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Ada Stewart – Amando em Silêncio
Traduzido por Romance com Tema Sobrenatural: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=18008059
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Amando em Silêncio
Ada Stewart
Traduzido mecanicamente e formatado por Romance com Tema Sobrenatural
(faltando revisão):
http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=18008059
Resumem : Jamie Conley queria saber quem era seus verdadeiros pais. Por isso
começou a fazer perguntas que sua mãe adotiva, Lexi, não podia responder. Perguntas que
sua irmã não lhe permitia responder. O menino se distraiu temporalmente quando Lexi
“raptou” a seu ídolo, o campeão de rodeios Jake Thorn. Ela necessitava ao Jake para
dirigir o rancho, mas só até que seu pai se recuperasse de sua operação. Jamie, é obvio,
esperava que ficasse para sempre.
O que Lexi não podia explicar-se é que Jake era o último homem que queria ter
perto ... e o único homem ao que habia amado ...
Capítulo 1
Ao LEXANDRA Conley abriu a porta e saiu à sombra do alpendre. Olhou para a
poeirenta estrada, para ver se chegava seu pai. Mas não viu nada. Lexi suspirou impaciente.
Deveria ter ido com ele em vez de haver ficado no rancho, suportando intermináveis
horas de espera e de preocupação. Mas ele não o permitiria. Havia-lhe dito que seria melhor
que ficasse em casa, melhor que estivesse aí para fazer o jantar quando chegasse Jamie do
colégio.
Mas a verdadeira razão tinha sido que seu pai não queria que ouvisse o diagnóstico do
médico. Não queria que se preocupasse nem que tampouco lhe obrigasse a fazer o que os
médicos lhe mandassem.
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Lexi pensou que ao melhor essa vez era diferente. Ao melhor essa vez faziam ficar.
Inclusive nesse momento seu pai poderia estar convexo em uma cama do hospital
esperando a que lhe operassem pela manhã. Oxalá fora assim.
Olhando uma vez mais ao horizonte, voltou-se e entrou na casa.
-Jamie, o jantar está preparado! -gritou do vestíbulo-. Não tem sentido esperar ao avô.
Poderemos começar sem ele. Jamie?
Lexi esperou ouvir o som de passos no piso de acima, mas não foi assim. Percorreu o
corredor e se deteve o chegar à porta fechada do que tinha sido uma vez um despacho, e se
tinha convertido no dormitório de seu pai doente. Frank Conley sempre tinha sido a rocha
de sua vida, sólido e eterno. E nesse momento estava muito fraco para subir as escadas a
seu antigo dormitório.
antes de que o coração começasse a lhe falhar, ela nunca se deteve a pensar que algum
dia algo lhe passaria. Mas ultimamente, Lexi não pensava em outra coisa. Em menos de um
ano, os ombros largos que uma vez tinham podido suportar o peso do mundo, encurvaram-
se. A voz forte capaz de ordenar e consolar com igual facilidade, voltava-se ofegante ao
mais mínimo esforço.
Seu pai estava debilitando-se pouco a pouco, e sua própria cabezonería era o que mais
rapidamente lhe estava matando. A dor se voltou ressentimento, logo fúria, e Lexi deu uma
patada ao marco da porta.
-Maldito Frank Conley -sussurrou com um nó na garganta . O que tem que nós? O que
faremos sem ti? pensaste nisso?
Quase imediatamente, a fúria desapareceu.
Olhou as marcas que tinha feito no marco da porta com a bota e suspirou.
-por que não posso te dizer isto quando está aqui? -disse em voz alta, partindo devagar
para os pés da escada.
Com a mão no corrimão, olhou para cima.
Jamie, o jantar está preparado!
O débil chiado de moles de cama oxidados chamou sua atenção.
-Estou aqui embaixo, mamãe.
Lexi fechou os olhos. Então, girando-se, ficou diante de outra porta fechada. A
habitação dos convidados, ou a habitação do Jake como quase todos a chamavam,
converteu-se com os anos em uma espécie de quarto trastero.
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Jake... Inclusive com o passo dos anos, Lexi não podia entrar na habitação sem sentir
um tombo no estômago. Endireitando-se, girou o pomo e entrou. Dentro, seu filho de dez
anos estava jogado de barriga para baixo na velha cama dobro, com as botas blusões
agitando-se no ar enquanto passava as páginas velhas e muito manuseadas de um álbum de
recortes.
-Olá, filho. O que faz? -perguntou brandamente.
Jamie a olhou com seus olhos cor avelã. Seu espesso cabelo castanho estava talhado a
capas exceto por uma mecha que lhe chegava do centro da nuca até os ombros. Um cenho
pensativo enrugava sua frente enquanto girava o álbum para que ela pudesse vê-lo.
-Jake era realmente extraordinário, verdade? -a mão do Jamie acariciou o artigo
amarelado do periódico com reverência.
-Sim -disse ela com o orgulho antigo e familiar-. Quando Jake estava na flor da vida,
era um dos melhores.
O álbum era dela, criado com a efusividad do culto a um herói quando não tinha sido
maior que Jamie.
-Crie que voltará alguma vez, mamãe? -perguntou Jamie sentando-se-. Estou seguro de
que eu adoraria conhecê-lo. Crie que gosta dos meninos?
O entusiasmo no rosto de seu filho provocou um sorriso automático no rosto do Lexi
enquanto se sentava em uma cadeira.
-Gostava de você quando foi pequena, verdade? -insistiu Jamie.
Ela e Jamie tinham conversações similares muito freqüentemente, e Jamie sempre
encontrava formas novas de lhe fazer as mesmas perguntas, novos modos de obter mais
informação.
Sim, acredito que se. Eu devia ter uns dois anos quando o pai do Jake deveu trabalhar a
nossa granja e sua mãe trabalhava como nossa cozinheira.
-Como faz Twyla agora -comentou Jamie,disfrutando da história, embora virtualmente
sabia de cor.
Lexi assentiu e sorriu de novo, perguntando-se o que pensaria Jake se soubesse alguma
vez que se converteu em uma lenda nessa casa.
-Isso. Jake devia ter quase treze anos quando chegaram. Estava acostumado a me cuidar
algumas vezes depois do colégio... Quando eu estava em primeiro, foi Jake quem me
ensinou a montar em bicicleta sem ruedecitas laterais. Eu estava louca por ele -suspirou-.
Logo mamãe e papai se divorciaram e eu passei um ano em Miami com mamãe. Quando
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-voltei aqui para viver com papai, Jake se dedicava aos rodeios e não o víamos durante
temporadas muito largas.
-Quanto passou antes de que Jake ganhasse seu primeiro campeonato? Que anos tinha
você?
-Eu era um pouco maior que você, mas pouco depois de seu triunfo, feriu-se e voltou
para recuperar-se.
-E aí foi quando se casou com a tia Dolores, certo?
Ao Lexi lhe pôs um nó no estômago.
-Não, isso foi depois de que comprasse a velha casa dos Johnson aqui ao lado,
esperando que seus pais se retirassem e vivessem ali. O ano seguinte, Jake estava a ponto
de obter o quarto título quando...
de repente se calou, sem querer reviver o horrível acidente que esteve a ponto de lhe
custar a vida.
-Quando esse touro lhe investiu? -continuou Jamie com entusiasmo infantil pelo
macabro. Lexi o olhou com dureza.
-Jamie...
-Isso foi o que aconteceu, verdade?
-Sim -disse ela agüentando-a risada--. Mas não deveria estar tão contente.
-Não estou contente -defendeu-se o menino-.
Mas isso foi o que aconteceu. E foi então quando Jake se casou com a tia Dolores?
Lexi assentiu e continuou.
-Quando saiu do hospital, Jake veio aqui a recuperar-se. Então Dolores viajou de
Califórnia para meus dezesseis aniversários, e três meses mais tarde ela e Jake estavam
casados. Suponho que ela devia ter crescido muito da última vez que ele a tinha visto.
Ao dar-se conta de seu tom amargo, Lexi suspirou.
-E um mês mais ou menos depois das bodas, o pai do Jake se retirou e se foi com sua
mulher a Florida
-Quando esse touro lhe investiu? -continuou Jamie com entusiasmo infantil pelo
macabro. Lexi o olhou com dureza.
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-Jamie...
-Isso foi o que aconteceu, verdade?
-Fui-dijo ela agüentando-a risada--. Mas não deveria estar tão contente.
-Não estou contente -defendeu-se o menino-.
Mas isso foi o que aconteceu. E foi então quando Jake se casou com a tia Dolores?
Lexi assentiu e continuou.
-Quando saiu do hospital, Jake veio aqui a recuperar-se. Então Dolores viajou de
Califórnia para meus dezesseis aniversários, e três meses mais tarde ela e Jake estavam
casados. Suponho que ela devia ter crescido muito da última vez que ele a tinha visto.
Ao dar-se conta de seu tom amargo, Lexi suspirou.
-E um mês mais ou menos depois das bodas, o pai do Jake se retirou e se foi com sua
mulher a Florida
-Porque não podiam suportar à tia Dolores?
-Bom, basicamente sim --admitiu sentindo-se culpado ao momento . Mas acredito que
ao melhor os pais do Jake só queriam lhe dar a ele e a sua mulher uma oportunidade de
estar sozinhos –corrigiu tentando ser generosa-. Todos os recém casados necessitam um
tempo para ajustar-se. Você tia Dolores se esforçou muito ao princípio. Mas nunca tinha
aprendido a cozinhar, e nunca tinha tido que ocupar-se de uma casa, e passado um tempo,
começou a sentir falta da emoção de fazer filmes em Califórnia.
-eu gosto disto.
O cenho do menino provocou outro sorriso em sua mãe.
-Sei, coração, e a mim também. E a sua tia Dolores quando era mais jovem, mas quando
cresceu, preferiu a grande cidade. Por isso a vemos tão pouco.
Tentando não mostrar as emoções que estavam lhe retorcendo o coração, Lexi
continuou.
-Isso não significa que não nos queira. Sei que lhe importamos muito. Mas
normalmente está muito ocupada.
O se encolheu de ombros.
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-Não me importa. Não a necessitamos. E não nunca irei a grande cidade -disse Jamie
com ênfase . vou ser um vaqueiro de rodeios, igual a Jake.
Normalmente, Lexi tivesse saído em defesa de sua irmã, mas estava muito
surpreendida pela última frase do Jamie. Além de sua breve ambição de ser bombeiro, só
tinha falado de converter-se em granjeiro, como seu avô. Ela não sabia por que sua última
preferência devia incomodá-la, exceto lhe parecia de algum modo uma traição a seu avô
em um momento em que era muito vulnerável.
-Quer ser um vaqueiro de rodeios? -perguntou com deliberada suavidade-. Quando o
decidiste?
Jamie baixou o olhar ao chão. -Não sei.
-Hoje Ontem?
Jamie se encolheu de ombros. -Ao melhor.
Dando-se conta de que sua reação era exagerada, Lexi respirou profundamente e se
forçou a acalmar-se.
-Já sabe que Jake trabalhou em seu próprio rancho desde que era um adolescente. E
quando seu pai se retirou, fez-se capataz aqui e dirigia de uma vez este rancho e o seu. Ele e
seu avô trabalharam ombro com ombro durante os três anos que Jake e Dolores estiveram
casados.
Jamie assentiu, levantou o queixo e a olhou.
-E o que?
Lexi não sabia que dizer. Não estava acostumada a esse desafio nos olhos de seu filho.
E não queria que o menino trocasse sua lealdade de seu avô ao Jake... não nesse momento.
Então, com uma profunda intuição feminina recordou sua própria dor, frustração e a
traição que havia sentido quando tinha pensado em que seu pai estava morrendo e
deixando-a só com um rancho e com um menino. E pensou nas largas horas que Jamie
tinha passado ultimamente na habitação do Jake, olhando os álbuns com uma nova
intensidade.
-Tem medo? -perguntou com infinita doçura.
-Do que? -perguntou Jamie sobressaltando-se.
-Por seu avô.
Jamie se encolheu de ombros e voltou a olhar para o chão.
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-Não sei. Ao melhor.
Tornando-se para diante, Lexi seguiu falando em um sussurro.
Oxalá pudesse te dizer que não há nada que temer. Oxalá pudesse te prometer que ele
ficará bem. Mas não posso, porque não sei.
-O que tem mau? -perguntou o menino preocupado.
-É seu coração. Não sei muito mais. Talvez saberemos mais quando voltar do hospital...
Oxalá não fora tão cabezota. Não quer ingressar no hospital, e não há muito que possam
fazer os médicos se não o fizer
-vai morrer?
Lexi viu o terror nos olhos de seu filho.
-Espero que não. Mas não está fazendo o que lhe dizem os médicos, e terá que fazê-lo
se quer ficar bem.
-Se Jake voltasse e fora de novo o capataz, o avô poderia entrar no hospital e ficar bem.
-Jamie, de onde tiraste essa idéia? Já temos um capataz.
-Mas o avô disse...
Jamie se calou de repente.
-O avô disse o que? -exigiu Lexi, sem obter resposta . me Responda, hombrecito
-disse muito séria-. O que disse seu avô?
-Ouvi-lhe falar por telefone com alguém. Estava perguntando se podiam lhe ajudar a
encontrar ao Jake. Disse que lhe necessitava desesperadamente.
-Foi isso tudo o que disse?
-Não sei --murmurou Jamie baixando a cabeça- . Você me chamou e tive que deixar
de escutar.
-Deveria te dar vergonha, James Franklin Conley. Hei-te dito que não se devem
escutar as conversações de outras pessoas. Agora tem a idéia equivocada de que Jake
Thorn vai dever salvar a situação, e isso não vai passar.
Jamie levantou a cabeça, e a esperança brilhou em seus olhos.
-Ao melhor sim. Se o avô o encontrar, Jake virá.
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-OH, Jamie, carinho, não conte com isso. Este rancho é o último lugar da terra onde
Jake quereria estar. partiu daqui faz onze anos, e não tornou após. Não tenho idéia de
onde está, e tampouco seu avô, e é muito difícil encontrar a um homem que não quer ser
encontrado.
Pela tia Dolores?
-Suponho que sua tia Dolores foi parte disso -admitiu Lexi-. Mas o mundo do Jake
se fez pedacinhos. Há muitos lembranças aqui.
-Pois eu gostaria de conhecê-lo.
-Não conte com isso, de acordo? -disse Lexi ficando de pé-. O jantar se está esfriando.
por que não guarda essas coisas e vem à cozinha?
-Sim, mamãe.
Levantando-se, Jamie começou a recolher os álbuns. Com a cabeça inclinada, era a pura
imagem da decepção.
Ao Lexi lhe partiu o coração, sabendo que ela tinha causado sua dor. abrandou-se e
falou com um pouco de ânimo.
-É obvio, Jake ainda é o dono da granja vizinha. Talvez vem algum dia, embora só seja
de visita.
A ansiedade apareceu nos olhos do menino. -Crie-o a sério? -Poderia ser. Nunca se sabe.
-Arrumado a que se alguém pode encontrá-lo, esse é o avô.
Por muito que odiasse pensar nisso, Lexi teve que estar de acordo.
-Sim, pode ter razão nisso.
Sonriendo, Jamie começou a ordenar o quarto e Lexi se foi à cozinha a reaquecer o
jantar. Só esperou que não se equivocou permitindo que Jamie tivesse alguma esperança.
E quanto a ela, não sabia como se sentiria se Jake retornasse. Era algo no que não se
permitiu pensar durante muito tempo. De menina, tinha-o adorado. De mulher, tinha-o
amado. E o dia depois de que ele tivesse feito realidade seus sonhos, Jake se tinha partido
sem uma palavra.
Lexi tinha passado anos tratando de superá-lo, anos aceitando que nunca voltaria a vê-
lo, e quando seu coração finalmente tinha cicatrizado, tinha guardado suas lembranças e
tinha fechado a porta. Estivesse onde estivesse Jake, lhe desejava o melhor, mas ele estava
fora de sua vida, e assim seguiriam as coisas.
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Lexi recolheu a mesa da cozinha e enviou ao Jamie a fazer seus deveres. Estava
esfregando os pratos quando ouviu abri-la porta. Saiu correndo da cozinha a tempo de ver
entrar em seu pai e ao trabalhador do rancho que lhe tinha levado.
-Olá -saudou Lexi-comeste?
-Sim -grunhiu seu pai.
Apoiando-se pesadamente no braço do Manuel Ortega, Frank Conley se dirigiu ao
cômoda poltrona do salão que havia junto à janela e onde ultimamente passada a maior
parte das horas.
-O senhor Frank tinha fome- explicou-lhe Manuel sonriendo a modo de desculpa-,
assim paramos antes de sair da cidade.
-Pode me preparar uma bebida se quer-disse o avô com a voz ofegante que assinalava
seu cansaço.
Lexi o ignorou. O doutor lhe tinha proibido estritamente o uísque e quão puros eram o
ritual noturno de seu avô. E Frank só o pedia nesse momento para incomodá-la.
-Parece-te bem que enquanto Manuel esteja aqui lhe levemos a cama? -sugeriu Lexi.
-Não -Frank se sentou, apoiou a cabeça no respaldo e suspirou, olhando com dureza a
sua filha-. Temos que falar -dirigiu-se ao Manuel-. Obrigado, Manuel. Já pode ir.
-Se, senhor Frank. Chamará-me se me necessita?
-Sim, Manuel. E obrigado.
Apesar de suas maneiras resmungões, os homens que trabalhavam para lhe eram
tremendamente leais, e Lexi se sentia agradecida de saber que sua lealdade também se
estendia a ela.
-Será melhor que se sente -disse Frank, quando ficou a sós com sua filha.
Ela sentiu que lhe tremiam as pernas enquanto se sentava na cadeira frente a ele. Sentiu
vontades de chorar. Queria que seu pai estivesse são e fora capitalista como tinha sido
antes, e sabia que os médicos não lhe haviam dito nada bom. Tinha-o sabido assim que
tinha visto seu pai com os ombros afundados e a mandíbula apertada.
-Solta-o -disse ela com o tom valente que sabia que ele estava esperando.
-Não te vai gostar.
-Papai, não alargue isto.
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-Não me estou morrendo. Ao menos, ainda não.
Lexi soltou a respiração que tinha estado agüentando e fechou os olhos um momento
para dar as obrigado em silêncio. Seu pai ia viver.
-Então. qual é o problema?
-Bom, tenho duas opções. Posso ficar aqui sentado como um inválido e seguir vivendo
até que finalmente me desabe e me mora de aborrecimento.
-ficará melhor se fizer isso? -perguntou Lexi esperançada.
-Não. De fato possivelmente me ponha pior, até que um dia, meu coração se renda.
Bom, isso não é a solução.
-Minha outra opção é me operar. Com a cirurgia possivelmente fique como novo. A
maioria das pessoas sobrevivem. E as oportunidades de que eu também o faça são muito
grandes. Embora é obvio, ao melhor não. Não me podem garantir isso. O doutor diz que a
decisão é minha.
Lexi tragou saliva. Não sabia por que seu pai estava vacilando. O Frank Conley que ela
sempre tinha conhecido não tivesse vivido um minuto mais como inválido se houvesse
outra alternativa, inclusive embora significasse arriscar-se. O fato de que seu pai não
estivesse nesse momento no hospital esperando a ser operado significava que havia algo
mais que ela não sabia.
-O problema é -continuou Frank devagar-, quem vai ocupar se do rancho enquanto eu
esteja no hospital? Estarei ali um par de semanas antes de que me permitam voltar para
casa. E depois, ainda passarão semanas antes de que possa fazer algo.
-Bom, papai, isso não é problema. Tem um capataz que leva aqui três anos. E sabe que
eu posso me ocupar da contabilidade e as papeladas disse Lexi.
-Durante quanto tempo, filha?
-Durante um mês? -perguntou encolhendo-se de ombros- -. Seis semanas? Quanto
tempo pode fazer falta?
-Esse é a questão -disse Frank devagar.
A suave tristeza em seus olhos e a paciência de sua voz começaram a preocupá-la.
-Lexi, há uma possibilidade de que surjam complicações na operação. É difícil, mas
existem, e inclusive pode que não o consiga. Inclusive se sobreviver, minha recuperação
será lenta. Temos que entrar nisto preparados para qualquer eventualidade, e eu tenho que
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me assegurar de que este rancho vai estar bem. Por seu futuro e pelo do Jamie. Tenho que
estar seguro, Lexi. Entende-o?
Lexi começou a assentir com a cabeça e então se deu conta de que na verdade não tinha
idéia de que estava dizendo seu pai. Parecia que queria operar-se e logo estava dizendo
todas as razões pelas que não podia.
-Sinto muito, papai. Mas não o entendo. Não entendo qual é o problema. Eu posso me
ocupar do rancho.
-Lexi, não ponho em dúvida sua habilidade.
-Então qual é o problema? Porque para te dizer a verdade, estou confundida. Pode te
operar e eu me ocuparei do rancho. Quando estiver melhor, voltará a te encarregar você.
Não me parece tão complicado.
-Lexi, vou trazer para o Jake.
O que? -exclamou ela sem poder acreditar o que estava ouvindo.
Jake vai voltar a ocupar do rancho enquanto eu esteja no hospital.
O que seu pai dizia não tinha sentido. Jake não voltaria. Em onze anos não tinha
enviado nenhuma postal.
-por que? por que pensaste nisso? -Tenho minhas razões.
-Bom, pois eu quero as saber.
Sou um velho doente. me dê esse capricho. -OH, papai... falaste com o Jake? Está ele de
acordo?
-Não. Mas sei onde está. Ao menos sei onde estará amanhã de noite.
-Mas do que serve isso? Você não pode ir.
O olhou diretamente a seus olhos marrons como se queria chegar a sua alma.
-Mas você sim -disse brandamente.
-Não! -Lexi ficou de pé, golpeando a parede com a cadeira no processo-.
Definitivamente não!
-Tem que fazê-lo -insistiu seu pai.
-Não, não tenho que fazê-lo.
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Voltando-se, Lexi começou a partir. Mas deu só dois passos antes de ver o Jamie junto
à porta, escutando.
-por que não, mamãe? - perguntou o menino com ansiedade em seu olhar enquanto
corria para ela-. Viria. Se pudesse ajudar ao avô, sabe que Jake viria.
-É possível - disse Frank a suas costas.
Sentindo-se apanhada, Lexi se voltou para olhá-lo. Tinha as mãos fechadas em punhos.
-Não, não viria.
Olhou suplicante a seu pai. Jamie só era um menino. Não sabia o que estava pedindo.
Mas Frank Conley sim.
O pai moveu a cabeça devagar e a olhou com decisão.
-Viria. Jake quis vir a muito tempo tempo. Mas não sabe.
-Papai -rogou-lhe Lexi-. Sabia o que estava fazendo quando partiu. Se tivesse querido
voltar, teria encontrado uma desculpa muito antes.
Não me operarei menos que Jake esteja aqui para ocupar do rancho, Alexandra. Ficarei
sentado nesta cadeira e morrerei esperando se tiver que fazê-lo. Assim pode ir pedir lhe que
se ocupe do rancho agora ou pode lhe convidar a meu funeral mais adiante. Você escolhe.
-Diz-o a sério, verdade? -perguntou Lexi se desesperada.
Nunca te menti.
-Posso ir contigo, mamãe? -perguntou Jamie saltando de alegria-. Por favor.
-Não -disse Lexi abraçando a seu filho-. Não, Jamie. Isto é algo que tenho que fazer
sozinha.
Capítulo 2
E L suor dos homens e as bestas enchia o ar da tarde, mesclando-se com o pó levantado
por seus inquietos cascos. O balido impaciente do gado competia com os relinchos dos
cavalos. Na atmosfera familiar, Lexi sabia que deveria sentir-se como em casa, mas não era
assim. sentia-se como uma intrusa.
-te relaxe -murmurou-. O que é quão pior pode passar? Tudo o que pode fazer quer
dizer que não.
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esfregou-se as Palmas suarentas contra sua saia vaqueira. O coração lhe pulsava com
força, e deixou de pretender que o que temia era uma negativa. Ver o Jake de novo era o
que lhe dava medo.
Viu um grupo de jeans e se dirigiu para eles. Estava ali para encontrar ao Jake Thorn, e
tinha que começar por algum sítio.
Ao chegar ao grupo de homens, respirou profundamente para armar-se de coragem e lhe
deu um golpe no ombro ao que estava mais perto.
-Perdoe.
Todos os homens se voltaram para ela, refletindo em seus rostos prazenteira surpresa
pela inesperada interrupção, e Lexi começou a relaxar-se. Inclusive conseguiu sorrir.
O vaqueiro cujo ombro tinha golpeado, um jovem com uma cicatriz na bochecha, tirou-
se o chapéu e lhe devolveu o sorriso com entusiasmo.
-Posso ajudá-la em algo, senhorita?
-Sim, ao menos isso espero. Estou procurando o Jake Thorn. Hão-me dito que estaria
aqui esta noite.
O sorriso do jovem se desvaneceu ligeiramente, e ela sentiu que seus companheiros se
esticaram.
-Bom, sim --respondeu o vaqueiro devagar, escolhendo as palavras com cuidado-.
Acredito que está aqui, em alguma parte. De fato me pareceu vê-lo faz um momento. E
vós? -perguntou voltando-se para outros-. Alguém viu para onde ia Jake?
Os homens se encolheram de ombros, negaram com a cabeça e baixaram o olhar, e Lexi
soube que não devia insistir. Jake era um dos seus, e ela uma estranha fazendo perguntas.
Soubessem o que soubessem esses homens, não foram dizer se o sem ter antes a aprovação
do Jake.
-Poderia olhar ao outro lado do arena -disse-lhe um dos homens mais maiores.
Com os ombros afundados, Lexi se afastou do grupo de homens.
O último lugar da terra onde quereria estar
era ali, e a última coisa que quereria fazer era procurar o Jake Thorn, mas o encontraria,
com ou sem ajuda. Então, forçou-se a endireitar os ombros e levantar o queixo, e começou
a caminhar na direção que os homens lhe haviam dito. Embora acreditasse que Jake não
estaria ali, não passaria nada por olhar.
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- Né, senhorita, se virmos o Jake quer que lhe digamos quem lhe está procurando?
-gritou-lhe um dos homens.
Sabendo que se Jake sabia que ela estava ali, nunca conseguiria aproximar-se dele, Lexi
se voltou e forçou um sorriso.
- Não será necessário. Mas obrigado de todos os modos. Darei uma volta até que lhe
encontre.
girou-se e continuou seu caminho. E enquanto procurava entre todos os jeans que
passavam, ao outro lado do arena viu uma bonita moça loira que parecia muito jovem para
recordar os dias de glória do Jake Thorn. Mas talvez tinha ouvido falar dele.
Sonriendo, Lexi se deteve e a loira lhe sorriu também.
-Tem um cavalo precioso -disse Lexi com sinceridade-. É um pura raça?
-Obrigado. Sim, é-o -disse a jovem acariciando o nariz do animal com orgulho- .
Tenho-o desde ano passado.
O genuíno interesse do Lexi pelos cavalos lhe fez esquecer sua busca, embora fora por
um momento.
Que tal é?
-OH, Jackpot é fabuloso. Temos muitas possibilidades de ganhar esta noite.
O cavalo relinchou e levantou a cabeça, como se soubesse que estavam falando dele.
Lexi não pôde evitar rir.
-Bom, desejo-te boa sorte. Como te chama? Esta noite tentarei verte.
-Susie Picket. Não te vi antes por aqui, verdade?
Não ---disse Lexi recordando de repente o que devia fazer-. Estou aqui procurando um
velho amigo. Ao melhor o conhece. chama-se Jake Thorn.
-Jake? OH, claro.
-Viu-o por aqui esta noite?
-Sim, está por aqui. Poderia tentar lhe buscar nas caravanas -disse a garota calando-se
de repente e avermelhando-. Conhece... muito ao Jake?
Ao Lexi faltou muito pouco para dizer um palavrão. O rubor da jovem e seu repentino
silêncio, disse-lhe claramente o que o grupo de homens também lhe tinha indicado.
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Estivesse onde estivesse Jake, estava com uma mulher. OH, não! Isso já era bastante
terrível sem ter que tirar o Jake da cama de alguma mulher só para falar com ele.
-Não se preocupe --disse cansada, sentindo um ciúmes repentinos que não tinha
nenhum dere
cho a sentir-. Não sou uma antiga noiva dela, nenhuma nova noiva nem nada parecido.
Sou uma amiga, ponto.
-OH, bem -a jovem suspirou aliviada-. Bom, nesse caso, talvez está na caravana do
Louanne Byers. Ultimamente se têm feito muito... amigos... já sabe ao que me refiro. Não
pode te confundir. Leva o nome pintado no flanco com grandes letras moradas.
-Muito obrigado. foste que muita ajuda -disse Lexi retrocedendo e com mais
informação da que teria desejado.
Com o estômago revolto se dirigiu para as caravanas, passando junto aos jeans e seus
cavalos que se treinavam.
Quando escapou do pó e a tensão do arena, o ar da tarde era suave, fresco e relaxante.
Lexi suspirou e se esfregou as mãos úmidas contra a saia. Seu pai lhe tinha enviado a
procurar o Jake, não a lhe tirar dos braços de outra mulher.
Então se deteve, trocando repentinamente de idéia. Girou às cegas, começou a caminhar
em direção contrária e ao momento se chocou com o corpo duro de um vaqueiro alto.
Lexi se cambaleou como uma boneca de trapo, e ele a agarrou dos ombros para sujeitá-
la.
-Né, está bem?
Ela assentiu, e com os olhos entrecerrados viu um rosto que lhe era vagamente familiar.
-Não te vi antes em alguma parte? -perguntou o vaqueiro.
Lexi assentiu de novo e se soltou de suas mãos. Aaron. Esse era seu nome, e ele tinha
ido ao rancho um fim de semana com o Jake.
Lexi estendeu a mão para lhe saudar.
-Sou Lexi. a filha do Frank Conley. Você veio a nosso rancho para jantar um domingo
com o Jake Thorn.
-E fiquei até na terça-feira -disse Aaron rendo-se ao recordar-. Lembro-me. Mas você
foi uma menina.
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Ada Stewart – Amando em Silêncio
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-Tinha quatorze anos -disse Lexi um pouco ofendida.
Aos quatorze anos, tinha estado locamente apaixonada pelo Jake. Esse mesmo ano,
tinha cometido o engano de confessar-lhe O vergonhoso intento do Jake de defraudá-la
facilmente era uma lembrança que ainda lhe doía.
-Bom, já é toda uma mulher -disse Aaron - . vieste com seu pai?
-Não, não veio, mas me pediu que procurasse o Jake por ele.
-OH... Viu já A... um... ao Jake?
-Ia buscá-lo quando choquei contigo --disse ela decidida a continuar e terminar de uma
vez- . Hão-me dito que poderia lhe encontrar na caravana do Louanne Byers. Não saberá
por acaso onde está estacionada, verdade?
O sorriso amável do Aaron se voltou pícara, e se esfregou as mãos.
-O velho Jake vai estar muito surpreso ao verte. Vêem comigo, rapariga -disse
agarrando-a do braço e girando--. Eu te levarei.
Aaron a levou entre os carros e os veículos e caravanas.
- Quanto faz que não vê o Jake?
-Onze anos.
-Ah, do divórcio.
-Sim -Lexi se perguntou quanto lhe teria contado Jake.
-Era sua irmã maior, verdade? Como se chamava?... Dolores?
Isso.
-ouvi que agora é atriz. Usa o nome Conley ou Thorn?
-Nenhum. Usa o nome de seu pai, Davies.
-Então não têm o mesmo pai? -Aaron pareceu surpreso.
-Não, nossa mãe esteve casada antes.
-Dolores Davies repetiu Aaron pensativo-. Sim, acredito que ouvi falar dela. É loira,
verdade? Fez um papel em uma série de televisão faz uns anos? Saía quase sempre em
biquíni.
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Ada Stewart – Amando em Silêncio
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-Sim, essa é Dolores -disse Lexi mais relaxada.
-Então ela é a ex do Jake, né? O mundo é pequeno, verdade? A quem lhe está
amargurando a vida agora Dolores?
-De momento está casada com um produtor chamado Harvey Maxwell.
-Caray! -exclamou Aaron detendo-se e soltando-a do braço-. Bom, aqui é.
Levantando o punho, Aaron golpeou a porta da caravana branca com as letras moradas.
Depois de um momento, abriu-se a porta e apareceu uma mulher com um complicado
penteado em seus cachos castanhos e camisa e malhas brancas muito ajustadas.
-OH. olá, Aaron. Está procurando o Jake?
-Olá, Louanne. Está por aqui?
Ela se girou para o interior.
-Jake, Aaron está aqui.
Lexi fechou os olhos e contou até dez enquanto os joelhos começaram a lhe tremer e o
coração lhe acelerou incontrolado.
-Entra, amigo -disse uma voz rouca e familiar.
-Bom, não sou eu o que te busca --respondeu Aaron pondo um braço nos ombros do
Lexi e fazendo-a aparecer- . É esta damita.
-Quem dia... ? -sua voz se desvaneceu e seu rosto registrou incredulidade-. Lexi!
Jake?
Seus olhos se encontraram, e o coração lhe disse que era Jake, embora o homem ao que
estava olhando poderia ser qualquer.
Estava vestido com a roupa larga e andrajosa de um palhaço de rodeio, seu rosto
escondido depois da pintura branca, e só seus olhos e sua voz lhe disseram que estava
realmente em presença do James Jackson Thorn.
-Não será melhor que vá já para o arena, Louanne? -sugeriu Aaron com total falta de
tato.
Plantando as mãos nos quadris, Louanne não se moveu.
-Quem é ela, Jake? -exigiu com tom estridente.
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-Tudo vai bem, Louanne -Jake fez um gesto de despedida com a mão sem deixar de
olhar ao Lexi-. Pode ir.
-Quem é? -exigiu Louanne de novo.
Meu nome é Alexandra Conlcy -disse Lexi subindo os três degraus até o interior e
estendendo tranqüilamente a mão-. Meu pai, Frank Conley é o dono do rancho vizinho ao
do Jake.
Louanne estreitou a mão do Lexi com rapidez e debilidade.
por que está aqui?
-Acredito que isso é algo entre o Lexi e eu -disse Jake, levantando do tamborete onde
tinha estado sentado com potes de maquiagem na barra diante dele.
Mas, Jake...
-Vete -disse Jake em tom amável que não admitia discussões-. vais chegar tarde, e isto
não tem nada que ver contigo. Fecharei a porta quando me partir.
Com um olhar final venenoso ao Jake e ao Lexi, Louanne partiu.
-Espero que não te importe que lhe tenha ensinado o caminho ao Lexi -disse Aaron
desde fora-. Alguém já lhe havia dito onde estava. -Logo falaremos, amigo.
Sonriendo, Aaron piscou os olhos o olho ao Lexi. --Espero que esta visita seja
importante. Sei o
pouco que gostam ao Jake as surpresas.
-Adeus, Aaron -disse Jake sem tão bom humor olhando à porta até que se fechou, e
então, voltou-se para o Lexi-. Importa-te se terminar de me preparar? Tenho que trabalhar
dentro de um momento.
-Não, nada.
Lexi se sentou em uma poltrona.
-Estava por acaso nesta zona? -perguntou Jake, tornando-se pintura negra em cada
sobrancelha. -Não.
-Então não vieste a recordar o passado?
- Não.
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Bom, realmente eu gostaria de ter tempo para falar contigo -disse abrindo outro pote-.
Mas por desgraça não o tenho. Pilhaste-me em uma noite de muito trabalho.
Mas Lexi não tinha a intenção de ser despedida tão logo.
-OH, não é problema, ficarei um momento.
Espero não ter criado... problemas aparecendo assim.
-Refere ao Louanne? É só uma amiga.
-O há dito a ela?
Jake continuou com sua tarefa.
-Nunca me pareceu necessário. Quando trabalhamos no mesmo rodeio, estamos juntos
-encolheu-se de ombros e começou a ordenar os potes e as broxas-. Alguma vez a vi
comportar-se assim antes -disse girando no tamborete e olhando ao Lexi-. Bom, o que te
parece?
Jake estendeu os braços para indicar seu aspecto. Silenciando as milhares de perguntas
que tinha, Lexi lhe olhou maravilhada.
-Isso sim que é uma vestimenta.
-Seguro que nunca me teria reconhecido -disse ele sonriendo.
-Não sei. Algumas costure não trocam --Lexi se fixou em seus olhos, os mesmos tons
verdes e faiscantes.
-Você sim. É toda uma mulher -observou ele com suavidade.
Ao Lexi deu um tombo o coração pelo inesperado calor e a tom sensual. preparou-se
para enfrentar-se à ira que saberia provocaria sua visita. Mas não se preparou para a
possibilidade de que surgissem outras emoções.
E de repente, Jake ficou de pé.
-Bom, tenho que sair já.
-Esperarei-te fora.
Lexi se levantou da cadeira e partiu.
Uma vez fora, respirou profundamente o ar fresco e tratou de acalmar os batimentos do
coração de seu coração.
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Nenhum homem tinha direito a estar tão sexy... especialmente com esse disfarce.
Dentro, Jake se atou os cordões das sapatilhas de esporte que usava para trabalhar.
passou-se uma mão pelo cabelo enquanto se com a outra se dava uma massagem no nó que
lhe estava formando no estômago. Não podia acreditar que ela estivesse aí.
Lexi Conley... Tinha tido dezenove anos tenros e trementes a última vez que ele a tinha
visto, tão doce e tentadoramente maravilhosa que quase lhe rompia o coração olhá-la. Com
seu corpo de menina e sardenta inocência, tinha devotado salvação a sua alma faminta, e
ele tinha fugido dela.
Agarrou sua caixa de maquiagem e a meteu em sua bolsa, fechou a cremalheira e a
pendurou ao ombro. Apagou a luz e ficou às escuras no interior, olhando-a, de pé fora sob a
suave luz do anoitecer. O corpo de menina tinha desaparecido, substituído por suaves e
voluptuosas curvas, mas ficava algo da sardenta inocência.
Seu cabelo negro, liso e comprido, brilhava radiante. Seus olhos, um marrom exótico e
quente. olhavam à distância, como se estivesse perdida em seus pensamentos. E seu lábio
inferior... Não, não podia pensar em seus lábios. Tinham sido sua perdição a última vez.
Saindo e fechando a porta da caravana, Jake se baixou o chapéu sobre os olhos.
-Bom, espero que desfrute de do rodeio -disse passando ao lado do Lexi-. Crie que pode
voltar sozinha aos degraus?
-Bom, sim, mas...
-Sinto muito, mas sou um trabalhador e chego tarde.
Lexi lhe seguiu obstinada.
-Esperarei-te até que acabe.
Ele negou a cabeça e caminhou mais depressa.
-Saio para a seguinte cidade assim que termine.
-Seguirei-te se tiver que fazê-lo -disse ela com decisão.
Dando-se conta de que não ia render se, Jake se deteve.
-O que é tão importante, Lexi?
-É papai. Está doente.
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A frase foi como um murro para o Jake. Frank Conley era um homem muito duro. Não
o tipo de pessoa que reconhecesse facilmente uma enfermidade. Mas Jake não queria
mostrar o muito que lhe tinha impactado a notícia.
-Bom, sinto ouvir isso, Lexi. lhe diga ao Frank que lhe terei presente em minhas
orações.
Quando Jake seguiu caminhando, Lexi lhe agarrou do braço e atirou dele com
surpreendente determinação.
-Ele quer algo mais que isso, Jake.
Em seus olhos cor canela, ele viu medo.
-Sinto muito, Lexi -repetiu Jake brandamente-.Sinto-o de verdade, mas não posso lhe
oferecer nada mais.
-Não me rendo tão facilmente -advertiu-lhe. -Está perdendo o tempo. Sabe. Sabia
inclusive antes de vir.
Maldito seja, Jake Thorn -disse Lexi fechando o punho sobre sua camisa e lhe
bloqueando o caminho-. Meu pai não vai morrer por sua culpa.
A fúria feroz de sua voz era surpreendente, mas foi a lágrima que escapou pela
extremidade do olho o que quase foi a perdição do Jake.
- Ah, Lexi -murmurou suspirando e lhe tirando a lágrima com um dedo-. Não me faça
isto. Já sabe o que quero a esse homem.
-Então, lhe ajude -suplicou-lhe-. Tudo o que te pede é que te ocupe de seu rancho
durante uns meses enquanto lhe operam.
-Ele não me necessita. Há outros homens que podem fazê-lo.
-claro que sim, mas já conhece meu pai -insistiu Lexi com desespero-. Não quer a
ninguém mais. Quer a ti, Jake.
-Jurei que nunca voltaria.
-Quer dizer que deixará a papai morrer antes de voltar por um estúpido juramento do
que não se preocupa ninguém mas que você? -perguntou furiosa.
-É mais que isso, e você sabe. Frank se operará e ficará bem -sentiu-se debilitar, e se
separou dela, arrancando um botão da camisa no processo--. E eu não estarei ali -disse por
cima do ombro enquanto partia antes de que trocasse de opinião.
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-Não te terminado contigo, Jake Thorn.
Ele se girou para olhá-la.
-Bem -gritou-. Mas por agora sobe aos degraus. por aqui vai passar agora todo o gado, e
ficará apanhada se não te aparta.
Com isso, Jake girou e partiu.
Uma hora depois, Lexi seguia furiosa, consigo mesma e com ele. Não tinha esperado
que Jake fora mais receptivo do que o tinha sido. mas não tinha que ser tão cabezota. Se
tivesse sido algo mais sensato, ela nunca teria perdido a calma e se pôs a gritar.
Mortificada pela lembrança, cobriu-se a cara com as mãos e desejou poder retroceder
no tempo. Nunca deveu ter ido a essa caravana. Aí foi quando tudo foi mau. Deveria ter
esperado até que Jake tivesse estado sozinho e ter apelado A...
Ter apelado a que? A sua bondade? Deveria estar agradecida de que não queria voltar
com ela ao rancho. Exceto por um velho teimoso, ninguém queria ao Jake no rancho.
Lexi ficou de pé ao ver dois palhaços detrás das barreiras junto às rampas. Esperando
que um fora Jake. começou a descer dos degraus para fazer uma súplica mais.
Ao descender, estudou ao grupo de homem detrás das barreiras, dois deles vestidos de
palhaços e o resto com jeans e botas. Como os atletas antes de qualquer competição,
começaram a estirar-se, a esquentar e Lexi pensou no estranho de que Jake, um cavaleiro
que tinha colhido muito troféus, converteu-se em palhaço de rodeio.
Deixando a um lado esses pensamentos, desejou
lhe haver emprestado mais atenção ao lhe haver visto antes, já que os dois homens
tinham a mesma maquiagem e roupa, e ela não podia saber qual era Jake.
Detendo-se na base das escadas, Lexi olhou aos homens mais atentamente. As pernas
largas do Jake, seus movimentos fluídos e seus largos ombros, eram inconfundíveis.
Com os anos, seu corpo alto e magro se tornou musculoso, mas o tempo não lhe tinha
feito perder seus movimentos felinos, igual ao tempo tampouco parecia ter apaziguado o
nervosismo que ela sentia ao vê-lo. Mas não. Era impossível que seguisse querendo-o.
Passaram minutos enquanto lutava por controlar suas lembranças. Respirando
profundamente, aproximou-se um pouco mais, sentindo os joelhos de borracha.
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A uns metros, levantou a vista e viu o Jake olhando-a. Não parecia feliz com a idéia de
uma segunda discussão, mas tampouco parecia que fora a escapar. Lexi não estava segura
de que fora a lhe sair a voz quando chegasse, mas ia dizer o que tinha ido dizer, embora
tivesse que usar a linguagem das mãos. Com decisão chegou ao bordo da barricada e Jake
deixou os outros para aproximar-se dela.
-Tem uns minutos? -perguntou ela em voz tão baixa que apenas se ouviu-. Eu gostaria
de falar contigo.
-Lexi...
-Sinto muito -interrompeu-lhe-. Estava furiosa e hei dito algumas costure que não devi,
e não disse nada do que queria dizer.
Jake seguiu sem olhá-la.
-Não, Lexi...
-Por favor... por favor --repetiu Lexi, recordando que seu pai era a única razão de que
ela estivesse ali.
-De acordo - disse Jake-. O que?
Lexi olhou detrás dele, e encontrou a todos os jeans olhando de esguelha.
-Em privado -sussurrou.
-Tenho que estar preparado dentro de uns minutos-Que tal logo?
Ela tinha que seguir adiante enquanto ainda tivesse coragem. Jake não o ia fazer mais
fácil depois.
-Só vêem comigo a alguma parte onde não esteja olhando ninguém -rogou-lhe.
Jake franziu o cenho.
-Vamos.
Jake a agarrou do braço com mais suavidade da que ela tinha esperado e a levou até o
estacionamento. Então a soltou e a olhou.
-Está bem aqui? -perguntou abruptamente.
-Se ela tentou não intimidar-se pela dureza de seu tom.
-Bom, fala -ordenou-lhe.
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-Poderia ser um pouco mais simpático.
Jake suspirou e olhou aos focos brancos piscando contra o céu negro.
-Isso não nos faria isto mais fácil para nenhum, Lexi.
-Não sei por que isto é tão duro -disse ela frustrada . Uma vez fomos amigos.
-Fomos muito mais que amigos uma vez.
A repentina suavidade de sua voz levantou um montão de emoções no Lexi. Tudo o que
tinha querido evitar se estava dando procuração dela.
-Só uma vez --disse ela brandamente-. Não estava segura de que você o recordasse.
-OH, sim que o recordo. Às vezes penso em fragmentos dessa noite - ao falar seu dedo
se enrolou em uma mecha de seu cabelo--. de vez em quando -o reverso de sua mão roçou
seus peitos e continuou descendo por seu cabelo que terminava justo sobre sua cintura- .
Nos momentos e nos lugares mais inoportunos... Como agora -levantou-lhe o queixo-. É
estranho os truques que joga a mente.
Enfeitiçada e com os joelhos como pudins, Lexi evitou cair entre seus braços com
grande esforço.
-Jake...
-Mas não é disso do que vieste a falar, verdade?
-Não.
Jake apartou a mão, rompendo o feitiço.
- Bom, do que vieste a falar? Lexi respirou profundamente.
-De papai.
-Já falamos que ele.
- Não me perguntaste o que lhe passa.
-De acordo, o que lhe passa?
Sentindo como se estivesse golpeando-a cabeça com um muro, Lexi continuou. -Precisa
operar do coração.
-Sinto muito ouvir isso.
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-Necessita-te, Jake! -exclamou, incapaz de acreditar a frieza que ouvia em sua voz.
-Está seguro de que é ele quem me necessita. Lexi? - perguntou Jake.
-O que... o que quer dizer? --balbuciou Lexi. -Sinto muito. Pensei que estava muito
claro. O que quero dizer é se for Frank quem me necessita tão desesperadamente, por que te
enviou? E realmente te enviou ele?
O tom insolente do Jake não fez nada poi acalmar a fúria que crescia dentro do Lexi.
Olhe, se estiver sugiriendo que vim por mim.. -Estou sugiriendo que é possível disse
trocando seu tom de aborrecimento a sedução-. Igual a é possível que eu não seja o único
que pense nessa noite de vez em quando. Ao melhor você também pensa nela. Ao melhor...
Lexi apartou a mão que acariciou seu queixo.
-Olhe, Jake. Pedi-te que viesse para poder me desculpar por ter perdido o controle
antes. Mas se me toca... -apartou-se e levantou um dedo ameaçador-, não vou desculpar me
pelo que faça depois.
O tom rouco da risada do Jake lhe sentou muito mal, como uma bofetada.
--Né, tranqüila -disse ainda com tom divertido-. Só estava especulando. E
aparentemente me equivoquei.
Lexi estava confundida, entre furiosa e decepcionada, e não sabia o que dizer.
-Suponho que seu pai estaria muito doente para vir até aqui -sugeriu Jake gentil no que
foi um intento de desculpar-se.
-Logo que pode valer-lhe sozinho - -disse Lexi com tristeza-. Esta manhã tentou ir
caminhando até o celeiro, e um par de ajudantes lhe encontraram sentado a um lado da
estrada, a ponto de deprimir-se. Levaram-lhe de novo à casa.
Embora o tentava, Lexi não podia parar o tremor em sua voz.
-Estou muito assustada de que possa morrer, Jake. Não sei o que faria.
Ela não pretendeu soar débil. Não tinha ido ali a pedir esmola, mas isso era o que
parecia estar fazendo... uma e outra vez.
Então, os braços fortes do Jake a rodearam e ela descansou a cabeça contra seu peito.
-Deus, Lexi... O que passa é que me traz lembranças.
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Seus dedos passaram entre seu cabelo, acariciando, acalmando. A mão em suas costas
sujeitou com mais força da que devesse. E repentinamente, soltou-a.
-Sinto muito, Lexi. Faria algo pelo Frank se pudesse, mas não posso fazer o que me está
pedindo. Não posso voltar.
Sem deixá-la tempo para responder, Jake girou e partiu para o arena com grandes
pernadas, mais e mais longe dela.
Lexi lhe viu partir, com a tristeza apoderando-se dela, recordando que ela e Jake tinham
sido uma vez os melhores amigos e que ela tinha sido a que tinha trocado isso. Mas ele se
equivocava em uma coisa. Lexi não pensava naquela noite. Tinha mantido a lembrança a
raia durante muitos anos, e ele havia o tornado a recordar com todo detalhe.
Capítulo 3
QUÉ faz aqui tão sozinha? -perguntou Aaron detrás dela.
Soltando um grito, Lexi se deu a volta. -iAaron, assustaste-me!
Ele sorriu.
-Sinto muito. Bom, conseguiste algo desse cabezota?
-O que?
-Está tentando que Jake volte contigo para rancho, não?
Lexi ficou pasmada. -Como sabe?
-Aqui somos uma pequena comunidade com grandes brinca.
-E aparentemente uma boca maior ainda. -E um grande coração também. Jake tem
muitos amigos aqui.
-Não lhe estou pedindo que faça nada que possa lhe fazer danifico --defendeu-se Lexi.
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-OH, estou de acordo. E se lhe importar algo minha opinião, eu lhe animarei a que vá
contigo.
-De verdade?
-Claro. Dolores já não vive ali. Não sei qual é o problema então.
-Bom, suponho que teria que faltar ao trabalho. Ao melhor não quer fazê-lo.
-Pois os médicos levam os últimos meses tentando que o deixe.
-Sério?
-Sim. Tem o ombro mau e não melhora. Não deixam de lhe dizer que terá que operar-se
se não descansar e se cura.
-Então, por que não o deixa?
-Oxalá soubesse -encolheu-se de ombros-. O único que me ocorre é o dinheiro. Jake não
quer nem ouvir falar do tema. Se eu o mencionar, enfurece-se e parte.
Minutos antes, Lexi se tinha resignado a entrar em seu carro e partir, mas nesse
momento sabia que não podia fazê-lo. Ainda não. Jake necessitava o trato que lhe estava
oferecendo seu avô tanto como seu avô necessitava que Jake o aceitasse.
-Aaron, pode me levar até onde está Jake?
-Posso te levar perto, mas agora está em meio da areia dando a volta com um touro.
Lexi franziu o cenho preocupada, ouvindo na distância os gritos e Palmas do público.
-Não se preocupe -assegurou-lhe Aaron ao vê-la-. Jake é um veterano. Sabe o que faz.
-Sei -disse Lexi, não tão segura.
Tinha estado em muitos rodeios para saber que só um dos palhaços era o gracioso, que
ficava fora enquanto o touro estava no arena. Os outros dois, eram os que ficavam entre o
touro e o cavaleiro quando o vaqueiro caía.
Para os jeans dos rodeios, esses dois palhaços eram Santos, e não lhes chamava
toureiros por nada. Supunham a diferença às vezes entre a vida e a morte.
-Vamos? - perguntou Lexi, ansiosa por ver o Jake a salvo com seus próprios olhos.
-Claro.
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Agarrando-a do braço, Aaron a guiou rapidamente entre a multidão até que chegaram
às barricadas a um lado do arena.
Com o coração na garganta, Lexi observou o panorama.
O vaqueiro estava a ponto de sair, agarrando-se ao touro só com uma mão enluvada
sujeita fortemente a uma corda atada do lombo do animal, dando um par de voltas na mão
com a corda restante, e apertando os joelhos também para sujeitar-se. Com o coração
acelerado, Lexi olhou ao outro lado do arena e viu o Jake. Tinha os pés separados, as
pernas flexionadas, a postura de um guerreiro a ponto de saltar.
Imediatamente seguinte, o vaqueiro fez um gesto com a cabeça, assinalando assim
estava preparado para sair. A porta se abriu, e ele apareceu galopando sobre uma massa
musculosa e raivosa. Pela primeira vez em sua vida, Lexi não agüentou a respiração pelo
vaqueiro, mas sim pelo palhaço disposto a arriscar seu próprio pescoço por ele.
Apenas se deu conta quando o vaqueiro saiu disparado para diante e aterrissou sobre a
areia. O touro continuou bufando e correndo. O vaqueiro conseguiu ficar de pé e pôr-se a
correr para refugiar-se, com o touro detrás, preparado para investir.
Então, quando o touro baixou a cabeça e apontou com um corno para as costas do
cavaleiro, um chapéu chegou voando pelo ar e lhe caiu ao animal na cara, lhe fazendo girar
bem a tempo para que cl vaqueiro saísse do arena e ficasse a salvo.
Sem chapéu, Jake ficou a correr diante do touro, lhe levando para o centro do arena.
antes de que o animal pudesse lhe alcançar, o outro palhaço lhe atirou um boneco de trapo.
O animal o agarrou entre os chifres e o jogou várias vezes no ar, entrando assim
docilmente pela porta, que se fechou atrás dele. O público assentiu entusiasmado e os
palhaços fizeram uma reverência.
Enquanto isso outro vaqueiro se estava preparando, comprovando bem as cordas e
assegurando-se ao touro. Fez um gesto com a cabeça e se abriu a porta.
O touro, cinza e negro e maior que o anterior, saltou para frente, sem parar de saltar.
Antecipando o final, os dois palhaços se aproximaram. Então o animal começou a girar e a
girar.
Lexi estava apertando sem dar-se conta o braço do Aaron.
Não se preocupe, Lexi, estará bem. Faz isto cada noite, Y... OH, não!
-O que? -gritou Lexi histérica.
Vendo que Jake estava a salvo, olhou ao touro. E então viu o que acontecia.
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O vaqueiro tinha deixado de estar sentado sobre o touro e pendurava de um braço da
corda atada ao lombo do animal. Seus pés se arrastavam pela areia e sua cabeça se golpeava
com os ombros do touro.
-por que não pode soltar-se? -perguntou Lexi. -Lhe enredou a corda. - Isso já sei.
Mas por que? Aaron se encolheu de ombros impaciente.
A atou mau, muito forte, deu muitas voltas. Quem sabe?
E o que passa se não se solta?
- Não pergunte isso lhe disse Aaron muito sério.
Enquanto o touro girava, os dois palhaços se aproximaram pelo lado oposto de onde
pendurava o
vaqueiro para tentar lhe soltar, mas não puderam.
O touro seguia dando voltas, mais e mais rápidas, e todo o peso do homem pendurava
de seu braço. Enquanto suas botas se arrastavam pela areia, suas pernas se meteram sob o
estômago do animal, diretamente diante de seus pezuñas.
O homem, vapuleado como um boneco de trapo, parecia mais e mais fraco a cada
momento, e os palhaços seguiam sem poder lhe liberar.
Quase com medo de olhar, Lexi se forçou a fixar-se no desesperado vaqueiro e nos
homens lutando por lhe liberar. Jake deu um passo atrás e separou as pernas, preparado
para saltar. Saltou no ar justo quando a cabeça do touro girou diante dele.
Lexi gritou quando seu corpo aterrissou plano no estreito espaço entre os largos chifres
do touro. Com um movimento perfeito, seus largos braços se agarraram a suas curvas
mortais. Enquanto empurrava para baixo com todo seu peso, suas sapatilhas se cravavam na
areia freando para deter o furioso animal.
No mesmo instante, o segundo palhaço se tornou sobre o flanco do touro, tentando
desenredar a corda da luva. Então os dois palhaços foram lançados à areia, e seus corpos
rodaram pela força do golpe. Imediatamente ficaram de pé e se prepararam para tentá-lo de
novo.
Jake saltou mais alto a segunda vez, agarrando-se com mais força dos chifres enquanto
de novo usava seu corpo como freio para deter o touro.
Com uma resistência incrível, o vaqueiro ficou de pé justo o tempo necessário para
trabalhar com seu braço livre na corda junto com o segundo palhaço.
Lexi rezou para que essa vez o conseguissem. Então o vaqueiro escorregou de novo e
suas pernas se meteram sob a tripa do touro.
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E nesse momento, de novo os dois palhaços saíram voando pelo ar, e Jake caiu ao chão
com um grande golpe e ficou aí jogado uma milésima de segundo antes de ficar de pé antes
de que a cabeça do touro passasse de novo junto a ele.
Lexi quase pôde ouvir o rangido das costelas do Jake quando seu corpo se golpeou de
novo na estreita abertura entre os chifres. Cravando os talões, ficou assim com o que ficava
de força.
Essa vez o vaqueiro conseguiu ficar de pé durante duas largas pernadas. E sem o peso
do homem atirando da corda, o outro palhaço pôde dar um puxão forte. A corda caiu à
areia, e o vaqueiro a seu lado.
Então, com o instinto de sobrevivência que tinha feito viver a mais de um vaqueiro,
reuniu forças para rodar três vezes e aproximar-se da cerca. Todo mundo aplaudiu
frenético e meia dúzia de jeans saltaram para lhe tirar do arena e ficar a salvo.
Lexi apenas os viu. Estava muito ocupada olhando ao Jake. Soltando os chifres do
touro, aterrissou de pé e se tornou para trás. Até que o vaqueiro estivesse a salvo e o touro
de volta ao toril, o trabalho dos toureiros não tinha terminado, e esse touro ainda queria
briga.
O animal se deteve, baixou os chifres e chutou o chão. Sua pesada cabeça girou de um
lado a outro, sem saber a qual investir primeiro. O segundo palhaço olhou ao Jake que não
parecia muito firme e tirou um lenço vermelho do bolso, agitando-o em sua direção e lhe
gritando.
O animal deu um passo atrás, ainda inseguro. Sentindo que a primeira fúria do touro
estava esfriando-se e que a gente necessitava uma distração depois do susto, Jake tirou
outro lenço vermelho e se uniu a seu companheiro.
Soltando um bufido final de desgosto, o touro de repente dócil, girou e trotou pela porta
aberta detrás dele enquanto o público ficava de pé e aplaudia emocionado. Jake e seu
companheiro se guardaram os lenços e fizeram uma reverência. Embora Jake estava muito
rígido e apenas se dobrou.
Enquanto a gente seguia aplaudindo, Jake se aproximou devagar a recolher seu
sombreio. inclinou-se para agarrá-lo e então se desabou.
-ficará bem -assegurou-lhe Aaron enquanto levava ao Lexi até a caravana do médico-.
Possivelmente será seu ombro.
-Está seguro de que me deixarão entrar em vê-lo? -perguntou Lexi sem fôlego pelo
esforço de lhe seguir.
-OH, sim. Direi-lhes que é sua irmã.
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-0h, Aaron -gemeu Lexi revivendo o horror que acabava de presenciar-. Poderia ter
morrido.
-E se não tivesse sido pelo Jake e Pete, isso teria acontecido certamente. Mas para isso
estão os palhaços, para salvar aos jeans... -disse olhando-a zombador --. OH, mas não
estava perguntando pelo pobre Billy, verdade?
Não -Lexi se sentia envergonhada por não haver nem pensado nesse pobre moço-. Mas
como está Billy? Sabe?
Parecia um pouco conmocionado, mas nada grave. Os jeans são duros. Em um par
de dias estará trabalhando de novo.
-por que o fazem?
-O que.
-Isto! -Lexi abriu os braços fazendo um gesto a tudo o que lhe rodeava-. Não há
dinheiro nisto. Um contável meio ganha mais. Não há fama. Inclusive embora seja um
campeão como foi Jake, ninguém te conhece fora dos rodeios. E em quando ao glamour...
só há aroma de cavalo e pó.
-Bom... embora todo isso se verdade -disse Aaron brandamente-. Jake o ama e você o
ama a ele.
-Não! -protestou Lexi.
-OH, sim -lhe agarrou a mão e lhe deu um tapinha-. por que crie que te recordo tão bem
depois de tantos anos? por que pensa que te levei com o Jake sem te fazer nenhuma
pergunta? Porque, querida Lexi, a primeira vez que te vi olhar ao Jake, disse-me que se
alguma vez alguém me olhava com esse amor em seus olhos, poderia morrer feliz.
-Isso foi faz muito tempo -defendeu-se Lexi sem olhá-lo.
-Sim, foi. Por isso é muito mais comovedor ver que o amor segue aí.
-Não! -Lexi apartou a emana--. Importa-me Jake, mas não o amo. Há uma grande
diferencia.
-Né, tranqüila, Lexi. Não queria te incomodar.
E nesse momento, abriu-se uma porta detrás dela, e se ouviram vozes.
-Por isso a mim respeita pode ir ao inferno! -gritou uma mulher.
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A porta se fechou de novo e se ouviram passos partindo pelo cascalho. Lexi cheirou o
forte perfume antes de girar-se e ver o Louanne Byers passar a seu lado.
-Louanne, como está Jake? -perguntou-lhe Aaron.
A mulher lhe respondeu sem deter-se.
-Como uma serpente. Espero que se remoa.
Deveria fazer que me examinassem a cabeça poi me haver importado que estivesse vivo
ou morto. Juro-te que não vi nunca a ninguém tão podre.
E suas palavras se desvaneceram enquanto desaparecia na escuridão sem olhar atrás.
-Parece que está bem -disse Aaron-. Bom, acredito que esperarei fora para que possa
falar com ele.
-Covarde.
-me permita.
Aaron lhe abriu a porta, e lhe deu um suave empurrão para ajudá-la a entrar. Lexi se
encontrou cara a cara com um Jake furioso e um médico surpreso enquanto a porta se
fechava atrás dela.
-OH, perdão -disse olhando ao doutor-. Só devia ver como estava.
-Você é...? -perguntou o doutor com uma seringa de injeção na mão.
-Sou... uma velha amiga -balbuciou-, de... da família. De fato quase sou um familiar.
Sou seu... cunhada. Bom, era-o -terminou, envergonhada por explicar-se tão mal.
Não havia nada simples em sua relação com o Jake.
Tudo o que havia dito era certo, mas... O doutor se girou para olhar ao Jake.
-Conhece esta mulher?
-um pouco.
-Quer que fique?
Os olhos verdes do Jake olharam ao Lexi com frieza.
-Não me importa. De momento.
-Bem. Voltarei em seguida. Quero ver esses
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raios X -disse o doutor deixando a seringa de injeção em uma bandeja de metal detrás
dele e dirigindo-se ao Lexi-. Há alguém que possa lhe ajudar a ir a sua caravana quando eu
tenha terminado?
Há um amigo esperando fora.
-Bem -o doutor olhou ao Jake-. Enquanto isso, não se mova.
Com isso, o doutor entrou por uma cortina ao fundo da habitação, deixando-os
sozinhos.
Lexi ficou aí de pé, incômoda e desconjurado, desejando não ter ido. Queria lhe dizer
ao Jake quão impressionada estava pelo que ele tinha feito. Nunca tinha visto ninguém
fazer algo tão valoroso nem aterrador.
-Suponho que soei bastante estúpida faz um momento -disse em seu lugar.
-Ora... Uma das coisas que sempre admirei que ti é que não sabe mentir.
-Não menti.
-Não, mas você gostaria.
-Bom, sim --admitiu Lexi-. Até que te ouvi lhe gritar ao Louanne, esperava que seguisse
inconsciente. Planejava lhe dizer ao médico que era sua irmã para que me deixasse ficar
-sentiu-se avermelhar de novo-. Mas por desgraça estava acordado. E me olhando. Dava-
me conta muito tarde que não me tinha preparado para isso.
-por que está aqui, Lexi? -perguntou Jake brandamente.
Ela deixou de olhar ao chão e se fixou nele. Sustirantes penduravam um a cada lado da
maca. Sua camisa parecia um novelo no chão, suas enormes calças desabotoadas e
baixados até os quadris, expondo um moratón no osso do quadril.
-Queria ver como estava -respondeu devagar.
Seu olhar se posou na atadura que rodeava suas costelas e o tipóia azul que sujeitava
seu braço direito.
-Qual é sua opinião?
-Parece bastante feito pó.
-Sinto-me feito pó -disse irônico-. Alguma outra observação?
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Lexi baixou o olhar a uma feia ferida que aparecia entre os suaves cachos de seu
peito e aos cachos castanhos que baixavam até a atadura rodeando a costelas e saíam de
novo mais abaixo sobre seu umbigo.
Assinalou a atadura.
-Te vai doer quando lhe tirarem isso.
-Isso não o tinha pensado --disse ele olhando-a
Mas possivelmente tenha razão -levantou a cabeça de novo e a olhou com dureza-. Algo
mais?
Lexi desejou não ter aberto a boca. Tinha visto o Jake sofrer antes, e sabia que não era
inteligente lhe oferecer compreensão nem converter-se no branco de sua fúria.
-Não.
-Bom, senhor Thorn -disse o médico aparecendo-. Parece-me que é você um homem
afortunado -mostrou-lhe uma radiografia- . Só umas poucas costelas fraturadas, e o resto
machucadas. O esterno se golpeou, mas se curará antes que as costelas. E também doerá
menos. Além disso, seu ombro direito está muito pior que antes, mas se tomar cuidado,
ainda pode evitar a operação.
-Isso é sorte? -perguntou Lexi devagar.
-Estupendo -grunhiu Jake-. Quando posso voltar a trabalhar?
-OH, eu diria que dentro de dois meses como mínimo. Pode que três.
-O que... ?
Ao meio falar, Jake ficou quieto. O ar saiu dele em um suspiro comprido e doloroso.
Estendeu os dedos, jogou a cabeça para trás, mas não podia endireitar-se, tombar-se nem
mover-se.
O doutor deixou a radiografia na mesa e agarrou a seringa de injeção que tinha cheio.
Olhou ao Lexi.
É muito grande seu amigo?
-Enorme.
O doutor sorriu.
Bem -limpou com um algodão uma zona no braço do Jake- . Não deve fazer
movimentos bruscos em duas ou três semanas como mínimo. Essas costelas vão ser
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implacáveis ao princípio -cravou a agulha- . Sentirá-se melhor com isto. Quer tentar
tombar-se enquanto lhe faz efeito?.
-Não poderia me mover embora tivesse que fazê-lo -ofegou Jake.
Lexi teve que forçar-se a ficar quieta. Não podia ajudar. Ele estava ferido em tantos
lugares que não havia nenhuma zona que ela pudesse tocar sem lhe causar mais dor.
-Poderíamos lhe ajudar a tombar-se se quiser --disse o doutor--. Embora tenha que lhe
advertir que voltar a levantar-se não será agradável inclusive
com o analgésico.
-Não posso ficar assim durante dois meses--grunhiu Jake com os dentes apertados.
- Não tem outra opção, filho. Tem sorte de que não lhe hospitalize. Mas estou seguro
de que se o fizesse não ficaria.
-Não se equivoca --grunhiu Jake.
Sonriéndole e sem sentir-se intimidado, o médico se voltou e escreveu uma receita.
-Estes dois medicamentos tomará até que se terminem. Assim que esteja instalado em
algum lugar, quero que vá a outro médico, a semana que vem como muito tarde. vai
necessitar que alguém fiscalize sua recuperação.
-Diabos, doutor! --exclamou Jake com toda a fúria que pôde-. O que vou fazer assim?
-Cheirar as rosas, ler um livro, ver crescer a erva... O que tem que você, jovencita?
Tem alguma influência nele?
-Não que eu saiba -Lexi se aproximou um pouco, pensando rapidamente-. Poderia
ocupar-se de papelada relacionada com o controle de um rancho? Já sabe, ser o
encarregado sempre que houvesse um capataz para levar a cabo suas ordens.
-Não vejo nenhum problema -disse o doutor lhe dando ao Lexi a receita-. Ocupe-se
de que segue minhas indicações. E não quero que suba em um cavalo ao menos durante
seis semanas.
-Eu não vou com ela -Jake estendeu a mão esquerda para o Lexi-. Me dê essa receita.
-Não -Lexi se meteu o papel no bolso-. E virá comigo. É a solução perfeita para todos.
Poderá substituir a papai enquanto os dois lhes recuperam. Terá uma casa, um salário e
gente que te cuidará até que esteja melhor.
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-por cima de meu cadáver. Não vou voltar -baixou a mão e a voz de repente-. O que
me passa? -umedeceu-se os lábios-. Não me sinto muito bem.
Preocupada, Lexi olhou ao médico.
- É a injeção. Dormirá tranqüilamente toda a noite.
Jake olhou ao médico.
-Quer dizer que me deixou fora de combate? -perguntou em um sussurro.
Temendo que Jake se deprimisse antes de que pudessem lhe mover, Lexi correu à porta e
a abriu.
-Aaron? -suspirou aliviada quando apareceu de entre as sombras com outros dois jeans
-Pode levar ao Jake a meu carro?
-Claro -disse ele subindo à caravana-. Não posso acreditar que tenha acessado.
Jake moveu cambaleante a cabeça para a porta, com fúria no olhar.
-Estou sendo seqüestrado -murmurou com voz sonolenta e cansada.
-O que? -perguntou Aaron agarrando com cuidado ao Jake entre seus braços.
-Está sendo seqüestrado -repetiu Lexi-. Sabe onde estão o resto das coisas do Jake?
Olhou a camisa do chão e decidiu deixá-la. Não era mais que um farrapo.
-Estão em meu caminhão. Estávamos viajando juntos -disse Aaron baixando as escadas
detrás do Lexi e seguido dos outros jeans.
-Bem. Eu as recolherei quando lhe tivermos metido no carro -disse ela caminhando
para o estacionamento- . Menos mal que não tenho o carro muito longe.
-O que lhe passa?
-Costelas, esterno e ombro. Fraturas, contusões e o ombro pior que antes, mas pode que
não faça falta operar. Mais múltiplos feridas e rasgões que o doutor nem comentou.
- Bastante mal, né? Quanto tempo demorará para ficar bem?
-Dois ou três meses.
-Vá, arrumado a que Jake rugiu.
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-Tentou-o, mas lhe doía muito. Chegaram ao carro, ela abriu a porta do copi
lótus e jogou o assento para trás tudo o que pôde. Aaron e os outros jeans colocaram ao
Jake brandamente e lhe puseram o cinturão. Jake gemeu mas não despertou enquanto Lexi
fechava a porta e se dirigia a seu assento.
Aaron a seguiu.
-Assim Jake não acessou a te acompanhar, verdade?
-Não Lexi abriu a porta e olhou ao homem dormido-. Mas me levo isso.
Será um inseto com más pulgas quando despertar pela manhã.
-Eu lhe cuidarei bem, Aaron.
-Sei. Se não pensasse que isto é o melhor para ele, não te estaria ajudando. Passasse o
que acontecesse o rancho faz tantos anos, seja o que seja do que ele esteve fugindo após,
precisa voltar e enfrentar-se a isso.
Eu só necessito que ele se ocupe de tudo durante uma temporada -disse Lexi sem querer
remover o passado.
-Só espero que não vivamos para nos arrepender de lhe forçar a ir. Bom, vemo-nos em
meu caminhão. É aquele velho negro estacionado aí em frente.
Lexi arrancou e se aproximou devagar ao caminhão. Enquanto Aaron jogava as coisas do
Jake ao porta-malas, Lexi se disse que nunca deveu ir buscá-lo, e quando ele declinou sua
oferta, ela não deveu ter insistido. Durante onze anos se havia dito que ele nunca voltaria
para rancho, que ela não queria que o fizesse. Lexi era feliz. E apesar do que seu pai
pensasse, o último no mundo que ela precisava era a presença do Jake agitando as águas.
E nesse momento o ia levar pela força, drogado e seqüestrado. Teria sorte se Jake não a
denunciava.
Quando Aaron terminou, deu-lhe adeus e partiu. Só na intimidade de seu carro, Lexi se
inclinou para o Jake e respirou profundamente, aspirando aromas que faziam difícil ignorar
sua presença; uma suave colônia mesclada com o aroma nada desagradável do suor, terra, e
calor corporal que criavam um aroma poderoso e único.
Com a palma da mão, acariciou seu braço, sentindo a força dos músculos. Incapaz de
resistir, acariciou os duros contornos de seu peito. Sob a mão, podia sentir os batimentos do
coração fortes e regulares de seu coração, um coração que a odiaria à manhã seguinte.
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Ela o tinha amado uma vez, e durante um momento, Lexi se permitiu recordar aqueles
dias quando ele o tinha sido tudo para ela. Seus lábios roçaram seus ombros, saboreando o
gosto salgado do suor, e lágrimas amargas encheram seus olhos.
-Jake, sinto muito -sussurrou--. Isto nunca deveria ter passado. Eu nunca devi fazer isto.
Mas não pude evitá-lo.
Dando-se conta de que estava falando sozinha, endireitou-se e respirou profundamente.
Estava desculpando-se, e Jake não era precisamente um santo, e além disso, ele o devia.
Devia-lhe onze anos de especular. Devia-lhe "a manhã depois" que Lexi nunca teve. E essa
vez, ele não partiria até que saldasse sua dívida de algum modo.
Capítulo 4
C UIDADO com ele -disse Lexi aos três homens que levavam o corpo do
Jake enquanto entravam na casa . Especialmente com suas costelas e
ombros.
Na entrada estava seu pai. -A que dormitório?
-Aqui embaixo -disse Frank Conley de pé na
que sempre tinha sido a habitação do Jake-. Tenho aberto a cama.
Quando chegaram a seu lado, ele soltou um assobio. -meu deus, filha. Tão difícil foi lhe
convencer?
-Papai -disse Lexi com tom duro, mostrando que tinha tido um dia duro e comprido e
não estava de humor para brincadeiras.
-Sério - insistiu Frank ficará bem? O que lhe passou?
Ocupando-se de que os homens deixassem com cuidado ao Jake na cama, Lexi se
esfregou os olhos.
OH, um vaqueiro se enredou na corda do touro. Jake esteve... fantástico -disse
avermelhando.
Para ocultar seu rubor, entrou na habitação e se dirigiu aos ajudantes.
-Terá que lhe tirar a roupa enquanto siga inconsciente. Podem lhe tirar as calças? São
largos, assim não será muito difícil.
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Enquanto os homens lhe baixavam as calças, Lexi lhe desatou as sapatilhas e as tirou.
-Minhas chaves seguem no contato do carro, John. Por favor, poderia tirar também as
coisas do Jake do porta-malas e as deixar no vestíbulo?
-Sim, senhorita Lexi -murmurou John enquanto lhe dava as enormes calças.
-Obrigado.
Lexi estudou as calças, manchados de sangue, terra e mil coisas mais, antes de dobrá-los
e pô-los em cima dos sapatos. Então, quando só ficava fechar a porta e tirar-se o Jake da
cabeça até a manhã seguinte, uniu-se a seu pai na porta.
-O que tem? -perguntou Frank-. Costelas fraturadas?
Ela assentiu.
-E muitas coisas mais.
Com a mão no pomo, levantou a cabeça e encontrou ao Jamie olhando do alto da escada,
com o rosto ansioso como o de um menino o dia de natal.
-É ele? -sussurrou.
-Sim -respondeu Lexi levando um dedo aos lábios--. Ssh. Não desperte, por favor. Não
estaria bem.
-Quais são as outras coisas? -perguntou-lhe seu pai.
-OH, a ver -seguiu enquanto seu filho descia pelas escadas-. Esterno machucado. Ombro
saído... o do tipóia. E muitas feridas e contusões.
-Poderá fazer algo?
Jamie chegou.
-me deixe vê-lo.
-Não -disse Lexi respondendo a seu pai e ausentemente pondo um braço no ombro de
seu filho-. Mas de todos os modos não tem que fazer nada além de sentar-se em uma
mesa, tomar decisões e dar ordens.
A desolação apareceu na voz do Jamie.
-É esse Jake? O que é isso? -perguntou assinalando à pintura suja e corrida no rosto do
homem dormido.
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Lexi passou os dedos pelo cabelo de seu filho, apartando-se o da frente e os olhos
enquanto seu pai reprimia a risada.
-É sua maquiagem explicou em um sussurro, esperando que Jamie não estivesse
decepcionado de seu herói-. Jake é um palhaço agora, coração.
-Um palhaço?
Ouviu a tristeza na voz do Jamie, mas simplesmente assentiu.
-Já sabe, um palhaço de rodeio. Não houve tiem
correio de tirar a maquiagem antes de que fôssemos ontem à noite.
-Maldição! -exclamou Jamie de coração.
Jamie!
Liberando-se da mão de sua mãe, girou furioso e entrou no dormitório.
-Jake não pode ser um palhaço. Ele era um campeão!
-Baixa a voz --ordenou-lhe Lexi lhe seguindo e lhe agarrando do braço e lhe girando-.
Agora me escute, jovencito -sussurrou com firmeza-. Jake salvou a vida de um vaqueiro
ontem à noite no arena. Fez algo muito valoroso, e poderia ter morrido fazendo-o.
Pela primeira vez desde que lhe tinha deitado, ela se permitiu olhá-lo, tentando ser
objetiva, tentando ver com os olhos de um menino ansioso por ver uma lenda feita
realidade. No peito do Jake e nos braços começavam a formar-se novos moratones.
-Você foste a rodeios suficientes vezes para saber que os palhaços trabalham tão duro
como qualquer -disse enquanto voltava para seu filho para que olhasse ao Jake--. Eles
arriscam suas vidas noite detrás noite sem pena nem glória e por muito pouco dinheiro.
Jake está orgulhoso do que faz e você também deveria está-lo.
-O que passou a suas calças? -perguntou Jamie. com a curiosidade substituindo à
decepção ao ver as cueca vermelhas do Jake que lhe cobriam da cintura até os tornozelos.
-Os tiramos para que esteja mais cômodo.
-Está muito mal de verdade?
-Não vai poder mover-se muito durante uma temporada -respondeu Lexi.
-Posso tocá-lo? perguntou Jamie aproximando-se da cama.
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-Esta noite não. Melhor manhã. Não queremos que desperte antes de tempo.
-Parece-me que Jake não está muito contente de ter tornado -observou Frank enquanto
Lexi tirava o Jamie da habitação.
-Não exatamente.
Agradecida pela interrupção, Lexi soltou ao Jamie e correu para a porta quando os
homens entraram com sua bagagem.
-Aí mesmo --disse assinalando um rincão.
-OH, e Tonio... -disse tirando-a receita do bolso-. Pode ir à farmácia assim que abram e
que lhe dêem isto? Pelo bem de todos acredito que o melhor é que Jake comece a tomá-lo
assim que desperte.
Sonriendo, Tonio se guardou a receita.
-Sim, senhorita Alexandra. E não se preocupe, lembrança o gênio do Jake como se fora
ontem. Necessita algo mais?
Nada. E obrigado Lexi sorriu aos três homens . Muito obrigado. Sinto muito haver
despertado em meio da noite.
-Não foi nada -disse outro fazendo um gesto com a mão--. Será estupendo ter ao Jake
de novo.
E despedindo-se, o trio partiu nas pontas dos pés.
-Alexandra? disse Frank Conley com autoridade.
-Sim?
-Temos que falar.
-Agora? -Lexi olhou para o corredor-. Onde está Jamie?
- Mandei-lhe à cama. E sim, agora.
-OH, papai...
Lexi estava muito esgotada para pensar. Olhou aos olhos de seu pai e soube que ele
estava mais cansado inclusive que ela. Seu rosto estava pálido e tinha olheiras.
-É muito tarde... Não podemos falar pela manhã?
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-O que queria dizer com «não exatamente»? -perguntou Frank como se não a tivesse
ouvido, agarrando-a do braço e levando-a ao salão.
-OH, não sei... -disse esfregando-os olhos-. Estou tão cansada que me dói a cabeça.
Quando o disse?
-Perguntei-te se Jake estava contente de ter tornado, e você disse que «não exatamente».
O que significa isso?
-Só significa que não estava muito iludido por vir aqui.
Esse tema não queria discuti-lo essa noite. Essa tarde suas ações lhe tinham parecido
lógicas, mas nesse momento, não tinha idéia de como justificar o que tinha feito.
Frank a soltou do braço e se aproximou da chaminé antes de girar e olhá-la.
-por que acessou a voltar contigo?
Bom, papai. lhe olhe... está ferido. Não pode trabalhar e não tem onde ir -Lexi se sentou
em uma cadeira antes de que suas pernas trementes lhe dobrassem. Não lhe dava bem
mentir.
-Crie que estará mais contente quando se tiver instalado? -perguntou Frank começando a
caminhar de um lado a outro-. Quero que esteja feliz. Quero que fique.
Vendo seu pai caminhar, Lexi se sentiu mais e mais irritável.
-Bom, não acredito que possa fazer nada a respeito, papai. Jake não é muito feliz vindo
aqui, ponto. Nem aqui nem em nenhuma parte. E não há nada que possamos faz para evitá-
lo.
-Mas ao menos acessou a vir -com um suspiro, Frank se sentou-. A verdade é que não
estava seguro de que pudesse consegui-lo.
-OH, isso não foi tão difícil. O doutor lhe injetou um calmante -disse ficando de pé
incapaz de olhar a seu pai-. Jake se deprimiu, e eu fiz que o levassem a meu carro. O mais
difícil será fazer que fique assim que desperte.
-Parece como se lhe tivesse raptado - brincou Frank.
Lexi deixou de caminhar.
-Eu não gosto de chamá-lo assim.
A expressão de seu pai passou de esperançada a surpreendida.
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-Lexi!
Papai, não Montes animo --disse voltando para a cadeira de balanço-. Estou esgotada,
e Jake não atendia a razões. Não me deixou outra opção. De todos os modos não pode
voltar a trabalhar em dois ou três meses. Isso é bastante tempo para que você te
recupere.
-Raptaste-lhe? - perguntou Frank incrédulo.
-Ajudaram-me. Todo mundo esteve de acordo em que era por seu bem.
-Certamente quando te propõe algo, não o deixa pela metade.
-Sou sua filha, recorda? Você não é exatamente um modelo de moderação. Além disso.
não o fiz a propósito. Aconteceu.
Frank sorriu com um brilho juvenil e pícaro em seus olhos.
-Bom, ao menos está aqui -o sorriso passou a uma risita-. OH, Jake vai estar furioso
quando despertar pela manhã.
Muito cansada para encontrar humor na idéia, Lexi assentiu.
-Isso espero. Você me deixe que eu me dele ocupe, de acordo? Eu me meti nisto e eu
sozinha sairei.
- O que você diga -Frank se levantou, deu-lhe um beijo na bochecha e partiu para a
porta-. Suponho que por esta noite já temos feito todo o dano que podemos. Até manhã,
filha.
-Papai?
Frank se deteve e a olhou.
-por que não me avisou?
-te avisar? Do que?
-Do Jake. Disse-me onde lhe encontrar, mas não te incomodou em me dizer o que estava
fazendo.
-E o que ia dizer te? Que Jake não é o homem que estava acostumado a ser, mas que
não deixasse que sua pena aparecesse em lhe ver? -Frank se encolheu de
ombros . Algumas costure é melhor não as dizer. Figurei-me que você o averiguaria
logo.
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-Eu não sinto pena por ele.
-Mas haveria sentido. Se o tivesse sabido, tivesse-o mostrado em sua cara, preparada e
esperando. Não poderia havê-lo oculto, e Jake se merece mais que isso.
-Sabe o que passou? -insistiu Lexi-. por que deixou de montar e se fez... toureiro?
-disse escolhendo a outra alternativa.
Frank se encolheu de ombros.
-Suponho que era muito velho. Muitas feridas. Mas o rodeio é tudo o que ele conhece. É
tudo o que tem.
-Não, não o é. Tem um rancho aqui perto. Não necessitaria tanto dinheiro para ocupar-se
dele de novo.
-Não sei -Frank se acariciou a ponte do nariz, um gesto de fadiga--. Não me pergunte .
lhe pergunte a ele... Ele é quem tem as respostas. Não eu.
Frank girou e partiu. Lexi escutou seus passos até que levou a seu dormitório provisório
e fechou a porta.
-boa noite, papai -sussurrou Lexi, sentindo-se muito sozinha.
Normalmente, ela podia falar livremente com seu pai, mas nesse ele tema se mostrava
resistente. Ele via a presença do Jake no rancho como uma solução simples e direta a um
problema, enquanto que ela via a chegada do Jake como uma enorme dor de cabeça. Mas
de momento, seu pai teria o que quisesse, sem discussões. E até que retornasse do hospital e
ficasse bem, assim seria.
Frank Conley sempre tinha sido e sempre seria um teimoso, cabezota e teimoso, mas
também era generoso, amoroso e honorável, e Lexi não era única pessoa que faria algo no
mundo por ele. Jake Thorn havia sentido o mesmo anos atrás.
Saindo de seus pensamentos, Lexi começou a dirigir-se a seu dormitório. Na porta do
Jake, parou-se. Não queria despertar; não havia nada mais que ela pudesse fazer por ele.
Mas ainda assim, pôs a mão no pomo, girou-o devagar e abriu a porta.
Dentro, ele estava quieto, e sobre a vendagem de suas costelas, seu largo peito subia e
baixava ao ritmo de um sonho profundo. Um pé com meia três-quartos saía por debaixo da
manta que ela não recordava ter jogado sobre ele. Lexi entrou e se aproximou devagar à
cama.
Seus dedos acariciaram o cabelo de seu braço enquanto seu nome ressonava em sua
cabeça. James Jackson Thorn. Inclusive com o rosto oculto, seu corpo espancado e seu
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espírito ferido, seguia sendo o homem mais magnífico que ela nunca tinha conhecido.
Lembranças tenras dele passaram ante ela. A primeira noite que se beijaram. A noite que...
Sem fôlego, fechou os olhos e se separou do pensamento e dele. Ao tropeçar com a
cadeira que havia na esquina, chocou-se com algo suave. girou-se, e um pé com bota lhe
golpeou o joelho.
-Ow -queixou-se Jamie.
Lexi ficou olhando ao menino na enorme poltrona. Com a mão, esfregou-se um olho.
-Mamãe? -balbuciou olhando com o outro olho médio aberto.
-Ssh, coração -sussurrou Lexi enquanto lhe ajudava a ficar de pé.
Levou-lhe para a porta, lhe suportando o melhor que podia e recordando os dias em
que lhe tinha pego entre seus braços e tinha subido as escadas.
-Sinto muito. Tenho-te feito mal?
-Hmmm -grunhiu dormido.
Quando chegaram ao alto das escadas, ao Lexi doíam os braços de lhe manter reto e a
perna de se haver-se chocado com as botas que Jamie levava com seu pijama. Agradecida
de chegar a sua cama, tirou-lhe as botas e lhe colocou sob os lençóis. Então, incapaz de lhe
deixar, estirou-se junto a seu filho e o abraçou.
O que tinha estado fazendo na habitação do Jake? Lexi se acurrucó contra as costas do
Jamie, preocupada de que sua emoção se voltasse decepção quando um Jake furioso
despertasse pela manhã. Abraçou-lhe mais forte enquanto respirava profundamente o aroma
de menino de seu filho, que durante dez anos tinha sido sua razão principal de viver.
Nada ia fazer lhe danifico. Nada e ninguém. Ele era
sua vida.
-Mamãe? -Sim, filho?
-Está-me esmagando. Lexi afrouxou os braços.
-Perdoa.
-Quero-te, mamãe -sussurrou com voz de sonho. -E eu te quero, Jamie.
Com cuidado de não abraçá-lo com muita força, se acurrucó de novo a ele e dormiu.
-Lexi! -rugiu Jake.
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Sobressaltada enquanto fazia a cama de seu filho, Lexi deu um bote e se golpeou a
cabeça com o beliche de acima.
-Ouch!
Apartando-se da cama com a manta ainda na mão, cruzou a habitação esfregando-a
cabeça. -Lexi! -gritou Jake outra vez, o dobro de alto que antes.
-Um momento! -Lexi viu a manta em sua mão.
-Lexi, maldita mulher! Onde está?
Lexi retornou a deixar a manta enquanto a dor em sua cabeça diminuía.
-Lexi!
O som de cristal rompendo-se sobre a parede no piso de abaixo, fez-a sair correndo da
habitação com a cama ao meio fazer.
-Jake! --gritou do alto da escada-. Deixa agora mesmo de fazer isso!
Descendo de dois em dois os degraus, abriu a porta de seu dormitório e lhe encontrou
médio sentado na cama e com o meio corpo fora. Um braço estava apoiado detrás dele e
um pé no chão. A outra perna estava enredada entre os lençóis.
Os olhos de dor do Jake se cravaram nela acusadores.
-Onde estiveste?
- Vamos. O que é tão importante?
-Tenho que ir ao quarto de banho -disse olhando-a furioso.
Arrependida imediatamente, Lexi lhe assinalou a porta a dois metros de sua cama.
-Necessita ajuda?
-Crie que poderia desenredar este lençol?-perguntou-lhe ainda como se cuspisse cada
palavra-. Eu não posso.
-Claro.
Lexi se aproximou dele com cuidado, como se fora um tigre enjaulado. inclinou-se
a poucos centímetros de seu peito nu e começou a apartar o lençol retorcido. Com cada
roce de seus dedos contra o tecido suave de sua cueca largas, sentia um sutil
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estremecimento de suas pernas. E se sentiu aliviada quando ao final liberou o lençol,
arrastando um meia três-quartos no processo.
Jake grunhiu e tirou a perna.
-Obrigado, acredito que já poderei me valer sozinho.
Com esforço, apoiou-se nos pés, gritou e caiu de costas sobre a cama. Rígido de dor,
ficou quieto, gemendo brandamente.
Lexi se inclinou, sentindo-se igual de impotente que a noite anterior.
-O doutor disse nada de movimentos repentinos -recordou-lhe docemente.
-Pode partir, por favor? -perguntou Jake com os dentes apertados olhando ao teto.
-Não vais necessitar me?
-Se te necessitar, saberá.
Lexi deu um passo atrás, para a porta. -Estarei aqui ao lado.
-Vete. Chamarei-te se te necessito. -Mas como vai A... ?
-Engatinharei se tiver que fazê-lo -disse com secura-. Agora vete.
-Bem. O que você diga -Lexi se girou e partiu para a porta-. Mas não acredito que vás
encontrar engatinhar mais fácil que caminhar, e ainda tem que te baixar dessa cama antes
de fazer uma das duas coisas.
Sem voltar a olhá-lo, fechou a porta de repente e subiu as escadas furiosa. Acabava de
terminar de fazer a cama do Jamie quando soou o telefone. Correu a seu dormitório e o
agarrou.
-me diga?
-Lexi, querida. É você?
-MA... mamãe.
Lexi se sentou na cama antes de que suas pernas a fizessem cair. Cordelia Davies
Conley Lorton Smith Ridley riu, a risada estridente que utilizava quando estava frente a
um pouco ligeiramente incômodo.
-Bom, não tem que te surpreender tanto.
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Sinto muito, mas normalmente você chama uma ou duas vezes ao ano -disse Lexi,
muito surpreendida para ter tato-. Esta é a segunda vez que chamaste este mês. E não
estamos perto de natal.
-Lexi, querida, sabe que estou preocupada com seu pai. Como vai?
Lexi se perguntou brevemente se sua mãe ainda teria um seguro de vida de seu ex-
marido, mas imediatamente se envergonhou de si mesmo.
-As coisas não trocaram muito da última vez que falamos. Precisa operar-se, e está lhe
dando larga ao assunto.
-Isso é próprio dele. É o homem mais cabezota que conheci -suspirou Cordelia--. Que
aspecto tem?
-Está mais pálido que de costume. E se cansa facilmente.
Lexi escolheu as palavras com cuidado, já que Cordelia o exagerava tudo.
-Segue sendo atrativo? A primeira vez que o vi, pensei que Frank Conley era o homem
mais atrativo que nunca tinha visto. E ainda o penso --disse Cordelia com seu dramatismo
que lhe tinha passado a sua filha maior, Dolores-. Não acredito que nunca ame a outro
homem como amei a seu pai.
Em toda sua vida, Lexi nunca tinha ouvido sua mãe dizer tantas coisas amáveis sobre
seu ex-marido seguidas. Mas em vez de sentir-se comovida, Lexi se estava voltando mais e
mais suspicaz a cada segundo que acontecia.
-Bom, se o queria tanto -perguntou Lexi, finalmente dando voz a uma pergunta que a
tinha obcecado durante anos-, por que lhe deixou?
-Lexi, querida. Pensei que sabia disse Cordelia soando mais surpreendida que ofendida-.
Frank não tinha dinheiro.
-Diz-o a sério, verdade?
Lexi desejou não ter respondido ao telefone. As conversações com sua mãe sempre a
deixavam deprimida e confusa. Simplesmente não a entendia.
-Claro, querida. Não tenho razão para te mentir nisso. Por certo, Dolores lhes manda
lembranças.
Lexi ficou tensa assim que ouviu o nome de sua irmã.
-Sabe o de papai?
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-claro que sim, querida -disse Cordelia brandamente-. E está muito preocupada. Mas
acaba de fazer as provas para um papel muito importante e agora mesmo não pode
abandonar a cidade.
-Abandonar a cidade? OH, não! -com o Jake ali não queria nem que Dolores
chamasse por telefone, e muito menos aparecer--. Quero dizer que entendo que não
possa vir --arrumou-o.
-Bom, iria se pudesse.
-OH, não. Entendo-o perfeitamente.
-Mas me disse que te dissesse que vai chamar por telefone ao Jamie assim que possa.
Sabe que você tem razão ao querer que ela o conheça melhor.
Lexi começou a protestar de novo, mas então se deu conta de que não era necessário.
Hahía ouvido a mesma promessa de sua irmã dúzias de vezes, e não tinham significado
nada.
Se a Dolores alguma vez tinha importado alguém que não fora ela mesma, tinha-o oculto
muito bem, mas o mesmo podia dizer-se da Cordelia. Cordelia e Dolores eram muito
parecidas; belas, vaidosas, excitantes e desesperadores, e uma vez entre um milhão, só o
suficiente para as fazer totalmente imprevisíveis, podiam ser muito amáveis e generosas.
-Obrigado por chamar, mamãe -disse Lexi desejando terminar-. foi agradável ver que
se preocupa.
-Não me dê as obrigado, Lexi -replicou sua mãe devagar-. Ainda o quero. lhe cuide
muito, ouve? E me chame se algo trocar.
-Descuida.
Lexi pendurou e foi a sua cômoda a escovar-se, totalmente confundida. Não sentia
saudades que o matrimônio do Jake com a Dolores não tivesse durado. Como podia durar o
matrimônio em uma família onde o amor não contava nada? Possivelmente, o melhor que
tinha feito Cordelia por sua filha menor tinha sido lhe devolver a custódia a seu pai um ano
depois do divórcio. Ao melhor para a Cordelia tinha sido um ato de amor, mas em seu
momento não lhe tinha parecido isso ao Lexi.
Então, e durante muito tempo depois, Lexi se havia sentido abandonada. Passaram anos
antes de que se desse conta de que ela tinha sido a afortunada, e não Dolores, porque ela
era a que tinha ao Frank Conley de pai e mãe. Ele não era sempre um homem fácil, mas em
seu coração era amável, decente e carinhoso, e nunca a tinha mentido. Lexi desejava ser
igual de boa mãe para o Jamie.
Deixou a escova, estirou seus braços cansados e se recolheu o cabelo com um passador.
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-Lexi! -gritou Jake.
Quase tentada a ignorá-lo, Lexi jogou um olhar irritado por cima de seu ombro para a
porta aberta.
-Lexi! -chamou de novo, soando menos exigente e mais desesperado.
Recordando o copo que ele tinha quebrado antes e ainda tinha que recolher, começou
a baixar as escadas.
-Vou!
Nas escadas, olhou para baixo e viu a mala do Jake aberta no vestíbulo. As roupas de
seu interior estavam revoltas e caíam até o chão.
Camisas, meias três-quartos e cueca estavam pulverizados do vestíbulo até a porta
aberta de seu dormitório. Em cl pé das escadas, Lexi recolheu um par de cueca, os
pendurou do dedo indicador pelo elástico e entrou na habitação do Jake.
-Chamava-me? -perguntou docemente. -Onde está Frank?
Jake estava sentado na cama. Suas mãos sujeitavam o lençol lhe cobrindo da
cintura até mais abaixo dos joelhos. Sua cueca vermelhas compridos estavam no
chão.
-teve que ir-se à cidade.
-Quem mais há aqui?
-Twyla a cozinheira.
-Onde estão os trabalhadores?
-Suponho que no campo --olhou-lhe perplexa- . Exceto Tonio, que foi à farmácia a
comprar seus remédios. E também está Mack que levou esta manhã a papai à cidade. por
que me faz tantas perguntas?
Jake não a olhou.
-Necessito ajuda.
Lexi lhe mostrou as cueca.
-Espero que não com isto. É este seu modo imaginativo de desfazer as malas? --fez um
gesto para a roupa pelo chão do vestíbulo.
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Amando em Silêncio - A história de Lexi e Jake
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Amando em Silêncio - A história de Lexi e Jake

  • 1. Ada Stewart – Amando em Silêncio Traduzido por Romance com Tema Sobrenatural: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=18008059 _______________________________________________________________________________________________ Amando em Silêncio Ada Stewart Traduzido mecanicamente e formatado por Romance com Tema Sobrenatural (faltando revisão): http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=18008059 Resumem : Jamie Conley queria saber quem era seus verdadeiros pais. Por isso começou a fazer perguntas que sua mãe adotiva, Lexi, não podia responder. Perguntas que sua irmã não lhe permitia responder. O menino se distraiu temporalmente quando Lexi “raptou” a seu ídolo, o campeão de rodeios Jake Thorn. Ela necessitava ao Jake para dirigir o rancho, mas só até que seu pai se recuperasse de sua operação. Jamie, é obvio, esperava que ficasse para sempre. O que Lexi não podia explicar-se é que Jake era o último homem que queria ter perto ... e o único homem ao que habia amado ... Capítulo 1 Ao LEXANDRA Conley abriu a porta e saiu à sombra do alpendre. Olhou para a poeirenta estrada, para ver se chegava seu pai. Mas não viu nada. Lexi suspirou impaciente. Deveria ter ido com ele em vez de haver ficado no rancho, suportando intermináveis horas de espera e de preocupação. Mas ele não o permitiria. Havia-lhe dito que seria melhor que ficasse em casa, melhor que estivesse aí para fazer o jantar quando chegasse Jamie do colégio. Mas a verdadeira razão tinha sido que seu pai não queria que ouvisse o diagnóstico do médico. Não queria que se preocupasse nem que tampouco lhe obrigasse a fazer o que os médicos lhe mandassem. 1
  • 2. Ada Stewart – Amando em Silêncio Traduzido por Romance com Tema Sobrenatural: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=18008059 _______________________________________________________________________________________________ Lexi pensou que ao melhor essa vez era diferente. Ao melhor essa vez faziam ficar. Inclusive nesse momento seu pai poderia estar convexo em uma cama do hospital esperando a que lhe operassem pela manhã. Oxalá fora assim. Olhando uma vez mais ao horizonte, voltou-se e entrou na casa. -Jamie, o jantar está preparado! -gritou do vestíbulo-. Não tem sentido esperar ao avô. Poderemos começar sem ele. Jamie? Lexi esperou ouvir o som de passos no piso de acima, mas não foi assim. Percorreu o corredor e se deteve o chegar à porta fechada do que tinha sido uma vez um despacho, e se tinha convertido no dormitório de seu pai doente. Frank Conley sempre tinha sido a rocha de sua vida, sólido e eterno. E nesse momento estava muito fraco para subir as escadas a seu antigo dormitório. antes de que o coração começasse a lhe falhar, ela nunca se deteve a pensar que algum dia algo lhe passaria. Mas ultimamente, Lexi não pensava em outra coisa. Em menos de um ano, os ombros largos que uma vez tinham podido suportar o peso do mundo, encurvaram- se. A voz forte capaz de ordenar e consolar com igual facilidade, voltava-se ofegante ao mais mínimo esforço. Seu pai estava debilitando-se pouco a pouco, e sua própria cabezonería era o que mais rapidamente lhe estava matando. A dor se voltou ressentimento, logo fúria, e Lexi deu uma patada ao marco da porta. -Maldito Frank Conley -sussurrou com um nó na garganta . O que tem que nós? O que faremos sem ti? pensaste nisso? Quase imediatamente, a fúria desapareceu. Olhou as marcas que tinha feito no marco da porta com a bota e suspirou. -por que não posso te dizer isto quando está aqui? -disse em voz alta, partindo devagar para os pés da escada. Com a mão no corrimão, olhou para cima. Jamie, o jantar está preparado! O débil chiado de moles de cama oxidados chamou sua atenção. -Estou aqui embaixo, mamãe. Lexi fechou os olhos. Então, girando-se, ficou diante de outra porta fechada. A habitação dos convidados, ou a habitação do Jake como quase todos a chamavam, converteu-se com os anos em uma espécie de quarto trastero. 2
  • 3. Ada Stewart – Amando em Silêncio Traduzido por Romance com Tema Sobrenatural: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=18008059 _______________________________________________________________________________________________ Jake... Inclusive com o passo dos anos, Lexi não podia entrar na habitação sem sentir um tombo no estômago. Endireitando-se, girou o pomo e entrou. Dentro, seu filho de dez anos estava jogado de barriga para baixo na velha cama dobro, com as botas blusões agitando-se no ar enquanto passava as páginas velhas e muito manuseadas de um álbum de recortes. -Olá, filho. O que faz? -perguntou brandamente. Jamie a olhou com seus olhos cor avelã. Seu espesso cabelo castanho estava talhado a capas exceto por uma mecha que lhe chegava do centro da nuca até os ombros. Um cenho pensativo enrugava sua frente enquanto girava o álbum para que ela pudesse vê-lo. -Jake era realmente extraordinário, verdade? -a mão do Jamie acariciou o artigo amarelado do periódico com reverência. -Sim -disse ela com o orgulho antigo e familiar-. Quando Jake estava na flor da vida, era um dos melhores. O álbum era dela, criado com a efusividad do culto a um herói quando não tinha sido maior que Jamie. -Crie que voltará alguma vez, mamãe? -perguntou Jamie sentando-se-. Estou seguro de que eu adoraria conhecê-lo. Crie que gosta dos meninos? O entusiasmo no rosto de seu filho provocou um sorriso automático no rosto do Lexi enquanto se sentava em uma cadeira. -Gostava de você quando foi pequena, verdade? -insistiu Jamie. Ela e Jamie tinham conversações similares muito freqüentemente, e Jamie sempre encontrava formas novas de lhe fazer as mesmas perguntas, novos modos de obter mais informação. Sim, acredito que se. Eu devia ter uns dois anos quando o pai do Jake deveu trabalhar a nossa granja e sua mãe trabalhava como nossa cozinheira. -Como faz Twyla agora -comentou Jamie,disfrutando da história, embora virtualmente sabia de cor. Lexi assentiu e sorriu de novo, perguntando-se o que pensaria Jake se soubesse alguma vez que se converteu em uma lenda nessa casa. -Isso. Jake devia ter quase treze anos quando chegaram. Estava acostumado a me cuidar algumas vezes depois do colégio... Quando eu estava em primeiro, foi Jake quem me ensinou a montar em bicicleta sem ruedecitas laterais. Eu estava louca por ele -suspirou-. Logo mamãe e papai se divorciaram e eu passei um ano em Miami com mamãe. Quando 3
  • 4. Ada Stewart – Amando em Silêncio Traduzido por Romance com Tema Sobrenatural: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=18008059 _______________________________________________________________________________________________ -voltei aqui para viver com papai, Jake se dedicava aos rodeios e não o víamos durante temporadas muito largas. -Quanto passou antes de que Jake ganhasse seu primeiro campeonato? Que anos tinha você? -Eu era um pouco maior que você, mas pouco depois de seu triunfo, feriu-se e voltou para recuperar-se. -E aí foi quando se casou com a tia Dolores, certo? Ao Lexi lhe pôs um nó no estômago. -Não, isso foi depois de que comprasse a velha casa dos Johnson aqui ao lado, esperando que seus pais se retirassem e vivessem ali. O ano seguinte, Jake estava a ponto de obter o quarto título quando... de repente se calou, sem querer reviver o horrível acidente que esteve a ponto de lhe custar a vida. -Quando esse touro lhe investiu? -continuou Jamie com entusiasmo infantil pelo macabro. Lexi o olhou com dureza. -Jamie... -Isso foi o que aconteceu, verdade? -Sim -disse ela agüentando-a risada--. Mas não deveria estar tão contente. -Não estou contente -defendeu-se o menino-. Mas isso foi o que aconteceu. E foi então quando Jake se casou com a tia Dolores? Lexi assentiu e continuou. -Quando saiu do hospital, Jake veio aqui a recuperar-se. Então Dolores viajou de Califórnia para meus dezesseis aniversários, e três meses mais tarde ela e Jake estavam casados. Suponho que ela devia ter crescido muito da última vez que ele a tinha visto. Ao dar-se conta de seu tom amargo, Lexi suspirou. -E um mês mais ou menos depois das bodas, o pai do Jake se retirou e se foi com sua mulher a Florida -Quando esse touro lhe investiu? -continuou Jamie com entusiasmo infantil pelo macabro. Lexi o olhou com dureza. 4
  • 5. Ada Stewart – Amando em Silêncio Traduzido por Romance com Tema Sobrenatural: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=18008059 _______________________________________________________________________________________________ -Jamie... -Isso foi o que aconteceu, verdade? -Fui-dijo ela agüentando-a risada--. Mas não deveria estar tão contente. -Não estou contente -defendeu-se o menino-. Mas isso foi o que aconteceu. E foi então quando Jake se casou com a tia Dolores? Lexi assentiu e continuou. -Quando saiu do hospital, Jake veio aqui a recuperar-se. Então Dolores viajou de Califórnia para meus dezesseis aniversários, e três meses mais tarde ela e Jake estavam casados. Suponho que ela devia ter crescido muito da última vez que ele a tinha visto. Ao dar-se conta de seu tom amargo, Lexi suspirou. -E um mês mais ou menos depois das bodas, o pai do Jake se retirou e se foi com sua mulher a Florida -Porque não podiam suportar à tia Dolores? -Bom, basicamente sim --admitiu sentindo-se culpado ao momento . Mas acredito que ao melhor os pais do Jake só queriam lhe dar a ele e a sua mulher uma oportunidade de estar sozinhos –corrigiu tentando ser generosa-. Todos os recém casados necessitam um tempo para ajustar-se. Você tia Dolores se esforçou muito ao princípio. Mas nunca tinha aprendido a cozinhar, e nunca tinha tido que ocupar-se de uma casa, e passado um tempo, começou a sentir falta da emoção de fazer filmes em Califórnia. -eu gosto disto. O cenho do menino provocou outro sorriso em sua mãe. -Sei, coração, e a mim também. E a sua tia Dolores quando era mais jovem, mas quando cresceu, preferiu a grande cidade. Por isso a vemos tão pouco. Tentando não mostrar as emoções que estavam lhe retorcendo o coração, Lexi continuou. -Isso não significa que não nos queira. Sei que lhe importamos muito. Mas normalmente está muito ocupada. O se encolheu de ombros. 5
  • 6. Ada Stewart – Amando em Silêncio Traduzido por Romance com Tema Sobrenatural: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=18008059 _______________________________________________________________________________________________ -Não me importa. Não a necessitamos. E não nunca irei a grande cidade -disse Jamie com ênfase . vou ser um vaqueiro de rodeios, igual a Jake. Normalmente, Lexi tivesse saído em defesa de sua irmã, mas estava muito surpreendida pela última frase do Jamie. Além de sua breve ambição de ser bombeiro, só tinha falado de converter-se em granjeiro, como seu avô. Ela não sabia por que sua última preferência devia incomodá-la, exceto lhe parecia de algum modo uma traição a seu avô em um momento em que era muito vulnerável. -Quer ser um vaqueiro de rodeios? -perguntou com deliberada suavidade-. Quando o decidiste? Jamie baixou o olhar ao chão. -Não sei. -Hoje Ontem? Jamie se encolheu de ombros. -Ao melhor. Dando-se conta de que sua reação era exagerada, Lexi respirou profundamente e se forçou a acalmar-se. -Já sabe que Jake trabalhou em seu próprio rancho desde que era um adolescente. E quando seu pai se retirou, fez-se capataz aqui e dirigia de uma vez este rancho e o seu. Ele e seu avô trabalharam ombro com ombro durante os três anos que Jake e Dolores estiveram casados. Jamie assentiu, levantou o queixo e a olhou. -E o que? Lexi não sabia que dizer. Não estava acostumada a esse desafio nos olhos de seu filho. E não queria que o menino trocasse sua lealdade de seu avô ao Jake... não nesse momento. Então, com uma profunda intuição feminina recordou sua própria dor, frustração e a traição que havia sentido quando tinha pensado em que seu pai estava morrendo e deixando-a só com um rancho e com um menino. E pensou nas largas horas que Jamie tinha passado ultimamente na habitação do Jake, olhando os álbuns com uma nova intensidade. -Tem medo? -perguntou com infinita doçura. -Do que? -perguntou Jamie sobressaltando-se. -Por seu avô. Jamie se encolheu de ombros e voltou a olhar para o chão. 6
  • 7. Ada Stewart – Amando em Silêncio Traduzido por Romance com Tema Sobrenatural: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=18008059 _______________________________________________________________________________________________ -Não sei. Ao melhor. Tornando-se para diante, Lexi seguiu falando em um sussurro. Oxalá pudesse te dizer que não há nada que temer. Oxalá pudesse te prometer que ele ficará bem. Mas não posso, porque não sei. -O que tem mau? -perguntou o menino preocupado. -É seu coração. Não sei muito mais. Talvez saberemos mais quando voltar do hospital... Oxalá não fora tão cabezota. Não quer ingressar no hospital, e não há muito que possam fazer os médicos se não o fizer -vai morrer? Lexi viu o terror nos olhos de seu filho. -Espero que não. Mas não está fazendo o que lhe dizem os médicos, e terá que fazê-lo se quer ficar bem. -Se Jake voltasse e fora de novo o capataz, o avô poderia entrar no hospital e ficar bem. -Jamie, de onde tiraste essa idéia? Já temos um capataz. -Mas o avô disse... Jamie se calou de repente. -O avô disse o que? -exigiu Lexi, sem obter resposta . me Responda, hombrecito -disse muito séria-. O que disse seu avô? -Ouvi-lhe falar por telefone com alguém. Estava perguntando se podiam lhe ajudar a encontrar ao Jake. Disse que lhe necessitava desesperadamente. -Foi isso tudo o que disse? -Não sei --murmurou Jamie baixando a cabeça- . Você me chamou e tive que deixar de escutar. -Deveria te dar vergonha, James Franklin Conley. Hei-te dito que não se devem escutar as conversações de outras pessoas. Agora tem a idéia equivocada de que Jake Thorn vai dever salvar a situação, e isso não vai passar. Jamie levantou a cabeça, e a esperança brilhou em seus olhos. -Ao melhor sim. Se o avô o encontrar, Jake virá. 7
  • 8. Ada Stewart – Amando em Silêncio Traduzido por Romance com Tema Sobrenatural: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=18008059 _______________________________________________________________________________________________ -OH, Jamie, carinho, não conte com isso. Este rancho é o último lugar da terra onde Jake quereria estar. partiu daqui faz onze anos, e não tornou após. Não tenho idéia de onde está, e tampouco seu avô, e é muito difícil encontrar a um homem que não quer ser encontrado. Pela tia Dolores? -Suponho que sua tia Dolores foi parte disso -admitiu Lexi-. Mas o mundo do Jake se fez pedacinhos. Há muitos lembranças aqui. -Pois eu gostaria de conhecê-lo. -Não conte com isso, de acordo? -disse Lexi ficando de pé-. O jantar se está esfriando. por que não guarda essas coisas e vem à cozinha? -Sim, mamãe. Levantando-se, Jamie começou a recolher os álbuns. Com a cabeça inclinada, era a pura imagem da decepção. Ao Lexi lhe partiu o coração, sabendo que ela tinha causado sua dor. abrandou-se e falou com um pouco de ânimo. -É obvio, Jake ainda é o dono da granja vizinha. Talvez vem algum dia, embora só seja de visita. A ansiedade apareceu nos olhos do menino. -Crie-o a sério? -Poderia ser. Nunca se sabe. -Arrumado a que se alguém pode encontrá-lo, esse é o avô. Por muito que odiasse pensar nisso, Lexi teve que estar de acordo. -Sim, pode ter razão nisso. Sonriendo, Jamie começou a ordenar o quarto e Lexi se foi à cozinha a reaquecer o jantar. Só esperou que não se equivocou permitindo que Jamie tivesse alguma esperança. E quanto a ela, não sabia como se sentiria se Jake retornasse. Era algo no que não se permitiu pensar durante muito tempo. De menina, tinha-o adorado. De mulher, tinha-o amado. E o dia depois de que ele tivesse feito realidade seus sonhos, Jake se tinha partido sem uma palavra. Lexi tinha passado anos tratando de superá-lo, anos aceitando que nunca voltaria a vê- lo, e quando seu coração finalmente tinha cicatrizado, tinha guardado suas lembranças e tinha fechado a porta. Estivesse onde estivesse Jake, lhe desejava o melhor, mas ele estava fora de sua vida, e assim seguiriam as coisas. 8
  • 9. Ada Stewart – Amando em Silêncio Traduzido por Romance com Tema Sobrenatural: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=18008059 _______________________________________________________________________________________________ Lexi recolheu a mesa da cozinha e enviou ao Jamie a fazer seus deveres. Estava esfregando os pratos quando ouviu abri-la porta. Saiu correndo da cozinha a tempo de ver entrar em seu pai e ao trabalhador do rancho que lhe tinha levado. -Olá -saudou Lexi-comeste? -Sim -grunhiu seu pai. Apoiando-se pesadamente no braço do Manuel Ortega, Frank Conley se dirigiu ao cômoda poltrona do salão que havia junto à janela e onde ultimamente passada a maior parte das horas. -O senhor Frank tinha fome- explicou-lhe Manuel sonriendo a modo de desculpa-, assim paramos antes de sair da cidade. -Pode me preparar uma bebida se quer-disse o avô com a voz ofegante que assinalava seu cansaço. Lexi o ignorou. O doutor lhe tinha proibido estritamente o uísque e quão puros eram o ritual noturno de seu avô. E Frank só o pedia nesse momento para incomodá-la. -Parece-te bem que enquanto Manuel esteja aqui lhe levemos a cama? -sugeriu Lexi. -Não -Frank se sentou, apoiou a cabeça no respaldo e suspirou, olhando com dureza a sua filha-. Temos que falar -dirigiu-se ao Manuel-. Obrigado, Manuel. Já pode ir. -Se, senhor Frank. Chamará-me se me necessita? -Sim, Manuel. E obrigado. Apesar de suas maneiras resmungões, os homens que trabalhavam para lhe eram tremendamente leais, e Lexi se sentia agradecida de saber que sua lealdade também se estendia a ela. -Será melhor que se sente -disse Frank, quando ficou a sós com sua filha. Ela sentiu que lhe tremiam as pernas enquanto se sentava na cadeira frente a ele. Sentiu vontades de chorar. Queria que seu pai estivesse são e fora capitalista como tinha sido antes, e sabia que os médicos não lhe haviam dito nada bom. Tinha-o sabido assim que tinha visto seu pai com os ombros afundados e a mandíbula apertada. -Solta-o -disse ela com o tom valente que sabia que ele estava esperando. -Não te vai gostar. -Papai, não alargue isto. 9
  • 10. Ada Stewart – Amando em Silêncio Traduzido por Romance com Tema Sobrenatural: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=18008059 _______________________________________________________________________________________________ -Não me estou morrendo. Ao menos, ainda não. Lexi soltou a respiração que tinha estado agüentando e fechou os olhos um momento para dar as obrigado em silêncio. Seu pai ia viver. -Então. qual é o problema? -Bom, tenho duas opções. Posso ficar aqui sentado como um inválido e seguir vivendo até que finalmente me desabe e me mora de aborrecimento. -ficará melhor se fizer isso? -perguntou Lexi esperançada. -Não. De fato possivelmente me ponha pior, até que um dia, meu coração se renda. Bom, isso não é a solução. -Minha outra opção é me operar. Com a cirurgia possivelmente fique como novo. A maioria das pessoas sobrevivem. E as oportunidades de que eu também o faça são muito grandes. Embora é obvio, ao melhor não. Não me podem garantir isso. O doutor diz que a decisão é minha. Lexi tragou saliva. Não sabia por que seu pai estava vacilando. O Frank Conley que ela sempre tinha conhecido não tivesse vivido um minuto mais como inválido se houvesse outra alternativa, inclusive embora significasse arriscar-se. O fato de que seu pai não estivesse nesse momento no hospital esperando a ser operado significava que havia algo mais que ela não sabia. -O problema é -continuou Frank devagar-, quem vai ocupar se do rancho enquanto eu esteja no hospital? Estarei ali um par de semanas antes de que me permitam voltar para casa. E depois, ainda passarão semanas antes de que possa fazer algo. -Bom, papai, isso não é problema. Tem um capataz que leva aqui três anos. E sabe que eu posso me ocupar da contabilidade e as papeladas disse Lexi. -Durante quanto tempo, filha? -Durante um mês? -perguntou encolhendo-se de ombros- -. Seis semanas? Quanto tempo pode fazer falta? -Esse é a questão -disse Frank devagar. A suave tristeza em seus olhos e a paciência de sua voz começaram a preocupá-la. -Lexi, há uma possibilidade de que surjam complicações na operação. É difícil, mas existem, e inclusive pode que não o consiga. Inclusive se sobreviver, minha recuperação será lenta. Temos que entrar nisto preparados para qualquer eventualidade, e eu tenho que 10
  • 11. Ada Stewart – Amando em Silêncio Traduzido por Romance com Tema Sobrenatural: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=18008059 _______________________________________________________________________________________________ me assegurar de que este rancho vai estar bem. Por seu futuro e pelo do Jamie. Tenho que estar seguro, Lexi. Entende-o? Lexi começou a assentir com a cabeça e então se deu conta de que na verdade não tinha idéia de que estava dizendo seu pai. Parecia que queria operar-se e logo estava dizendo todas as razões pelas que não podia. -Sinto muito, papai. Mas não o entendo. Não entendo qual é o problema. Eu posso me ocupar do rancho. -Lexi, não ponho em dúvida sua habilidade. -Então qual é o problema? Porque para te dizer a verdade, estou confundida. Pode te operar e eu me ocuparei do rancho. Quando estiver melhor, voltará a te encarregar você. Não me parece tão complicado. -Lexi, vou trazer para o Jake. O que? -exclamou ela sem poder acreditar o que estava ouvindo. Jake vai voltar a ocupar do rancho enquanto eu esteja no hospital. O que seu pai dizia não tinha sentido. Jake não voltaria. Em onze anos não tinha enviado nenhuma postal. -por que? por que pensaste nisso? -Tenho minhas razões. -Bom, pois eu quero as saber. Sou um velho doente. me dê esse capricho. -OH, papai... falaste com o Jake? Está ele de acordo? -Não. Mas sei onde está. Ao menos sei onde estará amanhã de noite. -Mas do que serve isso? Você não pode ir. O olhou diretamente a seus olhos marrons como se queria chegar a sua alma. -Mas você sim -disse brandamente. -Não! -Lexi ficou de pé, golpeando a parede com a cadeira no processo-. Definitivamente não! -Tem que fazê-lo -insistiu seu pai. -Não, não tenho que fazê-lo. 11
  • 12. Ada Stewart – Amando em Silêncio Traduzido por Romance com Tema Sobrenatural: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=18008059 _______________________________________________________________________________________________ Voltando-se, Lexi começou a partir. Mas deu só dois passos antes de ver o Jamie junto à porta, escutando. -por que não, mamãe? - perguntou o menino com ansiedade em seu olhar enquanto corria para ela-. Viria. Se pudesse ajudar ao avô, sabe que Jake viria. -É possível - disse Frank a suas costas. Sentindo-se apanhada, Lexi se voltou para olhá-lo. Tinha as mãos fechadas em punhos. -Não, não viria. Olhou suplicante a seu pai. Jamie só era um menino. Não sabia o que estava pedindo. Mas Frank Conley sim. O pai moveu a cabeça devagar e a olhou com decisão. -Viria. Jake quis vir a muito tempo tempo. Mas não sabe. -Papai -rogou-lhe Lexi-. Sabia o que estava fazendo quando partiu. Se tivesse querido voltar, teria encontrado uma desculpa muito antes. Não me operarei menos que Jake esteja aqui para ocupar do rancho, Alexandra. Ficarei sentado nesta cadeira e morrerei esperando se tiver que fazê-lo. Assim pode ir pedir lhe que se ocupe do rancho agora ou pode lhe convidar a meu funeral mais adiante. Você escolhe. -Diz-o a sério, verdade? -perguntou Lexi se desesperada. Nunca te menti. -Posso ir contigo, mamãe? -perguntou Jamie saltando de alegria-. Por favor. -Não -disse Lexi abraçando a seu filho-. Não, Jamie. Isto é algo que tenho que fazer sozinha. Capítulo 2 E L suor dos homens e as bestas enchia o ar da tarde, mesclando-se com o pó levantado por seus inquietos cascos. O balido impaciente do gado competia com os relinchos dos cavalos. Na atmosfera familiar, Lexi sabia que deveria sentir-se como em casa, mas não era assim. sentia-se como uma intrusa. -te relaxe -murmurou-. O que é quão pior pode passar? Tudo o que pode fazer quer dizer que não. 12
  • 13. Ada Stewart – Amando em Silêncio Traduzido por Romance com Tema Sobrenatural: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=18008059 _______________________________________________________________________________________________ esfregou-se as Palmas suarentas contra sua saia vaqueira. O coração lhe pulsava com força, e deixou de pretender que o que temia era uma negativa. Ver o Jake de novo era o que lhe dava medo. Viu um grupo de jeans e se dirigiu para eles. Estava ali para encontrar ao Jake Thorn, e tinha que começar por algum sítio. Ao chegar ao grupo de homens, respirou profundamente para armar-se de coragem e lhe deu um golpe no ombro ao que estava mais perto. -Perdoe. Todos os homens se voltaram para ela, refletindo em seus rostos prazenteira surpresa pela inesperada interrupção, e Lexi começou a relaxar-se. Inclusive conseguiu sorrir. O vaqueiro cujo ombro tinha golpeado, um jovem com uma cicatriz na bochecha, tirou- se o chapéu e lhe devolveu o sorriso com entusiasmo. -Posso ajudá-la em algo, senhorita? -Sim, ao menos isso espero. Estou procurando o Jake Thorn. Hão-me dito que estaria aqui esta noite. O sorriso do jovem se desvaneceu ligeiramente, e ela sentiu que seus companheiros se esticaram. -Bom, sim --respondeu o vaqueiro devagar, escolhendo as palavras com cuidado-. Acredito que está aqui, em alguma parte. De fato me pareceu vê-lo faz um momento. E vós? -perguntou voltando-se para outros-. Alguém viu para onde ia Jake? Os homens se encolheram de ombros, negaram com a cabeça e baixaram o olhar, e Lexi soube que não devia insistir. Jake era um dos seus, e ela uma estranha fazendo perguntas. Soubessem o que soubessem esses homens, não foram dizer se o sem ter antes a aprovação do Jake. -Poderia olhar ao outro lado do arena -disse-lhe um dos homens mais maiores. Com os ombros afundados, Lexi se afastou do grupo de homens. O último lugar da terra onde quereria estar era ali, e a última coisa que quereria fazer era procurar o Jake Thorn, mas o encontraria, com ou sem ajuda. Então, forçou-se a endireitar os ombros e levantar o queixo, e começou a caminhar na direção que os homens lhe haviam dito. Embora acreditasse que Jake não estaria ali, não passaria nada por olhar. 13
  • 14. Ada Stewart – Amando em Silêncio Traduzido por Romance com Tema Sobrenatural: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=18008059 _______________________________________________________________________________________________ - Né, senhorita, se virmos o Jake quer que lhe digamos quem lhe está procurando? -gritou-lhe um dos homens. Sabendo que se Jake sabia que ela estava ali, nunca conseguiria aproximar-se dele, Lexi se voltou e forçou um sorriso. - Não será necessário. Mas obrigado de todos os modos. Darei uma volta até que lhe encontre. girou-se e continuou seu caminho. E enquanto procurava entre todos os jeans que passavam, ao outro lado do arena viu uma bonita moça loira que parecia muito jovem para recordar os dias de glória do Jake Thorn. Mas talvez tinha ouvido falar dele. Sonriendo, Lexi se deteve e a loira lhe sorriu também. -Tem um cavalo precioso -disse Lexi com sinceridade-. É um pura raça? -Obrigado. Sim, é-o -disse a jovem acariciando o nariz do animal com orgulho- . Tenho-o desde ano passado. O genuíno interesse do Lexi pelos cavalos lhe fez esquecer sua busca, embora fora por um momento. Que tal é? -OH, Jackpot é fabuloso. Temos muitas possibilidades de ganhar esta noite. O cavalo relinchou e levantou a cabeça, como se soubesse que estavam falando dele. Lexi não pôde evitar rir. -Bom, desejo-te boa sorte. Como te chama? Esta noite tentarei verte. -Susie Picket. Não te vi antes por aqui, verdade? Não ---disse Lexi recordando de repente o que devia fazer-. Estou aqui procurando um velho amigo. Ao melhor o conhece. chama-se Jake Thorn. -Jake? OH, claro. -Viu-o por aqui esta noite? -Sim, está por aqui. Poderia tentar lhe buscar nas caravanas -disse a garota calando-se de repente e avermelhando-. Conhece... muito ao Jake? Ao Lexi faltou muito pouco para dizer um palavrão. O rubor da jovem e seu repentino silêncio, disse-lhe claramente o que o grupo de homens também lhe tinha indicado. 14
  • 15. Ada Stewart – Amando em Silêncio Traduzido por Romance com Tema Sobrenatural: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=18008059 _______________________________________________________________________________________________ Estivesse onde estivesse Jake, estava com uma mulher. OH, não! Isso já era bastante terrível sem ter que tirar o Jake da cama de alguma mulher só para falar com ele. -Não se preocupe --disse cansada, sentindo um ciúmes repentinos que não tinha nenhum dere cho a sentir-. Não sou uma antiga noiva dela, nenhuma nova noiva nem nada parecido. Sou uma amiga, ponto. -OH, bem -a jovem suspirou aliviada-. Bom, nesse caso, talvez está na caravana do Louanne Byers. Ultimamente se têm feito muito... amigos... já sabe ao que me refiro. Não pode te confundir. Leva o nome pintado no flanco com grandes letras moradas. -Muito obrigado. foste que muita ajuda -disse Lexi retrocedendo e com mais informação da que teria desejado. Com o estômago revolto se dirigiu para as caravanas, passando junto aos jeans e seus cavalos que se treinavam. Quando escapou do pó e a tensão do arena, o ar da tarde era suave, fresco e relaxante. Lexi suspirou e se esfregou as mãos úmidas contra a saia. Seu pai lhe tinha enviado a procurar o Jake, não a lhe tirar dos braços de outra mulher. Então se deteve, trocando repentinamente de idéia. Girou às cegas, começou a caminhar em direção contrária e ao momento se chocou com o corpo duro de um vaqueiro alto. Lexi se cambaleou como uma boneca de trapo, e ele a agarrou dos ombros para sujeitá- la. -Né, está bem? Ela assentiu, e com os olhos entrecerrados viu um rosto que lhe era vagamente familiar. -Não te vi antes em alguma parte? -perguntou o vaqueiro. Lexi assentiu de novo e se soltou de suas mãos. Aaron. Esse era seu nome, e ele tinha ido ao rancho um fim de semana com o Jake. Lexi estendeu a mão para lhe saudar. -Sou Lexi. a filha do Frank Conley. Você veio a nosso rancho para jantar um domingo com o Jake Thorn. -E fiquei até na terça-feira -disse Aaron rendo-se ao recordar-. Lembro-me. Mas você foi uma menina. 15
  • 16. Ada Stewart – Amando em Silêncio Traduzido por Romance com Tema Sobrenatural: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=18008059 _______________________________________________________________________________________________ -Tinha quatorze anos -disse Lexi um pouco ofendida. Aos quatorze anos, tinha estado locamente apaixonada pelo Jake. Esse mesmo ano, tinha cometido o engano de confessar-lhe O vergonhoso intento do Jake de defraudá-la facilmente era uma lembrança que ainda lhe doía. -Bom, já é toda uma mulher -disse Aaron - . vieste com seu pai? -Não, não veio, mas me pediu que procurasse o Jake por ele. -OH... Viu já A... um... ao Jake? -Ia buscá-lo quando choquei contigo --disse ela decidida a continuar e terminar de uma vez- . Hão-me dito que poderia lhe encontrar na caravana do Louanne Byers. Não saberá por acaso onde está estacionada, verdade? O sorriso amável do Aaron se voltou pícara, e se esfregou as mãos. -O velho Jake vai estar muito surpreso ao verte. Vêem comigo, rapariga -disse agarrando-a do braço e girando--. Eu te levarei. Aaron a levou entre os carros e os veículos e caravanas. - Quanto faz que não vê o Jake? -Onze anos. -Ah, do divórcio. -Sim -Lexi se perguntou quanto lhe teria contado Jake. -Era sua irmã maior, verdade? Como se chamava?... Dolores? Isso. -ouvi que agora é atriz. Usa o nome Conley ou Thorn? -Nenhum. Usa o nome de seu pai, Davies. -Então não têm o mesmo pai? -Aaron pareceu surpreso. -Não, nossa mãe esteve casada antes. -Dolores Davies repetiu Aaron pensativo-. Sim, acredito que ouvi falar dela. É loira, verdade? Fez um papel em uma série de televisão faz uns anos? Saía quase sempre em biquíni. 16
  • 17. Ada Stewart – Amando em Silêncio Traduzido por Romance com Tema Sobrenatural: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=18008059 _______________________________________________________________________________________________ -Sim, essa é Dolores -disse Lexi mais relaxada. -Então ela é a ex do Jake, né? O mundo é pequeno, verdade? A quem lhe está amargurando a vida agora Dolores? -De momento está casada com um produtor chamado Harvey Maxwell. -Caray! -exclamou Aaron detendo-se e soltando-a do braço-. Bom, aqui é. Levantando o punho, Aaron golpeou a porta da caravana branca com as letras moradas. Depois de um momento, abriu-se a porta e apareceu uma mulher com um complicado penteado em seus cachos castanhos e camisa e malhas brancas muito ajustadas. -OH. olá, Aaron. Está procurando o Jake? -Olá, Louanne. Está por aqui? Ela se girou para o interior. -Jake, Aaron está aqui. Lexi fechou os olhos e contou até dez enquanto os joelhos começaram a lhe tremer e o coração lhe acelerou incontrolado. -Entra, amigo -disse uma voz rouca e familiar. -Bom, não sou eu o que te busca --respondeu Aaron pondo um braço nos ombros do Lexi e fazendo-a aparecer- . É esta damita. -Quem dia... ? -sua voz se desvaneceu e seu rosto registrou incredulidade-. Lexi! Jake? Seus olhos se encontraram, e o coração lhe disse que era Jake, embora o homem ao que estava olhando poderia ser qualquer. Estava vestido com a roupa larga e andrajosa de um palhaço de rodeio, seu rosto escondido depois da pintura branca, e só seus olhos e sua voz lhe disseram que estava realmente em presença do James Jackson Thorn. -Não será melhor que vá já para o arena, Louanne? -sugeriu Aaron com total falta de tato. Plantando as mãos nos quadris, Louanne não se moveu. -Quem é ela, Jake? -exigiu com tom estridente. 17
  • 18. Ada Stewart – Amando em Silêncio Traduzido por Romance com Tema Sobrenatural: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=18008059 _______________________________________________________________________________________________ -Tudo vai bem, Louanne -Jake fez um gesto de despedida com a mão sem deixar de olhar ao Lexi-. Pode ir. -Quem é? -exigiu Louanne de novo. Meu nome é Alexandra Conlcy -disse Lexi subindo os três degraus até o interior e estendendo tranqüilamente a mão-. Meu pai, Frank Conley é o dono do rancho vizinho ao do Jake. Louanne estreitou a mão do Lexi com rapidez e debilidade. por que está aqui? -Acredito que isso é algo entre o Lexi e eu -disse Jake, levantando do tamborete onde tinha estado sentado com potes de maquiagem na barra diante dele. Mas, Jake... -Vete -disse Jake em tom amável que não admitia discussões-. vais chegar tarde, e isto não tem nada que ver contigo. Fecharei a porta quando me partir. Com um olhar final venenoso ao Jake e ao Lexi, Louanne partiu. -Espero que não te importe que lhe tenha ensinado o caminho ao Lexi -disse Aaron desde fora-. Alguém já lhe havia dito onde estava. -Logo falaremos, amigo. Sonriendo, Aaron piscou os olhos o olho ao Lexi. --Espero que esta visita seja importante. Sei o pouco que gostam ao Jake as surpresas. -Adeus, Aaron -disse Jake sem tão bom humor olhando à porta até que se fechou, e então, voltou-se para o Lexi-. Importa-te se terminar de me preparar? Tenho que trabalhar dentro de um momento. -Não, nada. Lexi se sentou em uma poltrona. -Estava por acaso nesta zona? -perguntou Jake, tornando-se pintura negra em cada sobrancelha. -Não. -Então não vieste a recordar o passado? - Não. 18
  • 19. Ada Stewart – Amando em Silêncio Traduzido por Romance com Tema Sobrenatural: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=18008059 _______________________________________________________________________________________________ Bom, realmente eu gostaria de ter tempo para falar contigo -disse abrindo outro pote-. Mas por desgraça não o tenho. Pilhaste-me em uma noite de muito trabalho. Mas Lexi não tinha a intenção de ser despedida tão logo. -OH, não é problema, ficarei um momento. Espero não ter criado... problemas aparecendo assim. -Refere ao Louanne? É só uma amiga. -O há dito a ela? Jake continuou com sua tarefa. -Nunca me pareceu necessário. Quando trabalhamos no mesmo rodeio, estamos juntos -encolheu-se de ombros e começou a ordenar os potes e as broxas-. Alguma vez a vi comportar-se assim antes -disse girando no tamborete e olhando ao Lexi-. Bom, o que te parece? Jake estendeu os braços para indicar seu aspecto. Silenciando as milhares de perguntas que tinha, Lexi lhe olhou maravilhada. -Isso sim que é uma vestimenta. -Seguro que nunca me teria reconhecido -disse ele sonriendo. -Não sei. Algumas costure não trocam --Lexi se fixou em seus olhos, os mesmos tons verdes e faiscantes. -Você sim. É toda uma mulher -observou ele com suavidade. Ao Lexi deu um tombo o coração pelo inesperado calor e a tom sensual. preparou-se para enfrentar-se à ira que saberia provocaria sua visita. Mas não se preparou para a possibilidade de que surgissem outras emoções. E de repente, Jake ficou de pé. -Bom, tenho que sair já. -Esperarei-te fora. Lexi se levantou da cadeira e partiu. Uma vez fora, respirou profundamente o ar fresco e tratou de acalmar os batimentos do coração de seu coração. 19
  • 20. Ada Stewart – Amando em Silêncio Traduzido por Romance com Tema Sobrenatural: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=18008059 _______________________________________________________________________________________________ Nenhum homem tinha direito a estar tão sexy... especialmente com esse disfarce. Dentro, Jake se atou os cordões das sapatilhas de esporte que usava para trabalhar. passou-se uma mão pelo cabelo enquanto se com a outra se dava uma massagem no nó que lhe estava formando no estômago. Não podia acreditar que ela estivesse aí. Lexi Conley... Tinha tido dezenove anos tenros e trementes a última vez que ele a tinha visto, tão doce e tentadoramente maravilhosa que quase lhe rompia o coração olhá-la. Com seu corpo de menina e sardenta inocência, tinha devotado salvação a sua alma faminta, e ele tinha fugido dela. Agarrou sua caixa de maquiagem e a meteu em sua bolsa, fechou a cremalheira e a pendurou ao ombro. Apagou a luz e ficou às escuras no interior, olhando-a, de pé fora sob a suave luz do anoitecer. O corpo de menina tinha desaparecido, substituído por suaves e voluptuosas curvas, mas ficava algo da sardenta inocência. Seu cabelo negro, liso e comprido, brilhava radiante. Seus olhos, um marrom exótico e quente. olhavam à distância, como se estivesse perdida em seus pensamentos. E seu lábio inferior... Não, não podia pensar em seus lábios. Tinham sido sua perdição a última vez. Saindo e fechando a porta da caravana, Jake se baixou o chapéu sobre os olhos. -Bom, espero que desfrute de do rodeio -disse passando ao lado do Lexi-. Crie que pode voltar sozinha aos degraus? -Bom, sim, mas... -Sinto muito, mas sou um trabalhador e chego tarde. Lexi lhe seguiu obstinada. -Esperarei-te até que acabe. Ele negou a cabeça e caminhou mais depressa. -Saio para a seguinte cidade assim que termine. -Seguirei-te se tiver que fazê-lo -disse ela com decisão. Dando-se conta de que não ia render se, Jake se deteve. -O que é tão importante, Lexi? -É papai. Está doente. 20
  • 21. Ada Stewart – Amando em Silêncio Traduzido por Romance com Tema Sobrenatural: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=18008059 _______________________________________________________________________________________________ A frase foi como um murro para o Jake. Frank Conley era um homem muito duro. Não o tipo de pessoa que reconhecesse facilmente uma enfermidade. Mas Jake não queria mostrar o muito que lhe tinha impactado a notícia. -Bom, sinto ouvir isso, Lexi. lhe diga ao Frank que lhe terei presente em minhas orações. Quando Jake seguiu caminhando, Lexi lhe agarrou do braço e atirou dele com surpreendente determinação. -Ele quer algo mais que isso, Jake. Em seus olhos cor canela, ele viu medo. -Sinto muito, Lexi -repetiu Jake brandamente-.Sinto-o de verdade, mas não posso lhe oferecer nada mais. -Não me rendo tão facilmente -advertiu-lhe. -Está perdendo o tempo. Sabe. Sabia inclusive antes de vir. Maldito seja, Jake Thorn -disse Lexi fechando o punho sobre sua camisa e lhe bloqueando o caminho-. Meu pai não vai morrer por sua culpa. A fúria feroz de sua voz era surpreendente, mas foi a lágrima que escapou pela extremidade do olho o que quase foi a perdição do Jake. - Ah, Lexi -murmurou suspirando e lhe tirando a lágrima com um dedo-. Não me faça isto. Já sabe o que quero a esse homem. -Então, lhe ajude -suplicou-lhe-. Tudo o que te pede é que te ocupe de seu rancho durante uns meses enquanto lhe operam. -Ele não me necessita. Há outros homens que podem fazê-lo. -claro que sim, mas já conhece meu pai -insistiu Lexi com desespero-. Não quer a ninguém mais. Quer a ti, Jake. -Jurei que nunca voltaria. -Quer dizer que deixará a papai morrer antes de voltar por um estúpido juramento do que não se preocupa ninguém mas que você? -perguntou furiosa. -É mais que isso, e você sabe. Frank se operará e ficará bem -sentiu-se debilitar, e se separou dela, arrancando um botão da camisa no processo--. E eu não estarei ali -disse por cima do ombro enquanto partia antes de que trocasse de opinião. 21
  • 22. Ada Stewart – Amando em Silêncio Traduzido por Romance com Tema Sobrenatural: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=18008059 _______________________________________________________________________________________________ -Não te terminado contigo, Jake Thorn. Ele se girou para olhá-la. -Bem -gritou-. Mas por agora sobe aos degraus. por aqui vai passar agora todo o gado, e ficará apanhada se não te aparta. Com isso, Jake girou e partiu. Uma hora depois, Lexi seguia furiosa, consigo mesma e com ele. Não tinha esperado que Jake fora mais receptivo do que o tinha sido. mas não tinha que ser tão cabezota. Se tivesse sido algo mais sensato, ela nunca teria perdido a calma e se pôs a gritar. Mortificada pela lembrança, cobriu-se a cara com as mãos e desejou poder retroceder no tempo. Nunca deveu ter ido a essa caravana. Aí foi quando tudo foi mau. Deveria ter esperado até que Jake tivesse estado sozinho e ter apelado A... Ter apelado a que? A sua bondade? Deveria estar agradecida de que não queria voltar com ela ao rancho. Exceto por um velho teimoso, ninguém queria ao Jake no rancho. Lexi ficou de pé ao ver dois palhaços detrás das barreiras junto às rampas. Esperando que um fora Jake. começou a descer dos degraus para fazer uma súplica mais. Ao descender, estudou ao grupo de homem detrás das barreiras, dois deles vestidos de palhaços e o resto com jeans e botas. Como os atletas antes de qualquer competição, começaram a estirar-se, a esquentar e Lexi pensou no estranho de que Jake, um cavaleiro que tinha colhido muito troféus, converteu-se em palhaço de rodeio. Deixando a um lado esses pensamentos, desejou lhe haver emprestado mais atenção ao lhe haver visto antes, já que os dois homens tinham a mesma maquiagem e roupa, e ela não podia saber qual era Jake. Detendo-se na base das escadas, Lexi olhou aos homens mais atentamente. As pernas largas do Jake, seus movimentos fluídos e seus largos ombros, eram inconfundíveis. Com os anos, seu corpo alto e magro se tornou musculoso, mas o tempo não lhe tinha feito perder seus movimentos felinos, igual ao tempo tampouco parecia ter apaziguado o nervosismo que ela sentia ao vê-lo. Mas não. Era impossível que seguisse querendo-o. Passaram minutos enquanto lutava por controlar suas lembranças. Respirando profundamente, aproximou-se um pouco mais, sentindo os joelhos de borracha. 22
  • 23. Ada Stewart – Amando em Silêncio Traduzido por Romance com Tema Sobrenatural: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=18008059 _______________________________________________________________________________________________ A uns metros, levantou a vista e viu o Jake olhando-a. Não parecia feliz com a idéia de uma segunda discussão, mas tampouco parecia que fora a escapar. Lexi não estava segura de que fora a lhe sair a voz quando chegasse, mas ia dizer o que tinha ido dizer, embora tivesse que usar a linguagem das mãos. Com decisão chegou ao bordo da barricada e Jake deixou os outros para aproximar-se dela. -Tem uns minutos? -perguntou ela em voz tão baixa que apenas se ouviu-. Eu gostaria de falar contigo. -Lexi... -Sinto muito -interrompeu-lhe-. Estava furiosa e hei dito algumas costure que não devi, e não disse nada do que queria dizer. Jake seguiu sem olhá-la. -Não, Lexi... -Por favor... por favor --repetiu Lexi, recordando que seu pai era a única razão de que ela estivesse ali. -De acordo - disse Jake-. O que? Lexi olhou detrás dele, e encontrou a todos os jeans olhando de esguelha. -Em privado -sussurrou. -Tenho que estar preparado dentro de uns minutos-Que tal logo? Ela tinha que seguir adiante enquanto ainda tivesse coragem. Jake não o ia fazer mais fácil depois. -Só vêem comigo a alguma parte onde não esteja olhando ninguém -rogou-lhe. Jake franziu o cenho. -Vamos. Jake a agarrou do braço com mais suavidade da que ela tinha esperado e a levou até o estacionamento. Então a soltou e a olhou. -Está bem aqui? -perguntou abruptamente. -Se ela tentou não intimidar-se pela dureza de seu tom. -Bom, fala -ordenou-lhe. 23
  • 24. Ada Stewart – Amando em Silêncio Traduzido por Romance com Tema Sobrenatural: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=18008059 _______________________________________________________________________________________________ -Poderia ser um pouco mais simpático. Jake suspirou e olhou aos focos brancos piscando contra o céu negro. -Isso não nos faria isto mais fácil para nenhum, Lexi. -Não sei por que isto é tão duro -disse ela frustrada . Uma vez fomos amigos. -Fomos muito mais que amigos uma vez. A repentina suavidade de sua voz levantou um montão de emoções no Lexi. Tudo o que tinha querido evitar se estava dando procuração dela. -Só uma vez --disse ela brandamente-. Não estava segura de que você o recordasse. -OH, sim que o recordo. Às vezes penso em fragmentos dessa noite - ao falar seu dedo se enrolou em uma mecha de seu cabelo--. de vez em quando -o reverso de sua mão roçou seus peitos e continuou descendo por seu cabelo que terminava justo sobre sua cintura- . Nos momentos e nos lugares mais inoportunos... Como agora -levantou-lhe o queixo-. É estranho os truques que joga a mente. Enfeitiçada e com os joelhos como pudins, Lexi evitou cair entre seus braços com grande esforço. -Jake... -Mas não é disso do que vieste a falar, verdade? -Não. Jake apartou a mão, rompendo o feitiço. - Bom, do que vieste a falar? Lexi respirou profundamente. -De papai. -Já falamos que ele. - Não me perguntaste o que lhe passa. -De acordo, o que lhe passa? Sentindo como se estivesse golpeando-a cabeça com um muro, Lexi continuou. -Precisa operar do coração. -Sinto muito ouvir isso. 24
  • 25. Ada Stewart – Amando em Silêncio Traduzido por Romance com Tema Sobrenatural: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=18008059 _______________________________________________________________________________________________ -Necessita-te, Jake! -exclamou, incapaz de acreditar a frieza que ouvia em sua voz. -Está seguro de que é ele quem me necessita. Lexi? - perguntou Jake. -O que... o que quer dizer? --balbuciou Lexi. -Sinto muito. Pensei que estava muito claro. O que quero dizer é se for Frank quem me necessita tão desesperadamente, por que te enviou? E realmente te enviou ele? O tom insolente do Jake não fez nada poi acalmar a fúria que crescia dentro do Lexi. Olhe, se estiver sugiriendo que vim por mim.. -Estou sugiriendo que é possível disse trocando seu tom de aborrecimento a sedução-. Igual a é possível que eu não seja o único que pense nessa noite de vez em quando. Ao melhor você também pensa nela. Ao melhor... Lexi apartou a mão que acariciou seu queixo. -Olhe, Jake. Pedi-te que viesse para poder me desculpar por ter perdido o controle antes. Mas se me toca... -apartou-se e levantou um dedo ameaçador-, não vou desculpar me pelo que faça depois. O tom rouco da risada do Jake lhe sentou muito mal, como uma bofetada. --Né, tranqüila -disse ainda com tom divertido-. Só estava especulando. E aparentemente me equivoquei. Lexi estava confundida, entre furiosa e decepcionada, e não sabia o que dizer. -Suponho que seu pai estaria muito doente para vir até aqui -sugeriu Jake gentil no que foi um intento de desculpar-se. -Logo que pode valer-lhe sozinho - -disse Lexi com tristeza-. Esta manhã tentou ir caminhando até o celeiro, e um par de ajudantes lhe encontraram sentado a um lado da estrada, a ponto de deprimir-se. Levaram-lhe de novo à casa. Embora o tentava, Lexi não podia parar o tremor em sua voz. -Estou muito assustada de que possa morrer, Jake. Não sei o que faria. Ela não pretendeu soar débil. Não tinha ido ali a pedir esmola, mas isso era o que parecia estar fazendo... uma e outra vez. Então, os braços fortes do Jake a rodearam e ela descansou a cabeça contra seu peito. -Deus, Lexi... O que passa é que me traz lembranças. 25
  • 26. Ada Stewart – Amando em Silêncio Traduzido por Romance com Tema Sobrenatural: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=18008059 _______________________________________________________________________________________________ Seus dedos passaram entre seu cabelo, acariciando, acalmando. A mão em suas costas sujeitou com mais força da que devesse. E repentinamente, soltou-a. -Sinto muito, Lexi. Faria algo pelo Frank se pudesse, mas não posso fazer o que me está pedindo. Não posso voltar. Sem deixá-la tempo para responder, Jake girou e partiu para o arena com grandes pernadas, mais e mais longe dela. Lexi lhe viu partir, com a tristeza apoderando-se dela, recordando que ela e Jake tinham sido uma vez os melhores amigos e que ela tinha sido a que tinha trocado isso. Mas ele se equivocava em uma coisa. Lexi não pensava naquela noite. Tinha mantido a lembrança a raia durante muitos anos, e ele havia o tornado a recordar com todo detalhe. Capítulo 3 QUÉ faz aqui tão sozinha? -perguntou Aaron detrás dela. Soltando um grito, Lexi se deu a volta. -iAaron, assustaste-me! Ele sorriu. -Sinto muito. Bom, conseguiste algo desse cabezota? -O que? -Está tentando que Jake volte contigo para rancho, não? Lexi ficou pasmada. -Como sabe? -Aqui somos uma pequena comunidade com grandes brinca. -E aparentemente uma boca maior ainda. -E um grande coração também. Jake tem muitos amigos aqui. -Não lhe estou pedindo que faça nada que possa lhe fazer danifico --defendeu-se Lexi. 26
  • 27. Ada Stewart – Amando em Silêncio Traduzido por Romance com Tema Sobrenatural: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=18008059 _______________________________________________________________________________________________ -OH, estou de acordo. E se lhe importar algo minha opinião, eu lhe animarei a que vá contigo. -De verdade? -Claro. Dolores já não vive ali. Não sei qual é o problema então. -Bom, suponho que teria que faltar ao trabalho. Ao melhor não quer fazê-lo. -Pois os médicos levam os últimos meses tentando que o deixe. -Sério? -Sim. Tem o ombro mau e não melhora. Não deixam de lhe dizer que terá que operar-se se não descansar e se cura. -Então, por que não o deixa? -Oxalá soubesse -encolheu-se de ombros-. O único que me ocorre é o dinheiro. Jake não quer nem ouvir falar do tema. Se eu o mencionar, enfurece-se e parte. Minutos antes, Lexi se tinha resignado a entrar em seu carro e partir, mas nesse momento sabia que não podia fazê-lo. Ainda não. Jake necessitava o trato que lhe estava oferecendo seu avô tanto como seu avô necessitava que Jake o aceitasse. -Aaron, pode me levar até onde está Jake? -Posso te levar perto, mas agora está em meio da areia dando a volta com um touro. Lexi franziu o cenho preocupada, ouvindo na distância os gritos e Palmas do público. -Não se preocupe -assegurou-lhe Aaron ao vê-la-. Jake é um veterano. Sabe o que faz. -Sei -disse Lexi, não tão segura. Tinha estado em muitos rodeios para saber que só um dos palhaços era o gracioso, que ficava fora enquanto o touro estava no arena. Os outros dois, eram os que ficavam entre o touro e o cavaleiro quando o vaqueiro caía. Para os jeans dos rodeios, esses dois palhaços eram Santos, e não lhes chamava toureiros por nada. Supunham a diferença às vezes entre a vida e a morte. -Vamos? - perguntou Lexi, ansiosa por ver o Jake a salvo com seus próprios olhos. -Claro. 27
  • 28. Ada Stewart – Amando em Silêncio Traduzido por Romance com Tema Sobrenatural: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=18008059 _______________________________________________________________________________________________ Agarrando-a do braço, Aaron a guiou rapidamente entre a multidão até que chegaram às barricadas a um lado do arena. Com o coração na garganta, Lexi observou o panorama. O vaqueiro estava a ponto de sair, agarrando-se ao touro só com uma mão enluvada sujeita fortemente a uma corda atada do lombo do animal, dando um par de voltas na mão com a corda restante, e apertando os joelhos também para sujeitar-se. Com o coração acelerado, Lexi olhou ao outro lado do arena e viu o Jake. Tinha os pés separados, as pernas flexionadas, a postura de um guerreiro a ponto de saltar. Imediatamente seguinte, o vaqueiro fez um gesto com a cabeça, assinalando assim estava preparado para sair. A porta se abriu, e ele apareceu galopando sobre uma massa musculosa e raivosa. Pela primeira vez em sua vida, Lexi não agüentou a respiração pelo vaqueiro, mas sim pelo palhaço disposto a arriscar seu próprio pescoço por ele. Apenas se deu conta quando o vaqueiro saiu disparado para diante e aterrissou sobre a areia. O touro continuou bufando e correndo. O vaqueiro conseguiu ficar de pé e pôr-se a correr para refugiar-se, com o touro detrás, preparado para investir. Então, quando o touro baixou a cabeça e apontou com um corno para as costas do cavaleiro, um chapéu chegou voando pelo ar e lhe caiu ao animal na cara, lhe fazendo girar bem a tempo para que cl vaqueiro saísse do arena e ficasse a salvo. Sem chapéu, Jake ficou a correr diante do touro, lhe levando para o centro do arena. antes de que o animal pudesse lhe alcançar, o outro palhaço lhe atirou um boneco de trapo. O animal o agarrou entre os chifres e o jogou várias vezes no ar, entrando assim docilmente pela porta, que se fechou atrás dele. O público assentiu entusiasmado e os palhaços fizeram uma reverência. Enquanto isso outro vaqueiro se estava preparando, comprovando bem as cordas e assegurando-se ao touro. Fez um gesto com a cabeça e se abriu a porta. O touro, cinza e negro e maior que o anterior, saltou para frente, sem parar de saltar. Antecipando o final, os dois palhaços se aproximaram. Então o animal começou a girar e a girar. Lexi estava apertando sem dar-se conta o braço do Aaron. Não se preocupe, Lexi, estará bem. Faz isto cada noite, Y... OH, não! -O que? -gritou Lexi histérica. Vendo que Jake estava a salvo, olhou ao touro. E então viu o que acontecia. 28
  • 29. Ada Stewart – Amando em Silêncio Traduzido por Romance com Tema Sobrenatural: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=18008059 _______________________________________________________________________________________________ O vaqueiro tinha deixado de estar sentado sobre o touro e pendurava de um braço da corda atada ao lombo do animal. Seus pés se arrastavam pela areia e sua cabeça se golpeava com os ombros do touro. -por que não pode soltar-se? -perguntou Lexi. -Lhe enredou a corda. - Isso já sei. Mas por que? Aaron se encolheu de ombros impaciente. A atou mau, muito forte, deu muitas voltas. Quem sabe? E o que passa se não se solta? - Não pergunte isso lhe disse Aaron muito sério. Enquanto o touro girava, os dois palhaços se aproximaram pelo lado oposto de onde pendurava o vaqueiro para tentar lhe soltar, mas não puderam. O touro seguia dando voltas, mais e mais rápidas, e todo o peso do homem pendurava de seu braço. Enquanto suas botas se arrastavam pela areia, suas pernas se meteram sob o estômago do animal, diretamente diante de seus pezuñas. O homem, vapuleado como um boneco de trapo, parecia mais e mais fraco a cada momento, e os palhaços seguiam sem poder lhe liberar. Quase com medo de olhar, Lexi se forçou a fixar-se no desesperado vaqueiro e nos homens lutando por lhe liberar. Jake deu um passo atrás e separou as pernas, preparado para saltar. Saltou no ar justo quando a cabeça do touro girou diante dele. Lexi gritou quando seu corpo aterrissou plano no estreito espaço entre os largos chifres do touro. Com um movimento perfeito, seus largos braços se agarraram a suas curvas mortais. Enquanto empurrava para baixo com todo seu peso, suas sapatilhas se cravavam na areia freando para deter o furioso animal. No mesmo instante, o segundo palhaço se tornou sobre o flanco do touro, tentando desenredar a corda da luva. Então os dois palhaços foram lançados à areia, e seus corpos rodaram pela força do golpe. Imediatamente ficaram de pé e se prepararam para tentá-lo de novo. Jake saltou mais alto a segunda vez, agarrando-se com mais força dos chifres enquanto de novo usava seu corpo como freio para deter o touro. Com uma resistência incrível, o vaqueiro ficou de pé justo o tempo necessário para trabalhar com seu braço livre na corda junto com o segundo palhaço. Lexi rezou para que essa vez o conseguissem. Então o vaqueiro escorregou de novo e suas pernas se meteram sob a tripa do touro. 29
  • 30. Ada Stewart – Amando em Silêncio Traduzido por Romance com Tema Sobrenatural: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=18008059 _______________________________________________________________________________________________ E nesse momento, de novo os dois palhaços saíram voando pelo ar, e Jake caiu ao chão com um grande golpe e ficou aí jogado uma milésima de segundo antes de ficar de pé antes de que a cabeça do touro passasse de novo junto a ele. Lexi quase pôde ouvir o rangido das costelas do Jake quando seu corpo se golpeou de novo na estreita abertura entre os chifres. Cravando os talões, ficou assim com o que ficava de força. Essa vez o vaqueiro conseguiu ficar de pé durante duas largas pernadas. E sem o peso do homem atirando da corda, o outro palhaço pôde dar um puxão forte. A corda caiu à areia, e o vaqueiro a seu lado. Então, com o instinto de sobrevivência que tinha feito viver a mais de um vaqueiro, reuniu forças para rodar três vezes e aproximar-se da cerca. Todo mundo aplaudiu frenético e meia dúzia de jeans saltaram para lhe tirar do arena e ficar a salvo. Lexi apenas os viu. Estava muito ocupada olhando ao Jake. Soltando os chifres do touro, aterrissou de pé e se tornou para trás. Até que o vaqueiro estivesse a salvo e o touro de volta ao toril, o trabalho dos toureiros não tinha terminado, e esse touro ainda queria briga. O animal se deteve, baixou os chifres e chutou o chão. Sua pesada cabeça girou de um lado a outro, sem saber a qual investir primeiro. O segundo palhaço olhou ao Jake que não parecia muito firme e tirou um lenço vermelho do bolso, agitando-o em sua direção e lhe gritando. O animal deu um passo atrás, ainda inseguro. Sentindo que a primeira fúria do touro estava esfriando-se e que a gente necessitava uma distração depois do susto, Jake tirou outro lenço vermelho e se uniu a seu companheiro. Soltando um bufido final de desgosto, o touro de repente dócil, girou e trotou pela porta aberta detrás dele enquanto o público ficava de pé e aplaudia emocionado. Jake e seu companheiro se guardaram os lenços e fizeram uma reverência. Embora Jake estava muito rígido e apenas se dobrou. Enquanto a gente seguia aplaudindo, Jake se aproximou devagar a recolher seu sombreio. inclinou-se para agarrá-lo e então se desabou. -ficará bem -assegurou-lhe Aaron enquanto levava ao Lexi até a caravana do médico-. Possivelmente será seu ombro. -Está seguro de que me deixarão entrar em vê-lo? -perguntou Lexi sem fôlego pelo esforço de lhe seguir. -OH, sim. Direi-lhes que é sua irmã. 30
  • 31. Ada Stewart – Amando em Silêncio Traduzido por Romance com Tema Sobrenatural: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=18008059 _______________________________________________________________________________________________ -0h, Aaron -gemeu Lexi revivendo o horror que acabava de presenciar-. Poderia ter morrido. -E se não tivesse sido pelo Jake e Pete, isso teria acontecido certamente. Mas para isso estão os palhaços, para salvar aos jeans... -disse olhando-a zombador --. OH, mas não estava perguntando pelo pobre Billy, verdade? Não -Lexi se sentia envergonhada por não haver nem pensado nesse pobre moço-. Mas como está Billy? Sabe? Parecia um pouco conmocionado, mas nada grave. Os jeans são duros. Em um par de dias estará trabalhando de novo. -por que o fazem? -O que. -Isto! -Lexi abriu os braços fazendo um gesto a tudo o que lhe rodeava-. Não há dinheiro nisto. Um contável meio ganha mais. Não há fama. Inclusive embora seja um campeão como foi Jake, ninguém te conhece fora dos rodeios. E em quando ao glamour... só há aroma de cavalo e pó. -Bom... embora todo isso se verdade -disse Aaron brandamente-. Jake o ama e você o ama a ele. -Não! -protestou Lexi. -OH, sim -lhe agarrou a mão e lhe deu um tapinha-. por que crie que te recordo tão bem depois de tantos anos? por que pensa que te levei com o Jake sem te fazer nenhuma pergunta? Porque, querida Lexi, a primeira vez que te vi olhar ao Jake, disse-me que se alguma vez alguém me olhava com esse amor em seus olhos, poderia morrer feliz. -Isso foi faz muito tempo -defendeu-se Lexi sem olhá-lo. -Sim, foi. Por isso é muito mais comovedor ver que o amor segue aí. -Não! -Lexi apartou a emana--. Importa-me Jake, mas não o amo. Há uma grande diferencia. -Né, tranqüila, Lexi. Não queria te incomodar. E nesse momento, abriu-se uma porta detrás dela, e se ouviram vozes. -Por isso a mim respeita pode ir ao inferno! -gritou uma mulher. 31
  • 32. Ada Stewart – Amando em Silêncio Traduzido por Romance com Tema Sobrenatural: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=18008059 _______________________________________________________________________________________________ A porta se fechou de novo e se ouviram passos partindo pelo cascalho. Lexi cheirou o forte perfume antes de girar-se e ver o Louanne Byers passar a seu lado. -Louanne, como está Jake? -perguntou-lhe Aaron. A mulher lhe respondeu sem deter-se. -Como uma serpente. Espero que se remoa. Deveria fazer que me examinassem a cabeça poi me haver importado que estivesse vivo ou morto. Juro-te que não vi nunca a ninguém tão podre. E suas palavras se desvaneceram enquanto desaparecia na escuridão sem olhar atrás. -Parece que está bem -disse Aaron-. Bom, acredito que esperarei fora para que possa falar com ele. -Covarde. -me permita. Aaron lhe abriu a porta, e lhe deu um suave empurrão para ajudá-la a entrar. Lexi se encontrou cara a cara com um Jake furioso e um médico surpreso enquanto a porta se fechava atrás dela. -OH, perdão -disse olhando ao doutor-. Só devia ver como estava. -Você é...? -perguntou o doutor com uma seringa de injeção na mão. -Sou... uma velha amiga -balbuciou-, de... da família. De fato quase sou um familiar. Sou seu... cunhada. Bom, era-o -terminou, envergonhada por explicar-se tão mal. Não havia nada simples em sua relação com o Jake. Tudo o que havia dito era certo, mas... O doutor se girou para olhar ao Jake. -Conhece esta mulher? -um pouco. -Quer que fique? Os olhos verdes do Jake olharam ao Lexi com frieza. -Não me importa. De momento. -Bem. Voltarei em seguida. Quero ver esses 32
  • 33. Ada Stewart – Amando em Silêncio Traduzido por Romance com Tema Sobrenatural: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=18008059 _______________________________________________________________________________________________ raios X -disse o doutor deixando a seringa de injeção em uma bandeja de metal detrás dele e dirigindo-se ao Lexi-. Há alguém que possa lhe ajudar a ir a sua caravana quando eu tenha terminado? Há um amigo esperando fora. -Bem -o doutor olhou ao Jake-. Enquanto isso, não se mova. Com isso, o doutor entrou por uma cortina ao fundo da habitação, deixando-os sozinhos. Lexi ficou aí de pé, incômoda e desconjurado, desejando não ter ido. Queria lhe dizer ao Jake quão impressionada estava pelo que ele tinha feito. Nunca tinha visto ninguém fazer algo tão valoroso nem aterrador. -Suponho que soei bastante estúpida faz um momento -disse em seu lugar. -Ora... Uma das coisas que sempre admirei que ti é que não sabe mentir. -Não menti. -Não, mas você gostaria. -Bom, sim --admitiu Lexi-. Até que te ouvi lhe gritar ao Louanne, esperava que seguisse inconsciente. Planejava lhe dizer ao médico que era sua irmã para que me deixasse ficar -sentiu-se avermelhar de novo-. Mas por desgraça estava acordado. E me olhando. Dava- me conta muito tarde que não me tinha preparado para isso. -por que está aqui, Lexi? -perguntou Jake brandamente. Ela deixou de olhar ao chão e se fixou nele. Sustirantes penduravam um a cada lado da maca. Sua camisa parecia um novelo no chão, suas enormes calças desabotoadas e baixados até os quadris, expondo um moratón no osso do quadril. -Queria ver como estava -respondeu devagar. Seu olhar se posou na atadura que rodeava suas costelas e o tipóia azul que sujeitava seu braço direito. -Qual é sua opinião? -Parece bastante feito pó. -Sinto-me feito pó -disse irônico-. Alguma outra observação? 33
  • 34. Ada Stewart – Amando em Silêncio Traduzido por Romance com Tema Sobrenatural: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=18008059 _______________________________________________________________________________________________ Lexi baixou o olhar a uma feia ferida que aparecia entre os suaves cachos de seu peito e aos cachos castanhos que baixavam até a atadura rodeando a costelas e saíam de novo mais abaixo sobre seu umbigo. Assinalou a atadura. -Te vai doer quando lhe tirarem isso. -Isso não o tinha pensado --disse ele olhando-a Mas possivelmente tenha razão -levantou a cabeça de novo e a olhou com dureza-. Algo mais? Lexi desejou não ter aberto a boca. Tinha visto o Jake sofrer antes, e sabia que não era inteligente lhe oferecer compreensão nem converter-se no branco de sua fúria. -Não. -Bom, senhor Thorn -disse o médico aparecendo-. Parece-me que é você um homem afortunado -mostrou-lhe uma radiografia- . Só umas poucas costelas fraturadas, e o resto machucadas. O esterno se golpeou, mas se curará antes que as costelas. E também doerá menos. Além disso, seu ombro direito está muito pior que antes, mas se tomar cuidado, ainda pode evitar a operação. -Isso é sorte? -perguntou Lexi devagar. -Estupendo -grunhiu Jake-. Quando posso voltar a trabalhar? -OH, eu diria que dentro de dois meses como mínimo. Pode que três. -O que... ? Ao meio falar, Jake ficou quieto. O ar saiu dele em um suspiro comprido e doloroso. Estendeu os dedos, jogou a cabeça para trás, mas não podia endireitar-se, tombar-se nem mover-se. O doutor deixou a radiografia na mesa e agarrou a seringa de injeção que tinha cheio. Olhou ao Lexi. É muito grande seu amigo? -Enorme. O doutor sorriu. Bem -limpou com um algodão uma zona no braço do Jake- . Não deve fazer movimentos bruscos em duas ou três semanas como mínimo. Essas costelas vão ser 34
  • 35. Ada Stewart – Amando em Silêncio Traduzido por Romance com Tema Sobrenatural: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=18008059 _______________________________________________________________________________________________ implacáveis ao princípio -cravou a agulha- . Sentirá-se melhor com isto. Quer tentar tombar-se enquanto lhe faz efeito?. -Não poderia me mover embora tivesse que fazê-lo -ofegou Jake. Lexi teve que forçar-se a ficar quieta. Não podia ajudar. Ele estava ferido em tantos lugares que não havia nenhuma zona que ela pudesse tocar sem lhe causar mais dor. -Poderíamos lhe ajudar a tombar-se se quiser --disse o doutor--. Embora tenha que lhe advertir que voltar a levantar-se não será agradável inclusive com o analgésico. -Não posso ficar assim durante dois meses--grunhiu Jake com os dentes apertados. - Não tem outra opção, filho. Tem sorte de que não lhe hospitalize. Mas estou seguro de que se o fizesse não ficaria. -Não se equivoca --grunhiu Jake. Sonriéndole e sem sentir-se intimidado, o médico se voltou e escreveu uma receita. -Estes dois medicamentos tomará até que se terminem. Assim que esteja instalado em algum lugar, quero que vá a outro médico, a semana que vem como muito tarde. vai necessitar que alguém fiscalize sua recuperação. -Diabos, doutor! --exclamou Jake com toda a fúria que pôde-. O que vou fazer assim? -Cheirar as rosas, ler um livro, ver crescer a erva... O que tem que você, jovencita? Tem alguma influência nele? -Não que eu saiba -Lexi se aproximou um pouco, pensando rapidamente-. Poderia ocupar-se de papelada relacionada com o controle de um rancho? Já sabe, ser o encarregado sempre que houvesse um capataz para levar a cabo suas ordens. -Não vejo nenhum problema -disse o doutor lhe dando ao Lexi a receita-. Ocupe-se de que segue minhas indicações. E não quero que suba em um cavalo ao menos durante seis semanas. -Eu não vou com ela -Jake estendeu a mão esquerda para o Lexi-. Me dê essa receita. -Não -Lexi se meteu o papel no bolso-. E virá comigo. É a solução perfeita para todos. Poderá substituir a papai enquanto os dois lhes recuperam. Terá uma casa, um salário e gente que te cuidará até que esteja melhor. 35
  • 36. Ada Stewart – Amando em Silêncio Traduzido por Romance com Tema Sobrenatural: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=18008059 _______________________________________________________________________________________________ -por cima de meu cadáver. Não vou voltar -baixou a mão e a voz de repente-. O que me passa? -umedeceu-se os lábios-. Não me sinto muito bem. Preocupada, Lexi olhou ao médico. - É a injeção. Dormirá tranqüilamente toda a noite. Jake olhou ao médico. -Quer dizer que me deixou fora de combate? -perguntou em um sussurro. Temendo que Jake se deprimisse antes de que pudessem lhe mover, Lexi correu à porta e a abriu. -Aaron? -suspirou aliviada quando apareceu de entre as sombras com outros dois jeans -Pode levar ao Jake a meu carro? -Claro -disse ele subindo à caravana-. Não posso acreditar que tenha acessado. Jake moveu cambaleante a cabeça para a porta, com fúria no olhar. -Estou sendo seqüestrado -murmurou com voz sonolenta e cansada. -O que? -perguntou Aaron agarrando com cuidado ao Jake entre seus braços. -Está sendo seqüestrado -repetiu Lexi-. Sabe onde estão o resto das coisas do Jake? Olhou a camisa do chão e decidiu deixá-la. Não era mais que um farrapo. -Estão em meu caminhão. Estávamos viajando juntos -disse Aaron baixando as escadas detrás do Lexi e seguido dos outros jeans. -Bem. Eu as recolherei quando lhe tivermos metido no carro -disse ela caminhando para o estacionamento- . Menos mal que não tenho o carro muito longe. -O que lhe passa? -Costelas, esterno e ombro. Fraturas, contusões e o ombro pior que antes, mas pode que não faça falta operar. Mais múltiplos feridas e rasgões que o doutor nem comentou. - Bastante mal, né? Quanto tempo demorará para ficar bem? -Dois ou três meses. -Vá, arrumado a que Jake rugiu. 36
  • 37. Ada Stewart – Amando em Silêncio Traduzido por Romance com Tema Sobrenatural: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=18008059 _______________________________________________________________________________________________ -Tentou-o, mas lhe doía muito. Chegaram ao carro, ela abriu a porta do copi lótus e jogou o assento para trás tudo o que pôde. Aaron e os outros jeans colocaram ao Jake brandamente e lhe puseram o cinturão. Jake gemeu mas não despertou enquanto Lexi fechava a porta e se dirigia a seu assento. Aaron a seguiu. -Assim Jake não acessou a te acompanhar, verdade? -Não Lexi abriu a porta e olhou ao homem dormido-. Mas me levo isso. Será um inseto com más pulgas quando despertar pela manhã. -Eu lhe cuidarei bem, Aaron. -Sei. Se não pensasse que isto é o melhor para ele, não te estaria ajudando. Passasse o que acontecesse o rancho faz tantos anos, seja o que seja do que ele esteve fugindo após, precisa voltar e enfrentar-se a isso. Eu só necessito que ele se ocupe de tudo durante uma temporada -disse Lexi sem querer remover o passado. -Só espero que não vivamos para nos arrepender de lhe forçar a ir. Bom, vemo-nos em meu caminhão. É aquele velho negro estacionado aí em frente. Lexi arrancou e se aproximou devagar ao caminhão. Enquanto Aaron jogava as coisas do Jake ao porta-malas, Lexi se disse que nunca deveu ir buscá-lo, e quando ele declinou sua oferta, ela não deveu ter insistido. Durante onze anos se havia dito que ele nunca voltaria para rancho, que ela não queria que o fizesse. Lexi era feliz. E apesar do que seu pai pensasse, o último no mundo que ela precisava era a presença do Jake agitando as águas. E nesse momento o ia levar pela força, drogado e seqüestrado. Teria sorte se Jake não a denunciava. Quando Aaron terminou, deu-lhe adeus e partiu. Só na intimidade de seu carro, Lexi se inclinou para o Jake e respirou profundamente, aspirando aromas que faziam difícil ignorar sua presença; uma suave colônia mesclada com o aroma nada desagradável do suor, terra, e calor corporal que criavam um aroma poderoso e único. Com a palma da mão, acariciou seu braço, sentindo a força dos músculos. Incapaz de resistir, acariciou os duros contornos de seu peito. Sob a mão, podia sentir os batimentos do coração fortes e regulares de seu coração, um coração que a odiaria à manhã seguinte. 37
  • 38. Ada Stewart – Amando em Silêncio Traduzido por Romance com Tema Sobrenatural: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=18008059 _______________________________________________________________________________________________ Ela o tinha amado uma vez, e durante um momento, Lexi se permitiu recordar aqueles dias quando ele o tinha sido tudo para ela. Seus lábios roçaram seus ombros, saboreando o gosto salgado do suor, e lágrimas amargas encheram seus olhos. -Jake, sinto muito -sussurrou--. Isto nunca deveria ter passado. Eu nunca devi fazer isto. Mas não pude evitá-lo. Dando-se conta de que estava falando sozinha, endireitou-se e respirou profundamente. Estava desculpando-se, e Jake não era precisamente um santo, e além disso, ele o devia. Devia-lhe onze anos de especular. Devia-lhe "a manhã depois" que Lexi nunca teve. E essa vez, ele não partiria até que saldasse sua dívida de algum modo. Capítulo 4 C UIDADO com ele -disse Lexi aos três homens que levavam o corpo do Jake enquanto entravam na casa . Especialmente com suas costelas e ombros. Na entrada estava seu pai. -A que dormitório? -Aqui embaixo -disse Frank Conley de pé na que sempre tinha sido a habitação do Jake-. Tenho aberto a cama. Quando chegaram a seu lado, ele soltou um assobio. -meu deus, filha. Tão difícil foi lhe convencer? -Papai -disse Lexi com tom duro, mostrando que tinha tido um dia duro e comprido e não estava de humor para brincadeiras. -Sério - insistiu Frank ficará bem? O que lhe passou? Ocupando-se de que os homens deixassem com cuidado ao Jake na cama, Lexi se esfregou os olhos. OH, um vaqueiro se enredou na corda do touro. Jake esteve... fantástico -disse avermelhando. Para ocultar seu rubor, entrou na habitação e se dirigiu aos ajudantes. -Terá que lhe tirar a roupa enquanto siga inconsciente. Podem lhe tirar as calças? São largos, assim não será muito difícil. 38
  • 39. Ada Stewart – Amando em Silêncio Traduzido por Romance com Tema Sobrenatural: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=18008059 _______________________________________________________________________________________________ Enquanto os homens lhe baixavam as calças, Lexi lhe desatou as sapatilhas e as tirou. -Minhas chaves seguem no contato do carro, John. Por favor, poderia tirar também as coisas do Jake do porta-malas e as deixar no vestíbulo? -Sim, senhorita Lexi -murmurou John enquanto lhe dava as enormes calças. -Obrigado. Lexi estudou as calças, manchados de sangue, terra e mil coisas mais, antes de dobrá-los e pô-los em cima dos sapatos. Então, quando só ficava fechar a porta e tirar-se o Jake da cabeça até a manhã seguinte, uniu-se a seu pai na porta. -O que tem? -perguntou Frank-. Costelas fraturadas? Ela assentiu. -E muitas coisas mais. Com a mão no pomo, levantou a cabeça e encontrou ao Jamie olhando do alto da escada, com o rosto ansioso como o de um menino o dia de natal. -É ele? -sussurrou. -Sim -respondeu Lexi levando um dedo aos lábios--. Ssh. Não desperte, por favor. Não estaria bem. -Quais são as outras coisas? -perguntou-lhe seu pai. -OH, a ver -seguiu enquanto seu filho descia pelas escadas-. Esterno machucado. Ombro saído... o do tipóia. E muitas feridas e contusões. -Poderá fazer algo? Jamie chegou. -me deixe vê-lo. -Não -disse Lexi respondendo a seu pai e ausentemente pondo um braço no ombro de seu filho-. Mas de todos os modos não tem que fazer nada além de sentar-se em uma mesa, tomar decisões e dar ordens. A desolação apareceu na voz do Jamie. -É esse Jake? O que é isso? -perguntou assinalando à pintura suja e corrida no rosto do homem dormido. 39
  • 40. Ada Stewart – Amando em Silêncio Traduzido por Romance com Tema Sobrenatural: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=18008059 _______________________________________________________________________________________________ Lexi passou os dedos pelo cabelo de seu filho, apartando-se o da frente e os olhos enquanto seu pai reprimia a risada. -É sua maquiagem explicou em um sussurro, esperando que Jamie não estivesse decepcionado de seu herói-. Jake é um palhaço agora, coração. -Um palhaço? Ouviu a tristeza na voz do Jamie, mas simplesmente assentiu. -Já sabe, um palhaço de rodeio. Não houve tiem correio de tirar a maquiagem antes de que fôssemos ontem à noite. -Maldição! -exclamou Jamie de coração. Jamie! Liberando-se da mão de sua mãe, girou furioso e entrou no dormitório. -Jake não pode ser um palhaço. Ele era um campeão! -Baixa a voz --ordenou-lhe Lexi lhe seguindo e lhe agarrando do braço e lhe girando-. Agora me escute, jovencito -sussurrou com firmeza-. Jake salvou a vida de um vaqueiro ontem à noite no arena. Fez algo muito valoroso, e poderia ter morrido fazendo-o. Pela primeira vez desde que lhe tinha deitado, ela se permitiu olhá-lo, tentando ser objetiva, tentando ver com os olhos de um menino ansioso por ver uma lenda feita realidade. No peito do Jake e nos braços começavam a formar-se novos moratones. -Você foste a rodeios suficientes vezes para saber que os palhaços trabalham tão duro como qualquer -disse enquanto voltava para seu filho para que olhasse ao Jake--. Eles arriscam suas vidas noite detrás noite sem pena nem glória e por muito pouco dinheiro. Jake está orgulhoso do que faz e você também deveria está-lo. -O que passou a suas calças? -perguntou Jamie. com a curiosidade substituindo à decepção ao ver as cueca vermelhas do Jake que lhe cobriam da cintura até os tornozelos. -Os tiramos para que esteja mais cômodo. -Está muito mal de verdade? -Não vai poder mover-se muito durante uma temporada -respondeu Lexi. -Posso tocá-lo? perguntou Jamie aproximando-se da cama. 40
  • 41. Ada Stewart – Amando em Silêncio Traduzido por Romance com Tema Sobrenatural: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=18008059 _______________________________________________________________________________________________ -Esta noite não. Melhor manhã. Não queremos que desperte antes de tempo. -Parece-me que Jake não está muito contente de ter tornado -observou Frank enquanto Lexi tirava o Jamie da habitação. -Não exatamente. Agradecida pela interrupção, Lexi soltou ao Jamie e correu para a porta quando os homens entraram com sua bagagem. -Aí mesmo --disse assinalando um rincão. -OH, e Tonio... -disse tirando-a receita do bolso-. Pode ir à farmácia assim que abram e que lhe dêem isto? Pelo bem de todos acredito que o melhor é que Jake comece a tomá-lo assim que desperte. Sonriendo, Tonio se guardou a receita. -Sim, senhorita Alexandra. E não se preocupe, lembrança o gênio do Jake como se fora ontem. Necessita algo mais? Nada. E obrigado Lexi sorriu aos três homens . Muito obrigado. Sinto muito haver despertado em meio da noite. -Não foi nada -disse outro fazendo um gesto com a mão--. Será estupendo ter ao Jake de novo. E despedindo-se, o trio partiu nas pontas dos pés. -Alexandra? disse Frank Conley com autoridade. -Sim? -Temos que falar. -Agora? -Lexi olhou para o corredor-. Onde está Jamie? - Mandei-lhe à cama. E sim, agora. -OH, papai... Lexi estava muito esgotada para pensar. Olhou aos olhos de seu pai e soube que ele estava mais cansado inclusive que ela. Seu rosto estava pálido e tinha olheiras. -É muito tarde... Não podemos falar pela manhã? 41
  • 42. Ada Stewart – Amando em Silêncio Traduzido por Romance com Tema Sobrenatural: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=18008059 _______________________________________________________________________________________________ -O que queria dizer com «não exatamente»? -perguntou Frank como se não a tivesse ouvido, agarrando-a do braço e levando-a ao salão. -OH, não sei... -disse esfregando-os olhos-. Estou tão cansada que me dói a cabeça. Quando o disse? -Perguntei-te se Jake estava contente de ter tornado, e você disse que «não exatamente». O que significa isso? -Só significa que não estava muito iludido por vir aqui. Esse tema não queria discuti-lo essa noite. Essa tarde suas ações lhe tinham parecido lógicas, mas nesse momento, não tinha idéia de como justificar o que tinha feito. Frank a soltou do braço e se aproximou da chaminé antes de girar e olhá-la. -por que acessou a voltar contigo? Bom, papai. lhe olhe... está ferido. Não pode trabalhar e não tem onde ir -Lexi se sentou em uma cadeira antes de que suas pernas trementes lhe dobrassem. Não lhe dava bem mentir. -Crie que estará mais contente quando se tiver instalado? -perguntou Frank começando a caminhar de um lado a outro-. Quero que esteja feliz. Quero que fique. Vendo seu pai caminhar, Lexi se sentiu mais e mais irritável. -Bom, não acredito que possa fazer nada a respeito, papai. Jake não é muito feliz vindo aqui, ponto. Nem aqui nem em nenhuma parte. E não há nada que possamos faz para evitá- lo. -Mas ao menos acessou a vir -com um suspiro, Frank se sentou-. A verdade é que não estava seguro de que pudesse consegui-lo. -OH, isso não foi tão difícil. O doutor lhe injetou um calmante -disse ficando de pé incapaz de olhar a seu pai-. Jake se deprimiu, e eu fiz que o levassem a meu carro. O mais difícil será fazer que fique assim que desperte. -Parece como se lhe tivesse raptado - brincou Frank. Lexi deixou de caminhar. -Eu não gosto de chamá-lo assim. A expressão de seu pai passou de esperançada a surpreendida. 42
  • 43. Ada Stewart – Amando em Silêncio Traduzido por Romance com Tema Sobrenatural: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=18008059 _______________________________________________________________________________________________ -Lexi! Papai, não Montes animo --disse voltando para a cadeira de balanço-. Estou esgotada, e Jake não atendia a razões. Não me deixou outra opção. De todos os modos não pode voltar a trabalhar em dois ou três meses. Isso é bastante tempo para que você te recupere. -Raptaste-lhe? - perguntou Frank incrédulo. -Ajudaram-me. Todo mundo esteve de acordo em que era por seu bem. -Certamente quando te propõe algo, não o deixa pela metade. -Sou sua filha, recorda? Você não é exatamente um modelo de moderação. Além disso. não o fiz a propósito. Aconteceu. Frank sorriu com um brilho juvenil e pícaro em seus olhos. -Bom, ao menos está aqui -o sorriso passou a uma risita-. OH, Jake vai estar furioso quando despertar pela manhã. Muito cansada para encontrar humor na idéia, Lexi assentiu. -Isso espero. Você me deixe que eu me dele ocupe, de acordo? Eu me meti nisto e eu sozinha sairei. - O que você diga -Frank se levantou, deu-lhe um beijo na bochecha e partiu para a porta-. Suponho que por esta noite já temos feito todo o dano que podemos. Até manhã, filha. -Papai? Frank se deteve e a olhou. -por que não me avisou? -te avisar? Do que? -Do Jake. Disse-me onde lhe encontrar, mas não te incomodou em me dizer o que estava fazendo. -E o que ia dizer te? Que Jake não é o homem que estava acostumado a ser, mas que não deixasse que sua pena aparecesse em lhe ver? -Frank se encolheu de ombros . Algumas costure é melhor não as dizer. Figurei-me que você o averiguaria logo. 43
  • 44. Ada Stewart – Amando em Silêncio Traduzido por Romance com Tema Sobrenatural: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=18008059 _______________________________________________________________________________________________ -Eu não sinto pena por ele. -Mas haveria sentido. Se o tivesse sabido, tivesse-o mostrado em sua cara, preparada e esperando. Não poderia havê-lo oculto, e Jake se merece mais que isso. -Sabe o que passou? -insistiu Lexi-. por que deixou de montar e se fez... toureiro? -disse escolhendo a outra alternativa. Frank se encolheu de ombros. -Suponho que era muito velho. Muitas feridas. Mas o rodeio é tudo o que ele conhece. É tudo o que tem. -Não, não o é. Tem um rancho aqui perto. Não necessitaria tanto dinheiro para ocupar-se dele de novo. -Não sei -Frank se acariciou a ponte do nariz, um gesto de fadiga--. Não me pergunte . lhe pergunte a ele... Ele é quem tem as respostas. Não eu. Frank girou e partiu. Lexi escutou seus passos até que levou a seu dormitório provisório e fechou a porta. -boa noite, papai -sussurrou Lexi, sentindo-se muito sozinha. Normalmente, ela podia falar livremente com seu pai, mas nesse ele tema se mostrava resistente. Ele via a presença do Jake no rancho como uma solução simples e direta a um problema, enquanto que ela via a chegada do Jake como uma enorme dor de cabeça. Mas de momento, seu pai teria o que quisesse, sem discussões. E até que retornasse do hospital e ficasse bem, assim seria. Frank Conley sempre tinha sido e sempre seria um teimoso, cabezota e teimoso, mas também era generoso, amoroso e honorável, e Lexi não era única pessoa que faria algo no mundo por ele. Jake Thorn havia sentido o mesmo anos atrás. Saindo de seus pensamentos, Lexi começou a dirigir-se a seu dormitório. Na porta do Jake, parou-se. Não queria despertar; não havia nada mais que ela pudesse fazer por ele. Mas ainda assim, pôs a mão no pomo, girou-o devagar e abriu a porta. Dentro, ele estava quieto, e sobre a vendagem de suas costelas, seu largo peito subia e baixava ao ritmo de um sonho profundo. Um pé com meia três-quartos saía por debaixo da manta que ela não recordava ter jogado sobre ele. Lexi entrou e se aproximou devagar à cama. Seus dedos acariciaram o cabelo de seu braço enquanto seu nome ressonava em sua cabeça. James Jackson Thorn. Inclusive com o rosto oculto, seu corpo espancado e seu 44
  • 45. Ada Stewart – Amando em Silêncio Traduzido por Romance com Tema Sobrenatural: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=18008059 _______________________________________________________________________________________________ espírito ferido, seguia sendo o homem mais magnífico que ela nunca tinha conhecido. Lembranças tenras dele passaram ante ela. A primeira noite que se beijaram. A noite que... Sem fôlego, fechou os olhos e se separou do pensamento e dele. Ao tropeçar com a cadeira que havia na esquina, chocou-se com algo suave. girou-se, e um pé com bota lhe golpeou o joelho. -Ow -queixou-se Jamie. Lexi ficou olhando ao menino na enorme poltrona. Com a mão, esfregou-se um olho. -Mamãe? -balbuciou olhando com o outro olho médio aberto. -Ssh, coração -sussurrou Lexi enquanto lhe ajudava a ficar de pé. Levou-lhe para a porta, lhe suportando o melhor que podia e recordando os dias em que lhe tinha pego entre seus braços e tinha subido as escadas. -Sinto muito. Tenho-te feito mal? -Hmmm -grunhiu dormido. Quando chegaram ao alto das escadas, ao Lexi doíam os braços de lhe manter reto e a perna de se haver-se chocado com as botas que Jamie levava com seu pijama. Agradecida de chegar a sua cama, tirou-lhe as botas e lhe colocou sob os lençóis. Então, incapaz de lhe deixar, estirou-se junto a seu filho e o abraçou. O que tinha estado fazendo na habitação do Jake? Lexi se acurrucó contra as costas do Jamie, preocupada de que sua emoção se voltasse decepção quando um Jake furioso despertasse pela manhã. Abraçou-lhe mais forte enquanto respirava profundamente o aroma de menino de seu filho, que durante dez anos tinha sido sua razão principal de viver. Nada ia fazer lhe danifico. Nada e ninguém. Ele era sua vida. -Mamãe? -Sim, filho? -Está-me esmagando. Lexi afrouxou os braços. -Perdoa. -Quero-te, mamãe -sussurrou com voz de sonho. -E eu te quero, Jamie. Com cuidado de não abraçá-lo com muita força, se acurrucó de novo a ele e dormiu. -Lexi! -rugiu Jake. 45
  • 46. Ada Stewart – Amando em Silêncio Traduzido por Romance com Tema Sobrenatural: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=18008059 _______________________________________________________________________________________________ Sobressaltada enquanto fazia a cama de seu filho, Lexi deu um bote e se golpeou a cabeça com o beliche de acima. -Ouch! Apartando-se da cama com a manta ainda na mão, cruzou a habitação esfregando-a cabeça. -Lexi! -gritou Jake outra vez, o dobro de alto que antes. -Um momento! -Lexi viu a manta em sua mão. -Lexi, maldita mulher! Onde está? Lexi retornou a deixar a manta enquanto a dor em sua cabeça diminuía. -Lexi! O som de cristal rompendo-se sobre a parede no piso de abaixo, fez-a sair correndo da habitação com a cama ao meio fazer. -Jake! --gritou do alto da escada-. Deixa agora mesmo de fazer isso! Descendo de dois em dois os degraus, abriu a porta de seu dormitório e lhe encontrou médio sentado na cama e com o meio corpo fora. Um braço estava apoiado detrás dele e um pé no chão. A outra perna estava enredada entre os lençóis. Os olhos de dor do Jake se cravaram nela acusadores. -Onde estiveste? - Vamos. O que é tão importante? -Tenho que ir ao quarto de banho -disse olhando-a furioso. Arrependida imediatamente, Lexi lhe assinalou a porta a dois metros de sua cama. -Necessita ajuda? -Crie que poderia desenredar este lençol?-perguntou-lhe ainda como se cuspisse cada palavra-. Eu não posso. -Claro. Lexi se aproximou dele com cuidado, como se fora um tigre enjaulado. inclinou-se a poucos centímetros de seu peito nu e começou a apartar o lençol retorcido. Com cada roce de seus dedos contra o tecido suave de sua cueca largas, sentia um sutil 46
  • 47. Ada Stewart – Amando em Silêncio Traduzido por Romance com Tema Sobrenatural: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=18008059 _______________________________________________________________________________________________ estremecimento de suas pernas. E se sentiu aliviada quando ao final liberou o lençol, arrastando um meia três-quartos no processo. Jake grunhiu e tirou a perna. -Obrigado, acredito que já poderei me valer sozinho. Com esforço, apoiou-se nos pés, gritou e caiu de costas sobre a cama. Rígido de dor, ficou quieto, gemendo brandamente. Lexi se inclinou, sentindo-se igual de impotente que a noite anterior. -O doutor disse nada de movimentos repentinos -recordou-lhe docemente. -Pode partir, por favor? -perguntou Jake com os dentes apertados olhando ao teto. -Não vais necessitar me? -Se te necessitar, saberá. Lexi deu um passo atrás, para a porta. -Estarei aqui ao lado. -Vete. Chamarei-te se te necessito. -Mas como vai A... ? -Engatinharei se tiver que fazê-lo -disse com secura-. Agora vete. -Bem. O que você diga -Lexi se girou e partiu para a porta-. Mas não acredito que vás encontrar engatinhar mais fácil que caminhar, e ainda tem que te baixar dessa cama antes de fazer uma das duas coisas. Sem voltar a olhá-lo, fechou a porta de repente e subiu as escadas furiosa. Acabava de terminar de fazer a cama do Jamie quando soou o telefone. Correu a seu dormitório e o agarrou. -me diga? -Lexi, querida. É você? -MA... mamãe. Lexi se sentou na cama antes de que suas pernas a fizessem cair. Cordelia Davies Conley Lorton Smith Ridley riu, a risada estridente que utilizava quando estava frente a um pouco ligeiramente incômodo. -Bom, não tem que te surpreender tanto. 47
  • 48. Ada Stewart – Amando em Silêncio Traduzido por Romance com Tema Sobrenatural: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=18008059 _______________________________________________________________________________________________ Sinto muito, mas normalmente você chama uma ou duas vezes ao ano -disse Lexi, muito surpreendida para ter tato-. Esta é a segunda vez que chamaste este mês. E não estamos perto de natal. -Lexi, querida, sabe que estou preocupada com seu pai. Como vai? Lexi se perguntou brevemente se sua mãe ainda teria um seguro de vida de seu ex- marido, mas imediatamente se envergonhou de si mesmo. -As coisas não trocaram muito da última vez que falamos. Precisa operar-se, e está lhe dando larga ao assunto. -Isso é próprio dele. É o homem mais cabezota que conheci -suspirou Cordelia--. Que aspecto tem? -Está mais pálido que de costume. E se cansa facilmente. Lexi escolheu as palavras com cuidado, já que Cordelia o exagerava tudo. -Segue sendo atrativo? A primeira vez que o vi, pensei que Frank Conley era o homem mais atrativo que nunca tinha visto. E ainda o penso --disse Cordelia com seu dramatismo que lhe tinha passado a sua filha maior, Dolores-. Não acredito que nunca ame a outro homem como amei a seu pai. Em toda sua vida, Lexi nunca tinha ouvido sua mãe dizer tantas coisas amáveis sobre seu ex-marido seguidas. Mas em vez de sentir-se comovida, Lexi se estava voltando mais e mais suspicaz a cada segundo que acontecia. -Bom, se o queria tanto -perguntou Lexi, finalmente dando voz a uma pergunta que a tinha obcecado durante anos-, por que lhe deixou? -Lexi, querida. Pensei que sabia disse Cordelia soando mais surpreendida que ofendida-. Frank não tinha dinheiro. -Diz-o a sério, verdade? Lexi desejou não ter respondido ao telefone. As conversações com sua mãe sempre a deixavam deprimida e confusa. Simplesmente não a entendia. -Claro, querida. Não tenho razão para te mentir nisso. Por certo, Dolores lhes manda lembranças. Lexi ficou tensa assim que ouviu o nome de sua irmã. -Sabe o de papai? 48
  • 49. Ada Stewart – Amando em Silêncio Traduzido por Romance com Tema Sobrenatural: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=18008059 _______________________________________________________________________________________________ -claro que sim, querida -disse Cordelia brandamente-. E está muito preocupada. Mas acaba de fazer as provas para um papel muito importante e agora mesmo não pode abandonar a cidade. -Abandonar a cidade? OH, não! -com o Jake ali não queria nem que Dolores chamasse por telefone, e muito menos aparecer--. Quero dizer que entendo que não possa vir --arrumou-o. -Bom, iria se pudesse. -OH, não. Entendo-o perfeitamente. -Mas me disse que te dissesse que vai chamar por telefone ao Jamie assim que possa. Sabe que você tem razão ao querer que ela o conheça melhor. Lexi começou a protestar de novo, mas então se deu conta de que não era necessário. Hahía ouvido a mesma promessa de sua irmã dúzias de vezes, e não tinham significado nada. Se a Dolores alguma vez tinha importado alguém que não fora ela mesma, tinha-o oculto muito bem, mas o mesmo podia dizer-se da Cordelia. Cordelia e Dolores eram muito parecidas; belas, vaidosas, excitantes e desesperadores, e uma vez entre um milhão, só o suficiente para as fazer totalmente imprevisíveis, podiam ser muito amáveis e generosas. -Obrigado por chamar, mamãe -disse Lexi desejando terminar-. foi agradável ver que se preocupa. -Não me dê as obrigado, Lexi -replicou sua mãe devagar-. Ainda o quero. lhe cuide muito, ouve? E me chame se algo trocar. -Descuida. Lexi pendurou e foi a sua cômoda a escovar-se, totalmente confundida. Não sentia saudades que o matrimônio do Jake com a Dolores não tivesse durado. Como podia durar o matrimônio em uma família onde o amor não contava nada? Possivelmente, o melhor que tinha feito Cordelia por sua filha menor tinha sido lhe devolver a custódia a seu pai um ano depois do divórcio. Ao melhor para a Cordelia tinha sido um ato de amor, mas em seu momento não lhe tinha parecido isso ao Lexi. Então, e durante muito tempo depois, Lexi se havia sentido abandonada. Passaram anos antes de que se desse conta de que ela tinha sido a afortunada, e não Dolores, porque ela era a que tinha ao Frank Conley de pai e mãe. Ele não era sempre um homem fácil, mas em seu coração era amável, decente e carinhoso, e nunca a tinha mentido. Lexi desejava ser igual de boa mãe para o Jamie. Deixou a escova, estirou seus braços cansados e se recolheu o cabelo com um passador. 49
  • 50. Ada Stewart – Amando em Silêncio Traduzido por Romance com Tema Sobrenatural: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=18008059 _______________________________________________________________________________________________ -Lexi! -gritou Jake. Quase tentada a ignorá-lo, Lexi jogou um olhar irritado por cima de seu ombro para a porta aberta. -Lexi! -chamou de novo, soando menos exigente e mais desesperado. Recordando o copo que ele tinha quebrado antes e ainda tinha que recolher, começou a baixar as escadas. -Vou! Nas escadas, olhou para baixo e viu a mala do Jake aberta no vestíbulo. As roupas de seu interior estavam revoltas e caíam até o chão. Camisas, meias três-quartos e cueca estavam pulverizados do vestíbulo até a porta aberta de seu dormitório. Em cl pé das escadas, Lexi recolheu um par de cueca, os pendurou do dedo indicador pelo elástico e entrou na habitação do Jake. -Chamava-me? -perguntou docemente. -Onde está Frank? Jake estava sentado na cama. Suas mãos sujeitavam o lençol lhe cobrindo da cintura até mais abaixo dos joelhos. Sua cueca vermelhas compridos estavam no chão. -teve que ir-se à cidade. -Quem mais há aqui? -Twyla a cozinheira. -Onde estão os trabalhadores? -Suponho que no campo --olhou-lhe perplexa- . Exceto Tonio, que foi à farmácia a comprar seus remédios. E também está Mack que levou esta manhã a papai à cidade. por que me faz tantas perguntas? Jake não a olhou. -Necessito ajuda. Lexi lhe mostrou as cueca. -Espero que não com isto. É este seu modo imaginativo de desfazer as malas? --fez um gesto para a roupa pelo chão do vestíbulo. 50