O documento descreve os principais conceitos e métodos da análise de conteúdo clássica, incluindo suas vantagens e limitações. É apresentada uma revisão dos principais autores e estudos nessa área, assim como as principais etapas de uma análise de conteúdo, como a categorização, codificação, avaliação da qualidade e validade. O documento fornece uma visão geral abrangente dessa importante técnica de análise qualitativa.
2012 epistemologia para um estado em tempo real - luis vidigal 1
Anális de conteúdo bauer
1. Pesquisa Qualitativa
Prof. Doutor Marco Conejero
Análise de Conteúdo Clássica
( Bauer, 2004)
Cap VIII do livro: Pesquisa qualitativa com texto,
imagem e som: um manual prático
Jesus Alexsandro Alves Rosa
Antonio João de Oliveira Vianna Junior
2. Análise de Conteúdo Clássica:
Uma Revisão ( Bauer, 2004)
Martin W. Bauer
Professor de Psicologia Social na LSE
London School Of Economics and Political
Science
3. Análise de Conteúdo
Método objetivo e sistemático de análise de texto,
desenvolvido dentro das ciências sociais empíricas
Dados codificados através de tratamento estatístico
das unidades e trazem nova informação do texto
( irreversibilidade )
Objetiva a subjetividade
Reduz a complexidade de uma coleção de textos
4. Análise de Conteúdo
Reconstrução em duas dimensões:
Sintática: foco nos transmissores de sinais – escolhas
gramaticais e estilísticas trazem indicações do autor e do
público.
Semântica: foco na relação entre sinais e o sentido
(denotativo / conotativo)
5. 6 Delineamentos de Pesquisa
(Krippendorff)
Descritiva: frequência das características codificadas
no texto
Normativa: comparações com padrões
Trans-seccionais: comparação empírica de textos de
diferentes contextos
Longitudinais: mesmo contexto por mais tempo
Indicadores Culturais: muitos contextos por muitos anos
Paralelas: análises longitudinais combinadas com outros
dados longitudinais, como a pesquisa de opinião
6. Tipos de unidades de amostragem e
registro:
Unidades Físicas: livros, cartas, programas de TV
Unidades Sintáticas: blocos sólidos de texto
Unidades Proposicionais: núcleos lógicos de frases
Unidades temáticas ou semânticas: textos sujeitos
a juízo humano
Representatividade, Tamanho da Amostragem e
Unidade da Amostragem
8. Categorização
Cada unidade deve se ajustar a um código
Cada código, no referencial, possui um único
número finito de valores de código
O processo de codificação pode ser feito à mão
ou de forma computadorizada
CAPI/CATI , NUD*IST/ATLAS.ti
10. Qualidade na análise de conteúdo:
Uma boa análise de corpus de texto deve ser
julgada pelo resultado, mas não somente isso.
Preocupações-chave: Fidedignidade e validade
( psicometria )
Coerência e Transparência ( Bauer )
11. Coerência:
É a beleza de um referencial de codificação
( valor estético )
Referencial de codificação gracioso é
internamente coerente e simples, onde os códigos
fluem de um único princípio
Provém de idéias superiores, que trazem ordem ao
referencial de codificação
12. Transparência:
Referencial de codificação, apresentado como um
folheto ( guia p/ codificadores / documento de
pesquisa )
Inclui:
Lista sumária de todos os códigos
Distribuição de frequência para cada código
Explicação com respeito ao problema da
fidedignidade do codificador
13. Fidedignidade
Concordância entre intérpretes
Apresenta índices que medem a concordância
entre codificadores em uma escala de 0 (não
concordância) a 1 (plena concordância) ,
ponderados com relação à probabilidade
≠ Perfeita fidedignidade ( Julgamento humano )
Dependência com a Qtd de treinamento, da
definição das categorias, da complexidade do ref de
codificação e dos materiais
14. Validação
Se refere até que grau o resultado representa
corretamente o texto, ou seu contexto
Tipos:
Validade semântica
Validade da amostragem
Validade preditiva
Validade de constructo
15. Forças da AC
Sistemática e pública
Utiliza dados brutos
Pode lidar com grande quantidades de dados,
inclusive históricos
Conjunto de procedimentos maduros e bem
documentados
16. Fraquezas da AC
Inexatidões de interpretação, devido à separação de
unidades de análise ( citações for a de contexto podem
ser enganadoras )
Inexistência de arquivo de dados para armazenar e
tornar acessível os dados brutos para análise secundária.
19. Fonte: Trabalho apresentado por Marcellus Henrique Rodrigues Bastos e Ualison Rebula
de Oliveira no XII Simpósio de Excelência em Gestão e Tecnologia com título: “Análise
de discurso e análise de conteúdo: Um breve levantamento bibliométrico de suas
aplicações nas ciências sociais aplicadas”
20. Fonte: Trabalho apresentado por Marcellus Henrique Rodrigues Bastos e Ualison Rebula
de Oliveira no XII Simpósio de Excelência em Gestão e Tecnologia com título: “Análise
de discurso e análise de conteúdo: Um breve levantamento bibliométrico de suas
aplicações nas ciências sociais aplicadas”
21. Artigo Científico
IRIGARAY, Hélio Arthur Reis; VERGARA, Sylvia Constant; ARAUJO, Rafaela
Garcia. RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA: O QUE REVELAM
OS RELATÓRIOS SOCIAIS DAS EMPRESAS. Organ. Soc., Salvador , v. 24, n.
80, p. 73-88, mar. 2017 . Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?
script=sci_arttext&pid=S1984-92302017000100073&lng=pt&nrm=iso>. acessos
em 22 abr. 2017. http://dx.doi.org/10.1590/1984-9230804.
Qualis Capes: A2
Publicação: Mar/2017
Hélio Arthur Reis Irigaray - Doutor pela FGV/EAESP. Professor-adjunto na
FGV/EBAPE
Sylvia Constant Vergara - Doutora em Educação pela Universidade Federal do
Rio de Janeiro – Faculdade de Educação. Professora titular na FGV/EBAPE
Rafaela Garcia Araujo - Mestre em Gestão Empresarial pela FGV/EBAPE.
Professora convidada na FGV/IDE
22. Objetivo: Análise de empresas listadas na bolsa de valores brasileira, de
forma a interpretar o que estas empresas entendem por Responsabilidade
Social Corportativa (RSC).
Dados: Foram coletadas informações sobre os discursos oficiais dessas
organizações nos documentos publicados em relatórios anuais disponíveis
ao público, nomeadamente, os Relatórios de Sustentabilidade, os Sociais,
os Balanços Sociais, os Relatórios Anuais e, finalmente, os da
Administração.
23. 100 Empresas analisadas ( maior valor de mercado na Bolsa de Valores)
1º Categorização Aplicada
Com relação ao entendimento acerca da Responsabilidade Social
Corporativa:
Entendimento Amplo
Entendimento Restrito
Entendimento Confuso
24.
25.
26. 2º Categorização Aplicada
Com relação ao entendimento acerca da amplitude das práticas com RSC:
Amplitude das Práticas Alta
Amplitude das Práticas Média
Amplitude das Práticas Baixa
A categoria Amplitude das Práticas Alta = empresas que investem em
ações e projetos externos e internos;
Amplitude das Práticas Média = são aquelas cujo foco dos investimentos
de RSC é nas ações internas, com algumas iniciativas em projetos externos.
Amplitude das Práticas Baixa = composta pelas organizações que
apresentaram somente investimentos em práticas e ações internas.
27.
28. Referências:
ANDREN, X. (1981). Reliability and Content Analysis. In: K.E. RO- SENGREN
(ed.). Advances in Content Analysis. Beverly Hills, CA: Sage, p. 43-67.
BAUER, M.W. (1998a). Guidelines for Sampling and Content Analysis. In: J.
BASTOS,M.H.R. & DE OLIVEIRA, U.R. Análise de discurso e análise de conteúdo:
Um breve levantamento bibliométrico de suas aplicações nas ciências sociais
aplicadas In XII Simpósio de Excelência em Gestão e Tecnologia, 2015, Resende-RJ.
DURANT, M.W. BAUER & G. GASKELL (eds.). Biotechnology in the Public
Sphere. London: Science Museum, p. 276-98.
BAUER, M. (1998b). The Medicalisation of Science News- from the Rocket-scalpel
to the Gene-meteorite Complex, Social Science Infor- mation, 37: 731-51.
BAUER M.W. & GASKELL, G. (1999). Towards a Paradigm for Social
Representations Research,journal for the Themy of Social Behavior, 29 (2): p. 63-86.
BAUER, M. et al. (1995). Science and Technology in the British Press, 1946-1990,
29. Referências:
BUEHLER, K. (1 934). Sprachtheorie. Die Darstellungsfunktion der Spra- che.
Stuttgart: Gustav Fischer.
DURANT, J., BAUER, M.W. & GASKELL, G. (eds.) (1 998). Biotechno- logy in
the Public Sphere. London: Science Museum.
ECO, U. (1994). Apocalypse Postponed: Does the Audience have Bad Effects on
Television? Bloomington. In: Indiana University Press, p. 87-102.
FIELDING, N.G. & LEE, R.M. (1 998). Computer Analysis and Qualitative
Research. London: Sage.
FRANKS, B. (1999). Types ofCategories in the Analysis ofContent. In:
BAUER, M. (ed.). Papers in Social Research Methods- Qualitative Series,
vol. 6, London: LSE Methodology Institute.
30. Referências:
GERBNER, G. ~tal._(ed~.)(1969). The Analysis ofCommunication Contents:
Developments zn Sczentific Theories and Computer Techniques. New York, NY:
Wiley, p.123-32.
GROSS, A. (1990). The Rhetoric of Science. Cambridge, MA: Harvard University
Press.
HOLSTI, O.R. (1968). Content Analysis. In: G. LINDZEY & E. ARONSON (eds.),
Handbook ofSocial Psychology. Reading, MA: Addi- son-Wesley, p. 596-692.
- (1 969). Content Analysis for the Social Sciences and Humanities. Reading, MA:
Addison-Wesley.
IRIGARAY, Hélio Arthur Reis; VERGARA, Sylvia Constant; ARAUJO, Rafaela
Garcia. RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA: O QUE REVELAM
OS RELATÓRIOS SOCIAIS DAS EMPRESAS. Organ. Soc., Salvador , v. 24, n.
80, p. 73-88, mar. 2017 . Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?
script=sci_arttext&pid=S1984-92302017000100073&lng=pt&nrm=iso>. acessos
em 22 abr. 2017. http://dx.doi.org/10.1590/1984-9230804.
31. Referências:
JANOWITZ, M. (1976). Content Analysis and the Study ofSocio-politi- cal
Change,journal ofCmnmunication, 26: 10-21.
KAPLAN, A. (1 943). Content Analysis and the Theory of Signs, Philo- sophy
ofScience, 10: 230-247.
K R A C A U E R , S. (1 9 5 2 ) . T h e C h a l l e n g e o f Q u a l i t a t i v e C o n t e
n t A n a l y s i s , Public Opinion Quarterly, 16: 631-42.
KRIPPENDORFF, K. (1980). Content Analysis: an Introduction to its Me-
thodology. London: Sage.
- (1994). On Reliability of Unitizing Continuous Data, Sociological Methodology,
25: 47-76.
LINDKVIST, K. (1981). Approaches to Textual Analysis. In: K.E. ROSEN- GREN
(ed.),Advances in Content Analysis. London: Sage, p. 23-41.
McQUAIL, D. (1977). Analysis ofNewspaper Content. Royal Commission on the
Press, Research series 4. London: HMSO.
32. Referências:
MERTEN, K. (1995). Inhaltsanalyse, 2nd erweiterte Auflage. Opladen:
Westdeutscher.
MARKOFF]., SHAPIRO, G. & WEITMAN, S.R. (1974). Toward the Integration of
Content Analysis and General Methodology. In: D.R.
HEISE (ed.). Sociological Methodology 1975. San Francisco, CA: Jos- sey-Bass, p.
1-58.
NAMENWIRTH, J.Z. & WEBER, R.P. (1987). Cultural Dynamics. Win- chester
MA: Allen & Unwin.
NEISBITT, J. (1976). The Trend Report: A Quarterly Forecast and Evaluati- on
ofBusiness and Social Developments. Washington DC: Center for Po- licy Process.
NEUMANN, W.R. (1989). Parallel Content Analysis: Old Paradigms and New
Proposals, Public Communication and Behavior, 2: 205-89.
33. Referências:
NISSAN, E. & SCHMIDT, K. (eds.) (1995). Frorn Information to Knowled- ge:
Conceptual and Content Analysis by Computer. Oxford: Intellect.
NORTH, R.C. et al. (1963). Content Analysis: a Handbook with Applications for the
Study ofInternational Crisis. Evanston, IL: Northwestern Univer-
sity Press.
PAISLEY, W.J. (1969). Title of the Paisley Chapter. In: G. GERBNER, O.R. et al.
(eds.). The Analysis ofCommunication Contents: Developments in Scientific Theories
and Computer Techniques. New York, NY: Wiley.
SCOTT, W.A. (1955). The Reliability of Content Analysis: the Case of Nominal
Scale Coding, Public Opinion Quarterly, 19: 321-2.
SPEED, G. (1893). Do Newspapers Now Give the News?, Forum, 15: 705-11.
STEMPEL, G.H. (1952). Sample Size for Classifying Subject Matter in Dailies:
Research in Brief,journalism Quarterly, 29: 333-4.
STONE, P.J. et al. (1966). The General Inquirer: a Computer Approach to
Content Analysis. Cambridge, MA: MIT Press.
34. Referências:
TOULMIN, S. (1957). The Uses ofArguments. Cambridge: Cambridge
University Press.
WEBB, E.J., CAMPBELL, D.T., et al. (1966). Unobtrusive Measures: Non-
reactive Research in Social Sciences. Chicago: Rand-McNally.
WEBER, M. (1965 [1911]). Sociologie des Zeitungswesen. In: A. SIL-
VERMANN (ed.). Reader Massen Komunikation, Band I Bielefeld, p. 34-41.
WEBER, R.P. (1985). Basic Content Analysis. Beverly Hills, CA: Sage.