SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 18
A Dama de Preto
Era 1899 e Gabriela Vieira era uma jovem noviça do convento Santa Helena,
da pequena cidade Flor dos Campos, uma menina sonhadora e loucamente
apaixonada por Gustavo Ribeiro. Os dois haviam se conhecido na igreja
durante a missa, Gustavo se encantou por ela desde o primeiro momento em
que a viu, e a partir daquele dia ele passou a rodea convento ao lado da igreja
ele vinha com frequência às missas, os dois começaram a conversar e não
demorou muito para que Gabriela se apaixonasse por ele.
Gustavo pertencia a uma família bem sucedida, mais que se recusou a apoia-lo
quando ele resolveu que queria se casar com uma noviça. Ele havia esperado
três anos trabalhando dia após dia em um armarinho, ate que consegui
comprar um pequeno terreno no vilarejo da cidade vizinha e construiu um
pequeno chalé.
Naquela madrugada de quinta-feira Gabriela havia resolvido fugir do convento
para casar com o seu amado. Ela tinha ficado órfã aos três anos e tinha uma
irmã chamada Elisa dois anos mais velha, depois da morte de seus pais as
duas passaram a mora no convento ajudando e estudando com as irmãs do
convento.
Gabriela esperou que todos dormissem e então fugiu, naquela mesma noite
foram para a cidade vizinha e na manha seguinte se casaram. Gabriela
realmente estava feliz não escondia o sorriso nos lábios, era realmente seu
sonho se realizando.
Eles vivam felizes, aprenderam a lhe da com as dificuldades, passado dois
anos depois do casamento, Gabriela descobriu que estava gravida.
Gabriela já estava no sétimo mês de gestação quando alguém bateu na porta
da frente de sua casa, Gustavo foi abrir a porta, era uma moça.
- Boa noite - disse a moça. Junto com ela estava um rapaz de olhos azuis e
cabelos loiro dourados. Aparentemente Encantador.
Quando Gabriela ouviu a voz daquela moça levantou-se apressadamente da
mesa de janta e correu ate a sala, aquela voz realmente era família. E como
não poderia ser era de sua amada irmã.
- Elisa minha irmã. Quanta saudade - disse Gabriela correndo em direção a
irmã.
- Meu Deus Gabriela você esta gravida! – Elisa falou surpresa ao ver o barrigão
da irmã.
Já se fazia quase quatro anos que elas não se viam.
- Entrem, por favor - disse Gustavo.
- Então Lisa, não era para você estar no convento? – perguntou Gabriela.
- Você tinha mais qualidades que eu para esta lá, mais esta aqui casada e
gravida. - disse Elisa olhando para irmã.
- E quem é esse rapaz? – Perguntou Liana olhando com desconfiança para o
rapaz.
- E o Pedro – Elisa fez uma breve pausa – o meu amor – Elisa disse com um
sorriso enorme enquanto abraçava o rapaz.
Gabriela olhou para Pedro e perguntou:
- Então Pedro pretende casa-se com minha querida irmã – Gabriela perguntou
enquanto olhava seriamente para o rapaz.
- Sim. Eu a amo mais que tudo. – respondeu ele, segurando a mão de Elisa.
- É bom mesmo, - Gabriela ainda olhava serio para Pedro - eu não quero ver
minha irmã sofrer por causa de ninguém. – disse ela agora sorrindo para sua
irmã.
Gabriela se levantou do sofá e se dirigiu a cozinha.
- Venha Lisa me ajude prepara um chá. – falou enquanto se direcionava para
cozinha – deixe que os cavaleiros conversem.
Gabriela e Elisa já estavam na cozinha quando Gabriela falou:
- então você saiu do convento hoje?
- Não, Gabi. Já faz um mês – disse Elisa.
- Como não? Como assim? Você estava aonde esse tempo todo?- perguntou
Gabriela surpresa e confusa.
- Fui para casa de Pedro. – respondeu Elisa, com um sorriso no rosto.
- Para casa dele? – perguntou ela, confusa.
- É – disse Elisa – eu... – ela ia fala algo mais Gabriela interrompeu.
- Vocês já se casaram, poxa queria ter participado da cerimonia. – disse ela
parecendo estar decepcionada.
- Bem nos ainda não nos casamos, nos... – quando ela ia continua Gabriela
interrompeu.
- como assim, ainda não casaram? – ela falou preocupada – se já faz um mês
que você saiu do convento. Como a família dele aceitou acolher vocês. – disse
ela parecendo cada vez mais preocupada.
- bem a família dele ainda não sabe que estamos juntos, agente estava na
casa de praia da família – ela dizia campalmente.
- Você passou esse mês sozinha com esse homem? – perguntou ela
assustada. – Elisa você sabe que eu só quero o seu bem então minha irmã, só
não me diga que se entregou a esse homem sem ao menos receber a benção
de Deus. – disse ela quase chorando.
- Minha irmã tu sabes o amor que sinto por ti, e pelo o meu Deus, e por isso
não negarei que me deitei na cama desse homem que eu escolhi para ser o
meu marido. - disse ela com um sorriso fragilizado.
- Mais minha irmã quem este homem que estar na minha sala que não respeito
você? Por acaso você virou uma mulher assanhada. – disse ela chorando.
- Minha querida irmãzinha logicamente que não, sim eu estava disposta a me
entrega somente depois do casamento, mais ele foi tão amoroso – disse ela
com um sorriso apaixonado.
Gabriela agora se sentava sobre uma cadeira, com os olhos cheios de
lagrimas. Não meu Deus como isso pode ter acontecido como minha irmã, se
perguntava ela com seus pensamentos.
- Gabi não chore vamos nos casar mês que vem, e por isso que eu estou aqui
para lhe convidar para o casamento. – disse ela agora sorrindo. - ele é de uma
família de nobres, tem o sobrenome Reymond, não precisarei passar ou lavar e
nem mesmo cozinha, serei uma madame - disse ela divertindo-se com a ideia.
- Lisa o que este rapaz fez com você? Você nunca foi ambiciosa, muito menos
teve a vontade de se casar – falou ela surpresa.
Ela estava aflita e com medo. Levantou-se pegou nas mãos de sua irmã olhou
profundamente nos olhos dela e disse.
- Aqui você sempre terá um lugar para mora, será sempre bem vinda – disse-
lhe ela sorrindo – mais aquele rapaz não. – falou ela furiosa.
- Eu não sei qual é o seu problema você se casou com Vinicius e eu não
interferi nos seus sonhos, por que esta fazendo isso comigo Gabi, eu a amo,
mais eu também amo o Pedro - ela chorava – e estou disposta a fica com ele. –
falou ela.
- aquele rapaz que esta lá na sala e um sem vergonha, eu me lembro-me muito
bem ainda quando era pequena, que ele se insinuava para Laura uma das
noviças do convento - disse ela com firmeza – ele a engravidou e abandonou,
ela foi expulsa do convento e foi obrigada a mendiga nas ruas – falou ela
irritada.
- você esta enganada ele nem morava aqui, estudava na França chegou ao
Brasil recentemente – disse ela brava.
- pois eu me lembro da feição dele muito bem, não estou enganada coisa
nenhuma – falou ela.
- então querida irmã se não aceitas o meu noivado com Pedro eu não tenho
mais nada para fazer aqui. – disse Elisa retirando-se da cozinha para sala.
Elisa estava furiosa por sua única irmã não ter aceitado o casamento, entrou na
sala chorando e chamando Pedro.
- vamos Pedro não temos mais nada para fazer aqui – falou ela furiosa.
Gabriela ainda estava na cozinha sentada quando os dois foram embora,
Gustavo estava sem entende nada, perguntou a esposa que preferiu esquece
aquele momento.
Os meses se passaram Gabriela não teve noticias da irmã, estava preocupada,
quando de repente sentiu uma dor, então ela se tocou que havia chegado a
hora mais esperada por ela naqueles dias, foi quando gritou para Gustavo.
- querido corra chame a parteira o nosso filho quer nascer – falou ela com o
sorriso no rosto.
- Sara venha fique com Gabriela eu irei chama a dona Graça, para ela fazer o
parto – falou ele para a jovem de cabelos compridos e pele negra.
Sara era uma moça de 14 anos que perdera os pais e foi acolhida por Gabriela
e Gustavo.
O GRANDE DIA
Havia nascido conforme ela havia imaginado era linda, uma menina bela com
certeza a mais linda criança já vista naquele local, os olhos azuis, cabelos
castanho escuro, e pele clara. Liana não podia imagina momento melhor que
aquele, ela segura a pequenina no colo com um sorriso em comum.
Gustavo passava as mãos no rostinho do bebe quando
- então querida como chamaremos a nossa princesinha? – perguntou ele
sorrindo.
- Ela se chamara Helena – disse ela com firmeza acariciando a pequenina que
estava em seu colo.
***
E antes que eu me esqueça, essa historia fala da vida dessa menininha que
acaba de nasce. Sim essa historia fala da vida de Lívia, ela e a Dama nessa
Historia.
Liana e Vinícius estava cada dia mais encantada com a filha, ela crescia
demonstrando que não era apenas bela por fora mais também encantadora por
dentro.
Liana brincava com a filha no colo divertia-se com ela. Os dias passavam e a
pequena “vivi” crescia linda e saudável.
- Sara segure a vivi um pouco enquanto eu coloco a mesa para o janta – disse
liana enquanto passa a Lívia para o colo de Sara.
- me de aqui essa fofurinha senhora Dolabella – disse Sara erguendo o braço
para frente para pega a bebe.
- Já disse Sara para não me chama de senhora você é como uma filha pra
mim, me chama só de Lia. Esta bém? – disse Liana com um sorriso entre os
lábios para a jovem Sara.
- senhora, a me desculpe Lia – disse ela se corrigindo - eu agradeço muito por
terem me acolhido aqui eu realmente não sei o que seria de mim sem vocês –
Sara de repente chorava, e sorria ao mesmo tempo abraçado carinhosamente
a pequena Lívia nos braços.
Quando Vinícius chegou deu um beijo em sua esposa e correu em direção a
Sara que segura a vivi no colo.
- me de aqui Sara a princesa mais linda desse mundo – disse ele enquanto
tomava dos braços de sara sua filha. – meu anjo minha pedra mais preciosa
papai ama você – ele dizia enquanto ninava ela em seu colo.
- querido ela esta cada vez mais bela e encantadora – disse liana se
aproximando de Viní e dando um beijo na testa de filha.
- ela é a menina mais linda desse mundo - disse Sara demonstrando um
sorriso para a pequena que também respondeu com um sorriso que mostrava
os dentes de leite que já estavam nascendo.
...
Três anos se passaram e vivi a cada dia, encantava mais os seus pais e os
conhecidos da família. Passava a maior parte do tempo com sua mãe e Sara,
já que seu pai havia conseguido emprego como mercador e viajava muito.
Naquela tarde Vinícius chegaria de viagem e Lia estava ansiosa pela volta do
marido, já havia preparado um jantar com sua comida e guloseimas preferidas.
Não demorou muito Vinícius chegou deu um forte abraço em Liana e tomou a
filha no colo.
- e como a minha princesinha se comportou esse tempo, papai estava quase
tendo um ataque de saudades do meu bebe – disse ele enquanto abraçava a
filha.
- eu estava com saudade papai, muita saudade de você e também estava
tendo uma febre de tanta saudade suas papaizinho – disse Lívia que agora já
estava com três anos.
- ela se comportou como uma verdadeira princesa, e perguntava se você ia
demora muito, de meia em meia hora. - disse Liana enquanto colocava o
casaco do marido sobre o sofá da sala.
Eles jantaram todos juntos Vinícius contara dos lugares por onde havia
passado e de como era belo Paris e que levaria Liana algum dia para conhece
o encanto da cidade que tinha uma torre gigante no centro.
Enquanto eles apreciavam a sobremesa Vinícius disse que havia comprado um
presente para Liana, um para Lívia e ate um para Sara.
- eu trouxe alguns presentes para as mulheres da minha vida – ele disse
enquanto se levantava e se direcionava para sala.
Liana se levantou e foi atrás dele perguntando o que ele havia trago, enquanto
Sara pegava Lívia no colo e ia atrás dela.
- Para a mulher que me ensinou a amar eu trouxe esse medalhão – era um
medalhão em forma coração, de ouro branco com uma pedra azul no centro,
dentro havia uma fotografia dela e ele no dia em que eles haviam casado.
- há amor é lindo, obrigada – Liana agradecia o presente.
Depois ele entregou uma pulseira a Sara que tinha vários pingente.
- Senhor Vinícius não precisava se incomoda e algo muito caro para mim aceita
– dizia Sara envergonhada.
- Para de ser boba Sara você é como uma filha para nós – insistiu Vini
erguendo a pulseira para Sara.
- vamos Sa deixa de bobagem você esta morando com agente desde de seus
dez anos, é minha filha também, você e um anjo que apareceu em nossas
vidas.- disse Vini.
Sara aceitou depois de muito ele insistirem, Vinícius então pegou uma mala
que estava junto ao sofá e abriu e tirou de dentro uma boneca de porcelana
que tinha os olhos da cor do mel e cabelo louros brilhantes. Lívia disparou em
direção do pai, agarrou a boneca que tinha a metade de seu tamanho e
abraçou o pai agradecendo pelo presente.
...
Lívia acordara cedo e correra para o jardim e deu um beijo nos seus pais que
estavam sentados tomando chá. Depois disparou para cozinha aonde Sara
confeitava um bolo de três andares com as cores rosa e azul. Sara correu em
direção de Lívia quando a avistou.
- então como esta se sentindo a minha aniversariante favorita hoje – Sara disse
enquanto rodopiava com Lívia.
- ai Sa estou ansiosa para comer esse bolo que você fez esta com uma cara
deliciosa. Há e obrigada pela boneca que você fez pra mim ela é linda eu já ate
dei um nome para ela, ela vai se chama Safira, - dizia Lívia enquanto corria
pela cozinha com a boneca de pano, que tinha uma tonalidade morena e os
olhos severamente azuis marinhos que era o maior destaque da boneca que
tinha os cabelos feito de fios de linha de choche de tonalidade marrom.
- ela parece você Sa ela é morena e tem olhos azuis que nem você – dizia
Lívia brincado com a boneca no colo.
A noite alguns vizinhos próximos apareceram para festa de oito anos de Vivi
ela dançou brincou muito com as meninas de sua idade mostrou suas bonecas
preferidas para ela e depois foi dormir.
- durma bem minha princesa amanhã terá que acorda cedo esta bem eu quero
ir com você a cidade antes de ir viaja com seu pai.- disse liana enquanto cobria
Lívia que quase já não se aguentava de sono.
- esta bem mamãezinha, te amo muito...
Foi quando Vini passou pela porta do quarto de vivi e se direcionou a cama e
deu um beijo na testa da filha.
- feliz aniversario meu bebe - disse ele para a filha.
- amo vocês mais que tudo, vou viver sempre com vocês- disse ela tentando
abraça os dois ao mesmo tempo com seus bracinhos curtos.
Os primeiros sintomas da dor
Na manhã de segunda feira lia arrumava os últimos preparativos para a
viagem, quando vivi apareceu correndo no quarto.
- mamãe vocês já estão indo?- perguntou ela num tom triste.
- daqui apouco querida. não precisar fica triste eu e o papai vamos volta dentro
de uma semana.- falou liana.
- está bem mamãe- disse vivi.
Já eram duas horas quando o cocheiro chegou com a charrete Vini colocava a
ultima mala na veiculo. Quando liana saiu de dentro da casa com Lívia no colo.
- minha boneca mais linda, não fique triste por que vamos viaja logo estaremos
de volta.- disse ela tomando a filha no colo.
Ele colocou ela no chão acaricio o cabelo dela e disse que ela era a garota
mais especial daquele mundo, ela sorriu e abraçou o pai chorando, depois
abraçou a mãe dizendo que amava muito eles.
- tome querida assim você vai te um pouquinho de mim e do seu pai com você,
e quando senti saudades você pode olhar a fotografia.- falou liana colocando o
medalhão que Vini havia dado a ela no pescoço da filha.
Quinze minutos depois eles partiram Lívia ficou olhando ate que a charrete
sumisse de sua vista sara pegou ela pela mão e entrou na casa. Cinco horas
mais tarde começou a chove muito forte. Livia estava no quarto agarrada ao
medalhão que a mãe deixou no seu pescoço, quando alguém pareceu bate na
porta da frente. Sara saiu da cozinha e foi ver quem era. Ela abriu a porta e um
homem estava na entrada da casa com as roupas toda molhada segurando
uma chapéu na mão, e uma expressão de tristeza nos olhos.
- seu Manoel o que houve, entre, por favor, não faz bem o senhor pega toda
essa chuva - disse Sara abrindo ainda mais a porta para que o senhor de pele
branca pálida e de cabelos grisalhos passasse pela porta.- afinal o senhor não
estava acompanhando a senhorita Liana e o seu Vinicius para cidade?
- sim senhorita Sara, e é por isso que eu estou aqui, aonde esta a pequena
Lívia – disse ele enquanto passava pela porta,
- esta em seus aposentos, mais me diga aonde estão os meus senhores?-
perguntou Sara com aflição.
- Senhorita Sara...- ele fez uma pausa abaixou a cabeça – o cavalo que puxava
a charrete se assustou com um trovão que atingiu uma arvore perto de onde
eles passavam e acabou correndo direto para ribanceira eu vinha atrás no meu
cavalo e...- ele fez outra pausa.
- e o que ? - perguntou Sara com os olhos cheio de lagrimas.
- eles morreram- disse finalmente o homem de cabelos grisalhos.- sinto muito
mais os corpos foram encontrados e não apresentaram sinal de vida, o
cocheiro e os seus senhores faleceram senhorita.- falou o homem que parecia
chora de cabeça ainda baixa.
Sara sem querer acabou soltando um grito entre as lagrimas que jorravam de
seu rosto. E segundos depois Lívia chegou à sala fitando com curiosidade e
tristeza o rosto de Sara.
- tia Sara por que chora, onde estão os meus pais? - perguntou ela correndo
em direção de a Sa.
- querida você vai precisar se forte esta bem – disse sara a vivi.
...
Haviam passado oito anos desde o incidente com os pais de vivi, ela passou os
primeiros anos sofrendo muito, mais tinha o apoio de Sara que sempre cuidava
dela e a tratava como uma filha. Ela já estava com dezesseis anos e era a
jovem mais bela daquela região, seus cabelos negros tocavam os seus quadris
e seus olhos azuis reluziam na sua pele branca.
Era uma jovem admirada por todos do vilarejo, tinha um bom coração e sempre
ajudava Sara com a produção de salgados e doces para manter a casa, já que
o dinheiro que seu pai havia deixado como herança não era muito.
Ela nunca tirava o medalhão de sua mãe do pescoço sempre estava com ele, e
olhava a fotografia uma dezena de vezes durante o dia.
- tia Sa aonde eu coloco esta sexta de salgado? – perguntou Lívia.
- coloque na charrete eu vou fazer a entrega na casa do seu Gabriel –
respondeu Sara.
Meia hora depois Sara já estava em casa, Lívia se encontrava na sala
terminando um bordado para o bebe da senhora Luna que estava quase pra
nasce.
- Querida você sabe aonde eu coloquei o meu avental, não consigo me lembra
– sara gritava da cozinha perguntando.
- você colocou sobre a mesa de janta. - respondeu vivi.
Dois meses se passaram e devo alerta cara amiga mais uma vez o anjo da
morte se aproximou de Lívia.
-Vivi meu amor eu vou ate o mercador compra mais farinha de trigo, você vai
querer que eu traga alguma coisa pra você? – Sara perguntava enquanto sai a
pela porta da frente.
- Tia se possível me traga mais uns dez metros de linho para termina o
bordado. E que Deus lhe acompanhe. - lhe falo Lívia
Duas horas depois estava de volta Sara.
- Tia você já chegou, trouxe o que lhe pedir?- perguntou Lívia que ainda estava
atenta ao bordado.
- sim meu bem esta... - um ataque de espirros interrompeu o termino da frase.
Lívia se levantou apressadamente direcionando rumo a Sara que parecia muito
pálida.
- titia o que você tem porque esta tão pálida? E melhor eu chama o doutor
Fonseca pra vim examina-la – disse Lívia ajudando a sara se direcionar para o
quarto.
- não se preocupe querida e só um resfriado - falou ela.
- tem certeza, não é melhor ver se não é nada mais serio você parece esta
muito pálida - perguntou Lívia com um tom de aflição.
- não precisar – disse ela.
Mais os espirros se juntaram a uma tosse juntamente com uma febre. Depois
de quatro horas doutor Fonseca chegou à velha chácara e examinou a jovem
Sara que estava cada vez mais pálida.
Desculpe cara amiga não lhe descrevei com detalhes os últimos dias de minha
querida Sara, só lhe digo que a vida lhe foi um tanto injusta primeiro ela perde
seus pais em um incêndio na fazenda aonde eles viviam, e na flor da juventude
descobre esta quase morrendo, pois apresentava problemas serio no pulmão.
Porem ela disse ainda em seu leito de morte que Lívia e os seus pais lhe
permitiram os dias mais incríveis que uma pessoa podia ter, ela pediu que Lívia
fosse atrás da tia, a irmã de Liana para que ela a ajudasse de lá pra frente.
...
Duas semanas depois da morte de Sara, Liliana apareceu na chácara, ela não
parecia ser uma pessoa tão agradável como sua ame a descrevera quando
ainda viva, pelo contrario era uma pessoa rancorosa e antipática, que disse
varias vezes a Lívia que ela estava ali apenas por que não queria que os outros
achassem que ela fosse uma das bruxa.
Minha amiga você lembra quando lhe contei que ela havia fugido com um tal
de Pedro Reymond, pois é só que o cavalheiro não era tão cavalheiro assim,
na verdade ele era um dos piores seres que havia, ele iludiu Liliana levou ela
para fora do país, e fez dela uma mulher da vida.
Elas depois de muito tempo conseguiu casa com um brasileiro de oitenta e
cinco anos que morava e Portugal, o velho morreu dois anos depois que eles
voltaram para o Brasil, e como ele não era um homem de muitos bens Liliana
para não passa fome acabou pegando o pouco de dinheiro que o velho deixou
de herança e montou um cabaré, você deve-se se pergunta minha amiga por
que ela não procurou a irmã dela quando voltou para o Brasil, o fato é que ela
tinha vergonha e rancor, ela realmente havia se tornado uma mulher de pedra
sem sentimentos. Depois de ser muito humilhada por vários homens.
...
Já haviam passado dois anos e a pesa do egoísmo e da crueldade de Liliana
ela levou Lívia para mora com ela em sua casa, o problema que ela morava no
cabaré, ela obrigava Lívia a limpar todos os dias de manhã o cabaré sozinha.
Mais não permitia que ela ficasse durante a noite enquanto os homens
estavam lá, Lívia passava a noite toda no seu quarto fazendo bordados para
pode ajuda a compra roupas e livros, já que sua tia não daria nada a ela além
daquele velho quarto e refeição três vezes o dia para ela, por isso Lívia
dedicava-se plenamente em seus bordados para vende e assim compra
tecidos pra fazer novos vestido para ela. Lívia apenas usava preto o tempo
todo ela dizia que eram mais baratos, e não se sentia a vontade vestindo um
vestido com alegres, pois a alegria havia à abandonado.
Era terça feira chovia muito e o cabaré estava lotado quando der repente um
homem de cabelos castanhos e pele morena clara e olhos da cor do mel
cruzou a porta de entrada do cabaré aparentava jovem e bem vestido. Estava
com o cabelo um pouco molhado e as veste um pouco respingadas da chuva,
foi quando na mesa que estavam sentados três homens com duas mulheres
começaram a discutir der repente um foi golpeado, gritos ecoaram pelo salão
lotado. Uma jovem que trabalhava no cabaré havia se cortado com os cacos
dos copos em que um dos homens haviam arremessado sobre a mesa ela
levantou correndo gritando o nome de Lívia.
Os brigões foram embora depois de Lua chamou os seguranças para coloca
eles para fora, (há lua era como era chamada dona Liliana no cabaré), Lívia
estava próxima a uma mesa dos fundos fazendo curativos na mão Clara.
As meninas do cabaré diziam que Lili tinha o dom da cura, pois ela cuidava dos
feridos e doentes como ninguém.
- obrigada querida você realmente tem as mãos abençoada por Deus – disse
clara.
Lívia olha para mão de clara enquanto terminava de enfaixa, e para o salão do
cabaré que realmente estava muito lotado aquele dia. E em um cruzamento de
olhos ela avistou os olhos dar do mel que lhe fizeram lembra a cor dos olhos de
sua boneca que seu pai havia lhe presenteado em uma das viagem que ele
fez.
O homem já estava tomando a segunda dose de uísque quando percebeu a
presença de Lívia do outro lado do salão os olhos dos dois se cruzaram e Lívia
rapidamente levantou-se e se dirigiu para a saída dos fundos.
O homem que havia chegado embaixo da chuva já se preparava para ir para
quinta dose de uísque quando Lívia entrou novamente no salão trazendo um
balde e um vidro, ela rapidamente abril o vidro e começou a passar uma
pomada sobre alguns cortes no braço de clara.
Dona lua passava próxima a mesa do rapaz com os cabelos castanhos,
quando dê repente ele segurou sua mão.
- desculpe como Fasso para passa a noite com uma de suas funcionarias? –
perguntou o homem que parecia atordoado,
- querido e só me dizer qual dessas jovens lindas você que se diverti que eu
lhe arrumo o melhor quarto desse anto de prazer,
- eu quero aquela dama - apontou ele na direção onde havia três mulheres.
- qual daquela lá a que acabou de sofrer um corte ou a ruiva?- perguntou ela
- nenhuma uma das duas, eu quero aquela dama com os cabelos negros –
falou ele com muita firmeza na voz – eu quero a dama de preto.
E o pesadelo pode acaba virando sonho
- bom você esta se referindo – a moça que esta fazendo curativos na loira é
isso? – falou ela – sinto muito em decepciona-lo mais ela não esta disponível,
mais você pode escolher qualquer outra eu lhe faço ate um preço razoável.
- eu não quero outra ou é ela ou nenhuma – falou ele de forma grosseira já se
levantando – me diga quando você cobra por cada noite com suas meninas?
- são duzentos. muitos falam que e caro mais aqui e um cabaré refinado com
as mais belas moças para servir os mais bens sucedidos homens dessa cidade
– falou ela orgulhosamente.
- então me diga quantas moças você tem trabalhando pra você? –perguntou
ele novamente.
- são vinte no total. Mais por que esta me perguntando isso. - falou ela.
- então lhe pagarei vinte e cinco mil para passa a noite com aquela mulher,
pense bem vai ganhar em uma noite o que você faria em meses. – falou ele
pegando um dinheiro que estava em seu bolso e direcionando a ela.
- mais meu senhor por que justo aquela moça? Temos tantas meninas
encantadoras. Aquela e nova aqui e não tem muita experiência. – falou ela.
- então, por favor, quanto custa às bebidas – perguntou ele ao garçom - já
estou indo, me disseram que esse era o melhor cabaré, mais na verdade é
uma decepção. – disse ele.
- por favor, senhor não se estresse posso lhe oferece todas as moças. Mais
não permitirei que você saia falando mal do meu maravilhoso cabaré. – falou
ela tentado convence ele.
- eu já disse eu quero apenas ela, esta entendendo. - dessa vez ele apontava e
fitava os olhos em Lívia.
Lua direcionou o olhar para a Lívia, e depois para o homem e fez que não com
a cabeça.
- Pago cinquenta – ele tirou o dinheiro de outro bolso e colocou os dois bolos
de dinheiro sobre a mesa onde eles estavam.
Ela olhou para Lívia outra vez e para o dinheiro, e resmungou alguma coisa,
mais disse que estava feito ele passaria uma noite com a moça. Ela colocou o
dinheiro dentro de uma bolsa e se direcionou para aonde estava Lívia.
- venha Lívia – falou ela.
Lívia seguia a sua tia quando chegaram a uma porta grande e avermelhada,
lua pegou uma chave de dentro da bolsa e entrou.
- venha vivi entre, eu quero que escolha alguns desses vestido eles são novos
meu marido comprou para mim ainda quando ele era vivo mais nunca usei eles
ficam curto em mim eu sou alta, e em você ficara perfeito. – falou ela - escolha
um e vista.
Lívia não queria escolher vestido algum, mais obedeceu a tia sem amenos
pergunta o porquê daquilo, no fim Lívia escolheu o único vestido preto que
havia ali era lindo com rendas e bordados.
Pouco depois de quinze minutos sua tia entrou com uma garrafa de vinho na
mão.
- você passara a noite com um homem – disse ela com frieza e calma.
- como?...eu não estou entendendo como assim passa a noite com um
homem?- perguntou Lívia já chorando.
- é isso mesmo que você está pensando, você vai ter sua primeira noite hoje –
falou ela com um tom de voz irônica.
- não, eu não vou me deita com nem um homem pervertido que frequentam
esse inferno. – dessa vez ela gritava.
- bom é você que decide ou você passa a noite com esse homem ou casar com
a aquele velho que vem todas as quintas aqui em casa. - disse ela dessa vez
com a voz brava.
- não vou fazer nenhuma das duas coisas.- falou ela irritada – eu vou embora
daqui agora- disse ela furiosa já se dirigindo para sair do quarto.
- então vá. A pessoa que vai casar com o coronel será sua querida Marta, é
uma pena ela ter apenas treze anos e casasse- falou ela quase gritando.
Lívia parou bem na saída do quarto, ela chorava muito, e deixou os seus
joelhos caírem no chão.
- isso é um sim, você vai passa a noite com o rapaz ou vai casar com o
coronel? – perguntou ela.
- eu não vou me casar com aquele velho nojento.- disse ela entre dentes.
- então que dizer que o rapaz foi o escolhido, muito boa escolha ele é um belo
rapaz. - disse ela rindo. – mais uma coisa se você me fazer perde o cliente eu
faço o casamento da marta com o coronel. – disse ela dessa vez a sua voz
estava seria.
- você é um demônio - falou Lívia chorando.
Liliana entregou o vinho na mão de Lívia e direcionou ela a um quarto que
ficava de frente para o quarto onde ela dormia, Liliana disse a Lívia que
batesse na porta.
- bata na porta logo o cavalheiro esta esperando pela noite, e pagou muito bem
por ela. – falou ela já saindo do local e voltando para o salão do cabaré.
Lívia pensou em fugi mais então se lembrou de Marta.
Cara amiga, Marta era filha de uma ex-prostituta que morrera no dia em que a
menina nasceu, e desde então Liliana mandou ela para o convento, mais
sempre falava que ia manda busca ela para que casasse com o coronel que
vivia dizendo que pagaria uma fortuna pela a filha da prostituta mais bem paga
da cidade. Mais Lívia dizia que ajudaria a manter a Marta no convento e
sempre visitava ela nos finais de semana desde que tinha ido mora com sua
tia.
Lívia criou coragem e deu apenas uma batida na porta e imediatamente à porta
se abriu, Lívia ficou surpresa em sabe que o homem era na verdade o mesmo
homem que ela jurava ver ternura nos olhos dele naquela mesma noite
enquanto os seus olhares se cruzaram.
- entre, por favor – disse ele educadamente.
Ela continuou na porta por cerca de um minuto e então entrou, ele pegou o
vinho da mão dela e abriu, pegou duas taças e derramou um pouco do vinho
tinto em cada uma delas. Ele bebeu um gole da taça dele e ofereceu a outra
taça para Lívia que apenas balançou a cabeça afirmando que não.
Ele então colocou as duas taças sobre a mesa e direcionou ate a porta e a
trancou, vivi agora chorava, ele veio por traz toucando levemente com as
pontas do dedo o cabelo de Lívia que estava preso, ele levemente puxou o
grampo do cabelo dela, depois parou e então direcionou-se para frente dela
aonde ele ergueu delicadamente o rosto dela que escorriam lagrimas sem para
ele então beijou cuidadosamente cada quanto da bochecha dela, e aproximou
o corpo dele cuidadosamente do dela, e então abraçou ela e afogou seu rosto
sobre os ombros dela que estavam coberto pela renda do vestido. As lagrimas
dela aumentaram quando ela sentiu os lábios dele beijarem o sua nuca, o
choro aumentou aponto de ela soluça, ele então se afastou imediatamente
tirando as mãos do corpo dela.
Ela então se deixou cai no chão de joelhos e colocou a cabeça entre as mãos,
tentando controlasse, ele se ajoelhou também.
- por favor, não chore – disse ele numa voz aflita quase se podia perceber que
a voz tremia.
Ela pensou em Marta, e no que sua tia tinha dito se ela a fizesse perder o
cliente. E então levantou.
- esta tudo bem o senhor pode continua – ela disse, seria e fria e as lagrimas
haviam parado de escorre dos olhos dela.
- não tudo bem se você não quiser você pode ir – ele disse enquanto se
levantava do chão.
E pela a primeira vez naquele quarto ela olhou nos olhos dele – e ela via
confusão, magoa e dor. Ela pensou em sai dali sem cogita mais as palavras da
sua tia não saiam de sua cabeça.
- Não. Eu não quero sair vim aqui para garanti que você tenha uma noite de... –
ela parou, ela não sabia a palavra correta para aquilo, ela pensou na “noite da
minha desgraça”, mais quando ia fala foi interrompida.
- de amor – falou ele de cabeça baixa.
- não era bem o que eu ia dizer – ela quis dizer que ele estava enganado, pois
aquela noite podia ser tudo menos uma noite de amor. Mais as palavras da sua
tia ecoaram de novo na sua mente - mais você esta pagando a noite é o que o
senhor quiser.
- então a abraçou novamente e levou a mão ate o pesco dela aonde o zíper do
vestido negro de renda começava, ele começou abrir devagar mais parou no
meio da costa e fechou de novo o vestido no corpo dela se afastando
imediatamente. Ela olhou para ele e percebeu que ele estava chorando.
- me desculpe por isso, eu não devia ter feito isso. – falou ele com a voz
tremula e com os olhos cheio de lagrimas.
- o que foi que eu fiz de errado dessa vez – perguntou ela com os olhos cheio
de lagrimas.
Ele se sentou na cama e começou a chora.
- eu estava preste a me torna um animal, e você me pergunta o que você fez
de errado – ele falou como se estivesse sentindo dor – desculpa por te agido
dessa forma – dessa vez ele estava de joelho pedindo perdão a ela. – você
pode ir embora. - Finalizou ele ainda ajoelhado.
Lívia já estava preste a sair do quarto sem pergunta nada, quando lembrou, as
palavras da sua tia.
- não posso ir – disse ela já chorando.
- como assim não pode ir?- perguntou ele - eu sei que você não esta com
vontade de fazer isso. - disse ele encarando o rosto de Lívia.
- eu não estou mesmo – ela falava com fúria – mais se você não tiver a
porcaria da sua noite, as coisas vão fica complicadas para o meu lado. Por
favor, faça o que tenha que fazer e depois eu vou embora desse inferno. –
disse ela já chorando de raiva.
Ele se levantou e foi em direção da Lívia, ele pegou as mãos dela, que ela
tentou evita por algum momento mais depois permitiu que ele as segurasse
entre as suas mãos.
Ela sem querer gostou do calor que as mãos dele tinham, tentou tira da mente
dela aquele fato lembrando-se da situação em que ela estava.
- esta bem – disse ele – não vai ser ruim passa uma noite, como alguém com
os olhos tão lindos como o seu – disse ele fitando os olhos dela.
Ela baixou a cabeça, e prendeu a respiração estava pronta pra dizer algo,
quando der repente ele a puxou pela mão ate a cama.
- deite-se - disse ele a ela enquanto soltava sua mão.
Ela ficou parada por cerca de dois minutos e depois se sentou na cama ele
estava de costa o tempo todo com rosto inclinado para baixo. Ele se virou para
direção dela ele colocou o paletó sobre a mesa que estava no quarto e tirou a
gravata e abriu um botão de sua camisa. Lívia continuava sentada na cama.
- deite-se – disse ele novamente, com o olhar atento para o medalhão que Lívia
usava no pescoço.
Ela dessa vez não excitou e deitou-se rapidamente com os olhos repletos de
lagrima. Ele se aproximou da cama e pediu que ela se afastasse um pouco
para que ele deitasse ao lado dela. E assim ela fez, ele se deitou assim que ela
abriu espaço e desligou o abajur encima da mesinha ao lado da cama, o quarto
de repente escureceu e apenas a luz do luar iluminou o quarto pela janela que
estava de frente para cama aonde os dois deitaram.
Ele encontrou a mão de Lívia e levemente puxou o corpo dela para próximo do
dele, colocando a cabeça dela sobre o peitoral dele, colocou as mãos sobre a
costa dela e inclinou a cabeça para frente dando lhe um leve beijo sobre a
testa.
...
Já eram sete da manhã quando Lívia tentava se desprende dos braços daquele
desconhecido, ela pretendia sair sem desperta-lo, mais suas tentativas foram
em vão, logo os olhos deles fitavam os olhos dela, a luz do sol que atravessa a
cortina transparente permitiu que Lívia percebesse naquele momento a
tonalidade dos olhos da cor de mel que reluzia sobre a pele morena, e como
aquele olha era tão sereno e profundamente carinhoso.
- me desculpe – ele permitiu que ela saísse da prisão de seus braços.
Ela rapidamente colocou-se de pé, abaixando o olhar ela ia dizer alguma coisa,
mais ele a interrompeu.
- você pode ir se quiser – ele disse ainda deitado na cama.
- o senhor, não vai mais volta aqui não é mesmo? – disse ela com uma voz
aflita – quero dizer, ela vai me obriga a casar com o velho nojento, se soube
que eu e você...,bom que nos dois não... – ele não conseguia completa a
Fraser.
- como assim ela vai obrigar você casar? Com quem? Pera ai – ele fez uma
pausa e olhou profundamente nos olhos dela, que já estavam prestes a
transborda de lagrimas – você nunca ficou com ninguém? Quero dizer você
trabalha aqui... então você não pode ser moça ainda, não e mesmo? – ele
baixou a cabeça, e fitou os olhos nela novamente, que dessa vez já estavam
transbordando de lagrimas – há meu Deus, você é! Por isso você estava tão
desesperadamente chorando ontem... – ele interrompeu a fala, levantou-se e
foi na direção dela - me perdoa..., eu não sei o que fazer..., por favor, não
chore mais... Eu não entendo, por que você esta aqui, trabalhando justo nesse
lugar.
Ele agora estava alguns centímetros de onde ela estava sentada no chão de
forma aonde ela prendia os joelhos entre os braços.
- não foi uma escolha... Acredite, - disse ela entre soluços – mais... como se
isso já não bastasse vou ter que me casar com um velho gaga nojento...- falou
ela irritada.
- mais como assim, casar – ele fez um pausa brevemente – esta dizendo que
se você não passasse a noite comigo ela obrigaria você casar com esse tal
velho e isso? – perguntou ele surpreso.
- é isso – disse ela se derramando em lagrimas – mais não importa eu sabia
que cedo ou mais tarde isso acabaria acontecendo.
- desculpe – ele disse parecendo indignado.- eu não fazia ideia que você...- ele
fez uma pausa – o que eu posso fazer para concerta meu erro? – ele disse
afundando o rosto entre as mãos.
- não se preocupe senhor... não a nada que possa fazer – ela falou enquanto
se levantava e direcionava a porta.
- não se preocupe, não direi nada a ela... – ele disse com os olhos fixos nos de
Lívia – ela achara que passei a noite com você.
Lívia pensou em pergunta, mais estava desesperada para sai dali, e foi isso
que ela fez.
Os pensamentos dela se mantiveram presos naquela noite durante o dia
inteiro, sempre se perguntando os motivos para aquele homem ajuda-la. Ele se
respondia diversas vezes com a mesma resposta, “ele vai quere algo em
tronca”.
Não demorou muito para todas as meninas encherem ela de perguntas.
- diga Lívia, como ele foi com você ? – Selena perguntou com um ar de
preocupação. Selena era a mais velha entre as outras, e com a historia mais
triste ali, claro que só perdia para a historia de Liliana.
Lívia não disse nada, oque podia dizer nada acontecera, ficara calada o tempo
todo desde da hora em que saiu do quarto.
Um novo Anglo
- Lívia -
Já eram quase seis horas da tarde quando me retirei para os meus aposentos,
não tinha visto minha tia desde ontem à noite enquanto ela me forçava a
passar a noite como um homem que eu nunca tinha visto. Estava furiosa, como
poderia não esta? Bom pelo menos ele não... É ele não parecia ser cruel, na
verdade ele era bem gentil, e graças a Deus ele não me obrigou a fazer nada.
Estava disposta a não sai do quarto aquela noite, afinal de contas todos
estavam pensando que eu tivera a minha primeira vez, o que para o meu alivio
não era verdade, apenas eu ele poderia saber, eu esperava que ele cumprisse
com as palavras dele a não revela nada para minha tia.
Assim que decidi tira minhas veste para me banha percebi um cheiro suave
que exalava do meu vestido não era adocicado e nem forte mais de certa forma
o cheiro era agradável, aparentemente um perfume masculino, me perguntei na
naquele exato momento se aquele cheiro pertencia a ele, mais optei pela
segunda conclusão já que eu estava usando um vestido que já fora da minha
tia, imaginava que podia ser de qualquer homem. Afinal eu não lembrava de
nada daquela noite ter ao menos algo bom.
Assim que terminei o banho escolhi um vestido simples ele tinha mangas
longas que cobriam o meu braço por inteiro, ainda nunca tinha usado ele,
estava um preto vivo na tonalidade do tecido.
Me deitei na cama e acredito que cochilei, ate que um som que vinha do lado
de fora, do meu quarto me despertou.
- Lili? Lili? – pelo som da voz era Selena.
Me levantei ainda tonta e me dirigi ate a porta quando a abrir lá estava ela, com
uma cara que parecia terem lhe partido o coração, deu pra perceber que tinha
chorado e que estava preste a chora novamente. Ela me olha e encarava o
chão imaginei que tinha algo a dizer.
- o que é Selena? Por que veio me desperta, sabe que eu não estou me
sentindo bem. – falei com dor.
- eu sei querida, acredite eu não queria lhe incomoda, mais... - ele fez uma
pausa e pegou as minhas mãos. Selena tinha sido a pessoa mais próxima de
mim naquele inferno, ela cuidava de mim – mais sua tia... Ela e terrível – der
repente ela estava chorando.
- o que ela fez? – perguntei enfurecida.
- ela que que você passe a noite com o senhor Erdogan – ele solto entre
soluços.
- oque ? – gritei, como ela podia, ela não tinha compaixão de mim, eu já estava
arrasada.
- eu tentei dizer que não, que você estava triste, mais ela não deu ouvidos – ela
parou enquanto eu caia em lagrimas quase sem força para respira. Ela
continuou– ele ofereceu um preço alto por uma noite por você mesmo sabendo
que você não era mais pura... Bem sua tia disse não, mais ele dobrou o valor, e
como era de se espera ela aceitou.
- não, não, não eu não vou fazer isso – e disparei correndo.
Já estava descendo as escadas quando avistei minha tia em pé com um olhar
fixo em mim, como se já soube-se o que tentaria fugi.
- aonde você pensa que vai? o cliente já esta no quarto lhe esperando. – disse
ela furiosa.
- eu não vou fazer isso sua bruxa – gritei.
A essa altura estava de frente pra ela, eu a odiava.
- vai – ele disse segurando o meu braço com força enquanto me encara
friamente – por que se não, eu vou trazer aquela bonequinha do convento e
transforma-la em uma qual quer, e depois vou lhe vende para um dos
capangas de fazenda e você sabe eles pegam pesado. – ela dizia com um
sorriso entre os dentes.
Não falei nada, agora só pensava na pequena

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados (19)

Capítulo 1.pdf
Capítulo 1.pdfCapítulo 1.pdf
Capítulo 1.pdf
 
Quem sou eu
Quem sou euQuem sou eu
Quem sou eu
 
Capítulo 1
Capítulo 1Capítulo 1
Capítulo 1
 
Capítulo 1(marked)
Capítulo 1(marked)Capítulo 1(marked)
Capítulo 1(marked)
 
Capítulo 1 piloto.
Capítulo 1   piloto.Capítulo 1   piloto.
Capítulo 1 piloto.
 
História colectiva final
História colectiva finalHistória colectiva final
História colectiva final
 
Pollyanna
PollyannaPollyanna
Pollyanna
 
Letras com rugas
Letras com rugasLetras com rugas
Letras com rugas
 
Poemas de Natal
Poemas de NatalPoemas de Natal
Poemas de Natal
 
Uma nova vida, texto premiado
Uma nova vida, texto premiadoUma nova vida, texto premiado
Uma nova vida, texto premiado
 
Duas irmãs...vindas de outro planeta!
Duas irmãs...vindas de outro planeta!Duas irmãs...vindas de outro planeta!
Duas irmãs...vindas de outro planeta!
 
Histórias de Natal
Histórias de NatalHistórias de Natal
Histórias de Natal
 
Julia quinn historia de um grande amor
Julia quinn   historia de um grande amor Julia quinn   historia de um grande amor
Julia quinn historia de um grande amor
 
Forte campea
Forte campeaForte campea
Forte campea
 
Estafeta de leitura de Natal
Estafeta de leitura de NatalEstafeta de leitura de Natal
Estafeta de leitura de Natal
 
A marca
A marcaA marca
A marca
 
Candace camp trilogia dos aincourt 02 o castelo das sombras
Candace camp trilogia dos aincourt 02 o castelo das sombrasCandace camp trilogia dos aincourt 02 o castelo das sombras
Candace camp trilogia dos aincourt 02 o castelo das sombras
 
A Marca
A MarcaA Marca
A Marca
 
A bela tenta a fera lorraine heath - livro 6 - irmãos trewlove
A bela tenta a fera   lorraine heath - livro 6 - irmãos trewloveA bela tenta a fera   lorraine heath - livro 6 - irmãos trewlove
A bela tenta a fera lorraine heath - livro 6 - irmãos trewlove
 

Semelhante a A dama de preto

Lygia Bojunga - Sapato de Salto.pdf
Lygia Bojunga - Sapato de Salto.pdfLygia Bojunga - Sapato de Salto.pdf
Lygia Bojunga - Sapato de Salto.pdfDavidMelo90
 
Otapetinhovermelho1
Otapetinhovermelho1Otapetinhovermelho1
Otapetinhovermelho1annamoon7
 
Vera.lucia.m.de.carvalho. .espiritismo.-.novamente juntos.
Vera.lucia.m.de.carvalho. .espiritismo.-.novamente juntos.Vera.lucia.m.de.carvalho. .espiritismo.-.novamente juntos.
Vera.lucia.m.de.carvalho. .espiritismo.-.novamente juntos.PMP
 
Tradução de ingles
Tradução de inglesTradução de ingles
Tradução de inglesgabrielucas
 
Capitulo 1 não se jogue
Capitulo 1   não se jogueCapitulo 1   não se jogue
Capitulo 1 não se jogueStephanye Gomes
 
Tapetinho vermelho
Tapetinho vermelhoTapetinho vermelho
Tapetinho vermelhomcl008
 
Tapetinho vermelho
Tapetinho vermelhoTapetinho vermelho
Tapetinho vermelhoilce marinho
 
Tapetinhovermelho
TapetinhovermelhoTapetinhovermelho
Tapetinhovermelhovilpires
 
Tapetinhovermelho
TapetinhovermelhoTapetinhovermelho
TapetinhovermelhoVilma Pires
 
Tapetinho Vermelho
Tapetinho VermelhoTapetinho Vermelho
Tapetinho VermelhoTop Cat
 

Semelhante a A dama de preto (16)

Lygia Bojunga - Sapato de Salto.pdf
Lygia Bojunga - Sapato de Salto.pdfLygia Bojunga - Sapato de Salto.pdf
Lygia Bojunga - Sapato de Salto.pdf
 
Otapetinhovermelho1
Otapetinhovermelho1Otapetinhovermelho1
Otapetinhovermelho1
 
Vera.lucia.m.de.carvalho. .espiritismo.-.novamente juntos.
Vera.lucia.m.de.carvalho. .espiritismo.-.novamente juntos.Vera.lucia.m.de.carvalho. .espiritismo.-.novamente juntos.
Vera.lucia.m.de.carvalho. .espiritismo.-.novamente juntos.
 
Cordel 2011
Cordel 2011Cordel 2011
Cordel 2011
 
Tradução de ingles
Tradução de inglesTradução de ingles
Tradução de ingles
 
Capitulo 1 não se jogue
Capitulo 1   não se jogueCapitulo 1   não se jogue
Capitulo 1 não se jogue
 
Tapetinho vermelho
Tapetinho vermelhoTapetinho vermelho
Tapetinho vermelho
 
Tapetinho vermelho
Tapetinho vermelhoTapetinho vermelho
Tapetinho vermelho
 
Tapetinho vermelho
Tapetinho vermelhoTapetinho vermelho
Tapetinho vermelho
 
Tapetinho vermelho
Tapetinho vermelhoTapetinho vermelho
Tapetinho vermelho
 
Tapetinho_vermelho
Tapetinho_vermelhoTapetinho_vermelho
Tapetinho_vermelho
 
Cap 13
Cap 13Cap 13
Cap 13
 
Tapetinhovermelho
TapetinhovermelhoTapetinhovermelho
Tapetinhovermelho
 
Tapetinho vermelho
Tapetinho vermelhoTapetinho vermelho
Tapetinho vermelho
 
Tapetinhovermelho
TapetinhovermelhoTapetinhovermelho
Tapetinhovermelho
 
Tapetinho Vermelho
Tapetinho VermelhoTapetinho Vermelho
Tapetinho Vermelho
 

A dama de preto

  • 1. A Dama de Preto Era 1899 e Gabriela Vieira era uma jovem noviça do convento Santa Helena, da pequena cidade Flor dos Campos, uma menina sonhadora e loucamente apaixonada por Gustavo Ribeiro. Os dois haviam se conhecido na igreja durante a missa, Gustavo se encantou por ela desde o primeiro momento em que a viu, e a partir daquele dia ele passou a rodea convento ao lado da igreja ele vinha com frequência às missas, os dois começaram a conversar e não demorou muito para que Gabriela se apaixonasse por ele. Gustavo pertencia a uma família bem sucedida, mais que se recusou a apoia-lo quando ele resolveu que queria se casar com uma noviça. Ele havia esperado três anos trabalhando dia após dia em um armarinho, ate que consegui comprar um pequeno terreno no vilarejo da cidade vizinha e construiu um pequeno chalé. Naquela madrugada de quinta-feira Gabriela havia resolvido fugir do convento para casar com o seu amado. Ela tinha ficado órfã aos três anos e tinha uma irmã chamada Elisa dois anos mais velha, depois da morte de seus pais as duas passaram a mora no convento ajudando e estudando com as irmãs do convento. Gabriela esperou que todos dormissem e então fugiu, naquela mesma noite foram para a cidade vizinha e na manha seguinte se casaram. Gabriela realmente estava feliz não escondia o sorriso nos lábios, era realmente seu sonho se realizando. Eles vivam felizes, aprenderam a lhe da com as dificuldades, passado dois anos depois do casamento, Gabriela descobriu que estava gravida. Gabriela já estava no sétimo mês de gestação quando alguém bateu na porta da frente de sua casa, Gustavo foi abrir a porta, era uma moça. - Boa noite - disse a moça. Junto com ela estava um rapaz de olhos azuis e cabelos loiro dourados. Aparentemente Encantador. Quando Gabriela ouviu a voz daquela moça levantou-se apressadamente da mesa de janta e correu ate a sala, aquela voz realmente era família. E como não poderia ser era de sua amada irmã. - Elisa minha irmã. Quanta saudade - disse Gabriela correndo em direção a irmã. - Meu Deus Gabriela você esta gravida! – Elisa falou surpresa ao ver o barrigão da irmã. Já se fazia quase quatro anos que elas não se viam. - Entrem, por favor - disse Gustavo. - Então Lisa, não era para você estar no convento? – perguntou Gabriela.
  • 2. - Você tinha mais qualidades que eu para esta lá, mais esta aqui casada e gravida. - disse Elisa olhando para irmã. - E quem é esse rapaz? – Perguntou Liana olhando com desconfiança para o rapaz. - E o Pedro – Elisa fez uma breve pausa – o meu amor – Elisa disse com um sorriso enorme enquanto abraçava o rapaz. Gabriela olhou para Pedro e perguntou: - Então Pedro pretende casa-se com minha querida irmã – Gabriela perguntou enquanto olhava seriamente para o rapaz. - Sim. Eu a amo mais que tudo. – respondeu ele, segurando a mão de Elisa. - É bom mesmo, - Gabriela ainda olhava serio para Pedro - eu não quero ver minha irmã sofrer por causa de ninguém. – disse ela agora sorrindo para sua irmã. Gabriela se levantou do sofá e se dirigiu a cozinha. - Venha Lisa me ajude prepara um chá. – falou enquanto se direcionava para cozinha – deixe que os cavaleiros conversem. Gabriela e Elisa já estavam na cozinha quando Gabriela falou: - então você saiu do convento hoje? - Não, Gabi. Já faz um mês – disse Elisa. - Como não? Como assim? Você estava aonde esse tempo todo?- perguntou Gabriela surpresa e confusa. - Fui para casa de Pedro. – respondeu Elisa, com um sorriso no rosto. - Para casa dele? – perguntou ela, confusa. - É – disse Elisa – eu... – ela ia fala algo mais Gabriela interrompeu. - Vocês já se casaram, poxa queria ter participado da cerimonia. – disse ela parecendo estar decepcionada. - Bem nos ainda não nos casamos, nos... – quando ela ia continua Gabriela interrompeu. - como assim, ainda não casaram? – ela falou preocupada – se já faz um mês que você saiu do convento. Como a família dele aceitou acolher vocês. – disse ela parecendo cada vez mais preocupada.
  • 3. - bem a família dele ainda não sabe que estamos juntos, agente estava na casa de praia da família – ela dizia campalmente. - Você passou esse mês sozinha com esse homem? – perguntou ela assustada. – Elisa você sabe que eu só quero o seu bem então minha irmã, só não me diga que se entregou a esse homem sem ao menos receber a benção de Deus. – disse ela quase chorando. - Minha irmã tu sabes o amor que sinto por ti, e pelo o meu Deus, e por isso não negarei que me deitei na cama desse homem que eu escolhi para ser o meu marido. - disse ela com um sorriso fragilizado. - Mais minha irmã quem este homem que estar na minha sala que não respeito você? Por acaso você virou uma mulher assanhada. – disse ela chorando. - Minha querida irmãzinha logicamente que não, sim eu estava disposta a me entrega somente depois do casamento, mais ele foi tão amoroso – disse ela com um sorriso apaixonado. Gabriela agora se sentava sobre uma cadeira, com os olhos cheios de lagrimas. Não meu Deus como isso pode ter acontecido como minha irmã, se perguntava ela com seus pensamentos. - Gabi não chore vamos nos casar mês que vem, e por isso que eu estou aqui para lhe convidar para o casamento. – disse ela agora sorrindo. - ele é de uma família de nobres, tem o sobrenome Reymond, não precisarei passar ou lavar e nem mesmo cozinha, serei uma madame - disse ela divertindo-se com a ideia. - Lisa o que este rapaz fez com você? Você nunca foi ambiciosa, muito menos teve a vontade de se casar – falou ela surpresa. Ela estava aflita e com medo. Levantou-se pegou nas mãos de sua irmã olhou profundamente nos olhos dela e disse. - Aqui você sempre terá um lugar para mora, será sempre bem vinda – disse- lhe ela sorrindo – mais aquele rapaz não. – falou ela furiosa. - Eu não sei qual é o seu problema você se casou com Vinicius e eu não interferi nos seus sonhos, por que esta fazendo isso comigo Gabi, eu a amo, mais eu também amo o Pedro - ela chorava – e estou disposta a fica com ele. – falou ela. - aquele rapaz que esta lá na sala e um sem vergonha, eu me lembro-me muito bem ainda quando era pequena, que ele se insinuava para Laura uma das noviças do convento - disse ela com firmeza – ele a engravidou e abandonou, ela foi expulsa do convento e foi obrigada a mendiga nas ruas – falou ela irritada. - você esta enganada ele nem morava aqui, estudava na França chegou ao Brasil recentemente – disse ela brava.
  • 4. - pois eu me lembro da feição dele muito bem, não estou enganada coisa nenhuma – falou ela. - então querida irmã se não aceitas o meu noivado com Pedro eu não tenho mais nada para fazer aqui. – disse Elisa retirando-se da cozinha para sala. Elisa estava furiosa por sua única irmã não ter aceitado o casamento, entrou na sala chorando e chamando Pedro. - vamos Pedro não temos mais nada para fazer aqui – falou ela furiosa. Gabriela ainda estava na cozinha sentada quando os dois foram embora, Gustavo estava sem entende nada, perguntou a esposa que preferiu esquece aquele momento. Os meses se passaram Gabriela não teve noticias da irmã, estava preocupada, quando de repente sentiu uma dor, então ela se tocou que havia chegado a hora mais esperada por ela naqueles dias, foi quando gritou para Gustavo. - querido corra chame a parteira o nosso filho quer nascer – falou ela com o sorriso no rosto. - Sara venha fique com Gabriela eu irei chama a dona Graça, para ela fazer o parto – falou ele para a jovem de cabelos compridos e pele negra. Sara era uma moça de 14 anos que perdera os pais e foi acolhida por Gabriela e Gustavo.
  • 5. O GRANDE DIA Havia nascido conforme ela havia imaginado era linda, uma menina bela com certeza a mais linda criança já vista naquele local, os olhos azuis, cabelos castanho escuro, e pele clara. Liana não podia imagina momento melhor que aquele, ela segura a pequenina no colo com um sorriso em comum. Gustavo passava as mãos no rostinho do bebe quando - então querida como chamaremos a nossa princesinha? – perguntou ele sorrindo. - Ela se chamara Helena – disse ela com firmeza acariciando a pequenina que estava em seu colo. *** E antes que eu me esqueça, essa historia fala da vida dessa menininha que acaba de nasce. Sim essa historia fala da vida de Lívia, ela e a Dama nessa Historia. Liana e Vinícius estava cada dia mais encantada com a filha, ela crescia demonstrando que não era apenas bela por fora mais também encantadora por dentro. Liana brincava com a filha no colo divertia-se com ela. Os dias passavam e a pequena “vivi” crescia linda e saudável. - Sara segure a vivi um pouco enquanto eu coloco a mesa para o janta – disse liana enquanto passa a Lívia para o colo de Sara. - me de aqui essa fofurinha senhora Dolabella – disse Sara erguendo o braço para frente para pega a bebe. - Já disse Sara para não me chama de senhora você é como uma filha pra mim, me chama só de Lia. Esta bém? – disse Liana com um sorriso entre os lábios para a jovem Sara. - senhora, a me desculpe Lia – disse ela se corrigindo - eu agradeço muito por terem me acolhido aqui eu realmente não sei o que seria de mim sem vocês – Sara de repente chorava, e sorria ao mesmo tempo abraçado carinhosamente a pequena Lívia nos braços. Quando Vinícius chegou deu um beijo em sua esposa e correu em direção a Sara que segura a vivi no colo. - me de aqui Sara a princesa mais linda desse mundo – disse ele enquanto tomava dos braços de sara sua filha. – meu anjo minha pedra mais preciosa papai ama você – ele dizia enquanto ninava ela em seu colo. - querido ela esta cada vez mais bela e encantadora – disse liana se aproximando de Viní e dando um beijo na testa de filha. - ela é a menina mais linda desse mundo - disse Sara demonstrando um sorriso para a pequena que também respondeu com um sorriso que mostrava os dentes de leite que já estavam nascendo. ... Três anos se passaram e vivi a cada dia, encantava mais os seus pais e os conhecidos da família. Passava a maior parte do tempo com sua mãe e Sara, já que seu pai havia conseguido emprego como mercador e viajava muito.
  • 6. Naquela tarde Vinícius chegaria de viagem e Lia estava ansiosa pela volta do marido, já havia preparado um jantar com sua comida e guloseimas preferidas. Não demorou muito Vinícius chegou deu um forte abraço em Liana e tomou a filha no colo. - e como a minha princesinha se comportou esse tempo, papai estava quase tendo um ataque de saudades do meu bebe – disse ele enquanto abraçava a filha. - eu estava com saudade papai, muita saudade de você e também estava tendo uma febre de tanta saudade suas papaizinho – disse Lívia que agora já estava com três anos. - ela se comportou como uma verdadeira princesa, e perguntava se você ia demora muito, de meia em meia hora. - disse Liana enquanto colocava o casaco do marido sobre o sofá da sala. Eles jantaram todos juntos Vinícius contara dos lugares por onde havia passado e de como era belo Paris e que levaria Liana algum dia para conhece o encanto da cidade que tinha uma torre gigante no centro. Enquanto eles apreciavam a sobremesa Vinícius disse que havia comprado um presente para Liana, um para Lívia e ate um para Sara. - eu trouxe alguns presentes para as mulheres da minha vida – ele disse enquanto se levantava e se direcionava para sala. Liana se levantou e foi atrás dele perguntando o que ele havia trago, enquanto Sara pegava Lívia no colo e ia atrás dela. - Para a mulher que me ensinou a amar eu trouxe esse medalhão – era um medalhão em forma coração, de ouro branco com uma pedra azul no centro, dentro havia uma fotografia dela e ele no dia em que eles haviam casado. - há amor é lindo, obrigada – Liana agradecia o presente. Depois ele entregou uma pulseira a Sara que tinha vários pingente. - Senhor Vinícius não precisava se incomoda e algo muito caro para mim aceita – dizia Sara envergonhada. - Para de ser boba Sara você é como uma filha para nós – insistiu Vini erguendo a pulseira para Sara. - vamos Sa deixa de bobagem você esta morando com agente desde de seus dez anos, é minha filha também, você e um anjo que apareceu em nossas vidas.- disse Vini. Sara aceitou depois de muito ele insistirem, Vinícius então pegou uma mala que estava junto ao sofá e abriu e tirou de dentro uma boneca de porcelana que tinha os olhos da cor do mel e cabelo louros brilhantes. Lívia disparou em direção do pai, agarrou a boneca que tinha a metade de seu tamanho e abraçou o pai agradecendo pelo presente. ... Lívia acordara cedo e correra para o jardim e deu um beijo nos seus pais que estavam sentados tomando chá. Depois disparou para cozinha aonde Sara confeitava um bolo de três andares com as cores rosa e azul. Sara correu em direção de Lívia quando a avistou. - então como esta se sentindo a minha aniversariante favorita hoje – Sara disse enquanto rodopiava com Lívia. - ai Sa estou ansiosa para comer esse bolo que você fez esta com uma cara deliciosa. Há e obrigada pela boneca que você fez pra mim ela é linda eu já ate dei um nome para ela, ela vai se chama Safira, - dizia Lívia enquanto corria pela cozinha com a boneca de pano, que tinha uma tonalidade morena e os
  • 7. olhos severamente azuis marinhos que era o maior destaque da boneca que tinha os cabelos feito de fios de linha de choche de tonalidade marrom. - ela parece você Sa ela é morena e tem olhos azuis que nem você – dizia Lívia brincado com a boneca no colo. A noite alguns vizinhos próximos apareceram para festa de oito anos de Vivi ela dançou brincou muito com as meninas de sua idade mostrou suas bonecas preferidas para ela e depois foi dormir. - durma bem minha princesa amanhã terá que acorda cedo esta bem eu quero ir com você a cidade antes de ir viaja com seu pai.- disse liana enquanto cobria Lívia que quase já não se aguentava de sono. - esta bem mamãezinha, te amo muito... Foi quando Vini passou pela porta do quarto de vivi e se direcionou a cama e deu um beijo na testa da filha. - feliz aniversario meu bebe - disse ele para a filha. - amo vocês mais que tudo, vou viver sempre com vocês- disse ela tentando abraça os dois ao mesmo tempo com seus bracinhos curtos.
  • 8. Os primeiros sintomas da dor Na manhã de segunda feira lia arrumava os últimos preparativos para a viagem, quando vivi apareceu correndo no quarto. - mamãe vocês já estão indo?- perguntou ela num tom triste. - daqui apouco querida. não precisar fica triste eu e o papai vamos volta dentro de uma semana.- falou liana. - está bem mamãe- disse vivi. Já eram duas horas quando o cocheiro chegou com a charrete Vini colocava a ultima mala na veiculo. Quando liana saiu de dentro da casa com Lívia no colo. - minha boneca mais linda, não fique triste por que vamos viaja logo estaremos de volta.- disse ela tomando a filha no colo. Ele colocou ela no chão acaricio o cabelo dela e disse que ela era a garota mais especial daquele mundo, ela sorriu e abraçou o pai chorando, depois abraçou a mãe dizendo que amava muito eles. - tome querida assim você vai te um pouquinho de mim e do seu pai com você, e quando senti saudades você pode olhar a fotografia.- falou liana colocando o medalhão que Vini havia dado a ela no pescoço da filha. Quinze minutos depois eles partiram Lívia ficou olhando ate que a charrete sumisse de sua vista sara pegou ela pela mão e entrou na casa. Cinco horas mais tarde começou a chove muito forte. Livia estava no quarto agarrada ao medalhão que a mãe deixou no seu pescoço, quando alguém pareceu bate na porta da frente. Sara saiu da cozinha e foi ver quem era. Ela abriu a porta e um homem estava na entrada da casa com as roupas toda molhada segurando uma chapéu na mão, e uma expressão de tristeza nos olhos. - seu Manoel o que houve, entre, por favor, não faz bem o senhor pega toda essa chuva - disse Sara abrindo ainda mais a porta para que o senhor de pele branca pálida e de cabelos grisalhos passasse pela porta.- afinal o senhor não estava acompanhando a senhorita Liana e o seu Vinicius para cidade? - sim senhorita Sara, e é por isso que eu estou aqui, aonde esta a pequena Lívia – disse ele enquanto passava pela porta, - esta em seus aposentos, mais me diga aonde estão os meus senhores?- perguntou Sara com aflição. - Senhorita Sara...- ele fez uma pausa abaixou a cabeça – o cavalo que puxava a charrete se assustou com um trovão que atingiu uma arvore perto de onde eles passavam e acabou correndo direto para ribanceira eu vinha atrás no meu cavalo e...- ele fez outra pausa. - e o que ? - perguntou Sara com os olhos cheio de lagrimas. - eles morreram- disse finalmente o homem de cabelos grisalhos.- sinto muito mais os corpos foram encontrados e não apresentaram sinal de vida, o cocheiro e os seus senhores faleceram senhorita.- falou o homem que parecia chora de cabeça ainda baixa. Sara sem querer acabou soltando um grito entre as lagrimas que jorravam de seu rosto. E segundos depois Lívia chegou à sala fitando com curiosidade e tristeza o rosto de Sara. - tia Sara por que chora, onde estão os meus pais? - perguntou ela correndo em direção de a Sa. - querida você vai precisar se forte esta bem – disse sara a vivi. ...
  • 9. Haviam passado oito anos desde o incidente com os pais de vivi, ela passou os primeiros anos sofrendo muito, mais tinha o apoio de Sara que sempre cuidava dela e a tratava como uma filha. Ela já estava com dezesseis anos e era a jovem mais bela daquela região, seus cabelos negros tocavam os seus quadris e seus olhos azuis reluziam na sua pele branca. Era uma jovem admirada por todos do vilarejo, tinha um bom coração e sempre ajudava Sara com a produção de salgados e doces para manter a casa, já que o dinheiro que seu pai havia deixado como herança não era muito. Ela nunca tirava o medalhão de sua mãe do pescoço sempre estava com ele, e olhava a fotografia uma dezena de vezes durante o dia. - tia Sa aonde eu coloco esta sexta de salgado? – perguntou Lívia. - coloque na charrete eu vou fazer a entrega na casa do seu Gabriel – respondeu Sara. Meia hora depois Sara já estava em casa, Lívia se encontrava na sala terminando um bordado para o bebe da senhora Luna que estava quase pra nasce. - Querida você sabe aonde eu coloquei o meu avental, não consigo me lembra – sara gritava da cozinha perguntando. - você colocou sobre a mesa de janta. - respondeu vivi. Dois meses se passaram e devo alerta cara amiga mais uma vez o anjo da morte se aproximou de Lívia. -Vivi meu amor eu vou ate o mercador compra mais farinha de trigo, você vai querer que eu traga alguma coisa pra você? – Sara perguntava enquanto sai a pela porta da frente. - Tia se possível me traga mais uns dez metros de linho para termina o bordado. E que Deus lhe acompanhe. - lhe falo Lívia Duas horas depois estava de volta Sara. - Tia você já chegou, trouxe o que lhe pedir?- perguntou Lívia que ainda estava atenta ao bordado. - sim meu bem esta... - um ataque de espirros interrompeu o termino da frase. Lívia se levantou apressadamente direcionando rumo a Sara que parecia muito pálida. - titia o que você tem porque esta tão pálida? E melhor eu chama o doutor Fonseca pra vim examina-la – disse Lívia ajudando a sara se direcionar para o quarto. - não se preocupe querida e só um resfriado - falou ela. - tem certeza, não é melhor ver se não é nada mais serio você parece esta muito pálida - perguntou Lívia com um tom de aflição. - não precisar – disse ela. Mais os espirros se juntaram a uma tosse juntamente com uma febre. Depois de quatro horas doutor Fonseca chegou à velha chácara e examinou a jovem Sara que estava cada vez mais pálida. Desculpe cara amiga não lhe descrevei com detalhes os últimos dias de minha querida Sara, só lhe digo que a vida lhe foi um tanto injusta primeiro ela perde seus pais em um incêndio na fazenda aonde eles viviam, e na flor da juventude descobre esta quase morrendo, pois apresentava problemas serio no pulmão. Porem ela disse ainda em seu leito de morte que Lívia e os seus pais lhe permitiram os dias mais incríveis que uma pessoa podia ter, ela pediu que Lívia fosse atrás da tia, a irmã de Liana para que ela a ajudasse de lá pra frente. ...
  • 10. Duas semanas depois da morte de Sara, Liliana apareceu na chácara, ela não parecia ser uma pessoa tão agradável como sua ame a descrevera quando ainda viva, pelo contrario era uma pessoa rancorosa e antipática, que disse varias vezes a Lívia que ela estava ali apenas por que não queria que os outros achassem que ela fosse uma das bruxa. Minha amiga você lembra quando lhe contei que ela havia fugido com um tal de Pedro Reymond, pois é só que o cavalheiro não era tão cavalheiro assim, na verdade ele era um dos piores seres que havia, ele iludiu Liliana levou ela para fora do país, e fez dela uma mulher da vida. Elas depois de muito tempo conseguiu casa com um brasileiro de oitenta e cinco anos que morava e Portugal, o velho morreu dois anos depois que eles voltaram para o Brasil, e como ele não era um homem de muitos bens Liliana para não passa fome acabou pegando o pouco de dinheiro que o velho deixou de herança e montou um cabaré, você deve-se se pergunta minha amiga por que ela não procurou a irmã dela quando voltou para o Brasil, o fato é que ela tinha vergonha e rancor, ela realmente havia se tornado uma mulher de pedra sem sentimentos. Depois de ser muito humilhada por vários homens. ... Já haviam passado dois anos e a pesa do egoísmo e da crueldade de Liliana ela levou Lívia para mora com ela em sua casa, o problema que ela morava no cabaré, ela obrigava Lívia a limpar todos os dias de manhã o cabaré sozinha. Mais não permitia que ela ficasse durante a noite enquanto os homens estavam lá, Lívia passava a noite toda no seu quarto fazendo bordados para pode ajuda a compra roupas e livros, já que sua tia não daria nada a ela além daquele velho quarto e refeição três vezes o dia para ela, por isso Lívia dedicava-se plenamente em seus bordados para vende e assim compra tecidos pra fazer novos vestido para ela. Lívia apenas usava preto o tempo todo ela dizia que eram mais baratos, e não se sentia a vontade vestindo um vestido com alegres, pois a alegria havia à abandonado. Era terça feira chovia muito e o cabaré estava lotado quando der repente um homem de cabelos castanhos e pele morena clara e olhos da cor do mel cruzou a porta de entrada do cabaré aparentava jovem e bem vestido. Estava com o cabelo um pouco molhado e as veste um pouco respingadas da chuva, foi quando na mesa que estavam sentados três homens com duas mulheres começaram a discutir der repente um foi golpeado, gritos ecoaram pelo salão lotado. Uma jovem que trabalhava no cabaré havia se cortado com os cacos dos copos em que um dos homens haviam arremessado sobre a mesa ela levantou correndo gritando o nome de Lívia. Os brigões foram embora depois de Lua chamou os seguranças para coloca eles para fora, (há lua era como era chamada dona Liliana no cabaré), Lívia estava próxima a uma mesa dos fundos fazendo curativos na mão Clara. As meninas do cabaré diziam que Lili tinha o dom da cura, pois ela cuidava dos feridos e doentes como ninguém. - obrigada querida você realmente tem as mãos abençoada por Deus – disse clara. Lívia olha para mão de clara enquanto terminava de enfaixa, e para o salão do cabaré que realmente estava muito lotado aquele dia. E em um cruzamento de olhos ela avistou os olhos dar do mel que lhe fizeram lembra a cor dos olhos de
  • 11. sua boneca que seu pai havia lhe presenteado em uma das viagem que ele fez. O homem já estava tomando a segunda dose de uísque quando percebeu a presença de Lívia do outro lado do salão os olhos dos dois se cruzaram e Lívia rapidamente levantou-se e se dirigiu para a saída dos fundos. O homem que havia chegado embaixo da chuva já se preparava para ir para quinta dose de uísque quando Lívia entrou novamente no salão trazendo um balde e um vidro, ela rapidamente abril o vidro e começou a passar uma pomada sobre alguns cortes no braço de clara. Dona lua passava próxima a mesa do rapaz com os cabelos castanhos, quando dê repente ele segurou sua mão. - desculpe como Fasso para passa a noite com uma de suas funcionarias? – perguntou o homem que parecia atordoado, - querido e só me dizer qual dessas jovens lindas você que se diverti que eu lhe arrumo o melhor quarto desse anto de prazer, - eu quero aquela dama - apontou ele na direção onde havia três mulheres. - qual daquela lá a que acabou de sofrer um corte ou a ruiva?- perguntou ela - nenhuma uma das duas, eu quero aquela dama com os cabelos negros – falou ele com muita firmeza na voz – eu quero a dama de preto.
  • 12. E o pesadelo pode acaba virando sonho - bom você esta se referindo – a moça que esta fazendo curativos na loira é isso? – falou ela – sinto muito em decepciona-lo mais ela não esta disponível, mais você pode escolher qualquer outra eu lhe faço ate um preço razoável. - eu não quero outra ou é ela ou nenhuma – falou ele de forma grosseira já se levantando – me diga quando você cobra por cada noite com suas meninas? - são duzentos. muitos falam que e caro mais aqui e um cabaré refinado com as mais belas moças para servir os mais bens sucedidos homens dessa cidade – falou ela orgulhosamente. - então me diga quantas moças você tem trabalhando pra você? –perguntou ele novamente. - são vinte no total. Mais por que esta me perguntando isso. - falou ela. - então lhe pagarei vinte e cinco mil para passa a noite com aquela mulher, pense bem vai ganhar em uma noite o que você faria em meses. – falou ele pegando um dinheiro que estava em seu bolso e direcionando a ela. - mais meu senhor por que justo aquela moça? Temos tantas meninas encantadoras. Aquela e nova aqui e não tem muita experiência. – falou ela. - então, por favor, quanto custa às bebidas – perguntou ele ao garçom - já estou indo, me disseram que esse era o melhor cabaré, mais na verdade é uma decepção. – disse ele. - por favor, senhor não se estresse posso lhe oferece todas as moças. Mais não permitirei que você saia falando mal do meu maravilhoso cabaré. – falou ela tentado convence ele. - eu já disse eu quero apenas ela, esta entendendo. - dessa vez ele apontava e fitava os olhos em Lívia. Lua direcionou o olhar para a Lívia, e depois para o homem e fez que não com a cabeça. - Pago cinquenta – ele tirou o dinheiro de outro bolso e colocou os dois bolos de dinheiro sobre a mesa onde eles estavam. Ela olhou para Lívia outra vez e para o dinheiro, e resmungou alguma coisa, mais disse que estava feito ele passaria uma noite com a moça. Ela colocou o dinheiro dentro de uma bolsa e se direcionou para aonde estava Lívia. - venha Lívia – falou ela. Lívia seguia a sua tia quando chegaram a uma porta grande e avermelhada, lua pegou uma chave de dentro da bolsa e entrou. - venha vivi entre, eu quero que escolha alguns desses vestido eles são novos meu marido comprou para mim ainda quando ele era vivo mais nunca usei eles ficam curto em mim eu sou alta, e em você ficara perfeito. – falou ela - escolha um e vista. Lívia não queria escolher vestido algum, mais obedeceu a tia sem amenos pergunta o porquê daquilo, no fim Lívia escolheu o único vestido preto que havia ali era lindo com rendas e bordados. Pouco depois de quinze minutos sua tia entrou com uma garrafa de vinho na mão. - você passara a noite com um homem – disse ela com frieza e calma. - como?...eu não estou entendendo como assim passa a noite com um homem?- perguntou Lívia já chorando.
  • 13. - é isso mesmo que você está pensando, você vai ter sua primeira noite hoje – falou ela com um tom de voz irônica. - não, eu não vou me deita com nem um homem pervertido que frequentam esse inferno. – dessa vez ela gritava. - bom é você que decide ou você passa a noite com esse homem ou casar com a aquele velho que vem todas as quintas aqui em casa. - disse ela dessa vez com a voz brava. - não vou fazer nenhuma das duas coisas.- falou ela irritada – eu vou embora daqui agora- disse ela furiosa já se dirigindo para sair do quarto. - então vá. A pessoa que vai casar com o coronel será sua querida Marta, é uma pena ela ter apenas treze anos e casasse- falou ela quase gritando. Lívia parou bem na saída do quarto, ela chorava muito, e deixou os seus joelhos caírem no chão. - isso é um sim, você vai passa a noite com o rapaz ou vai casar com o coronel? – perguntou ela. - eu não vou me casar com aquele velho nojento.- disse ela entre dentes. - então que dizer que o rapaz foi o escolhido, muito boa escolha ele é um belo rapaz. - disse ela rindo. – mais uma coisa se você me fazer perde o cliente eu faço o casamento da marta com o coronel. – disse ela dessa vez a sua voz estava seria. - você é um demônio - falou Lívia chorando. Liliana entregou o vinho na mão de Lívia e direcionou ela a um quarto que ficava de frente para o quarto onde ela dormia, Liliana disse a Lívia que batesse na porta. - bata na porta logo o cavalheiro esta esperando pela noite, e pagou muito bem por ela. – falou ela já saindo do local e voltando para o salão do cabaré. Lívia pensou em fugi mais então se lembrou de Marta. Cara amiga, Marta era filha de uma ex-prostituta que morrera no dia em que a menina nasceu, e desde então Liliana mandou ela para o convento, mais sempre falava que ia manda busca ela para que casasse com o coronel que vivia dizendo que pagaria uma fortuna pela a filha da prostituta mais bem paga da cidade. Mais Lívia dizia que ajudaria a manter a Marta no convento e sempre visitava ela nos finais de semana desde que tinha ido mora com sua tia. Lívia criou coragem e deu apenas uma batida na porta e imediatamente à porta se abriu, Lívia ficou surpresa em sabe que o homem era na verdade o mesmo homem que ela jurava ver ternura nos olhos dele naquela mesma noite enquanto os seus olhares se cruzaram. - entre, por favor – disse ele educadamente. Ela continuou na porta por cerca de um minuto e então entrou, ele pegou o vinho da mão dela e abriu, pegou duas taças e derramou um pouco do vinho tinto em cada uma delas. Ele bebeu um gole da taça dele e ofereceu a outra taça para Lívia que apenas balançou a cabeça afirmando que não. Ele então colocou as duas taças sobre a mesa e direcionou ate a porta e a trancou, vivi agora chorava, ele veio por traz toucando levemente com as pontas do dedo o cabelo de Lívia que estava preso, ele levemente puxou o grampo do cabelo dela, depois parou e então direcionou-se para frente dela aonde ele ergueu delicadamente o rosto dela que escorriam lagrimas sem para ele então beijou cuidadosamente cada quanto da bochecha dela, e aproximou o corpo dele cuidadosamente do dela, e então abraçou ela e afogou seu rosto
  • 14. sobre os ombros dela que estavam coberto pela renda do vestido. As lagrimas dela aumentaram quando ela sentiu os lábios dele beijarem o sua nuca, o choro aumentou aponto de ela soluça, ele então se afastou imediatamente tirando as mãos do corpo dela. Ela então se deixou cai no chão de joelhos e colocou a cabeça entre as mãos, tentando controlasse, ele se ajoelhou também. - por favor, não chore – disse ele numa voz aflita quase se podia perceber que a voz tremia. Ela pensou em Marta, e no que sua tia tinha dito se ela a fizesse perder o cliente. E então levantou. - esta tudo bem o senhor pode continua – ela disse, seria e fria e as lagrimas haviam parado de escorre dos olhos dela. - não tudo bem se você não quiser você pode ir – ele disse enquanto se levantava do chão. E pela a primeira vez naquele quarto ela olhou nos olhos dele – e ela via confusão, magoa e dor. Ela pensou em sai dali sem cogita mais as palavras da sua tia não saiam de sua cabeça. - Não. Eu não quero sair vim aqui para garanti que você tenha uma noite de... – ela parou, ela não sabia a palavra correta para aquilo, ela pensou na “noite da minha desgraça”, mais quando ia fala foi interrompida. - de amor – falou ele de cabeça baixa. - não era bem o que eu ia dizer – ela quis dizer que ele estava enganado, pois aquela noite podia ser tudo menos uma noite de amor. Mais as palavras da sua tia ecoaram de novo na sua mente - mais você esta pagando a noite é o que o senhor quiser. - então a abraçou novamente e levou a mão ate o pesco dela aonde o zíper do vestido negro de renda começava, ele começou abrir devagar mais parou no meio da costa e fechou de novo o vestido no corpo dela se afastando imediatamente. Ela olhou para ele e percebeu que ele estava chorando. - me desculpe por isso, eu não devia ter feito isso. – falou ele com a voz tremula e com os olhos cheio de lagrimas. - o que foi que eu fiz de errado dessa vez – perguntou ela com os olhos cheio de lagrimas. Ele se sentou na cama e começou a chora. - eu estava preste a me torna um animal, e você me pergunta o que você fez de errado – ele falou como se estivesse sentindo dor – desculpa por te agido dessa forma – dessa vez ele estava de joelho pedindo perdão a ela. – você pode ir embora. - Finalizou ele ainda ajoelhado. Lívia já estava preste a sair do quarto sem pergunta nada, quando lembrou, as palavras da sua tia. - não posso ir – disse ela já chorando. - como assim não pode ir?- perguntou ele - eu sei que você não esta com vontade de fazer isso. - disse ele encarando o rosto de Lívia. - eu não estou mesmo – ela falava com fúria – mais se você não tiver a porcaria da sua noite, as coisas vão fica complicadas para o meu lado. Por favor, faça o que tenha que fazer e depois eu vou embora desse inferno. – disse ela já chorando de raiva. Ele se levantou e foi em direção da Lívia, ele pegou as mãos dela, que ela tentou evita por algum momento mais depois permitiu que ele as segurasse entre as suas mãos.
  • 15. Ela sem querer gostou do calor que as mãos dele tinham, tentou tira da mente dela aquele fato lembrando-se da situação em que ela estava. - esta bem – disse ele – não vai ser ruim passa uma noite, como alguém com os olhos tão lindos como o seu – disse ele fitando os olhos dela. Ela baixou a cabeça, e prendeu a respiração estava pronta pra dizer algo, quando der repente ele a puxou pela mão ate a cama. - deite-se - disse ele a ela enquanto soltava sua mão. Ela ficou parada por cerca de dois minutos e depois se sentou na cama ele estava de costa o tempo todo com rosto inclinado para baixo. Ele se virou para direção dela ele colocou o paletó sobre a mesa que estava no quarto e tirou a gravata e abriu um botão de sua camisa. Lívia continuava sentada na cama. - deite-se – disse ele novamente, com o olhar atento para o medalhão que Lívia usava no pescoço. Ela dessa vez não excitou e deitou-se rapidamente com os olhos repletos de lagrima. Ele se aproximou da cama e pediu que ela se afastasse um pouco para que ele deitasse ao lado dela. E assim ela fez, ele se deitou assim que ela abriu espaço e desligou o abajur encima da mesinha ao lado da cama, o quarto de repente escureceu e apenas a luz do luar iluminou o quarto pela janela que estava de frente para cama aonde os dois deitaram. Ele encontrou a mão de Lívia e levemente puxou o corpo dela para próximo do dele, colocando a cabeça dela sobre o peitoral dele, colocou as mãos sobre a costa dela e inclinou a cabeça para frente dando lhe um leve beijo sobre a testa. ... Já eram sete da manhã quando Lívia tentava se desprende dos braços daquele desconhecido, ela pretendia sair sem desperta-lo, mais suas tentativas foram em vão, logo os olhos deles fitavam os olhos dela, a luz do sol que atravessa a cortina transparente permitiu que Lívia percebesse naquele momento a tonalidade dos olhos da cor de mel que reluzia sobre a pele morena, e como aquele olha era tão sereno e profundamente carinhoso. - me desculpe – ele permitiu que ela saísse da prisão de seus braços. Ela rapidamente colocou-se de pé, abaixando o olhar ela ia dizer alguma coisa, mais ele a interrompeu. - você pode ir se quiser – ele disse ainda deitado na cama. - o senhor, não vai mais volta aqui não é mesmo? – disse ela com uma voz aflita – quero dizer, ela vai me obriga a casar com o velho nojento, se soube que eu e você...,bom que nos dois não... – ele não conseguia completa a Fraser. - como assim ela vai obrigar você casar? Com quem? Pera ai – ele fez uma pausa e olhou profundamente nos olhos dela, que já estavam prestes a transborda de lagrimas – você nunca ficou com ninguém? Quero dizer você trabalha aqui... então você não pode ser moça ainda, não e mesmo? – ele baixou a cabeça, e fitou os olhos nela novamente, que dessa vez já estavam transbordando de lagrimas – há meu Deus, você é! Por isso você estava tão desesperadamente chorando ontem... – ele interrompeu a fala, levantou-se e foi na direção dela - me perdoa..., eu não sei o que fazer..., por favor, não chore mais... Eu não entendo, por que você esta aqui, trabalhando justo nesse lugar. Ele agora estava alguns centímetros de onde ela estava sentada no chão de forma aonde ela prendia os joelhos entre os braços.
  • 16. - não foi uma escolha... Acredite, - disse ela entre soluços – mais... como se isso já não bastasse vou ter que me casar com um velho gaga nojento...- falou ela irritada. - mais como assim, casar – ele fez um pausa brevemente – esta dizendo que se você não passasse a noite comigo ela obrigaria você casar com esse tal velho e isso? – perguntou ele surpreso. - é isso – disse ela se derramando em lagrimas – mais não importa eu sabia que cedo ou mais tarde isso acabaria acontecendo. - desculpe – ele disse parecendo indignado.- eu não fazia ideia que você...- ele fez uma pausa – o que eu posso fazer para concerta meu erro? – ele disse afundando o rosto entre as mãos. - não se preocupe senhor... não a nada que possa fazer – ela falou enquanto se levantava e direcionava a porta. - não se preocupe, não direi nada a ela... – ele disse com os olhos fixos nos de Lívia – ela achara que passei a noite com você. Lívia pensou em pergunta, mais estava desesperada para sai dali, e foi isso que ela fez. Os pensamentos dela se mantiveram presos naquela noite durante o dia inteiro, sempre se perguntando os motivos para aquele homem ajuda-la. Ele se respondia diversas vezes com a mesma resposta, “ele vai quere algo em tronca”. Não demorou muito para todas as meninas encherem ela de perguntas. - diga Lívia, como ele foi com você ? – Selena perguntou com um ar de preocupação. Selena era a mais velha entre as outras, e com a historia mais triste ali, claro que só perdia para a historia de Liliana. Lívia não disse nada, oque podia dizer nada acontecera, ficara calada o tempo todo desde da hora em que saiu do quarto.
  • 17. Um novo Anglo - Lívia - Já eram quase seis horas da tarde quando me retirei para os meus aposentos, não tinha visto minha tia desde ontem à noite enquanto ela me forçava a passar a noite como um homem que eu nunca tinha visto. Estava furiosa, como poderia não esta? Bom pelo menos ele não... É ele não parecia ser cruel, na verdade ele era bem gentil, e graças a Deus ele não me obrigou a fazer nada. Estava disposta a não sai do quarto aquela noite, afinal de contas todos estavam pensando que eu tivera a minha primeira vez, o que para o meu alivio não era verdade, apenas eu ele poderia saber, eu esperava que ele cumprisse com as palavras dele a não revela nada para minha tia. Assim que decidi tira minhas veste para me banha percebi um cheiro suave que exalava do meu vestido não era adocicado e nem forte mais de certa forma o cheiro era agradável, aparentemente um perfume masculino, me perguntei na naquele exato momento se aquele cheiro pertencia a ele, mais optei pela segunda conclusão já que eu estava usando um vestido que já fora da minha tia, imaginava que podia ser de qualquer homem. Afinal eu não lembrava de nada daquela noite ter ao menos algo bom. Assim que terminei o banho escolhi um vestido simples ele tinha mangas longas que cobriam o meu braço por inteiro, ainda nunca tinha usado ele, estava um preto vivo na tonalidade do tecido. Me deitei na cama e acredito que cochilei, ate que um som que vinha do lado de fora, do meu quarto me despertou. - Lili? Lili? – pelo som da voz era Selena. Me levantei ainda tonta e me dirigi ate a porta quando a abrir lá estava ela, com uma cara que parecia terem lhe partido o coração, deu pra perceber que tinha chorado e que estava preste a chora novamente. Ela me olha e encarava o chão imaginei que tinha algo a dizer. - o que é Selena? Por que veio me desperta, sabe que eu não estou me sentindo bem. – falei com dor. - eu sei querida, acredite eu não queria lhe incomoda, mais... - ele fez uma pausa e pegou as minhas mãos. Selena tinha sido a pessoa mais próxima de mim naquele inferno, ela cuidava de mim – mais sua tia... Ela e terrível – der repente ela estava chorando. - o que ela fez? – perguntei enfurecida. - ela que que você passe a noite com o senhor Erdogan – ele solto entre soluços. - oque ? – gritei, como ela podia, ela não tinha compaixão de mim, eu já estava arrasada. - eu tentei dizer que não, que você estava triste, mais ela não deu ouvidos – ela parou enquanto eu caia em lagrimas quase sem força para respira. Ela continuou– ele ofereceu um preço alto por uma noite por você mesmo sabendo que você não era mais pura... Bem sua tia disse não, mais ele dobrou o valor, e como era de se espera ela aceitou. - não, não, não eu não vou fazer isso – e disparei correndo. Já estava descendo as escadas quando avistei minha tia em pé com um olhar fixo em mim, como se já soube-se o que tentaria fugi. - aonde você pensa que vai? o cliente já esta no quarto lhe esperando. – disse ela furiosa. - eu não vou fazer isso sua bruxa – gritei.
  • 18. A essa altura estava de frente pra ela, eu a odiava. - vai – ele disse segurando o meu braço com força enquanto me encara friamente – por que se não, eu vou trazer aquela bonequinha do convento e transforma-la em uma qual quer, e depois vou lhe vende para um dos capangas de fazenda e você sabe eles pegam pesado. – ela dizia com um sorriso entre os dentes. Não falei nada, agora só pensava na pequena