SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 10
I. OBJETIVO 
Este procedimento operacional prescreve as instruções operacionais para o 
planejamento, 
implantação e manutenção de estradas florestais em áreas de florestas plantadas. 
II. DEFINIÇÕES : 
CAPACIDADE DE SUPORTE DO SOLO: capacidade que o material utilizado na base e 
no revestimento do leito da estrada tem de suportar a pressão exercida pelos 
pneus ou lagartas dos veículos apresentarem deformação; 
ESTRADAS PRINCIPAIS: estradas utilizadas como corredores de transporte de 
madeira e de acesso a todos os talhões do povoamento. Apresentam greide máximo 
de 8% no sentido favorável ou adverso, aceitando-se até 10% a uma distância 
máxima de 150 metros e largura superior a 6 metros. Possuem bom padrão de 
construção, boa capacidade de sustentação, revestimento do leito carroçável e 
sistema de drenagem eficiente; 
ESTRADAS SECUNDÁRIAS: dividem as áreas de colheita do povoamento. O greide 
máximo permitido é de 12% no sentido favorável ou adverso, aceitando-se até 15% 
no sentido favorável a uma distância máxima de 150 metros. Apresentam padrão de 
construção mais simples (comumente o leito carroçável não é revestido) em 
relação às estradas principais, inclinações e raios de curvatura pouco acentuados, 
larguras variando entre 3,5 e 4,8 metros, e boa capacidade de sustentação e 
drenagem; 
ESTRADAS TERCIÁRIAS: encontradas apenas em áreas de produção. O padrão de 
construção é bastante simples, com larguras variando entre 3,5 e 4,5 metros; 
GREIDE: inclinação vertical do eixo da estrada florestal, formando os aclives e os 
declives. 
III. CONCEITOS 
A rede viária florestal deve atender de forma abrangente aos aspectos técnicos, sendo 
implantadas levando-se em conta o melhor traçado relacionado com o menor custo de 
implantação e manutenção, com vistas à redução os impactos ambientais causados. A 
implantação da rede viária exerce importante papel na operacionalidade de todas as 
atividades florestais, portanto, boas condições de segurança e trafegabilidade são 
essenciais. 
lV. CONDIÇÕES GERAIS 
O processo de implantação e manutenção de estradas florestais deve envolver a seguinte 
seqüência de atividades: 
Planejamento de Estradas Florestais, Implantação de Estradas Florestais, Obras de Infra- 
Estruturas, Manutenção e Conservação de Estradas Florestais 
IMPLANTAÇÃO E MANUTENÇÃO DE ESTRADAS FLORESTAIS 
CONCEITOS: 
1. Definição do traçado e densidade ótima de estradas
A definição do traçado é feita através do levantamento de 
informações: 
a) Topográficas e geográficas: necessárias para definição 
de áreas de corte e aterro, alinhamentos verticais e horizontais e 
orientação do traçado; 
b) Geológicas: identificação de áreas de baixa 
capacidade de sustentação, prevenção e controle de erosão e 
definição de projeto de pavimentação; 
c) Climatológicas: fornecem dados sobre o regime de 
pluviosidade; 
d) Hidrológicas: utilizadas na definição das redes de 
drenagem. 
Além dessas informações, é necessário conhecer o sistema 
de manejo e colheita adotado no povoamento, de modo a conhecer 
os produtos transportados e composição viária necessária; a rede 
viária existente, verificando a possibilidade de aproveitamento de 
estradas florestais já existentes e de ligação com estradas privadas 
ou institucionais; e o tráfego, caracterizando o tipo e a freqüência 
de passagem de veículos pelas estradas. 
O levantamento dessas informações impede ou atenua os efeitos de 
condições desfavoráveis aos traçados como, rampas acentuadas; 
curvas fechadas; cruzamentos sem visibilidade; e sistema de 
drenagem deficiente. 
A densidade de estradas, expressa pela razão entre o comprimento 
total de estradas a serem construídas e a área total a ser abastecida 
pela rede, é definida durante o traçado, e de modo geral, deve 
variar entre 10 e 20 m/ha para estradas primárias e entre 10 e 20 
m/ha para estradas secundárias. 
IMPLANTAÇÃO DE ESTRADAS FLORESTAIS 
CONCEITOS: 
1. Projeto geométrico em perfil 
Definição de declives, rampas e greide da estrada. Para permitir o 
tráfego eficiente e sem perigo, os declives devem ser menores do 
que 10 % e as mudanças de declive devem ser corrigidas 1 a 2 % a 
cada 10 metros. Em estradas principais a rampa deve estar entre 8 e 
10%, e em estradas secundárias entre 10 e 12 %. O greide deve ser 
inferior a 5 % em estradas em relevo plano, entre 6 e 8 % em 
estradas sobre relevo ondulado e entre 6 e 8 % e entre 9 e 15 % para 
condições de relevo montanhoso. 
2. Seção transversal 
A seção transversal da rede viária é estabelecida em função do tipo 
de estrada (primária, secundária ou terciária), volume de tráfego e 
tipo de área atravessada. Suas dimensões deverão estar de acordo 
com as exigências do tráfego para o qual a estrada está sendo 
projetada, podendo apresentar pistas simples, duplas ou múltiplas. 
Na implantação de estradas, deve-se atentar aos aspectos legais no que se refere à 
proteção de áreas de preservação permanente (APP’s), reserva legal (RL) e represas 
artificiais. O traçado deverá utilizar preferencialmente os pontos que apresentem melhor 
estabilização de encostas, mantendo a menor densidade possível, uma distância de
extração economicamente viável e largura suficiente para atender a passagem ou 
cruzamento de duas composições de transporte sendo: 
Consiste na remoção da vegetação, quando existente, demarcação e abertura de faixas e 
formação do leito, realizada com auxílio de tratores de esteira ou equivalentes. 
Trator de esteira realizando limpeza da área, estaqueamento e implantação do projeto 
geométrico. Execução de terraplanagem, definição e ajuste do greide, controle de cotas e largura, e 
realização do acabamento. 
Implantação de infra-estrutura construção de valetas, camalhões, canais de infiltração, 
drenos, bueiros, pontes, revestimentos, estabilização de cortes e aterros, bem como demais obras de 
infra-estrutura. 
OBRAS DE INFRA-ESTRUTURA 
As obras de infra-estrutura têm por finalidade assegurar boas condições de segurança e 
trafegabilidade as estradas. Abaixo estão descrita as principais obras de infra-estrutura 
encontradas associadas às estradas florestais: 
1. Valetas Abertas 
Vala lateral que escoa a água da estrada, conduzindo-a para as 
saídas de água. Tem um custo de implantação baixo, proporciona 
escoamento de grande volume de água e de fácil manutenção 
(desobstrução das valas), apesar de onerosa em virtude da 
frequência com que se realiza. Possuem largura mínima de 50 cm, 
profundidade de 20 cm e declividade de 3 %. 
Disposição de valetas em estradas florestais 
2. Camalhões 
Pequenas elevações construídas transversalmente às estradas, que 
tem como função obstruir a água oriunda de precipitações, 
diminuindo a velocidade de seu escoamento de forma eficaz e 
barata, e mitigando a erosão em estradas florestais. 
3. Canal de infiltração 
Abertura lateral, construída transversalmente as valas laterais, em 
um ou nos dois lados da estrada, que retira a água antes que a 
mesma atinja velocidades capazes de desencadear processos 
erosivos. 
4. Drenos 
Usados lateralmente ou transversalmente à estrada, visa baixar o 
nível do lençol freático, evitando possíveis deformações na estrada. 
Podem ser construídos com brita grossa, areia grossa, resíduos de 
telhas e tijolos, manilhas de cimento perfuradas e bambus, e 
preenchidos com aglomerados, manilha perfurada ou bambu. O custo 
de implantação é elevado e de difícil manutenção. 
5. Bueiros 
Túnel compostos de tubos de concreto com diâmetro superior a 60 
cm, colocados transversalmente à estrada, junto às valetas laterais, 
com a finalidade de permitir a passagem de água. As extremidades 
de entrada e saída de água do bueiro devem ser revestidas com 
pedras e/ou madeiras, de modo a conter a erosão. 
6. Desaguadores 
Canais construídos de madeiras roliças ou de madeiras serradas, na 
superfície das estradas, que tem o mesmo objetivo dos bueiros, 
porém para menores volumes de água. Normalmente são colocadas 
paralelamente duas toras no mesmo nível do leito da estrada, de tal
modo que permaneça um espaço entre elas, permitindo a passagem 
da água. 
7. Pontes 
A construção de pontes inicia-se com a construção de duas 
cabeceiras laterais aos córregos, feita com pedras ou madeira roliça. 
Posteriormente, colocam-se toras ligando as duas cabeceiras, 
paralelamente a direção de tráfego. Acima dessas toras, são 
colocados os travessões de madeira roliça ou serrada, paralelamente 
ao córrego. Acima desses travessões são colocadas madeiras 
serradas, no sentido de tráfego dos veículo. 
8. Revestimento do leito das estradas 
Estradas de pequeno porte possuem somente um revestimento 
primário do leito, composto por material como cascalho, saibro 
(mistura natural de argila e areia grossa) ou piçarra (argilito, 
folhelho e regolito de rochas). O material é espalhado pelo leito, 
formando uma camada de 15 a 25 cm, e posteriormente 
compactado, aumentando a capacidade de suporte da estradas. 
a) Revestimento Primário 
Consiste na colocação de uma camada, obtida pela 
compactação de uma mistura de material argiloso com 
material granular, sobre o reforço do subleito ou 
diretamente sobre o subleito. A espessura varia entre 10 e 20 
cm, de acordo com a quantidade e o tipo de tráfego que a 
estrada está sujeita e as condições de suporte do subleito. 
A execução do revestimento primário envolve a a) 
regularização e compactação do subleito; b) escarificação do 
leito e espalhamento do material; c) umedecimento ou 
secagem (se necessário) e d) compactação do material. 
b) Agulhamento 
Compactação do material granular diretamente no subleito 
da estrada, se o mesmo for argiloso, ou sobre uma 
camada argilosa colocada sobre o subleito. É indicado em 
áreas de baixo tráfego, pois apresenta durabilidade e 
qualidade inferior ao revestimento primário. A execução do 
agulhamento envolve a regularização da pista; escarificação 
do subleito ou lançamento de camada de argila; 
lançamento e espalhamento do material granular; 
revolvimento conjunto dos materiais; umedecimento ou 
secagem, se necessário; compactação do material 
c) Mistura de Areia e Argila 
Em caso de subleito muito arenoso, comumente adiciona-se 
cerca de 30% de argila, assegurando melhores condições de 
tráfego na estrada. 
9. Reforço do Subleito 
Camada de reforço de aproximadamente 20 cm, em que empregam-se 
materiais granulares grosseiros ou mesmo materiais argilosos 
compactados, construída quando o subleito apresenta baixa 
capacidade de suporte.
CUSTOS, MANUTENÇÃO E CONSERVAÇÃO DE ESTRADAS FLORESTAIS 
A intensidade do tráfego, os fatores climáticos e, em muitos casos, a frequência de uso 
com veículos pesados, dificultam a conservação das estradas florestais, tornando a 
manutenção periódica necessária. Em geral, os problemas mais frequentes em uma 
estrada florestal são: a)ondulações e atoleiros; b) areões de espigão; c)areões de baixada; 
d) excesso de pó; e) pista escorregadia; f) rocha aflorante; g) costela de vaca; h) 
segregação lateral; e i) buracos e erosões. A maioria destes tem como causas principais a 
falta de capacidade de suporte do subleito, a falta de conservação da superfície e a 
deficiência do sistema de drenagem. 
1. Ondulações e Atoleiros 
Ondulações e atoleiros decorrem da falta da capacidade de suporte 
do subleito e a ausência ou ineficiência do sistema de drenagem. 
Para a solução destes problemas deve-se retirar a água acumulada 
no local através de valetas e sangras. Posteriormente, deve-se 
realizar o revestimento primário ou então o agulhamento. Caso o 
atoleiro decorra da presença de água no lençol subterrâneo, um 
dreno com profundidade aproximada de 1,5 metros soluciona o 
problema, não havendo a necessidade de realização do revestimento 
primário. 
2. Areões 
Comum em áreas de solos arenosos, devido à ação combinada do 
tráfego e da lavagem do material pela água de chuva. São trechos 
onde o leito é recoberto por uma camada de areia solta que, em 
tempo seco, representa riscos a continuidade e segurança do 
tráfego. Para solucionar este problema, misturar 30 % de argila com 
a areia do leito. 
3. Excesso de Pó 
Em épocas de estiagem, ocorrem frequentemente nuvens de poeira, 
que colocam em risco a segurança do tráfego e reduzem a vida útil 
dos motores dos veículos. Para solucionar este problema pode-se 
realizar o revestimento primário, e em casos de solos mais finos 
(ex.siltosos), realizar o revestimento primário acrescido do reforço 
do subleito. 
4. Pista Escorregadia 
Trechos muito argilosos, quando molhados, ficam escorregadios e 
diminuem a aderência dos veículos, ocasionando riscos ou até 
impossibilitando o tráfego. Uma possível solução para o problema é a 
realização do agulhamento diretamente sobre o leito da estrada. 
5. Rocha Aflorante 
Nas regiões onde a camada de solo é pouco espessa ou onde há 
presença de grande quantidade de blocos disseminados no solo, há 
riscos de exposição do leito rochoso. Para solucionar o problema, é 
necessária a utilização de uma camada de revestimento primário de 
cobertura. 
6. Costela de Vaca 
Consiste no acúmulo de material granular em ondulações
transversais à estrada devido ao tráfego intenso, causando violenta 
trepidação nos veículos. 
7. Segregação Lateral 
O material granular superficial é lançado para as laterais da estrada 
devido ao tráfego dos veículos. Como solução, é possível misturar o 
material existente com material argiloso, substituir o revestimento 
primário ou executar o agulhamento. 
8. Buracos 
A contínua expulsão das partículas sólidas do leito em locais de 
empoçamento de água devido à passagem de veículos ocasiona o 
aparecimento de buracos. A solução inicia-se pela drenagem das 
águas da plataforma através do abaulamento transversal, da 
colocação de valetas e sangras. A seguir, os buracos isolados devem 
ser cobertos. 
9. Erosões 
As erosões são conseqüência de um sistema de drenagem 
inadequado. Elas surgem inicialmente na forma de sulcos, onde os 
solos possuem baixa resistência à erosão e, sob a ação de 
enxurradas, evoluem para grandes valetas. Para combater a erosão é 
necessária a implantação de um eficiente sistema de drenagem, que 
evite a circulação de água sobre a pista e retire o máximo de água 
do rolamento da estrada. 
As estradas florestais são a principal base de toda a atividade florestal, permitindo o tráfego 
de mão-de-obra e dos meios de produção, necessários para implantação, proteção, colheita e 
transporte de madeira e, ou, produtos florestais. O baixo volume de tráfego, às vezes temporário, e o 
tráfego pesado e extrapesado, ocorrendo normalmente em um único sentido, por meio de veículos 
com capacidade de carga entre 30 e 40 toneladas e de veículos com carga acima de 40 toneladas, 
respectivamente, são características marcantes. 
A malha rodoviária florestal brasileira foi estimada, em 1986, como sendo da ordem dos 600 
mil quilômetros de extensão; ressalta-se que este número pode ter aumentado, consideravelmente, 
com o decorrer das novas ampliações das empresas florestais. Houve também um aumento das 
exigências em termos de solicitações dessas estradas, devido aos seguintes fatores: 
- aumento do volume de tráfego de veículos de alta tonelagem; 
- aumento das distâncias de transporte em rodovias de baixa qualidade; 
- necessidade de trafegabilidade durante todo o ano; e 
- necessidade de estradas com maior vida útil. 
O setor de estradas florestais tem ganhado destaque, uma vez que os custos do binômio 
estrada-transporte incidem, significativamente, sobre o valor final da madeira. A participação do 
custo do transporte principal (do pátio intermediário até o pátio de estocagem da fábrica) no custo 
final do produto é considerável: 
- (a) para a celulose - resultados com média aproximada de 10%, variando de 6% a 21% em função 
da distância a ser percorrida na rota que une a fábrica ao povoamento florestal; e (b) para produtos 
de serraria - de 12% no caso de madeira de mata nativa; 
- o transporte representa de 40% a 50% do custo da madeira posta fábrica,
- de 38% a 66% do custo final de aquisição posto fábrica; 
- o custo estimado da madeira entregue nas indústrias do Canadá pode ser dividido em: (a) manejo 
de florestas, administração e planejamento com 35%; (b) extração com 35%; e (c) transporte, 
estradas e manutenção com 30%; 
- os custos de transporte no Brasil representam 44,54% do custo total de exploração e na da 
Finlândia, 38,5%; 
- no Canadá, a colheita e o transporte da madeira respondem por 55% dos custos totais do manejo 
florestal; os custos da matéria-prima madeira constituem de 30% a 40% do custo da madeira posta 
fábrica ; 
- na Suécia, o custo do transporte principal responde, por 10% a 15% do custo da madeira posta 
fábrica. 
Os fatores que governam os custos do transporte florestal principal são a distância, que 
determina o volume de madeira a ser transportado por turno de trabalho, e o padrão de qualidade 
das estradas que influencia o desempenho energético dos veículos de transporte, a durabilidade dos 
pneus, a eficiência operacional, etc.. A grande maioria dos veículos de transporte rodoviário 
florestal se deslocam em condições operacionais acima dos níveis aceitáveis, sendo a qualidade das 
rodovias, o principal fator que contribui para que isso ocorra. 
O padrão das estradas florestais é o primeiro parâmetro a ser definido num projeto de 
construtivo visto que, influencia os custos de construção, de manutenção e de transporte, 
especialmente através de suas geometrias horizontal e vertical, da qualidade da superfície da pista 
de rolamento e da largura. 
A largura da estrada florestal também é um parâmetro de qualidade importante, geralmente, 
encontra-se estradas com pista simples e pista dupla. As primeiras possuem pista de rolamento com 
faixa única e largura inferior a 5 m, permitindo o tráfego de veículos em único sentido, mas com 
faixa de ultrapassagem distribuída ao longo da rodovia. Já as estradas florestais com pista dupla, 
possuem pista de rolamento com duas faixas e largura superior a 7 m, permitindo que dois veículos 
possam cruzar ou ultrapassar, sem haver redução drástica da velocidade de operação. A superfície 
da pista de rolamento pode ser da seguinte forma: 
(a) Estrada pavimentada: revestida com concreto betuminoso ou concreto com cimento, o que 
permite o tráfego de veículos durante todo o ano; 
(b) Estrada com revestimento primário: revestida com material granular (saibros, cascalhos etc.), o 
que permite o tráfego de veículos durante todo o ano; e 
(c) Estrada sem revestimento: não apresenta qualquer tipo de revestimento, portanto, geralmente, 
não ocorre o tráfego de veículos durante a época chuvosa. 
Destaca-se ainda as seguintes atividades envolvidas na construção de estradas florestais: 
levantamento topográfico; limpeza e terraplanagem; drenagem (construção de bueiros e sarjetas e 
alocação de manilhas); e pavimentação (revestimento primário ou asfáltico). 
Binômio estrada x transporte florestal 
Os custos envolvidos na construção de estradas florestais de boa qualidade são elevados, 
podendo não onerar o valor do material lenhoso a ser retirado num determinado talhão, numa
determinada época, razão pela qual não se justifica na maioria dos casos, empregar-se revestimentos 
asfálticos, que garantem um maior desempenho do transporte florestal, com menor consumo de 
combustível e gasto de pneus. 
As estradas florestais na sua grande maioria, são constituídas por um revestimento primário, 
ou seja, uma camada de base sobre o subleito. Esse revestimento pode ser feito com o uso de 
materiais nobres como cascalhos e saibros ou com o uso de materiais alternativos como os resíduos 
industriais (lama de cal e escórias de aciaria, p.ex.). Esses últimos estão em fase de testes. 
Obviamente os impactos ambientais decorrentes desse tipo de pavimento e a distância de transporte 
desses materiais podem vir a ser condicionantes. 
O custo total do transporte rodoviário florestal, se traduz na soma do custo operacional dos 
veículos e do custo da infra-estrutura das estradas florestais (construção e manutenção). A 
velocidade média dos veículos de transporte florestal, o consumo de combustível, o gasto de pneus, 
e a manutenção dos veículos, podem ser influenciados pelo padrão de qualidade das estradas, o que 
pode contribuir para o aumento dos custos de transporte florestal.
Centro Estadual Florestal de Educação Profissional Presidente Costa e Silva 
José Leandro Hatlan Destro nº:17 
Suellen Borges nº:25 
J. Laertz Witeck nº: 14 
Vanessa Denisse nº: 26 
Trabalho de Estradas Florestais 
Densidade, custo e Manutenção de Estradas Florestais 
Irati 
2010
Implantacao de estradas

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Projetos agrossilvipastoris
Projetos agrossilvipastorisProjetos agrossilvipastoris
Projetos agrossilvipastorisExagro
 
Instalações rurais (Bem estar animal)
Instalações rurais (Bem estar animal)Instalações rurais (Bem estar animal)
Instalações rurais (Bem estar animal)Jacqueline Gomes
 
Aula sobre "Classificação da capacidade de uso dos solos", preparada para a d...
Aula sobre "Classificação da capacidade de uso dos solos", preparada para a d...Aula sobre "Classificação da capacidade de uso dos solos", preparada para a d...
Aula sobre "Classificação da capacidade de uso dos solos", preparada para a d...Elvio Giasson
 
Nbr 11682 1991 - estabilidade de taludes
Nbr 11682   1991 - estabilidade de taludesNbr 11682   1991 - estabilidade de taludes
Nbr 11682 1991 - estabilidade de taludesFernando Boff
 
Estradas drenagem superficial - oficial
Estradas drenagem superficial - oficialEstradas drenagem superficial - oficial
Estradas drenagem superficial - oficialAnderson Nunes
 
Abnt nbr 14276 programa de brigada de incendio
Abnt nbr 14276   programa de brigada de incendioAbnt nbr 14276   programa de brigada de incendio
Abnt nbr 14276 programa de brigada de incendioCARLOS NASCIMENTO
 
Equipamentos de uma sonda de perfuração
Equipamentos de uma sonda de perfuraçãoEquipamentos de uma sonda de perfuração
Equipamentos de uma sonda de perfuraçãoAnderson Pontes
 
Cap6 adutoras
Cap6 adutorasCap6 adutoras
Cap6 adutorasdcaldeira
 
Tutorial Básico para software GeoSlope
Tutorial Básico para software GeoSlope Tutorial Básico para software GeoSlope
Tutorial Básico para software GeoSlope wendel2011
 
Seguranca com-escadas-rampas-passarelas-construcao-civil
Seguranca com-escadas-rampas-passarelas-construcao-civilSeguranca com-escadas-rampas-passarelas-construcao-civil
Seguranca com-escadas-rampas-passarelas-construcao-civilMônica Nobrega
 
Guia para analise de risco - NR 35
Guia para analise de risco - NR 35Guia para analise de risco - NR 35
Guia para analise de risco - NR 35Fabiano Micaella
 
CONCEITOS FUNDAMENTAIS DE TEORIA DAS ESTRUTURAS
CONCEITOS FUNDAMENTAIS DE TEORIA DAS ESTRUTURAS CONCEITOS FUNDAMENTAIS DE TEORIA DAS ESTRUTURAS
CONCEITOS FUNDAMENTAIS DE TEORIA DAS ESTRUTURAS Eduardo Spech
 

Mais procurados (20)

Apostila estradas de rodagem i
Apostila estradas de rodagem iApostila estradas de rodagem i
Apostila estradas de rodagem i
 
Projetos agrossilvipastoris
Projetos agrossilvipastorisProjetos agrossilvipastoris
Projetos agrossilvipastoris
 
Instalações rurais (Bem estar animal)
Instalações rurais (Bem estar animal)Instalações rurais (Bem estar animal)
Instalações rurais (Bem estar animal)
 
Relatório de campo
Relatório de campoRelatório de campo
Relatório de campo
 
Aula sobre "Classificação da capacidade de uso dos solos", preparada para a d...
Aula sobre "Classificação da capacidade de uso dos solos", preparada para a d...Aula sobre "Classificação da capacidade de uso dos solos", preparada para a d...
Aula sobre "Classificação da capacidade de uso dos solos", preparada para a d...
 
Nbr 11682 1991 - estabilidade de taludes
Nbr 11682   1991 - estabilidade de taludesNbr 11682   1991 - estabilidade de taludes
Nbr 11682 1991 - estabilidade de taludes
 
5a aula. fundacoes
5a aula. fundacoes5a aula. fundacoes
5a aula. fundacoes
 
1 lajes -
1  lajes -1  lajes -
1 lajes -
 
Estradas drenagem superficial - oficial
Estradas drenagem superficial - oficialEstradas drenagem superficial - oficial
Estradas drenagem superficial - oficial
 
Abnt nbr 14276 programa de brigada de incendio
Abnt nbr 14276   programa de brigada de incendioAbnt nbr 14276   programa de brigada de incendio
Abnt nbr 14276 programa de brigada de incendio
 
Equipamentos de uma sonda de perfuração
Equipamentos de uma sonda de perfuraçãoEquipamentos de uma sonda de perfuração
Equipamentos de uma sonda de perfuração
 
Cap6 adutoras
Cap6 adutorasCap6 adutoras
Cap6 adutoras
 
Tutorial Básico para software GeoSlope
Tutorial Básico para software GeoSlope Tutorial Básico para software GeoSlope
Tutorial Básico para software GeoSlope
 
Seguranca com-escadas-rampas-passarelas-construcao-civil
Seguranca com-escadas-rampas-passarelas-construcao-civilSeguranca com-escadas-rampas-passarelas-construcao-civil
Seguranca com-escadas-rampas-passarelas-construcao-civil
 
Guia para analise de risco - NR 35
Guia para analise de risco - NR 35Guia para analise de risco - NR 35
Guia para analise de risco - NR 35
 
Lajes
LajesLajes
Lajes
 
3 Barragens1
3 Barragens13 Barragens1
3 Barragens1
 
CONCEITOS FUNDAMENTAIS DE TEORIA DAS ESTRUTURAS
CONCEITOS FUNDAMENTAIS DE TEORIA DAS ESTRUTURAS CONCEITOS FUNDAMENTAIS DE TEORIA DAS ESTRUTURAS
CONCEITOS FUNDAMENTAIS DE TEORIA DAS ESTRUTURAS
 
Valas
ValasValas
Valas
 
Terraplenagem a
Terraplenagem aTerraplenagem a
Terraplenagem a
 

Semelhante a Implantacao de estradas

Aula_01_O_tracado_de_uma_estrada.ppt
Aula_01_O_tracado_de_uma_estrada.pptAula_01_O_tracado_de_uma_estrada.ppt
Aula_01_O_tracado_de_uma_estrada.pptWelingtonKuchar1
 
Desenvolvimento de Mina
Desenvolvimento de MinaDesenvolvimento de Mina
Desenvolvimento de MinaWalkiria Alves
 
Aula de Abertura de Pista
Aula de Abertura de PistaAula de Abertura de Pista
Aula de Abertura de PistaMarco Taveira
 
SISTEMAS DE ESGOTOS SANITÁRIOS - drenagem 1.pptx
SISTEMAS DE ESGOTOS SANITÁRIOS - drenagem 1.pptxSISTEMAS DE ESGOTOS SANITÁRIOS - drenagem 1.pptx
SISTEMAS DE ESGOTOS SANITÁRIOS - drenagem 1.pptxCamilaCamposGomezFam
 
Cartilha pav intertravado_permeavel_v1 1
Cartilha pav intertravado_permeavel_v1 1Cartilha pav intertravado_permeavel_v1 1
Cartilha pav intertravado_permeavel_v1 1Joel P da Rosa
 
Aula 1 Prof. Rachel Russo Seydell
Aula 1 Prof. Rachel Russo SeydellAula 1 Prof. Rachel Russo Seydell
Aula 1 Prof. Rachel Russo SeydellJair Almeida
 
Folheto estradas concreto
Folheto estradas concretoFolheto estradas concreto
Folheto estradas concretoDaniella Assis
 
Materiais utilizados em_drenagem
Materiais utilizados em_drenagemMateriais utilizados em_drenagem
Materiais utilizados em_drenagemPelo Siro
 
Tecno e Economia Transportes Parte I MODAL FERROVIARIO.pptx
Tecno e Economia Transportes Parte I MODAL FERROVIARIO.pptxTecno e Economia Transportes Parte I MODAL FERROVIARIO.pptx
Tecno e Economia Transportes Parte I MODAL FERROVIARIO.pptxRenanCosta287159
 
Historia dos pavimentos
Historia dos pavimentosHistoria dos pavimentos
Historia dos pavimentoshalyssonmafra
 
Catálogo MP Terraplenagem, Eng. e Construções
Catálogo MP Terraplenagem, Eng. e ConstruçõesCatálogo MP Terraplenagem, Eng. e Construções
Catálogo MP Terraplenagem, Eng. e ConstruçõesLusMP
 
LAUDO TÉCNICO WLC Investimentos e Participações SA
LAUDO TÉCNICO WLC Investimentos e Participações SALAUDO TÉCNICO WLC Investimentos e Participações SA
LAUDO TÉCNICO WLC Investimentos e Participações SAGCL PORTAL
 
nbr-12255-nb-1338-execucao-e-utilizacao-de-passeios-publicos-calcada
nbr-12255-nb-1338-execucao-e-utilizacao-de-passeios-publicos-calcadanbr-12255-nb-1338-execucao-e-utilizacao-de-passeios-publicos-calcada
nbr-12255-nb-1338-execucao-e-utilizacao-de-passeios-publicos-calcadaValéria Lima
 

Semelhante a Implantacao de estradas (20)

Aula_01_O_tracado_de_uma_estrada.ppt
Aula_01_O_tracado_de_uma_estrada.pptAula_01_O_tracado_de_uma_estrada.ppt
Aula_01_O_tracado_de_uma_estrada.ppt
 
2º resumo estradas
2º resumo estradas2º resumo estradas
2º resumo estradas
 
Microdrenagem.pdf
Microdrenagem.pdfMicrodrenagem.pdf
Microdrenagem.pdf
 
Desenvolvimento de Mina
Desenvolvimento de MinaDesenvolvimento de Mina
Desenvolvimento de Mina
 
Aula - Urbanismo.pptx
Aula - Urbanismo.pptxAula - Urbanismo.pptx
Aula - Urbanismo.pptx
 
Aula de Abertura de Pista
Aula de Abertura de PistaAula de Abertura de Pista
Aula de Abertura de Pista
 
SISTEMAS DE ESGOTOS SANITÁRIOS - drenagem 1.pptx
SISTEMAS DE ESGOTOS SANITÁRIOS - drenagem 1.pptxSISTEMAS DE ESGOTOS SANITÁRIOS - drenagem 1.pptx
SISTEMAS DE ESGOTOS SANITÁRIOS - drenagem 1.pptx
 
Cartilha
CartilhaCartilha
Cartilha
 
Cartilha pav intertravado_permeavel
Cartilha pav intertravado_permeavelCartilha pav intertravado_permeavel
Cartilha pav intertravado_permeavel
 
Cartilha pav intertravado_permeavel_v1 1
Cartilha pav intertravado_permeavel_v1 1Cartilha pav intertravado_permeavel_v1 1
Cartilha pav intertravado_permeavel_v1 1
 
Aula 1 Prof. Rachel Russo Seydell
Aula 1 Prof. Rachel Russo SeydellAula 1 Prof. Rachel Russo Seydell
Aula 1 Prof. Rachel Russo Seydell
 
Folheto estradas concreto
Folheto estradas concretoFolheto estradas concreto
Folheto estradas concreto
 
Materiais utilizados em_drenagem
Materiais utilizados em_drenagemMateriais utilizados em_drenagem
Materiais utilizados em_drenagem
 
Tecno e Economia Transportes Parte I MODAL FERROVIARIO.pptx
Tecno e Economia Transportes Parte I MODAL FERROVIARIO.pptxTecno e Economia Transportes Parte I MODAL FERROVIARIO.pptx
Tecno e Economia Transportes Parte I MODAL FERROVIARIO.pptx
 
ELEMENTOS DE UMA RODOVIA
ELEMENTOS DE UMA RODOVIAELEMENTOS DE UMA RODOVIA
ELEMENTOS DE UMA RODOVIA
 
Historia dos pavimentos
Historia dos pavimentosHistoria dos pavimentos
Historia dos pavimentos
 
memorial descritivo de pavimentação asfáltica
memorial descritivo de pavimentação asfálticamemorial descritivo de pavimentação asfáltica
memorial descritivo de pavimentação asfáltica
 
Catálogo MP Terraplenagem, Eng. e Construções
Catálogo MP Terraplenagem, Eng. e ConstruçõesCatálogo MP Terraplenagem, Eng. e Construções
Catálogo MP Terraplenagem, Eng. e Construções
 
LAUDO TÉCNICO WLC Investimentos e Participações SA
LAUDO TÉCNICO WLC Investimentos e Participações SALAUDO TÉCNICO WLC Investimentos e Participações SA
LAUDO TÉCNICO WLC Investimentos e Participações SA
 
nbr-12255-nb-1338-execucao-e-utilizacao-de-passeios-publicos-calcada
nbr-12255-nb-1338-execucao-e-utilizacao-de-passeios-publicos-calcadanbr-12255-nb-1338-execucao-e-utilizacao-de-passeios-publicos-calcada
nbr-12255-nb-1338-execucao-e-utilizacao-de-passeios-publicos-calcada
 

Mais de Taís Leandro

Trabalho em slide estradas
Trabalho em slide estradasTrabalho em slide estradas
Trabalho em slide estradasTaís Leandro
 
Trabalho de mecanizacao slide
Trabalho de mecanizacao slideTrabalho de mecanizacao slide
Trabalho de mecanizacao slideTaís Leandro
 
Trabalho bebedouros tipo nipple
Trabalho bebedouros tipo   nippleTrabalho bebedouros tipo   nipple
Trabalho bebedouros tipo nippleTaís Leandro
 
Silvicultura da erva mate
Silvicultura da erva mateSilvicultura da erva mate
Silvicultura da erva mateTaís Leandro
 
Revolvimento do solo
Revolvimento do soloRevolvimento do solo
Revolvimento do soloTaís Leandro
 
Planejamento e implantação de povoamentos florestais
Planejamento e implantação de povoamentos florestaisPlanejamento e implantação de povoamentos florestais
Planejamento e implantação de povoamentos florestaisTaís Leandro
 
Intrudução ao preparo do terreno
Intrudução ao preparo do terrenoIntrudução ao preparo do terreno
Intrudução ao preparo do terrenoTaís Leandro
 
Gasoduto manaus x coari
Gasoduto manaus x coariGasoduto manaus x coari
Gasoduto manaus x coariTaís Leandro
 
Destocamento e limpeza
Destocamento e limpezaDestocamento e limpeza
Destocamento e limpezaTaís Leandro
 
Coveamento, plantio e replantio de povoamentos florestais
Coveamento, plantio e replantio de povoamentos florestaisCoveamento, plantio e replantio de povoamentos florestais
Coveamento, plantio e replantio de povoamentos florestaisTaís Leandro
 
Combate a pragas (inseticida)
Combate a pragas (inseticida)Combate a pragas (inseticida)
Combate a pragas (inseticida)Taís Leandro
 
Combate a ervas daninhas
Combate a ervas daninhasCombate a ervas daninhas
Combate a ervas daninhasTaís Leandro
 
Combate a ervas daninhas (agratóxicos)
Combate a ervas daninhas (agratóxicos)Combate a ervas daninhas (agratóxicos)
Combate a ervas daninhas (agratóxicos)Taís Leandro
 
Aula melhoramento (2)
Aula melhoramento (2)Aula melhoramento (2)
Aula melhoramento (2)Taís Leandro
 

Mais de Taís Leandro (20)

Trabalho em slide estradas
Trabalho em slide estradasTrabalho em slide estradas
Trabalho em slide estradas
 
Trabalho de mecanizacao slide
Trabalho de mecanizacao slideTrabalho de mecanizacao slide
Trabalho de mecanizacao slide
 
Trabalho bebedouros tipo nipple
Trabalho bebedouros tipo   nippleTrabalho bebedouros tipo   nipple
Trabalho bebedouros tipo nipple
 
Silvicultura
SilviculturaSilvicultura
Silvicultura
 
Silvicultura da erva mate
Silvicultura da erva mateSilvicultura da erva mate
Silvicultura da erva mate
 
Revolvimento do solo
Revolvimento do soloRevolvimento do solo
Revolvimento do solo
 
Pulverização
PulverizaçãoPulverização
Pulverização
 
Planejamento e implantação de povoamentos florestais
Planejamento e implantação de povoamentos florestaisPlanejamento e implantação de povoamentos florestais
Planejamento e implantação de povoamentos florestais
 
Intrudução ao preparo do terreno
Intrudução ao preparo do terrenoIntrudução ao preparo do terreno
Intrudução ao preparo do terreno
 
Gasoduto manaus x coari
Gasoduto manaus x coariGasoduto manaus x coari
Gasoduto manaus x coari
 
Destocamento e limpeza
Destocamento e limpezaDestocamento e limpeza
Destocamento e limpeza
 
Desmatamento
DesmatamentoDesmatamento
Desmatamento
 
Coveamento, plantio e replantio de povoamentos florestais
Coveamento, plantio e replantio de povoamentos florestaisCoveamento, plantio e replantio de povoamentos florestais
Coveamento, plantio e replantio de povoamentos florestais
 
Combate a pragas
Combate a pragasCombate a pragas
Combate a pragas
 
Combate a pragas (inseticida)
Combate a pragas (inseticida)Combate a pragas (inseticida)
Combate a pragas (inseticida)
 
Combate a ervas daninhas
Combate a ervas daninhasCombate a ervas daninhas
Combate a ervas daninhas
 
Combate a ervas daninhas (agratóxicos)
Combate a ervas daninhas (agratóxicos)Combate a ervas daninhas (agratóxicos)
Combate a ervas daninhas (agratóxicos)
 
Bombas costais
Bombas costaisBombas costais
Bombas costais
 
Aula melhoramento (2)
Aula melhoramento (2)Aula melhoramento (2)
Aula melhoramento (2)
 
1timeleite
1timeleite1timeleite
1timeleite
 

Último

ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxOsnilReis1
 
Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinhaMary Alvarenga
 
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdfJorge Andrade
 
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxQUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxIsabellaGomes58
 
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasHabilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasCassio Meira Jr.
 
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024Jeanoliveira597523
 
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptxSlides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptxSilvana Silva
 
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfSimulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfEditoraEnovus
 
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOLEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOColégio Santa Teresinha
 
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?Rosalina Simão Nunes
 
Prova uniasselvi tecnologias da Informação.pdf
Prova uniasselvi tecnologias da Informação.pdfProva uniasselvi tecnologias da Informação.pdf
Prova uniasselvi tecnologias da Informação.pdfArthurRomanof1
 
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfWilliam J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfAdrianaCunha84
 
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresSociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresaulasgege
 
Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.
Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.
Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.Susana Stoffel
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavrasMary Alvarenga
 
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADOcarolinacespedes23
 
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptxA experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptxfabiolalopesmartins1
 
Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.keislayyovera123
 

Último (20)

ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
 
Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinha
 
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
 
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxQUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
 
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasHabilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
 
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
 
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptxSlides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
 
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfSimulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
 
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOLEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
 
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
 
Prova uniasselvi tecnologias da Informação.pdf
Prova uniasselvi tecnologias da Informação.pdfProva uniasselvi tecnologias da Informação.pdf
Prova uniasselvi tecnologias da Informação.pdf
 
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
 
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfWilliam J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
 
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresSociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
 
Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.
Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.
Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.
 
Em tempo de Quaresma .
Em tempo de Quaresma                            .Em tempo de Quaresma                            .
Em tempo de Quaresma .
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavras
 
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
 
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptxA experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
 
Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.
 

Implantacao de estradas

  • 1. I. OBJETIVO Este procedimento operacional prescreve as instruções operacionais para o planejamento, implantação e manutenção de estradas florestais em áreas de florestas plantadas. II. DEFINIÇÕES : CAPACIDADE DE SUPORTE DO SOLO: capacidade que o material utilizado na base e no revestimento do leito da estrada tem de suportar a pressão exercida pelos pneus ou lagartas dos veículos apresentarem deformação; ESTRADAS PRINCIPAIS: estradas utilizadas como corredores de transporte de madeira e de acesso a todos os talhões do povoamento. Apresentam greide máximo de 8% no sentido favorável ou adverso, aceitando-se até 10% a uma distância máxima de 150 metros e largura superior a 6 metros. Possuem bom padrão de construção, boa capacidade de sustentação, revestimento do leito carroçável e sistema de drenagem eficiente; ESTRADAS SECUNDÁRIAS: dividem as áreas de colheita do povoamento. O greide máximo permitido é de 12% no sentido favorável ou adverso, aceitando-se até 15% no sentido favorável a uma distância máxima de 150 metros. Apresentam padrão de construção mais simples (comumente o leito carroçável não é revestido) em relação às estradas principais, inclinações e raios de curvatura pouco acentuados, larguras variando entre 3,5 e 4,8 metros, e boa capacidade de sustentação e drenagem; ESTRADAS TERCIÁRIAS: encontradas apenas em áreas de produção. O padrão de construção é bastante simples, com larguras variando entre 3,5 e 4,5 metros; GREIDE: inclinação vertical do eixo da estrada florestal, formando os aclives e os declives. III. CONCEITOS A rede viária florestal deve atender de forma abrangente aos aspectos técnicos, sendo implantadas levando-se em conta o melhor traçado relacionado com o menor custo de implantação e manutenção, com vistas à redução os impactos ambientais causados. A implantação da rede viária exerce importante papel na operacionalidade de todas as atividades florestais, portanto, boas condições de segurança e trafegabilidade são essenciais. lV. CONDIÇÕES GERAIS O processo de implantação e manutenção de estradas florestais deve envolver a seguinte seqüência de atividades: Planejamento de Estradas Florestais, Implantação de Estradas Florestais, Obras de Infra- Estruturas, Manutenção e Conservação de Estradas Florestais IMPLANTAÇÃO E MANUTENÇÃO DE ESTRADAS FLORESTAIS CONCEITOS: 1. Definição do traçado e densidade ótima de estradas
  • 2. A definição do traçado é feita através do levantamento de informações: a) Topográficas e geográficas: necessárias para definição de áreas de corte e aterro, alinhamentos verticais e horizontais e orientação do traçado; b) Geológicas: identificação de áreas de baixa capacidade de sustentação, prevenção e controle de erosão e definição de projeto de pavimentação; c) Climatológicas: fornecem dados sobre o regime de pluviosidade; d) Hidrológicas: utilizadas na definição das redes de drenagem. Além dessas informações, é necessário conhecer o sistema de manejo e colheita adotado no povoamento, de modo a conhecer os produtos transportados e composição viária necessária; a rede viária existente, verificando a possibilidade de aproveitamento de estradas florestais já existentes e de ligação com estradas privadas ou institucionais; e o tráfego, caracterizando o tipo e a freqüência de passagem de veículos pelas estradas. O levantamento dessas informações impede ou atenua os efeitos de condições desfavoráveis aos traçados como, rampas acentuadas; curvas fechadas; cruzamentos sem visibilidade; e sistema de drenagem deficiente. A densidade de estradas, expressa pela razão entre o comprimento total de estradas a serem construídas e a área total a ser abastecida pela rede, é definida durante o traçado, e de modo geral, deve variar entre 10 e 20 m/ha para estradas primárias e entre 10 e 20 m/ha para estradas secundárias. IMPLANTAÇÃO DE ESTRADAS FLORESTAIS CONCEITOS: 1. Projeto geométrico em perfil Definição de declives, rampas e greide da estrada. Para permitir o tráfego eficiente e sem perigo, os declives devem ser menores do que 10 % e as mudanças de declive devem ser corrigidas 1 a 2 % a cada 10 metros. Em estradas principais a rampa deve estar entre 8 e 10%, e em estradas secundárias entre 10 e 12 %. O greide deve ser inferior a 5 % em estradas em relevo plano, entre 6 e 8 % em estradas sobre relevo ondulado e entre 6 e 8 % e entre 9 e 15 % para condições de relevo montanhoso. 2. Seção transversal A seção transversal da rede viária é estabelecida em função do tipo de estrada (primária, secundária ou terciária), volume de tráfego e tipo de área atravessada. Suas dimensões deverão estar de acordo com as exigências do tráfego para o qual a estrada está sendo projetada, podendo apresentar pistas simples, duplas ou múltiplas. Na implantação de estradas, deve-se atentar aos aspectos legais no que se refere à proteção de áreas de preservação permanente (APP’s), reserva legal (RL) e represas artificiais. O traçado deverá utilizar preferencialmente os pontos que apresentem melhor estabilização de encostas, mantendo a menor densidade possível, uma distância de
  • 3. extração economicamente viável e largura suficiente para atender a passagem ou cruzamento de duas composições de transporte sendo: Consiste na remoção da vegetação, quando existente, demarcação e abertura de faixas e formação do leito, realizada com auxílio de tratores de esteira ou equivalentes. Trator de esteira realizando limpeza da área, estaqueamento e implantação do projeto geométrico. Execução de terraplanagem, definição e ajuste do greide, controle de cotas e largura, e realização do acabamento. Implantação de infra-estrutura construção de valetas, camalhões, canais de infiltração, drenos, bueiros, pontes, revestimentos, estabilização de cortes e aterros, bem como demais obras de infra-estrutura. OBRAS DE INFRA-ESTRUTURA As obras de infra-estrutura têm por finalidade assegurar boas condições de segurança e trafegabilidade as estradas. Abaixo estão descrita as principais obras de infra-estrutura encontradas associadas às estradas florestais: 1. Valetas Abertas Vala lateral que escoa a água da estrada, conduzindo-a para as saídas de água. Tem um custo de implantação baixo, proporciona escoamento de grande volume de água e de fácil manutenção (desobstrução das valas), apesar de onerosa em virtude da frequência com que se realiza. Possuem largura mínima de 50 cm, profundidade de 20 cm e declividade de 3 %. Disposição de valetas em estradas florestais 2. Camalhões Pequenas elevações construídas transversalmente às estradas, que tem como função obstruir a água oriunda de precipitações, diminuindo a velocidade de seu escoamento de forma eficaz e barata, e mitigando a erosão em estradas florestais. 3. Canal de infiltração Abertura lateral, construída transversalmente as valas laterais, em um ou nos dois lados da estrada, que retira a água antes que a mesma atinja velocidades capazes de desencadear processos erosivos. 4. Drenos Usados lateralmente ou transversalmente à estrada, visa baixar o nível do lençol freático, evitando possíveis deformações na estrada. Podem ser construídos com brita grossa, areia grossa, resíduos de telhas e tijolos, manilhas de cimento perfuradas e bambus, e preenchidos com aglomerados, manilha perfurada ou bambu. O custo de implantação é elevado e de difícil manutenção. 5. Bueiros Túnel compostos de tubos de concreto com diâmetro superior a 60 cm, colocados transversalmente à estrada, junto às valetas laterais, com a finalidade de permitir a passagem de água. As extremidades de entrada e saída de água do bueiro devem ser revestidas com pedras e/ou madeiras, de modo a conter a erosão. 6. Desaguadores Canais construídos de madeiras roliças ou de madeiras serradas, na superfície das estradas, que tem o mesmo objetivo dos bueiros, porém para menores volumes de água. Normalmente são colocadas paralelamente duas toras no mesmo nível do leito da estrada, de tal
  • 4. modo que permaneça um espaço entre elas, permitindo a passagem da água. 7. Pontes A construção de pontes inicia-se com a construção de duas cabeceiras laterais aos córregos, feita com pedras ou madeira roliça. Posteriormente, colocam-se toras ligando as duas cabeceiras, paralelamente a direção de tráfego. Acima dessas toras, são colocados os travessões de madeira roliça ou serrada, paralelamente ao córrego. Acima desses travessões são colocadas madeiras serradas, no sentido de tráfego dos veículo. 8. Revestimento do leito das estradas Estradas de pequeno porte possuem somente um revestimento primário do leito, composto por material como cascalho, saibro (mistura natural de argila e areia grossa) ou piçarra (argilito, folhelho e regolito de rochas). O material é espalhado pelo leito, formando uma camada de 15 a 25 cm, e posteriormente compactado, aumentando a capacidade de suporte da estradas. a) Revestimento Primário Consiste na colocação de uma camada, obtida pela compactação de uma mistura de material argiloso com material granular, sobre o reforço do subleito ou diretamente sobre o subleito. A espessura varia entre 10 e 20 cm, de acordo com a quantidade e o tipo de tráfego que a estrada está sujeita e as condições de suporte do subleito. A execução do revestimento primário envolve a a) regularização e compactação do subleito; b) escarificação do leito e espalhamento do material; c) umedecimento ou secagem (se necessário) e d) compactação do material. b) Agulhamento Compactação do material granular diretamente no subleito da estrada, se o mesmo for argiloso, ou sobre uma camada argilosa colocada sobre o subleito. É indicado em áreas de baixo tráfego, pois apresenta durabilidade e qualidade inferior ao revestimento primário. A execução do agulhamento envolve a regularização da pista; escarificação do subleito ou lançamento de camada de argila; lançamento e espalhamento do material granular; revolvimento conjunto dos materiais; umedecimento ou secagem, se necessário; compactação do material c) Mistura de Areia e Argila Em caso de subleito muito arenoso, comumente adiciona-se cerca de 30% de argila, assegurando melhores condições de tráfego na estrada. 9. Reforço do Subleito Camada de reforço de aproximadamente 20 cm, em que empregam-se materiais granulares grosseiros ou mesmo materiais argilosos compactados, construída quando o subleito apresenta baixa capacidade de suporte.
  • 5. CUSTOS, MANUTENÇÃO E CONSERVAÇÃO DE ESTRADAS FLORESTAIS A intensidade do tráfego, os fatores climáticos e, em muitos casos, a frequência de uso com veículos pesados, dificultam a conservação das estradas florestais, tornando a manutenção periódica necessária. Em geral, os problemas mais frequentes em uma estrada florestal são: a)ondulações e atoleiros; b) areões de espigão; c)areões de baixada; d) excesso de pó; e) pista escorregadia; f) rocha aflorante; g) costela de vaca; h) segregação lateral; e i) buracos e erosões. A maioria destes tem como causas principais a falta de capacidade de suporte do subleito, a falta de conservação da superfície e a deficiência do sistema de drenagem. 1. Ondulações e Atoleiros Ondulações e atoleiros decorrem da falta da capacidade de suporte do subleito e a ausência ou ineficiência do sistema de drenagem. Para a solução destes problemas deve-se retirar a água acumulada no local através de valetas e sangras. Posteriormente, deve-se realizar o revestimento primário ou então o agulhamento. Caso o atoleiro decorra da presença de água no lençol subterrâneo, um dreno com profundidade aproximada de 1,5 metros soluciona o problema, não havendo a necessidade de realização do revestimento primário. 2. Areões Comum em áreas de solos arenosos, devido à ação combinada do tráfego e da lavagem do material pela água de chuva. São trechos onde o leito é recoberto por uma camada de areia solta que, em tempo seco, representa riscos a continuidade e segurança do tráfego. Para solucionar este problema, misturar 30 % de argila com a areia do leito. 3. Excesso de Pó Em épocas de estiagem, ocorrem frequentemente nuvens de poeira, que colocam em risco a segurança do tráfego e reduzem a vida útil dos motores dos veículos. Para solucionar este problema pode-se realizar o revestimento primário, e em casos de solos mais finos (ex.siltosos), realizar o revestimento primário acrescido do reforço do subleito. 4. Pista Escorregadia Trechos muito argilosos, quando molhados, ficam escorregadios e diminuem a aderência dos veículos, ocasionando riscos ou até impossibilitando o tráfego. Uma possível solução para o problema é a realização do agulhamento diretamente sobre o leito da estrada. 5. Rocha Aflorante Nas regiões onde a camada de solo é pouco espessa ou onde há presença de grande quantidade de blocos disseminados no solo, há riscos de exposição do leito rochoso. Para solucionar o problema, é necessária a utilização de uma camada de revestimento primário de cobertura. 6. Costela de Vaca Consiste no acúmulo de material granular em ondulações
  • 6. transversais à estrada devido ao tráfego intenso, causando violenta trepidação nos veículos. 7. Segregação Lateral O material granular superficial é lançado para as laterais da estrada devido ao tráfego dos veículos. Como solução, é possível misturar o material existente com material argiloso, substituir o revestimento primário ou executar o agulhamento. 8. Buracos A contínua expulsão das partículas sólidas do leito em locais de empoçamento de água devido à passagem de veículos ocasiona o aparecimento de buracos. A solução inicia-se pela drenagem das águas da plataforma através do abaulamento transversal, da colocação de valetas e sangras. A seguir, os buracos isolados devem ser cobertos. 9. Erosões As erosões são conseqüência de um sistema de drenagem inadequado. Elas surgem inicialmente na forma de sulcos, onde os solos possuem baixa resistência à erosão e, sob a ação de enxurradas, evoluem para grandes valetas. Para combater a erosão é necessária a implantação de um eficiente sistema de drenagem, que evite a circulação de água sobre a pista e retire o máximo de água do rolamento da estrada. As estradas florestais são a principal base de toda a atividade florestal, permitindo o tráfego de mão-de-obra e dos meios de produção, necessários para implantação, proteção, colheita e transporte de madeira e, ou, produtos florestais. O baixo volume de tráfego, às vezes temporário, e o tráfego pesado e extrapesado, ocorrendo normalmente em um único sentido, por meio de veículos com capacidade de carga entre 30 e 40 toneladas e de veículos com carga acima de 40 toneladas, respectivamente, são características marcantes. A malha rodoviária florestal brasileira foi estimada, em 1986, como sendo da ordem dos 600 mil quilômetros de extensão; ressalta-se que este número pode ter aumentado, consideravelmente, com o decorrer das novas ampliações das empresas florestais. Houve também um aumento das exigências em termos de solicitações dessas estradas, devido aos seguintes fatores: - aumento do volume de tráfego de veículos de alta tonelagem; - aumento das distâncias de transporte em rodovias de baixa qualidade; - necessidade de trafegabilidade durante todo o ano; e - necessidade de estradas com maior vida útil. O setor de estradas florestais tem ganhado destaque, uma vez que os custos do binômio estrada-transporte incidem, significativamente, sobre o valor final da madeira. A participação do custo do transporte principal (do pátio intermediário até o pátio de estocagem da fábrica) no custo final do produto é considerável: - (a) para a celulose - resultados com média aproximada de 10%, variando de 6% a 21% em função da distância a ser percorrida na rota que une a fábrica ao povoamento florestal; e (b) para produtos de serraria - de 12% no caso de madeira de mata nativa; - o transporte representa de 40% a 50% do custo da madeira posta fábrica,
  • 7. - de 38% a 66% do custo final de aquisição posto fábrica; - o custo estimado da madeira entregue nas indústrias do Canadá pode ser dividido em: (a) manejo de florestas, administração e planejamento com 35%; (b) extração com 35%; e (c) transporte, estradas e manutenção com 30%; - os custos de transporte no Brasil representam 44,54% do custo total de exploração e na da Finlândia, 38,5%; - no Canadá, a colheita e o transporte da madeira respondem por 55% dos custos totais do manejo florestal; os custos da matéria-prima madeira constituem de 30% a 40% do custo da madeira posta fábrica ; - na Suécia, o custo do transporte principal responde, por 10% a 15% do custo da madeira posta fábrica. Os fatores que governam os custos do transporte florestal principal são a distância, que determina o volume de madeira a ser transportado por turno de trabalho, e o padrão de qualidade das estradas que influencia o desempenho energético dos veículos de transporte, a durabilidade dos pneus, a eficiência operacional, etc.. A grande maioria dos veículos de transporte rodoviário florestal se deslocam em condições operacionais acima dos níveis aceitáveis, sendo a qualidade das rodovias, o principal fator que contribui para que isso ocorra. O padrão das estradas florestais é o primeiro parâmetro a ser definido num projeto de construtivo visto que, influencia os custos de construção, de manutenção e de transporte, especialmente através de suas geometrias horizontal e vertical, da qualidade da superfície da pista de rolamento e da largura. A largura da estrada florestal também é um parâmetro de qualidade importante, geralmente, encontra-se estradas com pista simples e pista dupla. As primeiras possuem pista de rolamento com faixa única e largura inferior a 5 m, permitindo o tráfego de veículos em único sentido, mas com faixa de ultrapassagem distribuída ao longo da rodovia. Já as estradas florestais com pista dupla, possuem pista de rolamento com duas faixas e largura superior a 7 m, permitindo que dois veículos possam cruzar ou ultrapassar, sem haver redução drástica da velocidade de operação. A superfície da pista de rolamento pode ser da seguinte forma: (a) Estrada pavimentada: revestida com concreto betuminoso ou concreto com cimento, o que permite o tráfego de veículos durante todo o ano; (b) Estrada com revestimento primário: revestida com material granular (saibros, cascalhos etc.), o que permite o tráfego de veículos durante todo o ano; e (c) Estrada sem revestimento: não apresenta qualquer tipo de revestimento, portanto, geralmente, não ocorre o tráfego de veículos durante a época chuvosa. Destaca-se ainda as seguintes atividades envolvidas na construção de estradas florestais: levantamento topográfico; limpeza e terraplanagem; drenagem (construção de bueiros e sarjetas e alocação de manilhas); e pavimentação (revestimento primário ou asfáltico). Binômio estrada x transporte florestal Os custos envolvidos na construção de estradas florestais de boa qualidade são elevados, podendo não onerar o valor do material lenhoso a ser retirado num determinado talhão, numa
  • 8. determinada época, razão pela qual não se justifica na maioria dos casos, empregar-se revestimentos asfálticos, que garantem um maior desempenho do transporte florestal, com menor consumo de combustível e gasto de pneus. As estradas florestais na sua grande maioria, são constituídas por um revestimento primário, ou seja, uma camada de base sobre o subleito. Esse revestimento pode ser feito com o uso de materiais nobres como cascalhos e saibros ou com o uso de materiais alternativos como os resíduos industriais (lama de cal e escórias de aciaria, p.ex.). Esses últimos estão em fase de testes. Obviamente os impactos ambientais decorrentes desse tipo de pavimento e a distância de transporte desses materiais podem vir a ser condicionantes. O custo total do transporte rodoviário florestal, se traduz na soma do custo operacional dos veículos e do custo da infra-estrutura das estradas florestais (construção e manutenção). A velocidade média dos veículos de transporte florestal, o consumo de combustível, o gasto de pneus, e a manutenção dos veículos, podem ser influenciados pelo padrão de qualidade das estradas, o que pode contribuir para o aumento dos custos de transporte florestal.
  • 9. Centro Estadual Florestal de Educação Profissional Presidente Costa e Silva José Leandro Hatlan Destro nº:17 Suellen Borges nº:25 J. Laertz Witeck nº: 14 Vanessa Denisse nº: 26 Trabalho de Estradas Florestais Densidade, custo e Manutenção de Estradas Florestais Irati 2010