1. Sopro no coração é mais comum do que se pensa
Enviado em 16/01/2012
O diagnóstico assusta muitos pais. Não é para menos: do total de crianças que nascem saudáveis, aproximadamente 40% a 50%
apresentam sopro no coração. Como - perguntam-se os pais - se a criança não apresenta nenhum sintoma e está se desenvolvendo
normalmente?
Localizado no centro do peito, o coração está formado por duas estruturas – uma à direita e outra à esquerda - separadas por um
septo. Funciona como uma bomba: recebe o sangue das veias e o impulsiona para as artérias. Ao chegar ao coração, o sangue
passa pelas válvulas mitral e tricúspide, onde é bombeado. Se estas estruturas não tiverem nenhuma dificuldade para abrir ou
fechar, o sangue circulará sem fazer nenhum ruído. No entanto, se houver algum problema, será provocado um ruído que recebe o
nome de “sopro”, e pode ser detectado pelo médico através do estetoscópio.
Em crianças, o sopro do coração pode ser funcional ou fisiológico - é o sopro inocente, uma alteração na ausculta do coração de
crianças saudáveis, sem sintomas e se manifesta principalmente entre os seis meses e oito anos de idade; ou patológico, como
consequência de defeitos no coração que podem ser congênitos ou adquiridos - quando o bebê já nasce com um defeito cardíaco
ou pode adquiri-lo ao longo da vida, e precisará de tratamento, seja apenas com medicamentos ou uma intervenção cirúrgica.
Nos adultos, os sopros resultam de cardiopatias provocadas pela febre reumática adquirida na infância, que é provocada por uma
reação do organismo contra antígenos ou uma bactéria (a estreptococo) que costuma infectar a garganta e afetar ainda o sistema
nervoso central. As doenças degenerativas, que raramente aparecem na infância, também são causadoras do sopro cardíaco.
O diagnóstico é feito através do estetoscópio ou, se necessário, por meio de exames como eletrocardiograma, radiografia de tórax
e ecocardiograma.
Não há como prevenir o problema. No entanto, é possível evitar que ele se agrave. Crianças com sopro fisiológico têm coração
normal e podem levar a vida sem nenhuma restrição. Para a maioria das cardiopatias congênitas, o tratamento é cirúrgico.
Leve o seu filho/ sua filha periodicamente ao pediatra para avaliação e acompanhamento, tão necessários nos primeiros anos de
vida. Já os adultos não devem descuidar da saúde e visitar, pelo menos, uma vez ao ano, um médico cardiologista.
Por: AgComunicado
Fonte: http://www.saredrogarias.com.br/noticia/sopro-no-coracao-e-mais-comum-do-que-se-pensa