O documento discute princípios do urbanismo, incluindo a organização de cidades e comunidades, o planejamento urbano, os tipos de traçados de ruas, e as superfícies destinadas à construção e lazer. É explicado que o planejamento urbano requer uma equipe multidisciplinar e que o traçado ortogonal é mais econômico. Detalhes técnicos sobre declividades de ruas e sistemas de drenagem também são apresentados.
2. URBANISMO
• É a arte de organizar as cidades,
centros urbanos ou rurais, planificando
os pequenos e grandes aglomerados.
O urbanista fixa o traçado urbano, a
ampliação a reconstrução ou reforma
dos centros urbanos.
3. URBANISMO
• O planejamento urbano não pode ser de
competência de um só técnico, ou de vários
técnicos de mesma categoria profissional. Não
existe o profissional planificador. Há o grupo de
trabalho, a equipe.
4. Principais técnicos necessários para
um planejamento integrado, por setor:
a) No setor físico territorial - Arquiteto, Engenheiro Civil,
Engenheiro Agrônomo, Geografo, Foto Interpretados, etc.
b) No setor social - Sociólogo, Assistente Social, Educador,
Psicólogo, Médico, Sanitarista, etc.
c) No setor Econômico - Economista de diferentes especialidades
demógrafo, Estatístico, etc.
d) No setor Administrativo - Técnico em Administração Pública,
especialista em finanças e públicas e contabilidade, Advogado, etc.
e) Outros técnicos - Especialistas em relação pública, em
Comunicação, etc.
5. O urbanista trabalha sobre a
superfície, estabelecendo critérios
de utilização do solo urbano,
segundo a análise dos dados
levantados pelo grupo de
trabalho, planejamento as diversas
atividades.
6. Retículas Urbanas e Custos
Aspectos gerais do traçado urbano
O traçado urbano começa pela definição de avenidas,
ruas e caminhos para pedestres, necessários para
tornar acessíveis as diferentes partes do espaço a
serem organizadas.
Essas avenidas, ruas ou caminhos assumem traçados
e desenhos muito diferentes, conforme a topografia do
local, as características do usuário e o motivo pelo
qual transita nestas vias.
7. Existem diversos tipos de traçados e retículas
urbanas, sendo o modelo da quadrícula ortogonal o
mais econômico.
Malhas não ortogonais são em média 20 a 50 % mais
caras do que malhas ortogonais, considerando-se a
quantidade de metros de vias e redes em geral por lote
servido.
A ilustração abaixo demonstra como os lotes
irregulares terão importantes perdas de área útil.
8.
9. Combinações de traçados
• Vias de trânsito intenso e
artérias principais, traçado
em malha fechada, que
permite menores percursos;
Vias de trânsito eventual,
secundárias o traçado é em
malha aberta, que permite
menores custos de
implantação da
infraestrutura.
• Para malhas principais e
quarteirões maiores do que
usual.
10. Quarteirões sem ruas de penetração
• Localização de lotes em quadras sem ruas de penetração
• Comparação econômica entre quarteirões quadrados e
retangulares
Quarteirões com ruas de penetração
Forma dos lotes
• Lotes de formas irregulares
11. O tipo de sítio e as alternativas de
implantação da urbanização
Todo sítio tem na topografia suas características
principais. Todo sítio tem um ecossistema natural que,
em maior ou menor grau, é agredido quando sobre ele
se faz um assentamento urbano.
Geralmente os sistemas mais agradáveis são aqueles
que contêm menores alterações, tornando-se mais
econômicos e estáveis no tempo.
12. • 2% ou mais: são locais que devem ser evitados, pois
terão dificuldades de drenagem;
• 2 a 7%: são locais ideais para qualquer uso, parecem
planos;
• 8 a 15%: são locais que servem, mas com certas
restrições, na situação original podem servir para
atividades que não precisem de construções, em caso
contrário, devem ser feitos cortes e aterros para dotá-
los de patamares;
O tipo de sítio e as alternativas de
implantação da urbanização
13. 16 a 30%: são locais que devem ser evitados, são
necessárias obras especiais para sua utilização;
Mais de 30%: são terrenos inadequados para construções
e precisam de obras especiais para sua estabilização.
O tipo de sítio e as alternativas de
implantação da urbanização
14. Traçados urbanos e curvas de nível
• Como regra geral devemos escolher a posição e
direção de todas as ruas, de forma a ter declividade
suficiente para escoar as águas da chuva, para isso
as ruas deverão ser posicionadas cortando as
curvas de nível.
• Quanto menos alterações nas curvas de nível
existentes mais econômica, estável e agradável é a
implantação.
15. Traçados em terrenos acidentados
• Num terreno acidentado, o traçado devera
interpretar, respeitar e tirar o melhor proveito da
topografia, consequentemente será trabalhoso e
exigirá vários ajustes e modificações até atingir uma
situação de equilíbrio entre ruas, lotes, aterros e
cortes.
16. Largura e função das ruas
Condições gerais
O projeto da rua deve se adequar
às necessidades do usuário.
Perfis e larguras de ruas e
caminhos
• o primeiro esquema
mostra uma rua
convencional com meia
calçada pavimentada, a
parte não pavimentada
pode ser usada como
estacionamento 45 ou
90º.
• o segundo esquema
mostra uma rua com
canais laterais que
também podem ser
utilizados como
estacionamento.
Principais perfis de ruas
17. Superfícies Destinadas a Comunicação
• Servem para atender as necessidades do homem no
sentido de se locomover de um lugar para outro.
• Sistema Viário que determina a finalidade, a
convivência e a segurança com que o povo se
locomove através da cidade.
• É quem determina o tamanho das quadras, constituí
um canal para luz e ar, bem como para toda rede de
infraestrutura - são as vias.
18. • Avenidas de Tráfego -3,50 a 3,20m (pista)
• Ruas principais -3,50 a 3,00m (pista)
• Ruas residenciais -3,00 a 2,70m (pista)
Determinação da largura das vias para veículos
• Mínimo 1,20 m
Determinação da largura das vias de pedestres
Determinação da largura das vias para veículos
e pedestres em casos de extrema precariedade
de recursos
20. CRUZAMENTO COM 50
PONTOS DE CONFLITOS
CRUZAMENTO COM 120
PONTOS DE CONFLITOS
Obs.: O planejamento de vias hoje, procura eliminar ao máximo
os pontos de conflitos.
Traçado das Ruas
21. • Largura das ruas em função das redes de
infraestrutura urbana Uma rua tem que cumprir
múltiplas funções, entre as quais está ade conter todos
os serviços de infraestrutura urbana
• Ruas de acesso
domiciliar
• Ruas e outros
espaços urbanos
de uso misto
Esquemas para ruas sem saída
22. Declividade de ruas, taludes e
cruzamentos
Declividades das ruas para veículos
Declividades máximas recomendáveis para não dificultar o tráfego
23. Declividades dos caminhos para pedestres
• Nas vias de pedestres,
além de considerar as
condições topográficas ,
deve-se também em
proporcionar um tráfego
confortável e seguro
mesmo em dias de chuva.
Declividade nos
cruzamentos e
entroncamentos
• Nos cruzamentos e
entroncamentos onde o
terreno tem forte
declividade, este deve ser
muito baixo ou quase nulo.
Entroncamento de ruas quase paralelas e
declividade contrário
24. • Taludes laterais das vias
• Posicionamento dos lotes em terrenos de forte
declividade
• Posicionamento dos lotes e quarteirões nos
loteamentos em relação aos níveis de renda
• Curvas nas ruas
• Tipos de curvas e suas combinações horizontais e
verticais
Declividade de ruas, taludes e
cruzamentos
a -bom para a rua
b -bom para a construção
26. Pavimentos Urbanos
1. Generalidades sobre os pavimentos urbanos
As vias urbanas atuais constituem-se de duas partes:
• o leito carroçável: destinado ao trânsito de veículos
e ao escoamento das águas pluviais;
• o passeio: destinados ao trânsito de pedestres e
limitados fisicamente pelo conjunto de meios-fios.
1. Componentes dos pavimentos urbanos
• Revestimento
• Camadas inferiores
• Conjunto meio-fio-sarjeta
28. Compreendem-se por vias para pedestres
• Os passeios laterais das ruas, as pistas de
atletismo, os caminhos em parques e praças, além
dos caminhos internos nos conjuntos habitacionais
• Podem ser de dois tipos: as com tráfego eventual de
veículos e as exclusivas para pedestres.
Determinação da espessura das vias de pedestres
Custo dos pavimentos
Pavimentos para trânsito de veículos
Exigências
-Resistências às cargas
-Baixa resistência ao rolamento
-Facilidade de conservação
-Cor adequada
29. Tipos de Pavimentos
1. Pavimentos convencionais
-Pavimentos flexíveis
-Pavimentos semiflexíveis
-Pavimentos rígidos (de concreto)
2. Pavimentos alternativos
-Pavimentos de pedra colocada a mão
-Pavimentos de tijolos
-Pavimentos à junta aberta
3. Determinação das espessuras dos pavimentos
4. Custos dos pavimentos
30. Sistema de coleta de águas pluviais
Descrição dos sistemas pluviais convencionais
O sistema de drenagem de águas constitui-se de duas
partes: as vias pavimentadas e a rede de tubulações e
seus sistemas de captação.
A largura da sarjeta e a altura da guia estão limitadas
pelo passo das pessoas
31. Sistema de coleta de águas pluviais
1. Meios-fios
2. Sarjetas
3. Sarjetões
4. Bocas-de-lobo
5. Condutos de ligação
6. Caixas de ligação
7. Poços de visita
8. Galerias
9. Declividade da bacia - A declividade da bacia
influencia nos custos do sistema.
10.Determinação aproximada do diâmetro das
tubulações
32. Descrição de sistemas pluviais não-
convencionais
1. Canalizações laterais
2. Canalização centralizada
3. Bacias de estocagem
São locais , ao longo dos canais ou tubulações
de drenagem, onde a água da chuva pode se
depositar por algumas horas
33. Harmonização entre pavimentos viários e
deságues pluviais
• Sistema guia-sarjeta
Perfis alternativos para vias de
veículos
37. Superfície Destinada a Construção
Servem para atender as necessidade mais importantes do
homem. como sejam: Habitar, Trabalhar e laser. Segundo
a ocupação se dividem em:
• Habitação (coletiva ou unifamiliar)
• Coletividade organizada - (quarteis, conventos, prisões,
colégios, seminários, etc.).
• Alojamento - (Hotéis, asílios, pensão, pensionato)
38. Superfície Destinada a Construção
• Assistência sanitária (hospitais, clínicas, etc.).
• Educação e ensino (escola, grupos, etc.).
• Palácio Público e Representativos (Câmara, plenário,
etc.).
• Culto Religioso (Igreja, Templos)
• Abastecimento (Mercado, matadouro, etc.)
• Indústrias, Comerciais, Espetáculo, Oficina e
Transporte.
39. Superfícies para Parques e Jardins
São áreas essenciais à sobrevivência humana -
destinadas a promover o lazer.
Podem ser divididas em:
a) Zonas verdes públicas
b) zonas verdes de proteção
c) Zonas verdes vinculadas e cemitérios
São elas - praças, parques, piscinas, instituições
desportivas, quadras, pistas de corridas,
exposições, zoológicos, jardins botânicos, etc...
40. Serviços Públicos
São instalações que servem para completar as
necessidades dos homens, tais como: água
potável, esgoto, luz, telefone, gás, lixo, limpeza
urbana, águas (residenciais) industriais.
41. Atividades de Vizinhança de Zonas
Residenciais
a) Compatível com o uso residencial de
atendimento direto e cotidiano: padaria,
mercearia, mercadinho, farmácia, correio,
posto telefônico, escola primária maternal,
creche, templos religiosos.
42. b) Compatível com o uso residencial e do atendimento
esporádico podendo causar incômodo, sendo desejável sua
implantação em áreas específicas.
Equipamento para alimentação (bar, lanchonete,
restaurante, etc.)
Equipamento de saúde e assistência (posto médico,
clínicas, etc.)
Comércio e serviço (banco, seguros, comércio
varejistas).
Atendimento de veículo (posto de gasolina e serviços)
Equipamento educacional (cursinho, escolas
especializadas, escolas superiores, etc.).
Equipamento de lazer e cultura (biblioteca, museu,
teatro, cinema, etc).
Aluguel e turismo (hotel, motel, alojamento, pensão,
etc.).
43. c) Atividades Incompatível com as zonas residenciais -
garagem em geral, terminal de carga, comércio
atacadista, serviço de armazenamento.
d) Equipamento cuja localização exige estudos
específicos
1) Equipamentos especiais - asílios, orfanatos,
cemitérios, maternidades, hospitais gerais.
2) Grandes equipamentos - São equipamentos que
pelo seu porte e influência na vida urbana tem sua
localização pré-determinada - Estádios, terminais
rodoviário, ferroviário, autódromo, parque de exposições,
central de abastecimento, centro de convenções, centro
administrativos.
44. Segundo as Leis de Planejamento.
- Lotes residenciais - 125m2 ou 5m de frente
- Lotes comerciais - 100m2 ou 5m de frente
- Quadra Máxima - 400m de frente, e com
uma largura que permita 2 faixas de lote.
- Lotes comerciais - 1 para cada 20 lotes
residenciais.
Dimensões Mínimas dos Lotes
45. Para lotear um terreno precisamos de um levantamento da área a
ser loteada com as vias de acesso existentes na vizinhança é os
seguintes dados:
1 - As divisas do terreno a lotear
2 - Curvas de níveis oficiais
3 - Localização dos ventantes, cursos d’água, canais,
valas existentes, etc.
4 - Construções existentes que vão ou não permanecer.
5 - Características dos terrenos vizinhos com indicação
do sistema viário.
6 - Área públicas paisagísticas
7 - Orientação - Norte
Dimensões Mínimas dos Lotes
46. 1 - O traçado das vias de circulação
2 - Disposição, forma e dimensão das áreas destinadas a
outro equipamento urbano e comunitários.
3 - Disposição das quadras e dos lotes com números
dimensões e indicação das áreas residenciais ou não.
4 - Área total, número de quadros, número de lotes, área
dos lotes, testada mínima, médio e máxima.
5 - Solução esquemática da terraplenagem, da drenagem do
terreno, da pavimentação das vias de circulação.
O Projeto de Loteamento tem que conter:
47. O Projeto de Loteamento tem que conter:
6 - QUADRO RESUMO - Contendo as informações necessários para
análise e avaliação.
1 - Área a lotear
2 - Área das quadras
3 - Área livre para recreação
4 - Área para edifícios públicos
5 - Área para circulação
PARA EFEITO DE PROJETO CONSIDERAR: Orientação, topografia,
(visando a drenagem e acessos) visibilidade, fator comercial e
estético.
48. Além dos dados anteriores citados, temos:
a) Lotes
1 - Localização especial
quando situado em esquinas de logradouros, o
lote deverá ter sua menor dimensão de
acrescida de uma extensão igual ao recuo
exigido para as construções voltadas para o
logradouro.
Leis de Planejamento
49. 2 - Ângulo divisório
Nenhum lote poderá ter a divisão com outro
imóvel formando um ângulo inferior a 70% ou
superior a 11% em relação ao alinhamento.
Leis de Planejamento
50. 3 - Largura Mínima das vias
a) até 50 lotes - largura total minima10,0m ,com
faixa de rolamento 6,0m
b) acima de 50 lotes - largura total 12,0m faixa
de rolamento 7,0m
Leis de Planejamento
51. Obs.: A prefeitura poderá exigir dimensões superiores as
especificadas sempre que necessário ao sistema viário urbano.
- As área livres não podem ser encravadas entre lotes
- Todo lote deve estar voltado para via ou logradouro
- Não pode ser loteado terreno pantanoso ou aterrados com
material nocivo a saúde para isto torna-se necessário fazer
serviços de drenagem e devidos tratamento.
- Curso d’água só pode ser aterrado com parecer técnico do órgão
competente.
- Não pode ser loteado terrenos com mais de 35% de inclinação
salve seja feita devidas proteções.
Leis de Planejamento