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Recife, Julho de 2018 - Ano III - nº 37
CH Notícias
Recife, Julho de 2018 - Ano III - nº 37
CH Notícias
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Ajuda e passa
Estende a mão fraterna ao que ri e ao que chora:
O palácio e a choupana, o ninho e a sepultura,
Tudo o que vibra espera a luz que resplendora,
Na eterna lei de amor que consagra a criatura.
Planta a bênção da paz, como raios de aurora,
Nas trevas do ladrão, na dor da alma perjura;
Irradia o perdão e atende, mundo afora,
Onde clame a revolta e onde exista a amargura.
Agora, hoje e amanhã, compreende, ajuda e passa;
Esclarece a alegria e consola a desgraça,
Guarda o anseio do bem que é lume peregrino...
Não troques mal por mal, foge à sombra e à vingança,
Não te aflija a miséria, arrima-te à esperança.
Seja a bênção de amor a luz do teu destino.
Alberto de Oliveira
Obra: Parnaso de Além Tumulo - Francisco Cândido Xavier
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UMA CONSTRUÇÃO DE JUSTIÇA
Ana Patrícia de Albuquerque Tavares Cruz
Em tempos remotos a lei estabelecida pelos homens estava muito distante da noção de justiça. De nômades a humanidade
passou a dominar o meio, fixando-se e adaptando-se. Neste processo de organização por clãs a força do poder patriarcal era a
grande norma para excluir os membros que não se enquadrassem nas regras, sem ter a oportunidade de se defenderem.
Com o passar dos anos, os seres humanos foram sentindo a necessidade de criar regras de conduta mais justas e protetivas
para si e para seu patrimônio. A resolução dos conflitos seria dirimida na própria sociedade. Diante do mundo em adiantamento
sociocultural e econômico, as leis foram se codificando mediante a evolução moral e intelectual do indivíduo.
Na luta por poder, as pessoas tiveram a dignidade lesada por guerras desastrosas e perseguições que elevaram o sofrimento
humanitário a um patamar de reflexões continuadas para se obter a paz e à Justiça. Em ato contínuo de aprimoramento as orde-
nações jurídicas começaram a ser criadas com o fulcro em princípios de igualdade, liberdade e fraternidade.
Aproximando-se do conceito de justiça elencado na questão de número 875 do livro dos Espíritos, “ ...a justiça consiste em
cada um respeitar os direitos dos demais”, e também na Declaração Universal dos Direitos Humanos em que “... todas as pessoas
nascem livres e iguais em dignidade e direitos e são dotadas de razão e consciência e devem agir em relação uma às outras com
espírito de fraternidade”, e também na Constituição Federal do Brasil em que “... todos são iguais perante a lei, sem distinção
de qualquer natureza”, comprova-se que a lei humana evolui constantemente no universo e que o pensamento de fraternidade,
liberdade e paz permeou a mentalidade humana à medida que a moralidade do homem se elevou no decorrer do tempo histórico
para sobrepor os sentimentos de intolerância com o seu semelhante.
	 No entanto, o desenvolvimento moral humano adjunto com a Inteligência aprimorou as correntes ideológicas. A corrente
que compreendia o ser humano como individual insular desligado com a natureza divina, perdeu o sentido passando para uma
visão dual que visualiza o homem integrado com o mundo natural e dialogador do seu próximo com a preocupação de tratá-lo de
maneira digna, fraterna e igualitária, como gostaria que fosse tratado.
	 Em passos lentos e constantes nesta fase de transição, encontramo-nos em evolução continuada na construção do pro-
gresso de uma sociedade humana mais ditosa e justa.
	 A caminhada das leis terrenas a cada dia reflete a ascensão da moralidade, a qual sobrepuja o orgulho e o egoísmo do
indivíduo que o faz entender que a paz mundial é possível com o respeito à vida, à liberdade e dignidade inerentes a todos os
membros da família humana.
AGOSTINHO DE HIPONA
Agostinho cresceu no norte da África colonizado por Roma, educado em Cartago. Sua mãe, Môni-
ca, era uma cristã devota e seu pai, Patrício, um pagão convertido ao cristianismo no leito de morte.
Foi professor de retórica em Milão em 383. Seguiu o Maniqueísmo nos seus dias de estudante e
se converteu ao cristianismo pela pregação de Ambrósio de Milão.
Foi batizado na Páscoa de 387 e retornou ao norte da África, estabelecendo em Tagaste uma fun-
dação monástica junto com alguns amigos.
Em 391 foi ordenado sacerdote em Hipona. Tornou-se um pregador famoso (há mais de 350
sermões dele preservados, e crê-se que são autênticos) e notado pelo seu combate à heresia do
Maniqueísmo. Defendeu também o uso de força contra os Donatistas, perguntando “Por que (...) a
Igreja não deveria usar de força para compelir seus filhos perdidos a retornar, se os filhos perdidos
compelem outros à sua própria destruição?”.
Em 396 foi nomeado bispo assistente de Hipona (com o direito de sucessão em caso de morte do
bispo corrente), e permaneceu como bispo de Hipona até sua morte em 430. Deixou seu monasté-
rio, mas manteve vida monástica em sua residência episcopal. Deixou a Regula para seu monastério
que o levou a ser designado o “santo Patrono do Clero Regular”, que é uma paróquia de clérigos que
vivem sob uma regra monástica.
Agostinho desencarnou em 430 durante o cerco de Hipona pelos Vândalos. De acordo com
Possídio, Agostinho passou seus últimos dias em oração e penitência, com salmos pendurados
nas paredes de seu quarto para que pudesse lê-los. Antes de morrer, ordenou que a bibliote-
ca da igreja de Hipona e todos os seus livros fossem cuidadosamente preservados, e faleceu
finalmente em 28 de agosto de 430. Logo em seguida, os vândalos desistiram do cerco, mas
retornaram não muito depois e incendiaram a cidade, destruindo tudo menos a catedral e
a biblioteca de Agostinho. Diz-se que ele encorajou seus cidadãos a resistirem aos ataques,
principalmente porque os Vândalos haviam aderido ao arianismo, que Agostinho considerava
uma heresia.
Na história do pensamento ocidental, sendo muito influenciado pelo platonismo e neopla-
tonismo, particularmente por Plotino, Agostinho foi importante para o batismo do pensamen-
to grego e sua entrada na tradição cristã, e posteriormente na tradição intelectual europeia.
Também importantes foram seus adiantados escritos influenciadores sobre a vontade humana, um tópico central na ética, e que se tornaram
um foco para filósofos posteriores, como Schopenhauer e Nietzsche, mas ainda encontrando eco na obra de Camus e Hannah Arendt (ambos
os filósofos escreveram teses sobre Agostinho).
O pensamento de Agostinho foi basilar em orientar a visão do homem medieval sobre a relação entre a fé cristã e o estudo da natureza.
Ele reconhecia a importância do conhecimento, mas entendia que a fé em Cristo vinha a restaurar a condição decaída da razão humana, sendo
portanto mais importante.
Santo Agostinho é um dos maiores vulgarizadores do Espiritismo. Manifesta-se quase por toda parte. A razão disso encontramo-la na vida
desse grande filósofo cristão. Pertence ele à vigorosa falange dos Pais da Igreja, aos quais deve a cristandade seus mais sólidos esteios. Como
vários outros, foi arrancado ao paganismo, ou melhor, à impiedade mais profunda, pelo fulgor da verdade. Quando, entregue aos maiores ex-
cessos, sentiu em sua alma aquela singular vibração que o fez voltar a si e compreender que a felicidade estava alhures, que não nos prazeres
enervantes e fugitivos; quando, afinal, no seu caminho de Damasco, também lhe foi dado ouvir a santa voz a clamar-lhe: “Saulo, Saulo, por que
me persegues?”, exclamou: “Meu Deus! Meu Deus! perdoai-me, creio, sou cristão!” E desde então tornou-se um dos mais fortes sustentáculos
do Evangelho. Podem ler-se, nas notáveis confissões que esse eminente Espírito deixou, as características e, ao mesmo tempo, proféticas pala-
vras que proferiu, depois da morte de Santa Mônica: Estou convencido de que minha mãe me virá visitar e dar conselhos, revelando-me o que
nos espera na vida futura. Que ensinamento
nessas palavras e que retumbante previsão da doutrina porvindoura! Essa a razão por que hoje, vendo chegada a hora de divulgar-se a
verdade que ele outrora pressentira, se constituiu seu ardoroso disseminador e, por assim dizer, se multiplica para responder a todos os que o
chamam. – Erasto, discípulo de Paulo. (Paris, 1863.)
Agostinho afirmava que a interpretação das escrituras deveria ser feita de acordo com os conhecimentos disponíveis, em cada época, sobre
o mundo natural. Escritos como sua interpretação do livro bíblico do gênesis como o que chamaríamos hoje de um “texto alegórico”.
O batismo de Santo Agostinho por Santo Ambrósio
PRECE E SAÚDE HUMANA
	 Muito se tem pesquisado sobre o efeito da religiosidade na saúde humana, principalmente nas áreas de cuidados paliativos em pa-
cientes terminais, sejam portadores de câncer ou doenças degenerativas. As pesquisas ainda são escassas e as metodologias utilizadas estão
procurando definições. No entanto, essa procura por um “Ser Superior”, “Força Maior”, ou qualquer denominação que nós, humanos, quando
na encurralada da vida, procuramos nomes para definir “Deus”, se faz por meio da Prece.
	 A Prece, segundo Kardec, é a invocação, mediante a qual o homem entra, pelo pensamento, em comunicação com o ser a quem se
dirige, podendo ser algum espírito ou Deus, manifesta reações orgânicas que justificam sua atuação benéfica no organismo. Esses mecanismos
vêm sendo paulatinamente descobertos por meio da ciência, a qual cada vez mais confirma as tão provocativas verdades religiosas.
	 Um dos maiores pesquisadores da área é o neurocientista americano Andrew Newberg, mestre da Universidade da Pensilvânia na
Filadélfia. Esse cientista vem elucidando por meios de imagenologia cerebral as reações da prece e religiosidade no ser humano, independente-
mente da religião professada pelo indivíduo. Nesses estudos ele observa a ativação de várias áreas cerebrais, principalmente do córtex frontal,
área relacionada ao raciocínio e capacidade de discernimento e aspirações humanas, o “terceiro andar” do nosso cérebro, como bem explica o
espírito André Luiz.
	 As ações vão desde equilíbrio de neurotransmissores responsáveis por várias atividades cognitivas, como também ativação de várias
regiões para controle do equilíbrio, sensação de quietude, relaxamento e diminuição de hormônios do estresse, e ação direta nos metabolismos
dos açúcares e gorduras. Essas ações têm efeito benéfico em doenças como câncer, hipertensão, diabetes, obesidade, depressão e qualidade
do sono. Os mecanismos são complexos, mas estamos aprendendo a compreendê-los.
	 Por outro lado, esses estudos também contemplam pessoas sabidamente rancorosas, pesarosas, negativas e desequilibradas emocio-
nalmente, que adoecem com mais facilidade. Nessas pessoas, as mesmas áreas do córtex estudadas, são hipoativas. Comprovando, mais uma
vez, o efeito da Prece.
Felicitamo-nos em trazer elucidações científicas que corroboram nossos estudos espíritas, as verdades espirituais, transmutadas na ciência,
que vão elevando o homem a uma compreensão melhor de Deus e do seu próximo.
	“Não andem ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e súplicas, e com ação de graças, apresentem seus
pedidos a Deus. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o coração e a mente de vocês em Cristo Jesus.
Filipenses 4:6-7”
Guttemberg A. C. Cruz.
ATITUDE CONSCIENTE – SEPARE SEU LIXO
Não há negação maior ao progresso humano que seu próprio orgulho e egoísmo.
Progredir é curso natural da essência humana. Usar para o bem o poder do intelecto é obrigação maior.
Na questão 785 do LE o espirito Verdade nos alerta desta máxima.
Em tempo, o uso dos recurso com parcimônia é fundamental. O egoísmo combate a todo custo a presença da
caridade, do compartilhamento.
A luz da inteligência humana brilha e difunde em larga escala a prática sustentável do uso dos recursos que a mãe
natureza nos dispõe com amor maior.
Se não queres que o nosso ORBE amado PARE, então SEPARE.
Comece fazendo algo que aos teus olhos parecer pouco e pequeno, pois que assim o é. É semente, que ínfima
gera árvores frondosas.
Planta hoje com teu exemplo e amanhã colheremos todos.
DEPARTAMENTO MEDIÚNICO
Amaro Carvalho
O que é o departamento mediúnico em um Centro Espírita? E quais suas atribuições?
“É o departamento que cuida dos médiuns que frequentam o centro, seja para se tratarem, para se prepararem para trabalhar ou para o
trabalho. Sendo sua atribuição: guiar os passos dos médiuns que chegam ao centro nas várias etapas da capacitação para o trabalho redentor,
tratamento, instrução doutrinária, educação mediúnica e trabalho. ”
Qual o trabalho e as responsabilidades do dirigente mediúnico?
“Manter o departamento funcionando harmonicamente em suas etapas, acompanhando os médiuns, em muitos casos, desde sua chegada
ao centro, até a evolução de suas possibilidades de trabalho. ”
Quem pode se tornar um dirigente mediúnico?
“O trabalhador que demonstre conhecimento na área, que procure ter atitudes evangélicas, que esteja sempre se atualizando ou reciclan-
do, que saiba agregar e motivar os trabalhadores, que saiba dizer sim e não, mas principalmente que seja aprovado pela equipe espiritual. ”
Como funciona o departamento mediúnico na Casa dos Humildes?
“Na Casa dos Humildes, ele recebe o paciente no atendimento fraterno, encaminha para a consulta e promove o tratamento de desobses-
são. Encaminha para os cursos preparatórios após o tratamento e em seguida para o desenvolvimento da educação mediúnica, capacitado
para trabalhar, seguirá para os diversos tipos de trabalhos, dentro de uma sequência de condições: desobsessão, passe, vibração, atendimento
fraterno, instrução em cursos, consulta espiritual, assistência fraterna e direção de trabalhos. ”
BONS ESPÍRITAS
A terceira revelação trouxe a humanidade a oportunidade de ter o conhecimento sobre a imortalidade da alma, a possibilidade da reencar-
nação, a existência de espíritos em diferentes níveis evolutivos morais – sendo Jesus nosso maior guia e exemplo, como espírito que tal qual
nós, já caminhou pelas sombras interiores e por mérito e luta alçou o patamar de governador da nossa amada Terra, planeta de oportunidades
e acolhimento. O espiritismo também concede, aos que optam por abraçar essa doutrina, a benção de uma fé raciocinada, que permite que se
desperte para a necessidade de amar a humanidade, nosso planeta, nossa fauna e flora.
Contudo, pode-se indagar o que é necessário ser feito para se tornar um bom espírita... o Evangelho Segundo o Espiritismo, em seu capítulo
XVII – Sede perfeitos, já traz essa resposta: “Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral e pelos esforços que emprega
para domar suas inclinações más. ” Assim sendo, esclarece com todo amor que por mais que ainda se esteja em um patamar evolutivo de
muitos conflitos morais interiores, é possível buscar a evolução através da reforma íntima, primeiramente conhecendo-se a si mesmo, suas más
inclinações, seus defeitos, suas “trevas” e vendo-as com “olhos de ver” buscar superá-las.
Será essa uma tarefa fácil? Ou demasiadamente difícil? Ou impossível? A verdade é que é uma tarefa desafiadora, afinal, cada qual conhece
o seu interior, o conteúdo de seus pensamentos (que como bem se aprendeu, graças ao espiritismo, reflete as suas companhias espirituais),
sabendo desse modo quanto esforço deve empreender para se melhorar moralmente.
Mas, felizmente, nosso Pai nunca nos abandona, ele em sua sabedoria e
amor espera o momento em que nos permitimos ser auxiliados, estendendo
suas mãos dadivosas por meio de oportunidades de agirmos como verdadei-
ros cristãos, de exercitarmos nossas qualidades, de sermos verdadeiramente
caridosos, de calarmos quando tivermos a capacidade de ferir ou humilhar
nosso próximo, de amarmos – mesmo dentro de nossas limitações... dentre
tantos outros meios que Ele se faz presente em nossas passagens pelos mais
diversos planetas, sempre nos amparando para que possamos evoluir por
mérito próprio, para que nos tornemos verdadeiros cristãos! Que possamos
aproveitar tais oportunidades da melhor maneira e que se falharmos hoje,
nos levantemos e tentemos novamente amanhã, e no dia subsequente e
quantas vezes forem necessárias!
________________________________________________________________________________________________________________
1
Evangelho Segundo o Espiritismo - Capítulo XVII Sede Perfeitos, páginas 231-242. Federação Espírita Brasileira, 131a
edição – 2a
impressão, 2013.
O Senhor, sentindo-lhe a ansiedade e a fé, compadeceu-se dele e pediu que o chamassem,
trazendo-o à Sua presença.
Mudara-se a paisagem emocional.
Os acompanhantes, estimulando o cego, já lhe acenavam esperança, afirmando:
“-Coragem, levanta-te, que Ele te chama”.
Desejavam mais um fato, sempre um fato novo.
O diálogo foi de encantamento.
“-Que queres que te faça?” – inquiriu Jesus.
“-Rabboni, que eu veja!” – respondeu-Lhe o cego.
Naquele rápido minuto, que sintetizava toda a vida nas sombras, ele quis gritar, mas se deteve
paralisado.
“- Vai – impôs-lhe o Mestre – a tua fé te salvou!”
Bartimeu não teve tempo sequer para reflexionar, pois a voz, vibrante e rica de harmonias,
penetrando-lhe a acústica da alma, fez que lhe explodisse a claridade nos olhos apagados e ele
enxergou.
A luz dourada do Sol, o verde da vida, as cores variadas da festa do dia e do sorriso dos homens
dominaram-no, impondo-lhe a sinfonia das lágrimas.
À dor do momento inusitado, fizeram-se a adaptação e a alegria da visão em festa de beleza.
Quando ele quis agradecer, o Mestre se havia afastado.
Nunca Ele recebia o reconhecimento dos beneficiários do Seu Amor.
Bartimeu é o símbolo dos cegos espiritualmente, em todos os tempos. Jericó é ainda o mundo
moderno.
Pede-se-Lhe que cure e recusa-se a saúde que Ele oferece. Anela-se pela Sua presença, enquan-
to Ele é repelido pela astúcia e ambição humana. Buscando a paz que Ele representa, os homens
fomentam a guerra em que se consomem. São os mesmos cegos espirituais que têm Jesus e, por-
que sem fé, não O buscam, ou, quando Ele chega rejeitam-no.
Esta é a cegueira maior e pior, porque da alma rebelde, ingrata e insatisfeita.
Extraído do Livro “Pelos Caminhos de Jesus” - pelo Espírito Amélia Rodrigues – Psicografia de
Divaldo Franco. Editora Leal - 7ª Edição -2012 - (págs. 79/81)
Bibliografia do Pentateuco
05 livros fundamentais na Doutrina Espírita
Por Allan Kardec
A obra Parnaso de além-túmulo foi o primeiro livro psicografado por Francisco Cândido Xavier. Parnaso significa
antologia, coletânea de poesias, e teve sua 1ª edição lançada em 07/07/1932. Nessa edição trouxe um conjunto de
60 poemas atribuídos a 14 poetas brasileiros - Augusto dos Anjos, Auta de Souza, Bittencourt Sampaio, Casimiro de
Abreu, Casimiro Cunha, Castro Alves, Cruz e Sousa, Pedro de Alcântara e Sousa Caldas -; quatro portugueses - Ante-
ro de Quental, Guerra Junqueiro, João de Deus e Júlio Diniz - e um poeta anônimo denominado “Um desconhecido”.
A cada edição, porém, o livro foi incorporando novas composições e novos poetas, até que em sua 6ª edição em
1955, estabilizou-se com 259 poemas atribuídos a 56 autores que se manifestaram através do médium, com suas
características e estilos próprios, alguns inconfundíveis.
Verdadeiro marco na história da humanidade, esta magnífica coletânea de textos concebida pela inspiração de
poetas no Plano Espiritual traz mensagens de consolo e esperança em diversos temas, confirmando a sobrevivência
da alma após a morte terrena.
“Do meu porto
Ao caro amigo M. Quintão
Viajor vacilante e extenuado, Depois de atravessar a sombra imensa, Encontrei o país abençoado Onde vive a
celeste recompensa.
Adeus mágoas da noite estranha e densa, Das angústias e sonhos do passado, Não conservo senão o Amor e a
Crença, Ante o novo caminho ilimitado.
É doce descansar após a lida, Banhar o coração na luz da vida, Rememorando as dores que passaram...
E dos quadros risonhos do meu porto, Rogo a Jesus conceda reconforto Aos corações amados que ficaram!”
Albérico Lobo, Psicografado por Chico Xavier
Boa leitura!
O cego Bartimeu
Havia em Jericó, um conhecido mendigo, filho de Timeu, por isso chamado
Bartimeu, que era cego.
Sentado, à margem da estrada, carpia a treva em que se encontrava mergulha-
do, rogando esmolas.
A esperança abandonara-o, substituída pela dor que nele fez morada.
Os largos anos de sombra marcaram-no de desencanto, e o desprezo que sofria
tornara-o um morto que respirava num corpo cansado. Nenhum ideal, forma algu-
ma de alegria acenavam-lhe vida.
A monotonia da própria desdita não lhe piorava o quadro de infortúnio, ou
motivo outro algum retirava-o para uma ambição de alvíssaras.
A marcha dos desiludidos é sempre assinalada pela sombra mesclada de som-
bras. Não, porém, naquele dia...
A notícia da chegada de Jesus à cidade, deixara-o excitado, expectante.
No máximo da amargura luzia-lhe uma claridade de esperança, um fiapo de fé,
que passou a constituir-lhe estímulo que já não conhecia desde há muito.
Estava mergulhado nestas reflexões de alento, quando escutou a multidão pro-
nunciar o nome de Jesus de Nazaré.
Todo ele se comoveu.
Aquela era a sua oportunidade, a última. Ouvira falar d’Ele e acreditara, na
imensa descrença em que se aturdia, na Sua força restauradora. Rompeu o silêncio,
e a voz do desespero gritou pela sua boca:
“- Jesus, Filho de Davi, tem piedade de mim! ”
Ao invés de provocar a compaixão dos que passavam, o egoísmo deles repreen-
deu-o, pedindo-lhe compostura, exigindo-lhe quietação.
Tinham o Mestre e queriam-no para si, sem facultar a mesma bênção aos de-
mais.
O infeliz, todavia, sem temer, com a coragem dos desesperados, prosseguiu
rogando:
“- Jesus, Filho de Davi, tem piedade de mim! ”
Bruno Tavares Expositor Espírita
www.blogdobrunotavares.wordpress.com
Associação Espírita Casa dos Humildes
www.casadoshumildes.com
Presidente: Albonize de França.
Vice-Presidente: Rosa Carneiro.
Deptº de Divulgação Doutrinária: Bruno Tavares.
Deptº de Mediúnico: Amaro Carvalho.
Edição: Bruno Tavares, Guttemberg Cruz, Juana
Feitosa, Mônica Porto e Patrícia Casé.
Projeto Gráfico: Ingrid Cavalcanti.
EXPEDIENTE
CH Notícias
Nº 37 – Circulação mensal
Distribuição on-line
Recife-PE, 19/Julho/2018
CONTATO
Rua Henrique Machado, nº 110
Casa Forte - Recife/PE
(81) 3268-3954
casadoshumildes.com
blogchnoticias.blogspot.com.br
chnoticias@yahoo.com.br
chnoticias2015@gmail.com
... E julho foi assim... no RITMO DA COPA, com EVANGELIZAÇÃO, NOSSAS VOVOZINHAS e muita torcida pela nossa
PÁTRIA...CORAÇÃO DO MUNDO
Segunda-feira 19 h 45 min
Sala 1 – Curso de Passe
Sala 2 – Curso Trabalhadores: ESTEM
Sala 3 – Iniciantes Curso de Mediunidade
Terça-feira
(a cada 15 dias)
19 h 45 min
EADE – Estudo Aprofundado da Doutrina Espírita
ESDE – Estudo Sistemático da Doutrina Espírita
Quarta-feira 19 h 45 min
Sala 1 – Iniciantes Básico do Espiritismo
Sala 2 – Curso Trabalhadores: Doutrinação
Sala 3 – Iniciantes Curso de Doutrinação
Segunda-feira 19 h 45 min Reunião de Consulta espiritual.
Terça-feira 20 h Reunião Pública de Estudo de “O Livro dos Espíritos”.
Terça-feira 20 h Reunião de Vibrações Espirituais.
Quarta-feira 19 h 45 min Reunião Pública de Desobsessão.
Quinta-feira (apenas a 1ª do mês) 19 h 45 min Desobsessão dos Trabalhadores da Casa.
Sexta-feira
19 h 30
Reunião Pública de Estudos Espíritas:
1ª Sexta do mês: André Luiz;
2ª Sexta: Emmanuel;
3ª sexta: Allan Kardec;
4ª sexta: Bezerra de Menezes.
Domingo 16 h Evangelização Infantil e Reunião da Juventude Espírita.
Domingo 16 h Reunião Pública de Estudo de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”.
ATIVIDADES REQUISITOS DIA/HORA
Campanha do Quilo Boa vontade e tolerância. 1º e 3º Domingo de cada mês – 8 h.
Evangelização Infanto-Juvenil
Habilidades na área de educação e de ativi-
dades lúdicas. Boa interação com crianças
e jovens.
Domingo – 16 h.
Passes e vibração Ter feito o curso de passes.
Segundas antes das reuniões
públicas;
Terças, Quartas e Sextas após as reuniões;
Domingos antes e depois das reuniões.
Recepção e atendimento fraterno
Ter feito o curso de passes e ser doutrina-
dor.
Segunda e Quarta – 19 h;
Domingo – 16 h.
Assistência a gestantes
Querer compartilhar saberes e acolher o
próximo.
Quarta – 13 h 30 min e
Um Domingo no mês.
Trabalho mediúnico e doutrinário
Ter feito todos os cursos
básicos e o de passes.
Segunda e Quarta – 19 h 45 min;
Domingo – 16 h
Instrutor e dirigente de reunião
Ter feito os cursos básicos e de passes. Para
instrutor, experiência e comunicação.
Nos dias de curso e de reunião no auditó-
rio.
Assistência às vovozinhas da Casa
dos Humildes
Formação na área da saúde. Para lazer,
nenhum requisito.
De acordo com a disponibilidade.
Biblioteca e Livraria Ser trabalhador da Casa Antes das reuniões públicas.
TI e eletroeletrônicos, manutenção Habilidade na área e vontade de aprender. Antes das reuniões públicas.

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  • 1. Recife, Julho de 2018 - Ano III - nº 37 CH Notícias Recife, Julho de 2018 - Ano III - nº 37 CH Notícias Leia todas as edições do CH Notícias no Blog: blogchnoticias.blogspot.com.br Ajuda e passa Estende a mão fraterna ao que ri e ao que chora: O palácio e a choupana, o ninho e a sepultura, Tudo o que vibra espera a luz que resplendora, Na eterna lei de amor que consagra a criatura. Planta a bênção da paz, como raios de aurora, Nas trevas do ladrão, na dor da alma perjura; Irradia o perdão e atende, mundo afora, Onde clame a revolta e onde exista a amargura. Agora, hoje e amanhã, compreende, ajuda e passa; Esclarece a alegria e consola a desgraça, Guarda o anseio do bem que é lume peregrino... Não troques mal por mal, foge à sombra e à vingança, Não te aflija a miséria, arrima-te à esperança. Seja a bênção de amor a luz do teu destino. Alberto de Oliveira Obra: Parnaso de Além Tumulo - Francisco Cândido Xavier Pág 01 Pág 01 Pág 02 Pág 03 Pág 04 Pág 04 Pág 05 Pág 05 Pág 06 Pág 06 Pág 07 Pág 08
  • 2. UMA CONSTRUÇÃO DE JUSTIÇA Ana Patrícia de Albuquerque Tavares Cruz Em tempos remotos a lei estabelecida pelos homens estava muito distante da noção de justiça. De nômades a humanidade passou a dominar o meio, fixando-se e adaptando-se. Neste processo de organização por clãs a força do poder patriarcal era a grande norma para excluir os membros que não se enquadrassem nas regras, sem ter a oportunidade de se defenderem. Com o passar dos anos, os seres humanos foram sentindo a necessidade de criar regras de conduta mais justas e protetivas para si e para seu patrimônio. A resolução dos conflitos seria dirimida na própria sociedade. Diante do mundo em adiantamento sociocultural e econômico, as leis foram se codificando mediante a evolução moral e intelectual do indivíduo. Na luta por poder, as pessoas tiveram a dignidade lesada por guerras desastrosas e perseguições que elevaram o sofrimento humanitário a um patamar de reflexões continuadas para se obter a paz e à Justiça. Em ato contínuo de aprimoramento as orde- nações jurídicas começaram a ser criadas com o fulcro em princípios de igualdade, liberdade e fraternidade. Aproximando-se do conceito de justiça elencado na questão de número 875 do livro dos Espíritos, “ ...a justiça consiste em cada um respeitar os direitos dos demais”, e também na Declaração Universal dos Direitos Humanos em que “... todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos e são dotadas de razão e consciência e devem agir em relação uma às outras com espírito de fraternidade”, e também na Constituição Federal do Brasil em que “... todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza”, comprova-se que a lei humana evolui constantemente no universo e que o pensamento de fraternidade, liberdade e paz permeou a mentalidade humana à medida que a moralidade do homem se elevou no decorrer do tempo histórico para sobrepor os sentimentos de intolerância com o seu semelhante. No entanto, o desenvolvimento moral humano adjunto com a Inteligência aprimorou as correntes ideológicas. A corrente que compreendia o ser humano como individual insular desligado com a natureza divina, perdeu o sentido passando para uma visão dual que visualiza o homem integrado com o mundo natural e dialogador do seu próximo com a preocupação de tratá-lo de maneira digna, fraterna e igualitária, como gostaria que fosse tratado. Em passos lentos e constantes nesta fase de transição, encontramo-nos em evolução continuada na construção do pro- gresso de uma sociedade humana mais ditosa e justa. A caminhada das leis terrenas a cada dia reflete a ascensão da moralidade, a qual sobrepuja o orgulho e o egoísmo do indivíduo que o faz entender que a paz mundial é possível com o respeito à vida, à liberdade e dignidade inerentes a todos os membros da família humana.
  • 3. AGOSTINHO DE HIPONA Agostinho cresceu no norte da África colonizado por Roma, educado em Cartago. Sua mãe, Môni- ca, era uma cristã devota e seu pai, Patrício, um pagão convertido ao cristianismo no leito de morte. Foi professor de retórica em Milão em 383. Seguiu o Maniqueísmo nos seus dias de estudante e se converteu ao cristianismo pela pregação de Ambrósio de Milão. Foi batizado na Páscoa de 387 e retornou ao norte da África, estabelecendo em Tagaste uma fun- dação monástica junto com alguns amigos. Em 391 foi ordenado sacerdote em Hipona. Tornou-se um pregador famoso (há mais de 350 sermões dele preservados, e crê-se que são autênticos) e notado pelo seu combate à heresia do Maniqueísmo. Defendeu também o uso de força contra os Donatistas, perguntando “Por que (...) a Igreja não deveria usar de força para compelir seus filhos perdidos a retornar, se os filhos perdidos compelem outros à sua própria destruição?”. Em 396 foi nomeado bispo assistente de Hipona (com o direito de sucessão em caso de morte do bispo corrente), e permaneceu como bispo de Hipona até sua morte em 430. Deixou seu monasté- rio, mas manteve vida monástica em sua residência episcopal. Deixou a Regula para seu monastério que o levou a ser designado o “santo Patrono do Clero Regular”, que é uma paróquia de clérigos que vivem sob uma regra monástica. Agostinho desencarnou em 430 durante o cerco de Hipona pelos Vândalos. De acordo com Possídio, Agostinho passou seus últimos dias em oração e penitência, com salmos pendurados nas paredes de seu quarto para que pudesse lê-los. Antes de morrer, ordenou que a bibliote- ca da igreja de Hipona e todos os seus livros fossem cuidadosamente preservados, e faleceu finalmente em 28 de agosto de 430. Logo em seguida, os vândalos desistiram do cerco, mas retornaram não muito depois e incendiaram a cidade, destruindo tudo menos a catedral e a biblioteca de Agostinho. Diz-se que ele encorajou seus cidadãos a resistirem aos ataques, principalmente porque os Vândalos haviam aderido ao arianismo, que Agostinho considerava uma heresia. Na história do pensamento ocidental, sendo muito influenciado pelo platonismo e neopla- tonismo, particularmente por Plotino, Agostinho foi importante para o batismo do pensamen- to grego e sua entrada na tradição cristã, e posteriormente na tradição intelectual europeia. Também importantes foram seus adiantados escritos influenciadores sobre a vontade humana, um tópico central na ética, e que se tornaram um foco para filósofos posteriores, como Schopenhauer e Nietzsche, mas ainda encontrando eco na obra de Camus e Hannah Arendt (ambos os filósofos escreveram teses sobre Agostinho). O pensamento de Agostinho foi basilar em orientar a visão do homem medieval sobre a relação entre a fé cristã e o estudo da natureza. Ele reconhecia a importância do conhecimento, mas entendia que a fé em Cristo vinha a restaurar a condição decaída da razão humana, sendo portanto mais importante. Santo Agostinho é um dos maiores vulgarizadores do Espiritismo. Manifesta-se quase por toda parte. A razão disso encontramo-la na vida desse grande filósofo cristão. Pertence ele à vigorosa falange dos Pais da Igreja, aos quais deve a cristandade seus mais sólidos esteios. Como vários outros, foi arrancado ao paganismo, ou melhor, à impiedade mais profunda, pelo fulgor da verdade. Quando, entregue aos maiores ex- cessos, sentiu em sua alma aquela singular vibração que o fez voltar a si e compreender que a felicidade estava alhures, que não nos prazeres enervantes e fugitivos; quando, afinal, no seu caminho de Damasco, também lhe foi dado ouvir a santa voz a clamar-lhe: “Saulo, Saulo, por que me persegues?”, exclamou: “Meu Deus! Meu Deus! perdoai-me, creio, sou cristão!” E desde então tornou-se um dos mais fortes sustentáculos do Evangelho. Podem ler-se, nas notáveis confissões que esse eminente Espírito deixou, as características e, ao mesmo tempo, proféticas pala- vras que proferiu, depois da morte de Santa Mônica: Estou convencido de que minha mãe me virá visitar e dar conselhos, revelando-me o que nos espera na vida futura. Que ensinamento nessas palavras e que retumbante previsão da doutrina porvindoura! Essa a razão por que hoje, vendo chegada a hora de divulgar-se a verdade que ele outrora pressentira, se constituiu seu ardoroso disseminador e, por assim dizer, se multiplica para responder a todos os que o chamam. – Erasto, discípulo de Paulo. (Paris, 1863.) Agostinho afirmava que a interpretação das escrituras deveria ser feita de acordo com os conhecimentos disponíveis, em cada época, sobre o mundo natural. Escritos como sua interpretação do livro bíblico do gênesis como o que chamaríamos hoje de um “texto alegórico”. O batismo de Santo Agostinho por Santo Ambrósio
  • 4. PRECE E SAÚDE HUMANA Muito se tem pesquisado sobre o efeito da religiosidade na saúde humana, principalmente nas áreas de cuidados paliativos em pa- cientes terminais, sejam portadores de câncer ou doenças degenerativas. As pesquisas ainda são escassas e as metodologias utilizadas estão procurando definições. No entanto, essa procura por um “Ser Superior”, “Força Maior”, ou qualquer denominação que nós, humanos, quando na encurralada da vida, procuramos nomes para definir “Deus”, se faz por meio da Prece. A Prece, segundo Kardec, é a invocação, mediante a qual o homem entra, pelo pensamento, em comunicação com o ser a quem se dirige, podendo ser algum espírito ou Deus, manifesta reações orgânicas que justificam sua atuação benéfica no organismo. Esses mecanismos vêm sendo paulatinamente descobertos por meio da ciência, a qual cada vez mais confirma as tão provocativas verdades religiosas. Um dos maiores pesquisadores da área é o neurocientista americano Andrew Newberg, mestre da Universidade da Pensilvânia na Filadélfia. Esse cientista vem elucidando por meios de imagenologia cerebral as reações da prece e religiosidade no ser humano, independente- mente da religião professada pelo indivíduo. Nesses estudos ele observa a ativação de várias áreas cerebrais, principalmente do córtex frontal, área relacionada ao raciocínio e capacidade de discernimento e aspirações humanas, o “terceiro andar” do nosso cérebro, como bem explica o espírito André Luiz. As ações vão desde equilíbrio de neurotransmissores responsáveis por várias atividades cognitivas, como também ativação de várias regiões para controle do equilíbrio, sensação de quietude, relaxamento e diminuição de hormônios do estresse, e ação direta nos metabolismos dos açúcares e gorduras. Essas ações têm efeito benéfico em doenças como câncer, hipertensão, diabetes, obesidade, depressão e qualidade do sono. Os mecanismos são complexos, mas estamos aprendendo a compreendê-los. Por outro lado, esses estudos também contemplam pessoas sabidamente rancorosas, pesarosas, negativas e desequilibradas emocio- nalmente, que adoecem com mais facilidade. Nessas pessoas, as mesmas áreas do córtex estudadas, são hipoativas. Comprovando, mais uma vez, o efeito da Prece. Felicitamo-nos em trazer elucidações científicas que corroboram nossos estudos espíritas, as verdades espirituais, transmutadas na ciência, que vão elevando o homem a uma compreensão melhor de Deus e do seu próximo. “Não andem ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e súplicas, e com ação de graças, apresentem seus pedidos a Deus. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o coração e a mente de vocês em Cristo Jesus. Filipenses 4:6-7” Guttemberg A. C. Cruz. ATITUDE CONSCIENTE – SEPARE SEU LIXO Não há negação maior ao progresso humano que seu próprio orgulho e egoísmo. Progredir é curso natural da essência humana. Usar para o bem o poder do intelecto é obrigação maior. Na questão 785 do LE o espirito Verdade nos alerta desta máxima. Em tempo, o uso dos recurso com parcimônia é fundamental. O egoísmo combate a todo custo a presença da caridade, do compartilhamento. A luz da inteligência humana brilha e difunde em larga escala a prática sustentável do uso dos recursos que a mãe natureza nos dispõe com amor maior. Se não queres que o nosso ORBE amado PARE, então SEPARE. Comece fazendo algo que aos teus olhos parecer pouco e pequeno, pois que assim o é. É semente, que ínfima gera árvores frondosas. Planta hoje com teu exemplo e amanhã colheremos todos.
  • 5. DEPARTAMENTO MEDIÚNICO Amaro Carvalho O que é o departamento mediúnico em um Centro Espírita? E quais suas atribuições? “É o departamento que cuida dos médiuns que frequentam o centro, seja para se tratarem, para se prepararem para trabalhar ou para o trabalho. Sendo sua atribuição: guiar os passos dos médiuns que chegam ao centro nas várias etapas da capacitação para o trabalho redentor, tratamento, instrução doutrinária, educação mediúnica e trabalho. ” Qual o trabalho e as responsabilidades do dirigente mediúnico? “Manter o departamento funcionando harmonicamente em suas etapas, acompanhando os médiuns, em muitos casos, desde sua chegada ao centro, até a evolução de suas possibilidades de trabalho. ” Quem pode se tornar um dirigente mediúnico? “O trabalhador que demonstre conhecimento na área, que procure ter atitudes evangélicas, que esteja sempre se atualizando ou reciclan- do, que saiba agregar e motivar os trabalhadores, que saiba dizer sim e não, mas principalmente que seja aprovado pela equipe espiritual. ” Como funciona o departamento mediúnico na Casa dos Humildes? “Na Casa dos Humildes, ele recebe o paciente no atendimento fraterno, encaminha para a consulta e promove o tratamento de desobses- são. Encaminha para os cursos preparatórios após o tratamento e em seguida para o desenvolvimento da educação mediúnica, capacitado para trabalhar, seguirá para os diversos tipos de trabalhos, dentro de uma sequência de condições: desobsessão, passe, vibração, atendimento fraterno, instrução em cursos, consulta espiritual, assistência fraterna e direção de trabalhos. ” BONS ESPÍRITAS A terceira revelação trouxe a humanidade a oportunidade de ter o conhecimento sobre a imortalidade da alma, a possibilidade da reencar- nação, a existência de espíritos em diferentes níveis evolutivos morais – sendo Jesus nosso maior guia e exemplo, como espírito que tal qual nós, já caminhou pelas sombras interiores e por mérito e luta alçou o patamar de governador da nossa amada Terra, planeta de oportunidades e acolhimento. O espiritismo também concede, aos que optam por abraçar essa doutrina, a benção de uma fé raciocinada, que permite que se desperte para a necessidade de amar a humanidade, nosso planeta, nossa fauna e flora. Contudo, pode-se indagar o que é necessário ser feito para se tornar um bom espírita... o Evangelho Segundo o Espiritismo, em seu capítulo XVII – Sede perfeitos, já traz essa resposta: “Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral e pelos esforços que emprega para domar suas inclinações más. ” Assim sendo, esclarece com todo amor que por mais que ainda se esteja em um patamar evolutivo de muitos conflitos morais interiores, é possível buscar a evolução através da reforma íntima, primeiramente conhecendo-se a si mesmo, suas más inclinações, seus defeitos, suas “trevas” e vendo-as com “olhos de ver” buscar superá-las. Será essa uma tarefa fácil? Ou demasiadamente difícil? Ou impossível? A verdade é que é uma tarefa desafiadora, afinal, cada qual conhece o seu interior, o conteúdo de seus pensamentos (que como bem se aprendeu, graças ao espiritismo, reflete as suas companhias espirituais), sabendo desse modo quanto esforço deve empreender para se melhorar moralmente. Mas, felizmente, nosso Pai nunca nos abandona, ele em sua sabedoria e amor espera o momento em que nos permitimos ser auxiliados, estendendo suas mãos dadivosas por meio de oportunidades de agirmos como verdadei- ros cristãos, de exercitarmos nossas qualidades, de sermos verdadeiramente caridosos, de calarmos quando tivermos a capacidade de ferir ou humilhar nosso próximo, de amarmos – mesmo dentro de nossas limitações... dentre tantos outros meios que Ele se faz presente em nossas passagens pelos mais diversos planetas, sempre nos amparando para que possamos evoluir por mérito próprio, para que nos tornemos verdadeiros cristãos! Que possamos aproveitar tais oportunidades da melhor maneira e que se falharmos hoje, nos levantemos e tentemos novamente amanhã, e no dia subsequente e quantas vezes forem necessárias! ________________________________________________________________________________________________________________ 1 Evangelho Segundo o Espiritismo - Capítulo XVII Sede Perfeitos, páginas 231-242. Federação Espírita Brasileira, 131a edição – 2a impressão, 2013.
  • 6. O Senhor, sentindo-lhe a ansiedade e a fé, compadeceu-se dele e pediu que o chamassem, trazendo-o à Sua presença. Mudara-se a paisagem emocional. Os acompanhantes, estimulando o cego, já lhe acenavam esperança, afirmando: “-Coragem, levanta-te, que Ele te chama”. Desejavam mais um fato, sempre um fato novo. O diálogo foi de encantamento. “-Que queres que te faça?” – inquiriu Jesus. “-Rabboni, que eu veja!” – respondeu-Lhe o cego. Naquele rápido minuto, que sintetizava toda a vida nas sombras, ele quis gritar, mas se deteve paralisado. “- Vai – impôs-lhe o Mestre – a tua fé te salvou!” Bartimeu não teve tempo sequer para reflexionar, pois a voz, vibrante e rica de harmonias, penetrando-lhe a acústica da alma, fez que lhe explodisse a claridade nos olhos apagados e ele enxergou. A luz dourada do Sol, o verde da vida, as cores variadas da festa do dia e do sorriso dos homens dominaram-no, impondo-lhe a sinfonia das lágrimas. À dor do momento inusitado, fizeram-se a adaptação e a alegria da visão em festa de beleza. Quando ele quis agradecer, o Mestre se havia afastado. Nunca Ele recebia o reconhecimento dos beneficiários do Seu Amor. Bartimeu é o símbolo dos cegos espiritualmente, em todos os tempos. Jericó é ainda o mundo moderno. Pede-se-Lhe que cure e recusa-se a saúde que Ele oferece. Anela-se pela Sua presença, enquan- to Ele é repelido pela astúcia e ambição humana. Buscando a paz que Ele representa, os homens fomentam a guerra em que se consomem. São os mesmos cegos espirituais que têm Jesus e, por- que sem fé, não O buscam, ou, quando Ele chega rejeitam-no. Esta é a cegueira maior e pior, porque da alma rebelde, ingrata e insatisfeita. Extraído do Livro “Pelos Caminhos de Jesus” - pelo Espírito Amélia Rodrigues – Psicografia de Divaldo Franco. Editora Leal - 7ª Edição -2012 - (págs. 79/81) Bibliografia do Pentateuco 05 livros fundamentais na Doutrina Espírita Por Allan Kardec A obra Parnaso de além-túmulo foi o primeiro livro psicografado por Francisco Cândido Xavier. Parnaso significa antologia, coletânea de poesias, e teve sua 1ª edição lançada em 07/07/1932. Nessa edição trouxe um conjunto de 60 poemas atribuídos a 14 poetas brasileiros - Augusto dos Anjos, Auta de Souza, Bittencourt Sampaio, Casimiro de Abreu, Casimiro Cunha, Castro Alves, Cruz e Sousa, Pedro de Alcântara e Sousa Caldas -; quatro portugueses - Ante- ro de Quental, Guerra Junqueiro, João de Deus e Júlio Diniz - e um poeta anônimo denominado “Um desconhecido”. A cada edição, porém, o livro foi incorporando novas composições e novos poetas, até que em sua 6ª edição em 1955, estabilizou-se com 259 poemas atribuídos a 56 autores que se manifestaram através do médium, com suas características e estilos próprios, alguns inconfundíveis. Verdadeiro marco na história da humanidade, esta magnífica coletânea de textos concebida pela inspiração de poetas no Plano Espiritual traz mensagens de consolo e esperança em diversos temas, confirmando a sobrevivência da alma após a morte terrena. “Do meu porto Ao caro amigo M. Quintão Viajor vacilante e extenuado, Depois de atravessar a sombra imensa, Encontrei o país abençoado Onde vive a celeste recompensa. Adeus mágoas da noite estranha e densa, Das angústias e sonhos do passado, Não conservo senão o Amor e a Crença, Ante o novo caminho ilimitado. É doce descansar após a lida, Banhar o coração na luz da vida, Rememorando as dores que passaram... E dos quadros risonhos do meu porto, Rogo a Jesus conceda reconforto Aos corações amados que ficaram!” Albérico Lobo, Psicografado por Chico Xavier Boa leitura! O cego Bartimeu Havia em Jericó, um conhecido mendigo, filho de Timeu, por isso chamado Bartimeu, que era cego. Sentado, à margem da estrada, carpia a treva em que se encontrava mergulha- do, rogando esmolas. A esperança abandonara-o, substituída pela dor que nele fez morada. Os largos anos de sombra marcaram-no de desencanto, e o desprezo que sofria tornara-o um morto que respirava num corpo cansado. Nenhum ideal, forma algu- ma de alegria acenavam-lhe vida. A monotonia da própria desdita não lhe piorava o quadro de infortúnio, ou motivo outro algum retirava-o para uma ambição de alvíssaras. A marcha dos desiludidos é sempre assinalada pela sombra mesclada de som- bras. Não, porém, naquele dia... A notícia da chegada de Jesus à cidade, deixara-o excitado, expectante. No máximo da amargura luzia-lhe uma claridade de esperança, um fiapo de fé, que passou a constituir-lhe estímulo que já não conhecia desde há muito. Estava mergulhado nestas reflexões de alento, quando escutou a multidão pro- nunciar o nome de Jesus de Nazaré. Todo ele se comoveu. Aquela era a sua oportunidade, a última. Ouvira falar d’Ele e acreditara, na imensa descrença em que se aturdia, na Sua força restauradora. Rompeu o silêncio, e a voz do desespero gritou pela sua boca: “- Jesus, Filho de Davi, tem piedade de mim! ” Ao invés de provocar a compaixão dos que passavam, o egoísmo deles repreen- deu-o, pedindo-lhe compostura, exigindo-lhe quietação. Tinham o Mestre e queriam-no para si, sem facultar a mesma bênção aos de- mais. O infeliz, todavia, sem temer, com a coragem dos desesperados, prosseguiu rogando: “- Jesus, Filho de Davi, tem piedade de mim! ”
  • 7. Bruno Tavares Expositor Espírita www.blogdobrunotavares.wordpress.com Associação Espírita Casa dos Humildes www.casadoshumildes.com Presidente: Albonize de França. Vice-Presidente: Rosa Carneiro. Deptº de Divulgação Doutrinária: Bruno Tavares. Deptº de Mediúnico: Amaro Carvalho. Edição: Bruno Tavares, Guttemberg Cruz, Juana Feitosa, Mônica Porto e Patrícia Casé. Projeto Gráfico: Ingrid Cavalcanti. EXPEDIENTE CH Notícias Nº 37 – Circulação mensal Distribuição on-line Recife-PE, 19/Julho/2018 CONTATO Rua Henrique Machado, nº 110 Casa Forte - Recife/PE (81) 3268-3954 casadoshumildes.com blogchnoticias.blogspot.com.br chnoticias@yahoo.com.br chnoticias2015@gmail.com ... E julho foi assim... no RITMO DA COPA, com EVANGELIZAÇÃO, NOSSAS VOVOZINHAS e muita torcida pela nossa PÁTRIA...CORAÇÃO DO MUNDO
  • 8. Segunda-feira 19 h 45 min Sala 1 – Curso de Passe Sala 2 – Curso Trabalhadores: ESTEM Sala 3 – Iniciantes Curso de Mediunidade Terça-feira (a cada 15 dias) 19 h 45 min EADE – Estudo Aprofundado da Doutrina Espírita ESDE – Estudo Sistemático da Doutrina Espírita Quarta-feira 19 h 45 min Sala 1 – Iniciantes Básico do Espiritismo Sala 2 – Curso Trabalhadores: Doutrinação Sala 3 – Iniciantes Curso de Doutrinação Segunda-feira 19 h 45 min Reunião de Consulta espiritual. Terça-feira 20 h Reunião Pública de Estudo de “O Livro dos Espíritos”. Terça-feira 20 h Reunião de Vibrações Espirituais. Quarta-feira 19 h 45 min Reunião Pública de Desobsessão. Quinta-feira (apenas a 1ª do mês) 19 h 45 min Desobsessão dos Trabalhadores da Casa. Sexta-feira 19 h 30 Reunião Pública de Estudos Espíritas: 1ª Sexta do mês: André Luiz; 2ª Sexta: Emmanuel; 3ª sexta: Allan Kardec; 4ª sexta: Bezerra de Menezes. Domingo 16 h Evangelização Infantil e Reunião da Juventude Espírita. Domingo 16 h Reunião Pública de Estudo de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”. ATIVIDADES REQUISITOS DIA/HORA Campanha do Quilo Boa vontade e tolerância. 1º e 3º Domingo de cada mês – 8 h. Evangelização Infanto-Juvenil Habilidades na área de educação e de ativi- dades lúdicas. Boa interação com crianças e jovens. Domingo – 16 h. Passes e vibração Ter feito o curso de passes. Segundas antes das reuniões públicas; Terças, Quartas e Sextas após as reuniões; Domingos antes e depois das reuniões. Recepção e atendimento fraterno Ter feito o curso de passes e ser doutrina- dor. Segunda e Quarta – 19 h; Domingo – 16 h. Assistência a gestantes Querer compartilhar saberes e acolher o próximo. Quarta – 13 h 30 min e Um Domingo no mês. Trabalho mediúnico e doutrinário Ter feito todos os cursos básicos e o de passes. Segunda e Quarta – 19 h 45 min; Domingo – 16 h Instrutor e dirigente de reunião Ter feito os cursos básicos e de passes. Para instrutor, experiência e comunicação. Nos dias de curso e de reunião no auditó- rio. Assistência às vovozinhas da Casa dos Humildes Formação na área da saúde. Para lazer, nenhum requisito. De acordo com a disponibilidade. Biblioteca e Livraria Ser trabalhador da Casa Antes das reuniões públicas. TI e eletroeletrônicos, manutenção Habilidade na área e vontade de aprender. Antes das reuniões públicas.