O documento aborda os principais temas da microeconomia, incluindo a análise da demanda, da oferta e do equilíbrio de mercado. Também discute os diferentes tipos de estruturas de mercado como concorrência perfeita, monopólio, oligopólio e concorrência monopolista.
2. Escopo da aula
• Entender a que se presta a Teoria Microeconomia;
• Abordar os pressupostos básicos da análise
microeconômica;
• Abordar os temas fundamentais da análise
microeconômica:
- Análise da demanda;
- Análise da oferta;
- Análise do equilíbrio de mercado;
- Análise das estruturas de mercado.
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3. Microeconomia
• A microeconomia se preocupa em estudar a
formação de preços nos mercados e em
analisar certos segmentos da economia, como
os consumidores e produtores de bens
específicos. Explica o comportamento de
unidades econômicas individuais, de forma
desagregada.
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4. A hipótese coeteris paribus
• Expressão latina que significa tudo o mais
permanecendo constante.
• Ao observar os determinantes da oferta e da
demanda, verifica-se que todos podem variar
simultaneamente, ficando difícil avaliar o
efeito que cada um deles, isoladamente,
exerce sobre a oferta e a demanda.
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5. O papel dos preços relativos
• Trata-se do preço de um bem em relação aos preços de outros
bens.
• O preço relativo do bem A diz de quantas unidades do bem B
devemos desistir para obter mais uma unidade do bem A.
• Para se obter o preço de A em relação ao preço de B basta
dividir o preço de A pelo preço de B.
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6. O papel dos preços relativos
• Exemplo:
• Se o preço da Coca-Cola aumentar em 20%, e o preço
da Pepsi-Cola também aumentar em 20%, não
deverá acontecer nada com a demanda desses dois
bens. Entretanto, se o preço da Pepsi-Cola aumentar
em 20%, e o preço da Coca-Cola permanecer o
mesmo, devemos esperar queda na procura por
Pepsi-Cola e aumento na procura por Coca-Cola.
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8. Conceito de demanda individual
• “A demanda (ou procura) de um indivíduo por
um determinado bem (ou serviço) refere-se à
quantidade desse bem que ele deseja e está
capacitado a comprar, por unidade de tempo.”
(Passos e Nogami, 2012)
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9. Três elementos devem ser
destacados nessa definição...
• A demanda é uma aspiração, um desejo, e não a
realização do desejo;
• Para que haja demanda por um bem (ou serviço) é
preciso que o indivíduo esteja capacitado a pagar por
esse bem;
• A demanda é um fluxo por unidade de tempo.
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10. Lei geral da demanda
• A quantidade demandada de um bem ou serviço, em
qualquer período de tempo, varia inversamente ao seu
preço, pressupondo-se que tudo o mais que possa
afetar a demanda – especialmente a renda, o gosto e
preferência do consumidor, o preço dos bens
relacionados e as expectativas quanto à renda, preços e
disponibilidades – permaneça o mesmo.
(Passos e Nogami, 2012)
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14. Preço do bem
• Quanto maior for o preço de um bem,
menor deverá ser a quantidade que o
consumidor desejará adquirir desse bem;
• Inversamente, quanto menor for o preço,
maior deverá ser a quantidade que o
consumidor desejará adquirir desse bem;
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15. A renda do consumidor
• Regra geral: uma elevação na renda está associada a
uma elevação nas quantidades compradas – bens
normais.
• Exceções:
• Bens inferiores: demanda varia inversamente às
variações ocorridas na renda, dentro de uma certa
faixa. Ex.: margarina
• Bens de consumo saciado: são aqueles em relação
aos quais a demanda do consumidor está totalmente
satisfeito após um determinado nível de renda. Ex.:
arroz, farinha.
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16. A preferência do consumidor
• A demanda de um determinado bem (ou
serviço) depende dos hábitos e
preferências do consumidor;
• Tais como idade, sexo, tradições culturais,
religião e até educação.
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17. O preço dos bens relacionados
• Bens complementares
• Bens substitutos
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18. Demanda de mercado
• A demanda também depende do tamanho da
população;
• A escala de demanda de mercado é dada pela soma
das quantidades demandadas por todos os
consumidores.
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21. Conceito de oferta individual
• Define-se por oferta individual de um
determinado bem (ou serviço) a quantidade
desse bem que um único produtor deseja
vender no mercado, por unidade de tempo.
(Passos e Nogami, 2012) 21
22. Dois elementos devem ser
destacados nessa definição...
• A oferta é uma aspiração, um desejo, e não a
realização do desejo.
• A oferta, da mesma forma que a demanda, é um
fluxo por unidade de tempo;
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23. Lei geral da oferta
• “ A oferta de uma produto ou serviço qualquer, em
determinado período de tempo, varia na razão direta da
variação de preços desse produto ou serviço, a partir de
um nível de preço tal que seja suficiente para fazer face
ao custo de produção do mesmo até o limite superior de
pleno emprego dos fatores de produção, quando se
tornará constante, ainda que os preços em referência
possam continuar oscilando, mantidas constantes as
demais condições.”
(Passos e Nogami, 2012)
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24. Escala de oferta individual
• A escala de oferta individual de um produtor
individual mostra quantidade máxima de um
determinado bem ou serviço que esse produtor
estará disposto a oferecer a diferentes preços
possíveis, coeteris paribus.
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25. A curva de oferta individual
25Imagem da internet
27. A oferta e o preço do bem
• Normalmente, podemos esperar a existência de uma
relação direta entre a quantidade ofertada e o preço
• A relação entre quantidade e preço deverá apresentar
um limite mínimo dado pelo custo de produção e um
limite máximo, dado pelo pleno emprego dos fatores de
produção.
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28. A oferta e os preços dos fatores de
produção
• A quantidade de um determinado bem que um produtor
individual deseja oferecer no mercado depende dos
preços dos fatores de produção.
• Os preços pagos pela utilização dos fatores de
produção, juntamente com a tecnologia empregada,
determinam o custo de produção.
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29. A oferta e a tecnologia
• O estado atual da tecnologia custos de
produção;
• Avanços tecnológicos volume maior de
produção;
• a custos menores aumentarão a lucratividade
da empresa produtora do bem cujo processo
foi beneficiado pela evolução tecnológica.
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30. A oferta e o preço de outros bens
• Bens substitutos na produção: bens produzidos com
aproximadamente os mesmos recursos. Ex.: o milho e a
soja.
• Bens complementares na produção: apresentam
alteração na produção em virtude da variação de preço
de outro bem. Ex.: carne e couro
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31. A oferta e as expectativas
• O produtor, na sua decisão de produção
atual, também leva em consideração as
alterações esperadas de preços.
• Ex.: se um criador de gado acredita que
haverá um aumento no preço da carne no
futuro, é provável que retenha o fornecimento
atual de gado para o abate, a fim aproveitar
preços mais altos posteriormente.
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32. A oferta e as condições
climáticas
• Relativamente a alguns produtos, especialmente os
agrícolas, as condições climáticas exercem grande
influência.
• Ex.: uma fazenda na qual se produza café poderá sofrer
uma grande redução na produção desse bem caso
ocorra uma geada. Se isso acontecer, a oferta de café
por parte desse produtor deverá diminuir.
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33. Oferta de mercado
• A oferta de mercado é determinada pela soma
horizontal das quantidades ofertadas pelos
produtores individuais a cada preço.
• A oferta total depende do número de produtores
existentes no mercado.
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34. Escala de oferta de mercado
Preço
($/camisa)
Quantidade ofertada (camisas/mês)
Produtor A Produtor B Produtor C Mercado
(A+B+C)
100,00 400 600 400 1.400
80,00 300 500 300 1.100
60,00 200 400 200 800
40,00 100 300 100 500
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35. Equilíbrio de mercado
• Um preço que faz que a quantidade demandada
seja igual a quantidade ofertada é chamado de
Preço de Equilíbrio ou Preço de Mercado; a
quantidade correspondente é chamada
Quantidade de equilíbrio;
• Esse preço emerge espontaneamente em um
mercado competitivo, em que a oferta e a
demanda se confrontam;
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37. Elasticidade
• É a alteração percentual em uma variável, dada
uma variação percentual em outra, coeteris
paribus;
• É sinônimo de sensibilidade, resposta, reação
ou impacto de uma variável, em face de
mudanças em outras variáveis.
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38. 4 tipos de elasticidade
• I - elasticidade-preço da demanda;
• II – elasticidade-renda;
• III – elasticidade-preço cruzada da demanda;
• IV – elasticidade-preço da oferta.
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39. Elasticidade-preço da demanda
• Uma alta elasticidade-preço implica numa grande
resposta da quantidade demandada às variações no
preço (bens elásticos). Ex.: Bens supérfluos e se há
muitos bens substitutos;
• Uma baixa elasticidade-preço significa uma pequena
resposta da quantidade demandada às variações de
preço (bens inelásticos). Ex.: Se o bem for essencial ou
necessário e se existem poucos substitutos;
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40. Elasticidade-renda da demanda
• Mede como a quantidade demandada varia quando a renda dos
consumidores varia;
• Os bens normais tem elasticidade-renda positiva;
• Os bens inferiores tem elasticidade-renda negativa;
• Bens e serviços necessários tendem a ser inelásticos quanto à
renda;
• Bens e serviços supérfluos tendem a ser elásticos quanto à renda.
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41. Elasticidade-preço cruzada da
demanda
• É a variação percentual da quantidade demanda do bem A,
dada uma variação percentual no preço do bem B, coeteris
paribus;
• A elasticidade-preço cruzada pode ser negativa ou positiva;
• Quando ela é positiva, os bens A e B são substitutos;
• Quando ela é negativa, os bens A e B são complementares.
Ex. sapatos e meias ou impressa e cartucho.
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42. Elasticidade-preço da oferta
• É sempre positiva;
• A oferta é elástica quando a quantidade ofertada do bem reage
substancialmente a uma variação em seu preço;
• A oferta é inelástica se a quantidade ofertada do bem reage pouco a
uma variação em seus preços;
• Na maioria dos mercados, um determinante chave da elasticidade
da oferta é período de tempo considerado;
• No longo prazo, a quantidade ofertada pode alterar-se
substancialmente em resposta às variações no preço.
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44. Mercado
• “É o conjunto de pontos de contato (ou o evento de
reunir ou colocar juntos) entre vendedores de um bem
(produto final ou insumo) ou prestadores de serviço e os
potenciais compradores desse bem ou os usuários de
tal serviço, de modo a serem estabelecidas as
condições contratuais de venda e compra ou da
prestação e uso do serviço, bem como concretizados os
negócios resultantes do acordo.”
• (Vasconcelos, Pinho, Gremaud et al., 2006)
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46. Concorrência perfeita
• Grande número de empresas produtoras;
• Semelhanças nos produtos vendidos (padronização/mercado
homogêneo);
• Não existem barreiras a entrada ou saída;
• As empresas são tomadoras de preço;
• Mercado transparente.
• Não facilmente encontrado no mundo real
• Ex.: mercado de produtos agrícolas
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47. Monopólio
• Existe apenas uma empresa no mercado, dominando
completamente a oferta do setor;
• Não existem produtos substitutos;
• Existem barreiras à entrada;
• Poder de mercado. O monopolista tem capacidade de
influir nos preços e no abastecimento do mercado;
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48. Oligopólio
• Existem poucos grandes vendedores;
• A empresa oligopolista pode tanto produzir produtos
padronizados como produtos diferenciados;
• Há controle sobre o preço. Formação de cartel;
• “A essência do comportamento oligopolístico é que cada
firma sabe que uma mudança em seu comportamento
terá efeitos perceptíveis nas vendas e lucros dos seus
concorrentes.”
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49. Concorrência monopolística
• Muitas empresas concorrendo pelos mesmos
consumidores;
• Há diferenciação de produtos, com cada empresa
oferecendo um produto ligeiramente diferente dos
demais;
• Há livre entrada e saída do mercado;
• Há certo controle de preço, dependendo da
diferenciação do produto.
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50. Referências
• FONTES, R.; RIBEIRO, H.; AMORIM, A.; SANTOS, G. Economia.
Um enfoque básico e simplificado. São Paulo: Atlas, 2010.
• PASSOS, C. R. M.; NOGAMI, O. Princípios de Economia. 6.ed.
Ver. São Paulo: Cengage Learning, 2012;
• VASCONCELLOS, M. A. S.; PINHO, D. B.; GREMAUD. A. P.
Manual de introdução à economia. São Paulo: Saraiva, 2006.
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