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Estudo conduzido publicado na revista "Oncogene"                           invasivas e podem entrar na circulação, acabando por afectar outros
                                                                           órgão onde formam metástases.
Identificada molécula responsável por                                      Contudo, segundo a investigadora portuguesa é possível desenvolver
                                                                           anticorpos que bloqueiem o aumento desta proteína e que permitam,
metástases do cancro da mama                                               assim, controlar o aparecimento de metástases. Joana Paredes destaca
Imagine um polvo e um mexilhão. Este fica agarrado às rochas e, por        também que o comportamento desta caderina é oposto ao da caderina-
mais fortes que sejam as ondas, não sai do mesmo lugar. O polvo, por       E, associada ao cancro gástrico. Quando os níveis desta proteína são

outro lado, espalha os tentáculos e aproveita a sua elasticidade para se   baixos os doentes têm pior prognóstico. Na P, os efeitos são

esticar ao máximo. É mais ou menos esta a diferença entre o cancro da      exactamente o contrário e é perante altas quantidades que a célula é

                                   mama que não tem metástases e           induzida a produzir "enzimas que degradam a matriz de suporte".
                                   aquele que invade a pele e outros       Em Portugal, surgem todos os anos 4500 novos casos de cancro da

                                   órgãos. O "polvo" responsável por       mama e registam-se 1500 mortes.
                                                                                    http://www.publico.pt/Ci%C3%AAncias/identificada-molecula-responsavel-por-
                                   este tipo de cancro mais agressivo é
                                                                                                                      metastases-do-cancro-da-mama_1412179
                                   uma molécula chamada caderina-P
                                   e foi identifica por investigadores
                                                                           Estas novas descobertas feitas pelos investigadores do IPATIMUP
                                   portugueses    num    estudo   agora
                                                                           podem representar       passos     muito significativos      no    aumento     da
publicado na revista britânica "Oncogene".
                                                                           esperança de vida de muitas pacientes. Explique em que medida os
Os investigadores do Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da
                                                                           resultados   do   trabalho   descrito    devem      ser   levados    em     conta
Universidade do Porto (Ipatimup) descobriram que quando uma mulher
                                                                           relativamente à capacidade de diminuir o número de cancros da mama,
apresenta níveis elevados desta proteína tem um pior prognóstico e
                                                                           em Portugal.
tende a reagir pior às terapêuticas administradas, o que acontece em
um terço dos casos. "Percebemos que sempre que a caderina-P é
expressa nos carcinomas as doentes tinham piores prognósticos",
explicou ao PÚBLICO Joana Paredes, que liderou a equipa responsável
pelo projecto.
Uma caderina é uma molécula ou proteína responsável pelo mecanismo
hemofílico de adesão celular. "Funciona como um fecho éclair",
exemplifica Joana Paredes. Quando a caderina-P é muito elevada as
células, nomeadamente as cancerígenas, ficam com uma organização
interna diferente. Isto é, desprendem-se mais facilmente, tornam-se
O   Instituto    de   Patologia   e    Imunologia       Molecular   da

Universidade do Porto IPATIMUP - é uma associação privada

sem fins lucrativos de utilidade pública, fundada em 1989 sob

a   égide   da    Universidade        do   Porto.   O    IPATIMUP    é

um Laboratório Associado do Ministério da Ciência e do

Ensino Superior desde 2000.

O IPATIMUP tem por objectivos compreender as causas e a

evolução das doenças oncológicas humanas de forma a:
                                                                          VISITA DE
                                                                          ESTUDO
 - Avançar no diagnóstico precoce.

 - Maximizar a eficiência do tratamento.

 - Melhorar a qualidade de vida dos doentes.




                                                                         BIOLOGIA 11
 - Diminuir a incidência de cancro na população.

As vertentes de actividade do IPATIMUP são:

-   Investigar    em    Oncologia      e   Genética      Populacional,

procurando optimizar as interacções de diversos domínios

científicos (Medicina, Biologia, Genética, Farmácia, Biofísica).

-   Desenvolver       Recursos    Humanos       especializados      em

Oncologia e Oncobiologia.

- Divulgar a Ciência, contribuindo para o aumento da cultura

científica da população.

 - Prestar serviços diagnósticos e de consultadoria.
                                                                            DEZEMBRO - 2010

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Molécula responsável por metástases do cancro da mama identificada

  • 1. Estudo conduzido publicado na revista "Oncogene" invasivas e podem entrar na circulação, acabando por afectar outros órgão onde formam metástases. Identificada molécula responsável por Contudo, segundo a investigadora portuguesa é possível desenvolver anticorpos que bloqueiem o aumento desta proteína e que permitam, metástases do cancro da mama assim, controlar o aparecimento de metástases. Joana Paredes destaca Imagine um polvo e um mexilhão. Este fica agarrado às rochas e, por também que o comportamento desta caderina é oposto ao da caderina- mais fortes que sejam as ondas, não sai do mesmo lugar. O polvo, por E, associada ao cancro gástrico. Quando os níveis desta proteína são outro lado, espalha os tentáculos e aproveita a sua elasticidade para se baixos os doentes têm pior prognóstico. Na P, os efeitos são esticar ao máximo. É mais ou menos esta a diferença entre o cancro da exactamente o contrário e é perante altas quantidades que a célula é mama que não tem metástases e induzida a produzir "enzimas que degradam a matriz de suporte". aquele que invade a pele e outros Em Portugal, surgem todos os anos 4500 novos casos de cancro da órgãos. O "polvo" responsável por mama e registam-se 1500 mortes. http://www.publico.pt/Ci%C3%AAncias/identificada-molecula-responsavel-por- este tipo de cancro mais agressivo é metastases-do-cancro-da-mama_1412179 uma molécula chamada caderina-P e foi identifica por investigadores Estas novas descobertas feitas pelos investigadores do IPATIMUP portugueses num estudo agora podem representar passos muito significativos no aumento da publicado na revista britânica "Oncogene". esperança de vida de muitas pacientes. Explique em que medida os Os investigadores do Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da resultados do trabalho descrito devem ser levados em conta Universidade do Porto (Ipatimup) descobriram que quando uma mulher relativamente à capacidade de diminuir o número de cancros da mama, apresenta níveis elevados desta proteína tem um pior prognóstico e em Portugal. tende a reagir pior às terapêuticas administradas, o que acontece em um terço dos casos. "Percebemos que sempre que a caderina-P é expressa nos carcinomas as doentes tinham piores prognósticos", explicou ao PÚBLICO Joana Paredes, que liderou a equipa responsável pelo projecto. Uma caderina é uma molécula ou proteína responsável pelo mecanismo hemofílico de adesão celular. "Funciona como um fecho éclair", exemplifica Joana Paredes. Quando a caderina-P é muito elevada as células, nomeadamente as cancerígenas, ficam com uma organização interna diferente. Isto é, desprendem-se mais facilmente, tornam-se
  • 2. O Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto IPATIMUP - é uma associação privada sem fins lucrativos de utilidade pública, fundada em 1989 sob a égide da Universidade do Porto. O IPATIMUP é um Laboratório Associado do Ministério da Ciência e do Ensino Superior desde 2000. O IPATIMUP tem por objectivos compreender as causas e a evolução das doenças oncológicas humanas de forma a: VISITA DE ESTUDO - Avançar no diagnóstico precoce. - Maximizar a eficiência do tratamento. - Melhorar a qualidade de vida dos doentes. BIOLOGIA 11 - Diminuir a incidência de cancro na população. As vertentes de actividade do IPATIMUP são: - Investigar em Oncologia e Genética Populacional, procurando optimizar as interacções de diversos domínios científicos (Medicina, Biologia, Genética, Farmácia, Biofísica). - Desenvolver Recursos Humanos especializados em Oncologia e Oncobiologia. - Divulgar a Ciência, contribuindo para o aumento da cultura científica da população. - Prestar serviços diagnósticos e de consultadoria. DEZEMBRO - 2010