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CURSO APOCALIPSE - PR. DENILSON LIMA
PALAVRA INTRODUTÓRIA
"O que difere um homem do outro, é seu nível de conhecimento".
Conhecimento é uma das coisas que ninguém rouba de você.
Monteiro Lobato disse: "quem mal ler, mal fala, mal ouve e mal vê”.
É muito bom ler, é muito bom se esmerar para conhecer, é essencial para o
cristão conhecer a Palavra de Deus.
Oseias 4:6: O meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o
conhecimento. Porquanto rejeitaste o conhecimento.
João 5:39: Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna,
e são elas que de mim testificam;
Mateus 22:29: Jesus, porém, respondendo, disse-lhes: Errais, não conhecendo
as Escrituras, nem o poder de Deus.
INTRODUÇÃO A APOCALIPSE
Apocalipse é com certeza um dos livros mais discutidos ao longo da história
da igreja, e considerado um dos mais difíceis da Bíblia para se interpretar pela maioria
dos cristãos. Isso acontece devido ao grande número de símbolos e figuras presentes
no livro.
Apocalipse 1:1: “REVELAÇÃO de Jesus Cristo, qual Deus lhe deu, para mostrar
aos seus servos as coisas que brevemente deve acontecer".
Bom, a principio é bom entendermos que, o livro APOCALIPSE, não é um livro
para o mundo, APOCALIPSE é um livro para a Igreja. Isso se depreende desse versículo
1 do capitulo 1...
A maioria dos cristãos sofre de ESCATOFOBIA, ou seja, medo das coisas
futuras... a grande maioria dos crentes em Jesus, tem medo de ler o livro de
APOCALIPSE, porque da ira de Deus, dos flagelos, nele descritos. Contudo, APOCALIPSE
é um livro para a Igreja.
Apesar de Apocalipse ter se tornado sinônimo de tragédia. Mas ao contrario
disso, Apocalipse revela o plano vitorioso e triunfante de Cristo e da sua igreja.
Apocalipse revela a vitória absoluta de Cristo contra todos os seus inimigos:
• a meretriz (O sistema religioso e política);
• a besta (o anti-cristo);
• o falso profeta (o braço direito do anti-cristo);
• o dragão (satanás),
• os incrédulos (todos que recusaram a aceita-Lo como Filho de Deus), e
• a morte, (morte que não pôde retê-Lo no sepulcro pois Ele quebrou os
grilhões dela e ressuscitou).
Apocalipse nos revela que o último capítulo da história não será de caos,
tragédia, derrota, mas de uma espetacular vitória do Cordeiro de Deus, o Leão de Judá,
O Rei dos Reis, O Senhor dos senhores que venceu.
No Evangelho de João 17 nos diz que Cristo veio ao mundo para revelar o Pai;
em Apocalipse é o Pai quem revela a Jesus (Ap 1:1).
E como o revela, carregando a cruz? Pregado na cruz? Sendo escarnecido na
cruz? Desfigurado na cruz? Sangrando na cruz? Não!
A revelação do Pai acerca do Seu Filho em Apocalipse, é a revelação de um
Cristo glorioso que venceu a morte e o inferno.
Apocalipse é um livro aberto em que Deus revela seus planos e propósitos
para a sua igreja.
DEFININDO A PALAVRA APOCALIPSE
A palavra APOCALIPSE deriva-se de DUAS palavras.
CALIPTU = SOMBRA
EU = BOM
• Juntando essas duas PALAVRAS - EU CALIPTO = BOA SOMBRA
• Já o prefixo APÓ, significa, "Para fora DE; Para longe DE...”
Então, juntando as palavras APÓ e CALIPTO, temos a Palavra APOCALIPSE =
Fora de SOMBRA, para longe da SOMBRA ou seja, REVELAÇÃO.
APOCALIPSE, é: Descobrir, Desvendar, Manifestar.
Os escritores clássicos traduziram a palavra “apocalipse” por “revelação”, em
razão de o verbo “revelar”, que freqüentemente é empregado nas Escrituras ter este
sentido
(Dn 2.22, 28-a). 22 Ele revela o profundo e o escondido; conhece o que está
em trevas, e com ele mora a luz.
28 Mas há um Deus no céu, o qual revela os mistérios; ele, pois, fez saber ao
rei Nabucodonosor o que há de acontecer nos últimos dias;
APOCALIPSE é a revelação de Jesus Cristo para nós
QUEM ESCREVEU O LIVRO APOCALIPSE?
A igreja dos primeiros séculos o aceitou como sendo João, o autor do quarto
evangelho e das epístolas. Os pais da Igreja também defendeu a autoria do livro como
sendo, João. E é completamente possível, porque a tradição histórica de que João
viveu até idade avançada em Éfeso é verdadeira.
Irineu, Policarpo, Clemente de Alexandria, Tertuliano de Cartago, Orígenes de
Alexandria, Hipólito de Roma, Basílio, Atanásio, Ambrósio, Cipriano, Agostinho,
Jerônimo e Teófilo, bispo de Antioquia, todos afirmaram que este Livro foi escrito pelo
Apóstolo João. Sendo assim, qualquer oposição a esta autoria, deve ser descartada.
DATA QUE O LIVRO FOI ESCRITO
EUSÉBIO e IRINEU afirmam que foi no ano 96 d. C., no tempo do imperador
Domiciano o livro foi escrito
Os 2 propósitos focais do Livro SÃO:
• os propósitos de Deus;
• a pessoa de Deus:
SOBRE OS PROPÓSITOS DE DEUS.
Deus informa os homens a respeito de Si mesmo: quem Ele é, o que Ele tem
feito, o que Ele está fazendo, o que Ele fará, e o que Ele requer que os homens façam.
Assim como o Senhor informou a Noé, Abraão e Moisés, o que havia
planejado e qual era a participação dos mesmos nesse plano , conforme está escrito
em (Gn 6.13-21; 12.1; 15.13-21; Êx 3. 7-22).
Assim como Ele desvendou Seus propósitos aos profetas, seus servos (Am
3.7).
Assim como Cristo disse aos discípulos: “...tudo quanto ouvi de meu Pai vos
tenho feito conhecer” (Jo 15.15b).
No Apocalipse, Cristo revelou a João seu servo “...as coisas que brevemente
devem acontecer”.
SOBRE A PESSOA DE DEUS...
O Desejo de Deus, alem de falar com o homem através de Sua Palavra; o
desejo de Deus é se tornar conhecido dos homens (Gn 35.7; Êx 6.3; Nm 12.6-8; Gl
1.15).
O Apocalipse não revela apenas o plano de Deus na obra da redenção,
Apocalipse revela o desenvolvimento desse plano e a consumação desse plano.
A DIFICULDADE NA INTERPRETAÇÃO DE APOCALIPSE
Apocalipse é considerado um livro de difícil interpretação por conta dos 4
problemas principais, que são eles:
1. O SIMBOLISMO;
2. A ESTRUTURA DO LIVRO;
3. O DEBATE ENTRE AS INTERPRETAÇÕES;
4. O USO DO ANTIGO TESTAMENTO.
1. O SIMBOLISMO
O SIMBOLISMO do livro é intensamente debatido devido sua relação com o
passado. Eu por exemplo não vejo dificuldade nisso, exceto se super-complicarmos o
assunto. Com relação aos SÍMBOLOS usados no Livro de Apocalipse, é bom
lembrarmos que, o que João usa, ele toma emprestado do seu tempo. Os muitos
SÍMBOLOS em APOCALIPSE são emprestados da situação do primeiro século, e o que
exercia influencia no tempo de João era as culturas grega e romana. Se João usasse
símbolos desconhecidos, jamais Apocalipse seria um livro aceito pela patrística. Como
diz Grant Osborn:
“Uma área de convergência de opiniões entre a maioria dos comentaristas é
que os antecedentes devem ser procurados na mentalidade apocalíptica comum dos
dias de João".
Ainda que contenha elementos preteristas ou seja, coisas que já
aconteceram, neste livro, a mensagem da soberania de Deus sobre o futuro procura
chamar a Igreja de hoje a uma postura de perseverança.
2. A ESTRUTURA DO LIVRO
Apocalipse já foi chamado de: “o Vilão do Novo Testamento". É o livro menos
lido por parte dos cristãos, principalmente os capítulos 4 a 22. Alguém disse que
existem tantas estruturas para o Apocalipse quanto o número de seus comentadores.
Bem, ainda que seja difícil de se chegar a um consenso, eu preciso dizer que
há alguns dados que podem ser observados. Todos os estudiosos admitem que o livro
tem uma forte ênfase sobre o número sete e João o usa por 54 vezes. Há:
7 castiçais de ouro, capítulo 1
7 anjos (agentes humanos), capítulo 1:20.
7 igrejas: capítulos 2 e 3.7 selos: capítulo 6 e 8,1-6.7 trombetas: 8,7-9,21 e
11,15-19.7 taças: capítulo 16.7 espíritos: 1,4; 4,5.7 bem-aventuranças: 1,3; 14,13;
16,15; 19,9; 20,6; 22,7.14.
7 anjos (agentes divinos), capítulos 8 – 16.
Um Cordeiro com 7 pontas e 7 olhos, capítulos 1:4 e 4:5.
7 trovões, capítulo 10:3.
Um dragão vermelho com 7 cabeças e 7 diademas, capítulo 12:3.
Uma Besta semelhante ao leopardo com 7 cabeças, capítulo 13.
7 montes e 7 reis, capítulo 17:9-10.
7 personagens entram em cena nos capitulo 12 e 13:
1) A mulher, Ap. 12:1;
2) O dragão, Ap. 12:3;
3) O menino, Ap. 12:5;
4) Miguel, Ap. 12:7;
5) A descendência da mulher, Ap. 12:17;
6) A Besta que saiu do mar, Ap. 13:1;
7) A Besta que saiu da terra, Ap. 13:11.
7 promessas para “aquele que vencer” (Ap. 2:7, 11, 17, 26; 3:5, 12, 21).
Tudo isso é porque o número 7 tem o significado de: “SER COMPLETO,
SATISFEITO, e transmite a ideia de perfeição ou totalidade. O SENHOR ESTÁ NO TRONO
E O CONTROLE ESTÁ COM ELE.
3. O DEBATE ENTRE AS INTERPRETAÇÕES
Falaremos sobre isso numa outra aula.
4. O USO DO ANTIGO TESTAMENTO
São muitas alusões do AT em Apocalipse. Essas alusões são essenciais à
compreensão do livro, tanto quanto o simbolismo. Praticamente todas as ideias
realçadas no Livro passa pela via da alusão do AT. É bom lembrar que, contrariando a
opinião popular, a chave que interpreta o livro de Apocalipse não está no Livro de
Daniel, apenas... a chave que interpreta Apocalipse, alem de Daniel, está em Isaias,
Ezequiel, Zacarias, Joel, Sofonias...
Eu sempre digo que Apocalipse é um "QUEBRA-CABEÇA ”.
A Escatologia é uma doutrina que a gente vai atualizando com os eventos.
Um fator importante no livro de APOCALIPSE é a TIPOLOGIA. A TIPOLOGIA é o
elemento hermenêutico central do livro.
Existe uma interrelação que se percebe entre vários textos do livro e outros
textos do Antigo testamento.
• Daniel 11:40-45 profeticamente fala das nações que aliadas ao
anticristo se juntarão para destruir Jerusalém, na batalha do
Armagedon, Apocalipse 19.
• Joel 2 fala de Apocalipse 19;
• Joel 3: 9-21 profeticamente fala de Apocalipse 19;
• Sofonias 1:14-15, profeticamente aponta para Apocalipse 19
• Sofonias 1:18 profeticamente está falando de Apocalipse
• Zacarias 14 fala de Apocalipse 19
• Zacarias 14:13 fala de Apocalipse 17:16
• Zacarias 14;16 aponta para Apocalipse 20, o governo milenar de Jesus.
Essa intertextualidade se concretiza no NT, no APOCALIPSE sob a forma de
referências ao AT, isto é, como evocações ao texto ou aos símbolos vetero-
testamentário.
Não tem como negar os símbolos e os tipos do AT que cumpre-se na pessoa
de Jesus ou cumpre-se em outros eventos.
Exemplo: José é um tipo de Cristo.
José, era um tipo de Jesus, tendo em vista que muitas ocorrências de sua vida
apontavam para fatos que ocorreram mais tarde na vida do Salvador:
JOSÉ E JESUS:
- Amado pelo Pai (Gn 37.3)
JESUS ERA AMADO PELO PAI (Mt 3.17)
- Odiado pelos irmãos (Gn 37.4)
JESUS FOI ODIADO PELO SEU POVO (Jo 15.24)
- Enviado pelo Pai (Gn 37.13-24
JESUS FOI ENVIADO PELO PAI (1 Jo 4.14)
- Vendido (Gn 37.28)
JESUS FOI VENDIDO (Mt 26.14,15)
- Tentado e venceu (Gn 39)
JESUS FOI TENTADO E VENCEU (Mt 4.1-11);
- Preso entre dois criminosos, um salvo, outro condenado (Gn 40)
JESUS FOI PRESO ENTRE DOIS CRIMINOSOS, UM SALVO E O OUTRO
CONDENADO (Lc 23.32,33)
- Levantado e exaltado (Gn 41.14,43,44)
JESUS FOI LEVANTADO E EXALTADO (Mt 28.18)
- Com trinta anos começou o ministério (Gn 41.46)
COM 30 ANOS INICIOU SEU MINISTÉRIO (Lc 3.23)
- A noiva não-hebréia (Gn 41.45)
A NOIVA NÃO HEBRÉIA (Ef 5.25,27)
- A tribulação obrigou os irmãos a procurá-lo (Gn 42)
NA TRIBULAÇÃO QUE HÁ DE VIR IRÃO PROCURÁ-LO (Mt 24.21; Zc 12.10; Is
26.16)
- Através de José vieram reconciliação e bênçãos para os irmãos (Gn 45,46)
ATRAVÉS DE JESUS VIERAM RECONCILIAÇÃO, BÊNÇÃOS (Is 11, 12 e 35)
- Todos os povos abençoados por causa dele (Gn 41.57)
TODOS FORAM ABENÇOADOS ATRAVÉS DELE (Is 2.2-4; 11.10)
- No Egito, José reconheceu seus irmãos, mas seus irmãos não o
reconheceram - Gn. 42:8
JESUS CONHECEU SEU POVO, MAS O SEU POVO NAO O RECONHECEU - Jo.
1:11-12.
- José foi reconhecido pelos seus irmãos no tempo da escassez - Gn. 45:4
OS JUDEUS RECONHECERÃO JESUS QUANDO ELE VIR EM GLÓRIA NO TEMPO
QUE JERUSALÉM ESTIVER CERCADA - Ap. 1:7 e Ap. 19.
GOLIAS E O ANTICRISTO:
- Golias, um incircunciso (1Sm. 17)
ANTICRISTO BLASFEMA CONTRA DEUS (Ap. 13)
- Golias tinha uma lança de 600 ciclos e uma media de 6 côvados de altura
(1Sm. 17)
O ANTICRISTO SERÁ CONHECIDO PELO NÚMERO 666 (Ap. 14)
- Golias queria escravizar Israel (1Sm 17)
O ANTICRISTO fará um pacto com Israel (Dn. 9)
- Tudo de Golias era feito de bronze (1Sm. 17:4-6)
O anticristo virá do reino do ferro (1Sm. 17)
- Golias tinha uma lança de ferro (ISm. 17:7)
O ANTICRISTO SE APOIARÁ NO REINO DE FERRO (Dn. 4).
- Golias tinha 4 irmãos gigantes (2Sm. 21:22)
O ANTICRISTO SERÁ O MAIOR ENTRE OS 4 chifres da Grécia (Dn. 8:8-9).
- Golias foi derrotado por uma Pedra (1Sm. 17:49)
O anticristo será derrotado por uma Pedra sem auxílio de mão (DN.
2:45)
A exemplo do que se vê nos Evangelhos com Jesus, vemos o cumprimento das
profecias do AT se cumprindo também em Apocalipse.
POR QUÊ ESTUDAR APOCALIPSE?
Porque o mundo está vivendo aquilo que chamamos de "Noite Escatologica”.
A Noite ESCATOLOGIA é marcada pela desvalorização da pregação do
evangelho, pela secularização dos valores absolutos do cristianismo, pela confusão
teológica desencadeada pela apostasia.
Existe um bombardeio de noticias ruins que tem deixado muitas pessoas
temerosas e curiosas com relação ao futuro. Gurus, Cartomantes, Adivinhos, Bruxos
tem sido consultados e entrevistados para falar sobre o tempo fim. Os Pregadores
pregam dizendo que atualmente mais profecias estão se cumprindo do que em
qualquer outro período da historia. Um em cada quatro adultos acreditam que estará
vivo quando Jesus voltar.
POR QUÊ ESTUDAR APOCALIPSE?
• Apocalipse revela que é Deus quem está no controle.
• Apocalipse estimula a nossa fé e a perseverança.
• Apocalipse nos alerta a não cometermos certos erros e revela como
obtemos a vida eterna.
OITO RAZÕES PARA LERMOS APOCALIPSE:
1. Apocalipse é a Palavra de Deus
2. Apocalipse é um livro para a Igreja
3. Apocalipse fala de Jesus.
4. Apocalipse revela o plano de Deus para o futuro.
5. Uma benção especial é prometida a todos que leem e que ouvem
Apocalipse.
6. Apocalipse mudará nossa vida.
7. Apocalipse fará com que nos interessemos por aquele que rejeitam
Deus e seu Filho Jesus.
8. Se a profecia está se cumprindo, as pessoas deveriam ter interesses
em saber os detalhes.
COMO ESTUDAR APOCALIPSE?
• Como uma mensagem de Jesus
• Como uma mensagem para a Igreja
• Como uma mensagem profética.
CONCLUSÃO
Muitos teólogos pensam que Apocalipse não é o registro preciso do fim. Eles
também estão convencidos de que os seus mistérios são tão vagos que o final é
deixado em confusão. Mas isso é um erro gravíssimo pois retira da pauta do livro, a
saga da redenção.
O Apocalipse revela muitas verdades divinas. Ele adverte a igreja do perigo do
pecado e a instrui sobre a necessidade de santidade.
Apocalipse revela a força de Cristo e que com Cristo, os crentes têm de vencer
a Satanás.
Ele revela a glória e majestade de Deus e descreve a adoração que existe em
seu trono. O livro de Apocalipse revela o fim da história humana, incluindo o desfecho
final político do mundo, a trajetória e a derrota do anti-cristo, e a poderosa batalha do
Armagedom.
Ele revela a vinda em glória do reinado de Cristo na terra durante o reino
milenar, o julgamento do Grande Trono Branco, e retrata a eterna bem-aventurança
do novo céu e da nova terra.
Ele revela a última vitória de Jesus Cristo sobre toda a oposição humana e
demoníaca. O livro do Apocalipse descreve a derrota final de Satanás e do pecado, e o
estado final dos ímpios (tormento eterno no inferno) e os justos (alegria eterna no
céu).
O livro de Apocalipse é a revelação de Jesus Cristo, e também a revelação
sobre Ele.
OS MÉTODOS DE INTERPRETAÇÃO
Por toda historia da Igreja, as teorias interpretativas a cerca do livro de
APOCALIPSE foram muitas e amplamente divergentes.
Métodos de interpretação como:
"PRETERISMO” ", "HISTORICISMO”, "IDEALISTA”, FUTURICISMO" e as
abordagens “Pré-Tribulaciosnismo”, “Meso-Tribulacionismo” e “Pós-Tribulacionismo”
são vertentes, podemos dizer assim, que nasceram das três principais linhas de
interpretação da Escatologia, que são elas:
DEFININDO “pré-milenismo”, “pós-milenismo”, “amilenismo".
PRÉ - MILENISMO HISTÓRICO
O PRÉ - MILENISMO, também conhecido como PRÉ-MILENISMO HISTÓRICO,
foi o método de interpretação da Escatologia dos primeiros três séculos da Igreja.
Durante os 3 primeiros séculos da Igreja, uma perseguição implacável contra
os cristãos foi empreendida através de 10 imperadores distintos:
1. NERO
2. DOMICIANO
3. TRAJANO
4. MARCO AURÉLIO
5. SEPTIMO SEVERO
6. MAXIMINO
7. DÉCIO
8. VALERIANO
9. DIOCLECIANO
10. GALERIO
Durante este período sangrento de perseguições que teve inicio no ano 64,
surgiram muitas obras apocalípticas. A razão dessas obras, é que os cristãos primitivos
associaram o anti-cristo ao imperador romano de plantão.
Assim, cronologicamente, ainda que erroneamente, eles criam que Jesus
voltaria, destruiria o anti-cristo e implantaria Seu Governo Milenar, o que não ocorreu.
O que ocorreu foi que o imperador Constantino chegou ao poder, deu fim às
perseguições e oficializou o cristianismo como religião oficial do império.
Entre os PRÉ-MILENISTAS estão:
Policarpo (69-155), Papias (70-163); Irineu (130-202); Tertuliano (160-220),
Inácio, Hipólito (170-236) Cipriano (258), Lactâncio (320) dentre outros.
Policarpo, que viveu entre os anos (70 - 155), escreveu:
“Se o agradamos nesta era, receberemos também a era por vir, segundo nos
prometeu que nos ressuscitará dos mortos, e que, se nos mostrarmos dignos dele em
nosso viver, ‘também reinaremos com ele’”.
Papias (80 – 163) escreveu que o Milênio realizar-se-ia após a ressurreição dos
mortos “quando o reinado do próprio Cristo será estabelecido”.
Irineu, que viveu entre os (130 – 202):
“Mas, depois que esse anti-cristo tiver devastado todo este mundo, ele
reinará durante três anos e seis meses e se assentará no templo, em Jerusalém; então
o Senhor virá dos céus nas nuvens, na glória do Pai, e enviará esse homem e seus
seguidores para o lago de fogo; mas trará para os justos os dias do reino, ou seja, o
descanso, o bendito sétimo dia; e restaurará a Abraão a prometida herança, em cujo
reino haveriam de sentar-se com Abraão, Isaque e Jacó… Assim, a benção predita
pertence, sem sombra de dúvida, aos dias do reino, quando os justos terão domínio
sobre sua própria ressurreição”.
Na atualidade os teólogos que adotam o PRÉ-MILENISMO são: Russel Shedd;
George Eldon Ladd; Wayne Grudem; Oscar Cullmann e outros...
A CRONOLOGIA DO PRÉ-MILENISMO
O PRÉ - MILENISMO defende que Jesus voltará, e que os eventos ocorrerão
dentro dessa ordem cronológica:
(1) A era atual da igreja;
(2) A Grande Tribulação com a igreja presente;
(3) A segunda vinda de Cristo em glória com o arrebatamento da igreja e a
primeira ressurreição dos mortos em Cristo, e, também, o aprisionamento de Satanás
por mil anos;
(4) Os mil anos do governo milenar de Jesus na terra;
(5) O fim do milênio, onde Satanás com as nações rebeldes serão condenadas
para sempre;
(6) A segunda ressurreição, que é dos incrédulos como de quem morreu
durante o milênio, seguido do grande julgamento do trono Branco, o Juízo Final; e
(7) O Estado eterno, que para os salvos será um novo céu e uma nova terra; e
para os perdidos, será no lago de fogo e enxofre.
Evidentemente que a posição escatológica dos primeiros líderes não era
uniforme, havia divergências. Havia algumas controvérsias, principalmente no que se
referia à literalidade do Milênio.
O PÓS-MILENISMO
O PÓS-MILENISMO, é possível que tenha surgido através de Orígenes (185-
254 d.C.) Mas o PÓS - MILENISMO tornou-se dominante a partir de Eusébio de
Cesareia (260-340), Atanásio (296-372), Agostinho (354-430). O PÓS - MILENISMO foi
tão dominante na época que a crença num milênio literal foi condenada como
supersticiosa no Concílio de Éfeso no ano (431 d.C.).
Esta interpretação escatológica ganhou seguidores, principalmente entre as
igrejas reformadas.
João Calvino (1509-1605), defendeu o PÓS - MILENISMO; o puritano como
Matthew Henry (1662-1714)...
O PÓS-MILENISMO interpreta os “mil anos” de Apocalipse 20 ocorrendo antes
da segunda vinda de Cristo.
O termo PÓS-MILENISMO inclui várias opiniões semelhantes do fim dos
tempos.
Tem o Pós-Milenismo Antigo e o Pós-Milenismo Radical:
O Pós-Milenismo Antigo, defende um grande reavivamento na igreja antes da
vinda de Cristo. Para o Pós-Milenismo Antigo, o evangelho uma vez mais frutificará
tanto quanto no tempo dos apóstolos ou até mesmo no período da Reforma
Protestante. A Igreja crescerá de tal forma que a “terra se encherá do conhecimento
do Senhor como as águas cobrem o mar” (Habacuque 2:4).
O Pós- Milenismo Radical, também conhecido como "Reconstrucionismo
Cristão" ou “Teologia do Domínio”, espera não somente um futuro glorioso para a
igreja, mas que tudo da sociedade e da vida humana esteja algum dia debaixo do
domínio de cristãos, e que esta sociedade “cristianizada” será o cumprimento das
promessas da Escritura com respeito ao Reino de Cristo.
O PÓS-MILENISMO defende que Cristo retornará depois de um período de
tempo, mas não necessariamente 1000 anos.
O Pós-Milenismo defende que Apocalipse 20:4-6 não deva ser interpretado
literalmente e que os 1000 anos simplesmente significa “um longo período de tempo”.
A CRONOLOGIA DO PÓS-MILENISMO
A era do milênio é todo o período entre a primeira e a segunda vinda de
Cristo.
Haverá salvação da maioria dos seres humanos através da pregação do
Evangelho. Entre os salvos estarão os israelitas que rejeitaram Jesus.
Fé, justiça, paz e prosperidade irão prevalecer entre os povos de todas as
nações.
Após este “milênio”, Satanás será solto por um breve tempo e incitará uma
rebelião (Ap. 20:7-9). Logo depois, o Senhor retornará visivelmente em grande glória,
finalizando assim a história com a ressurreição geral, o grande julgamento de toda a
humanidade e os salvos entrarão no céu.
AMILENISMO
O termo amilenismo não se tem uma precisão de quando ele foi usado pela
primeira vez.
O prefixo "a" em amilenismo significa "não" ou "sem". Portanto, amilenismo
significa “sem milênio”.
O Amilenismo defende que a Bíblia não prediz um ‘Milênio’ ou período de paz
e justiça mundial sobre a Terra antes do fim do mundo”.
“O Amilenismo defende que o bem e o mal, o Reino de Deus e o reino de
Satanás, se desenvolverá paralelamente até a segunda vinda de Cristo.
Quando Cristo voltar, ocorrerá a ressurreição e o julgamento, logo após, a
ordem eterna das coisas estabelecidas por Deus. – o Reino absoluto e perfeito de
Deus, no qual não haverá pecado, tristeza, dor nem morte”.
O Amilenismo defende que antes da volta de Cristo, a pregação do Evangelho
alcançará todas as nações e a conversão da plenitude de Israel.
A CRONOLOGIA DO AMILESNIMO
O Amilenismo defende que a Segunda Vinda de Cristo será um único evento.
No momento da volta de Cristo haverá uma ressurreição geral, tanto dos salvos como
dos perdidos, e logo após a ressurreição, os crentes que ainda estiverem vivos serão
transformados e glorificados. Estes dois grupos, crentes ressurrectos e crentes
transformados, serão arrebatados a encontrar com o Senhor nos ares. Após este
“arrebatamento” de todos os crentes, Cristo completará sua descida à terra e
conduzirá o juízo final. Após o juízo, os perdidos serão entregues à punição eterna, ao
passo que os crentes desfrutarão para sempre das bênçãos dos novos céus e da nova
terra.
A doutrina oficial da igreja foi, podemos dizer, Pós-Milenista ou Amilenista,
contudo, o Pré-Milenismo surgia sempre que às condições sociais se tornavam
opressivas.
COMO SÃO INTERPRETADOS OS EVENTOS A SEGUIR DENTRO DA VISÃO PRÉ-
MILENISTA PÓS-MILENISTA E AMILENISTA.
- IGREJA E ISRAEL
- SEGUNDA VINDA DE CRISTO E O ARREBATAMENTO
- ANTI-CRISTO
- GRANDE TRIBULAÇÃO
- RESSURREIÇÃO DOS MORTOS
- MILÊNIO
- JUÍZO FINAL
IGREJA E ISRAEL
Pré-Milenismo Histórico: A Igreja é o Israel Espiritual, ou seja, o novo Israel no
Novo Testamento, porém Deus tratará com Israel separadamente concernente
algumas promessas no milênio.
Pós-Milenismo: A Igreja é o novo Israel.
Amilenismo: A Igreja é o verdadeiro Israel de Deus, e Deus tem apenas um só
povo.
SEGUNDA VINDA DE JESUS
Pré-Milenismo Histórico: A Segunda Vinda de Cristo e o arrebatamento são o
mesmo evento.
Pós-Milenismo: A Segunda Vinda de Cristo e o arrebatamento são o mesmo
evento.
Amilenismo: A Segunda Vinda de Cristo em glória e o arrebatamento é uma
coisa só.
O ANTI-CRISTO
Pré-Milenismo Histórico: Um indivíduo específico, escatológico, que será o
inimigo da Igreja no período tribulacional
Pós-Milenismo: O anticristo é qualquer pessoa que persegue e se opõem ao
crescimento da Igreja na terra.
Amilenismo: Muitos anticristos se levantaram ao longo da história, porém
haverá um último indivíduo que será o anticristo escatológico irá surgir no período
tribulacional e regerá um sistema religioso mundial que será contra a Igreja de Cristo.
GRANDE TRIBULAÇÃO
Pré-Milenismo Histórico: A Igreja passará pela grande tribulação.
Pós-Milenismo: A tribulação é experimentada na presente era. Existem Pós-
Milenistas que acreditam em um período final de grande apostasia e tribulação
antecedendo a volta de Cristo, e existem outros que defendem que quando Cristo
voltar o mundo estará em plena paz e prosperidade.
Amilenismo: Somente após o período de grande tribulação é que ocorrerá a
segunda vinda de Cristo, ou seja, a Igreja passará pela grande tribulação.
MILÊNIO
Pré-Milenismo Histórico: Haverá um reino milenar e literal no futuro após a
segunda vinda de Cristo, com Jesus reinando sobre as nações do mundo.
Pós-Milenismo: O milênio significa um longo período de tempo.
Amilenismo: O milênio não é um período literal de mil anos. No Amilenismo o
milênio é espiritual onde os salvo reinam com Cristo no céu e sobre a terra, e começa
na primeira vinda de Cristo.
RESSURREIÇÃO DOS MORTOS
Pré-Milenismo Histórico: Apenas os salvos ressuscitarão na segunda vinda de
Cristo para reinarem com Ele no Milênio, enquanto os ímpios só ressuscitarão no final
do milênio para a condenação eterna.
Pós-Milenismo: Salvos e ímpios ressuscitaram de forma geral na Segunda
Vinda de Cristo.
Amilenismo: Salvos e ímpios ressuscitam de forma geral na segunda vinda de
Cristo. Os salvos para reinarem com Deus e os ímpios para condenação eterna.
JUÍZO FINAL
Pré-Milenismo Histórico: Julgamento final na segunda após o milênio.
Pós-Milenismo: Julgamento geral de todas as pessoas na segunda vinda de
Cristo.
Amilenismo: Julgamento geral (juízo final) de todas as pessoas na segunda
vinda de Cristo.
PRETERISMO, HISTORICISMO, IDEALISMO E FUTURISMO
Do período da Contra-Reforma para cá, o Apocalipse tem sido estudado de
acordo com quatro metodologias de interpretação:
- Preterismo,
- Historicismo,
- Idealismo e
- Futurismo, ou uma combinação delas.
Vamos analisá-las cada uma a seguir:
PRETERISMO - (O preterismo, foi proposta por John Hentenius em 1547) O
PRETERISMO se alinha ao PÓS-MILENISMO. Existe até PÓS-MILENISTAS PRETERISTAS.
O método de interpretação Preterista considera que muitas das profecias do
Novo Testamento já foram cumpridas na destruição de Jerusalém em 70 d.C. e em
eventos do período da igreja primitiva.
O contexto histórico do Apocalipse, ou seja, muito do simbolismo presente no
livro está relacionado aos acontecimentos contemporâneos da época em que foi
escrito.
Existe uma classificação dentro da interpretação Preterista, que podemos
chamar de Preterismo Radical, E Preterismo Moderado (ou Hiperpeterismo). A
diferença entre moderado e o radical é basicamente a totalidade ou não do
cumprimento das profecias.
O Preterismo Radical defende que tudo já foi cumprido em 70 d.C. na
destruição de Jerusalém e depois na queda do Império Romano, enquanto o
Preterismo Moderado acredita em uma segunda vinda de Cristo, ressurreição dos
mortos e julgamento final.
O Preterismo Radical é considerado por muitos herético, pois nega princípios
fundamentais da fé cristã, como a segunda vinda de Cristo.
O Preterismo Moderado defende que os capítulos 6-18 de Apocalipse são
simbólicos e alegóricos, não descrevendo eventos literais. Já o capitulo 19, deve ser
interpretado de forma literal. Jesus Cristo irá retornar literal e fisicamente. O capítulo
20 interpretado alegoricamente, e os capítulos 21-22 são entendidos como sendo
parcialmente literal, que haverá realmente um Novo Céu e uma Nova Terra.
HISTORICISMO
O Historicismo interpreta o Apocalipse como sendo uma profecia simbólica de
toda a história da igreja até a volta de Cristo.
A simbologia do livro identificam inúmeros acontecimentos da história do
mundo ocidental e da igreja.
Sendo assim, o Historicismo encaixam os acontecimentos do livro em várias
épocas da história humana.
Para o Historicismo, a besta é o papado e o falso profeta a Igreja Católica
Apostólica Romana.
Sem sombra de duvidas, uma interpretação como esta pode causar confusão,
porque não há diretrizes claras com relação aos eventos; não há diretrizes plausíveis
sobre quais eventos da história estariam sendo abordados.
O historicismo peca ao interpretar a Bíblia a luz da história, e isso é
inconcebível. A Bíblia é quem interpreta a história, e não o contrário.
SIMBÓLICO
O método SIMBÓLICO, é o mesmo ESPIRITUAL, MÍSTICO e IDEALISTA.
A interpretação Simbólico, são eruditos que defendem que o livro é uma
coletânea de símbolos místicos que visam ensinar lições espirituais e morais.
Este método de interpretação vê apenas um quadro simbólico do conflito
cósmico espiritual entre o Reino de Deus e os poderes das trevas.
A besta é o mal satânico em qualquer forma no intuito de oprimir a igreja.
FUTURISTA
Futurista é o mesmo Dispensacionalismo e Pré-Milenismo Dispensacionalista.
Na interpretação Futurista, quase tudo no livro de Apocalipse está
relacionado aos acontecimentos futuros do fim dos tempos. Este é o método de
interpretação da Escatologia Pentecostal, que se divide assim:
Os capítulos 1 a 3 são de fato históricos, ou seja, já aconteceram, mas com
relação aos seus métodos de aplicação, serve para todos os tempos. Já os capítulos 4 a
22 estão relacionadas as coisas do porvir.
PRÉ-TRIBULACIONISMO, MESO-TRIBULACIONISMO, PÓS-TRIBULACIONISMO
Pré, Midi e Pós, são a posição em que cada escola entende que a vinda de
Cristo ocorrerá em relação à tribulação.
A discursão dentro dessas três abordagens está em torno do arrebatamento
da Igreja, se ela passa, se ela será arrebatada no meio, ou no final Tribulação. Dessa
questão é que nasce.
PRE-TRIBULACIONISTA: (Futuristas) - Esta corrente escatológica acreditam
que a igreja não passará pela tribulação, pois será arrebatada antes que ela se inicie.
MESO-TRIBULACIONISTA: Esta corrente escatológica entende que na
tribulação, a ultima semana de anos que profetizou o profeta Daniel, a Igreja de Cristo
passará o primeiro período de três anos e meio, chamado também de principio de
dores aqui na terra, sendo arrebatada ao fim deste período, quando o Espirito Santo
deixará seu papel de retentor do mau e subirá conduzindo a igreja ao céu, deixando
na terra o caminho livre para o anticristo, no período conhecido como grande
tribulação - (Apocalipse 7:14)
PÓS- TRIBULACIONISTA: (Pré-Milenismo Histórico) - Esta corrente
escatológica acredita que a igreja passará por todo o período da tribulação, e se
encontrará com Cristo apenas após a grande-tribulação.
APOCALIPSE 1
É BEM AVENTURADO QUEM LÊ E BEM AVENTURADO QUEM OUVE O LIVRO
DE APOCALIPSE. (AP. 1:3).
Significado de BEM-AVENTURADO
Que goza de bem-aventurança (grande felicidade}. Não significa uma
felicidade passageira ou fundamentada apenas em estímulos, que se retirados, a
destroem. Essa felicidade é fundamentada principalmente em Deus, na obediência à
Sua palavra e na fé. Essa obediência e fé gera a ação de Deus no coração, que gera a
felicidade, e felicidade essa, capaz de resistir até aos momentos mais difíceis.
ELE É A FIEL TESTEMUNHA (Apocal. 1:5)
Ele foi fiel durante todo seu ministério, ele nunca deixou de testemunhar
sobre o Pai.
Ele não apenas falou da verdade, Ele é a verdade.
ELE É O PRIMOGÊNITO DOS MORTOS (Apocal. 1:5).
Ele é o primogênito dos mortos, porque Ele foi o primeiro a ressuscitar em
glória. Ele é o primeiro que ressuscitou e está vivo e em atividade nos céus e na terra.
ELE É O PRÍNCIPE DOS REIS DA TERRA (Apocal. 1:5).
Ele Reina absoluto. Ele é quem governa. Jesus, é o presidente dos presidentes,
diante de quem todos os poderosos, se dobrarão.
Ele está acima dos impérios, e de todos os reinos do mundo.
Ele é o Rei dos reis e Senhor dos senhores.
RAZÕES DAS PERSEGUIÇÕES CONTRA A IGREJA NOS DIAS DE JOÃO
Durante os primeiros três séculos do cristianismo havia, tanto a competição
entre as religiões, como o espírito de intolerância entre elas. Embora nunca fossem
usados recursos de luta armada para se defenderem, os cristãos foi o único elemento
social perseguido por um período extremamente prolongado. Os principais motivos
foram:
O CULTO AO IMPERADOR
Os cristãos rejeitavam a escravidão e a adoração ao imperador. A adoração ao
imperador era considerada prova de lealdade. Havia estátuas de imperadores
reinantes nos lugares mais visíveis para o povo adorar. Só que os cristãos não faziam
essa adoração.
NÃO PARTICIPAÇÃO NAS FESTAS E RITOS IDÓLATRAS
Os cristãos não participavam de nenhum ato, rito ou festa idólatra. Eles se
mantinham afastados de tudo que se considerava mundano e idólatra.
CARÁTER EXCLUSIVO DO CRISTIANISMO
“Eu sou O caminho” (João 14:6);
“Eu sou A porta” (João 10:9).
“Porque Deus amou ao mundo de tal maneira, que deu seu Filho unigênito,
para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. (João 3:16).
“E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum
outro nome há dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos”. (Atos 4:12).
ATEÍSMO
Os cristãos não tinham ídolos e no seu culto nada havia para ser visto. Seu
culto era espiritual.
Quando eles se punham de pé e oravam de olhos fechados, suas orações não
eram dirigidas a nenhum objeto visível. Para as autoridades, acostumadas às
manifestações materiais simbólicas de seus deuses, isso nada mais era do que ateísmo.
CANIBALISMO
Eram acusados de incesto, de canibalismo e de práticas desumanas, a ponto
de serem acusados de infanticídio em adoração ao seu Deus. A saudação com o ósculo
santo (beijo) foi transformado em forma de conduta imoral.
OS MOTIVOS FINANCEIROS (A INDÚSTRIA DA IDOLATRIA)
Muitas vezes os governantes eram influenciados para perseguir os cristãos,
por pessoas cujos interesses financeiros eram prejudicados pelo progresso da Igreja
Cristã. Os sacerdotes e demais servidores dos templos dos ídolos, os que negociavam
com imagens para adoração, os escultores de imagens, os arquitetos que construíam
templos e todos aqueles que ganhavam a vida por meio da idolatria e adoração pagã.
Não era raro ouvir-se o povo gritar: "joguem os cristãos às feras", quando seus
negócios e sua arte estavam em perigo, ou quando funcionários públicos ambiciosos
desejavam apoderar-se das propriedades de cristãos ricos.
A IGUALDADE SOCIAL NA IGREJA
Dentro da igreja primitiva os escravos podiam viver misturados com o povo, e
o que era considerado absurdo, era que o escravo podia tornar-se líder da igreja. Não
havia divisão e/ou acepção de pessoas dentro da igreja, senhor e escravo, eram
tratados de forma igual. Essas e outras coisas levou o mundo da época a rotular os
cristãos de “ateus e inimigos dos deuses”. Os cristãos passaram a se reunir em casas,
sempre no período da noite, no mais absoluto sigilo começando a partir de então, a
criar laços de afeição uns pelos outros. Quanto a ceia do Senhor, (simbolicamente
comer da carne e beber do sangue do Senhor), a observância dessa ordenança de
Cristo deu margem às acusações de canibalismo.
JOÃO E O IMPERADOR DOMICIANO
O historiador Plínio chamou Domiciano, de: “a besta do inferno que se sentou
em sua toca, lambendo o sangue”. O imperador Domiciano, por natureza inclinada à
crueldade, matou primeiro seu irmão, suscitando logo a segunda perseguição aos
cristãos ordenando a execução.
Flávia, filha de um senador romano, foi quem ditou a seguinte lei: “Que
nenhum cristão, uma vez trazido ao tribunal, fique isento de castigo, sem que renuncie
a sua religião”. Milhares de cristão foram mortos, especialmente em Roma e em toda a
Itália.
Domiciano, o segundo Nero, que arrogou para si o título de Senhor e Deus,
baniu João para a Ilha de Patmos, a colônia penal da costa da Ásia Menor. Mas ao
mesmo tempo em que se achava fisicamente em Patmos, achou-se também em
espírito e Deus abriu-lhe o céu e revelou-lhe as coisas que em breve devem acontecer.
Num tempo em que a igreja estava sendo massacrada e pisada, perseguida e
torturada, João recebe a revelação de que o Noivo da Igreja, o Senhor absoluto dos
céus e da terra, está no total controle da igreja e da história (1:1.3; 5:5).
APOCALIPSE 1:9 (Ilha de Patmos).
Patmos significa, MORTAL.
O termo “patmos” significa “mortal”. O sentido original é, em razão do
aspecto tristonho da ilha. No tempo do império romano, a “ilha de Patmos” serviu de
lugar de detenção para criminosos de alta periculosidade
Apocalipse 1:10 - João arrebatado em espírito.
A partir daqui você não necessitará mais da apostila.
Deus abençoe sua vida, querido (a) aluno (a).
BIBLIOGRAFIA
1. Lima, Denilson - Inferno Ficção ou Realidade?
2. Osborn, Grant - Apocalipse
3. Pedro, Severino - Apocalipse Versículo por Versículo
4. Dake, Finis - Apocalipse Explicado
5. Almeida, Abraão - Israel Gogue e o Anticristo

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Introdução à Revelação de Jesus Cristo

  • 1.
  • 2. CURSO APOCALIPSE - PR. DENILSON LIMA PALAVRA INTRODUTÓRIA "O que difere um homem do outro, é seu nível de conhecimento". Conhecimento é uma das coisas que ninguém rouba de você. Monteiro Lobato disse: "quem mal ler, mal fala, mal ouve e mal vê”. É muito bom ler, é muito bom se esmerar para conhecer, é essencial para o cristão conhecer a Palavra de Deus. Oseias 4:6: O meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento. Porquanto rejeitaste o conhecimento. João 5:39: Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam; Mateus 22:29: Jesus, porém, respondendo, disse-lhes: Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o poder de Deus. INTRODUÇÃO A APOCALIPSE Apocalipse é com certeza um dos livros mais discutidos ao longo da história da igreja, e considerado um dos mais difíceis da Bíblia para se interpretar pela maioria dos cristãos. Isso acontece devido ao grande número de símbolos e figuras presentes no livro. Apocalipse 1:1: “REVELAÇÃO de Jesus Cristo, qual Deus lhe deu, para mostrar aos seus servos as coisas que brevemente deve acontecer". Bom, a principio é bom entendermos que, o livro APOCALIPSE, não é um livro para o mundo, APOCALIPSE é um livro para a Igreja. Isso se depreende desse versículo 1 do capitulo 1... A maioria dos cristãos sofre de ESCATOFOBIA, ou seja, medo das coisas futuras... a grande maioria dos crentes em Jesus, tem medo de ler o livro de APOCALIPSE, porque da ira de Deus, dos flagelos, nele descritos. Contudo, APOCALIPSE é um livro para a Igreja. Apesar de Apocalipse ter se tornado sinônimo de tragédia. Mas ao contrario disso, Apocalipse revela o plano vitorioso e triunfante de Cristo e da sua igreja. Apocalipse revela a vitória absoluta de Cristo contra todos os seus inimigos:
  • 3. • a meretriz (O sistema religioso e política); • a besta (o anti-cristo); • o falso profeta (o braço direito do anti-cristo); • o dragão (satanás), • os incrédulos (todos que recusaram a aceita-Lo como Filho de Deus), e • a morte, (morte que não pôde retê-Lo no sepulcro pois Ele quebrou os grilhões dela e ressuscitou). Apocalipse nos revela que o último capítulo da história não será de caos, tragédia, derrota, mas de uma espetacular vitória do Cordeiro de Deus, o Leão de Judá, O Rei dos Reis, O Senhor dos senhores que venceu. No Evangelho de João 17 nos diz que Cristo veio ao mundo para revelar o Pai; em Apocalipse é o Pai quem revela a Jesus (Ap 1:1). E como o revela, carregando a cruz? Pregado na cruz? Sendo escarnecido na cruz? Desfigurado na cruz? Sangrando na cruz? Não! A revelação do Pai acerca do Seu Filho em Apocalipse, é a revelação de um Cristo glorioso que venceu a morte e o inferno. Apocalipse é um livro aberto em que Deus revela seus planos e propósitos para a sua igreja. DEFININDO A PALAVRA APOCALIPSE A palavra APOCALIPSE deriva-se de DUAS palavras. CALIPTU = SOMBRA EU = BOM • Juntando essas duas PALAVRAS - EU CALIPTO = BOA SOMBRA • Já o prefixo APÓ, significa, "Para fora DE; Para longe DE...” Então, juntando as palavras APÓ e CALIPTO, temos a Palavra APOCALIPSE = Fora de SOMBRA, para longe da SOMBRA ou seja, REVELAÇÃO. APOCALIPSE, é: Descobrir, Desvendar, Manifestar. Os escritores clássicos traduziram a palavra “apocalipse” por “revelação”, em razão de o verbo “revelar”, que freqüentemente é empregado nas Escrituras ter este sentido (Dn 2.22, 28-a). 22 Ele revela o profundo e o escondido; conhece o que está em trevas, e com ele mora a luz. 28 Mas há um Deus no céu, o qual revela os mistérios; ele, pois, fez saber ao rei Nabucodonosor o que há de acontecer nos últimos dias; APOCALIPSE é a revelação de Jesus Cristo para nós
  • 4. QUEM ESCREVEU O LIVRO APOCALIPSE? A igreja dos primeiros séculos o aceitou como sendo João, o autor do quarto evangelho e das epístolas. Os pais da Igreja também defendeu a autoria do livro como sendo, João. E é completamente possível, porque a tradição histórica de que João viveu até idade avançada em Éfeso é verdadeira. Irineu, Policarpo, Clemente de Alexandria, Tertuliano de Cartago, Orígenes de Alexandria, Hipólito de Roma, Basílio, Atanásio, Ambrósio, Cipriano, Agostinho, Jerônimo e Teófilo, bispo de Antioquia, todos afirmaram que este Livro foi escrito pelo Apóstolo João. Sendo assim, qualquer oposição a esta autoria, deve ser descartada. DATA QUE O LIVRO FOI ESCRITO EUSÉBIO e IRINEU afirmam que foi no ano 96 d. C., no tempo do imperador Domiciano o livro foi escrito Os 2 propósitos focais do Livro SÃO: • os propósitos de Deus; • a pessoa de Deus: SOBRE OS PROPÓSITOS DE DEUS. Deus informa os homens a respeito de Si mesmo: quem Ele é, o que Ele tem feito, o que Ele está fazendo, o que Ele fará, e o que Ele requer que os homens façam. Assim como o Senhor informou a Noé, Abraão e Moisés, o que havia planejado e qual era a participação dos mesmos nesse plano , conforme está escrito em (Gn 6.13-21; 12.1; 15.13-21; Êx 3. 7-22). Assim como Ele desvendou Seus propósitos aos profetas, seus servos (Am 3.7). Assim como Cristo disse aos discípulos: “...tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho feito conhecer” (Jo 15.15b). No Apocalipse, Cristo revelou a João seu servo “...as coisas que brevemente devem acontecer”. SOBRE A PESSOA DE DEUS... O Desejo de Deus, alem de falar com o homem através de Sua Palavra; o desejo de Deus é se tornar conhecido dos homens (Gn 35.7; Êx 6.3; Nm 12.6-8; Gl 1.15).
  • 5. O Apocalipse não revela apenas o plano de Deus na obra da redenção, Apocalipse revela o desenvolvimento desse plano e a consumação desse plano. A DIFICULDADE NA INTERPRETAÇÃO DE APOCALIPSE Apocalipse é considerado um livro de difícil interpretação por conta dos 4 problemas principais, que são eles: 1. O SIMBOLISMO; 2. A ESTRUTURA DO LIVRO; 3. O DEBATE ENTRE AS INTERPRETAÇÕES; 4. O USO DO ANTIGO TESTAMENTO. 1. O SIMBOLISMO O SIMBOLISMO do livro é intensamente debatido devido sua relação com o passado. Eu por exemplo não vejo dificuldade nisso, exceto se super-complicarmos o assunto. Com relação aos SÍMBOLOS usados no Livro de Apocalipse, é bom lembrarmos que, o que João usa, ele toma emprestado do seu tempo. Os muitos SÍMBOLOS em APOCALIPSE são emprestados da situação do primeiro século, e o que exercia influencia no tempo de João era as culturas grega e romana. Se João usasse símbolos desconhecidos, jamais Apocalipse seria um livro aceito pela patrística. Como diz Grant Osborn: “Uma área de convergência de opiniões entre a maioria dos comentaristas é que os antecedentes devem ser procurados na mentalidade apocalíptica comum dos dias de João". Ainda que contenha elementos preteristas ou seja, coisas que já aconteceram, neste livro, a mensagem da soberania de Deus sobre o futuro procura chamar a Igreja de hoje a uma postura de perseverança. 2. A ESTRUTURA DO LIVRO Apocalipse já foi chamado de: “o Vilão do Novo Testamento". É o livro menos lido por parte dos cristãos, principalmente os capítulos 4 a 22. Alguém disse que existem tantas estruturas para o Apocalipse quanto o número de seus comentadores. Bem, ainda que seja difícil de se chegar a um consenso, eu preciso dizer que há alguns dados que podem ser observados. Todos os estudiosos admitem que o livro tem uma forte ênfase sobre o número sete e João o usa por 54 vezes. Há:
  • 6. 7 castiçais de ouro, capítulo 1 7 anjos (agentes humanos), capítulo 1:20. 7 igrejas: capítulos 2 e 3.7 selos: capítulo 6 e 8,1-6.7 trombetas: 8,7-9,21 e 11,15-19.7 taças: capítulo 16.7 espíritos: 1,4; 4,5.7 bem-aventuranças: 1,3; 14,13; 16,15; 19,9; 20,6; 22,7.14. 7 anjos (agentes divinos), capítulos 8 – 16. Um Cordeiro com 7 pontas e 7 olhos, capítulos 1:4 e 4:5. 7 trovões, capítulo 10:3. Um dragão vermelho com 7 cabeças e 7 diademas, capítulo 12:3. Uma Besta semelhante ao leopardo com 7 cabeças, capítulo 13. 7 montes e 7 reis, capítulo 17:9-10. 7 personagens entram em cena nos capitulo 12 e 13: 1) A mulher, Ap. 12:1; 2) O dragão, Ap. 12:3; 3) O menino, Ap. 12:5; 4) Miguel, Ap. 12:7; 5) A descendência da mulher, Ap. 12:17; 6) A Besta que saiu do mar, Ap. 13:1; 7) A Besta que saiu da terra, Ap. 13:11. 7 promessas para “aquele que vencer” (Ap. 2:7, 11, 17, 26; 3:5, 12, 21). Tudo isso é porque o número 7 tem o significado de: “SER COMPLETO, SATISFEITO, e transmite a ideia de perfeição ou totalidade. O SENHOR ESTÁ NO TRONO E O CONTROLE ESTÁ COM ELE. 3. O DEBATE ENTRE AS INTERPRETAÇÕES Falaremos sobre isso numa outra aula. 4. O USO DO ANTIGO TESTAMENTO São muitas alusões do AT em Apocalipse. Essas alusões são essenciais à compreensão do livro, tanto quanto o simbolismo. Praticamente todas as ideias realçadas no Livro passa pela via da alusão do AT. É bom lembrar que, contrariando a opinião popular, a chave que interpreta o livro de Apocalipse não está no Livro de Daniel, apenas... a chave que interpreta Apocalipse, alem de Daniel, está em Isaias, Ezequiel, Zacarias, Joel, Sofonias... Eu sempre digo que Apocalipse é um "QUEBRA-CABEÇA ”. A Escatologia é uma doutrina que a gente vai atualizando com os eventos.
  • 7. Um fator importante no livro de APOCALIPSE é a TIPOLOGIA. A TIPOLOGIA é o elemento hermenêutico central do livro. Existe uma interrelação que se percebe entre vários textos do livro e outros textos do Antigo testamento. • Daniel 11:40-45 profeticamente fala das nações que aliadas ao anticristo se juntarão para destruir Jerusalém, na batalha do Armagedon, Apocalipse 19. • Joel 2 fala de Apocalipse 19; • Joel 3: 9-21 profeticamente fala de Apocalipse 19; • Sofonias 1:14-15, profeticamente aponta para Apocalipse 19 • Sofonias 1:18 profeticamente está falando de Apocalipse • Zacarias 14 fala de Apocalipse 19 • Zacarias 14:13 fala de Apocalipse 17:16 • Zacarias 14;16 aponta para Apocalipse 20, o governo milenar de Jesus. Essa intertextualidade se concretiza no NT, no APOCALIPSE sob a forma de referências ao AT, isto é, como evocações ao texto ou aos símbolos vetero- testamentário. Não tem como negar os símbolos e os tipos do AT que cumpre-se na pessoa de Jesus ou cumpre-se em outros eventos. Exemplo: José é um tipo de Cristo. José, era um tipo de Jesus, tendo em vista que muitas ocorrências de sua vida apontavam para fatos que ocorreram mais tarde na vida do Salvador: JOSÉ E JESUS: - Amado pelo Pai (Gn 37.3) JESUS ERA AMADO PELO PAI (Mt 3.17) - Odiado pelos irmãos (Gn 37.4) JESUS FOI ODIADO PELO SEU POVO (Jo 15.24) - Enviado pelo Pai (Gn 37.13-24 JESUS FOI ENVIADO PELO PAI (1 Jo 4.14) - Vendido (Gn 37.28) JESUS FOI VENDIDO (Mt 26.14,15) - Tentado e venceu (Gn 39) JESUS FOI TENTADO E VENCEU (Mt 4.1-11); - Preso entre dois criminosos, um salvo, outro condenado (Gn 40) JESUS FOI PRESO ENTRE DOIS CRIMINOSOS, UM SALVO E O OUTRO CONDENADO (Lc 23.32,33)
  • 8. - Levantado e exaltado (Gn 41.14,43,44) JESUS FOI LEVANTADO E EXALTADO (Mt 28.18) - Com trinta anos começou o ministério (Gn 41.46) COM 30 ANOS INICIOU SEU MINISTÉRIO (Lc 3.23) - A noiva não-hebréia (Gn 41.45) A NOIVA NÃO HEBRÉIA (Ef 5.25,27) - A tribulação obrigou os irmãos a procurá-lo (Gn 42) NA TRIBULAÇÃO QUE HÁ DE VIR IRÃO PROCURÁ-LO (Mt 24.21; Zc 12.10; Is 26.16) - Através de José vieram reconciliação e bênçãos para os irmãos (Gn 45,46) ATRAVÉS DE JESUS VIERAM RECONCILIAÇÃO, BÊNÇÃOS (Is 11, 12 e 35) - Todos os povos abençoados por causa dele (Gn 41.57) TODOS FORAM ABENÇOADOS ATRAVÉS DELE (Is 2.2-4; 11.10) - No Egito, José reconheceu seus irmãos, mas seus irmãos não o reconheceram - Gn. 42:8 JESUS CONHECEU SEU POVO, MAS O SEU POVO NAO O RECONHECEU - Jo. 1:11-12. - José foi reconhecido pelos seus irmãos no tempo da escassez - Gn. 45:4 OS JUDEUS RECONHECERÃO JESUS QUANDO ELE VIR EM GLÓRIA NO TEMPO QUE JERUSALÉM ESTIVER CERCADA - Ap. 1:7 e Ap. 19. GOLIAS E O ANTICRISTO: - Golias, um incircunciso (1Sm. 17) ANTICRISTO BLASFEMA CONTRA DEUS (Ap. 13) - Golias tinha uma lança de 600 ciclos e uma media de 6 côvados de altura (1Sm. 17) O ANTICRISTO SERÁ CONHECIDO PELO NÚMERO 666 (Ap. 14) - Golias queria escravizar Israel (1Sm 17) O ANTICRISTO fará um pacto com Israel (Dn. 9) - Tudo de Golias era feito de bronze (1Sm. 17:4-6) O anticristo virá do reino do ferro (1Sm. 17) - Golias tinha uma lança de ferro (ISm. 17:7) O ANTICRISTO SE APOIARÁ NO REINO DE FERRO (Dn. 4). - Golias tinha 4 irmãos gigantes (2Sm. 21:22) O ANTICRISTO SERÁ O MAIOR ENTRE OS 4 chifres da Grécia (Dn. 8:8-9). - Golias foi derrotado por uma Pedra (1Sm. 17:49) O anticristo será derrotado por uma Pedra sem auxílio de mão (DN. 2:45)
  • 9. A exemplo do que se vê nos Evangelhos com Jesus, vemos o cumprimento das profecias do AT se cumprindo também em Apocalipse. POR QUÊ ESTUDAR APOCALIPSE? Porque o mundo está vivendo aquilo que chamamos de "Noite Escatologica”. A Noite ESCATOLOGIA é marcada pela desvalorização da pregação do evangelho, pela secularização dos valores absolutos do cristianismo, pela confusão teológica desencadeada pela apostasia. Existe um bombardeio de noticias ruins que tem deixado muitas pessoas temerosas e curiosas com relação ao futuro. Gurus, Cartomantes, Adivinhos, Bruxos tem sido consultados e entrevistados para falar sobre o tempo fim. Os Pregadores pregam dizendo que atualmente mais profecias estão se cumprindo do que em qualquer outro período da historia. Um em cada quatro adultos acreditam que estará vivo quando Jesus voltar. POR QUÊ ESTUDAR APOCALIPSE? • Apocalipse revela que é Deus quem está no controle. • Apocalipse estimula a nossa fé e a perseverança. • Apocalipse nos alerta a não cometermos certos erros e revela como obtemos a vida eterna. OITO RAZÕES PARA LERMOS APOCALIPSE: 1. Apocalipse é a Palavra de Deus 2. Apocalipse é um livro para a Igreja 3. Apocalipse fala de Jesus. 4. Apocalipse revela o plano de Deus para o futuro. 5. Uma benção especial é prometida a todos que leem e que ouvem Apocalipse. 6. Apocalipse mudará nossa vida. 7. Apocalipse fará com que nos interessemos por aquele que rejeitam Deus e seu Filho Jesus. 8. Se a profecia está se cumprindo, as pessoas deveriam ter interesses em saber os detalhes. COMO ESTUDAR APOCALIPSE? • Como uma mensagem de Jesus
  • 10. • Como uma mensagem para a Igreja • Como uma mensagem profética. CONCLUSÃO Muitos teólogos pensam que Apocalipse não é o registro preciso do fim. Eles também estão convencidos de que os seus mistérios são tão vagos que o final é deixado em confusão. Mas isso é um erro gravíssimo pois retira da pauta do livro, a saga da redenção. O Apocalipse revela muitas verdades divinas. Ele adverte a igreja do perigo do pecado e a instrui sobre a necessidade de santidade. Apocalipse revela a força de Cristo e que com Cristo, os crentes têm de vencer a Satanás. Ele revela a glória e majestade de Deus e descreve a adoração que existe em seu trono. O livro de Apocalipse revela o fim da história humana, incluindo o desfecho final político do mundo, a trajetória e a derrota do anti-cristo, e a poderosa batalha do Armagedom. Ele revela a vinda em glória do reinado de Cristo na terra durante o reino milenar, o julgamento do Grande Trono Branco, e retrata a eterna bem-aventurança do novo céu e da nova terra. Ele revela a última vitória de Jesus Cristo sobre toda a oposição humana e demoníaca. O livro do Apocalipse descreve a derrota final de Satanás e do pecado, e o estado final dos ímpios (tormento eterno no inferno) e os justos (alegria eterna no céu). O livro de Apocalipse é a revelação de Jesus Cristo, e também a revelação sobre Ele. OS MÉTODOS DE INTERPRETAÇÃO Por toda historia da Igreja, as teorias interpretativas a cerca do livro de APOCALIPSE foram muitas e amplamente divergentes. Métodos de interpretação como: "PRETERISMO” ", "HISTORICISMO”, "IDEALISTA”, FUTURICISMO" e as abordagens “Pré-Tribulaciosnismo”, “Meso-Tribulacionismo” e “Pós-Tribulacionismo” são vertentes, podemos dizer assim, que nasceram das três principais linhas de interpretação da Escatologia, que são elas: DEFININDO “pré-milenismo”, “pós-milenismo”, “amilenismo".
  • 11. PRÉ - MILENISMO HISTÓRICO O PRÉ - MILENISMO, também conhecido como PRÉ-MILENISMO HISTÓRICO, foi o método de interpretação da Escatologia dos primeiros três séculos da Igreja. Durante os 3 primeiros séculos da Igreja, uma perseguição implacável contra os cristãos foi empreendida através de 10 imperadores distintos: 1. NERO 2. DOMICIANO 3. TRAJANO 4. MARCO AURÉLIO 5. SEPTIMO SEVERO 6. MAXIMINO 7. DÉCIO 8. VALERIANO 9. DIOCLECIANO 10. GALERIO Durante este período sangrento de perseguições que teve inicio no ano 64, surgiram muitas obras apocalípticas. A razão dessas obras, é que os cristãos primitivos associaram o anti-cristo ao imperador romano de plantão. Assim, cronologicamente, ainda que erroneamente, eles criam que Jesus voltaria, destruiria o anti-cristo e implantaria Seu Governo Milenar, o que não ocorreu. O que ocorreu foi que o imperador Constantino chegou ao poder, deu fim às perseguições e oficializou o cristianismo como religião oficial do império. Entre os PRÉ-MILENISTAS estão: Policarpo (69-155), Papias (70-163); Irineu (130-202); Tertuliano (160-220), Inácio, Hipólito (170-236) Cipriano (258), Lactâncio (320) dentre outros. Policarpo, que viveu entre os anos (70 - 155), escreveu: “Se o agradamos nesta era, receberemos também a era por vir, segundo nos prometeu que nos ressuscitará dos mortos, e que, se nos mostrarmos dignos dele em nosso viver, ‘também reinaremos com ele’”. Papias (80 – 163) escreveu que o Milênio realizar-se-ia após a ressurreição dos mortos “quando o reinado do próprio Cristo será estabelecido”. Irineu, que viveu entre os (130 – 202): “Mas, depois que esse anti-cristo tiver devastado todo este mundo, ele reinará durante três anos e seis meses e se assentará no templo, em Jerusalém; então o Senhor virá dos céus nas nuvens, na glória do Pai, e enviará esse homem e seus seguidores para o lago de fogo; mas trará para os justos os dias do reino, ou seja, o
  • 12. descanso, o bendito sétimo dia; e restaurará a Abraão a prometida herança, em cujo reino haveriam de sentar-se com Abraão, Isaque e Jacó… Assim, a benção predita pertence, sem sombra de dúvida, aos dias do reino, quando os justos terão domínio sobre sua própria ressurreição”. Na atualidade os teólogos que adotam o PRÉ-MILENISMO são: Russel Shedd; George Eldon Ladd; Wayne Grudem; Oscar Cullmann e outros... A CRONOLOGIA DO PRÉ-MILENISMO O PRÉ - MILENISMO defende que Jesus voltará, e que os eventos ocorrerão dentro dessa ordem cronológica: (1) A era atual da igreja; (2) A Grande Tribulação com a igreja presente; (3) A segunda vinda de Cristo em glória com o arrebatamento da igreja e a primeira ressurreição dos mortos em Cristo, e, também, o aprisionamento de Satanás por mil anos; (4) Os mil anos do governo milenar de Jesus na terra; (5) O fim do milênio, onde Satanás com as nações rebeldes serão condenadas para sempre; (6) A segunda ressurreição, que é dos incrédulos como de quem morreu durante o milênio, seguido do grande julgamento do trono Branco, o Juízo Final; e (7) O Estado eterno, que para os salvos será um novo céu e uma nova terra; e para os perdidos, será no lago de fogo e enxofre. Evidentemente que a posição escatológica dos primeiros líderes não era uniforme, havia divergências. Havia algumas controvérsias, principalmente no que se referia à literalidade do Milênio. O PÓS-MILENISMO O PÓS-MILENISMO, é possível que tenha surgido através de Orígenes (185- 254 d.C.) Mas o PÓS - MILENISMO tornou-se dominante a partir de Eusébio de Cesareia (260-340), Atanásio (296-372), Agostinho (354-430). O PÓS - MILENISMO foi tão dominante na época que a crença num milênio literal foi condenada como supersticiosa no Concílio de Éfeso no ano (431 d.C.). Esta interpretação escatológica ganhou seguidores, principalmente entre as igrejas reformadas. João Calvino (1509-1605), defendeu o PÓS - MILENISMO; o puritano como Matthew Henry (1662-1714)...
  • 13. O PÓS-MILENISMO interpreta os “mil anos” de Apocalipse 20 ocorrendo antes da segunda vinda de Cristo. O termo PÓS-MILENISMO inclui várias opiniões semelhantes do fim dos tempos. Tem o Pós-Milenismo Antigo e o Pós-Milenismo Radical: O Pós-Milenismo Antigo, defende um grande reavivamento na igreja antes da vinda de Cristo. Para o Pós-Milenismo Antigo, o evangelho uma vez mais frutificará tanto quanto no tempo dos apóstolos ou até mesmo no período da Reforma Protestante. A Igreja crescerá de tal forma que a “terra se encherá do conhecimento do Senhor como as águas cobrem o mar” (Habacuque 2:4). O Pós- Milenismo Radical, também conhecido como "Reconstrucionismo Cristão" ou “Teologia do Domínio”, espera não somente um futuro glorioso para a igreja, mas que tudo da sociedade e da vida humana esteja algum dia debaixo do domínio de cristãos, e que esta sociedade “cristianizada” será o cumprimento das promessas da Escritura com respeito ao Reino de Cristo. O PÓS-MILENISMO defende que Cristo retornará depois de um período de tempo, mas não necessariamente 1000 anos. O Pós-Milenismo defende que Apocalipse 20:4-6 não deva ser interpretado literalmente e que os 1000 anos simplesmente significa “um longo período de tempo”. A CRONOLOGIA DO PÓS-MILENISMO A era do milênio é todo o período entre a primeira e a segunda vinda de Cristo. Haverá salvação da maioria dos seres humanos através da pregação do Evangelho. Entre os salvos estarão os israelitas que rejeitaram Jesus. Fé, justiça, paz e prosperidade irão prevalecer entre os povos de todas as nações. Após este “milênio”, Satanás será solto por um breve tempo e incitará uma rebelião (Ap. 20:7-9). Logo depois, o Senhor retornará visivelmente em grande glória, finalizando assim a história com a ressurreição geral, o grande julgamento de toda a humanidade e os salvos entrarão no céu. AMILENISMO O termo amilenismo não se tem uma precisão de quando ele foi usado pela primeira vez.
  • 14. O prefixo "a" em amilenismo significa "não" ou "sem". Portanto, amilenismo significa “sem milênio”. O Amilenismo defende que a Bíblia não prediz um ‘Milênio’ ou período de paz e justiça mundial sobre a Terra antes do fim do mundo”. “O Amilenismo defende que o bem e o mal, o Reino de Deus e o reino de Satanás, se desenvolverá paralelamente até a segunda vinda de Cristo. Quando Cristo voltar, ocorrerá a ressurreição e o julgamento, logo após, a ordem eterna das coisas estabelecidas por Deus. – o Reino absoluto e perfeito de Deus, no qual não haverá pecado, tristeza, dor nem morte”. O Amilenismo defende que antes da volta de Cristo, a pregação do Evangelho alcançará todas as nações e a conversão da plenitude de Israel. A CRONOLOGIA DO AMILESNIMO O Amilenismo defende que a Segunda Vinda de Cristo será um único evento. No momento da volta de Cristo haverá uma ressurreição geral, tanto dos salvos como dos perdidos, e logo após a ressurreição, os crentes que ainda estiverem vivos serão transformados e glorificados. Estes dois grupos, crentes ressurrectos e crentes transformados, serão arrebatados a encontrar com o Senhor nos ares. Após este “arrebatamento” de todos os crentes, Cristo completará sua descida à terra e conduzirá o juízo final. Após o juízo, os perdidos serão entregues à punição eterna, ao passo que os crentes desfrutarão para sempre das bênçãos dos novos céus e da nova terra. A doutrina oficial da igreja foi, podemos dizer, Pós-Milenista ou Amilenista, contudo, o Pré-Milenismo surgia sempre que às condições sociais se tornavam opressivas. COMO SÃO INTERPRETADOS OS EVENTOS A SEGUIR DENTRO DA VISÃO PRÉ- MILENISTA PÓS-MILENISTA E AMILENISTA. - IGREJA E ISRAEL - SEGUNDA VINDA DE CRISTO E O ARREBATAMENTO - ANTI-CRISTO - GRANDE TRIBULAÇÃO - RESSURREIÇÃO DOS MORTOS - MILÊNIO - JUÍZO FINAL IGREJA E ISRAEL
  • 15. Pré-Milenismo Histórico: A Igreja é o Israel Espiritual, ou seja, o novo Israel no Novo Testamento, porém Deus tratará com Israel separadamente concernente algumas promessas no milênio. Pós-Milenismo: A Igreja é o novo Israel. Amilenismo: A Igreja é o verdadeiro Israel de Deus, e Deus tem apenas um só povo. SEGUNDA VINDA DE JESUS Pré-Milenismo Histórico: A Segunda Vinda de Cristo e o arrebatamento são o mesmo evento. Pós-Milenismo: A Segunda Vinda de Cristo e o arrebatamento são o mesmo evento. Amilenismo: A Segunda Vinda de Cristo em glória e o arrebatamento é uma coisa só. O ANTI-CRISTO Pré-Milenismo Histórico: Um indivíduo específico, escatológico, que será o inimigo da Igreja no período tribulacional Pós-Milenismo: O anticristo é qualquer pessoa que persegue e se opõem ao crescimento da Igreja na terra. Amilenismo: Muitos anticristos se levantaram ao longo da história, porém haverá um último indivíduo que será o anticristo escatológico irá surgir no período tribulacional e regerá um sistema religioso mundial que será contra a Igreja de Cristo. GRANDE TRIBULAÇÃO Pré-Milenismo Histórico: A Igreja passará pela grande tribulação. Pós-Milenismo: A tribulação é experimentada na presente era. Existem Pós- Milenistas que acreditam em um período final de grande apostasia e tribulação antecedendo a volta de Cristo, e existem outros que defendem que quando Cristo voltar o mundo estará em plena paz e prosperidade. Amilenismo: Somente após o período de grande tribulação é que ocorrerá a segunda vinda de Cristo, ou seja, a Igreja passará pela grande tribulação. MILÊNIO Pré-Milenismo Histórico: Haverá um reino milenar e literal no futuro após a segunda vinda de Cristo, com Jesus reinando sobre as nações do mundo. Pós-Milenismo: O milênio significa um longo período de tempo.
  • 16. Amilenismo: O milênio não é um período literal de mil anos. No Amilenismo o milênio é espiritual onde os salvo reinam com Cristo no céu e sobre a terra, e começa na primeira vinda de Cristo. RESSURREIÇÃO DOS MORTOS Pré-Milenismo Histórico: Apenas os salvos ressuscitarão na segunda vinda de Cristo para reinarem com Ele no Milênio, enquanto os ímpios só ressuscitarão no final do milênio para a condenação eterna. Pós-Milenismo: Salvos e ímpios ressuscitaram de forma geral na Segunda Vinda de Cristo. Amilenismo: Salvos e ímpios ressuscitam de forma geral na segunda vinda de Cristo. Os salvos para reinarem com Deus e os ímpios para condenação eterna. JUÍZO FINAL Pré-Milenismo Histórico: Julgamento final na segunda após o milênio. Pós-Milenismo: Julgamento geral de todas as pessoas na segunda vinda de Cristo. Amilenismo: Julgamento geral (juízo final) de todas as pessoas na segunda vinda de Cristo. PRETERISMO, HISTORICISMO, IDEALISMO E FUTURISMO Do período da Contra-Reforma para cá, o Apocalipse tem sido estudado de acordo com quatro metodologias de interpretação: - Preterismo, - Historicismo, - Idealismo e - Futurismo, ou uma combinação delas. Vamos analisá-las cada uma a seguir: PRETERISMO - (O preterismo, foi proposta por John Hentenius em 1547) O PRETERISMO se alinha ao PÓS-MILENISMO. Existe até PÓS-MILENISTAS PRETERISTAS. O método de interpretação Preterista considera que muitas das profecias do Novo Testamento já foram cumpridas na destruição de Jerusalém em 70 d.C. e em eventos do período da igreja primitiva.
  • 17. O contexto histórico do Apocalipse, ou seja, muito do simbolismo presente no livro está relacionado aos acontecimentos contemporâneos da época em que foi escrito. Existe uma classificação dentro da interpretação Preterista, que podemos chamar de Preterismo Radical, E Preterismo Moderado (ou Hiperpeterismo). A diferença entre moderado e o radical é basicamente a totalidade ou não do cumprimento das profecias. O Preterismo Radical defende que tudo já foi cumprido em 70 d.C. na destruição de Jerusalém e depois na queda do Império Romano, enquanto o Preterismo Moderado acredita em uma segunda vinda de Cristo, ressurreição dos mortos e julgamento final. O Preterismo Radical é considerado por muitos herético, pois nega princípios fundamentais da fé cristã, como a segunda vinda de Cristo. O Preterismo Moderado defende que os capítulos 6-18 de Apocalipse são simbólicos e alegóricos, não descrevendo eventos literais. Já o capitulo 19, deve ser interpretado de forma literal. Jesus Cristo irá retornar literal e fisicamente. O capítulo 20 interpretado alegoricamente, e os capítulos 21-22 são entendidos como sendo parcialmente literal, que haverá realmente um Novo Céu e uma Nova Terra. HISTORICISMO O Historicismo interpreta o Apocalipse como sendo uma profecia simbólica de toda a história da igreja até a volta de Cristo. A simbologia do livro identificam inúmeros acontecimentos da história do mundo ocidental e da igreja. Sendo assim, o Historicismo encaixam os acontecimentos do livro em várias épocas da história humana. Para o Historicismo, a besta é o papado e o falso profeta a Igreja Católica Apostólica Romana. Sem sombra de duvidas, uma interpretação como esta pode causar confusão, porque não há diretrizes claras com relação aos eventos; não há diretrizes plausíveis sobre quais eventos da história estariam sendo abordados. O historicismo peca ao interpretar a Bíblia a luz da história, e isso é inconcebível. A Bíblia é quem interpreta a história, e não o contrário. SIMBÓLICO O método SIMBÓLICO, é o mesmo ESPIRITUAL, MÍSTICO e IDEALISTA.
  • 18. A interpretação Simbólico, são eruditos que defendem que o livro é uma coletânea de símbolos místicos que visam ensinar lições espirituais e morais. Este método de interpretação vê apenas um quadro simbólico do conflito cósmico espiritual entre o Reino de Deus e os poderes das trevas. A besta é o mal satânico em qualquer forma no intuito de oprimir a igreja. FUTURISTA Futurista é o mesmo Dispensacionalismo e Pré-Milenismo Dispensacionalista. Na interpretação Futurista, quase tudo no livro de Apocalipse está relacionado aos acontecimentos futuros do fim dos tempos. Este é o método de interpretação da Escatologia Pentecostal, que se divide assim: Os capítulos 1 a 3 são de fato históricos, ou seja, já aconteceram, mas com relação aos seus métodos de aplicação, serve para todos os tempos. Já os capítulos 4 a 22 estão relacionadas as coisas do porvir. PRÉ-TRIBULACIONISMO, MESO-TRIBULACIONISMO, PÓS-TRIBULACIONISMO Pré, Midi e Pós, são a posição em que cada escola entende que a vinda de Cristo ocorrerá em relação à tribulação. A discursão dentro dessas três abordagens está em torno do arrebatamento da Igreja, se ela passa, se ela será arrebatada no meio, ou no final Tribulação. Dessa questão é que nasce. PRE-TRIBULACIONISTA: (Futuristas) - Esta corrente escatológica acreditam que a igreja não passará pela tribulação, pois será arrebatada antes que ela se inicie. MESO-TRIBULACIONISTA: Esta corrente escatológica entende que na tribulação, a ultima semana de anos que profetizou o profeta Daniel, a Igreja de Cristo passará o primeiro período de três anos e meio, chamado também de principio de dores aqui na terra, sendo arrebatada ao fim deste período, quando o Espirito Santo deixará seu papel de retentor do mau e subirá conduzindo a igreja ao céu, deixando na terra o caminho livre para o anticristo, no período conhecido como grande tribulação - (Apocalipse 7:14) PÓS- TRIBULACIONISTA: (Pré-Milenismo Histórico) - Esta corrente escatológica acredita que a igreja passará por todo o período da tribulação, e se encontrará com Cristo apenas após a grande-tribulação.
  • 19. APOCALIPSE 1 É BEM AVENTURADO QUEM LÊ E BEM AVENTURADO QUEM OUVE O LIVRO DE APOCALIPSE. (AP. 1:3). Significado de BEM-AVENTURADO Que goza de bem-aventurança (grande felicidade}. Não significa uma felicidade passageira ou fundamentada apenas em estímulos, que se retirados, a destroem. Essa felicidade é fundamentada principalmente em Deus, na obediência à Sua palavra e na fé. Essa obediência e fé gera a ação de Deus no coração, que gera a felicidade, e felicidade essa, capaz de resistir até aos momentos mais difíceis. ELE É A FIEL TESTEMUNHA (Apocal. 1:5) Ele foi fiel durante todo seu ministério, ele nunca deixou de testemunhar sobre o Pai. Ele não apenas falou da verdade, Ele é a verdade. ELE É O PRIMOGÊNITO DOS MORTOS (Apocal. 1:5). Ele é o primogênito dos mortos, porque Ele foi o primeiro a ressuscitar em glória. Ele é o primeiro que ressuscitou e está vivo e em atividade nos céus e na terra. ELE É O PRÍNCIPE DOS REIS DA TERRA (Apocal. 1:5). Ele Reina absoluto. Ele é quem governa. Jesus, é o presidente dos presidentes, diante de quem todos os poderosos, se dobrarão. Ele está acima dos impérios, e de todos os reinos do mundo. Ele é o Rei dos reis e Senhor dos senhores. RAZÕES DAS PERSEGUIÇÕES CONTRA A IGREJA NOS DIAS DE JOÃO Durante os primeiros três séculos do cristianismo havia, tanto a competição entre as religiões, como o espírito de intolerância entre elas. Embora nunca fossem usados recursos de luta armada para se defenderem, os cristãos foi o único elemento social perseguido por um período extremamente prolongado. Os principais motivos foram: O CULTO AO IMPERADOR Os cristãos rejeitavam a escravidão e a adoração ao imperador. A adoração ao imperador era considerada prova de lealdade. Havia estátuas de imperadores
  • 20. reinantes nos lugares mais visíveis para o povo adorar. Só que os cristãos não faziam essa adoração. NÃO PARTICIPAÇÃO NAS FESTAS E RITOS IDÓLATRAS Os cristãos não participavam de nenhum ato, rito ou festa idólatra. Eles se mantinham afastados de tudo que se considerava mundano e idólatra. CARÁTER EXCLUSIVO DO CRISTIANISMO “Eu sou O caminho” (João 14:6); “Eu sou A porta” (João 10:9). “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira, que deu seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. (João 3:16). “E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos”. (Atos 4:12). ATEÍSMO Os cristãos não tinham ídolos e no seu culto nada havia para ser visto. Seu culto era espiritual. Quando eles se punham de pé e oravam de olhos fechados, suas orações não eram dirigidas a nenhum objeto visível. Para as autoridades, acostumadas às manifestações materiais simbólicas de seus deuses, isso nada mais era do que ateísmo. CANIBALISMO Eram acusados de incesto, de canibalismo e de práticas desumanas, a ponto de serem acusados de infanticídio em adoração ao seu Deus. A saudação com o ósculo santo (beijo) foi transformado em forma de conduta imoral. OS MOTIVOS FINANCEIROS (A INDÚSTRIA DA IDOLATRIA) Muitas vezes os governantes eram influenciados para perseguir os cristãos, por pessoas cujos interesses financeiros eram prejudicados pelo progresso da Igreja Cristã. Os sacerdotes e demais servidores dos templos dos ídolos, os que negociavam com imagens para adoração, os escultores de imagens, os arquitetos que construíam templos e todos aqueles que ganhavam a vida por meio da idolatria e adoração pagã. Não era raro ouvir-se o povo gritar: "joguem os cristãos às feras", quando seus negócios e sua arte estavam em perigo, ou quando funcionários públicos ambiciosos desejavam apoderar-se das propriedades de cristãos ricos.
  • 21. A IGUALDADE SOCIAL NA IGREJA Dentro da igreja primitiva os escravos podiam viver misturados com o povo, e o que era considerado absurdo, era que o escravo podia tornar-se líder da igreja. Não havia divisão e/ou acepção de pessoas dentro da igreja, senhor e escravo, eram tratados de forma igual. Essas e outras coisas levou o mundo da época a rotular os cristãos de “ateus e inimigos dos deuses”. Os cristãos passaram a se reunir em casas, sempre no período da noite, no mais absoluto sigilo começando a partir de então, a criar laços de afeição uns pelos outros. Quanto a ceia do Senhor, (simbolicamente comer da carne e beber do sangue do Senhor), a observância dessa ordenança de Cristo deu margem às acusações de canibalismo. JOÃO E O IMPERADOR DOMICIANO O historiador Plínio chamou Domiciano, de: “a besta do inferno que se sentou em sua toca, lambendo o sangue”. O imperador Domiciano, por natureza inclinada à crueldade, matou primeiro seu irmão, suscitando logo a segunda perseguição aos cristãos ordenando a execução. Flávia, filha de um senador romano, foi quem ditou a seguinte lei: “Que nenhum cristão, uma vez trazido ao tribunal, fique isento de castigo, sem que renuncie a sua religião”. Milhares de cristão foram mortos, especialmente em Roma e em toda a Itália. Domiciano, o segundo Nero, que arrogou para si o título de Senhor e Deus, baniu João para a Ilha de Patmos, a colônia penal da costa da Ásia Menor. Mas ao mesmo tempo em que se achava fisicamente em Patmos, achou-se também em espírito e Deus abriu-lhe o céu e revelou-lhe as coisas que em breve devem acontecer. Num tempo em que a igreja estava sendo massacrada e pisada, perseguida e torturada, João recebe a revelação de que o Noivo da Igreja, o Senhor absoluto dos céus e da terra, está no total controle da igreja e da história (1:1.3; 5:5). APOCALIPSE 1:9 (Ilha de Patmos). Patmos significa, MORTAL. O termo “patmos” significa “mortal”. O sentido original é, em razão do aspecto tristonho da ilha. No tempo do império romano, a “ilha de Patmos” serviu de lugar de detenção para criminosos de alta periculosidade Apocalipse 1:10 - João arrebatado em espírito. A partir daqui você não necessitará mais da apostila. Deus abençoe sua vida, querido (a) aluno (a).
  • 22. BIBLIOGRAFIA 1. Lima, Denilson - Inferno Ficção ou Realidade? 2. Osborn, Grant - Apocalipse 3. Pedro, Severino - Apocalipse Versículo por Versículo 4. Dake, Finis - Apocalipse Explicado 5. Almeida, Abraão - Israel Gogue e o Anticristo