleza do mar. Era tão lindo!
Aproximaram-se e foram ver se descobriam o que o
tornava tão bonito. Encontraram conchas, algas e outras
coisas maravilhosas.
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4. De repente, veio uma onda que trazia um peixinho
dourado. Quando a onda foi embora o peixinho dourado
ficou estendido na areia macia e molhada, muito aflito, sem
conseguir respirar.
Os quatro amigos olharam admirados o peixinho.
A Tatiana pegou rapidamente nele e disse:
- Pobre peixinho, vamos coloca-lo num balde e levá-lo
para casa?
O Pedro respondeu:
- Boa ideia! Assim podemos tratar dele.
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6. O peixinho ao ouvir o que eles disseram ficou preocupado
e assustado e disse:
- Por favor não me levem para longe da minha família.
O Duarte ficou espantado ao ouvir o peixe a falar e pegou
nele da mão da Tatiana dizendo logo que era melhor colocá-lo
de novo no mar.
O peixinho gostou da ideia do Duarte mas tinha receio de
ir sozinho porque podia ser comido por outros peixes maiores
do que ele. Então, pediu aos quatro amigos para irem com ele.
Todos disseram logo que sim.
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8. Equiparam-se, entraram no mar, mergulharam e, no
fundo do mar, encontraram corais cheios de brilhantes e com
as sete cores do arco-íris.
- Uau! Que espetáculo, que maravilha! Disseram
encantados os quatro amigos.
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10. Também encontraram muitos peixes diferentes e bonitos
que lhes acenavam, parecendo dizer olá e lhes dar as boas-
vindas.
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12. De repente apareceu um grande tubarão, vindo do meio
dos corais, apanhando o peixinho distraído.
O Duarte gritou, alertando:
- Peixinho! Sai daí, olha o tubarão.
O peixinho ficou aterrorizado e a tremer tanto que ficou
paralisado sem conseguir fugir.
O Pedro vendo o peixe tão aflito, pegou num pedaço de
coral e atirou-o ao tubarão enquanto a Mafalda foi salvar o
peixinho levando-o para longe.
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14. O Pedro, a Tatiana e o Duarte seguiram a Mafalda e
foram ter a uma gruta onde se esconderam do tubarão.
Os quatro amigos olharam em volta e viram que era
uma gruta grande e escura.
Perguntaram logo ao peixinho se nesta gruta não
haveria perigo e se esta iria dar a algum lugar.
O peixinho disse que não conhecia esta gruta porque
nunca tinha tido autorização dos pais para sair sozinho
pelo mar fora por ser tão pequenino e indefeso.
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16. Quando olharam de novo para o fundo da gruta viram surgir
uma luz brilhante que se ia aproximando cada vez mais. Era um
peixe coberto de escamas prateadas e brilhantes que iluminava a
gruta.
O peixe prateado quando chegou junto deles olhou para o
peixinho e reparou que era o seu amigo Douradinho e perguntou:
- Olá Douradinho! Que andas por aqui a fazer sozinho?
- Olá amigo Prateado! Eu não estou sozinho, estou com os
meus novos amigos que me salvaram de morrer sufocado na areia
quando uma grande onda me levou para longe da minha família. –
Explicou o peixinho.
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18. - E o que é que estão aqui a fazer nesta gruta? Perguntou o
peixe prateado.
- Estamos a esconder-nos de um tubarão enorme que nos
perseguia. Temos medo de que ele ainda esteja ali e nos coma.
Responderam os quatro amigos.
Como o amigo do peixinho dourado conhecia bem aquela
gruta e aquele lugar disse-lhes:
- Sigam-me que vou mostrar-vos uma saída segura e o
melhor caminho para saírem daqui sem que o tubarão vos
veja.
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20. Juntos nadaram, nadaram, ao longo da gruta, iluminados
pelas escamas do peixe prateado, saindo por uma abertura
escondida ao fundo da gruta e foram ter aos corais junto à
casa do peixinho dourado.
Os pais do peixinho, à porta da sua casa, feita de corais,
rochas brilhantes e algas, estavam muito tristes e muito
preocupados. Já tinham percorrido imenso mar e não sabiam
o que fazer mais para encontrar o seu filho.
Quando o peixinho viu os seus pais, nadou ainda mais
rápido e deu-lhes um grande abraço, dizendo-lhes:
- Estou tão feliz por regressar a casa. Tive muito medo de
não vos voltar a ver. Mas estes amigos salvaram-me.
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22. Os pais olharam para os quatro amigos e disseram:
- Mas eles não são peixes!
- Pois não! São crianças muito corajosas e amáveis.
Salvaram-me de morrer sufocado. Pegaram em mim, tirando-
me da areia onde a grande onda me deixou e depois
trouxeram-me para o mar. Também me salvaram do tubarão
que me queria comer. São mesmo crianças corajosas e uns
grandes amigos. E agora estou finalmente junto de vocês.
Explicou o peixinho.
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24. Então os pais do peixinho, muito felizes, agradeceram às
crianças e ofereceram-lhes um presente mágico. Era um colar
de coral que lhes permitiria respirar debaixo de água, sem
equipamento, sempre que eles os quisessem visitar.
A Mafalda, o Duarte, o Pedro e a Tatiana ficaram
encantados com o presente. Depois despediram-se do
peixinho dourado, prometendo voltar e foram-se embora para
casa.