Este documento apresenta uma introdução à análise da experiência estética, permitindo que os alunos tenham acesso a obras de arte através de reproduções digitais. Propõe uma viagem por diferentes movimentos artísticos para contactar com obras representativas. Os alunos são incentivados a aprofundar este percurso através de pesquisas sobre a história da arte contemporânea ou monografias de artistas.
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Arte
1.
2. O presente dispositivo didáctico servirá de introdução à subunidade «A experiência
estética – análise e compreensão da experiência estética».
Consciente que um número significativo de alunos não sabe do que se trata quando se
fala de arte ou de alguns movimentos artísticos; permite-nos, deste modo, o acesso a
algumas produções, ainda que através de reproduções digitais.
Esta viagem, que proponho, permite contactar com obras representativas de
diferentes movimentos artísticos, que supõem diferentes teorias da arte. É o início de
um percurso que o aluno pode aprofundar quando, nas actividades, lhe é solicitado um
trabalho de pesquisa que consiste na realização da sua viagem à arte contemporânea
ou uma monografia de um artista que lhe tenha captado o interesse. A pesquisa em
livros de arte, na Internet, etc. permite a sua entrada neste mundo, por vezes, tão
distante.
ACTIVIDADE
1. Constrói o teu percurso pela História da Arte Contemporânea, escolhendo as obras
e autores que encontraste ao longo desta pesquisa e que mais captaram o teu olhar.
2. Escolhe um pintor e faz uma pequena monografia sobre si e a sua obra.
APRESENTAÇÃO
3. Os Precursores da Arte Moderna
Paul Gauguin
Paul Cézane
Vincent Van Gogh
4. Paul CÉZANNE, Les Grandes Baigneuses (1906)
Paul Cézanne (1839 -1906) foi um pintor francês, cujo trabalho forneceu as bases
da transição das concepções do fazer artístico do século XIX para a arte
radicalmente inovadora do século XX. Cézanne pode ser considerado como a
ponte entre o impressionismo do final do século XIX e o cubismo do início do
século XX.
Van Gogh, Os Comedores de batatas (1885)
Van Gogh (1853 – 1890) é considerado pioneiro na ligação das
tendências impressionistas com as aspirações modernistas, sendo
a sua influência reconhecida em variadas formas da arte do século
XX, como por exemplo o expressionismo, o fauvismo e o
abstraccionismo.
5. Auguste RENOIR, Le Bal au Moulin de la Galette (1884)
IMPRESSIONISMO
Movimento artístico da 2ª metade do século XIX. Teve a sua génese entre 1860-70, no seio de um grupo de jovens artistas que se reunia no café
Guerbois. Pintura ligada à vida citadina moderna e às impressões sensoriais dos seus autores, fundadas num individualismo crescente. Assim,
praticaram um repertório constituído por paisagens, figura humana e lazeres citadinos e o mesmo interesse pela captação de uma realidade, parcial e
sensível, que é a da luz e dos seus efeitos sobre a Natureza, as pessoas e os objectos. Pretende a captação do instante luminoso, fugaz e fugidio, de
Claude MONET, Impressão, nascer do sol (1870)
acordo com condições atmosféricas. Tecnicamente é caracterizada pela
procura desses efeitos através da justaposição, na tela, de pinceladas
pequenas, nervosas, em forma de vírgula e interrompidas, executadas
com grande rapidez e perante o motivo, ao ar livre. O termo
impressionismo surgiu devido a um dos primeiros quadros de Monet,
"Impressão, nascer do sol“. A expressão foi usada originalmente de forma
pejorativa, mas Monet e seus colegas adoptaram o título, sabendo da
revolução que estavam iniciando na pintura.
Representantes: Paul Cézanne, Claude Monet, Auguste Renoir, Edgar
Degas…
6. Paul GAUGUIN, A Rainha da Beleza (1897)
SIMBOLISMO
Reflexo da tendência
simbolista que marcou a
literatura e a música
durante a segunda
metade do século
XIX, o simbolismo explica-
se como reacção contra a
sociedade industrializada
e materialista e contra o
pendor representativo e
objectivo da arte vigente –
o Naturalismo, o Realismo
e o Impressionismo -,
valorizando o mundo
subjectivo e a
interioridade. Baseou-se
em estados emocionais,
nas angústias, nos sonhos
e nas
fantasias, separando,
definitivamente, a Arte da
representação da
Natureza.
Representantes: Paul
Gauguin, Gustave Moreau,
Odilon Redon…
8. Gustave KLIMT, Le Baiser (1909)
ARTE NOVA
Movimento
estético que se
revolta contra os
estilos inspirados
nos séculos
precedentes.
Traduz-se pela
utilização de
fontes de
inspiração
desligadas de
qualquer contexto
histórico
(natureza e
motivos florais)
com gosto pelo
sinuoso e por um
simbolismo, por
vezes, hermético.
Representantes:
Edward Burne-
Jones,
Gustave Klimt,
PriKKer Toulouse-
Lautrec…
Edward BURNE-JONES, Mermaids in the Deep (1882)
9. Henri MATISSE, Madame Matisse, Portrait à la raie verte (1905)
FAUVISMO
Movimento estético nascido em França e baptizado em
Paris pelo crítico Vauxelles que usou o termo “fauve”
(fera) para classificar a violenta expressão cromática
patente nas obras dos fauvistas.
Utilizam a cor como força emocional, expressiva e
Decorativa.
Representantes: Henri Matisse, Derain, Vlaminck…
Maurice de VLAMINCK, RUE de VILLAGE (1926)
10. Ernest KIRCHNER, Cinq Femmes dans la rue (1913) EXPRESSIONISMO
Movimento hostil ao realismo, naturalismo e impressionismo, que dá o primado
às reacções emotivas do artista face à experiência. O artista tenta pintar a
realidade subjectiva dos sentimentos que objectos e acontecimentos despertam
no Eu. A sua linguagem foi figurativa e a realidade era colocada como fonte de
conhecimento e de inspiração, mas com o intuito de algo que se queria criticar,
contestar ou destruir – a prostituição, a miséria, a exploração, a opressão, a dor e
a injustiça, sentidas no início do século XX. Obras de forte pendor social,
criticando o mundo moderno e as perversidades e injustiças; as figuras
expressavam os sentimentos humanos com vigor, dramatismo a até angústia
revelando o lado trágico da vida.
Representantes: Edvard Munch, James Ensor, Ernst Kirchner, Otto Muller…
Edvard MUNCH, O Grito (1893)
O Grito (no original Skrik)
é uma pintura do
norueguês Edvard Munch,
datada de 1893. A obra
representa uma figura
andrógina num momento
de profunda angústia e
desespero existencial. O
pano de fundo é a doca de
Oslofjord (em Oslo) ao
pôr-do-Sol. O Grito é
considerado como uma
das obras mais
importantes do
movimento expressionista
e adquiriu um estatuto de
ícone cultural.
11. Giorgio DE CHIRILO, Canto d`Amore
Carlo CARRÁ, a Tenista, 1917
A PINTURA METAFÍSICA
A pintura metafísica antecipou-se em mais de dez anos ao
surrealismo. O seu desenvolvimento situa-se entre 1910 e
1920. Nas obras dos pintores metafísicos, o mundo do
concreto e do real confunde-se com o do imaginário. A
imaginação torna-se parte activa e essencial na introdução, na
tela, de objectos dispares e sem qualquer relação entre si.
Representantes: Giorgio De Chirico, Carlo Carrá, Giorgio
Morandi….
12. Carlo CARRÁ, Manifestation interventionniste (1914)
FUTURISMO
Movimento de origem italiana, procura negar o passado e as
tradições e orientar-se para o futuro. Procurou fixar figuras em
movimento e acção, recorrendo para tal à representação
simultânea de posições sucessivas de pessoas e objectos.
Representantes: Carlo Carrá, Marcel Duchamp, Luigi Russolo …
A obra de Almada Negreiros insere-se no 1º Modernismo português,
tendo representado, juntamente com o restante grupo de "Orpheu",
o ponto mais alto do Futurismo em Portugal. Perpassou,
posteriormente, por outras sub-correntes como o sensacionismo, o
dadaísmo, o interseccionismo e o surrealismo.
13. Wassily KANDINSKY, Composição VIII
O ABSTRACCIONISMO
As imagens da pintura abstracta, ou são imagens puramente mentais, ou têm uma relação muito fraca com a realidade.
Representantes: V. Kandinsky, Piet Mondrian, Paul Klee…
Piet MONDRIAN, Composition
with Large Blue Plane, Red,
Black, Yellow, and Gray (1921)
14. Pablo PICASSO, Banhistas com barco de brincar (1937)
CUBISMO
Movimento
estético do início
do séc. XX que
reage contra o
impressionismo,
e que propõe
um espaço
bidimensional,
fundamentado
em teorias de
geometria
não euclidianas.
Representantes:
Pablo Picasso,
Georges Braque,
André Derain…
15. El LISSITZKY, Abattons les Blancs avec le Coin Rouge (1919)
CONSTRUTIVISMO
Corrente artística de origem
russa que privilegia uma
construção mais ou menos
geométrica das formas.
Representantes: El Lissitzky,
Piet Mondrian, Kasmir
Malevitch…
16. Marcel DUCHAMP, Fontaine, 1917
Duchamp foi o responsável pelo conceito de ready
made, que é o transporte de um elemento da vida
quotidiana, a priori não reconhecido como
artístico, para o campo das artes.
A Fonte, obra que fez repercutir o nome de
Duchamp ao redor do mundo - especialmente
depois de sua morte -, está baseada nesse conceito
de ready made: pensada inicialmente por
Duchamp (que, para esconder o seu nome, enviou-
a com a assinatura "R. Mutt", que se lê ao lado da
peça) para figurar entre as obras a serem julgadas
para um concurso de arte promovido nos Estados
Unidos, a escultura foi rejeitada pelo júri, uma vez
que, na avaliação deste, não havia nela nenhum
sinal de labor artístico. Com efeito, trata-se de um
urinol comum, branco e esmaltado, comprado
numa loja de construção e assim mesmo enviado
ao júri; entretanto, a despeito do gesto iconoclasta
de Duchamp, há quem veja nas formas do urinol
uma semelhança com as formas femininas, de
modo que se pode ensaiar uma explicação
psicanalítica, quando se tem em mente o membro
masculino lançando urina sobre a forma feminina.
Vale a pena ressaltar que a obra de Duchamp
deixou um legado importante para as
experimentações artísticas subsequentes, tais
como o Dadaísmo, o Surrealismo, o
Expressionismo abstracto, a Arte conceitual, entre
outros.
17. Francis PICABIA, Parade Amoureuse (1917)
DADAÍSMO
É um dos movimentos mais rebeldes e contestatários
de toda a história da arte. De tal modo que se
anunciou como um movimento de anti-arte. O seu
nome foi encontrado ao acaso no dicionário e não tem
qualquer significado artístico. Os dadaístas põem em
causa de forma subversiva e até escandalosa a
civilização ocidental, a começar pela própria arte.
Procuram retirar o artista do pedestal em que
costuma ser colocado, desmistificando a arte e o acto
criativo. Para isso recorrem ao acaso, ao improviso, ao
humor e ao gesto propositadamente infantil, dizendo
que para se ser artista não é preciso saber nada ou
dominar qualquer técnica especial. Portanto, tudo
pode ser arte e qualquer um pode ser artista,
deixando mesmo de haver qualquer diferença entre a
arte e não-arte.
Representantes: Francis Picabia, Man Ray, Max
Ernest, Marcel Duchamp, Raoul Hausmann…
Max ERNST, Célèbes or Elephant Célèbes (1921)
18. René MAGRITTE, Les amants (1928)
SURREALISMO
Nasce em 1923, em Paris, fortemente
influenciado pelo dadaísmo. O sonho, o
inconsciente, o paradoxo, o imaginário e
o inesperado são algumas das
características das suas obras, as quais se
fazem acompanhar de títulos
frequentemente estranhos.
Representantes: René Magritte, Salvador
Dali, André Masson, Joan Miró, Giorgio de
Chirico…
Salvador DALÍ, The Ship 1942
19. Andy WARHOL, Marilyn (1964)
POP ARTE
Inspira-se directamente na cultura popular e na sociedade de consumo
americana da época. As vedetas de TV, do cinema e da música, as histórias
aos quadradinhos, os acontecimentos do quotidiano, os produtos de
grande circulação e consumo diário, tudo isso se encontra na pop art. Ela é
o espelho fiel do quotidiano de milhões de pessoas comuns. Um espelho
que o artista coloca diante da vida moderna sem qualquer intenção crítica
ou posicionamento pessoal. O artista nem sequer aceita qualquer
distinção entre bom e mau gosto e os produtos de consumo adquirem o
estatuto de objectos artisticamente interessantes.
Representantes: Roy Lichtenstein, Andy Warhol, Robert Rauschenberg,
Claes Oldenburg…
Roy LICHTENSTEIN, Blonde Waiting (1964)
20. A ARTE CONCEITUAL (CONCEPTUAL) considera o conceito base de obra de arte, superior à própria obra concebida.
É fruto de uma vanguarda surgida na Europa e nos EUA, no fim dos anos 60 e meados dos anos 70, parte em reacção ao formalismo. Considera o
carácter mental da criação acima da aparência e existência final de uma obra. Em 1961, num texto escrito por Henry Flynt, o termo “arte
conceitual” aparecia pela primeira vez. Flynt defendia que os conceitos são as verdadeiras matérias da arte, sendo as ideias mais importantes do
que a execução do “produto final artístico”.
21. Paula REGO, O sonho de José, 1990
Brauce NAUMAN
PLURALISMO depois de 1960
A proliferação, a um ritmo acelerado, de movimentos novos constitui a característica essencial da arte produzida depois do início dos anos 60:hiper-
realismo, arte conceptual, minimalismo etc.
Bruce Nauman (Nasce a 6 de Dezembro de
1941, em Fort Wayne, Indiana) é um artista
americano contemporâneo. Sua prática
abrange uma ampla gama de media, incluindo
escultura, fotografia, néon, vídeo, desenho,
gravura.
Maria Paula Figueiroa Rego
(Lisboa, 1935) é uma pintora
portuguesa.
Depois de frequentar o Colégio
Integrado Monte Maior, em
Carcavelos, frequentou a Saint
Julian's School onde os
professores cedo lhe
reconheceram talento para a
pintura, partiu para Londres (em
1952). Até 1956, estudou na Slade
School of Fine Art. Conhece o
pintor Victor Willing (1928-1987),
com quem viria a casar em 1959.
Entre 1957 e 1962, vive na Ericeira.
Numa ida a Londres conhece Jean
Dubuffet (1901-1985), referência
determinante na sua criação
artística, usualmente definida
como Arte Bruta. Impõe-se contra
o regime político em Salazar
Vomitando a Pátria (1960) e Cães
Vadios (1965). Ao longo da década
de 1960 assina exposições
colectivas em Inglaterra e, em
1966, entusiasma a crítica ao
expor, individualmente, na Galeria
de Arte Moderna da então Escola
de Belas-Artes de Lisboa.
22. Ron MUECK
Ron Mueck (Melbourne, 1958) é um escultor australiano
hiper-realista que trabalha na Grã-Bretanha. Este escultor
utiliza efeitos especiais cinematográficos para criar obras
de arte. São incrivelmente realistas e se não fosse o
tamanho de suas esculturas certamente seriam fáceis de
serem confundidas com pessoas.
No início de carreira, foi fabricante de marionetas e
modelos para a televisão e filmes infantis, nomeadamente
no filme Labyrinth.
Adolph Frederick Reinhardt ("Ad" Reinhardt) (December
24, 1913 – August 30, 1967) foi pintor em Nova York no
início da década de 1930, até a década de 1960. Era um
membro da American Abstract Artists e fazia parte do
movimento, em torno da Betty Parsons Gallery, que ficou
conhecido como expressionismo abstracto.
Adolph REINHART, Abstract Print,
1966A expressão Art Brut (Arte Bruta) foi criada pelo
pintor francês Jean Dubuffet (1901-1985) em
1947, com o objectivo de caracterizar o trabalho
produzido fora do sistema tradicional e
profissional da arte (pelo que é também
conhecido por Outsider Art ), que o artista
considerava mais autêntico e verdadeiro que o
dos artistas eruditos. Desta forma, o conceito de
Arte Bruta pretendia englobar produções muito
diversificadas realizadas por crianças, por
doentes mentais e por criminosos, que
apresentavam em comum um carácter
espontâneo e imaginativo. Englobava também
algumas realizações de carácter público e
colectivo, como o graffiti.